RONEY HAARENGL PROJETOS SELECIONADOS (2015 - 2018)
“I thought the most beautiful thing in the world must be shadow” SYLVIA PLATH, THE BELL JAR (1963)
2 | PORTFOLIO
04 - 05 | CURRICULUM VITAE
PORTFOLIO 06 - 11 | ATELIÊ DO ARTISTA 12 - 17 | BADMINTON HALL 18 - 25 | RESTAURANTE POPULAR 26 - 31 | EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL 32 - 33 | CAMINHOs DE PEDRAS 34 - 37| FOTOGRAFIAS
PROPOSTA DE TCC 38 | HIPÓDROMO DA LAGOINHA
SUMÁRIO | 3
FORMAÇÃO 2014 presente
Universidade Federal de Goiás (UFG) Goiânia - Brasil Bacharel em Arquitetura e Urbanismo 8. Período
FORMAÇÃO COMPLEMENTAR 2015 2016
University of Technology and Economics
Budapeste - Hungria Extensão Universitária em Arquitetura Vínculo: Bolsista do Ciências sem Fronteiras, Capes, Brasil
Roney Haarengl Moreira Braz Júnior Brasileiro | 22 anos | Solteiro Reside em Goiânia, Brasil
HABILIDADES Autodesk: Autocad, Revit Adobe: Photoshop, Illustrator, InDesign Corel: CorelDraw Microsoft: Word, Excell, Powerpoint 3D/Renderização: SketchUp, Lumion, V-Ray Outros: Fotografia, Desenho a mão livre
CONTATO roneyhaarengl@gmail.com (+55) 062 9 9236-4297 IDIOMAS Inglês: fluente Húngaro: intermediário Francês: básico
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EXPERIÊNCIA
PESQUISAS E EXTENSÃO
05/2016 - 07/2016
2017 -
Épitész Klub
Budapeste - Hungria 2018 Escritório de projetos de Arquitetura Social coordenado por Varga Imre • Enfoque em arquitetura com madeira e marcenaria • Enquadramento funcional: Estagiário
07/2016 08/2016
Sziget Festival
03/2018
Oficina de Plantio de Mudas
04/2018
2018 presente
2019 presente
Budapeste - Hungria Projeto e montagem da tenda Tortoázis desenvolvida pelo Épitész Klub como parte da competição “Sziget Art of Freedom” • Enquadramento funcional: Voluntário, Equipe Goiânia - Brasil I Semana dos Calouros de Arq. e Urb. da UFG Ação conjunta com o coletivo Nós + Árvores • Enquadramento funcional: Oficiante
2017 2018
Oficina de Mobiliário Urbano
Goiânia - Brasil Casa Fora de Casa - Segunda Edição Oficina colaborativa de criação e montagem de mobiliário urbano para a Ilha da Galhofa no St. Pedro Ludovico • Enquadramento funcional: Participante
05/2018
QUINTAL - Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo (EMAU)
Vinculado a Universidade Federal de Goiás - Goiânia • Iniciativa estudantil, nos moldes estabelecidos pela FeNEA, para promover assistência técnica a projetos sociais • Enquadramento funcional: Membro Instituidor, Voluntário
Congresso de Iniciação Científica de Arquitetura e Urbanismo (CICAU) - 1o Lugar Palmas - Brasil XXXI Encontro Regional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo - EREA TOCA • Apresentação da pesquisa “Caminhos de Pedra”
Goiânia - Brasil • Produção de renderizações para terceiros • Produção de pranchas para aprovação de projeto na prefeitura Goiânia - Brasil Desenvolvimento de projetos de arquitetura e interiores, visualização de modelos 3D, detalhamentos para aprovação de projeto. • Enquadramento funcional: Estagiário
Universidade Federal de Goiás - Goiânia Orientadora: Márcia Metran de Mello Bolsista PIVIC • Estudo sobre a origem, história e presença de Calçadas Portuguesa em cidades brasileiras, com foco em Goiânia • Reflexão sobre a Calçada Portuguesa enquanto paisagismo, arte urbana e seu potencial enquanto estrutura profunda para o imaginário urbano
APRESENTAÇÕES E PREMIAÇÕES
Freelancer
Bueno Uehara Construtora e Incorporadora
A arte urbana como estrutura profunda para o imaginário: Caminhos de Pedras - Calçadas de Pedra Portuguesa no Setor Bueno
12/2018
2o Seminário Nacional Pensando o Projeto, Pensando a Cidade Goiânia - Brasil • Apresentação da pesquisa “Caminhos de Pedra”
CURRICULUM VITAE | 5
ATELIÊ DO ARTISTA [LOCAL]: Setor Jaó [ANO]: 2015 [MATÉRIA]: PROJETO I {ORIENTAÇÃO]: Frederico Rabelo, Fábio Lima [Projeto realizado individualmente]
O Atêlie do Artista é um projeto que explora a questão da permeabilidade visual e de como criar uma ambiência unificada que atenda ao programa. O edifício em questão foi projetado como ateliê para o artista plástico Zé César, gravurista goiano. Localizado em terreno de esquina no Setor Jaó, o espaço toma como partido o parque que fronteia o lote. A intenção é promover uma continuidade entre o bosque e o terreno. Assim, duas paredes de concreto são erguidas, e delas partem vigas treliças que sustentam a cobertura. Do vão criado, distribuem-se os ambientes projetados em diferentes níveis que definem a espacialidade do projeto. IMAGEM: PERSPECTIVA DA ENTRADA PELA AVENIDA CRISTO REI
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ATELIÊ DO ARTISTA | 7
Paisgaismo conectando parque, jardim frontal e quintal, auxiliado
empenas de concreto garantem proteção
pela fachada em vidro
contra insolação nascente e poente
cobertura de telha termoacústica sustentada por vigas treliçadas
escritório e sala de visita: mezanino atirantado por cabos de aço às vigas da cobertura
empenas de concreto: apoio da cobertura e pisos do mezanino
hall, cozinha e ateliê integrados com aberturas para jardins dos dois lados
garagem para visitantes em nível inferior com acesso a hall e sala de visita
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AV. CR IST OR EI
Planta Térreo Esc. 1/150
Planta Mezanino Esc. 1/150
alameda maracanã
ATELIÊ DO ARTISTA | 9
10 | PORTFOLIO
Corte AA Esc. 1/150
Corte BB Esc. 1/150
Corte CC Esc. 1/75
ATELIÊ DO ARTISTA | 11
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BADMINTON HALL [LOCAL]: Kopaszi-gát, Budapest [ANO]: 2015 [MATÉRIA]: Project Design [ORIENTAÇÃO]: Bártok Istvan [Projeto realizado individualmente] O Badminton Hall é um projeto de um pavilhão protótipo ginásio para as competições de badminton nas Olimpíadas de Budapest. A proposta é, à partir de uma volumentria simples, criar um edifício que se mantesse aberto ao entorno, aproveitando a vista do Kopaszi-gát, uma península do Rio Danúbio na capital húngara. À partir de uma gaoila estrutural em madeira, foi elaborado um sistema de rampa que permite o usuário estabelecer uma conexão visual com o entorno, e que culmina no ginásio, localizado no segundo pavimento. Vendando o edifício, um sistema de paineis U-GLASS garante ao edifício proteção solar e define sua geometria espacial IMAGEM: FACHADA DO EDIFÍCIO
BADMINTON HALL | 13
RAMP
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RAMP
RAMP
BADMINTON HALL | 15
sistema estrutural: vigas e pilares de madeira de alto desempenho parafusados, fundação em concreto
cobertura em telha termoacústica associada aos painéis uglass,
sistemas de circulação vertical: rampas e
que permitem claridade
caixa de escada/elevador
e permeabilidade visual
cobertura em
sistema de paineis uglass
telha termoacústica
atrelados às vigas de madeira
belvedere avarandado
átrio central com pé direito duplo
entrada para visitante em rampa
entrada para atletas no nível térreo
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paredes em concreto
BADMINTON HALL | 17
RESTAURANTE POPULAR [LOCAL]: Av. Independência, Setor Campinas [ANO]: 2016 [MATÉRIA]: Projeto II [ORIENTAÇÃO]: Bráulio Vinícius, Adriana Mara Vaz [Projeto realizado individualmente]
Embarcando em um conceito desenvolvido na arquitetura contemporânea, o projeto do restaurante popular em Campinas toma como partido o que é conhecido por tapete urbano. Diluir as barreiras entre os ediícios e a cidade, conectando-os e dando o usuário a possibilidade de viver o meio urbano sob uma nova perspectiva. Este conceito conecta-se ao tema restaurante popular, um espaço essencialmente da cidade e público. Sobre uma esplanada desenvolvida à partir do nivelamento da rua à calçada, o refeitório do restaurante é em si uma continuidade de Campinas, bairro histórico de Goiânia. A fachada em vidro permite a conexão visual interior/exterior, que prolonga-se até a área de preparo da comida. Sob uma cobertura metálica com sheds que permitem uma iluminação indireta, a ambiência se torna leve, arejada, e convidativa, uma reinterpretação a concepções pré-concebidas de como deve ser um restaurante popular.
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RESTAURANTE POPULAR | 19
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RESTAURANTE POPULAR | 21
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RESTAURANTE POPULAR | 23
EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL [LOCAL]: R. 82, Setor Central [ANO]: 2018 [MATÉRIA]: Projeto VI [ORIENTAÇÃO]: Lucas Jordano, Pablo Paulse [Projeto realizado em dupla com Priscilla Freire] O projeto de galeria comercial e edifício residencial se localiza no limiar de dois bairros históricos de Goiânia: o Setor Central e o Setor Sul. Por consequência, o projeto carrega em si um respeito a dois edifícios pré-existentes na quadra: a residência Bento Odilon (1962), projetada por Paulo Mendes da Rocha, e o edifício-sede do INSS (1972), de Luís Pratesi. Importantes obras do modernismo goianiense, são o partido inicial do complexo projetado. Enquanto galeria comercial (“shopping”), o espaço projetado entende que a experiência dessa tipologia difere muito da original, na qual o que é consumido são produtos. Ao entendê-la como defasada, a galeria se propõe ser o produto a ser consumido. A criação de uma ambiência harmoniosa, arborizada com jardins naturalistas com gramíneas e herbáceas nativas do cerrado, convidam o usuário a permanecer no ambiente. O edifíco residencial consiste em uma lâmina de quitinetes e apartamentos de 1 e 2 quartos, sendo esses duplex, todos com vista para a Praça Cívica. A estratégia de ocupação da quadra e a organização do programa conferem ao projeto uma dimensão urbana, tornando difusos os limites entre edifício e cidade. O projeto consiste então, em um exercício de escala, proporção e domínio a fim de estabelecer uma extensão do espaço público.
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ESTA PESQUISA DESENVOLVIDA ENTRE 2015 E 2017 , FOI UM DOS MOMENTOS MAIS IMPORTANTES DE MINHA GRADUAÇÃO. COM A ORIENTAÇÃO DA DRA. MÁRCIA METRAN DE MELLO, PUDE EXPERIMENTAR COMO É PRODUZIR UM ARTIGO CIENTÍFICO, E APROFUNDAR EM ESTUDOS SOBRE HISTORIOGRAFIA DA S CIDADES, PAISAGISMO E O ATO DE CAMINHAR. O ARTIGO COMPLETO ESTÁ DISPONÍVEL ONLINE, MAS SEGUE UM RESUMO EXPANDIDO DO PRODUTO FINAL
CAMINHOS DE PEDRAS
O USO DAS PEDRAS PORTUGUESAS NAS CALÇADAS DO SETOR BUENO
“Este estudo trata sobre calçadas portuguesas, técnica de pavimentação disseminada entre variadas nações de origem portuguesa. Entendendo tais mosaicos como uma linguagem de arte urbana, seu reconhecimento em âmbito nacional é tímido, em contraposição à sua presença constante em cidades de norte a sul no país. A atribuição do estudo é promover reflexões sobre tais “tapetes de pedra” enquanto arte urbana, sua linguagem e sua importância, em especial no contexto de Goiânia. Foram combinadas pesquisa bibliográfica com viagens à centros urbanos, como Lisboa e Recife, a fim de averiguar a existência e a qualidade das calçadas portuguesa nesses locais. Em seguida, levantamento fotográfico em Goiânia, fazendo um recorte no Setor Bueno e suas imediações, onde há uma pluralidade desse tipo de pavimentação. Do material levantado, foram analisadas suas qualidades plásticas, padronagens, reincidências e singularidades. Esses mosaicos que formam pavimentos surgiram no período de consolidação das urbes lusitanas enquanto centros comerciais no século XV. No início do século XX, a técnica se dispersou em países de origem lusitana. Apareceram nos grandes centros urbanos brasileiros, aliadas às reformas urbanas, e tornaram-se importantes ferramentas para os arquitetos e paisagistas modernistas brasileiros.“A incorporação das calçadas portuguesas aos projetos dos arquitetos modernistas brasileiros alçou esta velha arte à condição de parceira cultural da época. ” (SEVERO, 2011, pg. 58). Manaus, Belo Horizonte, e até mesmo Palmas, a mais nova das capitais brasileiras, utilizaram os mosaicos para suas praças e passeios, criando uma consonância entre as urbes da nação.
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Goiânia, capital do Estado de Goiás, também adotou a calçada portuguesa. Quando comparadas, a produção goianiense é diversa e interessante perante outros locais. No Setor Bueno e imediações, as calçadas variam entre mosaicos comerciais; mosaicos artísticos, com geometrias, abstrações e figuras; e calçamentos simples. Via de regra, costumam destacar a entrada so-
cial e entrada de veículos dos edifícios, podendo integrar-se também ao paisagismo e ao mobiliário urbano. Nesse contexto, as calçadas portuguesas conformam um patrimônio artístico em toda a nação. Para Goiânia, que apesar de grande centro urbano ainda é tímida no quesito de identidade urbana, a calçada portuguesa aparece como potencial linguagem artística, calçando passeios, praças, flaneurismos e memórias dos habitantes. Nas palavras de Arantes Neto (2000, p. 119) “Os passos do caminhante atento não costuram simplesmente, uns aos outros, pontos desconexos e aleatórios na paisagem. Ele se arrisca cruzando umbrais e, assim fazendo, ordena diferenças, constrói sentidos, posiciona-se”. A calçada é o espaço urbano do pedestre, e caminhar se torna um ato político, “extensão do caminhar e do olhar, [...] peças chave na garantia do exercício da mobilidade urbana”. A pedra portuguesa é linguagem artística que ressignifica a conformação desses espaços, a materialidade que os constrói. Sua existência em Goiânia alinha a capital a tantas outras cidades no país e ao universo de cultura lusitana, em que a arte urbana se converte em uma estrutura identitária para os centros urbanos e sua população. As calçadas portuguesas conformam um patrimônio artístico em toda a nação, unindo cidades de todo o mundo. Enquanto arte urbana, embelezam as cidades e as inserem em uma trajetória histórica única. Para Goiânia, que apesar de grande centro urbano ainda é tímida no quesito de identidade urbana, a calçada portuguesa aparece como potencial linguagem artística, calçando passeios, praças, flaneurismos e memórias dos habitantes.”
CAMINHOS DE PEDRAS | 33
OS TRABALHOS ATÉ AQUI APRESENTADOS FAZEM PARTE DA MINHA JORNADA DENTRO DA ARQUITETURA . NESTAS FOTOS, UM OUTRO LADO DO QUE FOI A GRADUAÇÃO PARA MIM. CÂMERAS UTILIZADAS: CANON 100D, 28MM, LOMOGRAPHY MINI DIANA 35MM,
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YASHICA KYNCERA MINOLTA SRT-300
FOTOGRAFIAS | 35
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FOTOGRAFIAS | 37
proposta de tcc HIPÓDROMO DA LAGOINHA “Com efeito, os difusos não frequentam apenas casas, autoestradas, mas também os vazios que não foram inseridos no sistema. Efetivamente, os espaços vazios dão as costas para a cidade pra organizar para si uma vida autônoma e paralela, mas são habitados. É lá que os difusos vão cultivar a horta ilegal, levar o cachorro, fazer um piquenique, fazer amor e buscar atalhos. É lá que seus filhos vão buscar espaços de liberdade e de socialização. [...] São diferentes espaços vazios tradicionalmente entendidos como espaços públicos – praças, jardins, parques.” Francesco Careri - Walkscapes (2002) O Hipódromo da Lagoinha , localizado no Setor Cidade Jardim de Goiânia, é uma área tombada pelo município de propriedade do Jóquei Clube de Goiás. No Plano Diretor de 2007, ele apareceu como uma Área de Programas Especiais de Interesse Urbanísticio, colocando-o “sujeitos às ações de requalificação urbanístico-ambiental e econômica, objetivando a valorização de suas peculiaridades e relações”. No entanto, depois de 12 anos morando no Cidade Jardim, eu pude perceber que essa área, subutilizada à primeira vista, desenvolveu um cotidiano próprio com os moradores do bairro. A proposta desse TCC é um projeto que consolide O HIPÓDROMO COMO UM PARQUE DA CIDADE, detalhando os edifícios, passeios e implantação, mas sem ignorar o que já são características do espaço.
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HIPÓDROMO DA LAGOINHA | 39
RONEY HAARENGL PROJETOS SELECIONADOS