Revista B

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ANO 28

JUL./AGO. DE 2021 R$ 30,00

Destaque Brasil Ano 28 Julho/Agosto 2021 Diretores da Distribuidora Ritter, Caroline Ritter e Fabio Junior Ritter

DISTRIBUIDORA RITTER HÁ 20 ANOS LEVANDO QUALIDADE E SAÚDE À MESA DOS GAÚCHOS




FOTOS: DIVULGAÇÃO

ÍNDICE

BENEFICIAMENTO DE GRÃOS

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Dubai Alimentos Há 15 anos priorizando a segurança alimentar no beneficiamento de grãos

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ABATE DE SUÍNOS

Frigorífico Schender Referência em carne suína in natura e seus derivados

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AGROINDÚSTRIA

MATÉRIA DE CAPA Distribuidora Ritter Qualidade e variedade em um mix completo com mais de 300 itens

12 14 16 18 24 26 28 30 32 34 38 4

Aquecedores & Cia Comercial AgroLira Supermago Supermercados Laticínios Lacmax

Mimara Rações Produtos de alta performance que proporcionam maior rentabilidade ao produtor

40 42 44 46

Imzolet Kátia Pacheco Fiel Supermercados Mandaká Alimentos Rezzadori Alimentos

Stock Marcas e Patentes Do Sertão Alimentos American Nutrients APIL – Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios do RS

Fritz Assistec Granja Nienow

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48 50 52 54 55

FeelJoy Friolack Granja Cageri Irmãos Nedel Nedel Cítricos


EDITORIAL

RECONHECIMENTO AO EMPREENDEDORISMO

A

Revista Destaque Brasil vem evidenciar o

construção civil, indústria, prestação de serviços,

empreendedorismo, contando um pouco

entre outros setores aqui representados.

das experiências desafiadoras de empresas que, mesmo diante do momento desafiador pelo qual

É com muita satisfação que, mais uma vez, a

estamos passando, conseguiram reinventar-se, es-

Revista Destaque Brasil cumpre o seu papel ao

tão descobrindo novas oportunidades de negócios

retratar essas bem sucedidas histórias e deseja

e recebem o merecido reconhecimento.

que esses empreendedores sigam no rumo das realizações e conquistas, para, cada vez mais,

Nesta edição vamos apresentar cases de su-

agregar desenvolvimento e pujança ao País.

cesso dos mais diversos setores. São empresas, entidades e personalidades que vem destacandose pelo trabalho que exercem, pois estão gerando

Boa leitura! Revista Destaque Brasil

empregos e fomentando a nossa economia. Nas páginas a seguir, você irá conferir os seguintes segmentos: agronegócio, alimentício, comércio,

Endereço: Rua Joaquim Nabuco, 828/1201 Ed. Box Center - Novo Hamburgo/RS Fone: (51) 3069-1124 .................................................................. E-mail: programadestaquebrasil@gmail.com .................................................................. Editor Executivo: Davenir Breier

Editoras: Taíse Pereira - MTB 13.271 l Torriê Aliê Breier ........................................................................................................ Reportagem: Jane Catarina de Oliveira - DRT/RS: 5857 ........................................................................................................ Diretora de marketing: Torriê Aliê Breier ........................................................................................................ Editoração eletrônica: Scheila Cristina Wagner scheilawagner@gmail.com / Fone: (51) 99115-6817 ........................................................................................................

Capa: Capa: Distribuidora Ritter Foto Capa: Luis Eduardo Seewald

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13/07/2021 17:23:02


FOTOS: LUIS EDUARDO SEEWALD

MATÉRIA DE CAPA

Empresa, que começou com vendas de porta em porta, hoje atende 45 municípios gaúchos e prepara-se para ampliar a presença no mercado e inaugurar o aumento da planta em 2.000 m2 até o fim do ano

Diretores da Distribuidora Ritter: Caroline Ritter e Fabio Junior Ritter

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SANTA MARIA DO HERVAL/RS

Equipe: Luana, Adriane, Jaqueline, Caroline (diretora), Bruna e Marileia

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iariamente caminhões personalizados ou deixando a mostra caixas plásticas, onde se vê uma suculenta maçã vermelha com a inscrição Distribuidora Ritter na lateral, cruzam as estradas de Santa Maria do Herval (RS) em direção à Serra Gaúcha, ao Vale do Sinos e à Região Metropolitana de Porto Alegre, para abastecer com hortifrutigranjeiros fresquinhos hotéis, restaurantes, supermercados e fruteiras.Uma história que começou com seu fundador, o diretor Fabio Junior Ritter, entregando frutas, verduras e legumes de porta em porta em Gramado, quando ainda tinha 17 anos. A empresa consolidou-se no mercado e deve inaugurar até o final do ano, quando completa seu 20º aniversário, a ampliação da sede, que atualmente fica em Santa Maria do Herval, distante 75 quilômetros da capital gaúcha. O projeto prevê uma nova área construída de 2.000 m2, que se somam aos 1.500 m2 já existentes. No total, incluindo o pátio, a matriz ocupará uma área de 5.000 m2. O novo espaço compreenderá sala de vendas, mais câmaras frias e um refeitório. Projeto que acompanhará a já existente unidade beneficiadora (UB), onde a mercadoria é classificada com maquinários próprios, e a unidade de estética, onde é feita a manutenção da frota de caminhões. Ritter conta que a expansão da área de trabalho da distribuidora tem como propósito ampliar a presença no mercado. Pensando na logística para atender o aumento da demanda, neste ano, foram adquiridos cinco novos caminhões,

totalizando 20 veículos devidamente equipados para transportar de forma segura e manter a integridade dos alimentos. O processo, inclusive, conta com a certificação da vigilância sanitária. Uma garantia a mais para os consumidores dos produtos distribuídos pela Ritter, que em tempo de pandemia, intensificou a higienização dos caminhões e das caixas plásticas de armazenamento dos hortifrutigranjeiros para o transporte. Uma frota de caminhões que está na rua todos os dias, buscando frutas, legumes, hortaliças, ovos, para atender os pedidos dos seus mais de 1.100 clientes cadastrados. De acordo com o executivo, ao todo são 5,5 mil pontos de entrega/mês, em 45 municípios gaúchos, chegando a comercializar mais de 900 mil quilos de hortifrutigranjeitos por mês. Neste volume, estão incluídas 17 mil refeições/dia atendendo restaurantes empresariais. Com o investimento na planta, a empresa quer no próximo ano aumentar o número de cidades que abastece, inclusive todo o Litoral Norte Gaúcho. A expectativa é ultrapassar a marca 1,2 milhão de quilos. A ideia de crescer, mas mantendo a alta qualidade dos alimentos entregues está no DNA da Distribuidora Ritter. E não poderia ser diferente. O começo de tudo foi com a exigente rede hoteleira e de restaurantes de Gramado (RS). Considerado o segundo destino turístico do Brasil, o município serrano recebe pessoas de todos os lugares do país e mundo, para os quais oferece o que há de melhor. 7


FOTOS: LUIS EDUARDO SEEWALD

MATÉRIA DE CAPA

Encantar o cliente para continuar crescendo

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o mês de setembro de 2021, a Distribuidora Ritter completa 20 anos de uma trajetória construída em cima de planejamento e foco. Para Fabio Junior Ritter, a busca pelo encantamento do cliente é prioridade e faz parte do dia a dia do negócio. E alerta: “isto só é possível de acontecer com dedicação e carinho diário com os membros da equipe”. Deste modo, vem administrando seu negócio, comprometido com o bem-estar de sua equipe e determinado a entregar um produto de primeira a cada pedido. Para ele, o grande desafio é o amanhã. Tese reforçada com a pandemia do novo coronavírus decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em março de 2020, e gerou muitas incertezas no cenário econômico, não só brasileiro, mas mundial. Diante das mudanças que se apresentam constantemente no mercado, Ritter acredita que para pensar o futuro é necessário buscar novos conhecimentos, mas nunca perder a essência do negócio – isto é: o core bussines. Afirma: “Todos os dias acredito na minha empresa, lutei para construir com muito amor pelo negócio e pelas pessoas que se dedicam diariamente e servem de inspiração na concretização do meu sonho”. Por isso, tem o olhar voltado para o futuro. Ao planejar o amanhã, considera fundamental ter em mente as situações que podem surgir, conhecer seu negócio, seus clientes, o que eles querem. Acredita que as oportunidades virão e estar preparado para elas é o caminho para não perdê-las. Conclui: “para os próximos anos, vamos ampliar a empresa, aumentar vendas, carteira de clientes e o número de municípios atendidos”.

Caminhões envelopados com o logotipo da Distribuidora Ritter na sede da empresa em Santa Maria do Herval/RS

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SANTA MARIA DO HERVAL/RS

Rastreabilidade dos alimentos desde o produtor até a porta do cliente

O

trabalho não para na Distribuidora Ritter. Inclusive no fim de semana, há expediente. O diretor e fundador da empresa, Fabio Junior Ritter, explica que o sábado e domingo são usados para receber as cargas e deixar tudo organizado para começar a segunda-feira levando os alimentos aos clientes. “Frutas bonitas, de primeira linha”, conta a também diretora, Caroline Ritter, que comanda a parte financeira. A executiva destaca que, além dos estoques serem renovados diariamente, “a qualidade vem direto do campo”. Por isso, a distribuidora investe forte em parcerias fixas com produtores de todo o Rio Grande do Sul e com os de mais dez estados brasileiros. O motivo é simples. O mix que supera os mais de 300 itens ofertados pela distribuidora não é totalmente produzido em solo gaúcho. Por exemplo, o mamão, o carro-chefe no segmento de frutas, vem de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo. Também chegam à distribuidora produtos de Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Já a batata, um dos itens mais vendidos pela distribuidora, é comprada diretamente dos produtores da Região da Serra Gaúcha. Em termos de frutas, além do mamão, tem boa saída a laranja, proveniente do Vale do Caí. Independente de onde venha o hortifruti, o diretor Fabio Junior Ritter explica que a distribuidora possui um sistema de rastreabilidade dos produtos. Reforça: “o processo permite conhecer o trajeto percorrido pelo alimento desde a colheita até o recebimento pelo cliente”. O investimento em tecnologia, que torna possível esse acompanhamento, está alinhado com o propósito da empresa de garantir melhor qualidade e melhor preço. Procedência, que começa a ser exigida pela sociedade assustada pela pandemia do novo coronavírus, em nome da segurança de saber o que está ingerindo. Mais um diferencial que a Ritter oferece aos atacados, supermercados, hotéis, pousadas, cozinhas industriais, hospitais, escolas e creches que abastece.

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FOTOS: LUIS EDUARDO SEEWALD

MATÉRIA DE CAPA

Diretor-presidente da Distribuidora Ritter, Fabio Junior Ritter

Com fé, foco e persistência, Ritter transformou a pandemia em momento de aprendizado

“M

inha gestão é baseada no tripé fé, foco e persistência. Primeiro lugar, fé em tudo que você faz, foco no que você se dedica a fazer diariamente, persistência é saber que tudo vai dar certo e, claro, ter vontade de fazer acontecer.” A frase sintetiza como o empresário Fabio Junior Ritter conduziu a Distribuidora Ritter até chegar ao patamar em que se encontra hoje, superando desafios que pegaram a todos de surpresa, como a pandemia do novo coronavírus declarada em março de 2020 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O período foi difícil, mas o fundador da empresa destaca que foi de muito aprendizado. Explica que o momento possibilitou ver que “com menos se pode fazer mais”. Somado ao rastro de mortes, a Covid-19 também levou o país a uma crise econômica. A distribuidora sentiu o impacto negativo em diferentes fases do processo de comercialização, chegando a amargar um prejuízo na casa dos 40%. Primeiro, os hotéis, restaurantes e indústrias tiveram suas atividades suspensas ou restritas em razão das medidas sanitárias adotadas. Com isso, a necessidade de buscar alternativas. E a opção foi aumentar o volume de vendas para os supermercados, apesar da margem de lucro diferenciada. Depois, a produção de hortifrutigranjeiros diminuiu em razão da escassez da matéria-prima, resultando no aumento dos preços até a falta de produtos. Mais uma batalha que a Distribuidora Ritter conseguiu vencer. Devido a credibilidade da empresa no mercado, mantendo o abastecimento dos clientes em dia. O diretor Fabio Junior Ritter conta que os obstáculos

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foram superados graças ao planejamento anterior e às estratégias adotadas. Inclusive, os investimentos em infraestrutura foram mantidos, embora em ritmo mais lento. Também não houve redução do quadro de funcionários e nem da jornada de trabalho. “Um ano desafiador. Cortamos gastos, a equipe colaborou como um todo, sem exceção, e, graças ao empenho de todos, conseguimos antecipar para dezembro a normalização das nossas vendas”, pontua o gestor. Para o fundador da Distribuidora Ritter, 2020 ficará na história como o ano que os empresários precisaram descobrirem-se como administradores de empresa. E lastima: “quem era somente dono não conseguiu superar a crise”. Já a Distribuidora Ritter apostou na união de todos os setores sob a coordenação de uma gestão organizada, tranquila e séria. Fabio Junior Ritter destaca o comportamento dos clientes, que mesmo diante da escassez de determinados produtos, foram compreensíveis e mantiveram-se fiéis à empresa com sede em Santa Maria do Herval (RS). Já o ano de 2021 iniciou-se com menos recursos financeiros à disposição para investir. No entanto, Fabio Junior Ritter observa que a direção da empresa teve mais tempo para planejar, com visão no futuro e com o aprendizado de 2020. E o gestor observa que o empresário precisa manter constante a busca por conhecimento para não perder oportunidades. Resume: “a maior riqueza do empreendedor é o conhecimento, principalmente do seu negócio”. Segundo ele, é preciso ter muita dedicação e dar atenção ao cliente para conquistar bons resultados.


SANTA MARIA DO HERVAL/RS

Engrenagem azeitada por profissionais comprometidos com o negócio

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ara fazer girar a engrenagem que leva hortifrutigranjeiros frescos à mesa de parcela da população gaúcha, por venda a atacados ou em restaurantes e refeitórios, a Distribuidora Ritter conta com 60 funcionários diretos e 150 colaboradores indiretos, todos capacitados para a tarefa de escolher os melhores alimentos. A empresa também mantém logística própria, entregando sem custo a encomenda na porta do estabelecimento. Mas a estrutura não foi sempre assim. O início da empresa foi com Fabio Junior Ritter e um amigo motorista, porque o jovem de 17 anos não tinha idade para fazer a habilitação. A trajetória de Fabio Junior Ritter começou cedo. Antes da distribuidora, ajudava seu pai a recolher o leite nas propriedades rurais próximas, depois foi ajudar o avô Antônio Lehenn, hoje falecido e que tinha uma granja, a vender ovos. O negócio prosperou, e ele seu pai, Remo Ritter, planejaram abrir um varejo na Serra Grande, em Gramado (RS). Foi assim, vendendo de porta em porta ovos e algumas verduras que comprava da

família Moraes e da família Zalher, que a distribuidora começou a tomar corpo. “Nas primeiras viagens, a gente vendia pouco, porém, com o passar do tempo, a sociedade passou a nos conhecer e, assim, vendíamos nossos produtos para restaurantes e mercados em Gramado.” Foi aí que Ritter teve a ideia de acrescentar frutas ao seu mix de produtos. Na ocasião, foi muito ajudado pelos Irmãos Haubert, que traziam as mercadorias da Central de Abastecimento do Estado (Ceasa), em Porto Alegre (RS). Assim, além do comércio, passou a abastecer hotéis e pousadas. O negócio prosperou e dois anos depois, já sabendo o que o cliente exigia, Fabio Junior Ritter passou a buscar, na Ceasa, os produtos que revendia. Comprou um caminhão maior e fez uma parceria com os irmãos Vantuir e Alex Moraes, para auxiliá-lo no comércio. Hoje, a distribuidora atende mais de cem hotéis e mais de cem restaurantes em Gramado, onde tudo começou. “Gramado abriu as portas para eu abrir a minha empresa e progredir”, pontua.

Rua Ema Land, 110 - Morro Closs Cep: 93995-000 - Santa Maria do Herval /RS Fone: (51) 3567-1037 www.distribuidoraritter.com.br 11


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SISTEMAS DE AQUECIMENTO

Redes de gás, água fria e quente, mais energia solar fotovoltaica são a especialidade da loja que hoje executa projetos nas regiões do Vale do Sinos e Vale do Caí e está em busca de ampliar sua presença no mercado investindo na venda on-line

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NOVO HAMBURGO/RS

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ais que vender sistemas de aquecimento de água, material hidráulico, execução de redes e projetos de energia solar, a Aquecedores & Cia nasceu com o propósito de levar qualidade de vida às pessoas, tornando os ambientes por onde circulam confortáveis. Foi assim que a empresa criada em 2004 por Mario Mombach e Erno Von Borstel, no município de Novo Hamburgo, conquistou o mercado das regiões do Vale do Sinos e Vale do Caí, tornando-se referência no segmento a partir de projetos seguros, resistentes e sustentáveis. A meta agora é expandir o raio de atuação da marca, dando início às vendas on-line. O investimento soma-se ao desejo de disponibilizar a residências, comércio e indústria os benefícios de sistemas com tecnologia de ponta, bem como a adoção de energia limpa, reduzindo os impactos da ação humana na natureza. Hoje, a Aquecedores & Cia também é especializada em energia solar, usando células fotovoltaica, além de comercializar equipamentos de aquecimento de água a gás e elétrico para residências e indústrias, venda de tubos e conexões para água fria, quente e gás, bem como a instalação de redes, tanto de água fria e quente, quanto de gás. De acordo com Mombach, a Aquecedores & Cia, além de oferecer um mix de produtos de alta qualidade, trabalha com mão de obra própria tanto na instalação, quanto na assistência técnica. Item considerado um diferencial da marca por agregar mais segurança, confiabilidade, agilidade e pontualidade na execução dos projetos, bem como na manutenção ou reparo solicitado. Para isso, conta com uma equipe altamente capacitada e comprometida com o bem-estar do cliente. O treinamento dos funcionários tanto de vendas como técnicos é constante. Inclusive, o diretor da Aquecedores & Cia conta que a equipe tem certificado das próprias fabricantes, tanto no Brasil, quanto no exterior, como a Bosch, na Alemanha; Rinnai, no Japão; e Beretta, na Itália. Marcas consideradas as melhores do mundo e que fazem parte do portfólio de produtos disponibilizados pela loja e, conforme refere seu fundador, instalados dentro das normas da ABNT (Agência Brasileira de Normas Técnicas). Com isso, garantindo maior vida útil aos equipamentos.

Pensamento no futuro do planeta É esse cuidado desde a venda até o pós-venda, somado à visão global dos diretores Mario Mombach e Erno Von Borstel que fez a Aquecedores & Cia caminhar em busca de novas tecnologias e assim acrescentar ao portfólio de produtos a instalação de projetos de energia solar fotovoltaica. A frase: “pés no presente, olhos no futuro”, que abre a página do site da empresa dedicada aos projetos de energia limpa, indica que está no DNA de seus fundadores a inovação, mas sem se descuidar da gestão eficiente para poder oferecer o que há de melhor no mercado para seus clientes. Para Borstel, a Aquecedores & Cia ao oferecer projetos visando ao uso de energia renovável, bem como disponibilizando a clientes sistemas de aquecimento com tecnologia de ponta está mostrando sua preocupação com o meio ambiente. Essa postura em busca de processos e materiais que representem o menor impacto ambiental possível são provas do comRua General Daltro Filho, 1665 - Bairro: prometimento da empresa, que ocupa Hamburgo Velho Cep: 93540-000 - Novo Hamburgo/RS uma área construída de 300 m2, com a Fone: (51) 3527-6666 sustentabilidade do planeta. www.aquecedores-cia.com.br contato@aquecedores-cia.com.br 13


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PRODUTOS PARA EMBUTIDOS

Distribuidora de ingredientes, envoltórios e culturas para a produção de embutidos e defumados, empresa há 3 anos no mercado prepara estratégia para aumentar área de atuação por meio das redes sociais e lançamento de plataforma de venda on-line

O

s tão apreciados embutidos e defumados consumidos como aperitivo ou para ressaltar o sabor de pratos, como a tradicional feijoada dos brasileiros, requerem mais que uma receita testada e aprovada. Eles precisam de insumos de primeira linha para levar qualidade e segurança alimentar à mesa de seus consumidores. Pensando nisso, os irmãos Rodrigues Lira, Zildomar e Leozildo criaram a Comercial AgroLira no final de 2017 e hoje, três anos depois, projeta investir nas redes sociais e em uma plataforma de vendas on-line, com propósito de expandir a carteira de clientes. Ainda jovem no mercado, criada como uma empresa habilitada na elaboração de projetos de renovação e licenciamento ambiental voltada ao agronegócio atende, a AgroLira logo encontrou uma nova vocação. Poucos meses depois da abertura de suas portas, passou a atuar também como distribuidora de insumos. Atualmente, são 300 clientes entre charcuteiros, açougues, mercados, atacados, agropecuárias, agroindústrias até indústrias de pequeno e médio porte. O diretor Zildomar Rodrigues Lira conta que as ações de ampliação do campo de atuação estão previstas para este ano. E deixa claro aos clientes que o atendimento presencial, de venda e pós-venda, bem como o suporte gratuito, continuarão sendo um diferencial da marca. Atualmente, embora o

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Diretores da Comercial AgroLira: Leozildo e Zildomar Rodrigues Lira

foco de atuação seja o Rio Grande do Sul, a AgroLira atende agroindústrias de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Brasília. “As pessoas nos procuram, e acabamos atendendo da melhor forma possível fora do Estado”, reforça. Não é por acaso, que a Comercial tem sua sede em Harmonia. O também diretor Leozildo conta que, embora a logística de atendimento ao cliente, seja própria, o município no Vale do Caí é rota de muitas transportadoras, o que facilita e agiliza socorro a um ou outro cliente em qualquer parte do


HARMONIA/RS

Produtos que englobam o catálogo da Comercial AgroLira

país em casos de emergência. Essa presteza ao solucionar os problemas estende-se à disponibilidade de produtos a pronta entrega, mesmo os importados da Polônia e da França. Para isso, a empresa mantém proximidade com os fornecedores para evitar a falta de insumos. “Sempre procuramos antecipar as demandas e alimentar nosso estoque”, reforça. Estoque este que compreende uma ampla linha de produtos para todos os tipos de embutidos, tanto na linha frescal, cozidos, defumados e curados. Um catálogo dividido em três linhas básicas, a de ingredientes, ou seja, os condimentos; a de envoltórios artificiais e naturais; e culturas – as bactérias responsáveis pelo sabor e cor que devem ser adicionadas à massa. Para garantir a qualidade do mix, que ultrapassa a mais de 1 mil produtos, a AgroLira trabalha com três fornecedores principais. Os diretores da AgroLira destacam que compram da BRC Ingredientes, de Rio Claro (SP), que desenvolve e comercializa mixes completos de condimentos, antioxidantes, estabilizantes, sais de cura, corantes, fumaças, pastas, ligas, entre outros. A outra empresa que representa é a Globalfood, que nasceu há quase dois séculos na Alemanha, produz corantes naturais, como clorofila, urucum e cúrcuma, e uma vasta linha utilizada na indústria de processamento de carnes. É também a Globalfoods a responsável pela importação de itens fornecidos pela Lallemand, empresa fundada no Canadá e que atende

Tripas

Salcichas

Temperos

Do setor administrativo, Charline Schütz Lira, o diretor Leozildo Rodrigues Lira, Carla Simone da Silva Lira também colaboradora da administração e o diretor Zildomar Rodrigues Lira

a AgroLira, por meio de uma de suas unidades com sede na França, na linha de Culturas Starter Liofilizada e acessórias para as indústrias da carne, compreendendo os antimofos. Já a parte de envoltórios tem como principal fornecedor a TS Tripas, de Curitiba (PR). Empresa familiar há 30 anos no mercado oferece uma linha conceituada de produtos naturais e artificiais. Inclusive atende a comercial com uma linha de tripas de colágeno produzidas pela polonesa Fabios e Fcase. Todas têm em comum a qualidade e a segurança alimentar exigidas pelo mercado consumidor que sofre os reveses da pandemia do novo coronavírus, atendendo as normas internacionais de segurança e boas práticas de fabricação de alimentos. São fornecedores que possuem uma cadeia de abastecimento confiável e consistente.

Conhecimento técnico é diferencial Filhos de agricultor e formados em técnico agropecuário e gerência empresarial e técnico em processamento de carnes, os irmãos Rodrigues Lira – Zildomar e Leozildo – são o diferencial da Comercial AgroLira. “Vem de berço, nós gostamos, nós sabemos fazer”, afirma sem falsa modéstia Leozildo, que responde pelo desenvolvimento de projetos na área ambiental e de crédito rural. Para o gestor, compreender o chão da agroindústria é um diferencial muito importante, tanto na hora de solicitar o licenciamento ambiental para iniciar atividade, bem como na hora de buscar uma linha de crédito mais vantajosa para determinado investimento. Se na hora de projetar é importante conhecer a necessidade do cliente, no momento da compra e da venda é imprescindível. Foi juntando essas duas frentes do negócio que a AgroLira se consolidou no mercado. Crescimento que pode ser observado na estrutura física de 1.000 m2 de área construída, com um depósito de 500 m2, e no número de vagas de emprego – seis diretas e duas indiretas.

Rua Arnoldo Theobald, 896 - Bairro: Centro Cep: 95785-000 - Harmonia/RS Fones: (54) 3695-1369/(54) 99978-4285 www.comercial-agrolira.negocio.site 15


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SUPERMERCADO

Rede de supermercados de bairros, que conta com cinco lojas físicas e uma on-line, aposta em dog parking e drive thru para aproximar os clientes e manter ritmo de crescimento a partir do atendimento de excelência

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uncionários, fornecedores e clientes são a sustentação da Rede Supermago, fundada em 1998 por Jacinto da Luz Machado. Para o diretor e fundador da organização, o tripé representa os três reis magos que devem conviver em harmonia, pois entende que um não existiria sem o outro. É essa visão voltada para o humano que rege o dia a dia do empreendimento que hoje soma cinco lojas na Zona Norte de Porto Alegre (RS) e uma on-line, a Magodrive. A meta é continuar crescendo. Novas unidades estão nos planos, mas a data ainda não está definida. “Nós abrimos uma loja, quando ela se acomoda, começamos a planejar a abertura de outra, porque queremos preservar o equilíbrio entre os reis magos e nossa qualidade”, reforça Machado. Diretores do Supermago: Rodrigo Machado, Jacinto Machado e Patrícia Machado

Horta vertical, afim de proporcionar ao cliente o acesso a um produto fresco e de ótima qualidade

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Pães fresquinhos compõem o setor da padaria

À essa fórmula de trabalho alia-se investimento constante em inovações e melhorias para manter a qualidade dos serviços prestados. Afinal, diariamente, 5 mil pessoas dirigem-se a um dos estabelecimentos ou site da rede para adquirir um dos 8 mil itens expostos nas gôndolas, tanto na área de alimentos, quanto na área de utilidades domésticas ou bazar. Machado observa que as lojas são de bairro. Por isso, há todo um cuidado em manter proximidade com os clientes. Nesse sentido, recentemente foi criado o dog parking, local para deixar os pets durante as compras. Como uma rede de supermercados de médio porte, com atuação definida como lojas de bairros, buscando o público A/B da capital gaúcha, a menina dos olhos do empreendimento são as padarias. “Nossa missão é proporcionar uma experiência de atendimento acolhedor em ambiente de confiança e respeito”, explica o executivo. Por isso, produtos e serviços de qualidade com preços justos estão no topo da lista de prioridades.


PORTO ALEGRE/RS

Fachada da loja Jardim Planalto, localizada na Rua Nicanor Luz, 110, Jardim Planalto, Porto Alegre/RS

A ideia é melhorar a qualidade de vida entre colaboradores, fornecedores e clientes. É essa harmonia, para Machado, que faz a roda girar. Lembra que como supermercado de bairro, 80% das vendas são alimentos perecíveis, os 20% restantes fazem referência a produtos de higiene, limpeza e básicos, ou seja, produtos de bazar para o dia a dia. Tendo em vista, o propósito do supermercado, Machado adianta que ele e seus funcionários dedicam um cuidado especial à padaria, açougue, hortifrutigranjeiros e laticínios. Inclusive, na parte de carnes, trabalha com três frigoríficos que fornecem um produto de primeira qualidade. Esse cuidado é repassado à venda on-line. O Magodrive, como é chamada a loja virtual criada em 2016, é pioneira, no Rio Grande do Sul, no sistema drive-thru, que possibilita ao cliente fazer as compras sem sair do carro. Claro, o cliente também pode optar por receber seu pedido em casa. O modelo que começou a ser operado antes da pandemia do novo coronavírus, de acordo com Machado, ganhou um incremento em número de adeptos. Conta que apesar de já ter conhecimento do sistema quando começou o distanciamento social, a empresa precisou trabalhar dia e noite para dar conta do atendimento. E o diretor do Supermago sentencia: “No momento em que o cliente descobrir o quanto é fácil comprar no drive-thru, vamos ter que aumentar o espaço para a movimentação de automóveis”. Machado alerta que essa é uma tendência. No entanto, a venda de maior volume ocorre via delivery. Para que o cliente tenha uma boa experiência de compra, a qualidade dos produtos é a mesma que o cliente vai encontrar nas gôndolas ou refrigeradores do supermercado. Com frota própria, com o logo Magodrive, as caminhonetes de entrega dos pedidos possuem geladeiras adaptadas para manter as mercadorias refrigeradas durante o itinerário de entrega.

Unidade Central Parque, na Avenida Ipiranga, 7815, Partenon, Porto Alegre/RS

Colaboradores do Supermago

Trabalho visa a gerar encantamento em seu público-alvo O cuidado com os clientes, funcionários e fornecedores é o responsável pelo sucesso na trajetória iniciada por Jacinto da Luz Machado há 22 anos. A decisão tomada após uma Expoagas (o maior evento da América Latina do segmento supermercadista), que ocorreu na Fenac, em Novo Hamburgo. “Parei o carro e escrevi na agenda: ‘A partir de hoje não procuro mais emprego. Vou abrir meu próprio negócio’.” E assim foi. Hoje, a rede emprega 180 pessoas, comprometidas em encantar o cliente. No gerenciamento da rede, que conta com cinco lojas físicas, uma on-line e drive thru, Machado conta com o suporte da filha, Patrícia Machado, formada em Administração de Empresas e pós-graduada em Gestão Empresarial. Apaixonada pelo segmento em que atua, ela já presidiu a Agas Jovem (Associação Gaúcha de Supermercados) de 2019/2020 e mantém-se ativa na entidade. Motivo de orgulho para seu pai, que também faz parte da direção da associação. O filho Rodrigo Machado, formado em jornalismo, também acompanha o negócio da família de perto, inclusive foi dele a ideia de montar o drive thru.

Interior dos supermercados

Lojas: Av. Assis Brasil, 2956 - Cristo Redentor Cep: 91010-006 - Porto Alegre/RS Fone: (51) 3341-1399

Dog parking

Adega

Av. D. Cláudio J. G. Ponce de León, 388 - Jardim Itati Cep: 91370-170 - Porto Alegre/RS Fone: (51) 3341-1399 Rua Nicanor Luz, 110 - Jardim Planalto Cep: 91220-400 - Porto Alegre/RS Fone: (51) 3341-1399 Rua Itapeva, 510 - Passo D’areia Cep: 91350-080 - Porto Alegre/RS Fone: (51) 3341-1399

Veículos refrigerados

Interior das caminhonetes

Av. Ipiranga, 7815, Partenon - Central Parque Cep: 91530-001 - Porto Alegre/RS Fone: (51) 3341-1399 www.supermago.com.br contato@supermago.com.br 17


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QUEIJARIA

Uma das principais marcas de queijos do RS, destaca-se pela qualidade dos produtos, bem como pelo atendimento de excelência a fornecedores, colaboradores e clientes, tendo como foco a satisfação do consumidor final

A

história da LacMax começou com a compra e venda de leite em Marques de Souza (RS) e hoje é uma das marcas mais conceituadas do Rio Grande do Sul, quando o assunto é queijo. A empresa nasceu em abril de 2001, utilizando uma pequena caminhonete emprestada para fazer a coleta nas propriedades do município e arredores. Uma região rica na produção de leite, que levou o jovem empresário Juliano Boaro a investir na produção de laticínios. Vinte anos depois, a meta é continuar crescendo, com atendimento de forma eficaz, com transparência e comprometimento com todos os públicos de interesse, envolvendo o fornecedor de matéria-prima, funcionários

diretos e colaboradores indiretos, clientes e consumidor final. Mais do que vender, a meta da LacMax é fidelizar clientes, a partir de um atendimento de excelência e produtos de primeira linha. Para isso, conta com um mix de 12 itens que compreende queijo lanche, muçarela, minas (um queijo mais fresco), ricota, quark (conhecida como kässchmier pelos alemães), entre outros. Há até o queijo coalho, que entrou no catálogo há 5 anos, acompanhando a simpatia do paladar gaúcho à iguaria típica do Nordeste brasileiro. Portfólio que cresce a partir do estudo e viabilidade dos tipos de queijos sugeridos pelo sistema de troca de ideias com todos os envolvidos no processo.

“Graças a Deus e à sorte, sim sorte, porque sem ela não funciona. A sorte vem junto com outros fatores como humildade, vontade de trabalhar, paciência para esperar o resultado. Este não pode ser imediato, deve ser lento, progressivo, só então é possível tornar-se conhecedor do assunto. O dinheiro, vindo logo e com muita facilidade, na maioria das vezes, desconcerta a mente das pessoas e, principalmente, do dono do empreendimento, que acaba por contratar alguém para fazer o serviço e, geralmente, é aí que a casa cai. É fundamental saber lidar com o dinheiro. Também é preciso conhecer o que se faz, do contrário deve-se, de alguma forma, procurar aprender. O patrão precisa saber tanto quanto, ou mais, que o empregado. Não pode ter dependência, o que fatalmente dificultaria possíveis decisões a serem adotadas”. Juliano Boaro Diretor da LacMax, Juliano Boaro

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MARQUES DE SOUZA/RS

No entanto, o inegociável em todos os produtos é a qualidade final, motivo de orgulho para a direção da LacMax. Boaro conta que os processos já foram avaliados e certificados por institutos consagrados no mercado, como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RS). A empresa foi uma das primeiras do Estado a implantar o Programa de Boas Práticas de Fabricação, no segmento de pequeno e médio porte, e a conquistar o selo PAS – Programa de Alimentos Seguro. Também adotou a metodologia 5S (ferramenta de gestão que ajuda empresas de qualquer porte ou segmento a reestruturar seus processos, com base nas melhores práticas), como forma de melhorar a organização das rotinas de trabalho, bem como para manter o padrão dos queijos produzidos. Plano estratégico que leva a outra característica da LacMax, que é a busca do bem-estar dos seus colaboradores – atualmente 24 diretos (funcionários) e 50 indiretos. “Hoje, têm pessoas que se aposentam na empresa, são 10, 15 anos de trabalho. Não há rotatividade”, comemora Boaro, lembrando que todos recebem treinamento e estão comprometidos com o sucesso dos produtos LacMax. Outro fator para a consolidação da marca no mercado foi a conquista da Inspeção Federal (S.I.F) em 13 de agosto de 2015, sendo este órgão dotado de profissionais com elevado conhecimento, onde aumentaram as exigências de controles e treinamentos. Com isso a empresa deu um salto de qualidade em todos os processos, desde o produtor até o produto na prateleira. “Nos colocamos como o cliente quer receber o produto. Toda a produção é degustada por nossos colaboradores em nosso refeitório para comprovar a qualidade”, expõe Boaro. Segundo ele, esta é uma forma de mostrar o enorme respeito que a LacMax tem por seus consumidores.

Grandes redes de supermercados entre os clientes Pontualidade e garantia de fornecimento com estoque regulador tanto de embalagens como produto acabado são alguns dos fatores que consolidaram a LacMax no mercado. Uma trajetória que levou a marca a conquistar clientes com renome no varejo gaúcho, como grandes redes supermercadistas, além de estabelecimentos de pequeno e médio porte – mercados, lancherias, pizzarias, açougues e casas especializadas. Uma trajetória de grandes desafios, que contou com a parceria da esposa, a engenheira de alimentos Liege Schneider Boaro, e dos pais, Ary Victor Boaro e Theresinha Maria Maziero Boaro, que sempre incentivaram o fundador da empresa, Juliano Boaro, a ir em busca dos seus sonhos. Atualmente, a planta de produção do laticínio possui 1.459 m2 de área construída, mais frota própria para garantir a qualidade da entrega, bem como da captação da matéria-prima. Boaro entende que a empresa tem uma atuação segura, bem-organizada e saudável, com o propósito de melhorar cada vez mais o atendimento ao cliente e fornecedores, honrando todos os compromissos. Para o futuro, o desejo do empresário é manter o que se tem e chegar à excelência nas relações com o público-alvo do laticínio, bem como ampliar a comunicação com o consumidor final.

Estrada Geral Picada Flor , s/nº Cep: 95923-000 - Marques de Souza/RS Fones: (51) 3705-1441/ 3705-1442 laticinios@lacmax.com.br 19


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BENEFICIAMENTO DE GRÃOS

Tendo como carro-chefe a aveia em sua diferentes formas, indústria firma parceria com Unijuí e Faculdade Setrem com foco na produção segura de grãos e na elaboração de uma linha nutracêutica

A

segurança alimentar está no topo da lista de prioridades da Dubai Alimentos, que está completando 15 anos de história, focada na inovação de processos, inclusive, de toda a sua cadeia produtiva. Tanto que a empresa beneficiadora de aveia, centeio, trigo, linhaça e chia firmou parceria com a Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), com foco na produção mais segura de grãos e na elaboração de uma linha nutracêutica. Também assinou convênio com a Faculdade Três de Maio (Setrem) voltado aos orgânicos. “Estamos trabalhando um projeto bem legal com os pequenos produtores”, conta o fundador da indústria, Dante Maurício Tissot. Enquanto o trabalho com a Setrem foca na agricultura familiar, o projeto em desenvolvimento pela Unijuí-RS refere-se a uma ação diferenciada junto aos fornecedores de aveia, cereal líder de venda da Dubai Alimentos. “Queremos trazer para dentro da fábrica um alimento mais seguro, minimizando o uso de agrotóxicos.” Para isso, o empreendedor explica que o projeto estipulado em dez anos prevê a busca por novas variedades e a elaboração de um manual de boas práticas para a produção do alimento. “Isso é o futuro”, diz o gestor, que construiu o nome da empresa que dirige zelando pela qualidade dos grãos recebidos. Afinal, a matéria-prima impacta diretamente na qualidade do produto final. Diretor da empresa: Dante Maurício Tissot

Fábrica da Dubai Alimentos localizada em Ijuí/RS

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IJUÍ/RS

Produtos embalados prontos para distribuição

Esse cuidado com os produtos colocados no mercado que começa no apoio ao desenvolvimento de sementes de alta performance, segue no acompanhamento dos produtores até a colheita dos grãos a serem beneficiados, é o cartão de visitas da Dubai Alimentos. O histórico de seriedade, qualidade e garantia de bons negócios junto aos seus clientes fez com que a indústria crescesse e expandisse sua atuação. Fundada em 2006, atualmente a empresa distribui ingredientes para grandes marcas do segmento alimentício nacional, bem como para indústrias alimentícias da Argentina, Uruguai, Paraguai, Costa Rica, Equador, Colômbia, Bolívia e África do Sul. Referência em venda de grãos a granel, a Dubai Alimentos oferece um mix de 20 ingredientes entre as linhas tradicional, orgânica e sem glúten. Em razão das normas sanitárias, o beneficiamento da matéria-prima se dá em

Aveia flocos grossos

duas plantas fabris, que juntas somam 20.000 m2 de área construída. Até o final do ano deve entrar em operação a terceira linha de produção no mesmo local, para em três ou quatro anos dobrar a capacidade de produção, que hoje está na casa das 3 mil toneladas/mês. As novidades não param por aí. Tissot anuncia que está em fase de estudo dois novos projetos com derivados de arroz e milho. Ainda falando em gestão, a indústria preza pela qualidade em todas as etapas do processo e um dos quesitos diz respeito à logística. De acordo com Tissot, parte da entrega dos pedidos é feita com frota própria e outra por terceirizados. “Nós temos uma turma que nos ajuda muito”, elogia o diretor, enfatizando o comprometimento de toda a equipe que trabalha com ele, tanto funcionários – hoje são 100 profissionais com carteira assinada – quanto os terceirizados.

Aveia flocos finos

Aveia flocos finos Nº2

Empresa prepara-se para buscar novos clientes Consolidada no mercado e com grande potencial de crescimento, a Dubai Alimentos além de vender ingredientes para a indústria produtora de barras de cereais, granola, biscoitos, entre outros produtos, também fabrica para o varejo produtos naturais integrais, orgânicos e sem glúten da marca Prinat. Mas é a aveia, em suas diferentes formas – farelo, farinha, flocos – vendida para fabricantes de outras marcas a líder em comercialização da empresa com sede em Ijuí, na Região Noroeste do Estado, grande produtora de cereais. O diretor da empresa, Dante Maurício Tissot, reforça que a Dubai Alimentos está

preparando-se para buscar novos clientes entre a indústria alimentícia de grande, médio e pequeno porte para evitar perdas importantes do volume da produção. Para isso, projeta o aumento dos negócios no Brasil, que hoje responde por 70% de seu faturamento, e no exterior, 30%. Para isso, conta com certificações conquistadas ao longo do tempo, como a FSSC 22000, que audita a segurança dos alimentos com ampla aceitação internacional e aprovada pela Global Food Safety Initiative (GFSI); a Gluten-Free, que refere aos produtos livres de glúten; a Ecocert concedido aos orgânicos e o selo Grãos 100% Integrais.

Farinha de aveia

Rua Jacob Nicoletti, 471 - Distrito Industrial Cep: 98700-000 - Ijuí/RS Fone: (55) 3332-2628 www.dubai.ind.br atendimento@dubai.ind.br 21


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ABATE DE SUÍNOS

Marca tem no sabor artesanal seu diferencial e projeta triplicar a planta fabril para ampliar a presença no Rio Grande do Sul e conquistar o paladar dos consumidores de Santa Catarina, Paraná e São Paulo

H

á 32 anos no mercado, a Schender, marca produzida pelo Frigorífico Rio Pardinho, é referência quando se fala em carne suína in natura e seus derivados, como linguiças frescais e defumadas, itens para a feijoada, além de banha e torresmo. Um mix de produtos que chega à mesa dos gaúchos elaborados de forma artesanal, desde a escolha da matéria-prima e demais ingredientes e temperos. Sabor que a direção da empresa, fundada pelos cinco irmãos Schwendler, quer levar além das fronteiras do Rio Grande do Sul. O planejamento estratégico da organização projeta triplicar a planta fabril para atuar também em Santa Catarina, Paraná e São Paulo. O diretor da empresa Eugênio Schwendler afirma que o projeto de aumento do frigorífico está pronto. O início das obras depende das licenças ambientais para ampliação e de

Salsichão suíno

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Diretores-fundadores do Frigorífico Rio Pardinho (Schender): Eugênio Schwendler, Euclídio Schwendler, Arcenio Schwendler, Sérgio Schwendler e Irineu Schwendler

operação. Até agora, possui apenas a licença prévia. Segundo o gestor, assim que os documentos saírem, o frigorífico está organizado internamente para o início imediato da construção. A proposta é ampliar a produção

Carré suíno

sem perder o diferencial dos produtos Schender, como o gostinho dos defumados ainda feitos tradicionalmente à lenha proveniente de madeira reflorestada. No entanto, o fato de a empresa preservar

Linguiças defumadas e frescais


SANTA CRUZ DO SUL/RS

Pão de carne

Morcela branca

Banha

o processo artesanal, não significa ausência de inovação. O também diretor Arcenio Schwendler reforça que é dada uma atenção especial aos avanços tecnológicos do setor, buscando aprimorar cada vez mais os processos, bem como adquirir maquinário mais eficiente, com menor impacto ambiental. Embora deixe o alerta: “temos sempre a preocupação de preservar o sabor que sempre nos diferenciou no mercado através dos tempos e manter a qualidade em toda a nossa linha de produtos”. Quando fala em produtos, Arcenio refere-se a um catálogo com 12 linhas básicas. Destaque para as linguiças frescais e defumadas, cortes convencionais e especiais, fiambres, morcelas, defumados para feijoada – incluindo bacon, costela suína, pés – os

Linguiça suína defumada

resfriados e salgados, como orelhas, pés, além de toucinho, rabo, miúdos suínos, banha e diversos (tripa suína). O gestor reforça o zelo pela qualidade dos produtos para fidelizar clientes. Por exemplo, a linha de carnes frescas chega até o cliente no dia seguinte ao abate. Outro diferencial da marca diz respeito a região em que está instalado o frigorífico. Com sede no distrito de Rio Pardinho no interior de Santa Cruz do Sul (RS), município com forte descendência alemã, não poderia faltar no portfólio produtos típicos da cozinha alemã. Na parte dos fiambres, Arcenio Schwendler, aponta o pão de carne, feito 100% de pernil suíno assado e com formato de um pão. Na mesma linha, há também o salame alemão e a tão apreciada salsicha bock.

Costela suína

Bacon

Em pleno processo de sucessão, seguem os projetos de crescimento A marca Schender do Frigorífico Rio Pardinho, fundado em setembro de 1988, hoje tem um mercado consolidado, dando a certeza a seus diretores Eugênio, Arcenio e Iáscara, todos Schwendler, que a direção tomada está correta. “Nos próximos cinco anos, estamos bem otimistas que vamos conquistar novos clientes no Rio Grande do Sul e em outros Estados”, frisa Iáscara. E a empresa familiar e regional tem muito mais a comemorar. Os desafios iniciais não foram poucos para os irmãos que iniciaram sozinhos, com recursos financeiros escassos. No entanto, superaram os obstáculos e hoje contam com 150 funcionários comprometidos com os valores da empresa. Além disso, foi dado início ao processo de sucessão. Essa transição está sendo realizada com o acompanhamento de uma consultoria especializada no assunto, para que a passagem de comando seja feita de forma profissional. Segundo Iáscara, “a empresa entende que uma sucessão bem gerenciada é um diferencial para a sua perpetuação”.

Estrada Linha Rio Pardinho, 9º Distrito, s/ nº - Linha Rio Pardinho Cep: 96810-000 - Santa Cruz do Sul/RS Fone: (51) 3704-5066 www.schender.com.br 23


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PECUÁRIA LEITEIRA

O ano para a empresa do Vale do Taquari começou com processo de profissionalização da gestão e de ampliação de portfólio, com lançamento de ordenhadeira robô 100% nacional, previsto para 2022

F

ocada em oferecer produtos e equipamentos para a extração do leite, a Fritz Assistec completa 13 anos de atividade, em outubro, já projetando o lançamento da ordenhadeira robô. O equipamento fabricado e desenvolvido 100% no Brasil deverá chegar ao mercado em 2022, completando o mix de produtos oferecidos aos seus 400 clientes, distribuídos por 50 municípios das regiões do Vale do Taquari, onde fica a matriz da empresa, Vale do Paranhana e Serra Gaúcha. Paralelamente, à ampliação do catálogo com um produto que promete ser um marco para a indústria nacional, a empresa está profissionalizando a sua administração. “Queremos primeiro deixar a gestão da empresa redonda, para depois dar o próximo passo, que é a expansão”, afirma o diretor e fundador da Fritz Assistec, Elmar Frederico Kafer. E reforça que o movimento em busca de novos mercados começa pelo Rio Grande do Sul. Somente depois, pretende entrar em outros estados brasileiros. “Para isso, nós precisamos de uma estrutura maior, mas se alguém pedir, a gente está lá”, destaca.

Fachada da Fritz Assistec em Teutônia/RS

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Fundador e diretor da Fritz Assistec: Elmar Frederico Kafer

Diretor da empresa, Anderson Mateus Kafer

E para alcançar outros produtores rurais, Kafer utiliza a sua experiência de mais de 30 anos no setor, onde aprendeu que “sem o pós-venda e assistência técnica, não existe venda”. E este é o diferencial da Fritz Assistec. A empresa, que começou como assistência técnica e somente mais tarde passou a comercializar máquinas e equipamentos novos, mantém uma rotina de revisão periódica dos produtos que vende, bem como fica disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, para atender as emergências. Conhecedor do segmento leiteiro, Kafer observa que todo equipamento precisa de manutenção e revisão. Por isso, já inclui a assistência e revisões de prevenção no negócio. E comemora o resultado: “praticamente, zeramos os problemas que geralmente essas máquinas dão naquela hora ingrata do fim do dia ou de manhã cedo”. O empresário conta que é um ganho muito grande para os clientes, tanto financeiramente, quanto na redução do estresse no trabalho, por isso inclusive o serviço no contrato.


TEUTÔNIA/RS

Resfriador de leite vertical com expansão direta

Foi assim, oferecendo um atendimento de excelência e produtos com grandes avanços em tecnologia para a pecuária leiteira, que a Fritz Assistec conquistou a confiança dos clientes e tornou-se referência no mercado em que atua, propriedades com até 500 animais e agropecuárias. Embora o carro-chefe da empresa seja a ordenhadeira canalizada, o portfólio abrange ordenhadeira balde no pé, resfriadores de leite meia-cana e horizontais, geradores de energia, contenções, linha de conforto animal. “Geralmente, nós vendemos um kit – ordenhadeira, resfriador e gerador, porque um depende do outro”, explica o gestor. Um investimento, segundo Kafer, em torno dos R$ 90 mil. A Fritz Assistec também revende químicos (para lavagem dos equipamentos e desinfecção dos tetos pré e pós-ordenha) e possui um amplo estoque de peças. Enfim, tudo que é necessário para a produção de leite. Inclusive disponibiliza consultoria para a construção dos barracões (free stall/ compost barn) e salas de ordenha.

Resfriador de leite horizontal

Ordenhadeira canalizada linha média GMZ com medição completa

Crescimento com base em valores sólidos A história da Fritz Assistec começou com seu fundador Elmar Frederico Kafer, que observando a demanda por assistência técnica em ordenhadeiras e resfriadores de leite na Região do Vale do Taquari, resolveu investir na prestação de serviços. Não demorou para passar a vender produtos novos, já colocando em contrato as revisões periódicas para prevenir problemas. Conta que foram muitos os desafios até se consolidar no mercado. Hoje, a empresa possui sede própria em Teutônia (RS), com 270 m2, onde estão o escritório, estoque de peças e equipamentos, bem como a área de serviço. Para fazer o trabalho de campo, possui uma frota com dois veículos. Para o futuro, o fundador enxerga a empresa cada vez mais sólida, atuando em mais regiões com base em seus valores: respeito, comprometimento, sustentabilidade, qualidade e inovação.

Ordenhadeira canalizada dupla GMZ com medição completa

Cross Ventilation

Ordenhadeira carrossel

Estoque resfriadores usados

Rua Arthur Pilz, 159 - Bairro: Languiru Cep: 95890-000 - Teutônia/RS Fone: (51) 3762-1249 www.fritzordenhadeiras.com.br 25


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PRODUÇÃO DE OVOS

Agroempresa investe na produção de composto orgânico com o propósito de dar destino adequado aos resíduos da produção de aves e em consórcio de avicultores para o processamento de ovo na versão líquida e em pó

O

vos brancos, vermelhos, caipiras, orgânicos e de codorna, em embalagens de 6, 10, 12, 20, 30 e 60 unidades, integram o mix de produtos da Granja Nienow, que iniciou sua trajetória em 1979, com 2 mil galinhas de postura e hoje trabalha com 1,2 milhão de aves. Para este ano, a empresa com sede em Alto Feliz (RS) projeta expandir seu campo de atuação. Com a proposta de reduzir o impacto da criação de animais, prepara o lançamento de uma linha de composto orgânico para nutrição de plantas. O diretor da agroindústria, Jairo Nienow, conta que a marca PrOrganic, como será chamado o novo adubo, está em fase de registro e logo deverá chegar ao mercado, para venda em sacos plásticos. O equipamento necessário para a produção já foi adquirido. Um investimento que, para o executivo, traz muito orgulho. “Este projeto nos permite dar um destino adequado a um resíduo decorrente da produção dos ovos, dando origem a um produto totalmente orgânico e sustentável”, reforça.

Diretores da Granja Nienow: Patrícia Nienow, Jairo Nienow e Cecília Nienow

Outra atividade paralela a Ovos Nienow, diz respeito à produção de ovo líquido. A granja participa de um consórcio com outros cinco avicultores que deu origem a Master Eggs, com sede no município de Feliz (RS), que começou a operar no final de 2020 e já está comercializando o produto em galão de cinco litros, para padarias, confeitarias, entre outros. Para o futuro, a ideia é lançar o novo item em caixinhas para a venda no varejo. Adianta ainda que o projeto da Master Eggs prevê também a produção de ovo em pó. A visão no futuro e a expansão dos negócios da família, explica Nienow, ocorrem sem descuidar da atividade matriz, ou seja, da produção de ovos. “Meu pai (Octávio Otto Nienow, que fundou a empresa junto com a minha mãe, Maria Glaeser Nienow) sempre falou para nós: ‘não abram mão da qualidade’”. Para o empresário, é esse o grande diferencial da marca. Mesmo com o custo um pouco mais alto que a média do mercado, o gestor entende que o consumidor espera que os produtos Nienow cheguem, ao consumidor final, com a durabilidade e os atributos esperados. 26


ALTO FELIZ/RS

Vista aérea da estrutura da Granja Nienow

Para isso, de acordo com a também diretora dos Ovos Nienow, Cecília Nienow, que cuida da parte financeira da empresa junto com a irmã, Patrícia Nienow, a agroindústria é responsável por todo o ciclo de produção da galinha para postura. A pintinha (filhote fêmea da galinha) chega ao alojamento da granja com um dia de vida e tem seu desenvolvimento acompanhado de perto por um veterinário, para garantir o bem -estar e saúde do plantel. Dentro dessa proposta de um ambiente controlado, a ração é produzida em fábrica própria, totalmente automatizada. Todo o cuidado com as aves para garantir a segurança alimentar dos clientes desemboca em um processo de produção de ovos automatizado. Cecília explica que a coleta é feita por meio de esteiras, e a classificação, também sem manuseio, por uma máquina fabricada na Holanda. Já na parte de ovos filmados, o equipamento possui tecnologia italiana. Esse diferencial é atestado por certificações de institutos renomados no mercado avicultor. De acordo com Cecília, a marca Ovos Nienow chega ao varejo certificada com o Selo IBD, concedido pela Associação de Certificação Instituto Biodinâmico a produtos orgânicos; e o Selo Ovo RS, conferido pelo programa de mesmo nome, criado pela Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV). Ainda, algumas redes de supermercados exigem sua própria certificação.

Aumento da produção em espera Mesmo com todos os cuidados em busca da qualidade e da solidez da marca no mercado, que compreende Rio Grande do Sul (90% da produção), Santa Catarina e Paraná, a busca pelo equilíbrio entre o custo de produção e a receita tem colocado o setor em alerta. O diretor da Ovos Nienow, Jairo Nienow, conta que planejava aumentar a produção e, consequentemente, a presença no mercado ainda em 2021, no entanto, os planos tiveram que ser adiados. “A alta do preço das comodities, em particular do milho e da soja têm pressionado muito os custos, o que não é visto no preço do ovo”, lamenta o gestor. Embora o cenário econômico apresente dificuldades, a Granja Nienow mantém a produção estável. E para atender a demanda do plantel de aves, em diferentes fases de crescimento, a agroindústria conta com 105 funcionários diretos, responsáveis pelos 15 galpões de postura; um galpão para criação de galinhas caipiras; três galpões para codornas; três pinteiros – galpões de cria e recria. A fábrica de ração, incluindo armazenamento, opera com três silos de estocagem de grãos onde os quais podem estocar 10 mil toneladas. A essa estrutura de produção soma-se a frota de 13 caminhões, usada para abastecer os clientes, a maioria redes de atacados e de supermercados. Ovos brancos

Ovos caipiras

Ovos de codorna Ovos vermelhos

Frota

Estrada Canto Klering, 1801 Cep: 95773-000 - Alto Feliz/RS Fone: (51) 3445-1185 www.ovosnienow.com.br sac@ovosnienow.com.br 27


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INDÚSTRIA

Fabricante de maquinário para o beneficiamento da produção dos pomares projeta lançar classificador de frutas por peso eletrônico com o propósito de se consolidar também no mercado externo

A

agricultura de precisão é o que move a IMZolet Máquinas e Equipamentos, fundada em maio de 1998, com o propósito de atender as necessidades dos produtores de frutas da Serra Gaúcha. A fabricante de maquinário para o beneficiamento da produção dos pomares, atualmente vende para toda a Região Sul, parte do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste brasileiro, além de exportar para Equador, Uruguai e Argentina. A meta é ampliar a presença no mercado, tanto interno quanto externo, e lançar entre o final do ano e o início de 2022 uma classificadora de frutas por peso eletrônica, inclusive com a possibilidade de separar as unidades por cor e defeito.

Diretores da empresa: Ademar João Zolet, Laurete Maria Zolet e Renan Zolet

Módulo de Escovas

Classificadora de Frutas

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Desde 2005, o carro-chefe da Imzolet tem sido a classificação por peso mecânica. De lá para cá, a empresa vem investindo fortemente em inovação e tecnologia de ponta para alavancar novos negócios e se consolidar como referência no segmento de máquinas internacionalmente. De acordo com o fundador da indústria, Ademar João Zolet, o campo está buscando cada vez mais tecnologia para suprir a carência de mão de obra capacitada para o serviço, bem como para garantir a precisão nas medições para atender as exigências dos contratos. “A expectativa é lançar um equipamento eletrônico capaz de atender as necessidades do mercado”, reforça o gestor. Por sinal, ouvir o cliente e entender as exigências do seu negócio é que alçou a IMZolet ao patamar que está hoje, atendendo pequenos a grandes fruticultores na Bahia, Pernambuco, Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, além do Rio Grande do Sul. Essa disposição de desenvolver equipamentos em conjunto com o cliente, com layout personalizado, é o grande diferencial da marca. Zolet conta que em uma fazenda baiana referência na produção de mamão, banana e cacau montou uma máquina que do meio do pomar já sai a amêndoa direto para o bin – caixas de 400 quilos – encaminhada direto para o depósito.


ANTÔNIO PRADO/RS

Para montar o equipamento de acordo com as exigências do agricultor, a IMZolet fabrica produtos modularizados, que, mesmo com grande variação de tamanho das máquinas, mantém um padrão de construção tornando fácil a manutenção preventiva e eventual manutenção corretiva. A confiança é conquistada e mantida a partir de um pós-venda, que prevê contato frequente com o cliente, buscando a troca de informações em busca da melhoria contínua dos produtos. Além disso, a indústria dispõe de profissionais aptos a prestar serviços de assistência técnica em todo o país. O diretor reforça que a distância com a matriz em Antônio Prado (RS) não é problema, mesmo que o chamado seja da Bahia ou do Vale do São Francisco, em Pernambuco, o defeito apresentado estará corrigido em até 24 horas.

Esteira de Roletes

Classificadora de Frutas

Parque fabril moderno permite produção total na empresa Entender a necessidade do cliente, agilidade em resolver os problemas e a busca constante por inovação fez com que a IMZolet fosse reconhecida nacionalmente como fabricante de máquinas e equipamentos, com seus produtos tendo grande aceitação e confiabilidade no mercado. O fundador e diretor da empresa, Ademar João Zolet, que divide o comando da organização com Lauret Maria Zolet, conta que até se consolidar no mercado foram necessários ultrapassar vários obstáculos. Entre os principais desafios, aponta a falta de recursos financeiros e a dificuldade de acesso ao crédito junto a fornecedores e instituições financeiras, limitando a gestão do negócio.

As intempéries foram superadas e, hoje, a IMZolet possui um moderno parque fabril de 2.000 m2, com equipamentos de última geração. O diretor cita como exemplo a tecnologia de corte térmico e conformação mecânica que possibilitam a fabricação do produto totalmente na empresa e com alta qualidade. A entrega também está a cargo da fabricante, que conta para esse serviço com um caminhão Scania, uma caminhonete Sprinter da Mercedes-Benz e 1 Fiat Strada. Engrenagem movimentada por 14 funcionários diretos e 14 colaboradores indiretos, comprometidos com a alta qualidade dos 25 produtos comercializados pela IMZolet.

Linha Dez de Julho, 460 Cep: 95250-000 - Antônio Prado/RS Fone: (54) 3293-4118 www.imzolet.com.br 29


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PERSONALIDADE

K

átia Pacheco

Mãe de um menino alérgico, enfermeira portadora de doença celíaca e com intolerância à lactose fez especialização em alergia alimentar e hoje desenvolve um projeto de inclusão de pessoas com restrições à alimentos

M

ãe do Lucas Pacheco Sauzen, de 4 anos e sete meses, a enfermeira especialista em alergia alimentar Kátia Cilene Ferreira Pacheco, mestre em ensino da saúde, tem muito a celebrar em maio. Além do Dia das Mães, é no quinto mês do ano a Semana Nacional da Enfermagem e a Semana de Conscientização das Alergias Alimentares, com destaque para a doença celíaca. Em resumo, um mês de reflexão para quem abraçou a área da saúde para fazer a diferença na vida de quem precisa ser escutado, ter sua dor compreendida. Empatia respaldada nas idas e vindas a médicos e hospitais durante a infância e adolescência decorrentes da hipersensibilidade ao glúten e intolerância à lactose. Hoje, mãe de um menino com alergia severa ao ovo, depois de curado da alergia à proteína do leite de vaca (APVL), descoberta aos dois meses de idade, resolveu mudar a história de quem se descobre com alergia a alimentos. “Quando eu vi que meu filho era alérgico, decidi que não queria que ele e nenhuma outra criança passasse o que eu passei.” Assim, deu início à Especialização em Alergia Alimentar Infantil e Adulta pela Faculdade Unyleya (AVM WPOS).

Através de lives no Instagram e no grupo do WhatsApp, Kátia Pacheco abrange diversos conteúdos referentes a alergia alimentar

No ano passado, Kátia passou a direcionar sua atenção às pessoas que vivem às dificuldades impostas pela hipersensibilidade a determinados alimentos, que hoje representam em torno de 1% da população mundial. No Brasil, estudos apontam que em média 2 milhões de pessoas sofrem com a doença. Número que, para a especialista, pode estar subestimado porque os sintomas facilmente podem ser confundidos com os de outras doenças. Mais uma motivação para atender pessoas em busca de um diagnóstico. “Oriento desde a suspeita da alergia alimentar, diagnóstico e sigo acompanhando o paciente até o alcance da tolerância oral”, explica. O processo compreende inclusive as estratégias de cuidado na rotina da casa no preparo de alimentos, para evitar contaminação com algum traço do alimento restrito. Conforme a especialista, portadores da doença celíaca não podem ingerir nem traços de glúten. Também oferece apoio para a entrada da criança alérgica na escola. 30


PORTO ALEGRE/RS

No entanto, Kátia quer mais que cuidar da segurança alimentar do paciente infantil ou adulto. A especialista está desenvolvendo um projeto de inclusão, com o propósito de disseminar conhecimento e conscientizar as pessoas sobre o tema. Kátia, que na infância e adolescência sofreu na pele as dificuldades relacionadas à restrição alimentar, considera fundamental que a sociedade compreenda os problemas causados pela hipersensibilidade a alimentos, principalmente, para resguardar as crianças. Público que considera bastante suscetível a sofrer consequências emocionais graves devido às restrições. O programa prevê também levar conhecimento sobre intolerância e alergia alimentar às escolas infantis de forma gratuita e futuramente uma série de livros infantis abordando o assunto de forma lúdica. Para a especialista em alergia alimentar, o ambiente escolar deve ser acolhedor e seguro para que portadores da doença possam ter seu desenvolvimento garantido. E acrescenta: “É muito importante que a escola seja uma parceira no que tange a inclusão da criança com restrição alimentar”. Kátia ainda produz conteúdos de apoio para familiares de portadores de alergia alimentar e demais interessados no tema para o Facebook, Instagram, onde já está postado um e-book gratuito com receitas, e Youtube.

Uma vida fazendo a diferença A vivência na infância e adolescência com as dificuldades impostas pela restrição alimentar aumentou a capacidade de Kátia Pacheco colocar-se no lugar do outro. Qualidade que aumentou quando diagnosticada com a doença celíaca, pois, somado aos desconfortos, veio a vergonha de levar o próprio alimento para as festas de amigos. Desse roteiro para controlar a doença, Kátia guarda boas lembranças dos enfermeiros e técnicos, que a tratavam com amor. “Isso me fez querer ajudar as pessoas.” Foi assim que em 2008, a jovem que nasceu em 6 de abril de 1983, em Santana do Livramento (RS), resolveu cursar enfermagem, na Unipampa (Universidade Federal do Pampa), em Uruguaiana (RS). Ainda como acadêmica atuou na saúde coletiva, atendendo pacientes com sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Essa vivência aumentou ainda mais seu fascínio pela profissão. “Tenho paixão por cuidar de pessoas e de suas dores, de ouvir suas histórias, seus medos e suas angústias.” Motivo este que a fez abrir uma nova frente de trabalho voltada à alergia alimentar. Reconhecida como enfermeira de unidades de terapia intensiva, Kátia chegou a assumir a coordenação de enfermagem de todas as UTIs do complexo hospitalar Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (RS). Período este em que coordenou junto ao time de gestores a horizontalização de processos de enfermagem, acreditação hospitalar e a primeira fase de enfrentamento à Covid-19. Uma história de muitas concretizações e que agora ganha um novo capítulo.

Kátia Cilene Ferreira Pacheco

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COMÉRCIO VAREJISTA

Preocupada com a sustentabilidade ambiental, empresa está adotando o modelo de energia solar em suas duas lojas, de acordo com o planejamento estratégico de crescimento que prevê ainda a ampliação das duas unidades

A

recessão econômica aliada a medidas restritivas para conter a pandemia do novo coronavírus não chegaram a impactar de forma negativa o Fiel Supermercado, tanto que sua diretoria manteve o plano de melhoria das lojas em andamento. Um dos projetos destacado pelo diretor Cleomar Fiel da Silva é a adoção do sistema de energia solar, reduzindo os impactos da atividade na natureza. As placas já foram instaladas na filial aberta recentemente, e os trabalhos na matriz já começaram. O outro projeto que está sendo executado é o de ampliação do espaço físico das duas unidades, proporcionando maior conforto para os clientes em compra. Esse cuidado tanto com o meio ambiente, quanto com o bem-estar dos consumidores está diretamente ligado à fidelização dos clientes. Silva explica que o consumidor está cada vez mais exigente e informado, bem como preocupado com a sustentabilidade do planeta, principalmente neste período em que o mundo vive a maior crise sanitária da atualidade. Por isso mesmo, não descuida dos produtos que leva à mesa.

Loja na Av. Presidente Kennedy, 2681, São Luiz - Sapiranga/RS

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Diretores: Cleomar Fiel da Silva e Graciela Orlandi


SAPIRANGA/RS

Padaria e confeitaria

Interior do Fiel Supermercados

Deste modo, a direção do Fiel Supermercado não abre mão da qualidade dos produtos colocados nas gôndolas e em seus espaços refrigerados. Silva conta que ele mesmo faz questão de ir a Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa-RS) escolher e comprar os hortifrutigranjeiros. Outro ponto que recebe atenção especial do diretor é a carne, o carro-chefe dos dois estabelecimentos, lembrando que o gaúcho sabe escolher bem o corte para o tradicional churrasco dos domingos. Somado aos perecíveis, incluindo

Açougue

a padaria, o mercado oferece um mix de 16 mil itens. A ideia, explica o gestor, é que o consumidor encontre em um mesmo lugar todos os produtos que necessita e com um leque considerável de marcas. “Precisamos atender a todos os públicos. Há cliente que prefere uma marca e se não encontrar no Fiel Supermercados, vai procurar em outro lugar.” Ao fazer a afirmação, observa que as pessoas não buscam somente preço, elas querem atendimento de qualidade e um bom lugar para fazer suas compras.

Crescimento na pandemia

Bebidas refrigeradas

Setor de hortifrutigranjeiros

Corredores com produtos diversificados para atender todos os clientes

Setor de lácteos

É esse olhar atento ao comportamento e necessidades de seus clientes que fez o Fiel Supermercado, mesmo diante da recessão econômica e restrições de circulação de pessoas impostas pela pandemia do novo coronavírus, continuar com seu público constante. Para dar conta do atendimento de excelência buscado pela comunidade, 35 funcionários dividem-se entre as duas estruturas na Avenida Presidente Kennedy, em Sapiranga.

Loja na Av. Presidente Kennedy, 1479, São Luiz - Sapiranga/RS

A também diretora do Fiel Supermercado, Graciela Orlandi, observa que o segmento supermercadista cresceu como um todo na pandemia, e o Fiel acompanhou esse movimento. De acordo com o Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgado em 11 de fevereiro deste ano, o setor registrou crescimento real (deflacionado pelo IPCA) de 9,36% em 2020 em relação a 2019. Para Graciela, o crescimento é um reflexo do maior número de pessoas em home-office e a redução do movimento em restaurantes, fazendo com a alimentação passasse a ser preparada em casa. No entanto, o grande crescimento nas vendas ocorreu no início da pandemia, em março/abril do ano passado, quando as pessoas estavam muito inseguras em relação ao futuro e resolveram estocar alimentos, produtos de limpeza e higiene pessoal. Assim, neste ano em que completa 15 anos de fundação, o Fiel Supermercado reforça o compromisso com o seu cliente e aposta em um cenário mais promissor livre das ameaças da Covid-19.

Av. Presidente Kennedy, 2681 / Av. Presidente Kennedy, 1479 Cep: 93815-016 - Sapiranga/RS Fones: (51) 3529-2559 / (51) 3529-8726 Instagram: @fielsupermercados 33


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LATICÍNIO

Depois de ampliar matriz, indústria está investindo em nova unidade em Rondinha para a produção de queijos duros a partir de 2022, visando ampliar presença no mercado nacional e começar a exportar

A

s dificuldades impostas pela recessão econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus não tiraram do empresário Wlademir Pedro Dall’Bosco, fundador da Mandaká Alimentos, a crença em dias melhores e tampouco o impediram de investir no parque fabril e pensar na ampliação do catálogo de produtos. A partir de 2022, o laticínio passará a produzir queijos duros, como o parmesão, e com casca, ocupando um espaço ainda pouco explorado pela indústria brasileira. O diretor da marca conta que a maioria dos queijos duros consumidos no Brasil são importados do Uruguai, Argentina, países europeus e também um pequeno volume que é produzido no nosso país. A ideia com essa nova linha de produtos de alta qualidade é conquistar novos mercados no Brasil e dar início às exportações. Para isso, está em construção uma nova planta em Rondinha (RS), onde também está prevista a produção de queijo ralado para atender a necessidade dos grandes varejistas. Mas os investimentos definidos neste ano não param na nova fábrica, que será responsável pela geração de emprego e renda para o município de Rondinha e imediações. O parque fabril de Nova Boa Vista – matriz da empresa – foi ampliado em 30%, passando a contar com uma área construída de 9.000 m2, onde são processados 200 mil litros de leite/dia. Matéria-prima que movimenta 40 caminhões diariamente para a coleta nos 820 produtores parceiros, que recebem incentivos e acompanhamento para aumentar a produção e a qualidade do leite. A Mandaká também compra o produto de cooperativas da região.

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Diretor da empresa: Wlademir Pedro Dall’Bosco

Para dar conta da demanda, que compreende a fabricação e gestão do negócio, o laticínio emprega 110 profissionais. Conforme Dall’Bosco, pessoas comprometidas com o sabor e qualidade dos queijos, manteigas, cremes de leite, leite em pó, compostos lácteos, requeijões e misturas lácteas da marca que chegam ao consumidor final. Mais um time de representantes comerciais responde pela carteira de mais de 3 mil clientes fidelizados e busca novos parceiros comerciais. Atualmente, os produtos podem ser encontrados no Rio Grande do Sul, Estados do Nordeste, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.


NOVA BOA VISTA/RS

Uma empresa em constante crescimento O sucesso da Mandaká Alimentos está alicerçado nas pessoas, que, no entender de seu diretor e fundador Wlademir Pedro Dall’Bosco, são as responsáveis pela reputação positiva da marca no mercado. Assim, além da tecnologia para a otimização dos processos, a empresa oferece qualificação e oportunidades para que seus funcionários diretos e indiretos possam crescer e desenvolver seus potenciais dentro do laticínio com foco na elaboração de produtos confiáveis e de qualidade. A visão do negócio com respeito ao público interno e externo fez com que a empresa que iniciou as atividades em 1995 a partir da aquisição de algumas vacas leiteiras e com a compra do leite de alguns produtores próximos crescesse. Acreditando que o setor lácteo seria um bom negócio, Dall’Bosco, graduado em Administração de Empresas e Ciências Econômicas, aos poucos foi ampliando sua fábrica e adquiriu máquinas e equipamentos necessários para impulsionar a produção. Produção hoje que conta com um Centro de Distribuição em São Leopoldo (Região Metropolitana de Porto Alegre) para ser escoada para diferentes partes do país. Está nos planos a construção de um novo, moderno e amplo Centro de Distribuição às margens da BR-386, em Nova Santa Rita (RS). O gestor também anuncia a participação da Mandaká em uma nova indústria de secagem de soro e produção de compostos lácteos na cidade de Palmeiras das Missões (Norte do Estado). O projeto já está em execução, e a unidade deve começar a funcionar em 2023.

Vista aérea da Mandaká Alimentos

Estrada Linha Mirim, 207 - Zona Rural Cep: 99580-000 - Nova Boa Vista/RS Fone: (54) 3360-1050 www.mandaka.ind.br 35


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AGROINDÚSTRIA

Fabricante de rações há pouco mais de um ano operando no mercado figura entre as mais renomadas do segmento no Brasil e projeta crescimento para todo o país apostando em produtos de alta performance

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Mimara Rações nasceu em 2017, mas as operações tiveram início somente em abril de 2020, com o propósito de colocar no mercado produtos de alta eficiência para os criadores de gado. Um sonho do engenheiro agrônomo, pós-graduado em Bovinocultura de Leite e bacharel em Direito Milton Racho e de sua esposa, a bacharel em Ciências Contábeis e pós-graduada em Gestão de Cooperativismo Marilene Rakowski, que se tornou realidade. Hoje, a marca figura entre as mais renomadas do Brasil, atendendo, além do rebanho bovino leiteiro e de corte, pequenos produtores de suínos e de aves, somando 150 clientes fidelizados. A meta agora é ampliar o raio de atuação da Mimara, com sede em Santa Rosa (RS) e que atende a Região Noroeste do Estado. De acordo com o diretor Milton Racho, a fabricante de rações prepara-se para expandir sua presença para as diferentes regiões do Estado e do Brasil. A empresa prevê o início da expansão pela fronteira Sul, com foco maior nos bovinos de corte. Também está contemplado no planejamento estratégico a instalação de uma peletizadora de rações. Atualmente, a agroindústria produz somente rações fareladas. A ideia é colocar o novo produto no mercado a partir de setembro deste ano. Já para o futuro, a direção da Mimara prevê a implantação de um sistema de produção de energia solar fotovoltaica, para atender o consumo da indústria. O uso de energia limpa é mais um passo da agroindústria em direção à sustentabilidade do processo fabril, que ocupa uma estrutura com aproximadamente 1.000 m2, preparada para produzir 1,6 mil toneladas de ração/mês. No espaço, estão instalados silos de armazenagem, balança rodoviária, moega, moinho, elevadores, silos de

Área fabril da Mimara Rações

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Diretores da Mimara Rações: Milton Racho e Marilene Rakowski

dosagem, misturador, balança de ensaque e todos os demais equipamentos para a produção do alimento para os animais. Ao todo são produtos para três espécies de animais: bovinos, que representam 90% do faturamento da empresa, suínos e aves, para cada uma das etapas de crescimento. Para os bovinos de leite, produz ração para a fase inicial, novilhas e vacas em lactação; e para os bovinos de corte, o alimento para engorda. Na categoria de suíno, tem ração para a fase inicial, recria terminação e concentrado. Para aves, ração fase inicial, final e postura. Um leque de itens que contempla as necessidades de cada produtor. Inclusive, desenvolve rações personalizadas de acordo com a forma de criação dos rebanhos, no pasto, confinado e semi-confinado.


SANTA ROSA/RS

Rebanho leiteiro

Alimentos que trazem como diferencial, a seleção e qualidade das matérias-primas que compõem a ração, somada a parceria com a gigante holandesa Royal De Heus, uma das grandes empresas mundiais de nutrição animal, com 110 anos de atuação no mercado e presente em 70 países. Inclusive mantém pesquisa em bovinos, suínos e em aves, visando as inovações. “Essa tecnologia desenvolvida pela De Heus está dentro dos produtos Mimara”, reforça Racho. Ele lembra que minerais, vitaminas e aminoácidos fazem parte da composição das rações da marca brasileira. Boas práticas de fabricação para ofertar mais que qualidade “A Mimara nasceu com o propósito de ser uma empresa que aporta tecnologia e produtos de alta eficiência que resulta em maior ganho econômico para os produtores.” A frase da diretora Marilene Rakowski sintetiza a motivação da Mimara Rações, que no próprio nome traz o carinho com que o rebanho deve ser tratado. A gestora destaca que ao colocar um produto no mercado a expectativa é que dê resultados, traga lucro para o produtor. “Essa é a forma que criamos para construir uma parceria entre a Mimara e o cliente”, resume.

Bovinos de corte

Agora, a agroindústria parte em busca das certificações para referendar os cuidados com o produto final, bem como com a sustentabilidade do planeta. O diretor Milton Racho aponta que a Mimara tem todo um programa de Boas Práticas de Fabricação para reduzir o impacto da operação na natureza, inclusive na aquisição da matéria-prima, buscando fornecedores com preocupação semelhante. “É assim que queremos levar maior rentabilidade econômica aos produtores que usam nossos produtos”, reforça.

O diretor da Mimara, Milton Racho, presente na unidade da De Heus em São Paulo

Acesso Linha Quinze de Novembro, s/nº Cep: 98797-899 - Santa Rosa/RS Fone: (55) 99694-2534 www.mimara.com.br 37


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INDÚSTRIA DE EMBUTIDOS

Empresa completa 24 anos com a meta de, além de expandir sua atuação para todo o território gaúcho, levar seus produtos aos Estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo e criar uma linha de fatiados já em elaboração

U

m bom embutido tem seus segredos. Iluminação adequada, refrigeração constante do ambiente, seja inverno ou verão, maquinário de ponta são alguns dos requisitos para conquistar o paladar do consumidor mais exigente e garantir a segurança sanitária do alimento. Premissas que fazem parte do dia a dia da Rezzadori Alimentos. A indústria de embutidos, que começou distribuindo apenas dentro do município de Vale Real (RS), onde foi montada inicialmente, mudou-se para Feliz (RS) e recebeu aval do Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (SUSAF-RS) para vender em todo o Estado. A meta agora, aos 24 anos, é levar os produtos para as demais regiões do Rio Grande do Sul, além de Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Hoje, os produtos Rezzadori podem ser encontrados em municípios da Serra Gaúcha e dos vales do Sinos, Paranhana e Caí. Ao todo são 3 mil clientes, de pequeno e médio porte, entre mercados, padarias e açougues. No entanto, o diretor da empresa e fundador, Milton Antonio Rezzadori, anuncia que está aberto a firmar parcerias com grandes redes supermercadistas. O cartão de visitas é a qualidade dos 25 produtos do catálogo, composto por embutidos, defumados e carnes in natura, tudo a partir de animais selecionados.

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Diretores da Rezzadori Alimentos: Julio Cesar Rezzadori e Milton Antonio Rezzadori


FELIZ/RS

A manutenção dos produtos no mercado e a alta qualidade são os diferenciais da marca, que se encontra entre as melhores no segmento e tem uma ótima aceitação por parte dos consumidores. E para preservar a reputação, a empresa investe em pesquisa de novos processos e produtos. De acordo com o também diretor Julio Cesar Rezzadori, está em elaboração uma linha de fatiados, como bacon, salame tipo italiano, copa, calabresa. Assim, ampliando o mix que vai de linguiça suína e mista defumada, salame tipo italiano, linguiça campeira, salsichão, bacon e costela suína defumada até diversos cortes suínos in natura.

Bacon

Costela Defumada

Linguiça mista

Linguiça Suína

Maquinário avançado e energia limpa mostram solidez da indústria Até a Rezzadori Alimentos consolidar-se no mercado, seu fundador Milton Antonio Rezzadori precisou enfrentar os desafios inerentes ao começo de um negócio, poucos recursos financeiros para manter o empreendimento em atividade. De 1997 até 2002, quando se mudou de Vale Real para Feliz, onde permanece até hoje, contava com um funcionário na produção e um vendedor. No entanto, lembra que as vendas desde o início, mesmo somente dentro do município sede da empresa, cresciam. Porém, foi com a mudança de cidade que a agroindústria deslanchou. “Aumentou significativamente a comercialização de linguiças mista e suína defumadas”, conta o empreendedor. A nova realidade da Rezzadori Alimentos logo exigiu a contratação de mais funcionários e maquinário mais avançado. Inclusive, recentemente foi adquirida uma máquina de embutidos alemã para aprimorar o processo produtivo, que ocupa uma área total de 1.700 m2, sendo 400 m2 de área construída. Estrutura que traz embutida a preocupação com a sustentabilidade do planeta. Para amenizar os impactos ambientais do negócio, Julio Cesar Rezzadori conta que alguns anos atrás fizeram um investimento em placas solares, para uso de energia limpa. A questão da água, muito utilizada, também está em revisão. “Nós temos a preocupação de diminuir o consumo e fazer o reaproveitamento da água”, finaliza.

Salame

A produção semanal chega a 8 toneladas somente de embutidos. E embora algumas regiões apreciem a linguiça mista – a base de carne suína e bovina – o carro-chefe de vendas é a linguiça suína defumada. Para dar conta da produção e distribuição das mercadorias, a Rezzadori Alimentos emprega 16 profissionais responsáveis por colocar no mercado um produto de qualidade inigualável. O comprometimento vem do modelo de empresa familiar. Julio Cesar explica que a empresa tem um jeito diferente de trabalhar: “todo mundo se sente parte da família”.

Rua Lauro Bruno Rott, 957 - Bairro: Matiel Cep: 95770-000 - Feliz/RS Fone: (51) 3637-3448 Instagram: @rezzadorialimentos 39


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PROPRIEDADE INDUSTRIAL E INTELECTUAL

Apostando em conceitos inovadores, escritório consolidou-se como referência no segmento de propriedade intelectual com uma carteira de clientes que compreende empresas nacionais e estrangeiras

A

criação de uma marca, uma ideia que pode revolucionar um segmento, um texto, um design devem ser protegidos da concorrência desleal. Aquela que se apropria do seu projeto para tirar proveito do que você desenvolveu. O tema não é novidade, mas ainda carece de maior divulgação. O diretor e fundador da Stock Marcas e Patentes, Fernando Stock, conta que a empresa existe há 19 anos e até hoje recebe pessoas querendo saber o que fazer para resolver problemas com cópias de nomes, marcas e produtos. Problema que poderia ser evitado com uma estratégia prévia ao lançamento, antevendo possíveis movimentos do mercado, buscando as proteções dos ativos de Propriedade Intelectual apropriadas a cada caso. Os registros junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e outras Instituições são as ferramentas, mas o principal é a inteligência que interliga todos os pontos. O assunto, que na maioria das vezes só figura na mídia quando há denúncias de plágio, roubo de invenções e apreensão de produtos piratas, é instigante para o Agente de Propriedade Industrial, credenciado pelo INPI em 1980, ano em que deixou o Rio de Janeiro (RJ) para morar no Rio Grande do Sul. “Já vim para o Estado para atuar nesta área com a qual muito me identifiquei por ser fundamental para garantir o desenvolvimento sólido de qualquer sociedade. A inovação em qualquer área precisa ser incentivada e protegida, é um bem imaterial muito importante”, conta Stock. Foi assim que criou a Stock Marcas e Patentes em 2002, adotando conceitos inovadores e estratégicos, tendo como base o know-how de mais de 40 anos de atuação no mercado. O desafio proposto por Stock, que divide a direção do escritório com Cassandra Raimann, é oferecer a cada cliente um atendi-

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Diretores da empresa: Fernando Stock e Cassandra Raimann

mento personalizado e orgânico. Explica o gestor: “analisamos as necessidades de cada cliente, o que precisa ser feito hoje e o que ele precisará como proteção no futuro, tendo em vista a forma de atuação de seu mercado específico”. Foi assim, atuando com inteligência e estratégia na proteção do patrimônio intelectual, que a empresa mantém clientes ativos em todo o Brasil e no exterior, nos diferentes setores da economia.

Praça Alfred Sehbe, 76 - Vila Ipiranga Cep: 91360-340 - Porto Alegre/RS Fones: (51) 3366-4983 / (51) 3366-0419 / (51) 98181-0432 www.stockmarcas.com.br contato@stockmarcas.com.br


PORTO ALEGRE/RS

Para atender a demanda, o escritório conta com uma equipe enxuta, mas altamente qualificada, abrangendo questões administrativas, técnicas de engenharia e judiciais. À expertise no registro de marcas, patentes, direito autoral, desenho industrial, registro de software, transferência tecnológica e laudos periciais somam-se softwares de ponta para o gerenciamento dos processos e procedimentos a serem adotados. Diferenciais que permitem a prestação de assessoria internacional para aqueles que pretendem proteger seus ativos nos países para onde exportam. Também fazem parte do quadro de clientes companhias estrangeiras que vendem seus produtos para o Brasil e querem ter suas marcas e patentes preservadas. Outro serviço disponibilizado pela organização é o Banco de Negócios, um espaço destinado para a negociação de ativos de propriedade intelectual.

Luiz Fernando Campos Stock, fundador da Stock Marcas e Patentes, junto com Gustavo Stock, que atua no setor jurídico da empresa

Expertise da equipe permite atendimento de excelência O atendimento de excelência consolidou a Stock Marcas e Patentes no mercado como uma das principais empresas da região Sul do Brasil quando o assunto é propriedade intelectual. E, para o futuro, os diretores Fernando Stock e Cassandra Raimann pretendem manter viva esta busca constante por atualização no segmento em que atuam, estudando e qualificando cada vez mais o serviço prestado. Há alguns anos Gustavo Stock, Bacharel em Direito, incorporou-se à equipe trazendo o frescor da juventude, mas sempre fiel e atento aos princípios ensinados pelo pai Fernando Stock, que são a base de sustentação da empresa. Para a expert em proteção de novas tecnologias, esse bom entendimento com os clientes é resultado da transparência nos negócios. Lembra que cada cliente é único e possui uma solução adequada para o seu caso. “Sempre ouvimos dos clientes que nosso principal diferencial é a forma com que buscamos a melhor solução, considerando sua história, sua estratégia e suas possibilidades”, conta a executiva. Modelo de atuação garantido pela longa experiência da equipe, adquirida pelo grande número de processos junto ao INPI e judiciais. “É essa vivência do dia a dia que permite avaliar os riscos e oportunidades envolvidos nas diferentes situações apresentadas por quem procura os serviços da Stock”, pontua Cassandra. “É preciso integrar a proteção do patrimônio intelectual ao direcionamento estratégico de curto, médio e longo prazo do cliente, acompanhando as movimentações naturais do setor e da sociedade ao longo do tempo. Estamos falando em uma parceria que vai se desenvolvendo e aprofundando com o tempo” complementa Fernando.

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EMBUTIDOS COLONIAIS

Produtor de linguiças de carne suína defumadas e frescas, entre outros 21 itens, estuda novas misturas de sabores entrando com a linha Mr. Pig na área de embutidos mais elaborados, ou seja, os produtos premium

L

inguiça com bacon, canela e abacaxi; com queijo coalho, manjericão e tomate seco; com goiabada cascão e queijo. Estes são alguns dos sabores que em breve a Do Sertão Alimentos vai colocar na mesa dos gaúchos. As novas fórmulas ainda estão em estudo, mas, de acordo com o fundador da marca, Luiz Augusto Drechsler, tudo indica que serão bem recebidas pelo mercado. A entrada no segmento de embutidos mais elaborados, sem esquecer o tempero colonial, se deu em 2014, quando ocorreu a última ampliação da planta fabril para atender a demanda do mercado, inclusive inserindo os fatiados no catálogo. Trata-se da linha Mr. Pig. Paralelamente às pesquisas em busca de novos sabores, lideradas por Jonathan Ricardo Drechsler, filho de Drechsler, a Do Sertão Alimentos segue sua trajetória de ampliar a presença no mercado. Das vendas somente em Sertão Santana (RS), onde fica a matriz da empresa criada em 2003, hoje os produtos da marca podem ser encontrados no comércio da Região Sul e Costa Doce do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, com vendas na Ceasa – RS (Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul), e está em duas lojas em Novo Hamburgo. “Estamos fazendo essa expansão para atender o mercado mais globalizado”, comenta o diretor. De acordo com Drechsler, a meta é aumentar gradualmente a presença por todo o Estado. E adianta: “Já vamos chegar na Região Metropolitana, estamos negociando com redes de supermercado para vender nossos produtos”. Portfólio que reúne 21 itens, entre linguiça calabresa, fresca e campeira, salame, salaminho, mortadela tipo alemã, linguiças defumadas mignon e cortada a faca, presunto e apresuntado fatiado. Por sinal, explica o diretor, a linha de fatiados entrou no mix de fabricação por ser um segmento de mercado com possiblidade de crescimento. No entanto, o carro-chefe continua sendo a linguiça cortada a faca e a mortadela tipo alemã, principalmente mais para o interior do Estado.

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Diretores da empresa: Jonathan Ricardo Drechsler, Maria Celoi Drechsler e Luiz Augusto Drechsler


SERTÃO SANTANA/RS

Uma produção total que chega à casa de 1 tonelada por dia, tendo como diferencial a qualidade dos produtos. Padrão que começa já na escolha da matéria-prima. Por isso, a carne para fazer os embutidos é comprada somente de cinco fornecedores – quatro deles cooperativas e um frigorífico – que dão garantia de qualidade. “A alimentação do animal, o manejo e o processo de abate variam muito. Para você manter o padrão do seu produto, você precisa manter o padrão da sua matéria-prima”, pontua Drechsler. Outro cuidado dispensado à produção, conforme o diretor da Do Sertão Alimentos, diz respeito à manipulação dos ingredientes. Ele conta que tudo é feito em ambiente com condições sanitárias adequadas, com os funcionários – atualmente seis profissionais diretos e quatro indiretos na produção – treinados e paramentados para evitar qualquer contaminação e comprometer a segurança alimentar dos consumidores.

Linguiça de carne suína defumada (cortada)

Linguiça de carne suína mignon

Bacon

Salame tipo Alemão fatiado

Fachada da Do Sertão Alimentos

Parque fabril é de 800 m2 A história da Do Sertão Alimentos foi uma iniciativa de Luiz Augusto Drechsler, em parceria com sua esposa, Maria Celoi Drechsler, logo após o casamento. Aproveitando a estrutura que a família possuía – frigorífico e casa de carnes – o casal começou a abater um a dois suínos por semana e fabricar linguiça artesanal. “O produto foi se destacando e, com o passar do tempo, o número de clientes foi aumentando”, conta. Um começo difícil, com muitos obstáculos financeiros, mas superados com maestria. Dezoito anos depois, a Do Sertão está consolidada no mercado, com uma sede de 800 m2 de área, entre indústria, refeitório, escritório e área verde. A estrutura compreende ainda dois veículos próprios para fazer a entrega das encomendas. Drechsler entende que novos desafios surgirão, mas a qualidade dos produtos e a confiança dos clientes servem de motivação. Ele vê um mercado em constante evolução. Por isso, a Do Sertão Alimentos segue buscando novos conceitos e criando novos produtos que acompanhem a mudança no comportamento e paladar das pessoas. E complementa: “buscamos como empresa a satisfação do cliente, pois uma refeição em família ou na companhia de amigos é muito mais que saciar a fome, é um momento de confraternização e de boas histórias”.

Produtos da linha Mr. Pig

Estrada Boa Esperança, s/nº - Dobrada Cep: 92850-000 - Sertão Santana/RS Fone: (51) 3495-1341 contato@dosertaoalimentos.com.br www.dosertaoalimentos.com.br 43


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BIOSSEGURANÇA ANIMAL

Dentro do conceito One Health, fabricante de produtos para sanitização a partir da tecnologia e inovação investiu mais de R$ 2 milhões em 2020 preparando-se para ampliar mercado para Europa, África, América do Norte e Central

Fachada da American Nutrients

T

ecnologia e inovação estão no DNA da American Nutrients do Brasil, que investiu mais de R$ 2 milhões no parque fabril no ano passado, mesmo em plena pandemia da Covid-19. À decisão audaciosa em um momento de insegurança econômica soma-se a manutenção dos projetos em desenvolvimento. A empresa com foco nos segmentos de biossegurança animal, sanitização e limpeza profissional tecnológica para indústrias de produção

Diretores da empresa: Janara Cristina Cerutti Kettermann e Claus André Kettermann

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de alimentos e de animais, sanidade, bem-estar humano e segurança alimentar, dentro do conceito One Health, que trata sobre a visão de saúde única, integrando pilares como saúde humana, animal e ambiental, deve expandir a Linha Pet em breve e lançar a sua Linha de Cosméticos nos próximos semestres. Foi esse misto de ousadia e visão do futuro dos diretores da empresa, Claus André Kettermann e Janara Cristina Cerutti Kettermann, que transformou a consultoria e representação comercial em uma indústria presente em 80% dos Estados brasileiros e com exportações para cinco países da América do Sul (Chile, México, República Dominicana) e Ásia (Malásia e Dubai). A meta agora é expandir o campo de atuação, tanto no aumento do mix de produtos quanto na busca de novos mercados. Para isso, foi criado um setor com foco no comércio exterior, para alcançar mais países, inclusive em continentes ainda inexplorados pela marca, como Europa, África, América Central e do Norte. Para conquistar uma fatia maior do mercado mundial, a American Nutrients conta com o respaldo do selo Empresa


TEUTÔNIA/RS

Amiga do Bem-Estar Animal, concedido no Brasil pela consultoria neozelandesa QConz, dentro do programa Beba Mais Leite. “Somos pioneiros no segmento com esta certificação”, comemora Kettermann, lembrando que o mercado busca empresas que tenham preocupação com o conforto dos animais, bem como garantir alimentos seguros. Necessidade que se faz mais premente quando o mundo passa pela maior crise sanitária vivida nos últimos 100 anos, e o consumidor começa a exigir a procedência dos alimentos. Dentro dessa proposta de manter a transparência das ações, a American possui habilitação em boas práticas e nesse mês de fevereiro estava finalizando o processo para a conquista da certificação APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle), auditoria dentro das normas internacionais voltada ao controle eficaz da segurança do alimento. Para o diretor da empresa, essas referências apontam que a indústria brasileira entrega produtos seguros e que está qualificada a buscar mercados mais exigentes, como Estados Unidos e Canadá.

Parcerias projetam novidades para o mercado A American Nutrients do Brasil comemora seu 14º aniversário neste ano com motivos de sobra para brindar. O empreendimento, que começou com uma planta fabril para importar base de ácido, passou a produzir um blend de ácidos para o controle de salmonela na produção animal, hoje exportado para três países. Quatro anos depois, em 2015, entrava em operação a segunda unidade fabril, para a fabricação de uma linha inovadora de produtos para limpeza e desinfecção. No entanto, nada foi fácil. A diretora responsável pelo financeiro e Recursos Humanos da empresa, Janara Cristina Cerutti Kettermann, conta que um dos principais desafios enfrentados foi a pequena capacidade de investimentos para conseguir atuar em um mercado muito competitivo. Os obstáculos foram superados e hoje a empresa possui duas unidades fabris, um prédio para estocagem de matéria-prima e produtos acabados, empregando no total 37 profissionais, mais equipe comercial/técnica de 18 prestadores de serviços. São os recursos humanos os responsáveis por fazer movimentar o negócio, que compreende quatro linhas de produtos originais e as que estão em fase de desenvolvimento. O mix também deverá ganhar um aporte significativo com o andamento das pesquisas em parceria com insti-

tuições de ensino. Entre elas está a viabilização de uma tecnologia de neutralização de odores emitidos pelas indústrias juntamente com o Senai de Estância Velha, dentro do Projeto Viver Bem Ambiental. O outro trabalho é em conjunto com o Senai de Porto Alegre e diz respeito à criação de um pigmentante natural para a gema de ovo, com o uso de nanotecnologia e nanoemulsão, que, segundo Janara, são tecnologias inovadoras para o Brasil. No Tecnovates, que integra a Universidade do Vale do Taquari – Univates e onde a American tem seu espaço de pesquisa, estão em estudo vários projetos. Entre eles, inseticidas naturais, para controle de insetos que se criam dentro dos aviários, e o Sabor 10.0, este com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS), focado em melhorar o sabor dos alimentos consumidos por animais jovens.

Rua Sete Sul, 30 - Centro Administrativo Cep: 95890-000 - Teutônia/RS Fone: (51) 3762-1092 www.americannutrients.com.br 45


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ASSOCIAÇÃO DE LATICÍNIOS

Entidade que congrega pequenas e médias indústrias de laticínios do Estado pretende construir o Memorial do Queijo, dentro das ações comemorativas ao seu 20º aniversário, juntamente com a modernização da logomarca e do selo alusivo à data

A

o comemorar 20 anos de fundação, a Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (APIL) planeja a construção do Memorial do Queijo no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O projeto orçado em R$ 2 milhões está na Secretaria de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, aguardando aprovação para o início das obras. A ideia é enaltecer a história do derivado do leite desde a sua chegada ao Brasil, colaborando com o cenário cultural do Estado. De acordo com a assessora de Marketing da APIL, Gabriela Mattes Brustolin, a ideia é manter pessoas circulando durante todo o ano no Parque. Para isso, além de ações para atrair visitantes, o espaço contará com informações complementadas por imagens, maquetes, equipamentos, vídeos, permitindo ao receptor reviver épocas e agregar conhecimento por meio dos aspectos históricos, sociais, culturais e gastronômicos. Inclusive está prevista uma programação especial de aniversário da entidade. Tudo isso, a partir do controle da pandemia do novo coronavírus.

Sede da Apil e o mascote Apilzito

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Memorial do Queijo que será construído

Além do Memorial do Queijo, a APIL completa duas décadas com a logomarca modernizada e com um selo comemorativo alusivo aos 20 anos que vão acompanhar todos os eventos e materiais de divulgação da associação ao longo deste ano. As ações do presidente da entidade, Delcio Roque Giacomini, têm como foco o futuro. Apesar das dificuldades impostas pela crise sanitária mundial, está buscando maior aproximação do quadro social para melhor direcionar os interesses da instituição. Neste sentido, foi realizada uma pesquisa de satisfação para, a partir daí, balizar as ações e corrigir eventuais distanciamentos do objetivo da associação. Sob a coordenação do assessor executivo da Apil, o consultor Osmar Redin, está em fase de estruturação o projeto de maior valorização dos sócios-parceiros. A nova relação operacional tem por objetivo tornar mais interessante esses contratos dentro do modelo “ganha-ganha”. Já na parte interna, o destaque vai para o Projeto Qualidade do Leite Apil. A proposta em estudo prevê a melhoria do leite na parte de microbiologia, de células somáticas e no aumento da composição de sólidos.


ESTEIO/RS

Uma proposta audaciosa em tempos de Covid-19, que tem como foco dar sequência à trajetória de vanguarda da APIL, consolidada em 18 de dezembro de 2001 por um grupo de pequenos laticínios. Hoje, são 38 pequenas e médias indústrias do segmento que fazem parte do quadro de associados e 34 parceiros que unem forças em busca do reconhecimento no mercado. Para Giacomini, esta parceria é o grande diferencial da Associação, que ao longo de sua trajetória tem trabalhado para aperfeiçoar o processo de fabricação e a qualidade dos produtos.

União para crescer e alcançar mercado externo Os resultados comprovam que a APIL está em um caminho de crescimento. Conforme o presidente da entidade, Delcio Roque Giacomini, com a diversificação e qualidade da produção, os associados têm se destacado e conquistado prêmios nos concursos estaduais de queijos. Também foi dentro da APIL que surgiu o Consórcio de Palmeiras das Missões – composto por oito associados – comprador da fábrica desativada da Nestlé no município missioneiro para transformar em uma moderna fábrica de beneficiamento do soro do leite. Outra prova que a associação está em uma linha ascendente é o reconhecimento que desfruta junto ao governo do Estado, no meio da cadeia láctea, entre outras instituições públicas e privadas. Para dar uma ideia de relevância da APIL, a entidade tem representação na Câmara Setorial do Leite, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Estado, e na Aliança Láctea Sul Brasileira; é integrante do

Conselho Deliberativo do Fundo Estadual do Leite (Fundoleite); e, membro efetivo do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite/RS). A busca por fazer valer os interesses dos associados faz parte de uma proposta que contempla a compra de m atéria -prima e insumos, comercialização de produtos padronizados em escala e com valor agregado em conjunto. A ideia é tornar os associados mais competitivos no mercado, com possibilidade de conquistar o mercado externo. Uma ideia que vem sendo aprimorada desde 2001, quando José Renato Coimbra encabeçou a primeira diretoria da entidade, seguido por Clóvis Marcelo Roesler, Wlademir Pedro Dall’Bosco e, agora, Delcio Roque Giacomini. Nas palavras do primeiro presidente, José Renato Coimbra: “Cada diretoria teve a sua importância, com a missão de elevar cada vez mais o nome das pequenas indústrias de laticínios.” E assim a

1º Presidente e fundador da Apil - José Renato Coimbra Gestão 2001/2006

Presidente da Apil – Delcio Roque Giacomini - Gestão 2020/atual

2º Presidente da Apil - Clóvis Marcelo Roesler - Gestão 2007/2013

3º Presidente e integrante do conselho administrativo da Apil – Wlademir Pedro Dall’Bosco - Gestão 2014/2019

entidade tornou-se essa força, com sede na Quadra 19 do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Uma casa simples, porém, funcional, que abriga o estande permanente da entidade durante eventos, como a Expointer, realizados no parque.

Diretoria da APIL (biênio 2020/2021) Presidente: Delcio Roque Giacomini 1º Vice-presidente: Humberto Doering Brustolin 2º Vice-presidente: Daniel Cichelero Diretora Secretária: Magali Ferrari Vice-diretor Secretário: Ronis Carlos Frizzo Diretor Financeiro: Rodrigo Aloisio Staudt Vice-diretor Financeiro: Ademar Steffenon

Reunião realizada pela Apil

Av. Celina Chaves Kroeff, s/nº - Parque de Exposições Assis Brasil, Quadra 19 Bairro: Novo Esteio Cep: 93270-530 - Esteio/RS Fone: (51) 3459-0535 www.apilrs.com.br E-mail: secretaria@apilrs.com.br 47


FOTOS: DIVULGAÇÃO

COMIDA CONGELADA

Pioneira no segmento, empresa de alimentos congelados buscou na tecnologia a forma de manter os nutrientes dos alimentos, oferecendo cardápios seguros e nutritivos. Para 2021, está previsto o lançamento de uma linha kids

O

ferecer alimentação saudável de forma prática, segura e deliciosa foi o que motivou a chef Carla Bazotti e Nelmo Ricalde a abrirem a Feeljoy. A empresa criada em 2014 nasceu com o propósito de transformar a vida das pessoas, oportunizando refeições planejadas, 100% naturais e orgânicas, sempre que possível. Para preservar a textura, as propriedades nutritivas, a cor, o aroma e o sabor pelo prazo de 180 dias, sem alterações e sem adição de conservantes, as refeições são ultracongeladas e embaladas à vácuo. A proposta foi bem aceita pelos consumidores e, neste ano, a marca está expandindo seu raio de atuação para Santa Catarina (a partir de Camboriú) e Paraná. No entanto, a grande novidade para 2021 é o lançamento da linha kids. Carla, que também atua como CEO da Feeljoy, conta que estão em estudo lanches e sucos saudáveis, do jeito que a garotada gosta. A novidade vem suprir uma lacuna do mercado e que muito preocupa pais e mães na hora de oferecer alimentos entre as refeições para seus filhos.

Diretora da empresa: Carla Bazotti

A ideia é levar o know-how e o conceito de uma alimentação consciente e de verdade utilizados para os adultos, mas de um jeito que agrade o paladar dos kids. Com a linha infantojuvenil, a Feeljoy passa a oferecer alimentos para diferentes faixas etárias. Nestes seis anos de atuação, a empresa especializouse em refeições sem pozinhos artificiais, de um jeito inovador e fácil de fazer, colocando no mercado um novo conceito em termos de comida congelada. Pioneira no segmento, os pratos desenvolvidos por uma equipe formada por nutricionistas em conjunto com a chef e CEO são compostos por legumes, proteínas de alto valor biológico, tubérculos e oleaginosas. 48


PORTO ALEGRE/RS

“Conseguimos colocar no mercado muito mais do que um produto diferente das tradicionais marmitas congeladas. Aliamos conveniência e praticidade, confiabilidade e qualidade, saudabilidade e bem-estar, sustentabilidade e ética, sensorialidade e prazer”. Propósito que está no nome do empreendimento. O termo Feeljoy contém a ideia de produzir alimentos para as pessoas sentirem-se bem, alegres ao saborear os pratos oferecidos. E reforça: os produtos não são light ou diet, são saudáveis, livres de glúten, lácteos e grãos geneticamente modificados, facilitando a ingestão por pessoas com restrição alimentar. SUPERALIMENTOS NA MESA A ideia da Feeljoy é que mesmo na correria do dia a dia as pessoas levem à mesa comida de verdade, usando alimentos funcionais, ou seja, os adequados para cada tipo de dieta. Carla reforça que a empresa vem trabalhando com superfoods. Isto é: víveres que concentram altas doses de vitaminas e minerais, considerados pela ciência uma das grandes armas contra obesidade, alguns tipos de câncer, distúrbios cardiovasculares e diabetes tipo 2. São esses alimentos que aparecem

nas refeições comercializadas em porções individuais de duas maneiras: B2B (business to business) e B2C (para o consumidor final) por meio do e-commerce próprio (https:// www.feeljoy.com.br/). De acordo com Carla, para as revendas da

marca, foi desenvolvida uma linha exclusiva com cinco refeições individuais prontas para o consumo, como lasanhas lowcarb, escondidinho e salgados. Já no site, trabalha com um vasto cardápio que oferece todas as refeições diárias, entre proteínas, carboidratos, legumes, sopas, lanches e sucos naturais. As porções são vendidas individualmente, para a construção de um cardápio personalizado de acordo com o gosto, dieta ou necessidade do cliente. Porém, quem preferir, pode optar por programas prontos, desenvolvidos pela Feeljoy ou parceiros. São cardápios completos, com todas as refeições e sugestões de consumo, entre eles, perda de peso, fitness. Também há uma linha vegana e vegetariana. A CEO da Feeljoy comemora o sucesso do empreendimento. Conquista respaldada por certificações concedidas por institutos reconhecidos no mercado por sua credibilidade, muito além das exigidas pelo ramo de alimentação. Entre os selos conquistados estão Qualidade do CRN2, Certificado PAS (Programa Alimento Seguro), Green Kichen, Eu Reciclo (sistema de logística reversa).

Av. Plinio Brasil Milano, 2244 - Bairro: Higienópolis Cep: 90520-001 - Porto Alegre/RS Fones: (51) 3028-2251 / 99512-5712 www.feeljoy.com.br E-mail: contato@feeljoy.com.br 49


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QUEIJOS

Parque fabril Vista aérea da matriz em Chapada/RS

Agroindústria comemora duas décadas, empregando 250 profissionais que transformam diariamente 250 mil litros de leite em queijo, entre outros derivados, atendendo além da Região Sul, Estados do Sudeste e Nordeste

À

s vésperas de completar 20 anos de história, a Laticínios Friolack projeta ampliar sua presença no mercado. Para isso, estão previstos investimentos para aumentar a capacidade produtiva e melhoramento da logística. De acordo com o diretor-presidente da agroindústria e seu fundador, Delcio Roque Giacomini, os projetos já estão em desenvolvimento. Um que será concluído em 2022 na matriz em Chapada (RS), distante 328 Km da capital gaúcha, e outro ainda em fase de negociação no município vizinho. “A ideia é montar uma filial, ou até mesmo uma nova matriz”, deixa em aberto o gestor, adiantando que também está previsto a entrada de novos produtos no mix da empresa. Os planos que integram o planejamento estratégico da agroindústria para os próximos anos refletem a preocupação da direção do empreendimento em atender um consumidor cada vez mais exigente. Também revelam que a empresa está otimista no aquecimento da economia após a vacinação em massa contra a Covid-19. A pandemia que desde o ano passado está massacrando a humanidade, segundo Giacomini,

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também retirou da mesa do brasileiro alguns alimentos, entre eles, o queijo. No entanto, a retração econômica não desanimou Giacomini, que conduz o negócio com o auxílio da esposa, Vera Lúcia, e dos filhos Rodrigo, Cristiano e Rafael. A Friolack segue inovando e priorizando a qualidade de seus queijos, com o mesmo empenho das primeiras formas produzidas. O próprio diretor-presidente diz que a história é longa, apesar da empresa ainda ser jovem. Tudo começou em 1991, quando Giacomini resolveu trocar a produção de grãos pela comercialização de queijo artesanal. No início, comprava queijos nas cidades de Carazinho, Chapada, Nova Boa Vista e Santo Antônio do Planalto para revender em Porto Alegre. Dez anos depois, resolveu investir na industrialização de queijos e fundou a Friolack em Arroio Bonito, distrito de Não-me-Toque. O cuidado com a qualidade dos produtos conquistou os consumidores da cidade e região. Não demorou para que a estrutura com dez funcionários se tornasse insuficiente para atender a demanda.


CHAPADA/RS

Presidente da Friolack: Délcio Giacomini e a esposa Vera Giacomini

Diretor administrativo: Rafael Giacomini Gerente comercial: Rodrigo Giacomini

Gerente industrial: Cristiano Giacomini

Em outubro de 2005, a Friolack mudou-se para Chapada (RS), onde pôde ampliar a produtividade, fabricando uma linha mais ampla de queijos. Hoje, o parque fabril, inaugurado há quatro anos, possui uma área construída de 6.000m2 e abriga 250 profissionais, que processam diariamente 250 mil litros de leite por dia, comprometidos com o propósito de levar à mesa dos consumidores queijos e derivados lácteos de alta qualidade. O mix de produtos também aumentou. São vários tipos de queijos, além dos iniciais mussarela e prato, cremes como requeijão, nata, manteiga e outros produtos derivados de leite, que vão incrementar as refeições dos brasileiros de Sul a Nordeste. Isso mesmo. Os produtos Friolack, além do Rio Grande Sul, também são comercializados em Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e Bahia, entre outros Estados, por atacado e varejo. Uma trajetória de sucesso, alicerçada no sonho da família Giacomini de colocar no mercado queijos com qualidade, que comemorou seu 20º aniversário no último dia 26 de junho. E para marcar a data, a Friolack lançou a campanha “Os sabores da nossa história”, uma forma de fortalecer a marca junto aos mercados em que a empresa já atua, sem nunca esquecer de que para um bom produto é necessária matéria-prima especial. O diretor-presidente da empresa conta que todos os ingredientes, principalmente o leite, passam por um rígido controle de qualidade para garantir o sabor que vem agradando ao paladar dos consumidores da Friolack há duas décadas.

Processo produtivo

Controle de qualidade

VRS 330, Km 1,5 - Linha Modelo Cep: 99530-000 - Chapada/RS Fone: (54) 4052-9228 / (54) 99656 4847 WhatsApp: (54) 99656-4847 www.friolack.com.br E-mail: sac@friolack.com.br 51


FOTOS: DIVULGAÇÃO

AVICULTURA

Agroindústria familiar que há mais de quatro décadas abastece o Estado do Rio Grande do Sul com ovos de alta qualidade, dá destaque especial à produção de aves livres para atender a demanda de quem preza o bem-estar animal

O

cuidado com o manejo de galinhas e codornas, observando desde a qualidade da ração, até a seleção e higienização dos ovos, tornou a Granja Cageri referência em qualidade quando o assunto é alimento saudável na mesa. A agroindústria familiar iniciou suas atividades em 1978, tornando realidade o sonho do técnico agrícola Carlos Germano Rieth e de sua esposa, Silvana Rieth. Foram muitos os obstáculos vencidos ao longo das mais de quatro décadas no mercado e agora o novo desafio é ampliar a produção de aves livres e, consequentemente, de ovos caipiras. O projeto já começou a ser desenvolvido e o objetivo é entregar ao consumidor final o ovo recolhido nos quintais, seguindo as normas sanitárias vigentes para evitar qualquer dano à saúde das aves e dos consumidores. A área necessária para aumentar o plantel de galinhas para atender a demanda por produtos que aliem qualidade ao bem-estar animal

Aviário

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já foi adquirida. Rieth conta que no espaço serão construídos módulos que permitem que as aves passem algumas horas do dia no pátio, tomando sol. No entanto, mantém-se o controle necessário para garantir que os ovos saiam da granja sem risco para o consumo humano, com qualidade nutricional e sabor inigualável. Além dos ovos caipiras, a Granja Cageri produz ovos vermelhos e brancos em embalagens de diferentes quantidades, ovo líquido destinado à pasteurização, ovos de codorna e composto orgânico gerado a partir do dejeto das aves, além de fabricar a ração para alimentar o plantel, que soma 500 mil galinhas e 60 mil codornas. A estrutura dessa engrenagem fica em Lajeado (RS), onde estão o prédio da administração (escritórios) e a sala de beneficiamento de ovos e derivados, galpões de produção (aviários), galpões onde as frangas são criadas (recrias), fábrica de ração e pavilhões de compostagem onde o

Diretores da Granja Cageri: Carlos Germano Rieth e Silvana Rieth

esterco das galinhas é transformado em um rico composto orgânico. Carlos Germano conta que vizinha à sede fica a segunda área de produção. No ano de 2019, a Granja Cageri iniciou a construção de mais uma área produtiva no município de Encantado. A agroindústria também utiliza o sistema de integração para atender a demanda. Neste modelo, a Cageri repassa o know-how para os produtores integrados, que hoje se concentram nos municípios de Canudos e Forquetinha, para entregarem ovos com o mesmo padrão de qualidade da matriz.


LAJEADO/RS

Interior da empresa

A Cageri conta com uma estrutura que a colocou como uma das principais granjas do Estado, atendendo todo o Rio Grande do Sul, especialmente Porto Alegre e Região Metropolitana. “O controle sobre cada passo da produção do ovo, como a produção de uma ração balanceada, a precisão na seleção do produto e o cuidado com a industrialização dão segurança e satisfação na comercialização do produto final”, comemora Rieth. Parte da frota da empresa

Nome associado a ovos de qualidade Pioneira em tratar dejetos das aves, transformando-os em adubo orgânico, a direção da Granja Cageri mostra respeito ao meio ambiente, reduzindo o impacto ambiental da atividade. Somado a isso, a empresa também preza pela qualidade e o bem-estar das aves, colocando-as em instalações confortáveis e seguras. A estrutura da Granja Cageri é respaldada por 75 funcionários diretos, comprometidos com a proposta da agroindústria. De acordo com Silvana Rieth, responsável pelo Departamento de Recursos Humanos da organização, funcionários e direção acabam formando uma grande família. Ela ressalta que há funcionários que acompanham o dia a dia da empresa por muitos e muitos anos. Também fazem parte da equipe as três filhas do casal – Caroline, Cristina e Gabriela. A preparação das filhas para assumir a empresa começou em 2005, quando a engenheira agrônoma Caroline começou a trabalhar na granja, contribuindo muito na melhoria

Vista áerea da empresa

dos processos de produção. Em 2014 foi a vez de Cristina, formada em Relações Públicas, dividir com a mãe a condução das atividades do Departamento de Recursos Humanos. Gabriela, com graduação em Arquitetura e Urbanismo, ingressou na empresa em 2018, ocupando os setores Financeiro e de Marketing, além de assessorar nas obras de ampliação das granjas. O processo de sucessão ainda está em fase inicial, mas deve ocorrer de forma harmônica, mantendo os princípios que norteiam a agroindústria. Silvana reafirma que durante toda a história da empresa a prioridade sempre foi tornar a marca Granja Cageri um sinônimo de qualidade. “E isso tem se confirmado com o passar do tempo”, observa. Para ela, a própria forma como o empreendimento se estabeleceu e consolidou no mercado permitiu que houvesse muito cuidado com a qualidade de um produto tão frágil como o ovo.

Rod. BR 386, Km 340 - Bairro: Conventos Cep: 95900-000 - Lajeado/RS Fones: 3748-9512 / (51) 99626-2190 www.cageri.com.br 53


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ATACADO DE FRUTAS

PARECI NOVO/RS

Distribuidora de frutas in natura de todo Brasil investe na ampliação do período de venda de laranjas e bergamotas na entressafra utilizando tecnologia pós-colheita e na maior durabilidade dos itens na gôndola do supermercado

A

comercialização de frutas está no DNA da Irmãos Nedel. A empresa fundada em 1986 por Evandro, Rogelio e Marcelo tem suas raízes na história do avô Aloísio Inácio Nedel, que cruzava o Rio Caí em um barco para vender a produção frutífera local em Porto Alegre. A atividade foi passada de pai para filho, chegando a seus netos, que ampliaram o campo de atuação. Atualmente, o comércio atacadista oferece também a produção de outros Estados brasileiros, como manga e mamão, somando um mix com mais de 30 itens, abastecendo mais de 200 clientes, grandes redes de supermercados, atacados, de fastfood, de distribuidores, somando mais 1.800 mil toneladas comercializadas por mês. A meta agora é aumentar a durabilidade dos produtos na banca dos supermercados. De acordo com o diretor da Irmãos Nedel, Evandro Nedel, “não adianta vender uma fruta bonita hoje, mas que vai ficar feia

Vista aérea e fachada da Irmãos Nedel

amanhã”. Outra novidade diz respeito à ampliação do período de venda de laranjas e bergamotas. O gestor conta que existem estudos e testes em desenvolvimento para disponibilizar os cítricos no período de entressafra, utilizando tecnologia pós-colheita em conjunto com o armazenamento a frio. A busca por inovações faz parte do dia a dia da empresa, que foi pioneira no Estado na compra de maquinário para beneficiamento de citrus eletrônico, ampla estrutura de armazenamento a frio (as câmaras frias) e monitoramento de frotas e rotas. Diferencial que fez a distribuidora inicialmente focada em levar as frutas do Vale do Caí e Serra Gaúcha para a capital gaúcha e demais municípios da Região Metropolitana, conquistasse outros Estados. Evadro Nedel conta que nos últimos dois anos teve um aumento exponencial de venda de frutas de safra para Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Motivo de comemoração para os irmãos, que há 35 anos resolveram empreender e hoje são um dos principais comerciantes de frutas in natura do Rio Grande do Sul. Para dar conta da demanda, a empresa conta com uma estrutura construída de 8.000 m2, com 1.000 m2 de armazenamento a frio. Também possui uma frota própria de 20 veículos,

Diretores da Irmãos Nedel: Evandro Nedel e Rogelio Nedel

Interior da empresa composto por maquinários que fazem a classificação das frutas que logo serão distribuídas

balança rodoviária e quatro box na Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa-RS). Sob o guarda-chuva da Irmãos Nedel, encontra-se ainda a Bom Gosto Frutas, com sede em Veranópolis, para atender a Serra Gaúcha.

Estrada do Despique, s/n - KM: 1 Bairro: Várzea do Pareci Cep: 95783-000 - Pareci Novo/RS Fone: (51) 3633-9255 www.irmaosnedel.com.br 54


SUCOS CONCENTRADOS

FOTOS: DIVULGAÇÃO

PARECI NOVO/RS

Fabricante de sucos concentrados e óleos essenciais conquistou o mercado europeu e agora projeta crescimento no competitivo varejo nacional com produtos sem açúcar, conservantes e corantes, 100% naturais

C

om a exportação de 2 mil toneladas de sucos concentrados somente para a Europa, a Nedel Cítricos conquistou uma identidade própria junto ao meio citrícola sem perder a herança cultural de seus fundadores, no sentido de cuidar da produção regional, da qualidade dos produtos e de atender bem os clientes. Características que são o alicerce da evolução da empresa, que cinco anos depois de sua fundação lançava a marca Finfi, para atender o mercado nacional com produtos sem adição de açúcar, conservantes e corantes, ou seja: 100% natural. Um processo que começou em 2014, quando Evandro, Rogelio e Marcelo Nedel, sócios também da Irmãos Nedel, distribuidora de frutas, resolveram produzir suco e essências usadas em perfumaria, como forma de diversificar os negócios e incentivar os citricultores da região do Vale do Caí e Oeste do Rio Grande do Sul, abrindo uma nova

FOTOS: WE MÍDIA

Vista aérea da Nedel Cítricos

Mix de produtos

frente para a destinação de parte da produção de laranjas e bergamotas (mandarinas e tangerinas). O suco concentrado caiu no gosto do mercado europeu, e os óleos essenciais passaram a ser comercializados para as casas de perfumaria da França e empresas que fracionam o produto para revender a pequenas casas de fragrâncias. Com o propósito de crescer e ampliar a fatia do mercado, incluindo o concorrido varejo nacional, a Nedel Cítricos contratou profissionais renomados no mundo dos sucos, provenientes de grandes processadoras do Estado de São Paulo. E não tardou, para que o suco concentrado de laranja e tangerina da marca Finfi passasse a ser consumido no Brasil, além do suco pronto para consumo que se encontra disponível para a compra nas prateleiras dos supermercados gaúchos, através de uma embalagem carismática que transmite a ideia de produto saudável. O diferencial estava na concepção do produto focado na preservação do meio ambiente. Com um litro rendendo seis litros, produzidos nos padrões dos exigentes clientes europeus e norte-americanos, o consumidor passou a evitar o descarte de cinco garrafas plásticas de 1 litro. A proposta de redução do volume de lixo agradou aos negócios eco-friendly. De acordo com o diretor e sócio da Nedel Cítricos, Evandro Nedel, atualmente, a agroindústria já soma 1 mil clientes da marca no Brasil. Participação ainda pequena, se comparada com a exportação. Por isso, há intenção de ampliar sua presença em redes de varejo do Rio Grande do Sul, fábricas do Estado e de São Paulo, food service e hotéis. Para atender aos clientes, a empresa conta com 60 profissionais e uma estrutura física de 6.000 m2 de área cons-

Marcelo Nedel fundador da Irmãos Nedel e da Nedel Cítricos

Parte da frota

truída, frota refrigerada e área de reserva ambiental, adquirida para preservar fauna e flora, dentro do compromisso da marca com o desenvolvimento sustentável.

RS 124, Km 11,3 - Bairro Várzea do Pareci Cep: 95783-000 - Pareci Novo/RS Fone: (51) 3633-9287 www.nedelcitricos.com.br Email: comercial@nedelcitricos.com.br 55







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