PORTFOLIO Visual Arts (1985-2004) RODERICK STEEL

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R O DERI C K P ET ER STEEL



R IT UA L D I SPAT C H ES

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A VIS UA L AR TS PO R TF O L IO 19 95 -p rese nt


R IT UA L D I SPAT C H ES

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OBRAS | WORKS · 1995 -2002







R IT UA L D I SPAT C H ES ON E THE RESEARCH BOX 1997 Bahia & Rio de Janeiro



Casa Branca 1997 photos & drawings 2 x 20 x 60 cm


Casa de OxumarĂŞ 1997 photos & drawings 2 x 20 x 60 cm




Museu Edson Carneiro 1997 Gouache e desenho 25 x 60 cm


Pai Peçê De Oxumarê 1997 photos 25 x 60 cm






M ã e M e n i n a z i n h a ’ s Te m p l e ( I l ê O m o l u O x u m ) 1997 pen and ink 25 x 60 cm


M ã e M e n i n a z i n h a ’ s Te m p l e ( I l ê O m o l u O x u m ) 1997 photos 25 x 60 cm


M รฃ e M e n i n a z i n h a Te m p l e ( Q u a r t o d e O x a l รก ) 1997 pen and ink 25 x 60 cm


M ã e M e n i n a z i n h a ’ s Te m p l e ( Q u a r t o d e S a n t o ) 1997 pen and ink 25 x 60 cm


R IT UA L D I SPAT C H ES ON E THE WOODEN BOX 1995 - 1999 São Paulo, Brazil



Yangi I 1997 photocopy-collage 40 x 60 cm


Yangi II 1997 photocopy-collage 40 x 60 cm


Yangi III 1998 collage 40 x 60 cm


Yangi IV 1998 photo-collage, papers & ink 40 x 60 cm


Yangi VI 1998 collage 40 x 60 cm


E x u Tr a n c a - R u a 1 9 9 8 p h o t o - c o l l a g e , c r e p o n & g o u a c h e 4 0 x 6 0




Orixรก Exu 1998 photo-collage 40 x 60 cm


In & Out 1999 photo-collage & drawing 40 x 60 cm


Stone thrown tomorrow caught yesterday 1997 photo-collage and gouache on paper 40 x 60 cm


Pรณs-eabรณ (Post-offering) 1997 photo-collage and ink drawing on various papers 40 x 60 cm



Crossroads 1997 photo & photocopy-collage, gouache on various papers 40 x 60 cm


Annual Oxossi Celebration 1997 photo montage 40 x 60 cm


A n n u a l O g u m C e l e b r a t i o n a t J u j u ’ s Te m p l e 1997 photo montage 40 x 60 cm



Initiation 1997 photo montage with pastel crayon 40 x 60 cm


Dada Bayanni 1997 photo & photocopy-collage, gouache on various papers 40 x 60 cm


Salve XangĂ´ 1997 photocopy and vegetable paperv


Ye w รก 1998 photo-collage and glitter glue 40 x 60 cm


OxumarĂŞ 1998 photo-collage and glitter glue 40 x 60 cm




Ibiri & Mesa de NanĂŁ 1997 photo collage 40 x 60 cm



Boa Morte 1997 photo montage 40 x 60 cm


AtotĂ´ 1997 photo montage 40 x 60 cm



Eleda OxoroquĂŞ 1997 gouache on photocopy paper 2 x 40 x 30 cm


Eleda Exu 1997 gouache on paper 40 x 60 cm


Eleda Oxalรก 1997 gouache on paper 40 x 60 cm


Eleda Obรก 1997 gouache on paper 40 x 60 cm


Eleda Iemanjรก 1997 gouache on paper 40 x 60 cm




Múltiples of Baratinha’s shrine to Oxum (Cachoeira) 1997 impressão 40 x 60 cm


Multiples of Iroko ritual (Axé Batistini) 1997 impressão 40 x 60 cm






S K E T C H E S F R O M A R T I S T’ S B O X . . . .

. . . . A N D T H E W O R K S T H E Y G E N E R AT E D ·

1997-1999



Ossaim’s garden 2000 gouache & pastel on paper 30 x 60 cm Ossaim’s garden 2000 acrylic & pastel on canvas 50 x 50 cm



4 gods 1999 gouache, paper & collage 40 x 60 cm


4 gods 1999 monoprint & acrylic 40 x 60 cm


Ossaim’s dance 1999 collage 40 x 60 cm Ossaim’s dance 1999 acrylic & pastel on canvas 50 x 50 cm





Ossain & Doda 1995 oil on canvas 180 x 120



OgunhĂŞ 1997/2000 mixed media 60 x 30 cm


O g u n h ê 2 0 0 0 Ve g e t a b l e p a p e r a n d l i g h t b o x


R IT UA L D I SPAT C H ES ON E RITUAL ENCOUNTERS · PAINTINGS 1996-2004 São Paulo, Brazil





Planos Sagrado de Oxalรก 1999 pen and ink 80 x 60 cm


Planos Sagrado de Oxalรก 1999 monoprint 60 x 60 cm


Evitando a Seca 2002 acrylic and ink 50 x 50 cm



OrĂ´ 2002 acrylic and ink 50 x 50 cm



Arpoador 1996 oil on canvas 140 x 90 cm




OmoxumarĂŞ 2001 oil on canvas 40 x 60 cm




Fio da Meada 2001 oil on canvas 140 x 90



Zumbi 2000 oil on canvas 140 x 90 cm



Oxoroquê 1997 oil on canvas 140 x 90 cm




Tr a n c e 2 0 0 4 o i l o n c a n v a s 8 0 x 6 0 c m


R IT UA L D I SPAT C H ES ON E MYTHOLO GIES · PAINTINGS · 1996-2004 São Paulo, Brazil





Saco de Criação 2002 oil on canvas 120 x 70



Ancestors 2002 oil on canvas 120 x 70 cm



S t u d y f o r “Á g u a s d e O x a l á ” 2 0 0 1 o i l o n c a n v a s 5 0 x 5 0 c m



ร guas de Oxalรก 2001 oil on wood and pyrography 200 x 140 cm



Igi Opê 2002 oil on 5 ca


nvas panels 450 x 90 cm


Criação 1999 monoprint & acrylic 60 x 40 cm



A grande cabaรงa 1998 monoprint & acrylic 60 x 40



R IT UA L D I SPAT C H ES ON E ENCOUNTERS WITH MYTHOLO GIES · PAINTINGS · 2002-2004 São Paulo, Brazil





Presente de Iemanjรก 2002 oil on canvas 140 x 90



Ye w รก 2 0 0 2 o i l o n c a n v a s 1 4 0 x 9 0 c m



Vo d u n c i 2 0 0 2 o i l o n c a n v a s 1 4 0 x 9 0 c m



Presente para Iemanjรก 2002 oil on canvas 140 x 90 cm



Fisher Boy 2002 oil on canvas 60 x 140 cm



R IT UA L D I SPAT C H ES ON E PORTRAITS · 2000-2004 São Paulo, Brazil






Ogum 1999 oil on canvas 140 x 90 cm


Exu 1999 oil on canvas 140 x 90 cm


Iroko 1999 oil on canvas 60 x 40 cm



Omoxalรก 2001 oil on canvas 60 x 40 cm



Logum 1999 oil on canvas 50 x 50 cm


O s s a i m 1 9 9 9 o i l o n c a n v a s & Ve g e t a b l e P a r c h m e n


nt Paper with swinging panel · Diptych · 100 x 50 cm


Ye w รก S e r i e s 2 0 0 2 C r a y o n , F a b r i c , Ve g e t a b l e P a r c h m e n t P a p e r 8 0 x 6 0


Ye w รก S e r i e s 2 0 0 2 C r a y o n , F a b r i c , Ve g e t a b l e P a r c h m e n t P a p e r 8 0 x 6 0


Ye w รก S e r i e s 2 0 0 2 C r a y o n , F a b r i c , Ve g e t a b l e P a r c h m e n t P a p e r 8 0 x 6 0


Ye w รก S e r i e s 2 0 0 2 C r a y o n , F a b r i c , Ve g e t a b l e P a r c h m e n t P a p e r 8 0 x 6 0


Ye w รก S e r i e s 2 0 0 2 C r a y o n , F a b r i c , Ve g e t a b l e P a r c h m e n t P a p e r 8 0 x 6 0


Ye w รก S e r i e s 2 0 0 2 C r a y o n , F a b r i c , Ve g e t a b l e P a r c h m e n t P a p e r 8 0 x 6 0


Inherence I 2002 Mixed Media 80 x 60 cm


Inherence II 2002 Mixed Media 80 x 60 cm



Opรก Domila 2002 oil on canvas & fabric 50 x 50 cm


R IT UA L D I SPAT C H ES ON E I N S TA L L AT I O N S 2 0 0 1



To r n a d o 2 0 0 1 i n s t a l l a t i o n v a r i a b l e d i m e n -



Tr e e o f L i g h t 2 0 0 1 i n s t a l l a t i o n v a r i a b l e d i m e n s i o n s





R I T UA L D I S PAT C H E S : P O L I S C O P I C P H O T O G R A P H S 2002



C U R AT I N G

2001-2004





Tr o n o a O x u m a r ê 2 0 0 4 Babalorixá Claudio de Oxum (Ilê Olá Axé Opô Araká



Tr o n o a o s A n c e s t r a i s 2 0 0 4 O j é O t u n k w e k w e


Tr o n o a o s i n k i c e s , v o d u n s e o r i x รก s 2 0 0 4 V รก r i o s Te m p l o s d e S P



Tr o n o e m h o m e n a g e m a M ã e B i d a e a O x a l á . 2004 Ilê Alaketu Axé Airá & Roderick Steel




· R I T UA L D I S PAT C H E S · E X P E R I M E N TA L E T H N O G R A P H I E S VÍDEO 2007 - 2013




VIDEO · EXPERIMENTAL ETHNO GRAPHIES · “ N e i t h e r D a y. N o r N i g h t ” : · 09:00 · 2010 ·

SCREENINGS · exibições Ethn og raph i c F i l m Fe s t i v al s · 30 t h NAFA In t ernational Festiv al of Et hno g raphi c Fi lm , N orw ay & De nm ark ( 2 01 0) · 3r d In t ima t e L ens Ethnographic Film F e s t i val. C as e rt a, It aly. ( 2 01 3 ) · 2 nd F es t iva l of Ethnogr aphic Film , Re c i fe , B razi l ( 2 01 0)

Contemporary Ar t Sh o w s & B i e nnials · 1 s t C on t emp orar y Art Exhib ition, Londri na, B razi l. ( 2 01 1 ) · B I E NAL D O R E CONCAVO, Bahia, Br azil ( 2 01 2 )

F i l m Fe s t i v als · 6 t h F es t A rua n da do Audiov isual Br asi le i ro, B razi l. ( 2 01 0) · 1 0t h CHICO F estival, Bahia. Br azil (201 1 ) · Fe s t iva l Tra n s e em Cinema, Bahia. Br azi l ( 2 01 2 ) · 1 0t h F es t iva l d e Cinema e Religião. Sã o P aulo, B razi l. ( 2 01 3 )





VIDEO · EXPERIMENTAL ETHNO GRAPHIES · “Holy Water” · 03:00 · 2009 ·

SCREENINGS · exibições · 5 ª Bien a l Ven t osul. Cur itib a (2009) · M us eu d e Art e de Cascav el (2009) · C e n t ro Dra g ã o do Mar Arte& Cutltura ( Fo t ale za) ( 2 009 ) · M us eu d e Art e de Londrina (2009)


VIDEO · EXPERIMENTAL ETHNO GRAPHIES · “A b s o r p t i o n ” · 03:00 · 2009 · (footage from 2003)

SCREENINGS · exibições UN -EXH I BI T ED · i nédit o





VIDEO · EXPERIMENTAL ETHNOGRAPHIES ·

“Desencantamento” · 13:00 · 2009 ·

Un-exhibited Inédito





VIDEO · EXPERIMENTAL ETHNO GRAPHIES · “o deus” · 06:00 · 2011 · (footage from 2003)


SC R EENING S UN -EXH I BI T E D · i nédit o




VIDEO · EXPERIMENTAL ETHNO GRAPHIES · “Scream Screaming” · 05:00 · 2009 · (original footage 2002)


SC R EENING S UN -EXH I BI T ED · inédit o




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VIDEO · EXPERIMENTAL ETHNO GRAPHIES · “Water! ... I will be fire.” · 03:00 · 2009 · (original footage 2001)

SC R EEN I N GS UN -EXH I BI T ED · inéd ito


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VIDEO · EXPERIMENTAL ETHNO GRAPHIES · “First Photographs.” · 06:00 · 2010 ·

SC R EEN I N GS Wo rld Pho tog r a p hy O r g a ni zation, C arous s el SLid e Sc reening. Lond on. UK. 20 1 0





VIDEO · EXPERIMENTAL ETHNO GRAPHIES · “Subtle Bodies.” · 06:00 · 2010 ·

SC R EEN I N GS UN -EXH I BI T ED · inéd ito







PHOTOGRAPHY · Fotografia · ARTIST’S BOOKS · Livros e Artista ·

“ I FÁ D I V I N AT I O N ” · “ I f á D i v i n a t i o n ” · 100 pgs· 2015 ·





NEI TH ER DAY . N O R N I G H T .

God dess of lo ve and deat h, ‘YEWÁ’ i s t he m o s t m y s t e r i o u s o f a l l t he A fr i c anBr azilia n ‘orishas’. S he has elu de d e t hnog r a p he r s wo r k i ng b o t h i n A f r i c a and L atin A merica , and appears o nly a s a f o o t no t e i n t he e xt e ns i v e b i b l i o gr ap hy on Yor ub a culture and reli gi o n. In this ex p eriment al film , 6 y o u ng wom e n i ni t i a t e d t o Ye wá d i s c us s t he p hy si c al trial o f p o ss es s i o n, w hi le reca l l i ng d r e a m s a nd v i s i on s f r o m t he i r i ni ti ati on. A m ong v o ices heard is t he o ldes t p e r s o n i ni t i a t e d t o Ye wá i n B r a z i l , ‘ M ãe Se nhor a ’ f rom the Gant o is t em ple i n S a l v a d o r , B a hi a , i ni t i a t e d i n t he 4 0 s . P oss ession remains o u t s i de t he l i m i t s o f v i s ua l k no wl e d g e : w he n i n a tr anc e state initiates are ‘as leep’ and ha v e no m e m or y o f p o s s e s s i o n. Fu r t he r mor e , fil m ca nno t p e net rat e t his st at e. N e w t e c hno l o gi e s s u c h a s 3 D a ni m a ti on offe r a cha nce to bri dge t he gap be t we e n t he v i s i b l e a nd i nv i s i b l e wo r l d s of the tr ance, while ex plo ri ng t he li m i t s b e t we e n f a nt a s y a nd e t hno gr a p hy . T his sho rt p iece u ses i nt erview s ga t he r e d f o r ‘The Fi r s t Te a r ’ ( 20 1 2, 1 00 mi n ute s) filmed in S ão P au lo , S alvador ( B r a zi l ) a nd H a v a na , Ma t a nz a s ( C u b a). *


NEM DI A . NE M N OI TE . ‘ Yewá’, deusa d o am o r e d a m o r te , é a mais mis t e rio s a e de s c o n h e c ida de to do s os o ri xás. Sete m ulh e r es i ni c i ad as e m t erreiro s tradic io n ais de São P au l o e n o terrei ro do Gan to i s, em S alvad o r, fal am s o b re a p o s s e s s ão e s o n h o s c o m a deu sa. C ria-se um a p o nte e ntr e o m und o i n v is ív e l q u e e s s as fil h as - de - s an to v is it am , te m por ariam ente no tr a nse , e o m undo v is ív e l do c in e ma. Através do uso d e no vas m í d i as, a o b ra rec o mp õ e u m re g is t ro fe it o e m te r r e ir o de candomb lé p ar a r e c o nfi gur ar o e s p a ç o s ag ra do n u ma rel e it u ra de m o m e n tos e xp licitado s p o r m e m br o s d a rel ig ião . N a o b ra, as v o z e s de s et e mu l he r e s descrev em son h o s ‘i naugur ai s’ – s o n h a do s du ran t e a in ic iaç ão e n a p repa r ação para o transe - e tr ansfo r m aç õ e s fis io l ó g ic as e m c o mu n h ão c o m imag e n s e m co n stante transfo r m aç ão d e um a d e u s a re - ac e s s ada p el a re l ig ião a p art ir do s an o s 90 . (Tema do do c um e ntár i o ‘A 1 ª Lá g rima’ - 1 1 0 min u to s , 2 0 1 2 - do me s mo au to r ) O es paço fragme ntad o se ap r e se nta em p o rç õ e s de s ig u ais de e s p e l h ame n t o , desfazendo as b as e s d o c ale i d o sc ó p i o p a ra u m emb at e c o m o c o n t in u u m do e spaço infinito. Cri a u m e sp aç o e te m p o i n de fin ido s , fo rç an do a imag e m a en fren tar su as fraç õ es dentro d e m o vi m e nto s e o n du l aç õ e s q u e s u rg em e de s ap are c em de n tr o de s i, confundind o h o r i zo ntes d e c riaç ão e e x tin ç ão . Val e o b s e rv ar q u e a o b r a se sit u a entre dife r e nte s li nguagens, re c e b e n do n o me s c o mo an imado c , e t no gr afia expe ri m ental, e vi d e o ar te , ge r and o e x p o s iç õ e s e m v ário s l o c ais e amb ie n te s.


HOLY WATER The v i deo pre s e nts the c l o s i ng ritual in Tamb or-d e-Mina, in w hic h member s of t he t e mp l e d r i nk w a te r w hic h has remained ins id e the s ac red room of t he v o o do u sp i r i ts w o r s hi p p ed in Maranhão s tate, in northern B razil. O espelhado infínito contido dentro um grão de absorção, de um pixel de concentra çã o . O r e f r a ta d o, r e tr a ta do numa c amad a d o vis ív el d o inc ons cient e. * AGUA D O PE JI Águ a d o Pe j i c el e b r a a c o m u nhão, atrav é s d e um corp o d e água sa gr ado . Be b e- s e al i a m an i fes t ação d o corp o água, e m sua tota lidade. A Ág ua d o P e j i e s tá e n er g i zad a, re p leta d e força v ital, d e axé, e da qual j á bebe r am , s i m b o l i c am ente , os e sp íritos d a nature z a, os cab o clos, o s vod un s , o s r e i s da e n c antaria d e ntro d e se us q uartos, ou ‘pejis ’.


A BS O R PTIO N Com m uni o n w i th the v i si b l e ‘A bs orpt ion’ e xa l ts sa nd - shr i nes that b arely las t a 24 -hour p eriod . To s culpt a re l i g i o u s i ma ge fr o m s and trans f orms d irec t c ontac t w it h t he el ement s i nt o u nm e d i a te d c o m munion w ith the s and -b od y . During heig ht ened a rt i s t i c a c ti v i ty one o f te n los es ones elf , b ec oming momentar ily immer s e d a nd ab so r b e d i n a n e w world . R ef rac ted through a grain of quart z sand ( s ilica ) - the r a w m a te r i a l f or mirrors and glas s es - the intensit y of t he cre a t iv e a c t c r e a te s v i su al w av es that rep lic ate thems elves int o a new v i s ua l o r d e r . ‘A bs orpt ion’ of f e r s a n i m me r s ion in the mos t ins tinc tiv e of gest ures: pa ck i ng, s ha p i ng a nd si gni fy i ng s and . Not e: Fo o t a ge i s fr o m 2 0 0 2 , e d ited 20 0 9. T hes e s and s c ulp tures have recently been r e p l a c e d w i th a n array of read y -mad es (that us e w oo d, fabric, s t yrof o a m e tc . . ) a nd a r e r arely s een any more. * AB S OR ÇÃO O víd eo mo s t r a a aç ão de m o de lar símbolos associad os as e ntid ades um ban d i s t as d e ar e i a, e c o b r i - l as de botõe s colorid os. A ob ra d i alo g a e n t r e o at o de s eguir re gras esté ticas e simbólicas d a r elig ião e do cri ar art í s t i c o . So b r e p õ e a cap acid ad e d a arte d e ge rar transc endênci as s ub j et i vas s o b r e l i m i t aç õ e s imp ostas p or re gras e d ogmas p re ceituais. Exami na o ‘tr an s e ar t í s t i c o ’ , em q ue a obra absorv e o artista no p r o ces so d e s ua confec ç ão a o p o n to do artista se se ntir ause nte d o p rocesso de cri-


DE S E N CANTA ME NTO I nst alaç ão áu di o - v i s u a l s o b r e u m a p oé tica re ligiosa sing u l a r.

Este t rabalh o p ar t e de u m de s ejo d e e xp l orar o olhar e estranh ame nto de u m fe n ô m en o re ligioso sobre o q ual quas e ne nh um b r as i l ei r o te m familiarid ad e , e q ue não fi gu ra ent re t e x t o s a c adê m i c o s e sp e cializ ad os. A imagem que s e ap r e s en t a - de p es s o as ap are nte me nte ‘acord ad as ’ que do r m e m du r an t e u m mome nto-esp e cíf ico e acord am no v a m e n t e - é p ar ado x al, p ois e stão e m transe e do rme m e m p r o c e s s o de t r ansição p ara o acord ar. O ‘dormi r’ es t a c o m o u m ‘ i n s ta nte’ entre o transe e o acord ar. Alé m do m ai s , a dr amaticid ad e d a e ntrega ao ‘d or mi r’ s e fa z de m an ei r a p e rsonaliz ad a: cad a e ncantado s e ent re g a ao s o n o - t r an s i cional d e mane ira subjeti va. A s ens aç ão é de s e p r e s e n ciar um ato criativ o, d e um te or o p erát i c o , q u e s e de s p re nd e d e uma construção r el i g i os a Per c e b e-s e no v i de o u m a r el aç ão e ntre o v ermelho, v e rd e e amarelo d a b an de i r a b r as i l ei r a e d os p anos v e stid os p e los e ncant ad o s . Es t e s s e r ão a p re se ntad os em uma p roci ssão no c h ão . B an de i r as s e m elhante s às v estid as nos cor p o s d as p e s s o as n o v í de o s e r ão costurad as


Os p anos apar en t am s e r mer os o b j et os do c o ti di an o , en quanto as b an dei r as n a ci onai s s e c on fr o n t am n as par ed es d a m e s m a s al a, fo r maliz and o d i r e t r i ze s e s p aci ai s, enc ruz i l h adas v i r t u ai s que o pró p ri o r e g i s t r o e m vi de o naveg a e e x p l o r a . Es te mesmo reg i s t r o ‘ e n c an t a’ e r eve la os o b j e to s de n tr o da sal a, s e mov i m e n t a e n t r e el e s e convi d a o vi i s i t an te a c r i ar seus p ró p i os s e n t i do s e i n ter -r e laç ões .

O espelh a d o in f í n i t o c o n t i do d en t ro um g rão de ab s o r ç ão , d e um p i xe l d e c o n c e n t r aç ão . O r efrat ad o, r e t r atado n u m a cam ad a d o vi s í v e l do i n c o n sci en t e.


SC R EA M S CR EA MI NG A pt ly ni ck na me d ‘T he S c r e a m’ (O Grito) this Ap arak á - or s p irit migrat ing t owards illum i n a ti o n - v i si te d a temp le w here c and omb lé anc es tors are t rad i t iona lly w o r shi p p e d . D esi gned by y o u ng k i d s f r o m a s maller Egungun temp le in São P aulo, t he A pa ra k á ’s d e si gn m e t w i th s ome res is tanc e on its f irs t ap p earance. One pos s ible r e a so n fo r thi s i s it w as not ac c ep ted b y the group it was int ende d t o ‘ a b d u c t’ . ( To q u o te Gell: “ Ab d uc tion is us ed as the b asis one get s f rom a rt to a g e nc y i n the s ens e of a theory of how w ork s of art can inspire a s e nsu s c o m mu ni s , o r the c ommonly -held view s that a charact er is t i c o f a g i v e n s o c i e ty b e caus e they are s hared b y every one i n t hat societ y.” ) The pie ce f a i l e d to b e a n a ge nt p os s ib ly b ec aus e it mimic k ed and borrow e d f ro m p o p u l a r f i l m c u l tu re ( the f ilm “ Sc ream” , w hic h s uc c e ssfully bor rowe d f ro m Ed v a r d Mu nc h’s ‘Sc ream’). I t s erves as an ex am ple of whe re ‘a rt ’ and ‘ a ge nc y ’ d o no t align in an antrop ologic al/religiou s set t ing. But pe rha ps , b y r e mo v i ng thi s f ootage f rom its original c ontex t and reloca t ing i t i n the a r t- c o nte xt from w hic h one p ortion of it originate d one can t he n po s e a d i ff e r e nt k i nd of q ues tion, c onc erning the p las tic ity of Af-



WAT ER!!! . . . I WI L L BE FIR E. Na tela d o ca n t o di r ei t o e es q u e rd o v e mos um grup o d e ad ultos na praia. S ão h omens e m u l h e r es de t o d as as camad as sociais, tod as as raças . São um b and i s t as u n i do s p ar a c e l e b rar E xu, orixá d as e ncruz ilhad as, o ‘trickster’ d a c ultu r a I o r u b a s i n c r e t iz ad o p e la umband a, a p artir d os ano s 30 quan d o s e fo r m a e s s a r e l i g i ão ‘brasile ira’. Vê se aos p é s d os p ossuído s, nu m b anqui nho b r an c o , u m a i m agem d e Z é Pilintra, v estid o d e branco co m su a g ravat a e c h ap éu v e r m e l h o . E ssa e ntid ad e , extrv aíd a d o arq ué tipo do maland ro cari o c a, ap ar e c e r ep etid ame nte no v íd eo, como se assistisse, o ra como c ont rolas s e a p r o v a de fo go. No cent ro v em o s a i m ag e m do ‘ p re se nte d ’água salgad a’ com q uatro m eninas ent re as ida de s de 7 a 1 1 an os. E las e stão v e stid as como Ie manjá, Rainha d as Á g uas , e ac o m p an h adas p o r me ninos v e stid os d e ‘marujo’. As meninas ti m i d ame nt e s e ap r o x i m am às águas salgad as. De mãos e ntrelaçad as , fo rmam uma ci ran da q u e at r av e s s a as imagens, juntad o fogo com água, infânci a c o m ma tur i dade, e n t r eg a c om d omínio, v oy eurismo com exibicionis m o . Qu al o c i rc ui to de s s as i m ag e n s ? O q ue lev ará, um d ia, as p rince sas d as águas às ch ama s d e Ex u ? I mag ens fi lmadas e m 2 001 , e di t ad as e m 2007. v


First Photographs (Primeiras Fotografias) Between December 2009 and January 2010 NASA’s Cassini space mission made public the first photos of a moon that ‘steals’ from Saturn’s ring. They called this moon ‘Prometheus’, in honor of the Titan who stole fire from the gods and was punished by Zeus and bound to a rock for eternity. The mythical image of Prometheus bound is itself a prototype for the first albeit immaterial - ‘photograph’ ever taken. The myth invites us to imagine a person whose image is frozen in time and space. With the advent of photography, the myth of Prometheus can finally be captured in all its details, but it is NASA who has taken up the challenge and photographed Prometheus for the first time (in 2009) even though the image of the titan has been explored in music, theatre and painting for centuries. The piece links this concept to space and religion as boundless universes that lie outside the reaches of traditional image capture. It associates the impenetrable world of spirit possession with the first visual evidence of stars and planets. And while we can never cross into the trance through photography, the same tool allows us to journey into the multiple layers of space. * Enquanto o transe apresenta à tecnologia os seus limites de representação, o espaço astral apresenta a tecnologia como sua arma principal de representação. Porém, religião e tecnologia se apropriam de uma linguagem comum para eleger seus heróis. Aqui, Prometeu desbrava o caminho entre o abismo e a terra, entre o céu e os planetas: dando vida a formas e luzes, fogo e ferro. Numa metáfora clara sobre os limites assegurados por limiares Prometeu é preso eternamente a uma pedra por sua transgressão primordial; atravessar o abismo que separa os deuses dos homens. A imagem de Prometeu não é de um ser se desfazendo na travessia do abismo e se recompondo na terra, mas de um ser preso, acorrentado a uma pedra: possivelmente este mito forneceu a humanidade com sua primeira “fotografia” mental. Em 2009 um satélite da NASA fotografou uma pedra circulando um anel de saturno e dessa ‘Primeira Fotografia’ surgiu o nome ‘Prometeu’. O trabalho cria relações entre ‘Primeiras fotografias’ de planetas tiradas pela NASA - através das quais todos nós atravessamos o abismo entre a terra e o espaço – e as fotos


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1995-2005















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