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Marcia Maranhão de Conti
from As Mulheres Poetas
(1956)
Poeta catarinense, prosadora, analista de sistemas e funcionária pública aposentada, vive desde 1975 em Curitiba. Já ministrou várias oficinas, deu palestras e fez leitura pública de poesia em teatros, bares e praças. Representou o Brasil em encontros de poesia no México, Nicarágua e Portugal. Em novembro deste ano estará no XX Encuentro Internacional de Mujeres Poetas en el País de las Nubes, Oaxaca, México. Publicou Busca e Apreensão(2010), Lua Caolha(2008)
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GOSTOSA Bela cantata! Me allegro, ma non treppo.
PER VER TENDO TE Disseco-te verso per verso SUICÍDIO Com agulhas de crochê a velha senhora mata horas.
RECADO O tempo me mandou um recado pelo vento, mas eu tonta liguei o ar condicionado e não deixei o vento entrar. Insistente, ele mandou um sabiá laranjeira cantar na palmeira até me acordar. O louco cantou, cantou, até ficar rouco mas, eu tonta, não entendi. A palmeira então bateu palmas no portão mas eu, sem noção. nunca atendi. Até que um dia ela derrubou uma folha amarela na minha cabeça. Foi quando li o recado que o tempo havia deixado. Estava escrito assim: