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Ano XI - N 90 • julho e agosto de 2013
O JORNAL DA CAMINHADA DO POVO DE DEUS DA DIOCESE DE PARNAÍBA
SEMINARISTA RECEBE O MINISTÉRIO DO LEITORATO. Página 02
DOM ALFREDO VISITA A PARÓQUIA SÃO GONÇALO. Página 03
ENTREVISTA COM PADRE ANTÔNIO SOARES. Página 04
PADRE MANZOTTE ENCERRA O 4º RETIRO MISSIONÁRIO. Página 05
Diocese celebra a festa de sua padroeira O povo de Deus da diocese de Parnaíba está se preparando para par ticipar da festa de Nossa Senhora Mãe da Divina Graça, padroeira da catedral, da cidade de Parnaíba e também da nossa diocese. O novenário que acontece de 30 de agosto a 08 de setembro, terá abertura dia 29 de agosto com uma grande carreata, saindo às 17h do Santuário da Mãe dos Pobres, em Ilha Grande em direção a catedral onde ocorrerá o hasteamento da bandeira e a celebração da Santa Missa. No dia 08 de setembro, dia da festa, aconterá missa às 16h e em seguida a tradicional Caminhada com Maria saindo da catedral. Este ano, o tema da festa da nossa padroeira traz como pano de fundo uma reflexão em torno da fé: “Creio Senhor, mas aumentai a minha fé” e como lema traz um versículo extraído do evangelho de Lucas: “Bem aventurada és tu que acreditaste”. (Lucas 1, 45). Diariamente às 18h20 haverá a recitação do terço, seguido de novena e celebração eucarística. Durante o decorrer da festa a catedral ficará aber ta aos fiéis pela manhã com reza do terço às 11h, ofício de Nossa Senhora às 11h30 e a celebração da Santa Missa ao meio dia.
Falece Dom Rufino, o bispo do coração
ESCOLA CATEQUÉTICA REALIZA FORMATURA. Página 07
Diocese organiza a grande Romaria da Fé O costume de fazer romarias ou peregrinações ocorre desde os tempos mais remotos. A nossa vida é uma constante peregrinação, uma constante busca por um sentido mais profundo de viver e de se realizar. As primeiras peregrinações do cristianismo datam do século IV quando os cristãos receberam a liberdade de professarem a sua fé em público. A peregrinação ou romaria acontece por motivos pessoais ou para fazer penitência. Os cristãos sempre buscaram lugares sagrados como a Terra Santa ou santuários dedicados aos santos pra realizar suas romarias. O ato religioso de peregrinar leva em conta não só o exercício de caminhar a pé ou vencer quilômetros em viagens, mas o fundamental é ter um sentido, uma motivação maior que dirige o caminhante. O beato João Paulo II nos fala: “A romaria é uma expressão fundamental e fundante
da condição de todo aquele que crê e tem fé, é um homem caminhante. Colocando todo o seu ser a caminho, seu corpo, seu coração e sua inteligência, o homem se descobre “buscador de Deus e peregrino do eterno”. Assim como o Povo de Deus caminhava no Antigo Testamento, neste ano da Fé, nós também estamos caminhando como Igreja Diocesana na busca de ser um sinal de esperança para o mundo que nos cerca. Todas as paróquias foram convidadas para se organizarem e participarem dando assim um testemunho vivo de comunhão eclesial. Por isso, no dia 13 de setembro, vamos peregrinar para o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, na Serra Grande, no município de São Benedito - CE e ao meio dia vamos juntos celebrar a eucaristia. Organizem suas caravanas para que possamos fazer uma bonita e abençoada romaria.
No momento em que encerrávamos esta edição do Jornal Millenium, fomos surpreendidos com a triste notícia do falecimento do bispo emérito de Parnaíba Dom Joaquim Rufino, o nosso querido bispo do coração. Dom Joaquim Rufino do Rêgo foi nomeado pelo Papa João Paulo II como o 4º. Bispo diocesano de Parnaíba. Desde fevereiro Dom Rufino encontrava-se internado na UTI do Hospital São Marcos, em Teresina, onde estava sendo acompanhado por médicos de diversas especialidades. Após longo período de enfermidade, não resistiu, vindo a felecer aos 87 anos, no dia 10 de agosto às 14h20. Dom Rufino, serenamente entregou sua alma a Deus. No mesmo dia o corpo de Dom Rufino foi transladado à Parnaíba para ser velado na igreja catedral de Parnaíba, onde no dia 11 (domingo) foi celebrado o rito litúrgico das exéquias o qual foi presidido pelo bispo diocesano e concelebrado por nove bispos e cerca de 50 padres. Na próxima edição iremos apresentar um relato sobre a virtuosa vida desse estimado pastor que partiu para a eternidade deixando muitas saudades.
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O jornal da caminhada do povo de Deus da Diocese Parnaíba
Editorial PAULO ADRIANO RIBEIRO Coord. da Pascom Diocesana
Vai Francisco, reconstrói minha igreja! A Jor nada Mundial da Juventude, um grande evento da Igreja Católica que reuniu mais de 3 mil pessoas no Rio de Janeiro, gerou muitas expectativas em torno da visita do papa Francisco ao Brasil. Possivelmente tais expectativas tenham se dado por conta de tantas transformações sócioculturais produzidas pela sociedade pós-moderna e conseqüentemente pelos questionamentos em busca de uma saída, de uma esperança, de uma palavra de alento para os problemas existenciais do ser humano. Em tempos difíceis como estes, em que estamos vivendo, podemos dizer que muitas pessoas estão confusas, desorientadas e andam como ovelhas sem pastor. Por isso somente uma pessoa de profunda intimidade com Deus pode nos apontar o caminho a seguir. Daí, por tanto, a grande responsabilidade que tem a Igreja como guardiã da fé e propagadora da Palavra de Deus, em levar esperança e vida nova ao mundo. Não somente os jovens queriam ouvir as palavras do papa Francisco, mas também os jornalistas, obser vadores sociais, críticos, intelectuais, políticos e também trabalhadores, simples pessoas do povo. Todos queriam vê-lo e ouvi-lo. Alguns levavam presentes, outros levavam car tas e pedidos de oração, mas também houve quem levasse seus filhos de colo em meio à multidão para serem abençoados por Francisco. Nos seus gestos simples, nas suas palavras diretas, no seu olhar sincero, o povo encontrou em Francisco uma igreja mãe, que pega o filho no colo e o embala, ou seja, uma igreja acolhedora, uma igreja misericordiosa, uma igreja verdadeiramente samaritana. Em conversa com os jovens argentinos o papa Francisco disse: “As paróquias, as escolas, as instituições são feitas para sair; se não o fizerem, tornam-se uma ONG e a Igreja não pode ser uma ONG. Quero que a Igreja vá às ruas...” Estas palavras revelam a preocupação do santo padre para com uma igreja mais missionária, uma igreja que vai ao encontro do povo. Tais palavras nos fazem refletir sobre o rosto da nossa igreja, particularmente da diocese de Parnaíba. Será que estamos indo ao encontro do povo? Será que nosso trabalho pastoral é o suficiente? Como será que se sente o nosso povo em relação à Igreja? Será que se sentem acolhidos? Será que se sentem filhos? A visita do papa Francisco nos incita a injetar sangue novo nas veias da nossa Igreja que precisa responder aos desafios dos novos tempos. Assim como Francisco de Assis revolucionou a Igreja e a sociedade de sua época, que também nós, guiados pela força do Espírito Santo e pelo testemunho do papa Francisco sejamos capazes de reconstruir a Igreja de Cristo, que se faz presente em cada um dos nossos irmão e irmãs, muitas vezes por nós esquecidos.
Opinião PADRE PAULO SÉRGIO DUARTE Administrador da Paróquia São José Operário, de Pedro II - PI
Igreja católica, a única igreja de Cristo Antes de voltar para o Pai, Jesus quis nos deixar seu corpo, a Igreja. Esta igreja peregrina no mundo procurando mostrar as verdades de seu fundador, Jesus Cristo. Ela foi confiada aos Apóstolos como sendo seus guardiões primeiros. Depois, estes as confiaram aos seus sucessores. E assim, a Igreja caminha até a volta de Jesus. De certos tempos pra cá, vemos proliferar uma grande quantidade de igrejas que, de certa forma causa, na cabeça das pessoas, uma enorme confusão. Mais se analisarmos cuidadosamente poderemos chegar a uma conclusão a qual Igreja Jesus se referia. No Evangelho de João 1, 42 encontramos Jesus dizendo a Pedro: “Tu és Simão, filho de João. Serás chamado Cefas, que significa Pedra. Jesus não costumava mudar o nome de seus discípulos”. Mas o fez com Simão, chamando-o de Cefas, nome que depois foi traduzido em grego Petros e em latim Petrus. Mais não foi simplesmente uma mudança de nome, e sim um mandato que Pedro recebia. Jesus ainda diz para Pedro: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja. Eu te darei as chaves do Reino dos céus. Tudo o que tu ligares na terra, será ligado no céu. E tudo o que tu desligares na terra será desligado no céu”. (Mt 16, 18-19). Pedro é o fundamento rochoso sobre o qual estar apoiado o edifício da Igreja. Percebemos claramente que o Senhor confiou esta nova realidade à Igreja, a Pedro e aos Apóstolos. Depois, Pedro é o personagem mais citado no novo testamento. É mencionado 154 vezes com o nome de Pétros, pedra, rocha. Neste
caso, Pedro torna-se referencia no grupo dos doze Apóstolos. Em Lucas, capítulo 5, versículo 10 Jesus mais uma vez confirma a missão de Pedro: “Não tenhas receio; daqui por diante, serás pescador homens”. Pois a missão de Pedro tinha que chegar até Roma e lá pescar homens para o Senhor. Claramente percebemos a vontade de Cristo de atribuir a Pedro um papel especial no seio do Colégio apostólico, e esse papel será de ser o chefe da Igreja. Alguns padres do primeiro século confirmam que Pedro encarregou a outros esta missão. Santo Irineu que viveu por volta do ano 140-202 nos diz o seguinte: “Os bem- aventurados apóstolos que edificaram a Igreja transmitiram o governo episcopal a Lino, Lino teve como sucessor Anacleto. Depois dele, em terceiro lugar, depois dos apóstolos, coube o episcopado a Clemente, que vira os próprios Apóstolos e estivera em relação com eles, que ainda guardava viva em seus ouvidos a pregação deles diante da tradição.” Lino, Anacleto e Clemente são, portanto, os primeiros sucessores de Pedro. Jesus entregou sua Igreja a Pedro e Pedro a confiou a outros e assim por diante até os dias de hoje. Muitos outros homens deram testemunha desta igreja nos primeiros séculos. Inácio de Antioquia por volta do ano 107 dizia: “Onde está o Cristo Jesus, aí está a Igreja Católica”. Foi por volta deste ano 107 que a Igreja foi chamada de Católica. Pois Santo Inácio de Antioquia compreendia que a Igreja já não estava mais restrita aos muros de Roma,
mais sim a todo o mundo. Por isto que ela é universal ou seja, Católica. São Cipriano, Bispo de Cartago no ano 258, dizia com convicção: “Não pode ter Deus por pai quem não tem a Igreja como mãe”. Não estamos falando de palavras ditas recentemente. Mais há 2000 mil anos atrás. São João Crisostomo, no século IV, também era muito convicto da veracidade da Igreja Católica. Dizia ainda ele: “Não te afaste da Igreja, nada é mais forte do que ela, ela é tua esperança, o teu refugio. Ela é mais alta do que o céu e mais vasta do que a terra, ela nunca envelhece.” Outra frase que mostra essa convicção de Cipriano é a seguinte: “A esposa de Cristo não pode adulterar, ela é fiel e casta.” Cipriano aqui se refere à Igreja como esposa de Cristo. Justino que foi mártir no ano 165 dizia: “O mundo foi criado em vista da Igreja. A alegria do católico deveria ser de saber que pertencemos a Igreja de Jesus. Foi somente ela que o Senhor confiou aos Apóstolos e estes por sua vez, confiara ao Papa e aos demais bispos.” Portanto, cada católico Batizado deveria se orgulhar de pertencer a Igreja de Jesus. Foi por ela, e não outra, que o Senhor derramou seu Sangue na Cruz. O Papa Paulo VI dizia o seguinte: “A Igreja desceu do céu nascida do coaração de Cristo.” Dizia ainda o Papa Paulo VI: “Não se ama a Cristo se não se ama a Igreja.” Concluo com as palavras do Concilio Vaticano II quando afirma: “Não existe outra Igreja fundada por Cristo a não ser a que tem, suas bases sobre Pedro e os Apóstolos”. Por isto, nasci Católico, sou Católico e amo minha Igreja.
Seminarista recebe o ministério do leitorato No dia 13 de julho na Igreja Matriz de Nossa Senhora Mãe da Divina Graça (Catedral de Parnaíba), o seminarista maior: Jeremias de Oliveira Lima, filho da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, de Domingos Mourão. Jeremias recebeu pelas mãos do Bispo Diocesano Dom Alfredo o Ministério do Leitorato. Além de sua mãe e dos seus familiares estiveram presentes a cerimônia, os seus amigos do seminário em Teresina: Ronaldo, Igor, Akyciel, José Felipe, Leandro, Assis, Hilderlan, Thiago e outros. Segundo a tradição da Igreja, a partir dessa cerimônia os seminaristas estão aptos para a leitura da Palavra de Deus durante a Liturgia. Eles se tornam, assim, leitores ou proclamadores das Sagradas Escrituras. O leitorado é um ministério de serviço concedido pelo bispo diocesano, e desenvolvido por uma pessoa devidamente apta e escolhida para uma participação mais atuante nas celebrações litúrgicas através da leitura bíblica. O leitor deve estar consciente da importância do serviço, uma vez que é através dele que a assembleia vai receber a Palavra com a qual Deus fala aos seus fiéis. Vale ressaltar que o leitorato é o primeiro ministério que um seminarista recebe antes de chegar ao ministério da ordenação sacerdotal. Durante a ocasião Dom Alfred Scháffler, bispo diocesano de Parnaíba, celebrou a missa de envio dos jovens da diocese que iriam participar da Jornada mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Diversos grupos e movimentos se fizeram presentes como a Renovação carismática Católica, as Comunidades Católicas Face de Cristo e Shalom, o Caminho neo-Catecumenal, a Pastoral da Juventude e outros. Alguns padres da diocese também par ticiparam da missa de envio: o chanceler da diocese, padre Francisco Soares, o coordenador diocesano de Pastoral, padre Carlos Seixas, o pároco da catedral, padre Antonio Soares, como também o padre Ézio Rodrigues, da coordenação diocesana de catequese e padre Oscar Almeida, coordenador diocesano das Santas Missões Populares.
Jeremias recebendo o ministério do leitorato.
Jovens participando da JMJ 2013.
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O jornal da caminhada do povo de Deus da Diocese Parnaíba
Palavra do Bispo Diocesano DOM ALFREDO SCHÁFLER Bispo Diocesano de Parnaíba
O Estado é Laico? Nestes últimos tempos aparece cada vez mais a questão da laicidade do Estado. A laicidade equilibrada significa que o Poder do Estado não interfere na esfera religiosa da Igreja e vice-versa. Porém percebe-se um conflito entre cultura secularizada e o fenômeno religioso. A “neutralidade” valorativa e ética do Estado apresenta-se cada vez mais sob uma visão de um mundo secularizado, ou seja de um mundo sem Deus. É uma visão do mundo entre as diversas visões culturais que existem na nossa sociedade atual. Pelos dados das estatísticas oficiais tratase de uma visa minoritária. Percebe-se que esta forma do Estado “neutral”, longe de ser efetivamente neutral na prática cultural e política, assume como própria uma cultura específica que é a secularizada. Através de medidas dos diversos poderes está exercendo um poder negativo com relação às outras identificadas, especialmente as de matriz religiosa presente na nossa sociedade civil. Cada vez mais se percebe que quer se excluir do âmbito público e de um diálogo religioso. Será que isso não é um marco autoritário desta postura? Se o Estado neutro, está tomando o lugar da sociedade civil, e está ditando normas éticas e orientações da conduta, será que não está negando na prática a laicidade e a neutralidade abstratamente defendida? Será que isso não são atitudes antidemocráticas, na medida em que contradizem a sensibilidade e a vontade da grande maioria da população? Sob uma aparência de “neutralidade” e objetividade das leis, se camufla e se difunde, pelo menos nos fatos, uma cultura for temente marcada por uma visão secularista do ser humano e do mundo, sem qualquer aber tura a dimensão transcendente. Numa sociedade pluralista esta visão é legítima, porém representa apenas uma entre outras. Mas se o Estado assume para si esta postura que é própria de uma minoria, acaba inevitalmente por limitar a liberdade religiosa. É necessário um Estado que, sem assumir como própria uma específica visão do ser humano e do mundo, não considere como sua tarefa, em nome da a-confessionalidade, neutralizar as visões de mundo que a maioria da população da sociedade civil apresenta. Não seria mais impor tante para abrir espaços nos quais cada sujeito pessoal e social possa mostrar sua contribuição à edificação do bem comum? As dificuldades existentes será que não nascem de um insuficiente costume para dialogar e ouvir as razões diferentes das próprias. Não existem indícios de que os detentores do poder estão mais familiarizados em usar o poder para resolver questões pendentes, considerando suficiente, para tomar suas decisões? Por isso pode se afirmar que a liberdade religiosa constitui o mais sensível indicador do grau de civilização e de democracia da nossa sociedade plural.
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Dom Alfredo visita a Paróquia São Gonçalo Fé e caridade marcam a visita do bispo diocesano em Batalha No período de 12 a 16 de junho o senhor bispo diocesano de Parnaíba, Dom Alfredo Scháffler realizou visita pastoral à Paróquia São Gonçalo, de Batalha, onde foi acolhido pelo povo com grande alegria. Dom Alfredo foi recepcionado na Praça da igreja matriz por centenas de jovens, além dos zeladores do Apostolado da Oração, o pároco Evandro Alves, e pelas autoridades locais. Após a calorosa recepção, o senhor bispo diocesano celebrou ao lado do pároco Evandro uma missa na Igreja Matriz de São Gonçalo. E durante o resto do dia esteve reunido com diversos grupos paroquiais. No Segundo dia de visita a Batalha, Dom Alfredo visitou às Crianças do Projeto Social “Lar Santa Ana” e celebrou missa na localidade Mata da Suçuarana, zona rural de Batalha. Finalizando o dia, o senhor bispo realizou na Casa Paroquial um encontro com membros da Pastoral do Dízimo. Em seu quinto e último dia de visita pastoral, (dia 16 de junho), Dom Alfredo celebrou missa e ministrou o sacramento da crisma para 82 jovens que ungidos pelo Espírito Santo, confirmaram sua fé. Após a celebração da missa, o senhor bispo esteve reunido com os Casais do Encontro Matrimonial Mundial e Pastoral Familiar seguido de almoço festivo na casa do casal Francisca e Ronaldo Torres. Durante o almoço Dom Alfredo recebeu muitas homenagens de agradecimento como presentes e uma mensagem proferida pela deficiente visual Socorro que foi lida por ela através do sistema braile.
O Pároco padre Evandro e Dom Alfredo visitando o Lar de Santana.
Fotos: Mauro Robert
Dom Alfredo sendo recepcionado pelos paroquianos de Batalha.
Dom Alfredo sendo homenageado pelos paroquianos.
Dom Alfredo reunido com os jovens.
Padre Evandro e Dom Alfredo visitando as comunidades.
Paróquia de Ilha Grande recebe o bispo diocesano Dom Alfredo, o bispo que promove o encontro com as pessoas
A visita pastoral do senhor bispo diocesano Dom Alfredo à paróquia Nossa Senhora da Conceição, de Ilha Grande ocorreu de 17 a 19 de maio e foi um momento oportuno para o contato do bispo com o povo de Deus da paróquia de Ilha Grande a fim de conhecer um pouco da realidade local. No dia 17 de maio, Dom Alfredo foi recebido pela comunidade Santa Isabel e logo em seguida visitou as comunidades São José e Alto do Moreno. Ao término, dirigiu-se para a igreja matriz onde foi recepcionado por representantes de pastorais e estudantes. Na tarde do mesmo dia o senhor bispo teve um encontro com os líderes da Pastoral da
Criança, visitou a Creche e reuniu-se com as autoridades públicas municipais. Pela noite a juventude da Paróquia realizou uma caminhada onde contou com a participação de muitos jovens, adultos e crianças que juntos saíram em peregrinação da comunidade Nossa Senhora da Luz em direção ao Santuário da Mãe dos Pobres e Senhora do Piauí encerrando com a Santa Missa. Para um missionário, não há barreiras. No segundo dia (18) de visita pastoral, montado em uma carroça, o bispo diocesano Dom Alfredo Scháffler foi a Comunidade Nossa Senhora da Luz, onde se encontrou com os catequistas locais. À tarde, ele se reuniu
com os membros do Conselho Econômico Paroquial, com a Pastoral do Dízimo e com o Conselho de Pastoral Paroquial. À noite Dom Alfredo celebrou missa na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição e depois se reuniu com os membros do Terço dos Homens, Vicentinos e Apostolado da Oração. A visita pastoral de Dom Alfredo a paróquia de Ilha Grande encerrou-se no dia 19 de maio, com a celebração da Solenidade de Pentecostes e ministrou o sacramento da crisma para 55 jovens de diversas comunidades da paróquia. Ao final, Dom Alfredo se reuniu com a equipe de coordenação paroquial, encerrando sua visita com almoço festivo.
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O jornal da caminhada do povo de Deus da Diocese Parnaíba
Entrevista
com PADRE ANTÔNIO SOARES Por: Paulo Adriano - PASCOM MILLENIUM: Se aproxima mais um festejo de Nossa Senhora da Graça, a padroeira da diocese de Parnaíba. Conte pra gente as novidades do festejo este ano? PADRE ANTONIO SOARES: Este ano, em sintonia com a caminhada da Igreja que vive o ano da fé, também queremos reforçar no novenário deste ano as verdades de nossa fé católica tendo como tema central: “Creio senhor, mas aumentai a minha fé” e como lema as palavras de Isabel ditas a Maria, quando este lhe foi visitar: “Feliz és tu que a creditaste.” Meditaremos a cada noite uma parte do CREDO. Este ano as paróquias responsáveis pelos noitários serão basicamente as da cidade de Parnaíba, reforçando o fato de Nossa Senhora da Graça ser a padroeira da cidade. Isto não diminui a importância da participação das outras paróquias da diocese que estão todas convidadas a vir celebrar conosco esta grande festa da padroeira de nossa diocese. Outro aspecto impor tante é que temos a cada ano um número maior de leigos e leigas engajados, nas diversas equipes de organização da festa, o que certamente alivia a sobrecarga de trabalho e o atendimento aos fiéis se tornará mais eficaz. MILLENIUM: Após três anos como pároco da catedral de Nossa Senhora da Graça, sabe-se que o senhor se ausentará da paróquia por algum tempo. A que se deve o seu afastamento? PADRE ANTONIO SOARES: Em todas as áreas do conhecimento humano os profissionais estão constantemente aperfeiçoando seus conhecimentos. Na igreja não é diferente, os documentos que tratam da formação dos presbíteros insistem que a formação é de caráter permanente. É neste contexto que o bispo de nossa diocese me envia para retomar os meus estudos a fim de me preparar mais para servir melhor aos nossos fiéis. MILLENIUM: Durante os três anos que o senhor esteve como pároco de Nossa Senhora da Graça, o que o senhor levará de recordação? PADRE ANTONIO SOARES: Levarei comigo mais do que recordações ou lembranças. Levo lições de vida. A convivência com o povo me tem proporcionado a oportunidade de aprender muito nas diversos aspectos da minha vida sacerdotal: quanto aprendi com povo em seu testemunho de amor à
igreja, zelo apostólico e dedicação pastoral; na convivência paciência e respeitosa com os que pensam diferente ou discordam das decisões pastorais que foram necessárias de serem assumidas; a solidariedade e a generosidade do povo simples e dos que fazem o comercio de Parnaíba e outras instituições; o diálogo e a convivência respeitosa com as autoridades constituídas; a confiança, o apoio do nosso bispo diocesano; a paciência, tolerância colaboração dos meus irmãos sacerdotes, tanto os vigários como os párocos das paróquias da diocese. Poderia aqui me prolongar numa lista sem fim, coisas boas que levarei comigo. MILLENIUM: Uma vez que estamos ainda vivenciando o ano da Fé, que fato o senhor poderia citar como um exemplo forte de fé na sua paróquia? PADRE ANTONIO SOARES: No ultimo dia 28 de julho celebramos o primeiro ano desde a realização da Grande Semana Missionária e naquela ocasião foi bonito recordar os fr utos bons que surgiram a par tir do projeto SMP. Mas o que mais me alegra é ver quantas pessoas testemunham sua conversão pessoal, outras se engajaram nos movimentos e pastorais outros retomaram com mais vigor as iniciativas referentes a missão da Igreja ou sua convivência familiar, social ou no trabalho. MILLENIUM: O senhor assessorou o Encontro Matrimonial Mundial, que é um movimento religioso da diocese. Sabendo que muita gente não está mais valorizando sacramento do matrimônio, quais as recomendações que o senhor daria aos jovens que pretendem abraçar o matrimônio como vocação? PADRE ANTONIO SOARES: Apesar da instituição familiar está sofrendo um pesado bombardeio nos últimos tempos, é inegável que a família seja um tesouro de inestimável valor. Na família é que recebemos os valores que proporcionam a formação integral da pessoa humana. Nestes anos de ministério foram inúmeros os casos em que pude sentir quanto bem faz a pessoa ter uma família que se estrutura sobre o alicerce seguro da fé cristã e, por outro lado, quantas lacunas estão presentes na vida de pessoas cujos laços familiares
são frágeis. Tanto o Encontro Matrimonial Mundial quanto a pastoral familiar se preocupam em auxiliar os casais no cultivo dos valores fundamentais do matrimonio. Dentre eles: a fé em Deus, o diálogo entre esposo e esposa e dos pais com os filhos, a fidelidade, o perdão mútuo, a importância do trabalho. Por mais que o mundo queira dizer o contrario, querido jovem acredite no amor. É gratificante ver quantos acreditam e vivem o amor apesar dos sacrifícios. MILLENIUM: Tendo em vista esse seu afastamento temporário das suas atividades pastorais, o que o senhor gostaria de dizer aos seus paroquianos, aos seus auxiliares e amigos? PADRE ANTONIO SOARES: Neste momento só me resta dizer muito obrigado por tudo que fomos capazes de construir e aprender juntos. E reafirmar meu compromisso de continuar rezando por todos.
Mensagem de leigos colaboradores e amigos de padre Antônio Soares
“Pelo exemplo, pelo caráter, pelo conhecimento da doutrina cristã, pela palavra culta e comunicativa, o pároco padre Antonio Soares conseguiu a confiança, admiração e a amizade de seus paroquianos, entre os quais me incluo. O seu exemplo e a sua palavra servem de incentivo ao bom cumprimento dos mandamentos das leis de Deus e dos mandamentos da Igreja Católica.” Dr. Lauro Correia Paroquiano e Amigo.
“Homem de fé, sábio e acima de tudo humilde. Com muita maestria ele ensinou-nos a trilhar o caminho do amor, da unidade, do servir e do anunciar incansavelmente JESUS CRISTO a todos os nossos irmãos. Nossa paróquia agradece a Deus esta dádiva que foi a sua presença amiga entre nós e que você seja abençoado em sua nova missão, sendo essa pessoa iluminada como Madre Teresa de Calcutá: “Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz”, foi o que você fez entre os seus paroquianos e agora mais do que nunca, seus amigos!!!!!” Francisca Maria Coelho 1ª. Coordenadora do Conselho Pastoral Paroquial
“Poder servir a Igreja é uma dádiva. Bênçãos são contínuas, e nos fortalecem nos diversos momentos e circunstâncias. Padre Antonio! Servo de Deus dedicado ao povo! No decorrer deste período aprendemos a reavivar nossa espiritualidade, o que nos deixou mais perto de Deus. Muito grato por tudo! Como uma pessoa sensível e ungida de Deus, sabemos: o senhor é feliz, e, faz felizes aqueles que participam do seu convívio. A Mãe da Divina Graça é sua contínua protetora, acolhendo o sob seu manto sagrado. Deus lhe abençoe! Muito obrigado!” Síria Lobão, Eliana Alice, Sávio Araújo, Bruno Gomes, Das Dores e Gardênia Correia Colaboradores da paróquia.
Dedicação da nova Igreja Matriz de Santa Ana
Dom Eduardo - Bispo de Campo Maior, Dom Alfredo - Bispo de Parnaíba e Padre Estevão Mitros pároco de Santa Ana.
A dedicação das igrejas é um rito muito antigo, caracterizado pelo seu aspecto festivo e popular. Porque é importante essa consagração? Pelo fato de esse edifício ser sinal do povo de Deus que ali se reúne para ouvir a Palavra de Deus, rezar em comum, freqüentar os sacramentos e celebrar a Eucaristia. No seu sentido etimológico, o verbo “dedicar” significa “proclamar solenemente”. No dia 17 de julho, o senhor bispo diocesano Dom Alfredo Scháffler, celebrou o rito de dedicação da nova Igreja matriz de Santa Ana, localizada na cidade de Parnaíba. Além de uma multidão de fiéis, fizeram-se presentes um grande número de padres da diocese de Parnaíba. Par ticiparam também sacerdotes conterrâneos de padre Estevão Mitros (o pároco da paróquia de Santa Ana) vindos da Polônia, Estados Unidos e de Brasília, os quais
colaboraram ao longo desses anos com a edificação dessa bela Igreja matriz. Também estiveram presentes Dom Eduardo Zielski, o bispo diocesano de Campo Maior e o do prefeito municipal de Parnaíba, Dr. Florentino Véras, além dos vereadores de nossa cidade. A cerimônia de dedicação da igreja foi abrilhantada pela participação do coral da paróquia, regido com maestria pelo padre Marcos Amorim, vigário cooperador daquela paróquia. A atual igreja matriz da paróquia de Santa Ana foi idealizada pelo seu atual pároco, padre Estevão Mitros, que graças a sua dedicação, conseguiu mobilizar todos os paroquianos para a construção de um novo templo e assim poder acolher e acomodar melhor os seus fiéis. A construção da nova igreja teve inicio no final de 2010, e depois de três anos de luta e dedicação, o sonho virou realidade.
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Show de Padre Manzotte encerra o 4º Grande Retiro Missionário Nos dias 06 e 07 de julho, na quadra poliesportiva da Universidade Federal, em Parnaíba, aconteceu o 4º Grande Retiro Diocesano das Santas Missões Populares aonde mais de mil pessoas vindas de diversas paróquias da diocese, participaram do encontro espiritual que teve como pregador padre Luis Mosconi. Além do clero diocesano, participaram do retiro, homens e mulheres, jovens e adolescentes de todas as paróquias que com muita animação, oração e fé conseguiram “sacudir” a dimensão missionária na diocese de Parnaíba. Após o retiro, aconteceu caminhada e celebração da santa missa com a participação do padre Reginaldo Manzotti o qual fez a homilia, e após a missa animou com show musical. Segundo a polícia militar mais 60 mil pessoas participaram da missa de encerramento das Santas Missões Populares. Foi um momento de grande demonstração de fé e religiosidade do nosso povo. Padre Carlos Seixas, Padre Reginaldo Manzotte, Dom Alfredo, Padre Luís Moscone e Padre Antonio Soares.
Padre Reginaldo Manzotte cantando para a multidão.
Fiéis se emocionam durante a missa.
Padre Luís Moscone: Fé e Alegria durante o 4° Retiro Missionário.
Especial
Diocese de Parnaíba marca presença na JMJ/2013 Jovens da diocese relatam as experiências vividas na Jornada Mundial da Juventude
KAREN CALDAS e WEDNO GOMES Pascom da Paróquia São Sebastião
Mais de 300 jovens da diocese de Parnaíba foram marcados com o Espírito da Cr uz Peregrina na Cidade do Rio de Janeiro, onde de 23 a 28 de janeiro de 2013 par ticiparam da Jornada Mundial da Juventude. Jovens de diversas paróquias da diocese como: Parnaíba, Ilha Grande, Luiz Correia, Buriti dos Lopes, Matias Olímpio, Luzilândia, São José do divino, Piracuruca, Piripiri, Cocal, Batalha e Pedro II formaram suas caravanas e par tiram impulsionados pelo mesmo objetivo: encontrar-se com o papa Francisco, reavivar a sua fé em Cristo Ressuscitado e formar comunhão com os jovens católicos de outros países em torno de uma só fé, de uma só igreja e de um só pastor. A Jornada Mundial da Juventude que reuniu cerca de 3 milhões e meio de pessoas, proporcionou aos que dela par ticiparam uma experiência real de encontro com a pessoa de Jesus Cristo através da presença e do entusiasmo do santo padre, o papa Francisco, o qual foi acolhido com grande alegria pelos jovens de todas as nações. “Passamos por muitos momentos bons e r uins. Foram tantas as provações para sabermos se realmente estávamos preparados para seguir a Cristo. Mas aprendi acima de tudo, que ser humilde é acolher bem os nossos irmãos do mundo todo. É o que Jesus Cristo mais quer de nós e se não fosse a nossa fé, não poderíamos vivenciar tudo o que experimentamos na JMJ Rio 2013.” Afirmou Pollyanne de Sousa da Paróquia Santa Ana. “Foi extremamente marcante na minha
vida. Durante os dias da Jornada vivi momentos profundos e inesquecíveis de partilha e oração que fizeram o meu coração palpitar muito mais for te porque ali naqueles milhares de jovens presentes pude notar verdadeiramente que todos estavam ali com o mesmo objetivo, ter um encontro pessoal e profundo com nosso bom Deus através da presença de nosso Papa Francisco. A Jornada Mundial foi tudo de bom na minha vida, meu coração já está aper tadinho de saudades”. Declarou Katrine Carvalho da Paróquia São Sebastião. “Poder par ticipar da Jornada Mundial da Juventude foi simplesmente incrível. Milhões de jovens reunidos em um só lugar, compar tilhando os mesmo sentimentos, mostrando a força e a fé de ser um jovem de Cristo. A Jornada Mundial da Juventude foi um divisor de águas em minha vida. Ouvir as sábias palavras de nosso Papa Francisco e presenciar os gestos desse grande homem fortaleceu minha fé e tudo isso me impulsionou a seguir fazendo discípulos em todos os lugares que eu estiver.” Comentou Muryllo Santos da Paróquia Santo Antônio de Santana Galvão. Durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013), o Papa Francisco pediu que todos os jovens sejam protagonistas de suas vidas e não fiquem parados na varanda da história. Milhões de jovens voltaram para casa com um compromisso para o seu futuro: envolver-se, dar-se inteiramente pelo Evangelho e por Jesus Cristo. Os Jovens da Diocese de Parnaíba já estão combinando entre si a realização de uma Pós-Jornada com realização de Missões e momentos de Evangelização dentro do calendário anual de suas paróquias.
Jovens de Cocal com Padre Antonio Araujo.
Jovens das paróquias de Parnaíba participando da JMJ 2013.
Jovens de Ilha Grande.
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julho e agosto de 2013
O jornal da caminhada do povo de Deus da Diocese Parnaíba
Carta Pastoral
Caríssimos Padres Saúdo a todos irmãos e irmãs na fé, saúdo os padres e consagrados da Diocese de Parnaíba. Alegres, participamos do 4º Retiro Missionário Diocesano das Santas Missões Populares cujo projeto começou em 2009, após o grande apelo que a Conferência Latino Americana dos Bispos que aconteceu em Aparecida fez para uma missão continental. Assim também na nossa Diocese optamos por esta caminhada pastoral. Tantas iniciativas aconteceram ao longo destes anos, quanto testemunho de fé presenciamos em todos os cantos e recantos da Diocese. Quantas comunidades e até paróquias tomaram consciência que nós só somos a Igreja de Jesus Cristo, se formos uma Igreja Missionária. Atualmente as comunidades primitivas viviam da experiência do encontro com Jesus Cristo, pela fé, como razão maior para viver. O encontro com o Senhor determinava o estilo de vida da comunidade e atraía cada vez mais pessoas que buscavam o batismo. O discípulo gerava a comunidade pela alegria dos irmãos por estarem unidos na mesma experiência. A esperança do Reino de Deus anunciado por Cristo, desperta nos cristãos o compromisso de trabalhar por um mundo melhor e esperar a plena realização dos novos céus e da nova terra. ( cf 2 Pedro 3,13). As pessoas fazem a triste experiência de serem usadas como objetos de manobras obscuras. Encontramse cada vez mais sinais no mundo inteiro de uma crise de valores e consequentemente aparece uma profunda crise de um sentido de vida. Por isso o grito que vem da rua nos fala: “Este não é o mundo que sonhamos”. A ordem de Deus não é para possuir e explorar a terra, mas um chamado à responsabilidade. Não devemos compactuar com a globalização da indiferença. Nestes tempos de mudança de época, precisamos de silêncio, de discernimento, e de reencontro humilde conosco e com Deus, mas também com os outros e com o mundo. Na convivência harmoniosa com os outros a pessoa está se realizando. Por isso, a Missão existe para interpelar, questionar, sacudir e acordar energias adormecidas, olhar novos horizontes. Mas não existe missão sem conversão. Missão enche de esperança, de futuro nas mãos, de querer avançar. Conversão tem a ver com estilo de vida, com opções. Não há conversão sem transformação. Missão é algo permanente, porque a vida é missão. Como realizar esta missão nas nossas comunidades e paróquias? Que meios devemos escolher para viver a missão no relacionamento com os outros? Pode ser uma visita, um encontro, uma saudação, um gesto de solidariedade, um telefonema etc. Cada comunidade deve abraçar a iniciativa concreta para erguer uma nova comunidade. Um dia outros vieram para formar a nossa comunidade, hoje devemos ser nós que vamos motivar e acompanhar a formação de uma nova comunidade. Missão é sempre intimamente ligado a fé e a vivência da fé na vida de cada dia. Vejam o exemplo que encontramos no evangelho de São Lucas. Certo momento Jesus disse a Simão: “Avance para águas mais profundas, e lancem as redes para a pesca”. Simão um pescador muito experiente, respondeu: “Mestre não dá, tentamos a noite inteira, e não pescamos nada, mas em atenção a tua Palavra, vou lançar as redes. Foi um ato de fé”. (Lc 5,4-5) Quantas vezes nos confrontamos com o silêncio de Deus, quando acontece, por exemplo, uma catástrofe natural como no Haiti quando mais de 200.000 pessoas morreram e outras tantas foram feridas e a cidade destruída num terrível terremoto. O silêncio de Deus, sem resposta, incomoda e causa um sofrimento profundo. O próprio Jesus na cruz passou por isso quando falou: “Meu Deus, meu Deus porque me abandonaste” (Mt27,46.) Jesus enfrentou muitos conflitos por causa da fidelidade a missão. Diante de um mundo cada vez mais desigual e dividido onde se avalia tudo sobre um aspecto econômico e utilitarista, temos a missão a partir da Palavra de Deus, fazer um questionamento e anunciar a Boa Nova que é o caminho para uma verdadeira vida com dignidade. Nos momentos da vida em que se fica sem convicções claras e corajosas, quando se fica sem rumo e desmotivado precisamos de missionários com uma experiência profunda de Deus, uma experiência mística.“Numerosas multidões se reuniam para ouvi-lo e serem curadas de suas doenças. Mas Jesus se retirava para lugares desertos, a fim de rezar” (Lc 5,15-16) A missão continua, porque nós só somos a Igreja de Jesus Cristo se fomos uma Igreja missionária. Por isso precisamos avançar nesta dimensão missionária. Tudo que aconteceu até agora nesta caminhada missionária, foi apenas uma grande preparação para que cada paróquia se torne uma comunidade missionária. Fundar novas comunidades com a participação das comunidades vizinhas, essa deve ser a meta. Nesta dimensão missionária é importante que tenhamos a consciência que cada missionário deve viver pessoalmente o que se quer transmitir aos outros. ( Mt23,3.) Por isso, convoco todas as paróquias até o fim deste ano que realizem o 4º Retiro Missionário paroquial que tem como objetivo a constituição das COMIPAS (Comissão Missionária Paroquial). As COMIPAS não devem ser mais uma pastoral ou movimento,é muito mais uma dimensão que precisa transpassar todas as pastorais, movimentos e serviços eclesiais nas paróquias existentes. Peço que estabeleçam metas na ação pastoral e não vamos repetir apenas modelos velhos. Por exemplo: O que estamos fazendo para que os festejos sejam em primeiro lugar, momentos de uma intensa evangelização, especialmente para as pessoas que não participam regularmente na vida eclesial? Como anda a nossa catequese? Será que todas as crianças que foram batizadas na paróquia participam da catequese? Pela boa vontade de muitas pessoas conseguimos avançar na auto-sustentação através da Pastoral do Dízimo. Mas será que estamos também colocando sinais concretos da dimensão social do Dízimo? Em que consistem esses sinais? Somos uma Igreja Samaritana? O que estamos fazendo em relação a nossa atenção às pessoas da terceira idade? Nossos salões paróquias durante a semana estão abertos ou trancados? Vamos criar espaços para que as pessoas da Terceira Idade possam se encontrar e formar uma Pastoral da Terceira ou Melhor Idade. Vamos nos inspirar na regra de vida dos missionários elaborada pelas primeiras comunidades, tirada dos ensinamentos de Jesus. ( Mt 10,1-42) ou ( Lc 10,1-24) Estamos celebrando o ANO DA FÉ. Cada paróquia desenvolveu atividades concretas que ajudem no aprofundamento da fé. Assim sendo como Bispo da Diocese de Parnaíba convido para uma grande ROMARIA DIOCESANA no dia 13 de setembro de 2013. Cada paróquia procure articular pelo menos dois ônibus com as pessoas que querem participar desta grande romaria que vamos fazer para o SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA na Serra Grande na cidade de São Benedito no Ceará, às 12h no dia 13 de setembro. Convido todos os padres do nosso presbitério, junto com os romeiros da nossa Diocese para este grande gesto de fé. Vamos celebrar juntos, nossa fé neste grande santuário que é dedicado a Nossa Senhora de Fátima. Segue em breve um material, tanto cartazes como folders para a orientação desta primeira romaria diocesana. Pela intercessão de Nossa Senhora: Mãe da Divina Graça, invoco a bênção de Deus, sobre todos os fiéis desta nossa querida Igreja Diocesana de Parnaíba. Parnaíba, Festa de Nossa Senhora do Carmo de 2013 + Alfredo – bispo de Parnaíba Seja esta nossa carta pastoral lida e comentada em todas as missas dominicais, e depois seja registrado no livro Tombo.
Projeto Amigo Benfeitor do Seminário ESTEVÃO PRONDI SOUZA DA SILVA - Seminarista Menor
É com grata satisfação que vos escrevo em agradecimento pela sua colaboração para com todos nós que somos seminaristas. Precisamos de pessoas como você, que acreditam em nós que estamos nessa longa e difícil caminhada em direção a nossa vida sacerdotal. Quem sou eu? Ah! Eu sou Estevão Prondi Souza da Silva, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, da cidade de Ilha GrandePI. Desde cedo tive uma vida dedicada a igreja. Já servi como acólito, líder da Pastoral da Criança, em seguida fui catequista e também participei da Pastoral da Juventude. Mas no meu coração eu sentia que o Senhor queria mais de mim, e foi então que tive uma experiência vocacional de nove meses, acompanhada pelo padre Francisco Carvalho, o então vigário daquela paróquia. Foi um grande momento da minha vida, uma experiência inexplicável, e então no dia 21 de janeiro de 2013 ingressei no Seminário Menor e Propedêutico Bem-aventurado João Paulo II, na cidade de Parnaíba-PI, o qual tem me proporcionado uma vida de oração e missão. “Eis que, como argila na mão do oleiro, assim sereis vós na minha mão ó casa de Israel” (Jr 18,6), assim é a forma que me sinto, como “barro nas mãos do oleiro”, sendo formado e preparado para a missão. O mês de agosto é o mês dedicado às vocações, em vista disso, peço à você, amigo benfeitor do nosso Seminário que reze por todas as vocações, e em particular pelas vocações da nossa diocese. Peçamos ao Senhor que suscite esse chamado nos corações de tantos outros jovens, e os preparem para essa jornada. Gostaria ainda de fazer mais um pedido a você que já faz tanto por nós seminaristas. Peço que se possível, consiga mais um amigo benfeitor para nosso seminário, nós que aqui estamos ficaremos muito felizes por mais essa ajuda. Caso você tenha uma sugestão a fazer, ou o endereço de novos amigos, ou precise de nossa ajuda entre em contato conosco pelo fone: (86) 3322-2358. De já agradeço por sua colaboração e oração. Que Deus abençoe você e toda sua família, abraço fraterno.
Seminário Menor realiza Semana de Convivência DIOGO JOSÉ MONTE - Seminarista Menor
O Seminário Menor e Propedêutico Beato João Paulo II realizou no período de 24 a 28 de julho mais uma Semana de Convivência, onde jovens de diversas paróquias da nossa diocese participaram de momentos de formação para o discernimento vocacional. O objetivo da Semana de Convivência é proporcionar uma oportunidade aos jovens da diocese que se sentem chamados ao serviço sacerdotal a amadurecer mais a sua vocação de modo que possam fazer uma adesão mais consciente ao chamado de Cristo. Este ano a Semana de Convivência contou com a participação de 12 jovens de várias paróquias da nossa diocese. São eles: Antonio de Pádua da Paróquia N. Sra. da Graça (Parnaíba), Bernardo dos Santos, Cícero Araújo, Miguel Araujo, Modesto Luis e Onofre Filho, todos da Paróquia Santa Luzia (Luzilândia), Caio Filipe da Paróquia N. Sra. dos Remédios (Piripiri), Cleiton Alves da Paróquia N. Sra. Da Conceição (Ilha Grande), Domingos Borges e Jardel Lima e Cesário Uchõa, da Paróquia São João Batista (São João da Fronteira) e Edson Junior da Paróquia Santa Luzia (Parnaíba). O Seminário agradece a todos os jovens que participaram dessa rica semana de conhecimentos e partilha. E à você amigo benfeitor do Seminário que contribui para que esses momentos abençoados aconteçam o nosso muito obrigado.
Seminarista e candidatos ao seminário ao lado de padre Eduardo (no canto direito da foto).
COLÉGIO NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS Praça Santo Antônio, 802 - Centro / Parnaíba-PI Fone: (86) 3322-2750 / Fax: (86) 3322-2354 cnsgparnaiba@uol.com.br www.cnsg.pi.com.br
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O jornal da caminhada do povo de Deus da Diocese Parnaíba
Fique por dentro
Giro nas paróquias
Padres da diocese recebem Novos Ofícios O senhor bispo diocesano de Parnaíba, Dom Alfredo Scháffler, expediu novos ofícios. No dia 25 de agosto às 19h na Igreja matriz de Luiz Correia o padre Marcelino Elias Macedo, será empossado o novo pároco da paróquia de Nossa Senhora da Conceição uma vez que padre Henrique Hegemann se afastará para cursar doutorado em Teologia pela Universidade Gregoriana de Roma. No dia 24 de agosto às 19h na Igreja Matriz, padre Oscar de Almeida assumirá como administrador paroquial a Paróquia Nossa
Senhora dos Remédios, de Buriti dos Lopes. No dia 03 de agosto, a Paróquia de Frei Galvão recebeu um vigário cooperador. Trata-se do padre João Maria Araújo que irá auxiliar o pároco, padre Vicente Gregório. No dia 04 de agosto, o padre Francisco José Carvalho assumiu como administrador paroquial da Paróquia Nossa Senhora Mãe da Divina Graça, em subistituição ao padre Antonio Soares que afastou-se para licenciar-se em Teologia Bíblica pela Universidade Gregoriana de Roma.
Paróquia São Sebastião realiza Romaria
A Paróquia de São Sebastião da Cidade de Parnaíba realizou de 21 a 23 de junho de 2013 uma Romaria da Fé, com destino às cidades de Juzeiro do Norte e Canindé, ambas no estado do Ceará. A Peregrinação teve como principal objetivo marcar a passagem do Ano da fé, através da vivência de um momento de Oração Profunda e a Missão de Evangelizar dentro das Comunidades pertencentes à Paróquia.
Em Juazeiro os romeiros passaram pelo Horto de Padre Cícero, pela Catedral de Nossa Senhora das Dores, pela Igreja do Sagrado Coração de Jesus, além da Casa dos Romeiros e da Igreja de São Francisco. Na cidade de Canindé os romeiros visitaram a Igreja de São Francisco e a Estátua de São Francisco. Foi um momento bastante rico de demonstração de fé e partilha.
Catequese em Foco
Regional Nordeste IV sedia o Encontro dos Secretários Executivos dos Regionais da CNBB De 08 a 12 de julho, no Centro Pastoral Paulo VI, em Teresina, aconteceu O Encontro dos Secretários Executivos dos Regionais da CNBB, os quais foram acolhidos por Dom Jacinto, Arcebispo da Arquidiocese de Teresina. O encontro buscou refletir sobre a importância do trabalho dos secretários dos Regionais da CNBB. Foram cinco dias de formação, reflexão e partilha, além de momentos de convivência e lazer entre os secretários vindos dos diversos estados do Brasil. No terceiro dia do encontro, dia 10 de julho, Dom Alfredo Scháffler, bispo diocesano de Parnaíba e Presidente do Regional Nordeste IV da CNBB (PiauÌ), recebeu os Secretários na cidade de Parnaíba, cidade turística do litoral piauiense. Com ele participaram da Eucaristia
na Catedral Nossa Senhora da Graça e, em seguida reuniram-se na residência episcopal. Além disso, os Secretários passearam de barco no Delta do Parnaíba. Durante o encontro aconteceu uma exposição do quadro sócio-religioso do Piauí. O Piauí é o estado onde 85% da população se declara católica, assim pertencendo a nossa Igreja Católica. Os visitantes ficaram admirados pela vivacidade das diversas pastorais que estão atuando em todo regional. O encontro teve como objetivo mostrar de perto a realidades da igreja no Regional, a convivência fraterna entre os secretários e a troca de experiências pastorais. O próximo encontro dos secretários será em 2014 no Regional Nordeste 1, com sede em Fortaleza.
Projeto Social da diocese realiza curso de capacitação para voluntários JULIANA ROCHA - Pedagoda do Projeto Social da Diocese
Escola Catequética realiza formatura de 36 catequistas No dia 13 de julho de 2013, aconteceu no Centro Pastoral Sagrada Família, em Parnaíba, a formatura dos cursistas da primeira turma da Escola de Catequese, onde 36 catequistas receberam seus certificados de conclusão de curso. Participaram da cerimônia o bispo diocesano Dom Alfredo Scháffler, o padre Henrique Hegeman, da
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Paróquia de Luís Correia, padre Ézio,da Paróquia de São José do Divino, e também a coordenadora diocesana da catequese, Francisca Enos que parabeniza aos concludentes por mais uma conquista na qualificação dos nossos catequistas em vista do bom êxito da catequese em todas as paróquias.
De 26 a 28 de julho, mais de 60 voluntários reuniram-se no Centro Pastoral Sagrada Familia para um novo treinamento. São eles que estão atuando nos 14 Centros Sociais da Diocese como voluntários. Diariamente acolhem mais de 450 crianças, lhes ensinam as primeiras letras as primeiras orações e também a conviver. Vale ressaltar que as
crianças recebem diariamente uma refeição preparada com muito cariho pelos voluntários. Em todas as paróquias estão vivenciando a dimensão do dízimo que sempre tem também uma dimensão social. Esta dimensão social dar credibilidade ao anúncio da Boa Nova que como Igreja sempre devemos proclamar, com palavras, mas também com gestos concretos.
Jornal Millenium É um informativo de publicação bimestral produzido pela Pastoral da Comunicação da Diocese de Parnaíba.
Fone: (86) 3321-2251 • Fax: (86) 3321-2582 e-mail: armazemtamandua@hotmail.com R. Dr. Francisco Correia, 818 - Centro - Parnaíba - PI
Propriedade: Diocese de Parnaíba Conselho Editorial: Dom Alfredo Scháffler, Mons. Vittório, Padre Eduardo Furtado, Paulo Adriano Fotos: Leandro Hércules Colaboração: Tony Aires Diagramação: Fabrícia Lopes Depto. Comercial: Vanuza Silva; Tiragem: 10.000 exemplares; Endereço: Rua Josias Moraes, 676 CEP: 64.200 - 970 - Parnaíba - PI; Telefax: 086 3322-2358; Site: www.diocesedeparnaiba.org.br www.facebook.com/diocese.deparnaiba
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