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Lilian Maial

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Silvia Camossa

Silvia Camossa

(1958)

Poeta carioca, é doutora em antropologia pela Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, tradutora e professora da UFRJ. Publicou os livros poemas: Noite de Ela no Céu (1982), Neve Rubra (1996), Fôlego (1998), Cinco Ventos (2001), Ouro(2005) e Estúdio (2009).

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MERGULHO quando caio nada vinga além do nado caio entre e me salvo pelo meio guelras ganhas, estou só absoluta no líquido quase aquática nem amo de tão perfeita. POR UM FIO O que me prende à vida é linha de hálito troca de ares, fios de ouro. Ora tenazes ora soltos colares: tênue sutura ata-me ao chão do mundo. A vida me prende em teia de vento acordo quebrável selado com o ar. CHEIO D’ÁGUA Mareja a água na forma do olho, o olho é um outro lado do corpo e lago convexo. Dois lençóis d’água depositados a turvar a mirada embaçada no espelho de 2 lados. Os espaços dos olhos marejados são a virada dos avessos

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