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Thereza Christina R. da Motta
from As Mulheres Poetas
(1957)
Poeta baiana, é graduada em letras e pós-graduada em planejamento educacional. Participou de várias antologias e concursos literários e já foi premiada várias vezes. Colaborou com os jornais Sudoeste, Et Cetera, O Rascunho e Jequié, escrevendo matérias, crônicas e poemas. Atualmente é membro da Academia de Letras de Jequié. Publicou seu primeiro livro em 2014: Procura-se a Poesia.
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DOIDA VARRIDA Por que não fugir Dessa tempestade que arrebata Fantasia insana, labaredas O meu corpo em chamas. Vivo num mar sem fundo Náufrago em uma ilha Personagem sombria e louca Aprisionada em martírios. Por que não afugento Os fantasmas do meu duplo? Repousa uma montanha russa No vale do meu delírio. E por ser a eremita Da gruta dos caminhos Anjos, bruxas e duendes Farão um banquete de redemoinhos. E por não demolir Paredes de solidão A santa e profana amordaça Os papas da Inquisição.