O M E L H O R E S PA Ç O D E N E G Ó C I O S D O P I A U Í
RAFAEL TAJRA FONTELES
ele pode fazer seu dinheiro crescer em pouco tempo e com pouco risco
Herdeiras Fórum de ideias: empreendedoras: Um Projeto pausa para para o Piauí uma conversa
Gustavo Almeida: 30 anos de puro talento
sumário
PERFIL INDUSTRIAL/ CHIEKO AOKI
MISSÃO EMPRESARIAL NA PODEROSA CHINA
APRENDA A FAZER BONS NEGÓCIOS COM OS ÁRABES 3 ELE TEM A CHAVE DO MERCADO DE INVESTIMENTOS NO SETOR IMOBILIÁRIO DO PIAUÍ 8 CRISE MUNDIAL: UMA MAROLINHA OU UM TSUNAMI? 12 SISTEMA ECONOMICLUZ OFERECE MELHORIA NA QUALIDADE DA ENERGIA E ECONOMIA 16 RESERVA RIO POTY: A REINVENÇÃO DE UM BAIRRO Marta Tajra DRT 130/PI
20 PAUSA PARA UM LANCHE
Editora e Publisher
25 FÓRUM DE IDEIAS
Marta Tajra David Tajra Direção executiva
32 EMPREENDEDORES: COMO SER UM DELES? 34 GRUPO CILP INOVA NA ÁREA DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO NO PIAUÍ
Tupy Projeto gráfico
38 ANDRADE JUNIOR: MERCADO IMOBILIÁRIO CRESCE A TODO VAPOR
Tupy e Wilker Lacerda Diagramação
40 EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO
WJ GRÁFICA Impressão
44 CÉU DE BRIGADEIRO
Wilton Lopes Jornalista colaborador
48 O ALTO CUSTO DOS IMÓVEIS EM TERESINA
Ingrid Tajra Revisão
52 GUSTAVO ALMEIDA: 30 ANOS DE PURO TALENTO 58 GOOD MORNING TEACHER! 60 AS CORES DE SÃO BENEDITO 62 VOCÊ É UM WORKHOLIC OU UM WORKLOVER?
A. Filho Multimídia Felícia Araújo Luciano Klaus Manoel Soares Raoni Barbosa Raulino Neto Régis Falcão Rossana Sulzer SEMCOM/PMT
64 FRANQUIA: UMA MODALIDADE QUE CRESCE EM TERESINA
Thiago Amaral fotografia
66 TERESINA SERÁ UMA DAS SEDES DA FEIRA DO EMPREENDEDOR 2012
86 - 9994 6216 comercial
67 PARNAÍBA TAMBÉM CRESCE 68 MAIS CHANCE PARA VOCÊ COMPRAR A CASA EM 2012
zahleassessoria@hotmail.com
mercadodoimovel@gmail.com contato A Revista Imóveis&Negócios é um periódico semestral da Editora Zahle CNPJ 02.189.730/000108. Os artigos assinados e os conceitos emitidos em entrevistas e artigos desta edição são de inteira responsabilidade de seus autores, assim como qualquer conteúdo publicitário e comercial. Não é proibida a reprodução desta obra, desde que cite a fonte.
FOTOS LUCIANO KLAUS
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ELE TEM A CHAVE DO MERCADO DE INVESTIMENTOS NO SETOR IMOBILIÁRIO DO PIAUÍ Quer ganhar um bom dinheiro no setor imobiliário sem incorrer em grandes riscos? A Econométrica Investimentos mostra um novo caminho para seu dinheiro crescer, crescer, crescer ...e aparecer dentro deste mercado em ascensão. Veja como. Há um novo protagonista em cena no mercado imobiliário piauiense. E acredite, ele não faz parte da cadeia produtiva, mas, têm a fórmula perfeita para fazer seu dinheiro crescer e aparecer dentro de um cenário que continua em plena ascensão em Teresina. Professor por formação e vocação, Rafael Tajra Fonteles, fundador do Grupo Educacional CEV e da Econométrica Investimentos - empresa especializada em investimentos de renda fixa e variável - foi o primeiro a romper com um paradigma num estado que não tem propriamente uma cultura de investidores, como é o nosso. Mas, ele não se intimida e entra agora com muita credibilidade no setor imobiliário piauiense. Saiba agora como isto está acontecendo.
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Prof. M. Sc. Rafael Fonteles, bacharel em Matemática, mestre em Economia Matemática pelo IMPA-RJ, doutorando em economia pela Fundação Getúlio Vargas e comentarista econômico da TV Clube (afiliada da Rede Globo em Teresina), sempre teve uma atuação e uma mente brilhante quando o assunto é números. Antes mesmo de terminar a faculdade, já despertava a atenção de institutos fora do Piauí e chegou a receber convite para trabalhar nos Estados Unidos. Mas, para sorte nossa, resolveu ficar na cidade onde nasceu e montar seu próprio grupo educacional, denominado hoje de Grupo CEV, com matriz na Avenida Frei Serafim, num dos imóveis mais valorizados da capital. Depois, entrou para o mercado de ações. Em 2008, deu a grande virada e criou a Econométrica Investimentos, empresa especializada em investimentos em renda fixa e variável. Hoje, juntamente com o seu sócio Marcos Dimitri, eles representam a maior corretora do Brasil, a XP, aqui no Piauí, e já atenderam a uma clientela de mais de 1000 investidores piauienses. Em dezembro do ano passado, a empresa deu um passo decisivo nesse que parece ser só o começo de um grande negócio na área imobiliária piauiense. Criou mais um braço da Econométrica: a InvesteFácil Imóveis, onde a filosofia consiste em “reunir recursos para construir empreendimentos e vender ao final, auferindo lucros”, diz Rafael satisfeito com os primeiros resultados. O começo dessa história surgiria durante as transações de vendas de fundos imobiliários que a
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Econométrica fazia com seus clientes de Teresina para a corretora XP, do Rio de Janeiro e de São Paulo: “resolvemos, então, fazer uma coisa mais caseira e regional, construindo empreendimentos aqui mesmo, onde o cliente pudesse ver onde ele estaria aplicando o seu dinheiro”, explicou. O NEGÓCIO O negócio consiste basicamente em juntar um grupo de médios, grandes e até pequenos investidores para realizarem determinado empreendimento imobiliário por meio de uma SCP - Sociedade em Conta de Participação (previsto no novo Código Civil Brasileiro), buscando a prospecção de rendimentos de modo rápido, seguro e pouco burocrático. Com um valor social inicial de R$ 6.292.980,00, a primeira SCP lançada pela InvesteFácil, foi dividida em 240 cotas. O valor de cada cota foi fixado em R$ 2. 896,00 + 25 parcelas fixas de R$ 932,99 reais. Em bom português, se o investidor dispuser de menos de mil reais por mês, terá um retorno estimado em, no mínimo 2,4% ao mês. Bem acima da tradicional caderneta de poupança e de muitos títulos de renda fixa do mercado, inclusive os CDBs, que hoje giram em torno de 0,8% ao mês. Isso, digase de passagem, já descontados taxas de administração, auditoria, corretagem e performance. O que torna o negócio ainda mais atraente é quando se compara o valor do metro quadrado de mercado, que está em torno de R$ 3.000,00 em Teresina, com o valor do metro
capa quadrado das cotas da SCP da InvesteFácil, que gira em torno de R$ 1.901,99 (considerando valores atualizados). Ou seja, bem abaixo do mercado. Seguindo esta tendência, o investidor tende a ganhar duas vezes, já que o custo da construção do empreendimento é bem menor do que o valor de venda, e já que a valorização de um imóvel hoje em Teresina, dependendo da área e tipo de imóvel, pode chegar a mais de 100% em um ano. Até o fechamento desta revista, foram vendidas, desde janeiro deste ano, 232 das 240 cotas disponíveis, entre mais de 150 investidores (alguns compram mais de uma cota) e a construção do empreendimento já havia iniciado. O que significa que o mercado está absorvendo bem a novidade. SEGURANÇA NO INVESTIMENTO Com as cotas divididas em 26 parcelas, o negócio dá mais tranquilidade ao investidor, que passa a acompanhar de perto, passo a passo, a construção do empreendimento e de todo o processo através de relatórios mensais de auditoria contábil, de medição de obra (inclusive com fotografia), e relatórios de mercado (análise de preços do mercado). “A transparência é fundamental neste caso. O objetivo é aportar recursos para que os imóveis sejam vendidos e o investidor possa auferir o lucro no final da construção e da venda do empreendimento. É uma coisa que tem começo, meio e fim”, explica Rafael. “A sociedade vai se dissolver no momento em que a gente vender os apartamentos no final do empreendimento”. Nesse caso, o consumidor final é aquele que vai comprar o imóvel para morar, alugar etc. Será a primeira vez na história deste mercado em que se lançará um condomínio já pronto para morar. O EMPREENDIMENTO O primeiro empreendimento do InvesteFácil está localizado na zona leste da capital, a 400 metros do auditório da NovaFapi, portanto, numa das zonas mais valorizadas da cidade. Será um condomínio fechado de apartamentos de 62 metros quadrados com três quartos (uma suíte), elevador e ampla área de lazer. Além disso, o condomínio vai dispor de uma vaga de garagem e outras adicionais. Playground, piscina e salão de festas estão também no projeto do arquiteto Edward Monteiro. Serão 4 blocos de 48 apartamentos em uma área de 10.000 metros quadrados. Um dos blocos será dos sócios da SCP e os demais estão sendo vendidos diretamente pela construtora. A
construtora escolhida foi a Fontanna, com 11 anos de mercado e muita credibilidade também. A medição da obra está sendo feita pela Ecoplan, com assessoria jurídica do advogado Sigifroi Moreno e auditoria contábil da Steiner&Steiner. CREDIBILIDADE: A ALMA DO NEGÓCIO Como se sabe, a credibilidade é a parte mais delicada de qualquer empresa que se preze. E quando esta empresa mexe
RAFAEL FONTELES E O SÓCIO MARCOS DIMITRI
ROBERT GUIMARÃES (CONSTRUTORA FONTANNA), SIGIFROI MORENO (ADVOGADO DA SOCIEDADE), RAFAEL FONTELES E ROGERS RAMON (IMOBILIÁRIA RR)
diretamente com dinheiro – e, principalmente o dinheiro alheio – aí o negócio toma outra dimensão podendo levar o cliente (no caso aqui, o investidor) a uma delicada área de risco. A credibilidade, nesse caso, pode-se assemelhar ao DNA, de tão importante que se torna na percepção do consumidor final. E Rafael sabe bem disso, até por trabalhar em outras áreas de investimentos já há algum tempo: “a credibilidade é o nosso principal ativo e, por isso mesmo, a gente coloca toda a nossa história a disposição do cliente, temos um cuidado redobrado nessa área, sabemos muito bem onde estamos pisando”, afirma como muita firmeza o jovem presidente. Planos para o futuro? Sim, é claro. Mesmo relutando um
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Prof. M. Sc. Rafael Fonteles, bacharel em Matemática, mestre em Economia Matemática pelo IMPA-RJ, doutorando em economia pela Fundação Getúlio Vargas e comentarista econômico da TV Clube (afiliada da Rede Globo em Teresina), sempre teve uma atuação e uma mente brilhante quando o assunto é números. Antes mesmo de terminar a faculdade, já despertava a atenção de institutos fora do Piauí e chegou a receber convite para trabalhar nos Estados Unidos. Mas, para sorte nossa, resolveu ficar na cidade onde nasceu e montar seu próprio grupo educacional, denominado hoje de Grupo CEV, com matriz na Avenida Frei Serafim, num dos imóveis mais valorizados da capital. Depois, entrou para o mercado de ações. Em 2008, deu a grande virada e criou a Econométrica Investimentos, empresa especializada em investimentos em renda fixa e variável. Hoje, juntamente com o seu sócio Marcos Dimitri, eles representam a maior corretora do Brasil, a XP, aqui no Piauí, e já atenderam a uma clientela de mais de 1000 investidores piauienses. Em dezembro do ano passado, a empresa deu um passo decisivo nesse que parece ser só o começo de um grande negócio na área imobiliária piauiense. Criou mais um braço da Econométrica: a InvesteFácil Imóveis, onde a filosofia consiste em “reunir recursos para construir empreendimentos e vender ao final, auferindo lucros”, diz Rafael satisfeito com os primeiros resultados. O começo dessa história surgiria durante as transações de vendas de fundos imobiliários que a
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Econométrica fazia com seus clientes de Teresina para a corretora XP, do Rio de Janeiro e de São Paulo: “resolvemos, então, fazer uma coisa mais caseira e regional, construindo empreendimentos aqui mesmo, onde o cliente pudesse ver onde ele estaria aplicando o seu dinheiro”, explicou. O NEGÓCIO O negócio consiste basicamente em juntar um grupo de médios, grandes e até pequenos investidores para realizarem determinado empreendimento imobiliário por meio de uma SCP - Sociedade em Conta de Participação (previsto no novo Código Civil Brasileiro), buscando a prospecção de rendimentos de modo rápido, seguro e pouco burocrático. Com um valor social inicial de R$ 6.292.980,00, a primeira SCP lançada pela InvesteFácil, foi dividida em 240 cotas. O valor de cada cota foi fixado em R$ 2. 896,00 + 25 parcelas fixas de R$ 932,99 reais. Em bom português, se o investidor dispuser de menos de mil reais por mês, terá um retorno estimado em, no mínimo 2,4% ao mês. Bem acima da tradicional caderneta de poupança e de muitos títulos de renda fixa do mercado, inclusive os CDBs, que hoje giram em torno de 0,8% ao mês. Isso, digase de passagem, já descontados taxas de administração, auditoria, corretagem e performance. O que torna o negócio ainda mais atraente é quando se compara o valor do metro quadrado de mercado, que está em torno de R$ 3.000,00 em Teresina, com o valor do metro
capa quadrado das cotas da SCP da InvesteFácil, que gira em torno de R$ 1.901,99 (considerando valores atualizados). Ou seja, bem abaixo do mercado. Seguindo esta tendência, o investidor tende a ganhar duas vezes, já que o custo da construção do empreendimento é bem menor do que o valor de venda, e já que a valorização de um imóvel hoje em Teresina, dependendo da área e tipo de imóvel, pode chegar a mais de 100% em um ano. Até o fechamento desta revista, foram vendidas, desde janeiro deste ano, 232 das 240 cotas disponíveis, entre mais de 150 investidores (alguns compram mais de uma cota) e a construção do empreendimento já havia iniciado. O que significa que o mercado está absorvendo bem a novidade. SEGURANÇA NO INVESTIMENTO Com as cotas divididas em 26 parcelas, o negócio dá mais tranquilidade ao investidor, que passa a acompanhar de perto, passo a passo, a construção do empreendimento e de todo o processo através de relatórios mensais de auditoria contábil, de medição de obra (inclusive com fotografia), e relatórios de mercado (análise de preços do mercado). “A transparência é fundamental neste caso. O objetivo é aportar recursos para que os imóveis sejam vendidos e o investidor possa auferir o lucro no final da construção e da venda do empreendimento. É uma coisa que tem começo, meio e fim”, explica Rafael. “A sociedade vai se dissolver no momento em que a gente vender os apartamentos no final do empreendimento”. Nesse caso, o consumidor final é aquele que vai comprar o imóvel para morar, alugar etc. Será a primeira vez na história deste mercado em que se lançará um condomínio já pronto para morar. O EMPREENDIMENTO O primeiro empreendimento do InvesteFácil está localizado na zona leste da capital, a 400 metros do auditório da NovaFapi, portanto, numa das zonas mais valorizadas da cidade. Será um condomínio fechado de apartamentos de 62 metros quadrados com três quartos (uma suíte), elevador e ampla área de lazer. Além disso, o condomínio vai dispor de uma vaga de garagem e outras adicionais. Playground, piscina e salão de festas estão também no projeto do arquiteto Edward Monteiro. Serão 4 blocos de 48 apartamentos em uma área de 10.000 metros quadrados. Um dos blocos será dos sócios da SCP e os demais estão sendo vendidos diretamente pela construtora. A
construtora escolhida foi a Fontanna, com 11 anos de mercado e muita credibilidade também. A medição da obra está sendo feita pela Ecoplan, com assessoria jurídica do advogado Sigifroi Moreno e auditoria contábil da Steiner&Steiner. CREDIBILIDADE: A ALMA DO NEGÓCIO Como se sabe, a credibilidade é a parte mais delicada de qualquer empresa que se preze. E quando esta empresa mexe
RAFAEL FONTELES E O SÓCIO MARCOS DIMITRI
ROBERT GUIMARÃES (CONSTRUTORA FONTANNA), SIGIFROI MORENO (ADVOGADO DA SOCIEDADE), RAFAEL FONTELES E ROGERS RAMON (IMOBILIÁRIA RR)
diretamente com dinheiro – e, principalmente o dinheiro alheio – aí o negócio toma outra dimensão podendo levar o cliente (no caso aqui, o investidor) a uma delicada área de risco. A credibilidade, nesse caso, pode-se assemelhar ao DNA, de tão importante que se torna na percepção do consumidor final. E Rafael sabe bem disso, até por trabalhar em outras áreas de investimentos já há algum tempo: “a credibilidade é o nosso principal ativo e, por isso mesmo, a gente coloca toda a nossa história a disposição do cliente, temos um cuidado redobrado nessa área, sabemos muito bem onde estamos pisando”, afirma como muita firmeza o jovem presidente. Planos para o futuro? Sim, é claro. Mesmo relutando um
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informe publicitário
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presidente do Sistema FECOMERCIO SESC/SENAC no Piauí, Valdeci Cavalcante, anunciou a inauguração de quatro empreendimentos do SESC no Piauí. Em julho, o SESC Beira-Rio, em Parnaíba, vai ser inaugurado depois de passar pela maior reforma desde sua construção. O estabelecimento será transformado num Complexo Olímpico, referência para grandes competições esportivas em Parnaíba. Também em julho, vão ser inaugurados mais 40 apartamentos com alto padrão de qualidade que já garantiu por três anos consecutivos o selo do Guia quatro Rodas ao SESC Praia, em Luís Correia. O maior Centro de Lazer e Turismo do Piauí passa a contar com 80 apartamentos e quatro casas para hospedagem dos comerciários e usuários do SESC. O SESC vai transformar o prédio da União Caixeiral, em Parnaíba, num moderno centro Cultural com estrutura para realização de mostras, exposições e concertos, além de oficinas e cursos de Teatro, dança e instrumentos musicais. Em Teresina, o SESC construirá um Centro Cultural com teatro, galeria de artes, sala para oficinas de artes plásticas e dança. O espaço também terá sala especial para aulas de música, com instrumentos de acústica, além da estrutura necessária para grandes montagens culturais.
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FOTO RÉGIS FALCÃO
análise
ANDRADE JUNIOR, PRESIDENTE DO SINDUSCON DE TERESINA
Mercado Imobiliário
cresce a todo vapor
O
Brasil irá sediar nos próximos quatro anos os dois maiores eventos esportivos do mundo. A Copa Mundial de Futebol, que será realizada em 2014, e as Olimpíadas em 2016. Isso sem falar na Copa das Confederações em 2013. Doze cidades das cinco regiões do Brasil receberão a Copa do Mundo. Mais de R$ 25 bilhões serão investidos em aeroportos, estádios e novos sistemas de transportes, tudo para adequar a infraestrutura das capitais aos milhares de turistas que virão aos eventos. A construção civil nessas cidades está funcionando a todo vapor. A contratação de mão de obra praticamente triplicou se comparado com os anos anteriores, e em 2011, esses números se mostraram muito mais expressivos, devido à cobrança para a finalização dos estádios. E como está a situação em Teresina? Em janeiro de 2011, o crescimento registrado pelo CAGED – CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS - para o setor da construção civil nos últimos doze meses foi de mais de 18%. Isso com relação a 2010. No período, foi registrada a contratação de 5.433 pessoas. Quando comparamos com os dados de 2012, a queda do mês de janeiro é preocupante, o crescimento foi de apenas 0,6%. Se alguns estados ganham com a injeção de recursos do
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Governo Federal, outros acabam sendo prejudicados pela falta de mão de obra. Esse é um ponto importante que tem repercutido no desenvolvimento do Piauí. Pedreiros, ajudantes, carpinteiros e todos que trabalham direta ou indiretamente na construção viraram um produto escasso em nosso Estado. Andrade Junior, presidente do SINDUSCON (Sindicato da Indústria da Construção Civil de Teresina) reconhece que isso tem prejudicado a entrega de alguns empreendimentos em Teresina. “Estamos percebendo que as empresas atrasam na entrega por falta de mão de obra. Mas isso sempre está sendo repassado para os clientes. As obras da Copa e das Olimpíadas viraram prioridade no Brasil e tanto é assim que eles estão contratando mão de obra por um salário bem maior do que é pago aqui. Isso foi um problema bem recorrente em 2011 e continua em 2012”, esclarece. Segundo a Revista ÉPOCA, de março de 2012, o setor apresenta uma dicotomia: nunca o mercado esteve tão aquecido e o metro quadrado tão valorizado como agora, mas as grandes empresas passam pelo pior momento. Apesar dos problemas enfrentados na construção civil na capital e no restante do Estado, o Piauí tem se saído bem em relação à crise que o setor imobiliário vem sofrendo nas metrópoles brasileiras.
calendário
N TERESINA será uma das sedes da Feira do Empreendedor
2012
Teresina sediará este ano um dos maiores eventos de empreendedorismo do Brasil. A Feira do Empreendedor está prevista para acontecer na capital piauiense de 21 a 25 de novembro, sendo uma realização do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae.
CALENDÁRIO NOS ESTADOS Belo Horizonte (MG) – 20 a 24 de março Blumenau (SC) – 31 de maio a 02 de junho Dourados (MS) – 01 a 03 de junho Palmas (TO) – 13 a 16 de junho Goiânia (GO) – 28 de junho a 01 de julho Natal (RN) – 01 a 04 de agosto João Pessoa (PB) – 19 a 22 de setembro Fortaleza (CE) – 24 a 27 de setembro Porto Alegre (RS) – 27 a 30 de setembro Recife (PE) – 17 a 20 de outubro São Paulo (SP) – 25 a 28 de outubro Teresina (PI) – 21 a 25 de novembro Manaus (AM) – 27 a 30 de novembro Belém (PA) – 12 a 15 de dezembro
esta edição do evento, que acontece desde 1995 em vários Estados do país, serão contempladas treze cidades, além de Teresina. Belo Horizonte abre o circuito 2012 da feira, que também será promovida em Blumenau, Dourados, Palmas, Goiânia, Natal, João Pessoa, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, São Paulo, Manaus e Belém. `A feira é bienal, sendo projetada de acordo com a cultura e a dinâmica econômica de cada local. No Piauí destacaremos os setores de agronegócios, turismo, artesanato e serviços, apresentando as tendências de mercado destes segmentos. No espaço da feira também trabalharemos a parte de capacitação e orientação empresarial. A ideia é mostrar oportunidades, incentivar a abertura de novos empreendimentos e contribuir para a melhoria dos negócios já existente, explica o diretor superintendente do Sebrae no Piauí, Mário Lacerda. Durante o evento, os visitantes terão a oportunidade de participar de seminários, palestras, oficinas, minicursos e clínicas tecnológicas com profissionais de renome nacional. Rodadas de negócios e orientação empresarial também fazem parte do leque de atividades da feira. No local onde acontecerá a Feira do Empreendedor também contaremos com a presença de fabricantes de pequenas máquinas, ofertantes de franquias de baixo investimento e de empresas interessadas em transferir tecnologia. São produtos e serviços que devem contribuir para o avanço dos pequenos empreendimentos na economia local, destaca Lacerda. O foco desta edição do evento é inovação e sustentabilidade. Serão apresentadas novas tecnologias e testados produtos e serviços. Troca de informações e experiências entre empreendedores, prospecção de mercado e aproximação de parceiros comerciais também são marcas registradas da feira. Trabalharemos ainda a questão da formalização, incentivando principalmente os pequenos empreendedores a aderirem ao EI. O que queremos é transformar a feira num espaço de aproximação entre empresários e candidatos a empresários e o Sebrae, mostrando os serviços e produtos que a instituição tem disponível para esse público, acrescenta o diretor.
HISTÓRICO DA FEIRA Desde 1995, quando foi realizada a primeira Feira do Empreendedor, mais de doze mil empresas já participaram como expositoras e 1,9 milhões de pessoas como visitantes. Nas 129 edições promovidas desde aquele ano, já foram capacitadas mais de 725 mil empreendedores. Ano passado, oito cidades do país sediaram o evento, que acontece de dois em dois anos em várias unidades da federação, tendo duração de três a cinco dias, dependendo da necessidade e do público-alvo de cada local.
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FOTO RÉGIS FALCÃO
memória
A COR DE
SÃO BENEDITO
Passar pela Igreja de São Benedito, no Centro da cidade, sem olhar para ela pelo menos de soslaio, é no mínimo um pecado. É que a igreja agora está muito mais bonita depois de uma recauchutada em sua parte externa. Foi apenas uma pintura, mas fez toda a diferença. O trabalho foi realizado através do Projeto Tudo de Cor para Você, com o apoio da J.Monte Center. O resultado ficou lindo de se ver e atendeu a um antigo anseio da comunidade teresinense.
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memória
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grupo das Tintas Coral foi o responsável pela iniciativa em Teresina, ação semelhante vem sendo realizada em vários pontos e monumentos históricos do Brasil. A missão do grupo é simbólica, mas leva cor para a vida das pessoas, provando que as cores realmente têm o poder de mudar a vida e os lugares onde elas vivem. Além de Teresina, o Pelourinho na Bahia, Florianópolis e Maranhão já passaram pela reforma. A bordo de um micro-ônibus, o grupo está viajando pelo Brasil e, com a participação ativa das comunidades onde passa, vai deixando um rastro de cor e alegria. O principal objetivo do projeto é levar às pessoas o sentimento de zelo e valorização pelo lugar onde vivem. Após essa conscientização, a comunidade passa a ser um transformador e multiplicador do projeto. A Igreja de São Benedito foi escolhida baseada em três pontos, o valor histórico, arquitetônico e de relevância para a comunidade, como explica Jeosé Monte, empresária responsável pelo grupo JMonte Center, e realizador do projeto em Teresina. Segundo ela, a igreja representa um símbolo de fé para grande parte dos teresinenses. “Toda pessoa que fala de Teresina lembra logo da Igreja de São Benedito. A escolha foi feita pela sua importância para a cidade e pela necessidade de uma reforma externa”, comenta. Para Frei Ricardo, que está no comando da igreja há dois anos, ver a reforma finalizada representa uma grande satisfação. “A igreja é um patrimônio e para nós seria um custo elevado fazer a reforma. O que sinto agora, depois de tudo finalizado, é a sensação de um trabalho cumprido. A alegria não é só minha, mas de toda comunidade também”, conta o Frei. “A renovação da fachada do prédio mobilizou as pessoas a participarem, observei que houve todo um envolvimento da comunidade. A igreja tem 126 anos, é um local histórico onde Frei Serafim colocou toda sua fé na época acreditando em sua construção. Houve muito empenho da comunidade, principalmente de negros e pobres, todas essas pessoas trabalharam na construção. Isso é algo tão belo, não só para Teresina como para o Brasil”, comenta Frei Ricardo. O projeto atual, que começou em setembro e terminou em dezembro do ano passado, durou noventa dias e foi realizado em duas etapas. Pessoas da comunidade trabalharam de forma direta.
“Vários profissionais do Grupo Coral vieram a Teresina e fizeram um treinamento com curso de pintura para essas pessoas. Em um segundo momento, foi realizada a pintura da igreja, onde envolveu cerca de 40 pessoas. A comunidade participou ativamente desde o início até a entrega da igreja”, conta ele. A escolha da tinta e da cor seguiu várias normas do Instituto do Patrimônio Histórico (IPHAN), como o tombamento das portas da igreja e seu entorno. “Houve critérios estabelecidos para que pudéssemos fazer a reforma. As portas da Igreja São Benedito são tombadas como patrimônio público da humanidade e dessa forma todo o seu entorno deve ser preservado. Todo o trabalho foi acompanhado pelo IPHAN”, explicou Jeosé. A igreja foi edificada pelo Frei Serafim de Catânia, missionário capuchinho, com esmolas e trabalhos do povo. A pedra fundamental foi lançada em 1874, sendo concluída e sagrada em 1886. Ao longo dos anos sofreu muitas reformas que a descaracterizaram, tendo sido o seu tombamento motivado por suas portas externas, esculpidas por Sebastião Mendes, célebre artista nascido no Piauí. As sete portas, que haviam sido retiradas do templo e levadas para o Palácio Episcopal, foram recolocadas na igreja em 1940. As duas portas internas que ligavam a sacristia ao altar-mor foram substituídas por arcos. Estas foram colocadas nas aberturas externas da sacristia e não foram tombadas. A porta principal é de jacarandá, almofadada com motivos de folhas e flores em alto relevo. Foi pintada de verde na década de 70. Com o fundo azul esverdeado, tem as cercaduras amarelas, o motivo em folha azul esverdeado e o motivo floral amarelo e lilás. É guarnecida por bandeira em semicírculo com caixilhos de vidros coloridos. As portas laterais, tanto as próximas às torres quanto as próximas da sacristia, são de cedro com duas folhas almofadadas e motivos de folhas e flores, também em alto relevo. Têm o fundo azul esverdeado, as cercadeiras amarelas, as folhas amarelas e as flores rosa e amarelas. Livro Histórico / Inscrição: 115 Data:27-12-1938 Livro de BelasArtes / Inscrição:233 Data:27-12-1938 Nº Processo: 0184-T-38 Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao ProcessoAdministrativo nº 13/85/SPHAN. Fonte: IPHAN / Governo Brasileiro
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FOTOS A. FILHO MULTIMÍDIA
lançamento
O
Grupo Sá Cavalcante lançou recentemente em Teresina um grande complexo imobiliário de natureza multiuso – o Reserva Rio Poty -numa área (centro/norte) que não tem uma tradição de crescimento. Pelo contrário, os imóveis ali existentes são praticamente os mesmos de 40 ou 50 anos atrás, com poucas e raras modificações. A área onde será construído o empreendimento (no entorno do extinto Sanatório Meduna) ainda tem mais um agravante, pois o antigo sanatório criou um grande vazio urbano em torno de si, gerando um isolamento inquestionável que será quebrado agora com a entrada do grupo.
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Desse conjunto, o Shopping Rio Poty será o primeiro a ser construído e tem previsão de lançamento para outubro de 2013. O que fez a Sá Cavalcante se lançar de corpo e alma numa área esquecida e desacreditada por empresários do setor com um empreendimento tão ousado como este? Entenda toda a estratégia do grupo através da fala do Dr. Luiz Paulo Franco de Sá, diretor de planejamento e projetos do grupo Sá Cavalcante, em entrevista exclusiva a Imóveis&Negócios.
lançamento Imóveis&Negócios- O projeto do grupo Sá Cavalcante em Teresina inclui a urbanização de um bairro inteiro com investimentos que beiram a um bilhão e duzentos mil reais e um complexo multiuso que tem como tática juntar várias unidades de negócios em um só empreendimento. O que motivou a Sá Cavalcante a empreender um projeto tão ousado em Teresina numa área de tradição tão esquecida como é o centro norte de Teresina? Dr. Luiz Paulo- Nós entendemos que o Nordeste é hoje a grande fronteira do desenvolvimento do país. Então, começamos a fazer um mapeamento de todas estas regiões (Norte/Nordeste) e vimos que as oportunidades eram imensas. Percebemos Teresina como uma cidade que tem uma importância logística interessantíssima, ela funciona como uma grande conexão entre várias regiões próximas, além de ser um polo científico em áreas como saúde e educação que nos causou grande surpresa. Fora isso, atentamos para uma arquitetura ousada que já existe na cidade. Notamos também que as pessoas são super antenadas com o que acontece mundo afora... enfim, sentimos que Teresina é uma cidade absolutamente moderna e que não deve nada a nenhuma outra cidade do Nordeste. Por pura lógica, nós entendemos que não poderíamos vir aqui e construir apenas mais um shopping . Veja que o nosso grupo é basicamente focado na área imobiliária e de Shopping Center. Com base nos estudos que fizemos, constatamos que a cidade é dividida em dois lados: a parte leste, mais moderna e avançada e o centro, aparentemente estagnado, constituindo uma área onde tudo acontece em caráter
CONHEÇA MELHOR O EMPREENDIMENTO DO GRUPO SÁ CAVALCANTE EM TERESINA O Reserva Rio Poty será um complexo multiuso que terá em sua estrutura o Shopping Rio Poty, um hotel, um centro empresarial, cinco torres comerciais, um condomínio com 20 prédios residenciais, área de laser, reserva cultural e ambiental, ciclovias, pista de Cooper, galeria de arte, pinacoteca e biblioteca. O Shopping contará com quatro pisos e abrigará 287 lojas, sendo 13 âncoras, e megalojas de 34 operações de alimentação. A estimativa é que, anualmente o empreendimento movimente cerca de R$ 500 milhões de reais e que receba aproximadamente 10 milhões de visitantes. O grupo Sá Cavalcante terá em 2015 em sua carteira de negócios, mais de 330mil metros quadrado de ABL (área bruta local), 1.800 lojas, 4 bilhões de vendas/ano e fluxo aproximadamente de 80 milhões de pessoas/ano. No negócio Incorporação/Construção Civil a meta é alcançar, até 2015, um VGV potencial de lançamentos de aproximadamente R$ 2 bilhões.
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lançamento institucional ou oficial. Então, nós entendemos que se pudéssemos tirar partido da reunificação dos dois lados da cidade através de um empreendimento como este que causasse uma diferença e um impacto maior, poderíamos trazer não só um benefício para a cidade como também extrair valor para o nosso negócio. Imóveis&Negócios- Houve uma contrapartida por parte da prefeitura? Dr. Luiz Paulo- Sim, todo empreendimento desta natureza condiz uma contrapartida. Por exemplo, a construção do sistema viário, o alargamento de ruas, uma compensação ambiental no valor de R$ 179 mil reais. Foi-nos pedida também a conservação da estrutura do Meduna... Imóveis&Negócios- O que será preservado do Meduna? Dr. Luiz Paulo- Ele foi pensado e será transformado no coração cultural do empreendimento. Vamos conservar o prédio original do Meduna, a igrejinha e o entorno da praça, onde teremos um grande parque de exposições. Nós entendemos hoje que negócio, cultura e arte fazem sentido quando são planejados juntos. Este é um conceito muito novo no mundo. Chama business art . E está inserido na cultura da nossa empresa. Então, por este ponto de vista, o Reserva Rio Poty não é um projeto tradicional em termos imobiliários, é um empreendimento onde o principal é o equipamento urbano de uso público. Não é simplesmente um condomínio fechado.
Grupo Sá Cavalcante em 2011? Dr. Luiz Paulo- Para nós foi um ano de enorme crescimento com muitos lançamentos e vendas. Dois grandes shoppings foram lançados e inaugurados, um em São Luis e outro na Grande Vitória (ES), lançamos também dois empreendimento, que é o Rio Poty (PI) e o Shopping Moxuara (ES) e já estamos desenvolvendo mais três projetos. Claro que nós sofremos com a falta de crescimento do setor, como a carência de mão de obra, a entrega dos fornecedores etc. Mas, no todo, não balançou nossas estruturas. Imóveis&Negócios- A empresa tem capital na bolsa? Dr. Luiz Paulo- Não, nós não temos capital aberto. Isso nos dá, por outro lado, uma visão de negócios diferentes das empresas de capital aberto que estão voltadas para a criação de valor na ação. O nosso empreendimento é de longo prazo, sem ter uma preocupação do lucro imediato e nem precisar mostrar balanços de lucro imediato. Podemos construir pensando no futuro.
WALTER DE SÁ CAVALCANTE FILHO E ELISABETH DE SÁ CAVALCANTE
Imóveis&Negócios- Qual o valor de mercado e a margem de lucro do grupo Sá Cavalcante? Dr. Luiz Paulo- Não temos este valor de mercado estimado com exatidão, mas creio que seja da ordem de 5 bilhões de reais com uma margem de lucro de 20% ,variando entre a área de shopping e a área imobiliária, este ultimo com valor um pouco acima do mercado.
Imóveis&Negócios- O presidente do Imóveis&Negócios- Seria aquilo grupo, declarou certa vez que não que chamamos de micro cidade, então. trabalha com projeções de crescimento Dr.Luiz Paulo- Sim, está inserido na da economia da região, ou seja, não olha criação de conceitos como micros para o futuro, mas para o presente, LARISSA MACIEL E cidades onde você tem escritórios, considerando sempre a falta de oferta LEONARDO DE SÁ CAVALCANTE shoppings, área comercial, residências, existente no local naquele momento. É hotéis... um modelo adotado pela empresa? Dr. Luiz Paulo- É o chamado modelo conservador de Imóveis&Negócios- Há intenção do grupo em continuar a negócios que deve ser adotado por qualquer empresa. Nós somos investir no Piauí? uma empresa brasileira com histórico no Brasil. Ou seja, não Dr. Luiz Paulo- Sem dúvidas, nós já adquirimos outra área colocamos um pé sem que o outro esteja bem firme. E foi isso para um prédio residencial e continuaremos a fazer outros, mas o que fez a empresa crescer de forma sustentável. Sempre com pé Reserva Rio Poty será o maior e melhor empreendimento do no chão, nunca tivemos uma aventura empresarial. Uma empresa grupo Sá Cavalcante em Teresina. familiar tem esta característica, o nosso crescimento tem que estar totalmente planejado. A nossa empresa foi totalmente Imóveis&Negócios- O ano de 2011 foi considerado ruim reestruturada nos últimos dois anos para um crescimento que está para o setor imobiliário com aumento no nível de endividamento acontecendo em bases sólidas. das empresas, queda dos papéis da bolsa...como se comportou o
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entrevista Reis Velloso
CRISE MUNDIAL uma marolinha ou um tsunami? Vivemos outra Era da Incerteza com economias antes consideradas inabaláveis sofrendo declínios e delineando tragédias gregas nos sistemas financeiros da Europa e Estados Unidos? Qual o tamanho exato desta crise e como ela pode respingar no Brasil da Era Dilma?Pedimos a dois dos mais renomados e experientes economistas piauienses para avaliar este quadro sinistro que pode nos tirar o sono: João Paulo dos Reis Velloso que foi Ministro do Planejamento de 1969 a 1979 e Felipe Mendes de Oliveira, Secretário de Fazenda Estadual de 1975 a 1977 e logo depois do Planejamento de 1977 a 1981. Como o senhor avalia a atual crise financeira mundial: como uma 'marolinha' que vai passar logo ou como um tsunami de grandes proporções que vai arrastar tudo e todos? É o que eu chamo de uma grande recessão. Nos anos 30 nós tivemos a grande depressão e agora nós temos uma grande recessão, que começou em 2007 e não em 2008 como dizem, e ninguém sabe quando vai acabar.É fruto de um modelo que prevalece em muitos países ainda e que está deixando sequelas, por exemplo, no sistema financeiro. Mas, principalmente, não está gerando crescimento. E aí vêm as consequências. É um modelo que está fazendo água, de modo que tem que ser revisto. Os países têm que adotar políticas para acabar com as tragédias gregas que estão ocorrendo na Grécia, mas também na Itália, na Espanha e em outros lugares do mundo. Nesse caso, a globalização ajuda a prever a crise e alertar os países a se preparem ou ela funciona como uma vilã tornando estes países mais vulneráveis? A globalização funciona das duas maneiras. Na área financeira e no mercado de capitais é um problema. A bolsa de Hong Kong assim como a bolsa de São Paulo sofrem as mesmas sequelas. Por quê? Porque a comunicação é instantânea. Por outro lado, não se abalizou ainda um novo paradigma industrial tecnológico que seria a superação daquele paradigma fordista [ de Henry Ford]da produção em massa de produtos homogêneos. Novos métodos de gestão empresarial diferentes daqueles que
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eram adotados anteriormente estão em voga hoje. Muita coisa mudou na forma de produzir e isso, de certa forma, se globalizou. Isso gera uma reação em cadeia? No caso do Brasil, o país se adaptou e as primeiras atitudes das empresas brasileiras foram estratégias apenas para se defender, depois elas começaram, então, a serem mais ativas, a partir para o ataque também, com as exportações...de modo que isso já está bem assimilado. É um paradigma que foi assimilado pelo Brasil. Ministro, qual foi a mudança mais importante que aconteceu na economia brasileira desde que o senhor saiu do governo? Infelizmente, altos e baixos. Aspectos favoráveis, como o Plano Real o qual combatendo a inflação se tornou um valor universal no Brasil. Houve privatizações de setores que ficaram melhores na iniciativa privada, como a da área de comunicação, por exemplo. Em outras áreas esta mudança não foi bem feita. Qual é o baixo? É que você perdeu a visão estratégica, a capacidade de planejamento. Nós temos hoje o PAC, que é o Programa de Aceleração do Crescimento. É um programa, ou seja, não é um plano, não tem uma estratégia de desenvolvimento para o país. Com isso, podemos até crescer e chegar a um patamar de 3 a 4%... deixando todo mundo muito feliz. Mas, isso para mim é recessão de crescimento.
entrevista Reis Velloso Não é crescimento, então? É crescimento sim, mas é crescimento baixo. Esta expressão foi inventada pela Fundação Getúlio Vargas quando em 1977, o Brasil teve um crescimento de 5% ao ano. Antes disso, o Brasil crescia a 8, 9% ao ano. De modo que no meu entender, isto é recessão de crescimento. Em sua opinião, a reforma fiscal do país está mais relacionada a uma vontade política ou a interesses próprios? O ajuste fiscal a longo prazo tem que ser conduzido para que toda a área macroeconômica do país possa funcionar bem, senão, mal se consegue fazer o controle da inflação. E não se consegue ter um bom funcionamento da área cambial também. Então é preciso uma reforma fiscal. Primeiro porque se tem aí um montão de impostos. E segundo, o ICMS tem uma taxa que é escolhida por cada estado, então é uma doideira. Cada estado com uma taxa de ICMS diferente. Tem que se fazer uma negociação para se chegar a uma taxa aceitável para todos os estados. E isso depende fundamentalmente de vontade política, reconhecendo que do jeito que está a coisa não está nada bem para o Brasil. O que é novo no Brasil de hoje? Como o senhor avalia a Era Dilma? Diante dessa grande recessão mundial, o Brasil está conseguindo escapulir, está jogando bem na defesa, minimizando os efeitos da crise. Mas isto não é suficiente. Está num livro escrito há 2.500 anos chamado A Arte da Guerra, de Sun Tzu: “Se você se defende bem, mostra que tem recurso suficiente, mas para ganhar a guerra precisa partir para o ataque”. E eu acho que o Brasil está precisando partir para o ataque, aproveitar melhor todas as oportunidades que estão surgindo com a crise.
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FOTO THIAGO AMARAL
entrevista Felipe Mendes
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entrevista Felipe Mendes Como o Sr. avalia a atual crise financeira mundial: como uma 'marolinha' que vai passar logo, ou como um tsunami de grandes proporções que vai arrastar tudo e todos? Toda crise é passageira principalmente quando falamos da atividade econômica. Há teorias de economistas nossos que trabalham os ciclos econômicos, a economia vive de ciclos. Ciclos de prosperidade e outros ciclos econômicos. O atual é um ciclo em que a Europa e os Estados Unidos estão vivendo, e onde governos gastam mais do que arrecadam, essa é principal causa da origem da crise atual nos países desenvolvidos, ocasionada principalmente pelo descontrole dos gastos do governo nesses países. Ainda vão passar alguns anos até que estes países possam respirar e se adaptar. O que não se pode nesse momento é privar a sociedade de recursos e benefícios em nome do sistema bancário, a grande questão é esta. O Brasil não tem passado por grandes problemas desde o Plano Real. E depois da Lei da Responsabilidade Fiscal e outros acordos, o país tem mantido o controle, reduzindo proporcionalmente o valor da sua dívida em comparação ao PIB. Alguns países estão com dívidas maiores do que seu produto interno bruto. Esses países estão privatizando os negócios que ainda estão nas mãos do governo. Diante de uma crise econômica é preciso que os governos tenham um maior volume de gastos. Para se prevenir, o Brasil tem que ter uma atuação mais intensa no volume de investimentos nas áreas pública e privada. A globalização é uma vilã nesta história ou, ao contrário, ele prevê a crise e proporciona que os países se preparem para reagir na direção certa? A globalização é uma rua de mão dupla, existem vantagens para lá e para cá. Assim como há também desvantagem para os dois lados. Isso sempre aconteceu na história, desde a grande descoberta feita por Portugal e Espanha em busca de novas terras. Podemos falar também na globalização brasileira, ou melhor, na integração nacional, que de 1970 pra cá trouxe benefícios para o Piauí. Para que houvesse um desenvolvimento no país era necessário que houvesse uma integração entre os estados. O ideal de melhoria é que todos os estados brasileiros estivessem integrados. Qual a mudança mais importante que aconteceu na economia brasileira do tempo em que o Sr. estava no governo para os dias atuais? Se pegarmos o Piauí no ano de 1970, tínhamos cerca de de estradas asfaltadas e hoje temos, entre federais e estaduais, muito mais de 5 mil km. Essa integração que ocorreu através das estradas é uma das grandes diferenças. Outra grande diferença é que o Piauí não tinha energia elétrica suficiente. Houve investimentos do Governo Federal que proporcionaram, ao longo
dos anos, as empresas a produzir mais e com um menor custo. Tudo isso faz diferença quando comparamos com 40, 30 anos atrás. Havia uma atenção maior por parte do Governo Federal ou uma maior disciplina do Governo Estadual? Hoje, o que se pode falar em termo de Governo Estadual é que há uma dificuldade maior em se conseguir recursos federais. O Governo do Estado precisaria ter uma disciplina fiscal maior. Desde a década de noventa, o Piauí tem tido administrações, do ponto de vista fiscal, bastante indisciplinadas, gastando muito mais do que se arrecada e gerando uma despesa custeio maior. E consequentemente, investindo menos. Qualquer economia de um país ou de um estado só cresce se for com investimentos. Não existe outra forma de crescimento. Em sua opinião, a reforma fiscal do país está mais relacionada a uma vontade política ou a interesses próprios? A reforma tributária não tem sido feita no Brasil devido a interesses políticos contrários. Os interesses políticos da União são contrários aos interesses dos estados e municípios, que são contrários entre si. O interesse do Estado, por sua vez, é contrário aos interesses dos contribuintes. A população gostaria que o Estado tivesse mais recursos e os contribuintes gostariam de pagar menos impostos. Mas aí não é possível que se tenha apenas o entendimento de que com uma carga tributária maior pode se arrecadar mais. Na verdade, com a carga tributária menor pode até se arrecadar mais, pois a incidência irá para um número menor de pessoas. Se eu pago menos impostos individualmente na coletividade há uma arrecadação maior. Segundo ponto da reforma tributária: não deveria se discutir o montante da arrecadação, mas, sobretudo a distribuição do dinheiro arrecadado. Esta é a grande discussão que não é feita no Brasil. Porque não é só distribuir entre União, Estado e Municípios, mas distribuir de forma que as desigualdades econômicas sejam diminuídas. O que é novo no Brasil de hoje? E como o Sr. avalia a condução da atual política econômica brasileira? Eu diria que a atual política está no rumo certo, mas não na intensidade certa. A União está investindo menos do que deveria, deveria priorizar investimentos nos estados mais pobres. Não faz sentido que no Piauí, o Governo Federal deixe de investir em energia elétrica, porque o país como um todo tem uma política de energia elétrica pasteurizada. A Eletrobrás deveria investir aqui mais proporcionalmente do que nos outros estados, onde muitas companhias foram privatizadas. Como o Piauí irá crescer sem energia? Não estou falando em privatizar a Eletrobrás, mas sim em investir capital aqui, com uma maior presença do governo.
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UM PROJETO PARA O PIAUÍ EVANDRO COSME DE OLIVEIRA PRESIDENTE DA CDL/TERESINA
JORGE LOPES
COORDENADOR DE PROJETOS ESTRATÉGICOS DO ESTADO DO PIAUÍ
JESUS ELIAS TAJRA FILHO
DIRETOR DA TV CIDADE VERDE E DO GRUPO EMPRESARIAL JELTA
FLÁVIO GERMANO
EMPRESÁRIO E ECONOMISTA
JOÃO VICENTE CLAUDINO
SENADOR DA REPÚPLICA PELO ESTADO DO PIAUÍ (PTB)
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FOTO RÉGIS FALCÃO
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EVANDRO COSME
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E
mpresário dos ramos comercial e industrial, natural de Teresina, liderança empresarial do movimento lojista tem opiniões claras sobre questões as quais afetam diretamente o desenvolvimento do Estado do Piauí. Evandro acredita que o Piauí é uma unidade da federação com muitos recursos, mas que não tem conseguido transformar esses recursos em riquezas. “Nós temos um cerrado monumental, estamos sendo a última fronteira agrícola; temos uma posição estratégica comercial muito importante, mas nossa estrutura é muito precária – notadamente no que se refere a estradas e a transportes. Nossa capital tem muitas deficiências, mas ainda assim consegue ser um importante centro, seja de cultura, na educação, no ensino universitário e no campo de saúde, por exemplo. Já o sul do Estado, realça a vontade de sua gente de fazer, de produzir, de oportunizar negócios, de empreender diversas ações”, destaca. Na visão do empresário, o Estado passou anos esquecido pelo Governo Federal, principalmente no que tange a questões de infra-estrutura como aeroportos e estradas mais largas. “O governo Federal tem dado um tratamento caótico aos interesses do Estado. A nossa representação federal não tem sido capaz de fazer migrar grandes investimentos para os nossos municípios”, diz. “Temos ânsia de crescer. Não podemos ser ignorados pelo poder central”, alerta o líder empresarial. Segundo ele, o Piauí está sendo descoberto pelas grandes redes nacionais e multinacionais do varejo, mas não se tem sido eficaz no sentido de que essas empresas migrem para cá. “A construção da Transcerrados e do Porto do Piauí irá contribuir nessa que é a maior das nossas necessidades: o escoamento da produção e nos dará maior retorno para o desenvolvimento do Estado, disso eu não tenho dúvida”, disse confiante. Uma das grandes prioridades apontada pelo empresário é a energia - apesar do Piauí fazer parte do programa Luz para Todos, precisamos de força que possa mover máquinas e motores para a produção industrial; da Transcerrados ligando o sul do Estado a Teresina e ainda do Porto de Luís Correia como uma via fundamental. Por outro lado, o líder empresarial diz que o Piauí precisa criar um fórum permanente, alicerçado numa Secretaria de Estado forte – reunindo inteligências relevantes que possam absorver as dificuldades do Governo e da iniciativa privada, fornecendo soluções viáveis. “A situação é difícil, mas tem solução”, antecipa. Evandro Cosme destaca que falta ao Piauí capacidade de articulação bem como de pensamentos convergentes. “Temos o exemplo clássico da estruturação do Banco do Nordeste, no vizinho Estado do Ceará. Com o advento deste banco, toda a forma de pensamento começou a interagir. E o grande resultado foi que o Ceará deu um salto qualitativo. Apesar da questão climática naquele Estado ser desfavorável para o setor agrícola, o Ceará é hoje líder em diversos segmentos nessa área – a citar com destaque a atividade de avicultura”, enfatiza. O líder empresarial finaliza dizendo que o Piauí precisa sair da produção de commodities e passar a agregar valor ao que se produz, pois além de gerar mais divisas, ainda contribui para a sustentabilidade ambiental.
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ara Jorge Lopes, empresário do setor privado, mas que atua na Coordenadoria de Projetos Estratégicos do Governo do Estado do Piauí, a principal medida a ser tomada pelo poder público para potencializar o desenvolvimento é garantir um ambiente propício para a atração de empresas. “Em conversas com secretários de outros Estados na área de desenvolvimento, vemos que as determinações dos governadores, tanto do sul como do nordeste, são de projetos voltados para a atração de investimentos da iniciativa privada. Dessa forma, se desvincula da dependência através dos repasses do governo federal”, explica. Projetos que visem garantir condições necessárias para a instalação de empresas é na visão do coordenador uma medida que garante grandes retornos na economia. “A preocupação dos governos atuais está toda voltada para mobilizar suas equipes para projetos estruturantes e atrair o setor privado. No Piauí, isso tem dado certo. Nos últimos oito anos, foram feitos dois projetos que tiveram reflexo nesse papel de desenvolvimento que o Piauí está tendo. Um deles foi o Programa de Desenvolvimento Florestal que aconteceu em parceira com o Governo e a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba)”, aponta. O projeto teve grande amplitude pelo fato de, paralelamente, uma empresa ter prestado serviço de consultoria. “A contratação dessa empresa foi uma abertura de portas para levar esse projeto a outras empresas que necessitavam de informações para se instalar aqui”. Outro projeto apontado, como exemplo nessa área, e que já atua no Estado, é o sucroalcooleiro, feito pela Fundação Getulio Vargas, que tem atraído capital para a região de Guadalupe e incentiva a produção de álcool e açúcar na região. “Fazer mais projetos desse tipo dá uma maior visibilidade e o Estado sente mais confiança, principalmente quando se tem maior número de informação”. O avanço desses projetos, para o empresário, é de fundamental importância. O principal retorno é o capital privado que pode ser recolhido através dos impostos pagos por essas empresas. Mas avisa: “Não adiante só ter um projeto de atração de empresas sem que a questão energética seja resolvida. Além disso, precisamos ter um escoamento pelo mar. É importante ter uma ferrovia que ligue Teresina a Parnaíba, essencial não só pela questão turística” completa ele.
JORGE LOPES
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JESUS ELIAS TAJRA FILHO
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esse momento, para garantir um melhor desenvolvimento, o Piauí necessita de um projeto de longo prazo. É a opinião de Jesus Elias Tajra Filho, diretor da TV Cidade Verde e do Grupo empresarial Jelta. O empresário acredita que o nosso desenvolvimento deve estar baseado principalmente no que ele chama de quatro "Es" : Estradas, Educação, Energia e Empreendedorismo. Para Jesus, estes são os eixos fundamentais para se pensar num projeto para o Piauí. “Cada um desses pontos tem uma função básica. Falar de estradas e energia é garantir uma infraestrutura mínima que deve partir do Estado, pois com isso, vamos atrair investimentos. A educação deve ser de qualidade em todos os níveis, da educação básica a educação superior, com destaque para a educação profissionalizante”, aponta. Segundo Jesus Filho, uma sociedade só se torna bem preparada para o desenvolvimento a partir deste ambiente. “O empreendedorismo coloca na sociedade uma visão de crescimento, que por sua vez, irá garantir uma capacidade empresarial, onde cada pessoa pode criar seu próprio negócio. Há uma necessidade urgente de a sociedade ter essa visão empreendedora, uma mudança de paradigma”, afirma. O desenvolvimento, explica Jesus, vem quando o Estado está propicio para isso, mas precisa ter um foco e apresentar as condições mínimas necessárias. “Isso vem de forma demorada e o Piauí ainda tem um longo caminho para aprender, o que deve acontecer de 15 a 20 anos”. E continua: “todos são responsáveis pelo desenvolvimento a partir do momento que escolhem o seu governante, pois a gestão deve possuir uma visão conjunta e uma consciência geral que deverá caminhar junto com esse processo”. Para a educação, ele aponta a necessidade de implantação de cursos técnicos em todas as áreas. Sendo que cada região deve receber cursos de acordo com a demanda dos jovens. Para ele, nunca haverá investimentos sem mão de obra capacitada. Outro ponto a ser visto é a força energética, que necessita de investimentos para fornecer condições mínimas para as empresas se instalarem. “O Piauí precisa criar uma capacidade e estar preparado para ser mostrado para o Brasil e não ficar apenas esperando e vendo o Brasil receber investimentos. Deve-se cuidar disso agora, chamando a atenção do mundo para o que temos a oferecer, e atrair o capital externo”, pontuou enfaticamente.
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FLAVIO GERMANO
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s necessidades do Estado são várias e a principal medida para o desenvolvimento é um conjunto de obras que favoreça a instalação de um setor industrial, com infraestrutura adequada. “O Piauí perde muito pela falta de estrutura, os cerrados no sul do Estado, perdem parte da safra em função da falta de estradas. Para meios de transporte maiores, a principal coisa a ser feita é a ferrovia, não só a Transnordestina, mas uma ferrovia para Parnaíba ligando os principais polos de transmissão”, pontua o economista e empresário Flávio Germano. Paralelo a isso, um projeto em curto prazo, que implicaria de forma mais direta na interiorização da educação. “O Piauí já tem uma história e um nome na educação, principalmente nos últimos dez anos através das escolas privadas, mas falta o Estado adotar esse modelo na escola pública No passado, o ensino público era melhor que o particular. Mas, as condições estruturantes dessas escolas ficaram a desejar. No futuro, levará vantagem na globalização os países com maior nível educacional, com mais fontes de pesquisas e investimentos na educação básica. Eles estarão na ponta do desenvolvimento e o Brasil como um todo ainda peca na área da educação, assim como o Piauí”, afirma categórico. O ensino à distância, em sua opinião, pode suprir a carência de mão de obra e os recursos tecnológicos são os mais práticos ao direcionar o foco e reduzir esse déficit educacional. O projeto proposto seria o de um aproveitamento da estrutura já existente em algumas escolas no interior, o que baratearia muito os gastos, geraria um investimento maior nos cursos tecnológicos formando pessoas em dois anos e garantiria um retorno de forma mais rápida. Os cursos deveriam abranger as áreas da construção civil, agricultura, mecânica, técnica... enfim, a demanda de cada região. Este é o maior desafio para um desenvolvimento de forma sustentável no Piauí de hoje, garante o economista.
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redominou na era colonial do Piauí a chamada “civilização do couro”, em que toda a economia da Província girava em torno do criatório do gado e seus derivados. Entretanto, chamava a atenção do Piauí as suas extensões de terras produtivas ao longo dos afluentes dos rios em que sobressaiam também o cultivo da lavoura, a criação do gado e o extrativismo, como a exploração da cera de carnaúba e da maniçoba. A sociedade piauiense caracterizou-se dentro de uma relação aristocrática, em que esses estratos sociais, na sua maioria, eram donos de terras ou tinham a posse da terra. A formação social piauiense se deu com elementos vindos de outras regiões, notadamente do Ceará, Maranhão e Pernambuco, que, aliado ao regime escravagista, transformou-se num caldeamento étnico-cultural que representa, na atualidade, a identidade piauiense, ou seja, os seus valores da piauiensidade. O Piauí originou-se numa trajetória de lutas, sonhos, esperanças, obstáculos e glórias e que continuam como elemento basilar do seu povo. Todos que chegam nesta terra se encantam com a hospitalidade e potencialidade que lhe são peculiares. E logo se cria um laço de identidade com o povo do Piauí, acreditando sempre nas suas riquezas humanas e naturais, além da intrínseca realidade acolhedora. É por isso que todos que se encontram neste Estado, têm a missão de lutar por ele, elevar a defesa do seu nome, enaltecer o potencial do Piauí e de querer somar esforços para uma ação propulsora do desenvolvimento do Estado tendo em vista também contribuir para mudar a imagem do Piauí no cenário nacional. Mas é preciso que se faça um planejamento objetivo para alavancar o Estado. Apresentamos condições inigualáveis de potencialidades, com terras agricultáveis, a exemplo dos Cerrados, que, agora mesmo, teve uma safra recorde de grãos mesmo com chuvas irregulares. Além disso, possui grande manancial de água, com rios perenes e lençol freático riquíssimo. A sua localização de entroncamento de regiões possibilita que o Piauí seja importante centro distribuidor comercial. Não obstante, o Estado não resolveu ainda gargalos que não eram mais para existir, como a conclusão do porto, universalização da energia e problemas de infraestrutura logística de transportes, para que os empreendimentos econômicos e sociais façam os seus transcursos normais na consolidação do crescimento e desenvolvimento do Estado. Mas a capacidade e vontade do povo de querer com o seu trabalho transformar o Estado, é algo muito especial. Urge, portanto, que o Piauí promova uma ação efetiva de Estado, um plano que enfrente os problemas no sentido de criar uma estrutura econômica para que esses potenciais sejam verdadeiramente transformados, e aproveitados. Mas tudo começa com uma gestão eficiente de Estado. O Piauí, no atual contexto, é o único Estado do Nordeste que não teve grande investimento federal. O último investimento de peso foi na barragem de Boa Esperança, ainda na década de 1960. Não tivemos investimentos em siderurgia, refinaria, porto. Também nunca apresentamos um projeto de relevo estrutural ao governo federal. O Estado tem que definir uma forma muito clara de investimentos. Sempre lidamos com a escassez de recursos públicos. Mas o fato é que devemos criar uma visão empresarial de investimentos que possa multiplicar os recursos destinados ao Piauí para ampliar a sua capacidade produtiva e se construir uma nova realidade no Estado. Não podemos mais deixar que o tempo seja o único provedor do nosso destino. É preciso que tenhamos uma visão mais nítida dos nossos problemas e que ajamos dentro dela para resolvê-los.
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JOÃO VICENTE CLAUDINO
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fórum de ideias UMA VISÃO DE ESTADO