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Rita Santana
from As Mulheres Poetas
(1967)
Poeta baiana, é filósofa, arte-educadora e especialista em História Regional. Estreou como poeta na antologia Poetas Novos da Região Cacaueira, em 1987. Editou, artesanalmente, folhetos de poesia: Às Canhas as Palavras Realizam Mil Façanhas (1990), A Óleo e Brasa (19991) e Antese (1993). Tem poemas publicados em jornais, antologias e blogs. Participou da agenda Livro da Tribo (2013). Em 2004, lançou seu primeiro livro individual, Poemas Sem Nenhum Cuidado e, em 2009, Amarelo Por Dentro. Na sequência, Filosofia Líquida (2012) e Colar de Absinto (2017).
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VIOLINOS QUE MIAM últimas horas dessa cronologia obsoleta travessia de tempo retirado. nenhuma praia do sul arderá em mim mais que a poesia torta encurvada em pélvis e em pêlos - nossos sais. a poeta, o colchão o violino e seus miados.
COLAR DE ABSINTO do colo ao quadril adorna e flamba a carne adereço que a restaura, abjurada em chamas. formoso é o pescoço e as sete vértebras que o estende aos ares: lava. pira. serpe. o pescoço de labirinto e de fogo por onde ardeja, verde o absinto que me trazes. a losna-maior farfalhando como folha (em nervura e delírio), teus exílios.