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Viviane Mosé
from As Mulheres Poetas
(1963)
Poeta mineira, de Leopoldina, interior de Minas, vive atualmente em Sete Lagoas. É poeta desde menina, produziu de forma independente o primeiro livro ”Conto de um amor intermitente”, em 2017. Graduada em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1985) é especialista em Saúde Pública, Farmácia Hospitalar e em Vigilância Sanitária.Funcionária da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais/FHEMIG desde 1986, trabalha na defesa da saúde pública há 30 anos, espaço onde está implementando o projeto Saúde e Literatura: a literatura como alento. Seu primeiro livro de poemas (in) visibilidades foi publicado em abril.
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aquele verso de camões caindo caindo como grosso da chuva ou como grassa com dois esses (óleo que não se desprega da mão ) podia imaginar a palavra grassa gordurosa grassando as beiras de tudo que em você era mim tu/nós os coletivos viscosidade e mescla, tudo era e eu chorando como águas da chuva em telhados rubros:
“cesse tudo que a musa antiga canta”.
A FABRICAÇÃO DO POEMA uma palavra quarada ao sol cintila depois orvalha e cintila novamente talvez seja necessário aguardar a estação o tempo sem nenhum quebranto o cicio das horas ordinárias real é olhar a respiração dos cães a água do chá fervendo nas noites mais frias o espelho sextavado de cristal habita olhos desapressados deixe-me olhar as letras são noturnas e grávidas.