INTER-RELACIONAR-SE INDEPENDENTEMENTE DO IMPULSO INSTINTUAL E EM FUNÇÃO DE IDENTIFICAÇÕES CRUZADAS
Neste capítulo, coloco em justaposição duas exposições contrastantes, cada uma das quais, à sua maneira, ilustra a comunicação. Há muitas espécies de intercomunicação e uma classificação a esse respeito parece desnecessária, visto que tal classificação envolve a criação de fronteiras artificiais. A primeira ilustração reveste-se da forma de uma consulta terapêutica com uma menina na primeira fase da adolescência. Essa consulta preparou caminho para uma análise completa que, em três anos, podia ser considerada um sucesso. O interesse do caso, contudo, liga-se não tanto ao resultado, mas ao fato de que qualquer descrição desse tipo ilustra a maneira pela qual o psicoterapeuta atua como um espelho. Desejo acompanhar essa descrição com uma exposição teórica que ilustra a importância da comunicação através de identificações cruzadas.