Apostila|Maquiador Profissional
Autor: Mariana Rousseaux Vieira Pereira Endereço virtual www.marirousseaux.com
Apostila Maquiador Profissional
Material referencial para o curso de Maquiagem Profissional ministrado pela autora.
São Paulo, Outubro de 2011 Revisão: Julho de 2014
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Sumário 1. Introdução.......................................................................... Pág . 05 2. A maquiagem na linha do tempo........................................ Pág . 06 2.1 O Início _ Era Paleolítica................................................................................................................... pág. 07 _Séculos VII, VI e V a.C......................................................................................................... pág. 08 _Século II a.C....................................................................................................................... pág. 08 _Século I a.C........................................................................................................................ pág. 08 _Século I d.C....................................................................................................................... pág. 09 _Século VII, IX, X, XII,e XII d.C.............................................................................................. pág. 10 _Idade Média...................................................................................................................... pág. 11 _Século XIV, XV, XVI,XVII,XVIII............................................................................................ pág. 12 _Século IX............................................................................................................................ pág. 13
2.2 Século XX _Anos 20............................................................................................................................ pág. 14 _Anos 30............................................................................................................................. pág. 15 _Anos 40............................................................................................................................. pág. 15 _Anos 50............................................................................................................................. pág. 16 _Anos 60............................................................................................................................. pág. 17 _Anos 70............................................................................................................................. pág. 17 _Anos 80............................................................................................................................. pág. 18 _Anos 90- Atualidade.......................................................................................................... pág. 19
3. O profissional..................................................................... Pág. 20 3.1 Características........................................................................................... Pág. 21 3.2 Atendimento............................................................................................. Pág. 21 3.3 Local de trabalho....................................................................................... Pág. 22 3.4 Biossegurança............................................................................................ Pág. 23
4. Estudos do rosto................................................................. Pág. 24 4.1 Linhas do rosto.......................................................................................... Pág. 25 4.2 Ângulos faciais.......................................................................................... Pág. 27 4.3 Geometria dos olhos................................................................................. Pág. 29 4.4 Formatos de rosto..................................................................................... Pág. 29 _Oval................................................................................................................................... Pág. 30 _Redondo............................................................................................................................ Pág. 31 _Quadrado.......................................................................................................................... Pág. 32 _Retangular......................................................................................................................... Pág. 33 _Hexagonal de lateral reta.................................................................................................. Pág. 34 _Hexagonal de base reta.................................................................................................... Pág. 35 _Triangular.......................................................................................................................... Pág. 36 _Triangular invertido.......................................................................................................... Pág. 37 _Losango............................................................................................................................. Pág. 38
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_Misto................................................................................................................................. Pág. 39 _Indefinido.......................................................................................................................... Pág. 39 _Assimétrico....................................................................................................................... Pág. 39
4.5 Morfologia facial....................................................................................... Pág. 39 _Queixo............................................................................................................................... _Nariz.................................................................................................................................. _Lábios................................................................................................................................ _Olhos.................................................................................................................................
Pág. 39 Pág. 42 Pág. 47 Pág. 51
5. Tipos de pele....................................................................... Pág.59 5.1 Normal...................................................................................................... Pág. 60 5.2 Seca.......................................................................................................... Pág. 60 5.3 Oleosa....................................................................................................... Pág. 60 5.4 Mista......................................................................................................... Pág. 61 5.5 Acnéica..................................................................................................... Pág. 61
6. Pré-maquiagem................................................................... Pág.62 6.1 Limpeza..................................................................................................... Pág.63 6.2 Tonificação................................................................................................ Pág.63 6.3 Hidratação................................................................................................. Pág.64 6.4 Primer........................................................................................................ Pág.64
7. Técnicas de maquiagem...................................................... Pág. 65 7.1 Pele _Correção............................................................................................................................ Pág.66 _Uniformização.................................................................................................................... Pág.67 _Fixação............................................................................................................................... Pág.67 _Contorno/Iluminação....................................................................................................... Pág.68 _Blush................................................................................................................................... Pág.68
7.2 Olhos _sombra.............................................................................................................................. _lápis................................................................................................................................... _delineador......................................................................................................................... _Máscara para cílios........................................................................................................... _cílios postiços.................................................................................................................... _sobrancelhas.....................................................................................................................
Pág. 69 Pág. 69 Pág. 69 Pág. 55 Pág. 69 Pág. 70
7.3 Lábios........................................................................................................ Pág. 70 7.4 Harmonias de cores................................................................................... Pág. 70
8. Instrumentos de trabalho.................................................... Pág.74 8.1 Pré Maquiagem......................................................................................... Pág. 75 8.2 Rosto........................................................................................................ Pág. 77 8.3 Olhos........................................................................................................ Pág. 80 8.4 Lábios........................................................................................................ Pág. 83 8.5 Sobrancelhas............................................................................................. Pág. 84 8.6 Cuidados com os pincéis............................................................................ Pág. 84
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Introdução Esta apostila tem o intuito de descrever os processos necessários para a aprendizagem da arte da maquiagem. Trata-se de um guia, fruto de estudos pessoais, para os estudantes aspirantes a maquiadores profissionais. As competências registradas aqui neste material foram escolhidas de acordo com o meu entendimento sobre Maquiagem, englobando tudo que eu considero indispensável para um profissional da área tratada. Estão inclusas então: _A maquiagem na linha do tempo, descrevendo a história da maquiagem e da preocupação do ser humano com a vaidade desde os primórdios da sociedade. _ O profissional, tópico que discorre sobre a importância de conhecer o cliente, listando cuidados a serem tomados, exemplos de ética profissional e biossegurança. _Cores e maquiagem, mostra o estudo de harmonia de cores aplicadas à maquiagem _Estudos do rosto, mostra a geometria e morfologia do rosto. _Tipos de pele, características e cuidados com cada um. _Pré-maquiagem, com as etapas que antecedem a camuflagem de fato. _Técnicas de maquiagem, com o a explicação detalhada da aplicação dos materiais. _Instrumentos de trabalho, enumera e descreve cada instrumento necessário para realizar uma produção.
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2.1 O Início Era Paleolítica: Os adornos para vaidade surgiram antes mesmo do homem se estabelecer como sociedade. As pinturas corporais significavam além de poder, diferenciação de funções como O Chefe, O Feiticeiro, etc. Desde que o homem começou a ficar sedentário começaram a surgir sinais de vaidade, e as pessoas se enfeitavam com dentes e peles de animais ferozes, e feiticeiros com pinturas mágicas. A evolução trouxe as tribos, e estas se diferenciavam por pinturas corporais, escarificação, e enfeites pelo corpo.
O homem paleolítico: enfeitado e adornado por matérias da natureza.
Henna, planta da qual eles retiravam o pó para as pinturas corporais.
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Carvão, também utilizado para as pinturas corporais.
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Séculos VII, VI e V a.C.: A mitologia Grega trazia Psyqué, personagem que ilustrava a alma, e enquanto os mitos eram contados, começava a disseminação de um tipo de beleza que foi admirado até poucas décadas atrás: A pele branca. Século II a.C.: Foi testada a primeira base facial. A mistura principal para fixação de pigmentos na pele era feita de água, cera de abelha e óleo de oliva ao qual se adicionava o dióxido de titânio, composto de cor branca. O responsável foi o físico Galeno, em 150 A.C. Mais tarde, o óleo de oliva, por fazer mal à pele quando exposta ao sol, foi substituído óleo de amêndoas, e para melhor fixação, foi adicionado o bórax (borato de sódio) à mistura.
Claudio Galeno
Século I a.C.: O Egito, apesar de não ter comunicação efetiva com a Grécia na época, também ostentava o mesmo tipo de beleza, representada por sua rainha Cleópatra. Ela ditou a moda da época, cuidando da clareza da pele, além de tornear e pintar os olhos a fim de protegê-los de olhar diretamente para Rá, o Deus do sol, mas também por estética. As primeiras misturas cosméticas foram registradas neste local. Cleópatra foi um ícone para a época, com seus métodos para cuidar da beleza. Eram aplicados na pele materiais como Kohl e metais pesados. O Kohl era um pó à base de ghee , fuligem e cinzas, e até hoje é muito utilizado em produtos, porém é mais conhecido como kajal. Era aplicado delineando os olhos, não só pelas mulheres, mas também pelos homens e crianças. Também eram utilizados metais pesados nas pálpebras, que davam o tom esverdeado e colaboravam muito para a estética da época. Desde estes tempos, a mulher bonita era delicada, frágil, e como conseqüência disso, tinha a pele mais clara, em contraste com a pele masculina, morena e castigada de sol pelo trabalho pesado. Cleópatra também cuidava muito dessa parte, banhando-se em leite e cobrindo a face com argila.
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Tubo de Kohl
Cleópatra, a rainha do Egito, muito vaidosa, fazia com que todos a copiassem.
Em sentido horário: Fuligem, Ghee(manteiga fina), e cinzas, materiais utilizados para fazer o pó de Kohl.
O pó de Kohl natural puro, hoje vendido como item de valor.
1.5 Século I d.C.: A Imperatriz de Roma Popéia Sabina também lançou moda e era referência em questão de beleza, com sua pele branca. Todas as mulheres da alta sociedade utilizavam uma máscara noturna à base de farinha de favas, miolo de pão e leite de jumenta para obter a pele o mais clara possível. Durante o dia, a imperatriz passava no rosto uma mistura de pó de giz, vinagre e clara de ovos. Para obter um efeito translúcido na pele, ela costumava pintar de azul as veias dos seios e da testa.
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Popéia Sabina
Século VII, IX, X, XII,e XII d.C.: A beleza para o Japão era extremamente importante, e conseqüência disso, o padrão de beleza “tez branca” também era levado ao extremo. A pele das mulheres era tão branca quanto a uma porcelana, e era exatamente esta a intenção: Delicadeza também extrema. Como bonecas, as mulheres raspavam a sobrancelhas e redesenhavam-na mais grossa e bem delineada, assim como os lábios que também tinham seu formato redefinido. Era utilizado para o rosto o Oshiroi, uma farinha de arroz espessa aplicada sobre a pele. O Beni, composto de extrato de açafrão, coloria as bochechas de vermelho.
Potinhos antigos para o pó de arroz, que era aplicado com um puff de pêlos delicados.
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Extrato de açafrão, para a preparação do Beni.
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O padrão de beleza milenar do Japão, representado pelas Gueixas.
Idade Média: Nesta época a maquiagem, assim como vários outros adornos adicionados à imagem da mulher era considerada de extrema luxúria. Mulheres que se maquiavam eram vistas como falsas, por esconderem a verdadeira pele que elas possuíam. Os homens que se casavam com uma mulher que se maquiava, quando a viam no conforto da casa, sem adornos, se sentiam enganados, e devolviam as esposas. Algumas mulheres eram submetidas inclusive a castigos como chicotadas, por andarem pintadas. O padrão de beleza desta época era a palidez, e o aspecto inclusive um pouco doentio, da mulher frágil e delicada. Era comum mulheres utilizarem sanguessugas no rosto, para tirar o rubor natural da pele.
Maria Madalena, representa bem a idéia da mulher medieval, pálida e frágil. Mulher medieval: Sem adornos, armações ou apliques.
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Século XIV, XV, XVI,XVII,XVIII.: Catarina de Médicis (1519-1589), rainha da França, ajudou a trazer a maquiagem de volta após séculos de proibição. Ela reavivou a vaidade nas mulheres e lançou novos conceitos: as “moscas de beleza”. Tratavam-se de pedaços de tecido escuro cortados em rodelas pequenas usadas como pintas no rosto. Também nesta época, outra espécie de camuflagem era utilizada: Como a varíola era muito comum e deixava marcas, as mulheres colocavam pedaços de tecidos na pele, para escondê-las. Tomando como base a beleza da mitologia grega, a Renascença pinta os personagens, e as mulheres copiam a estética. Durante a este período, na Itália, as mulheres utilizavam largamente a cerusa (alvaiade) no rosto durante o dia. Porém ele danificava tanto a pele, que à noite era necessária a aplicação de vitelo cru molhado no leite para tentar minimizar os estragos.
Em sentido horário: Catarina de Médicis, em 2 momentos, e Maria Antonieta (representada em um filme da atualidade). Ambas representam bem a exagerada utilização de adornos, tanto no rosto e no cabelo, quanto nas roupas.
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Alvaiade: Carbonato básico de chumbo
Pó de alvaiade
Vênus, retratada em pintura da Renascença representa bem os padrões de beleza, com sua pele extremamente clara e delicada.
Século IX: O Romantismo fez decair os exageros do Renascimento, e junto com eles, a maquiagem. As mulheres preferiam beliscar o rosto, a usar blush. A beleza delicada e angelical era mais valorizada. Maquiagens mais pesadas somente eram utilizadas por atrizes e prostitutas, em teatros e bordéis. Nesta época, a cor da pele passa a ser uma diferenciação de classes. As garotas que trabalhavam no campo, devido à exposição ao sol, tinham a pele mais morena. Sendo assim, as mulheres mais abastadas evitavam ao máximo o sol, para manter uma cútis delicada e angelical.
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2.2 Século XX Anos 20: Nesta época, as mulheres começaram a enxergar que não eram tão diferentes dos homens assim. Começava a luta pelos direitos femininos: Elas queriam votar, exercer funções variadas (não só as domésticas), e se impor. A maquiagem, que já era algo existente e acessível, foi um instrumento nas lutas dos anos 20. Rímel, olhos pretos delineados, muito rouge nas bochechas e batom em forma de coração. Era assim que as mulheres dessa época se produziam, e eram muitas. Maquiagem virou uma mania mundial, e os preconceitos que antes existiram, nunca mais voltaram a atrapalhar. A indústria pela primeira vez abraçava a maquiagem: O primeiro batom em bastão e o primeiro curvador de cílios surgiram nesta época, além do pancake, utilizado nos cinemas para dar um ar bronzeado às atrizes. As imagens preto-e-branco davam um contraste na imagem, que era característico da época.
O olhar da época: Sobrancelha bem demarcada, sombra escura ao redor do côncavo, e rímel.
Os lábios eram redesenhados, com um formato de coração. A imagem dos anos 20: Contraste para compor a ausência de cor das imagens do cinema.
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Norma Talmadadge e Mary Pickford, grandes atrizes da época.
Anos 30: Os anos 30 continuaram a imagem de contraste construída nos anos 20, porém com ainda mais ênfase no olhar: As mulheres passaram a raspar as sobrancelhas e redesenhá-las, ou mesmo deixavam muito finas e tingiam. O contorno era bem escuro, e nos lábios o vermelho continuava predominando. No Brasil, a maquiagem não era algo que chamava a atenção das mulheres. As roupas tinham mais ênfase na época, e o preconceito construído antigamente, ainda se mostrava presente no país.
Marlene Dietrich e Greta Garbo, atrizes proeminentes nos anos 30.
Anos 40: Com vários direitos conquistados, agora as mulheres trabalhavam e tinham seu próprio dinheiro, o que fazia com que gastassem mais consigo mesmas, e conseqüentemente, com maquiagens. Isso fez com que a indústria de maquiagem crescesse tanto que era possível escolher dentre várias tonalidades de pancakes, blushs, batons e sombra. Nesta época as sobrancelhas cresciam naturalmente, mas as mulheres iam a salões de beleza fazer desenhos e retoques. A moda era sombras de cores escuras e batons em destaque.
Lizabeth Scott, Laraine Day e Barbara Stanwick, atrizes dos anos 40.
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Anos 50: Não há como falar dessa época sem mencionar Marilyn Monroe. Ela foi o símbolo sexual da época, e trouxe consigo uma imagem característica: Lábios muito bem demarcados e pintados em cores vivas com um toque de vaselina, cílios postiços, maquiagem natural que realçava sua beleza, pele muito bem coberta, sobrancelhas fartas e bem feitas. Após a guerra a imagem de Marilyn foi uma libertação, já que os valores conservadores agora predominavam. A sofisticação era muito valorizada, e os exageros eram mal vistos. No Brasil surge a Avon, que escolhe sua sede em São Paulo, e lança o primeiro produto nacional, o batom “Clear Red”.
Audrey Hepburn, Brigitte Bardot e Marilyn Monroe: Estrelas da época.
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Anos 60: Foram os da libertação. Várias descobertas como a pílula anticoncepcional colaboraram para a liberdade de expressão em vários sentidos. A mini-saia era usada em massa, assim como as calças hiper justas. A moda era ser jovial, leve, alegre. E assim era a maquiagem. Os olhos eram muito importantes na produção, e tinham um destaque especial, com desenhos que faziam deles maiores e mais expressivos, bem marcados em lápis, delineador, e cílios postiços não só em cima, como embaixo também. As bochechas, assim como a boca, tinham um rosado leve e fresco.
Audrey novamente, porém em sua fase anos 60, e Twiggy, modelo que todos copiavam: Olhar super marcado.
Twiggy ensina como fazer o olhar expressivo característico da época: Côncavo marcado a delineador, e cílios inferiores falsos pintados.
Anos 70: A onda hippie trouxe todo o exagero que a época exalava: Muitas cores, estampas e acessórios faziam parte da moda da época. Juntamente com os hippies, surgiram outros movimentos diferentes que também pregavam os extremos, como os Punks e Glams. Porém nas ruas durante o dia as mulheres usavam a maquiagem o mais natural possível: Sombras rosadas, batons de cor natural, pouco rímel. À noite é que elas ousavam um pouco mais, com batons vermelhos, lápis nos olhos, rímel carregado.
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Farrah Fawcett, grande atriz da ĂŠpoca, com sua maquiagem discreta e natural, e o movimento hippie cheio de cores e tons da natureza.
KISS, David Bowie e o movimento punk: Androgenia e visual extremo.
Anos 80: A imagem da mulher natural que predominava nos anos 70, nos anos 80 morre. Todas queriam aparecer, e para tanto era necessĂĄrio pesar na hora da maquiagem: Sombras de cores fortes, batons bem coloridos, e o blush demarcava fortemente as bochechas. Tudo era exagerado, e Madonna representava essa imagem.
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Madonna e a imagem dos anos 80: Exagero.
Anos 90 – Atualidade: A partir dos anos 90, não havia mais uma regra que todas seguiam, o bonito era ter personalidade própria, e assim funciona a beleza hoje. A variedade de estilos é muito grande, com todas as tribos que ainda existem, como os punks, góticos, patricinhas, surfistas, roqueiros, clubbers, etc. As tendências vivem em constantes mudanças a cada estação, e o preconceito contra quem não usa o que está na “moda”, é muito menor do que antes. Nunca houve tanta variedade de produtos na área de cosméticos como hoje, e a quantidade de estabelecimentos de embelezamento que existem refletem a preocupação das mulheres do mundo inteiro com a beleza.
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3.1 Características O profissional de maquiagem possui alguns deveres a serem cumpridos, para que seja possível proporcionar um atendimento agradável e satisfatório, e para que o cliente venha a contratá-lo novamente. Primeiramente, horário é para ser cumprido. O maquiador não pode chegar atrasado ao local da maquiagem, pois isso implicará no atraso do cliente para o evento ao qual ele comparecerá. É preciso calcular minuciosamente o tempo útil de trabalho, e somar com eventuais atrasos que possam vir a acontecer da parte do cliente, ou de algum acidente de percurso. Local fixo de trabalho não é um privilégio para a maioria dos maquiadores. Participar de ensaios fotográficos e acompanhar noivas e debutantes faz parte do dia-a-dia. E nesses casos, as condições de trabalho precisam ser improvisadas com os objetos presentes no local, ou mesmo pode haver uma previsão desta situação, e o maquiador flexível já possui seu material portátil, para garantir seu conforto e do cliente em qualquer lugar. É muito importante citar que como qualquer marca tem uma propaganda, a do maquiador é sua própria figura. Produzir a imagem das pessoas, automaticamente faz com que elas reparem na imagem que o profissional passa. Portanto, ter uma boa apresentação pessoal, com uma maquiagem simples e bem feita, com perfumes suaves, mãos limpas, e roupas de bom gosto, é fundamental. Confiança é a última e principal característica de um profissional, não só de maquiagem, como qualquer outro. Porém, como a maquiagem trata da pessoa tocando-a diretamente, é ainda mais importante. Na realização do trabalho, demonstrar dúvidas sobre a cor da sombra, ou sobre a textura da base, deixarão seu cliente inseguro com relação a você, criando uma situação de tensão. Ela aparece porque o profissional foi escolhido para cuidar da imagem da pessoa em algum dia especial para o cliente, e a eminência de fracasso junto com todas as outras preocupações que grandes eventos causam ao seus participantes, vão colaborar para um ambiente desagradável. É obrigação do maquiador passar para o cliente a certeza de que ele vai ficar 100% satisfeito com o resultado.
3.2 Atendimento O profissional de maquiagem se relaciona diretamente com o produto de seu trabalho. Portanto, vai precisar lidar com relacionamento humano, incluindo os vários tipos diferentes de pessoas que existem, desde os mais tímidos e calados, até os faladores e brigões. Saber ter jogo-de-cintura para lidar com qualquer situação é fundamental, pois é muito importante para o maquiador que o cliente saia satisfeito o bastante para retornar a ele, e para fazer uma boa propaganda dos seus serviços. A forma como o profissional fala deve ser firme e calma, sem gírias, e o mais impessoal possível. Algumas pessoas não se sentem confortáveis com intimidade, então só aja assim quando perceber algum sinal de que possui liberdade para isso. É válido explicar o
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procedimento a ser feito, para que o cliente fique ciente das etapas e relaxe, pois este é o momento dele. Ouvir o cliente sem interrompê-lo é muito importante para que ele se sinta especial. Um ponto crucial no procedimento da maquiagem é saber entender o gosto da pessoa sem precisar envolvê-la em detalhes técnicos, isso irá confundi-la. O jeito de andar, de falar, de vestir, de se expressar, ou mesmo a forma como está maquiado (ou não), dão importantes dicas de como a maquiagem deverá ser. As únicas perguntas que o profissional deve direcionar ao cliente devem ser simples, como: “Você costuma usar maquiagem?” ou ”Tem alguma preferência de cor?”. Muitas vezes, ao respondê-las, o cliente próprio já discorre sobre como gostaria da maquiagem, ou cita algumas referências que admira, entre outras coisas.
3.3 Local de trabalho Algumas coisas são indispensáveis para que o trabalho do maquiador possa ser realizado de uma maneira ideal, como superfície de trabalho, Iluminação adequada, cadeira confortável para o cliente e para o profissional, maleta de armazenamento, espelho. É válido dizer que apesar de todos os itens serem muito importantes, é possível realizar o trabalho sem alguns deles, porém com a integridade física e mental do profissional e da modelo ameaçadas. Superfície de trabalho: Precisa ser lisa para evitar acidentes, e grande o suficiente para caber os instrumentos que estão sendo usados no momento, como a maleta, paletas de sombras, demaquilante, cotonetes, etc. Iluminação: Algumas situações não são interessantes para o maquiador, como luz forte direta, luz solar direta ou mesmo uma lâmpada muito perto; Lâmpada fluorescente ou lâmpada quente sozinhas, separadamente (distorcem as cores); Luzes fracas (fazem parecer que a maquiagem está ótima quando na verdade está carregada demais); Luz de uma só direção (distorce sua visão de simetria, e produz muitas sombras) Cadeira: Precisa não só ser confortável para o cliente, como também deve ser elevada ao ajuste de sua altura, para que não seja necessário se curvar para o trabalho. Além disso, não é interessante nem que ela tenha um encosto em 90° com o assento (é desconfortável para o maquiador), nem que seja demasiado deitada (a gravidade muda a expressão do cliente, e dá um resultado diferente de quando se está de pé). O ideal é que seja num ângulo intermediário. Porém, trabalhar em condições adversas pode acontecer, e é preciso estar preparado. Maleta de armazenamento: Mantém os instrumentos de trabalho em boas condições de uso. Ela também é importante para organizar os materiais, não sendo necessário espalhálos pela mesa, correndo o risco de perder-se procurando algum item. Espelho: Ao final da produção, o cliente precisa ver o seu trabalho, e solicitar por possíveis modificações, ou simplesmente elogiá-lo, o que é muito gratificante.
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3.4 Biossegurança A pele é o espelho do sistema imunológico do ser humano, mostrando em forma de vermelhidão, descamação, inchaço, prurido, inflamações, etc, coisas que não estão correndo bem internamente. E da mesma maneira, é ela a responsável (juntamente com as mucosas) de transmitir microorganismos nocivos à saúde. Alguns cuidados são muito importantes de serem levados em conta, para que o profissional não seja infectado por uma possível doença, ou carregue-a para outra cliente através de um material infectado. Algumas doenças são visíveis e fácilmente identificáveis, como herpes (que se manifesta como uma ferida disforme localizada), conjuntivite ( olhos em pus ou vermelhos), acne, etc. Mas para as que não se é possível ter certeza, o cuidado nunca é excessivo. _Máscara descartável: Cobre nariz e boca, evitando a transmissão de doenças do profissional para o cliente, ou vice-versa. _Álcool 70%: Em gel ou spray, aplica-se nas mãos antes de cada nova cliente, e sempre que o profissional pegar em outras coisas que não os instrumentos de trabalho, como celular. _Espátula: Sempre que for utilizar os materiais cremosos, o maquiador deve retirá-lo com a espátula e borrifar álcool 70% antes de cada cliente. _Plaqueta: seja um CD ou uma placa própria, após a retirada com a espátula, os produtos devem ser colocados na placa antes de serem utilizados diretamente sobre a pele da cliente. _Descartáveis: Todos os cremosos que não podem ser retirados com espátula, ou colocados diretamente na placa, devem ser aplicados com os descartáveis, como a máscara para cílios (uma escova para cada olho). _Pincéis: É aconselhável evitar o uso dos dedos sempre que possível, e utilizar pincéis devidamente higienizados e desinfectados. Quando for necessário utilizar o mesmo pincel em duas clientes, limpa-se com um líquido para limpar pincéis, tirando o excesso de sujeira em um papel-toalha, e então aplica-se borrifando o álcool 70%.
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Para compreender as proporções do rosto e assim ser capaz de realizar uma maquiagem de qualidade, é necessário antes de qualquer coisa, entender que o rosto é composto por geometria, que define eixos importantes que determinam simetria, diferença entre partes do rosto, e ângulos. Este estudo interfere diretamente na aplicação do efeito de camuflagem da maquiagem. Os elementos existentes se dividem em: Linhas do rosto, ângulos, e geometria dos olhos. Para as linhas fundamentais, temos as linhas Primárias, Básicas, de Centro e de Raiz. Os ângulos existentes se nomeiam Primário e Secundários. Já a geometria dos olhos possui um estudo específico que será exposto futuramente.
4.1 Linhas do rosto LINHAS PRIMÁRIAS A Linha de comprimento B Linha de largura
Estas linhas definem os eixos primários do rosto. A linha de comprimento divide a simetria do rosto, e em uma maquiagem convencional, tudo que é feito de um lado, precisa ser espelhado do outro, a não ser que a pessoa seja visivelmente assimétrica (nesse caso serão necessários artifícios de correção para igualar ambos os lados.). Já a linha de largura define a parte de SUPERIOR e a parte INFERIOR do rosto. A parte superior é a mais expressiva, por isso é a área em que é preciso a maior parte do cuidado da maquiagem. Qualquer detalhe mal aplicado pode mudar a expressão da pessoa para pior.
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LINHAS BÁSICAS C Linha de base da testa D Linha de base do queixo
Estas são as linhas definidoras dos extremos do rosto. É o que existe entre elas que define a área em que a maquiagem atua em maior concentração, sendo o pescoço e o colo apenas uma extensão do trabalho feito no rosto, com o objetivo de mesclar a pele natural com a camuflada. A diferença entre estas linhas também define a proporção de um rosto: Quando comprido, a diferença é muito grande. Quando mais arredondado, a diferença é muito pequena.
LINHAS DE CENTRO E Linha de centro da testa F Linha de centro dos olhos G Linha de centro da boca
As linhas de centro passam no meio de pontos cruciais não-centrais do rosto: a testa, os olhos e a boca. Elas definem pontos de divisão em que são necessários diferentes atenções. Exemplo: A linha de centro dos olhos diferencia um olho amendoado de um olho caído, pois as características de cada um se definem por essa divisão. No amendoado, os cantos dos olhos estão acima da linha de centro, e no caído, estão abaixo. O mesmo acontece para a boca, onde se diferenciam os lábios superiores e inferiores, e para a testa, com entradas abertas ou fechadas.
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LINHAS DE RAIZ H Linha de raiz das Sobrancelhas I Linha de raiz do nariz
As linhas de raiz definem a parte central do rosto, é o primeiro lugar para onde olhamos. Elas também definem características, neste caso das sobrancelhas e dos olhos. Exemplo: Sobrancelhas Bravo-duvidosas têm o arco terminando bem antes da linha de base, já as Tristonho-humildes, terminam bem abaixo da linha de base. Para o nariz, é a linha de base que define a base, assim é possível diferenciar um nariz arrebitado de um de ponta gorda, pois o arrebitado tem sua base acima das abas, e o de ponta gorda, abaixo.
4.2 Ângulos faciais Primeiramente, todos os ângulos são retirados a partir de duas linhas paralelas, ortogonalmente à linha de comprimento, indo até o limite frontal do rosto. ÂNGULO PRIMÁRIO O ângulo primário é criado a partir da linha de base do nariz, até a linha de base das sobrancelhas. Ele define a área saudável do nosso rosto, portanto, quando aplicamos a camuflagem, é este ângulo que indica a maior área de atuação do blush.
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ÂNGULO SECUNDÁRIO 1 Este ângulo é retirado da linha de centro dos olhos até a linha de centro da testa. Ele também é muito importante pois define o ponto alto do arco das sobrancelhas.
ÂNGULO SECUNDÁRIO 2 É definido da linha de base do queixo, à linha de centro da boca. A importância deste ângulo se dá à definição da área principal de correção, no caso de um rosto redondo, no qual precisamos criar a ilusão de ser levemente anguloso.
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4.3 Geometria dos olhos
Os olhos necessitam de um estudo específico e especial, pois possuem a maior quantidade de detalhes do rosto, e é onde a maquiagem se concentra. Temos então alguns nomes importantes de serem guardados, para que posteriormente seja possível entender as aplicações de sombras. Dois eixos dividem os olhos horizontalmente e verticalmente, definindo os nichos interno, externo, superior e inferior. Numa análise diferenciada, temos a linha de transferência, que divide o olho marcando o côncavo, que é a parte mais funda do conjunto (algumas pessoas não possuem o côncavo evidente, e é necessária a criação de ilusão de que ele existe.). A parte móvel é a parte convexa do olho, é a que se movimenta ao abrirmos e fecharmos os olhos. Os supercílios são a parte acima da linha de transferência, onde se encontra o primeiro osso dos olhos, que é levemente saliente, e define as sobrancelhas.
4.4 Formatos de rosto Cada rosto possui um desenho, uma proporção, e relações diferentes entre as linhas geométricas. Esta diferença deu origem ao estudo de formatos de rosto, que é fundamental para o entendimento da cliente, possibilitando a determinação da maquiagem mais adequada para cada pessoa. Através das técnicas de luz e sombra, é possível criar novas angulações e curvas em um rosto.
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Rosto Oval: É o que possui as proporções mais delicadas, e mais próximas à proporção divina. A maquiagem de correção na maioria das vezes é feita para se chegar à ilusão de um rosto oval, para quem não o possui.
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Rosto Redondo: A proporção entre a linha de comprimento e a de largura é quase igual. Neste tipo de rosto, as linhas de base da testa e do queixo são muito mais próximas do que em um rosto oval, proporcionalmente. A impressão é a de um rosto cheio, largo. O queixo neste tipo de rosto normalmente é muito sutil, e não há ruptura na linha de limite do rosto, ela desce numa única curva, dando forma a um rosto circular.
CORREÇÕES Como a proporção do rosto é “achatada”, a camuflagem irá tentar fazer com que o rosto pareça mais comprido, portanto, iluminando as áreas de topo da testa e do queixo, e sombreando as laterais da testa e dos maxilares.
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Rosto Quadrado: Neste rosto, a linha de limite do rosto não possui nada de sutil. Normalmente é o tipo mais facilmente identificável, pois possui uma ruptura quase ortogonal na linha próxima ao canto da testa e dos maxilares. O queixo é retraído quando se olha de frente, e os maxilares costumam ser bem marcados. Como o rosto redondo, a distâncias entre as linhas de base da testa e do queixo são mais próximas do que nos outros rostos.
CORREÇÕES Num rosto quadrado, o mais importante a ser camuflado são as “quinas”. Portanto, é necessário iluminar os topos da testa, do queixo, e sombrear as laterais da testa e dos maxilares.
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Rosto Retangular: Este rosto tem as mesmas características do rosto quadrado, porém as distâncias entre as linhas de base da testa e do queixo são mais distantes do que nos outros rostos, dando a impressão de um rosto longo.
CORREÇÕES Como no rosto quadrado, eliminando os ângulos muito fechados, porém escurece-se também o topo da testa.
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Rosto Hexagonal de lateral reta: As características deste formato são as mesmas do rosto retangular, quando se observa acima da linha de centro da boca. A diferença se dá no queixo, que no rosto hexagonal é anguloso e usualmente proeminente.
CORREÇÕES Para um rosto hexagonal de lateral reta, ilumina-se as têmporas e escurece-se o topo da testa. As laterais dos maxilares continuam a ser sombreadas, assim como a ponta do queixo.
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Rosto Hexagonal de base reta: Este rosto possui maçãs poeminentes, angulações nos maxilares e na base da testa.
CORREÇÕES Escurecer as angulações da lateral do rosto, e iluminar o centro.
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Rosto Triangular: Num rosto como este, é possível ser visualizado um triângulo no sentido que, em proporção, os maxilares são mais largos do que a testa. Este volume pode ser visível tanto em virtude de bochechas acentuadas, quanto de maxilares mais proeminentes. O formato mais estreito da testa pode ser determinado por cabelos que começam um pouco mais fechados, ou mesmo pela estrutura do crânio da pessoa.
CORREÇÕES Como o rosto triangular tem proeminente os maxilares, estes serão sombreados em suas laterais. A testa, para parecer mais larga, recebe iluminação nas laterais, e sombreamento no topo. A ponta do queixo retraído também é iluminada.
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Rosto Triangular Invertido: Todas as características são semelhantes às do rosto triangular, porém invertidas. Neste caso, a testa é que é mais larga proporcionalmente ao queixo. A impressão é a de um rosto “magro”, pois os queixos mais angulosos e proeminentes estão neste tipo de rosto.
CORREÇÕES O queixo anguloso, e as testas largas do rosto triangular invertido são os pontos a serem sombreados. Como existe uma falta de maxilar neste formato, é preciso iluminar as laterais do mesmo, para que fiquem mais proeminentes, e iluminando o topo da testa, ganha-se mais volume.
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Rosto Losango: O principal ponto deste rosto são as maçãs largas. Neste formato, elas são proeminentes, a testa é estreita, e o queixo é fino.
CORREÇÕES Neste rosto a correção diferenciada se dá na base da aplicação do blush, próximo ao limite do rosto. Como a testa e o queixo são estreitos, a base destes é escurecida, e a iluminação acontece nas laterais da testa e do queixo.
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Rosto Misto: Devido à grande variedade de formatos existentes no mundo, nem sempre é possível determinar um único tipo de rosto em uma pessoa. Quando isso acontece, denominase um rosto Misto, por possuir um formato acima da linha de largura do rosto, e outro tipo abaixo. Rosto Assimétrico: Como no rosto misto, neste tipo também é possível encontrar dois tipos de formato em um único rosto. Porém, no rosto assimétrico a estética fica debilitada, devido à simetria natural que o rosto possui. Num rosto assim, os tipos diferentes são divididos pela linha de comprimento. As correções então precisam ser feitas para se igualar um lado do rosto ao outro, escolhendo o lado mais próximo da estética do Rosto Oval como base. Rosto Indefinido: Os rostos indefinidos são afetados por fatores capilares que atrapalham a harmonia do rosto, e debilitam a estética. Cabelos que crescem além da conta, invadindo o rosto, fazem com que a análise do formato seja impossível, sendo aconselhável a depilação destes cabelos, proporcionando um formato agradável.
4.5 Morfologia Facial A morfologia trata do rosto de forma mais pontual, levando em consideração os tipos de queixos, olhos, narizes, bocas e sobrancelhas. É válido citar que um único nariz, por exemplo, é possível (e normal) que se encontre mais de um tipo, e as correções devem ser feitas através do bom senso, mesclando as orientações para cada tipo. Tipos de queixo: PROEMINENTE A linha do queixo extrapola a linha dos lábios.
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Correções: Escurecer a parte proeminente, e no caso de haver uma depressão entre os lábios e o queixo, iluminá-la. COMPRIDO Se o queixo proeminente tem seu sentido na horizontal, o comprido o tem na vertical.
Correções: Escurecer a parte inferior do queixo.
DUPLO O queixo duplo não segue a linha do maxilar até as orelhas: Há uma leve descida em direção ao pescoço.
Correções: Definir uma linha imaginária traçada pelo maxilar, escurecer a parte que excede esta linha sem invadir o pescoço, e iluminar a ponta do queixo.
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ESCAMOTEADO Este tipo é como uma versão mais exagerada do queixo duplo. Normalmente se encontra em pessoas de mais idade, e o queixo se confunde com o pescoço.
Correções: Como não há uma diferenciação de queixo, é preciso criá-la ilusoriamente. Para tanto, se escurece abaixo da linha do maxilar, e ilumina-se o queixo.
CURTO Este queixo é curto quanto ao comprimento (vertical).
Correções: Para corrigi-lo basta iluminar a ponta do queixo.
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Tipos de nariz: DESVIADO O osso do nariz não segue a linha de comprimento do rosto.
Correções: Nas partes profundas desviadas, iluminar, e nas salientes, escurecer, buscando obter um equilíbrio visual.
LARGO/ACHATADO Mais comumente encontrado em negros, este tipo de nariz é curto quanto ao comprimento, e largo por inteiro.
Correções: Iluminar a linha do osso alto do nariz formando uma ilusão de altura, e escurecer as
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laterais, para parecer mais afilado. FINO Trata-se de um nariz estreito, e pequeno em relação ao rosto.
Correções: Iluminar as laterais da aba, e escurecer a ponta.
SEM OSSO(ORIENTAL) O nariz sem osso não chega a ser o chato, mas se assemelha a ele, porém numa proporção bem menor. O nariz oriental não possui um osso alto aparente.
Correções: Para criar a ilusão de um nariz um pouco mais afilado, clareia-se a área central próxima à ponta do nariz, a “achatada”, e escurece-se a parte lateral próxima ao olhos.
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PONTA GORDA A ponta possui uma dimensão maior, se em comparação com o restante do nariz.
Correções: É necessário clarear o centro da ponta, e escurecer abaixo e levemente as laterais (da ponta), para afilar.
ABA LARGA A desproporção neste caso se encontra nas narinas, que são muito largas em comparação ao restante do nariz.
Correções: Somente é necessário escurecer as laterais da aba.
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ARREBITADO Normalmente, este é o tipo de nariz mais desejado, mas existem alguns casos em que a base é arrebitada em demasia, prejudicando a estética e dando a impressão de “nariz de porco”.
Correções: Clarear a ponta do nariz, juntamente com a ponta arrebitada.
FINO DE CARTILAGEM ALTA A estrutura do nariz sobressai por inteiro no equilíbrio do rosto. A cartilagem entre os olhos é também preenchida mais do que o normal.
Correções: Escurecer a parte alta, e iluminar as laterais, dando a impressão de um osso menos saliente.
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LONGO (COMPRIDO) Neste tipo, a desproporção acontece tanto verticalmente quanto horizontalmente.
Correções: Basta escurecer a ponta do nariz, subindo um pouco para o seu comprimento.
COM OSSO ALTO Neste tipo de nariz, há apenas uma saliência, que desequilibra o perfil.
Correções: O escurecimento deve ser pontual, atingindo somente a área saliente.
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Tipos de lábios: FINOS Em lábios finos, deve ser feito um delineado a lápis, que é externo ao contorno natural da boca, para que pareçam maiores. O tom deve ser levemente mais escurecido do que a cor do batom a ser utilizado.
GROSSOS Lábios carnudos são o desejo de 9 entre 10 mulheres, porém algumas pessoas não estão satisfeitas com lábios extremamente grandes. Neste caso, o contorno do lápis deve ser feito internamente ao contorno natural da boca, para que ela pareça menor.
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SUPERIOR FINO Neste tipo de boca, o objetivo é chegar a um equilíbrio entre os tamanhos dos lábios. Se a diferença não for muito grande, o ideal é que o contorno a lápis do lábio superior seja externo ao contorno natural dos lábios. Porém, se o caso é de uma diferença desequilibrada, é aconselhável diminuir o inferior enquanto se aumenta o superior.
INFERIOR FINO Este é o caso inverso ao superior fino. As correções são as mesmas, porém invertidas.
CURTO QUANTO AOS CANTOS Para lábios assim, é necessário um contorno que rasgue um pouco mais os lábios, ou seja, o traçado segue a boca nas áreas centrais, e nos cantos, excede o contorno horizontalmente.
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RASGADOS Este é o inverso do curto quanto aos cantos, e as correções são as mesmas, porém inversamente.
SEM CONTORNO Neste caso, o contorno natural dos lábios é indefinido, sendo necessário desenhá-los, criando um formato que valorize a pessoa.
CAÍDOS Lábios caídos precisam da ilusão de ter as laterais mais levantadas. Para tanto, os cantos inferiores que são diminuídos, recebem um contorno externamente, seguindo até as extremidades.
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Tipos de olhos: AMENDOADOS Os olhos amendoados possuem as laterais externas mais levantadas do que as internas, de acordo com a linha de centro dos olhos.
Correções: Este formato é totalmente proporcional e não há correções. O básico da maquiagem se aplica aqui.
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JUNTOS Quando se faz a medida do comprimento de um olho tem-se por base a linha de centro dos olhos junto com a linha de comprimento do rosto, porém duplicada e posicionada cada uma em um canto interno de cada olho. Mede-se então a distância entre elas, e se esta é menor do que a do comprimento dos olhos, tem-se olhos juntos.
Correções: quanto mais o foco estiver no canto externo dos olhos, melhor. Defina o côncavo da metade dos olhos para fora e aplique sombra escura extrapolando os limites da pálpebra. O iluminador no canto interno dos olhos é muito importante para aumentar a ilusão de distância. O delineado do tipo “gatinha” ajuda também a alongar a distância entre os olhos, e deve ser feito somente a partir da sua metade em direção à área externa. Aplique rímel preferencialmente nos cantos externos dos cílios.
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SEPARADOS De acordo com a medição feita para os olhos juntos, nos separados temos a distância entre os olhos maior do que o comprimento do olho.
Correções: Quando há uma distância grande entre os olhos, é necessário criar a ilusão de proximidade. Para isso, deve-se reforçar o canto interno dos olhos com sombra levemente mais escura, num tom médio. É possível que se esfume para o côncavo, até no máximo o centro. O escurecimento no canto externo é sempre necessário, para criar a ilusão de olhos mais profundos, mas neste caso deve ser usado com muito cuidado: ele não pode ultrapassar os limites da pálpebra.
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CAÍDOS São o contrário dos olhos amendoados.
Correções: Para este tipo de formato, deve-se voltar toda a atenção para a parte superior. Não maquiar a parte inferior dos olhos com lápis preto é muito importante para não intensificar a sua característica. Aplicar a sombra mais escura voltada para o canto externo superior dos olhos ultrapassando área da pálpebra e do côncavo, criando um efeito de “olhos de gatinho”. O delineador também deve ser aplicado na direção do final da sobrancelha, sempre puxando para cima nos cantos externos. O traçado deve ser mais fino, quase imperceptível na parte interna dos olhos, e encorpar gradativamente até a parte externa, ou simplesmente começar a partir da metade dos olhos. Reforce a sobrancelha e aplique um pouco de iluminador logo abaixo dela. O rímel nos cílios superiores é muito importante, principalmente na parte externa.
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SALTADOS/GRANDES Olhos salientes têm sua órbita proeminente se comparado a outros olhos. Quando esteticamente desagradáveis, dão o aspecto de “olhos esbugalhados”.
Correções: Os olhos mais saltados devem ser suavizados escurecendo todo o seu contorno, começando pela linha d’água dos cílios superiores e inferiores. O côncavo e a linha dos cílios devem ser reforçados com sombra mais escura. Os efeitos de sombras fazem parecer que os olhos estão mais profundos. O delineado deve ir do canto interno até ultrapassar o canto externo, tanto na pálpebra superior quanto na inferior, engrossando o traçado na direção externa.
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PROFUNDOS Em olhos fundos, a órbita é internalizada, e os supercílios sobressaem significativamente.
Correções: O objetivo da maquiagem em olhos deste tipo, é fazê-los saltar.Para tanto, use uma sombra iluminadora em toda pálpebra. O escurecido do côncavo deve ser sutil, para não deixar os olhos ainda mais profundos. Os supercílios não devem ser muito iluminados, pois já possuem sua saliência além do necessário.
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PÁLPEBRAS COBERTAS Em olhos cobertos, a pele dos supercílios encobre a parte móvel da pálpebra.
Correções: Este é o tipo mais delicado de se maquiar, pois o côncavo fica escondido. É preciso então criar a ilusão de que existe mais pálpebra à mostra. Na aplicação da cor escolhida para a pálpebra superior, procure ultrapassar a linha de transferência. O côncavo deve ser definido um pouco mais alto se comparado ao local que ele realmente está. Na pálpebra inferior, logo abaixo dos cílios, aplique a cor do canto externo até somente o centro dos olhos. O traçado do delineador deve ser mais fino, e apenas do centro dos olhos até o canto externo. O iluminador dos supercílios deve ser bem rente às sobrancelhas, para não atrapalhar a ilusão de pálpebras aumentadas.
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PEQUENOS lhos pequenos são medidos pela proporção no rosto. Podem parecer pequenos em comparação ao nariz, à boca, e ao tamanho do rosto.
Correções: Este tipo necessita de uma sombra luminosa por toda a pálpebra, e no canto externo, levemente mais escura. O lápis branco na linha d´água é muito importante (nunca utilizar lápis preto neste local.) Aplique curvex de maneira intensa e rímel(principalmente no canto externo), para abrir o olhar. Para este formato, máscara nos cílios inferiores também é necessário.
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Sobre a pele, nós a temos dividida em 2 camadas: derme e epiderme, e nesta ordem estão a mais profunda e superficial. A contém derme estruturas vasculares, nervosas e anexos (pêlos, unhas, glândulas sebáceas e sudoríparas), e a epiderme possui camadas celulares que se renovam, alem de colágeno. É nesta camada que nós maquiadores trabalhamos, e é com ela que devemos nos preocupar. Eis a seguir os tipos de aparência da epiderme.
5.1 Normal A pele normal é a mais simples e fácil de se maquiar. Sem imperfeições, ela é macia e não possui nada a se esconder. É mais facilmente encontrada em crianças de até 12 anos. Características: _Aspecto liso e aveludado _Não possui descamações _Cor saudável _Brilho natural sem excesso _Tendência a desidratação _Apenas precisa de cuidados para manter o equilíbrio.
5.2 Seca É uma pele delicada de ser maquiada, pois possui tendência a descamações e craquelações, que são muito difíceis de serem disfarçadas (o tratamento deve ser prolongado, e com um especialista), e também trata-se de uma pele sensibilizada, necessitando cuidado especial com os produtos utilizados. É muito importante para começar uma maquiagem neste tipo de pele, uma esfoliação, seguida de hidratação intensa, para amenizar as imperfeições que podem prejudicar a maquiagem. Características: _As glândulas sebáceas e sudoríparas não funcionam em sua total capacidade _Rugas precoces ao redor da boca e dos olhos _Rugas finas e em muita quantidade _Pele muito sensível a produtos alcalinos, vento, ar condicionado, sol, etc. _É fácil encontrar flacidez _Costuma apresentar descamações
5.3 Oleosa A dificuldade da pele oleosa está em manter a maquiagem nela. As glândulas funcionam muito mais do que deveriam, liberando óleo o dia inteiro, o que “expulsa” a cobertura aos poucos. Para fazer este tipo de pele, é necessária uma limpeza generosa, utilizando produtos nãooleosos e adstringentes, e principalmente aplicar um primer de qualidade, que irá segurar a oleosidade durante um bom tempo. A base também é muito importante: Bases para peles
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oleosas possuem componentes que também ajudam a segurar a maquiagem na pele, sem deixar o óleo escapar. Características: _Aspecto gorduroso _Espessa e elástica _Poucas rugas, porém profundas _Poros geralmente dilatados _Tendência a cravos e espinhas _Cor amarelada
5.4 Mista É a mais comumente encontrada, mescla características das peles oleosa e seca. Características: _Oleosa na zona T (testa, queixo, nariz) _Seca ou normal ao redor dos olhos e nas laterais do rosto
5.5 Acnéica Esta pele é complexa pelo fato de possuir muitos comedões e pústulas (cravos e espinhas), que precisam de atenção especial, portanto a maquiagem é mais demorada. Não é recomendável que a pessoa que a possua use maquiagem todos os dias, pois a cobertura dificulta a respiração dos poros, facilitando o aparecimento de mais lesões ainda. Nos casos mais graves, não é recomendável maquiagem nem sequer um dia, por ser uma pele extremamente sensibilizada, havendo a possibilidade de piora significativa do quadro após o uso dos produtos. Características: _Textura grossa, com brilho excessivo _Apresenta manchas e cicatrizes (de espinhas anteriores) _Aspecto avermelhado
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Para obter um resultado de qualidade na maquiagem, é preciso antes preparar a pele para receber a cobertura, e as etapas desta preparação são: Limpeza, tonificação, hidratação e aplicação de primer.
6.1 Limpeza Durante o dia, a pele acumula impurezas, oleosidade e partículas que atrapalham a aplicação da maquiagem e ameaçam a saúde da pele. Por isso é muito importante que se faça a limpeza adequada, principalmente no caso de peles oleosas. Os produtos: Gel, emulsão, ou leite de limpeza + Algodão + Lenço ou papel-toalha. O processo: Primeiramente, tenha em mãos uma tiara de velcro ou similar, para prender os cabelos da cliente. Em seguida, coloque uma pequena quantidade do produto de limpeza no algodão, e vá aplicando o produto com uma pressão firme, arrastando ou não, e evitando a área dos olhos. Seque a umidade restante com uma toalha ou lenço, ou mesmo espere para que seque naturalmente.
6.2 Tonificação Após a limpeza com o sabonete, a acidez da pele diminui deixando um ambiente propício para a proliferação de bactérias, além da sensação de ressecamento, “repuxamento”. É preciso que se utilize um tônico para remover os resíduos da limpeza, toxinas, e retomar um pouco da hidratação, e regular o PH. O tônico desobstrui os poros da pele, deixando-a suave e hidratada. A loção adstringente também é importante principalmente para o caso de pessoas com pele oleosa, trabalhando na contração dos poros e deixando-a menos propensa à produção de óleo excessivo, além da aparência de poros menos dilatados. Os produtos: Loção Tônica e/ou Loção tônica adstringente + algodão. O processo: Se a pele é seca ou normal, utilizar somente a loção tônica, e se é oleosa ou mista, a loção tônica e após ela a adstringente (ou mesmo um produto que contenha os 2). No caso Aplicar o produto diretamente no algodão, e como no passo anterior, aplicar com pressão firme em toda a área do rosto, evitando a área dos olhos.
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6.3 Hidratação Toda pele necessita de hidratação, mesmo as mais oleosas. O sabonete retira a gordura natural da pele, e a deixa desprotegida, e mesmo fatores climáticos colaboram para a necessidade de hidratação. A diferença de cuidado está no tipo do hidratante. Para peles secas, os hidratantes à base de óleo vegetal são os ideais, e para a pele oleosa, os produtos em gel, ou gel-creme. Os produtos: Creme hidratante para peles secas, gel-creme hidratante para peles normais, ou gel hidratante para peles oleosas ou mistas. O processo: Colocar uma pequena quantidade de hidratante nas mãos ou pincel, e espalhar delicadamente sobre o rosto da cliente, sem excessos, para que não atrapalhe a maquiagem. Enquanto se aplica o hidratante, é válido massagear o rosto da cliente para que ela se sinta relaxada.
6.4 Primer Este produto é muito importante para preparar a pele para receber o corretivo e a base. Por conta da película uniformizadora, e do disfarce óptico, o produto cobre poros e linhas finas, além de segurar a oleosidade da pele fazendo assim com que a maquiagem dure mais. A sua utilização evita craquelações da base e do corretivo devido a expressões faciais, além de diminuir a chance de que os produtos acumulem em dobras abaixo dos olhos e nas pálpebras. Os produtos: A maioria dos primers possui função generalizada, mas existem produtos específicos para poros, outros para linhas finas, entre outros. O processo: A aplicação do primer pode ser localizada, ou mesmo no rosto inteiro, dependendo da necessidade. Após ter esperado que o hidratante seja absorvido por inteiro, comece a aplicação com uma quantidade muito pequena no dedo ou pincel, espalhando sobre a área desejada com poucos movimentos, dando pequenas batidinhas a seguir para fixar, espalhar, uniformizar e secar o produto. Somente aplique a cobertura por cima do primer quando ele estiver seco por completo. Do contrário, irão aparecer indesejáveis “pedacinhos” do produto, que prejudicarão o resultado da maquiagem.
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7.1 Pele Correção: A primeira etapa de cobertura da pele é a correção, que disfarça as manchas e imperfeições mais fortes da pele. MATERIAL Corretivo líquido ou cremoso do tom da pele da cliente + corretivos salmão (vermelho), lilás (violeta), verde e amarelo + pincéis para corretivo. PROCESSO O primeiro passo é utilizar os corretivos coloridos. Para cada tipo de imperfeição, existe uma cor de corretivo. A base para a tabela a seguir, é o círculo cromático, no qual cores opostas se neutralizam:
Este é um círculo cromático simplificado, com as cores primárias e secundárias. Estão representadas as cores quentes na metade esquerda (vermelho, laranja e amarelo) e as frias na metade direita (violeta, azul e verde).
corretivo Verde Lilás amarelo Azul Salmão
indicação Manchas avermelhadas(acne, cicatrizes, etc.) Manchas amareladas (marcas senis, manchas de sol,etc.) Manchas arroxeadas (olheiras de fundo roxo, hematomas arroxeados, etc.) Manchas marrom-alaranjadas (marcas senis, manchas de sol, etc.) Manchas Azuladas (olheiras de fundo azulado, hematomas azulados, etc.)
+
efeito =
+
=
+
=
+
=
+
=
Escolhida a cor do corretivo, tenha em mãos o pincel, pegue uma pequena quantidade do produto com o instrumento, e espalhe nas áreas corretas. Espere alguns instantes para que seque, e aplique o corretivo da cor da pele da pessoa em leves batidas para que não retire o passo anterior. Alguns efeitos também são possíveis de serem criados com corretivo, como iluminação
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e escurecimento. Áreas como o supercílio por exemplo, que merece iluminação, pode receber um corretivo com tom mais claro do que o tom da pessoa. Uniformização: Após o corretivo ter corrigido as imperfeições mais chamativas da pele, a base será a responsável por cobrir todas as outras pequenas manchas e uniformizar a cor. MATERIAL Pincel para base ou esponja de aplicação + base líquida, base cremosa ou base em pó, sempre do tom exato da pele da cliente, ou pelo menos próximo (poderá ser suavizado depois com o pó). *A base líquida por ser mais fluida possui menos óleos, sendo mais indicada para pessoas com pele oleosa ou mista. É também provável que ela possua um pouco menos de cobertura, o que a faz mais indicada para pessoas com poucas manchas na pele, ou para uma maquiagem mais leve. *A base cremosa é normalmente mais hidratante, e mais indicada para pessoas com pele seca ou normal. Também tende a ter mais pigmentação, por isso é boa para maquiagens com acabamento mais pesado. *A base em pó é muito leve, ideal para o dia-a-dia, porém não indicada para peles maduras ou secas, pela facilidade de craquelamento. PROCESSO Espalhar a base requer paciência e atenção, pois se mal espalhada, deixa manchas, ou um resultado diferente do que se quer atingir. Existem formas diferentes de aplicação, mas profissionalmente, apenas duas são as mais indicadas, por questão de higiene: com pincel, e com esponja. São vários os tipos de pincéis, e escolher um tipo, ou a esponja, depende do tipo da base, é preciso testar para saber qual melhor se adéqua ao produto. Para bases cremosas e fluidas, coloque uma pequena quantidade do produto no dorso da mão, retire uma parte com o instrumento, e comece a espalhar o produto com leves batidinhas, no caso de pincel ou esponja (jamais esfregar, isso irá deixar as marcas do instrumento). Para pincéis kabukis, movimentos circulares firmes. Sempre utilize somente a quantidade suficiente de produto para ser espalhado.Para o acabamento, utiliza-se um pincel do tipo Duo Fiber limpo, em movimentos circulares leves, para retirar o excesso de produto, aderir melhor a base à pele, e dar polimento. Se o objetivo for uma maquiagem com cobertura mais pesada (como para fotografias, festas de gala), pode ser aplicada uma segunda camada de produto, polida novamente em seguida. No caso de base em pó, os pincéis tipo kabuki são os mais indicados, aplicada em movimentos firmes circulares, cuidando com o excesso de produto. Não necessita aplicação posterior de pó. Fixação: As bases cremosas e fluidas possuem uma textura levemente molhada, e para fixá-la através de um selamento, e tirar o excesso de brilho e até mesmo igualar o tom da base com a pele da pessoa, o pó é utilizado. Porém nos casos de pele seca e/ou madura, uma quantidade quase inexistente de pó é utilizada, ou dependendo da pele, o uso pode ser dispensado. MATERIAL Pós compactos ou soltos com cor ou translúcido + pincel largo para pó ou Duo Fiber. Para um efeito mais denso, o pó compacto é mais indicado, e para uma aplicação mais leve, o
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pó solto. PROCESSO Tendo em mãos um pincel grande, a aplicação inicialmente é na zona T do rosto, espalhando-se o produto para o restante do rosto, sem excesso de material, para manter um acetinado natural idêntico ao da pele. Contorno e iluminação: Para que seja possível fazer correções de formato de rosto, ou mesmo transformar um rosto suave em anguloso, utiliza-se pó ou base 2 ou 3 tons a mais do que o tom da modelo e iluminador em pó, cremoso, ou mesmo uma base 2 ou 3 tons mais clara. MATERIAL Pó ou base 2 ou 3 tons a mais do que o tom da modelo + iluminador em pó, cremoso, ou mesmo uma base 2 ou 3 tons mais clara + pincéis de aplicação. PROCESSO Para as correções com produtos cremosos, o contorno e iluminação devem ser feitos uma etapa antes do pó, logo após a uniformização com a base. Aplica-se em batidas com o pincel de base no local desejado, e a seguir é feito o esfumado em movimentos circulares com pincel kabuki ou Duo Fiber de tamanhos adequados Para os produtos em pó, após a etapa de fixação, são utilizados pincéis para pó de tamanho adequado para a área a ser pintada, e aplica-se o produto em movimentos circulares, esfumando bem. *É importante ter sempre à frente o bom senso, para que as modificações não saltem à vista com facilidade. Blush: Após retirar as cores rosadas do rosto com a base, elas podem ser “devolvidas” com a aplicação do blush de cor adequada ao tom da pele. MATERIAL Blush em pó ou cremoso + Pincel de blush ou esponja de aplocação. PROCESSO Deve ser aplicado nas bochechas em movimentos ascendentes do centro às laterais do rosto de acordo com o ângulo primário já mencionado, cuidando do excesso de produto.
7.2 Olhos Sombra: A aplicação da sombra deve ser feita com pincéis adequados, de acordo com o efeito que se quer atingir. Os tipos de pincéis e suas funções serão expostos no capítulo 8. Primeiramente, espalha-se um tom médio sobre toda a pálpebra, que será o de predominância. O tom iluminador precisa sempre ser visivelmente mais claro que o tom médio, e aplicado nos cantos internos dos olhos (exceto pelo caso de olhos separados, que devem receber somente o tom médio nessa área, como já mencionado). O tom de sombreamento também deve ser visivelmente mais escuro do que o tom médio, e é aplicado nos cantos externos dos olhos. É muito importante pensar muito bem na combinação das cores da maquiagem, para não desarmonizar todo o trabalho já feito.
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Lápis: A direção da aplicação do lápis é muito importante para não obter um efeito irregular do traço. Deve-se começar de fora para dentro, em traços firmes, curtos e sobrepostos, para firmar a cor, tomando sempre o cuidado de manter o lápis bem apontado, para que o traço não saia demasiado grosso. Puxar um pouco a pálpebra para cima enquanto é aplicado o produto ajuda a firmar o traço. Delineador líquido/gel: É o material que necessita de mais concentração. A mão deve ser muito delicada, firme e precisa, e o traço, contínuo. Ao contrário do lápis, traços curtos com o delineador darão um resultado falhado e irregular. O traço deve começar do canto externo do olho (quando se acaba de tirar o pincel do potinho, a quantidade do produto é maior), e com o pincel levemente mais deitado (isso fará com que o traço seja levemente mais grosso). Continuando, o pincel deve ser levantado gradativamente, para que no final, o traço esteja tão fino quanto se deseja. Obs.: No caso de traçado tipo “gatinha”, é feito primeiro a marcação do “puxadinho”, em pincel quase sem produto, como um rascunho. Em seguida então é feito o preenchimento, que dá início ao traço já explicado. A qualquer momento, é possível fazer a correção de algum erro, tendo por perto um cotonete com uma pequena quantidade de demaquilante, fazendo em seguida a reposição da camuflagem perdida com corretivo e uma pequena quantidade de pó. Máscara: Para evitar acidentes (que são muito comuns), peça que a cliente olhe para baixo sem fechar os olhos, e permita que ela pisque. Puxe a sobrancelha para cima, e vá então fazendo movimentos de zigue-zague da raiz dos cílios até as pontas, sem deixar nenhum pêlo sem preenchimento. Para um efeito mais cheio e dramático, pode-se utilizar primeiramente uma máscara de alongamento, para “pentear” os cílios, e logo em seguida uma máscara de volume. Caso a aplicação borre na pele ou nos olhos, pegue imediatamente um cotonete seco e retire o excesso. Em seguida utilize um cotonete com demaquilante, e corrija a camuflagem retirada com um pouco de corretivo e pó, e no caso dos olhos, reaplique a sombra no local afetado. Obs.: O curvex é um instrumento muito indicado, para curvar e uniformizar os cílios antes de aplicar a máscara. Para utilizá-lo, encaixe os fios nele, pressione por 10 segundos, e aplique o máscara em seguida. Cílios postiços: É um item muito importante em uma maquiagem sofisticada para festa. Existem milhares de modelos de cílios, de acordo com o gosto de cada cliente. O importante é obter produtos de qualidade, de preferência de fios naturais. Antes de usar a máscara, tenha em mãos a cola para cílios, uma pinça de ponta larga e uma pinça de ponta de precisão. Depois de pegar um dos postiços com a pinça de ponta larga, passe uma pequena quantidade na base dos cílios postiços, não se esquecendo das extremidades, que são as partes mais importantes. Espere em média 30 segundos para que a cola ganhe consistência, e aplique nos olhos com firmeza e precisão, bem rente aos cílios naturais, basicamente em 3 movimentos: No centro, no canto externo e no canto interno. Após a aplicação, ajeite e pressione levemente os cílios contra a pele com a pinça. A ponta de
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precisão é importante para quando faltar cola em algum local: Aplica-se uma pequena quantidade na ponta da pinça, transferindo diretamente para o ponto deficiente. Enfim aplicados, espere alguns minutos para que fixem, e aplique a máscara normalmente, mesclando os cílios naturais com os postiços. Sobrancelhas: Sabe-se que não é de responsabilidade de um maquiador o design das sobrancelhas das clientes. Porém, nem sempre elas se preocupam em pinçá-las para ir a uma festa. Acontece que pêlos fora do lugar atrapalham significativamente o resultado, sendo aconselhável que se pince o excesso antes de começar a aplicar a cobertura. As sobrancelhas precisam ter seu desenho definido para levantar e valorizar o olhar da mulher, assim como preencher falhas e melhorar o desenho. Como a base e o pó acabam por retirar um pouco a definição natural dos pêlos, é possível redesenhá-los. Tenha em mãos o lápis de sobrancelhas ou sombra (com pincel pequeno chanfrado) do tom da raiz do cabelo da cliente, ou mesmo do tom que ela preferir, no caso de pêlos tingidos. Aplique com cuidado em movimentos leves e curtos, preenchendo falhas e colorindo a sobrancelha sempre levemente, para que não fique um desenho pesado. Terminado isso, com uma pequena escova para sobrancelhas, espalhe os traços, para que se fundam com os pelos.
7.3 Lábios Os lábios precisam de atenção especial para serem redesenhados após o uso de cobertura corretiva. Tenha em mãos um lápis labial, o batom e o pincel para lábios. A cor do lápis é sempre um pouco mais escura do que a do batom (sem exagero, precisa ser sutil). Comece aplicando o lápis nas bordas da boca, redesenhando dos cantos para o centro. Ele também ajuda a manter o batom sem borrar. Depois de desenhado o contorno, aplicar o batom para preencher os lábios. Ao fim, um pouco de gloss somente no centro ajuda a iluminar, se for do gosto da cliente
7.4 Harmonias de Cores Como já foi visto inicialmente no início deste capítulo na fala sobre corretivos, para estudar as infinitas cores que temos disponíveis para usar e combinar, há um instrumento chamado Círculo Cromático. Ele é formado pelas cores puras (vermelho, amarelo, e azul) que misturadas dão origem às cores secundárias, e estas misturadas novamente, às terciárias. São muitas nuances e o estudo e conhecimento das harmonias nos serve como uma orientação, nos indicando por onde é mais seguro seguir. A seguir são apresentadas as harmonias existentes:
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Monocromática:
É a harmonia mais simples de se trabalhar, um degradê suave. Trata-se de uma cor do círculo associada a cores do mesmo tom, porém com mais luminosidade ou menos (adição de branco ou de preto). Combina-se muito bem com as cores neutras. Análoga:
É a combinação de três cores consecutivas dentro do círculo cromático. Tão simples quanto a harmonia monocromática, porém mais rica (apesar de não ser capaz de oferecer contraste). Complementar:
Combinação de duas cores opostas dentro do círculo cromático. É a que oferece mais vibração e contraste.
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Tríade:
Trata-se da relação entre três cores equidistantes dentro do círculo. Confere contraste também, porém um pouco mais equilibrado ao olhar. É uma das harmonias mais atraentes. Complementar dividida:
Combinação entre uma cor do círculo e as duas análogas da complementar a ela. Tétrade:
Duas combinações de complementares dentro do círculo. É a mais rica porém a mais complicada de se trabalhar por poder parecer poluída muito facilmente. O ideal é escolher
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somente uma cor dominante. O maquiador pode utilizar-se desta ferramenta sempre que estiver com dúvidas sobre alguma combinação de cores, mas o bom senso deve sempre se manter à frente, cuidando sempre para as quantidades de cada cor, onde colocá-las, como aplicá-las. O círculo também é utilizado como base para combinações de cores de pele e olhos com as cores de sombra e blush. Por exemplo, uma pele com fundo amarelado encontra mais harmonia nos blushes rosados, que são derivados do violeta (sua cor complementar). Da mesma forma, olhos azuis são muito bem harmonizados com sombras corais e cobres, também por ser o laranja sua cor oposta. Exemplos aplicados à maquiagem:
Harmonia tétrade da cor Azul.
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Harmonia tríade da cor Azul.
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Harmonia complementar da cor Azul.
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Harmonia monocromรกtica da cor Azul.
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8.1 Pré-maquiagem Pinça
Para retirar os excessos de pêlo das sobrancelhas, deve ser de ponta média, e possível de ser desinfetada.
Tesoura pequena Para cortar os excessos de pêlos da sobrancelha e de cílios postiços. Não deve ser de ponta curvada.
Algodão Para aplicar e retirar os produtos da pele.
Lenço de papel Para retirar os produtos da pele, deve ser suave e absorvente.
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8.2 Rosto Pincel chato e fino firme
Este é o pincel para a aplicação dos corretivos e outros produtos cremosos.
Esponja de silicone “queijo”
Esta esponja serve para aplicar a base, mas também pode ser utilizada para corretivo. É ótima para a precisão, pelo seu formato.
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Pincel chato e grande firme
É como uma versão grande do pincel para corretivo, porém é para a aplicação da base líquida ou cremosa.
Pincel duo fiber
Este pincel possui uma combinação de 2 tipos de fibra, e é para o acabamento de base líquida ou cremosa. Proporciona suavidade e ótimo preenchimento na aplicação. Também pode ser utilizado para a aplicação de pó.
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Pincel largo e macio
Este pincel é para a aplicação de pó, tanto compacto quanto solto. É macio para facilitar o espalhamento e a uniformização. Permite uma cabamento mais leve.
Esponja chata
Esponja para aplicar o pó, compacto ou solto. Permite um acabamento mais pesado.
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Pincel largo e macio chanfrado
Este pincel é ideal para a aplicação do blush. Também é indicado para sombreamentos de correção do formato do rosto.
8.3 Olhos Curvex
Instrumento para curvar os cílios.
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Pincel chato e pequeno macio
Este pincel é para a aplicação da sombra, e tem a função de apenas depositar o material, deixando uma cor intensa.
Pincel chato e pequeno macio chanfrado
Ideal para esfumar a marcação do côncavo, devido ao seu chanfro, que permite maior precisão.
Pincel chato e pequeno curto firme
Este pincel é para aplicação da sombra, em locais menores. Permite mais quantidade de produto.
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Pincel redondo pequeno macio
Pincel para esfumar.
Pincel pequeno e curto chanfrado firme
Este pincel é para aplicações precisas de sombra ou delineador.
Pincel redondo e macio médio
Pincel para esfumados precisos.
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Pincel redondo e firme pequeno
Para delineados precisos.
8.4 LĂĄbios Pincel pequeno firme chato e curto
Pincel para aplicar o batom com precisĂŁo.
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8.5 Sobrancelhas Pente/escova
Na realidade este instrumento não é só para as sobrancelhas. A escovinha é utilizada para uniformizar o lápis aplicado, além de pentear as sobrancelhas. Já o pente, é para desembaraçar os cílios, e retirar excessos de máscara após a aplicação.
8.6 Cuidados com os pincéis Os pincéis de maquiagem são um investimento delicado, e para que durem por anos é preciso ter alguns cuidados com a manutenção. Mesmo os de fios sintéticos precisam se lavados e desinfetados com frequência. O acúmulo de produto entre os fios proporciona um ambiente muito propício à proliferação de bactérias, e utilizar um pincel sujo no rosto de uma cliente aumenta significativamente a chance de transmissão de microorganismos nocivos à saúde. Para maquiadores profissionais que usam seus pincéis regularmente, o ideal é que sejam lavados e desinfetados no mínimo uma vez por semana dependendo do volume de trabalho (podendo ser mais vezes, no caso de muito trabalho todos os dias), e precisam passar por limpeza rápida seguida de desinfecção, a cada uso. Para a limpeza rápida, tenha sempre em sua maleta um borrifador com líquido higienizador de pincéis. Aplique diretamente sobre as cerdas e em movimentos circulares e delicados sobre um papel-toalha, retire o excesso de produto. Repita quantas vezes forem necessárias, até ficar razoavelmente limpo e seco. Borrife o álcool 70% em seguida. Para a lavagem semanal, abra uma torneira com um fluxo médio de água, e molhe os
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pincéis com os fios sempre voltados para baixo (do contrário, o acúmulo de água na parte interna do pincel pode causar mofo e amolecer a cola que mantém os pêlos presos ao cabo). Coloque uma quantidade que baste de shampoo neutro na palma da mão, e em movimentos circulares e delicados limpe o pincel. Enxague da mesma maneira, e repita a operação até a espuma não ter mais cor de produto. Retire o excesso de água com cuidado, estenda uma toalha e disponha os pincéis todos na horizontal, aguardando 4h para a secagem completa. Após isso, borrife o álcool 70% em cada pincel e aguarde novamente 30 minutos para a secagem completa, e para enfim guardar os pincéis na case.
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Referências: Imagens dos capítulos 2 e 8: Blog ”Cookiie and cupcake”, www.cookiieandcupcake.blogspot.com “Maquiagem e sua história milenar”, Giulia Bavia Lops, FAAP- Fundação Armando Alvares Penteado “História da maquiagem”, a arte da transformação, Carlos José Portal São Francisco, www.portalsaofrancisco.com.br Site sigma Makeup, www.sigmabeauty.com Google Images, www.google.com.br
Imagens do capítulo 7: Harmonias: “Porão das Tintas”, http://www.poraodastintas.com.br/harmonia_cores.php Harmonias aplicadas à maquiagem: Execução e autoria próprias.
Imagens do capítulo 4: Bancos de imagem, e edições e manipulações de imagem de autoria própria.
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