O brincar e a realidade - 1971 de D. W. Winnicott.

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A LOCALIZAÇÃO DA EXPERIÊNCIA CULTURAL38

Na praia do mar de mundos sem fim, crianças brincam. Tagore Neste capítulo, desejo desenvolver o tema que enunciei sucintamente por ocasião do banquete organizado pela Sociedade Psicanalítica Britânica para assinalar o término da publicação da Standard Edition das Obras de Freud (Londres, 8 de outubro de 1966). Em minha tentativa de prestar tributo a James Strachey, disse: 'Freud, em sua topografia da mente, não encontrou lugar para a experiência das coisas culturais. Deu um novo valor à realidade psíquica interna e disso proveio um novo valor para coisas que são reais e verdadeiramente externas. Freud utilizou a palavra "sublimação" para apontar o caminho a um lugar em que a experiência cultural é significativa, mas talvez não tenha chegado ao ponto de nos dizer em que lugar, na mente, se acha a experiência cultural.' Desejo agora ampliar essa idéia e fazer uma tentativa de exposição positiva que pode ser criticamente examinada. Utilizarei minha própria linguagem.

38

Publicado no International Journal of Psycho-Analysis, Vol. 48,, Parte 3 (1967),


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