Top entrevista - Bruno Gissoni

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[TOP Entrevista] Bruno Gissoni 

Publicado em Sexta, 13 Março 2015 18:00 Escrito por Roberta Freitas

Galã relembra sua trajetória e conta tudo sobre o playboy Guto, seu personagem na nova novela das 9, Babilônia.

Ele já foi jogador de futebol, cursou Publicidade, e até tentou se arriscar no curso de Educação Física. Mas foi no teatro, e totalmente por acaso, que Bruno se encontrou e descobriu sua paixão: atuar. “Estavam precisando de uma pessoa na peça, e como estava naquele período pensando 'o que fazer da vida',

resolvi

aceitar

Veja a entrevista exclusiva:

e

fazer

o

teste.

Passei

e

me

apaixonei

pela

arte”.


TOP: Você se mudou para os Estados Unidos ainda criança, e lá se dedicou ao futebol. Como foi a experiência? Nunca pensou em seguir carreira nisso? Bruno Gissoni: Até hoje tenho uma grande paixão pelo esporte. O futebol era o meu maior sonho, que alimentei durante anos da minha vida. Mas depois de jogar por um tempo lá fora, voltar ao Brasil e me ver aos 22 anos ainda batalhando para jogar em grandes times (na época jogava no Nova Iguaçu, um time pequeno do Rio de Janeiro), percebi que não teria um futuro financeiro no futebol como desejava, e desisti. TOP: E você tentou cursar alguma faculdade? Bruno: Fiz um ano de Publicidade e um ano de Educação Física, mas outros planos foram acontecendo pelo meio do caminho e não dei continuidade. TOP: Como você entrou no mundo da atuação? Bruno: Estavam precisando de uma pessoa que tivesse conhecimento da capoeira para fazer a peça ‘Capitães da Areia’. Meu irmão, Rodrigo Simas, já estava no elenco. Como estava naquele período pensando 'o que fazer da vida', resolvi aceitar e fazer o teste. Passei e me apaixonei pela arte. TOP: O público está acostumado a te ver como o mocinho das novelas, mas agora Guto, seu personagem em Babilônia, será um playboy inconsequente. Foi fácil fazer a caracterização? Bruno: O Guto é bem diferente de todos os bons moços que fiz até hoje na TV. Mas está sendo tranquilo, e é um prazer enorme poder mostrar essa minha outra vertente. Com certeza será mais um desafio para a minha carreira. TOP: Como está sendo contracenar com a Glória Pires? Bruno: Uma escola! Não apenas com ela, mas com meu pai na trama, o Cássio Gabus Mendes, e as geniais Fernanda Montenegro e Nathália Timberg. Outro dia fui gravar uma cena com elas e com a Glória, e fiquei tão impressionado que até esqueci o que deveria falar do meu texto (risos). Pedi mil desculpas! Digo que agora estou fazendo minha faculdade de artes cênicas.


TOP: Seu personagem vai debochar constantemente de Rafael (Chay Suede) por ter sido criado por um casal de lébicas, o que irá trazer à tona a questão do preconceito com famílias de casais gays. Como você acha que o público vai lidar com a questão? Bruno: Bom, atitudes homofóbicas infelizmente acontecem aos montes por ai. E como as novelas já estão há um tempo colocando essas questões mais atuais nas tramas, acredito que o público saberá diferenciar que eu, Bruno, estou ali representando um personagem, e que mesmo sabendo que histórias como essas acontecem no mundo, estamos tratando de uma ficção. Espero ter uma boa recepção do público, que avalie o meu trabalho como ator. TOP: Você sempre se interessou muito por esportes, primeiro com a capoeira e depois o futebol. Foi difícil aprender o slackline para a novela? Bruno: Não muito! Como na capoeira já se trabalha muito o equilíbrio e a concentração, essas características me ajudaram muito a ter o mínimo de domínio do slackline. TOP: Além da mudança de foco para a novela, você também explorou seu lado feminino na peça Dzi Croquettes. Como foi a experiência? Bruno: Está sendo incrível, me entreguei totalmente ao projeto. O período de ensaios foi fundamental para aprender que todos nós temos nosso lado feminino e masculino. Somos seres humanos, independente do sexo. TOP: Como surgiu o convite? Bruno: Quando estava na Dança dos Famosos, o Ciro Barcelos, que é da formação original do Dzi, estava me julgando e ele foi tão generoso e falou com tanto entusiasmo do espetáculo, que na mesma hora me interessei. Ele não acreditou muito, mas liguei e disse que queria muito tentar.


TOP: E qual foi o maior desafio de fazer a peça? Bruno: Todos os trabalhos que recebo acabam sendo grandes desafios, pela construção do perfil do personagem, pela trama... Mas esse foi o mais desafiador. Não digo somente pelas questões físicas, como andar de salto alto, colocar cílios postiços e usar tapa sexo, mas de me despir de qualquer preconceito que um dia eu possa ter tido. Fiquei motivado a fazer o “Dzi” pelo desconhecido. A cada ensaio descobria algo diferente. E o legal é que, quando eu achava que sabia o que estava fazendo, logo vinha o Ciro Barcelos, nosso diretor, desconstruía tudo e me enchia de dúvidas novamente. Todo o processo de preparação para o espetáculo foi maravilhoso, um ótimo aprendizado. TOP: Além do teatro, você também teve estreia no cinema, com o longa-metragem Turbulência. Como foi essa primeira experiência? Bruno: Foi interessante ver como funcionam as filmagens e produção para o cinema, um pouco diferente do processo diário para a televisão. TOP: Entre teatro, cinema e televisão, qual o seu favorito? Bruno: Do cinema eu ainda não posso falar muito, mas é difícil escolher entre o teatro e a TV. Cada arte tem sua peculiaridade, seu encantamento. O bacana é ter bons personagens, boas histórias e fazer bem o meu trabalho. TOP: Já existem outros projetos para o futuro? Bruno: Tenho vários em minha mente, mas agora estou concentrado em continuar com as apresentações do Dzi Croquettes e me dedicar ao Guto, em Babilônia. Fotos: Rael Barja

Sabe aquela menina meio mulher, que quer descobrir o mundo, mas enrola mais uns cinco minutinhos na cama? Nossa repórter Roberta Freitas é uma dessas, que acredita que rir é o melhor remédio, é apaixonada por tudo o que deixa a vida mais leve, e está sempre em busca de novas experiências.


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