A Magazine 20

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Nº20 MARÇO 2013

18 inovação Como vão ser os aeroportos

em 2050

10 chegadas Casas Açorianas, os Açores em estado puro 40 lifestyle Portugal mostra-se ao mundo na loja Portfolio

Camaleónicos: aeroportos que se adaptam aos passageiros

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HÁ OUTRO AEROPORTO PARA QUEM VIAJA EM GRUPO_ Groups Airport é um conjunto de serviços desenvolvidos a pensar nas exigências das viagens em grupo. Porque cada grupo tem as suas especificidades, a ANA Aeroportos de Portugal oferece soluções personalizadas e convenientes para quem procura conforto e exclusividade. O aeroporto adapta-se a si_

Serviços adaptados a si_ Assistência Personalizada_ CIP STAR_ Espaços Personalizáveis Para Receções, Eventos e Reuniões_ Bagageiros_

Serviço disponível no aeroporto de Lisboa. Para mais informações sobre os serviços disponíveis envie um e-mail para: alsreservas@ana.pt 2


editorial

MARKETING NO AEROPORTO

L

onge vão os dias em que um aeroporto era uma mera infraestrutura necessária à operação do transporte; o filme “O Terminal” colocou-o no pólo oposto, como se o universo se confinasse a um espaço onde uma teia de relações e emoções se desenvolve, no exercício de tarefas complexas que o seu funcionamento exige, ignorando tudo para lá das suas fronteiras. Peça-chave do mundo atual, o aeroporto é hoje local de passagem e de encontro, de ansiedades, alegrias e desejos realizados, de sentimentos desconcertantes em função do momento e das razões que determinam a presença nas suas instalações. Viajantes, amigos, familiares, profissionais de terra ou do ar, todos formam uma comunidade com vida própria e diferenciada a cada momento, criando desafios complexos a quem tem que produzir soluções e obter resultados. Identificar o consumidor e as suas necessidades numa célula social em transformação é tarefa cada vez mais exigente. Executivos, emigrantes, imigrantes, turistas confluem em proporções diferentes, impondo ofertas ajustadas a procuras instáveis e em mutação. A editora de uma revista de turismo, refletindo sobre o “serviço personalizado” comentava: quando entro num hotel mantenho o nome e o número de passaporte; mas quem sou eu? A executiva apressada, com pré-check out, correndo para o táxi, a mulher romântica comemorando, à luz de velas, os 25 anos de casados, a filha preocupada acompanhando os pais necessitados de vigilância médica, ou ainda a mãe preocupada com os locais de ocupação das horas noturnas dos filhos adolescentes? Síntese magnífica do que são hoje as exigências com que se defronta quem procura conhecer, para poder

PEÇA-CHAVE DO MUNDO ATUAL, O AEROPORTO É HOJE LOCAL DE PASSAGEM E DE ENCONTRO, DE ANSIEDADES, ALEGRIAS E DESEJOS REALIZADOS. satisfazer, as necessidades de um consumidor ou cliente. Talvez seja esta a razão do fascínio que o marketing hoje desperta, exigindo formação, meios e investigação acrescida, enorme ponderação e atenção ao detalhe. Não deixa porém de constituir um desafio que vem enriquecendo o perfil e a responsabilidade dos profissionais do marketing, entendido como a ciência que justifica a própria razão de ser dos negócios: satisfazer necessidades reais ou assumidas.

Jorge Ponce de Leão

Presidente do Conselho de Administração

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_sumário 10 Açores em estado puro

06 Camaleónicos: aeroportos que se adaptam aos passageiros

editorial 03 em foco 06 chegadas 10

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entrevidas

Apesar do cenário de crise, os consumidores detêm mais poder do que alguma vez antes. O investigador e professor do ISCTE Pedro Dionísio identifica as principais tendências do marketing dos próximos tempos.

32 Bem-vindos ao lado ar

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inovação

O projeto europeu “2050+ Airport” vai preparar os aeroportos para a segunda metade deste século. Mais eficientes, mais baratos e menos poluentes são os três conceitos em que deverão assentar os aeroportos do futuro. insights 22

FICHA TÉCN IC A

ambientes 28 PROPRIEDADE: ANA - Aeroportos de Portugal SA Rua D - Edifício 120 - Aeroporto de Lisboa 1700-008 Lisboa - Portugal Tel (+351) 218 413 500 - Fax: (+351) 218 404 231 amagazine@ana.pt DIRECÇÃO: Octávia Carrilho COORDENAÇÃO: Teresa do Vale Magalhães PROJECTO GRÁFICO E EDITORIAL: Hamlet - Comunicação de Marketing entre Empresas Rua Pinheiro Chagas nº17 - 4º 1050-174 Lisboa Tel 213 636 152 hamlet@hamlet.com.pt www.hamlet.com.pt REDACÇÃO: Cláudia Silveira EDIÇÃO: Cláudia Silveira e Jayme Kopke DESIGN: Cell FOTOGRAFIA: Um Ponto Quatro Carlos Ramos e Paulo Andrade PUBLICIDADE: Hamlet - Comunicação de Marketing entre Empresas Rua Pinheiro Chagas nº17 - 4º 1050-174 Lisboa Tel 213 636 152 IMPRESSÃO: Projecção, Arte Gráfica S.A. Parque Industrial da Abrunheira - Qta. Levi, 1 2710-089 Sintra PERIODICIDADE: Trimestral TIRAGEM: 7.500 exemplares DEPÓSITO LEGAL: 273250/08 ISSN: 1646-9097

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follow me

“Lado Ar” é um livro de fotografias e também um convite para uma viagem pela zona operacional do Aeroporto de Lisboa. Pelas mãos de Maria Alexandre Nogueira Pinto e Eduardo Ferreira de Almeida.

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partidas

Os efeitos da crise económica chegaram à vanguarda da arquitetura. Em Roterdão, na Holanda, os mega projetos estão a ser substituídos por outros mais sustentáveis, baratos e amigos dos pedestres. lifestyle 40 aldeia global 44 passageiro frequente 50

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CamaleĂłnicos: Como os aeroportos da ANA se adaptam aos diferentes tipos de passageiros

A variedade de passageiros de um aeroporto ĂŠ como a dos perfis de pessoas com que nos cruzamos na rua: imensa. Para que todos se sintam em casa quando vĂŁo viajar, a ANA optou por adaptar os aeroportos aos passageiros, sejam eles quem forem.

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_em foco

H

conferência, etc. – dificultam o fluxo normal dos passageiros no á o executivo apressado para uma reunião aeroporto. em Londres. Há o casal de reformados que Para proteger tanto o próprio grupo como os restantes embarca para uma semana ao sol nas Caraíbas. passageiros, foi criado para o Aeroporto de Lisboa um equipamento Há a família Silva que vai visitar familiares a modular – baias, biombos, mesas e cadeiras Paris. Há o jovem estudante, O conceito Living - facilmente montável e desmontável, em licença dos livros, que quer que permite encaminhar e rececionar os aproveitar a tarifa low cost Airport já está presente para conhecer aquela cidade na em todos os aeroportos, grupos, tranquilizando os passageiros e facilitando o lado operacional. Além de que Holanda. Há também um grupo dando uma resposta traz lucro à empresa, uma vez que se trata de médicos que vem para o mais rápida e eficiente de um serviço pago. A divulgação deste congresso no Estoril. E por aí vai. às necessidades e desejos serviço, que também já existe em Faro, tem Os aeroportos são estruturas de cada passageiro. sido feita através da imprensa especializada em mudança permanente, onde e do Turismo de Portugal, com quem a ANA assinou um protocolo o perfil de clientes ou passageiros se altera a para a captação de congressos. cada momento, bastando que se inaugure uma A pensar nos passageiros frequentes e nos que viajam em classe nova rota ou que se instale a companhia X. No executiva, a ANA também criou, já há alguns anos, o canal GreenWay. caso da ANA, todos os aeroportos se localizam em regiões de elevado potencial turístico, o que torna o turismo a principal alavanca do tráfego aéreo. Mas, mesmo assim, o perfil do passageiro é claramente distinto em cada aeroporto. A ANA tem investido bastante para conhecer esse perfil. O último estudo de caracterização do passageiro e consumidor, feito no período IATA de verão de 2012, permitiu traçar o perfil socioeconómico dos passageiros, a motivação da sua viagem, todo o percurso de deslocação e ainda a utilização que faz do aeroporto e das lojas. Atualmente assiste-se ainda a alterações demográficas, sociais, tecnológicas e económicas que se refletem em novas necessidades, exigências, desejos e formas de consumir. Perante este dinamismo é essencial não descurar as necessidades Os aeroportos de Lisboa e Faro têm disponível equipamento modular – baias, biombos, mesas e cadeiras – que é facilmente dos diferentes passageiros no aeroporto. desmontável e permite encaminhar e rececionar os grupos. Há dois anos que a ANA começou a desenvolver uma estratégia de diferenciação, Devidamente identificado em cada aeroporto, este canal de adaptando os aeroportos aos seus passageiros. passagem exclusivo permite que o acesso ao controlo de São espaços e serviços dedicados às famílias, aos segurança de passageiros e bagagem de mão seja mais rápido sem grupos, aos executivos, e a todos os passageiros, abdicar dos elevados padrões de segurança. Em Faro, este canal que vieram melhorar a qualidade da experiência foi recentemente remodelado para melhor acolher os passageiros aeroportuária. e dar destaque ao serviço. Destinado ao segmento Premium, o Ingrid Lourenço, que tem acompanhado o acesso ao canal deve ser, por enquanto, requisitado às companhias processo de desenho destes serviços, explica aéreas. Igualmente pensado para este segmento, o Lounge de Faro que a ideia foi “criar espaços próprios para cada também recebeu uma remodelação, o que permitiu melhorar o segmento e, assim, salvaguardar as necessidades serviço prestado ao passageiro. de cada grupo ao mesmo tempo que se defende Outro serviço pensado para quem não tem tempo a perder, neste a liberdade dos outros”. Dando um exemplo muito caso a procurar local para estacionar, é o Valet Express. À chegada simples, é inegável que os grupos – consideradas ao aeroporto (apenas em Lisboa e Porto) o carro é recebido por as pessoas que viajam em número superior a 8, um colaborador na área dedicada e o passageiro não tem que se geralmente para participar em algum congresso,

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preocupar com mais nada, a não ser seguir o seu percurso para o lounge ou sala de embarque. No regresso da viagem, levanta o automóvel numa caixa manual do parque subterrâneo. Ingrid Lourenço adianta que estão a ser desenvolvidos pacotes com alguns destes serviços Premium e outros novos produtos. Mais diversificados são os serviços e espaços dirigidos às famílias ou, dito de outra forma, a quem viaja com bebés e crianças. Os carrinhos de bebé são muito procurados e têm sido um enorme êxito – algo realmente simples que facilita muito a vida aos passageiros com crianças, que ficam limitados depois de embarcarem os seus próprios carrinhos. Fraldário com zona de amamentação, sala de estar em família e mais recentemente a remodelação e ampliação de um parque infantil, com jogos interativos e espaço para preparação de comida junto à esplanada do café, são espaços que permitem aos pais relaxarem enquanto estão no aeroporto. Também a pensar no público infantil, foi criada a mascote do aeroporto, a Ana, e editado um livro que explica o universo aeroportuário aos mais pequenos. Como nota Ingrid Lourenço, embora a ideia inicial da segmentação feita com o Living Airport seja sobretudo melhorar a experiência do passageiro, não há dúvida que “se lhe guardamos as malas num cacifo ou se lhe disponibilizamos carregadores para o telemóvel ou para o PC, estamos ao mesmo tempo a eliminar alguma carga de stress e a torná-lo mais disponível para o que as lojas lhe oferecem”. A importância de ter lojas nos aeroportos é hoje um dado indiscutível que se justifica de duas formas: primeiro, as receitas obtidas contribuem para compensar as cada vez mais magras margens da aviação e manter competitivas as taxas que se cobram às companhias aéreas; e, segundo, contribuem para melhorar a experiência e satisfação do passageiro, que já não se imagina sem as zonas comerciais ou o estacionamento. Mas também aqui nem todos gostam nem precisam do mesmo. Por isso, é preciso ter uma oferta de produtos, lojas e serviços adaptada a cada segmento e ao volume, configuração e perfil de passageiro de cada aeroporto. Em 2010, através de uma nova metodologia, a ANA identificou os principais segmentos dos consumidores das áreas comerciais do Aeroporto de Lisboa: desde o “shopaholic”, aquela pessoa fã de compras, que tem bom poder aquisitivo, adora marcas e gosta do aeroporto porque não existem essas marcas no país de origem (caso dos angolanos, por exemplo), até ao passageiro que não gosta de aeroportos, não tem tempo e quer mais conveniência. Tendo em conta esta diversidade de perfis, o aeroporto proporciona a cada um o que quer e precisa, seja um jornal, um medicamento ou uma bolsa Burberry. Para os passageiros

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apressados é necessário ter serviços de conveniência como conceitos grab&go e fastfood. Para os compradores por impulso, há que promover a sensação de singularidade, o elemento surpresa, ter ofertas únicas e estabelecer uma interação direta com o passageiro. É também preciso criar a oferta específica para os turistas, passageiros em viagens de negócios e a Meeting Industry. Estudos de mercado, estudos de segmentação, clientes mistério, questionários de satisfação aos passageiros, são tudo ferramentas de que a ANA se tem munido para aumentar as suas receitas. É com base nos resultados obtidos que é definido o chamado “tenant mix”, o plano de distribuição dos tipos e tamanhos de lojas, de modo a gerar lucro para os lojistas e promotores do espaço. Para além de tudo isto, a inovação e o chamado “easy shopping”, como as pré-encomendas online, o “levante no regresso” e um projeto pioneiro a nível mundial de e-commerce são outros serviços que a empresa tem desenvolvido e que servem diferentes tipos de passageiros. No estacionamento, outra área que concorre para engrossar as receitas não-aviação, também existem diversas opções, garantindo sempre conveniência, segurança e uma tarifa à medida. Foram criadas soluções de parking para estadas de curta, média ou longa duração, com opções de serviços de valor acrescentado,

Uma oferta de produtos, lojas e serviços adaptada a cada segmento de passageiro de cada aeroporto é uma preocupação constante da ANA.


_em foco

As famílias e quem viaja com bebés ou crianças tem vários serviços e espaços à disposição: carrinhos de bebé, fraldários com zona de amamentação, sala de estar em família, parque infantil. São soluções que permitem que a passagem dos pais pelo aeroporto seja o mais relaxada possível.

como o Valet Xpress, ou as melhores tarifas do mercado nos parques Low Cost. A preocupação, seja no conforto dos terminais ou na variedade de lojas e serviços, é melhorar sempre, através da observação e de entrevistas aos passageiros para uma avaliação dos serviços implementados e melhoria da oferta. No âmbito dessa avaliação, foi já possível adaptar os novos serviços a lançar. Um exemplo? Desenhar bancos mais altos e confortáveis para um novo Living Spot a instalar no Aeroporto de Ponta Delgada “porque os passageiros e utilizadores do espaço em Lisboa identificaram a necessidade de maior apoio para as costas”, ou readaptar os ganchos dos suportes dos carrinhos de bebé para facilitar o acesso às mães que viajam sozinhas com um bebé de colo. Outro espaço – que não se dirige a ninguém em especial e ao mesmo tempo a todos os passageiros – e que tem contribuído para tornar a marca Living Airport cada vez mais visível e reconhecida, são os chamados Living Spot. “Não é para o passageiro business, não é para as famílias, nem para grupos. É um espaço com a marca ANA: um local para relaxar e descontrair, para se informar, e que tem características diferentes consoante o local em que se encontra”. Isto porque as necessidades dos passageiros são diferentes dependendo da fase da viagem em que se encontram. O desafio é ir ao encontro dessas necessidades a cada momento da viagem.

Da Galiza com amor Há um segmento de passageiros que a ANA não se limitou a receber e que foi mesmo buscar a casa: os galegos no Aeroporto do Porto. A captação de passageiros na Galiza representa já 650 mil dos 5 milhões de passageiros anuais do aeroporto. A estratégia iniciou-se em 2000, quando começou a promoção no noroeste peninsular, visando competir com os aeroportos de Vigo, Santiago e Corunha. Além das campanhas publicitárias (realizadas ao longo dos anos sempre com grande impacto na imprensa local), outros fatores contribuíram para seduzir os passageiros galegos: um shuttle várias vezes por dia, uma sala de espera dedicada, um microsite em espanhol e galego, uma linha telefónica direta gratuita, o espanhol como língua obrigatória no call center e um perfil “Aeropuerto de Oporto” no Facebook. Embora atualmente o novo Aeroporto de Santiago possa representar uma ameaça a esta estratégia, o Aeroporto do Porto pretende continuar a investir com novas campanhas e promoções.

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_chegadas

Açores em esta São casas, solares, quintas, adegas, moinhos, nas localizações mais espantosas, à espera de quem quer conhecer os Açores de uma forma autêntica e sustentável. As Casas Açorianas são uma associação de turismo rural que, além de alojamento, oferece hospitalidade, cultura e gastronomia à maneira dos Açores.

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o extremo mais ocidental da Europa, num planalto sobre o Oceano Atlântico com paisagens de tirar o fôlego, erguese a Aldeia da Cuada, um lugar à medida do isolamento da Ilha das Flores. Entre o chilrear dos pássaros, a fragrância dos loureiros e a brisa do mar, a calma e a tranquilidade são companhias certas. Abandonada por décadas – desde que os que ali moravam partiram em busca do sonho americano ou simplesmente de uma vida melhor – as casas da aldeia foram recuperadas por Teotónia e Carlos Silva, que souberam assegurar a ligação ao passado, mantendo a traça rural das casas de pedra mas adaptando-as às necessidades atuais. De tal forma que a Aldeia da Cuada é hoje património cultural com interesse histórico, arquitetónico e

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paisagístico, assim classificada Muito mais do que pelo Governo Regional dos um sítio para dormir, Açores. as Casas Açorianas A Aldeia é também a única na ilha das Flores das 58 são a melhor forma unidades que compõem a rede de conhecer de perto da Associação de Turismo em a cultura de um Espaço Rural Casas Açorianas. povo que mora no Criada em 2000 a partir de uma meio do mar. iniciativa dos proprietários, a associação oferece agora mais de 600 camas espalhadas por todo o arquipélago com exceção


_chegadas

do puro da ilha do Corvo. Mais, muito mais do que um sítio para dormir, as Casas Açorianas são a melhor forma de conhecer de perto a cultura de um povo que mora no meio do mar. Se a Aldeia da Cuada já lhe pareceu o paraíso na terra, que dizer das antigas adegas de basalto nas aldeias da Prainha e Santo Amaro, na Ilha do Pico? A pequena praia e as piscinas naturais, a gastronomia da terra e do mar, as pequenas mercearias de aldeia e os produtos locais, tudo se conjuga para umas férias de descanso verdadeiro. Sem esquecer, claro, a paisagem oceânica que cada uma das Adegas do Pico oferece a cada momento. O Pico oferece experiências memoráveis como subir à montanha que marca o ponto mais alto de Portugal, embarcar para a observação de baleias e golfinhos, gozar dias de pesca ou mergulho, degustar os famosos vinhos e queijos locais e, sobretudo contemplar os santuários naturais da ilha na companhia

A Aldeia da Cuada, na ilha das Flores, ficou abandonada quando os moradores partiram para a América. Fica num planalto sobre o Oceano Atlântico e é o único alojamento das Casas Açorianas nesta ilha.

do povo açoriano. Já as Casas Açorianas oferecem, além de uma hospitalidade que não vai encontrar noutro lugar, as melhores localizações que se podem pedir. Como, por exemplo, um quarto com vista para os Capelinhos. Na ilha do Faial, situada a poucos metros do parque do vulcão, a Casa dos Capelinhos fica no extremo da freguesia do Capelo, proporcionando uma vista única sobre o mar e o vulcão, com uma atmosfera rural envolvente que faz apurar os sentidos

As Adegas do Pico são um conjunto de doze casas de basalto localizadas nas aldeias da Praínha e Santo Amaro, na Ilha do Pico.

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_Chegadas

Quem vai aos Açores, vai seduzido pelas montanhas vulcânicas, pelos vales verdejantes das Flores ou pelas baías da Terceira. para aromas únicos e silêncios próprios para o descanso. E que tal uma casa mesmo à beira da Lagoa das Furnas? Esta é, para quem não sabe, um dos locais de maior beleza natural da ilha de S. Miguel. A Casa dos Barcos fica a 45 quilómetros da capital micaelense, Ponta Delgada, e a 5 quilómetros das Furnas, uma vila repleta de locais curiosos e novas experiências, onde se destaca a visita às caldeiras (ou fumarolas, onde se confeciona o famoso cozido das Furnas), os banhos em águas naturalmente quentes, a visita a vários Jardins e Parques do século XIX. A 12 quilómetros da Lagoa está a vila piscatória Ribeira Quente, terra de pescadores, com um pequeno porto de mar e uma ótima praia de águas mornas, aquecidas em certas zonas pelas “caldeiras” existentes no fundo do mar. São Miguel é a ilha com mais unidades à escolha, provavelmente por ser também a maior do arquipélago. Outra opção é o charmoso Moinho da Bibi, este situado a poucos minutos da belíssima Lagoa das Sete Cidades. Construído no século XIX, manteve-se em funcionamento como moinho de vento até à primeira metade do século passado. Em 1999 foi adquirido por Gabriela e Eduardo Carreiro que o reconstruíram, mantendo a arquitetura original, e adaptaram a casa de campo. Um sítio mágico para umas férias inesquecíveis com maravilhosas paisagens desde o nascer ao pôrdo-sol. Sem esquecer os magníficos luares. Também na Terceira, em São Jorge, na Graciosa e em Santa Maria, há outras casas à espera de quem queira conhecer os Açores por dentro, no seu estado mais puro. Em muitas

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_chegadas

O pitoresco Moinho da Bibi fica a poucos minutos da belíssima Lagoa das Sete Cidades. Foi construído no século XIX e manteve-se a funcionar até à primeira metade do século passado.

destas unidades há atividades para quem esteja disposto a entrar no espírito açoriano. Experimentar a ordenha manual da vaca, seguir o ciclo do milho, passear de carroça, montar a cavalo ou de burro… Os proprietários têm sempre muito gosto em aconselhar atividades de acordo com o gosto de quem os visita e alertar para esta ou aquela festividade que esteja a decorrer. Nos Açores, o turismo rural tem vindo a assumir protagonismo crescente e é um dos elementos que contribui de forma decisiva

para o desenvolvimento turístico sustentável, rentável e de qualidade da região. O trabalho que tem sido feito pelas Casas Açorianas a favor deste segmento turístico tem merecido elogios de vários lados e a associação foi condecorada em 2009 pelo governo português com a Medalha de Ouro de Mérito Turístico. Os caprichos do clima e o acesso às ilhas têm impedido a massificação do turismo. Quem vai aos Açores, vai seduzido pelas montanhas vulcânicas, pelos vales verdejantes das Flores ou pelas baías da Terceira. É neste contexto que o turismo rural assume um papel fundamental na perpetuação do património: não só não agride o meio onde se insere como conserva e promove uma região que, decididamente, vale a pena visitar.

Mesmo à beira da Lagoa das Furnas, em S. Miguel, fica a Casa dos Barcos, com alojamento para 4. Antigo pavilhão dos barcos, a casa insere-se numa propriedade constituída em meados do século XIX

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Pedro Dionísio

“Os consumidores ganharam megafon Um consumo mais frugal mas consumidores com mais poder e ávidos de experiências marcantes é o cenário que promete dar às marcas muito trabalho nos tempos que se seguem. O investigador e professor do ISCTE Pedro Dionísio identifica as principais tendências do marketing.

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_entrevidas

N

uma altura em que se pede a todos os setores de atividade que façam a sua parte para uma rápida saída de Portugal da crise económica em que se encontra, o marketing tem, na opinião de Pedro Dionísio, um papel crucial. Sendo consensual que Portugal não poderia continuar a viver com o mesmo nível de défice das contas públicas, nem da balança comercial, a solução também não pode, diz o professor de Marketing do ISCTE-IUL, passar por cortes sucessivos sem uma estratégia de crescimento económico. “É fundamental que as empresas aumentem as exportações – o marketing internacional tem aí um papel crucial – e que, no mercado interno, haja substituição de importações. Para isso, o marketing também pode dar um forte contributo”. Mas para as marcas isso traz o maior desafio que no momento lhes é colocado: encontrar formas de fidelização de clientes, adaptando-se às novas tendências de uma nova realidade. E que tendências são essas? De acordo com o contexto português, Pedro Dionísio classifica em vários grupos as que se espera venham a ter um forte impacto nos próximos anos. Antes de mais, as tendências relacionadas com a frugalidade do consumo. “É necessária uma espécie de Re-set Marketing em que as empresas têm que repensar ideias e padrões convencionais, em face da contração do rendimento disponível que obriga a redefinir modos de compra e de consumo”.

es digitais”

da loja Portfolio, no Aeroporto de Lisboa, que recria um ambiente genuinamente nacional onde nem faltam a calçada portuguesa ou o fado. Outra área de impacto que Pedro Dionísio distingue é a continuação da importância do “consumer-generated content” (os conteúdos criados pelos consumidores). “Isto é o papel que o consumidor está disposto a ter, intervindo no marketing das empresas, tornando-se um ‘apóstolo digital’ das marcas pelas quais se apaixona: as ‘love brands’”. O maior desafio Por último, destaca a explosão que no momento se do mobile que tem vindo a coloca às marcas é aumentar a importância das encontrar formas atividades promocionais geolocalizadas, ou seja, relevantes de fidelização de para o consumidor apenas na zona clientes, adaptando-se em que se encontra. “Esta é uma às novas tendências de excelente ferramenta para a venda uma nova realidade. das lojas dos aeroportos, dada a oferta existente e a disponibilidade dos consumidores. O mobile vai também incrementar a importância da recomendação, já que o consumidor está cada vez mais permanentemente ligado à internet através do seu smartphone – daí a importância do social commerce”. Pedro Dionísio sabe bem do que fala quando se refere a tendências de marketing. Há cinco anos que participa ativamente no Marketing FutureCast Lab, um “laboratório” que junta o ISCTE a mais de duas dezenas de empresas. Durante este período foram identificadas 150 novas tendências e o laboratório realizou mais de 20 estudos aplicados em Portugal. No livro “Marketing Trends – Antecipar o futuro para inspirar o presente”, lançado em 2012, é apresentada a análise de 50 “case studies”, nacionais e estrangeiros. Associada do Marketing FutureCast Lab desde o início do projeto, a ANA é uma das empresas que, na opinião do investigador, tem estado na vanguarda da aplicação das novas tendências de marketing. Um posicionamento que, diz, “tem permitido mudar a perceção que os portugueses tinham de uma empresa pública pesada para

No entanto, nota o investigador, as pessoas continuam ávidas de experiências marcantes que possam, de alguma maneira, compensar a necessidade de equilibrar as dificuldades que sentem no quotidiano. Verifica-se uma tendência de “storytelling” relacionado com produtos, serviços e lojas, e na área do retalho estas tendências estão relacionadas com o “retailtainment”, a incorporação de experiências de entretenimento no ambiente da loja. Um conceito que tem sido seguido pelas lojas nos aeroportos, nomeadamente com a abertura recente

A loja Portfolio, no Aeroporto de Lisboa, segue a tendência do “retailtainment” ao incorporar no ambiente da loja experiências de entretenimento.

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_entrevidas

O meio digital e em particular as redes sociais dotaram os consumidores de “megafones digitais”, diz Pedro Dionísio. Opiniões e pontos de vista são emitidos e propagados rapidamente por um vasto universo.

nos media tradicionais, o poder de interagir com outros outra muito dinâmica, nomeadamente na área do retalho consumidores e com as empresas exige às marcas uma dos aeroportos, com uma oferta extremamente atrativa. “ capacidade de acompanhamento e respostas rápidas e Apesar de ser no retalho que esta dinâmica é mais corretas, sem entrarem em pânico quando são criticadas. visível, outros trabalhos têm vindo a ser feitos, como a “Os consumidores ganharam ‘megafones digitais’, segmentação dos passageiros, por exemplo. Enquanto as passando do passa-palavra entre os amigos e conhecidos vantagens de segmentar continuam a ser as mesmas – em para um passa-palavra generalizado, onde cada um tem síntese, permitir uma resposta da empresa adequada a cada o poder potencial de se tornar um ‘jornalista’ que emite tipo de consumidor –, para o investigador a dificuldade atual opiniões seguidas por desconhecidos e que se podem está em encontrar o consumidor. “Devido à multiplicidade de propagar rapidamente”. meios de comunicação e à ocupação de tempos livres fora Como tudo tem um lado bom, a boa notícia é que as dos mass media, dependendo das categorias de produtos a marcas mais atentas ao que se passa no mundo digital publicidade tradicional pode ter dificuldade em atingir o seu podem tirar proveito das funcionalidades destes novos público-alvo”. canais. A internet permite um acompanhamento e As alterações que se registaram nos últimos anos no monitorização do que se diz sobre as perfil do consumidor tradicional, que marcas e sobre motivações de compra está agora mais informado, exigente, “Devido à móvel e até imprevisível, mostram, multiplicidade de meios e de consumo que os media tradicionais não conseguem. diz Pedro Dionísio, a necessidade de comunicação e à Quando em 2009 defendeu no de dois tipos de segmentação. Uma ocupação de tempos seu livro de 2009 “b-Mercator” uma leva em conta as diferenças de livres fora dos mass abordagem integrada de marketing comportamento observadas nos media, dependendo entre os meios online e os meios consumidores. Mas, se se considerar offline, essa visão representou um apenas a área digital, é possível apostar das categorias de também numa auto segmentação, produtos a publicidade claro avanço em termos nacionais e mesmo internacionais. Hoje já permitindo ao consumidor ter tradicional pode ter relativamente popularizada, acredita múltiplas opções, tanto na procura de dificuldade em atingir que esta visão continua a fazer sentido. informação como na compra. o seu público-alvo”. A prová-lo há vários exemplos como, E se é certo que muitos consumidores recentemente, o da Havas – um dos maiores grupos estão online, não restam dúvidas de que em número mundiais de prestação de serviços na área de media – crescente estão também nas redes sociais. Apesar da que, no contexto de uma reestruturação global, integrou experiência ser ainda reduzida na maior parte das categorias as suas operações de media tradicional e de media digital de produtos, Pedro Dionísio acredita que o poder que o numa única organização. consumidor ganhou nas redes sociais veio dificultar a vida Para além da atividade docente, Pedro Dionísio é às marcas. Além de ser mais difícil encontrar o consumidor

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_entrevidas

partner da GConsulting, co-autor de oito livros (entre os quais os best-sellers Mercator e Publicitor) e tem participado como consultor e conferencista junto de algumas dezenas das principais empresas nacionais e multinacionais. A Júnior Empresa do ISCTE e o Marketing FutureCast Lab são outros dos projetos em que participa. Diz que a variedade e atratividade das atividades lhe permitem descansar ao passar de umas para as outras. “Tenho tido a felicidade de poder dizer que, para mim, o trabalho não é um fardo”. Fora do trabalho gosta de viajar, pela possibilidade de descoberta de novos modos de vida, de livros históricos, de ver grandes acontecimentos desportivos, sobretudo ao vivo, e da prática desportiva de um modo geral. “Já tenho experimentado um pouco de tudo. Neste momento voltei a um court e estou a aprender a jogar padel. Nos últimos três anos não voltei a fazer surf, mas depois de ter estado na final do Rip Curl, em Peniche, e estar também a orientar uma tese sobre surf, penso voltar a experimentar o surf na primavera”.

Este interesse pelo desporto expressa-se também em termos profissionais através do Mestrado Executivo em Marketing e Gestão do Desporto, no INDEG-ISCTE, que dirige e lhe dá um prazer especial. Por pertencer a uma geração que tem tido necessidade de se adaptar em termos de tecnologia, considerase um “digital immigrant”. Talvez por isso, não sente a necessidade de estar sempre ligado e nem foi apanhado na rede: no Facebook, por exemplo, o universo de “amigos” não chega aos 50. “Contudo, sou incapaz de passar 24h sem, pelo menos, abrir o email e ter a inevitável ‘surpresa’ de receber uma centena de mensagens…”.

Adepto da prática desportiva e espetador assíduo de eventos desportivos ao vivo, Pedro Dionísio assistiu ao Rip Curl Pro Portugal 2012. Mais de 40 mil pessoas estiveram na praia de Supertubos, em Peniche, para ver esta prova que faz parte do circuito mundial de surf. No ISCTE, o professor está também a orientar uma tese sobre surf.

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_inovação Os aeroportos de

2050:

mais eficientes, baratos e menos poluentes

Com o tráfego aéreo na Europa a aumentar de ano para ano, já imaginou como serão os aeroportos em 2050? Mais eficientes, mais baratos e menos poluentes. Estes são os três conceitos em que assenta o projeto europeu “2050+ Airport”, que pretende preparar os aeroportos para a segunda metade deste século.

O

aumento do tráfego aéreo de passageiros está a conduzir muitos aeroportos europeus ao limite da capacidade, podendo mesmo atingir um estado de saturação no futuro próximo. De fato, estatísticas recentes mostram que o tráfego irá aumentar de 6,5 milhões de passageiros por dia para 44 milhões por dia em 2050. Há várias propostas inovadoras a nível europeu para os aeroportos do futuro. . O “2050+ Airport” analisa como deverão ser os aeroportos na Europa na segunda metade do século XXI (e até mais além), considerando que as soluções irão necessariamente assentar em três áreas: os custos, o impacto ambiental e o desempenho operacional. Custos de operação mais baixos, um desempenho mais eficiente (em termos de processamento do passageiro e da prestação de serviços) e um impacto neutro no ambiente são os três caminhos

A visão do futuro pelos olhos da Airbus passa pela eco-eficiência: combustíveis alternativos ou mesmo baterias tornarão os aviões mais potentes e económicos em relação aos atuais.

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apontados por este projeto que procura mostrar os desafios implícitos e as vantagens e desvantagens qualquer que seja o caminho que se escolha. Em 2050 as companhias low cost e os seus passageiros vão exigir taxas aeroportuárias mínimas, por isso, uma das opções é a criação de um aeroporto com custos de operação extremamente baixos. No conceito “aeroporto low cost” é defendido que tudo o que não forem funções fundamentais do aeroporto deve ser eliminado. A eficiência nos custos começa logo na hora de desenhar o aeroporto: o número de pistas e taxiways deve ser minimizado e os terminais devem ser o mais multifuncionais possível.


As cidades e os aeroportos do futuro desafiam a imaginação de especialistas, estudantes e viajantes. A Fentress Architects, que já desenhou alguns dos mais inovadores e premiados terminais de aeroportos do mundo, convida, no blog www.theairportofthefuture.com, quem quiser, a partilhar a sua visão do aeroporto do futuro.

Importante é também a eliminação do que, no projeto, se designa por “não desempenho”, ou seja, os custos em que incorrem a companhia aérea e o aeroporto, devido à não utilização de uma aeronave, o que ocorre em casos de transferências perdidas e voos cancelados. O alto nível de padronização previsto em 2050 em termos de aviões, sistemas aeroportuários e do meio ambiente em geral permitirá uma operação muito mais eficaz do que hoje. O checkin e embarque vão mudar drasticamente e podem ser totalmente automatizados, reduzindo os custos com a operação e gestão do fluxo de passageiros. A intermodalidade é outro aspeto fundamental deste projecto: no futuro, os aeroportos devem estar totalmente integrados com os outros modos de transporte, que também vão mudar drasticamente. Um sistema intermodal permite que um passageiro se mova facilmente entre os diferentes modos de transporte, usando o mesmo bilhete e encontrando pelo caminho resposta para todas as suas necessidades: informações, custo, programação, conforto, etc. Para uma maior eficiência e eficácia dos processos contribuirão também as novas tecnologias de comunicação que facilitam a troca de informação e a tomada de decisão por parte de todos os

intervenientes na cadeia de transporte. No final, o projeto deverá mostrar de que forma estas propostas inovadoras representam uma mudança significativa e viável para os diferentes tipos de aeroportos. O 2050+ Airport é um projeto do 7º Programa Quadro da Comissão Europeia, teve início em setembro de 2011 e decorre até janeiro de 2014. Conta com diversos parceiros, como universidades, instituições de investigação, aeroportos e indústria de Espanha, Alemanha, Lituânia, Holanda e Hungria. Para mais informações consulte o site: http://www.2050airport.ineco.eu

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_inovação

Transportes de Lisboa

disponíveis no telemóvel Chegou a versão mobile do serviço Sapo Transportes. Este serviço gratuito permite, através do telemóvel, um rápido acesso a toda a informação sobre a rede de transportes públicos da Área Metropolitana de Lisboa.

J

á é possível aceder rapidamente a toda a informação sobre a rede de transportes públicos da Área Metropolitana de Lisboa (AML) através do telemóvel. O site do Transporlis está disponível gratuitamente através da aplicação SAPO Transportes para telemóveis com ecrã tátil e sistema operativo Android. Este projeto, desenvolvido em parceria com a PT Comunicações - SAPO, teve o seu início na internet, no endereço http://transporlis. sapo.pt e, seguindo a tendência atual da multiplataforma, deu agora o passo natural para a mobilidade, disponibilizando os conteúdos nos ecrãs móveis. O Transporlis está disponível para download gratuito na loja Google Play ou em http://m.transportes.sapo.pt. O SAPO Transportes permite ao utente da rede de transportes da AML, em qualquer lugar e em qualquer instante, saber quais os itinerários possíveis para qualquer ponto. Também permite consultar os horários das diferentes carreiras ou linhas, organizados por modo de transporte, consultar os percursos e as paragens dos diferentes transportes públicos e guardar as suas informações favoritas. Para determinar um itinerário, o utilizador pode introduzir as designações do ponto de partida e de chegada ou fazer a pesquisa manual através da indicação do ponto de partida e do ponto de chegada no mapa geográfico da AML disponível. O SAPO Transportes informa os modos de transporte a utilizar, a duração do percurso até ao destino, a distância que será percorrida, a emissão de CO2 e o custo dos títulos de transporte. Além disso, o utilizador pode ter uma visão abrangente, visualizando no mapa todo o percurso. O Transporlis é um sistema geográfico de informação multimodal

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de transportes da Área Metropolitana de Lisboa, fruto de uma parceria formada pela Portugal Telecom; Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa; ANA - Aeroportos de Portugal; Carris de Ferro de Lisboa; CP - Comboios de Portugal; Câmara Municipal de Almada; Transportes Colectivos do Barreiro; FERTAGUS - Travessia do Tejo, Transportes; Metropolitano de Lisboa; MTS – Metro Transportes do Sul; Rodoviária de Lisboa; Scotturb - Transportes Urbanos; TST - Transportes Sul do Tejo; Transtejo – Transportes Tejo e Vimeca Transportes; com o apoio tecnológico da Gismédia – Sistemas de Informação Geográfica e Multimédia.

O que é o “QR code”? Se está ainda pouco familiarizado com as aplicações móveis, convém saber que para utilizar este serviço tem de obter a app do Transporlis/Sapo Transportes usando um código QR (abreviatura de “Quick Response”). Existem disponíveis para Iphone e Android muitas aplicações grátis para ler (através da câmara do telefone) o QR code. Ao rastrear a imagem do código vai abrir um link para a versão mobile do serviço e aí poderá então descarregar a aplicação. O QR code foi inicialmente desenhado para a indústria automóvel, tendo sido inventado no Japão em 1994 pela Denso Wave”, uma subsidiária da Toyota. Recentemente, o sistema tornou-se popular devido à sua leitura rápida e grande capacidade de armazenamento em relação ao tradicional código de barras.


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_insights

DOCES LEITURAS É sabido que viagens e livros casam na perfeição. Para estimular hábitos de leitura e dar a conhecer a atividade do aeroporto aos mais novos, quem comprar doces nos Aeroportos da Madeira vai estar a contribuir com novos livros para as bibliotecas da região.

U

ma percentagem das compras feitas em algumas das marcas mais apetitosas disponíveis nos quiosques Cores Doces, nos Aeroportos da Madeira, vai ser convertida em livros para as bibliotecas da Região. Esta iniciativa, desenvolvida pelo aeroporto em conjunto com o seu concessionário, pretende também dar uma nova dinâmica às visitas de estudo. Para isso, foram criados percursos adaptados às faixas etárias dos alunos que visitam o aeroporto. Assim, enquanto as crianças entre os 4 e 5 fazem uma breve visita à aerogare, as de 6 e 7 recebem um cartão de embarque personalizado que lhes permite fazer um check-in simulado e visitar um avião (com a colaboração da Groundforce e da SATA), e as dos 8 aos 11 visitam, entre outras coisas, a sala de recolha de bagagem e o serviço de operações aeroportuárias. Os que têm mais de 12 anos têm um roteiro mais extenso e pormenorizado. No final de cada visita, os alunos levarão para as respetivas escolas livros que passarão a estar disponíveis a todos os alunos nas bibliotecas escolares. Com este projeto de solidariedade social, a Aeroportos da Madeira pretende, enquanto gera um incremento de vendas do seu concessionário, dinamizar as visitas de estudo, contribuir para a criação de hábitos de leitura e gerar um maior envolvimento com a comunidade local.

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_insights

ESCRITÓRIOS NO CENTRO DA

OPERAÇÃO Para qualquer empresa, estar perto das atividades críticas para o negócio é sempre vantajoso. Significa menos gasto de tempo, recursos e dinheiro. É por isso que, para as empresas que operam no setor da carga, o Terminal de Carga do Aeroporto de Lisboa é uma localização tão atraente.

O

Edifício de Apoio à Carga (134) está estrategicamente localizado no centro dos edifícios terminais de carga da Portway e da Groundforce, no coração da operação do Aeroporto de Lisboa. Funciona como um edifício de escritórios e de apoio para os Serviços Alfandegários, Transitários (operações de importação e exportação) e outras entidades oficiais, como a Direção Geral de Veterinária e a Direção Geral de Proteção de Culturas. Companhias aéreas, empresas do setor transitário, despachantes alfandegários, operadores de carga e outras empresas ligadas ao sector da carga podem também instalar-se aqui e exercer a sua atividade com maior rapidez e comodidade, tirando partido da localização privilegiada e dos amplos espaços comuns de acesso e para estacionamento. O edifício é constituído por três pisos acima do solo e uma cave. Os pisos 1 e 2 são inteiramente dedicados à ocupação de escritórios com áreas a partir de 15 m2, podendo no entanto contratar-se áreas superiores se juntarmos vários escritórios. No piso 0, para além da receção e dos escritórios das entidades oficiais

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já referidas, funcionam as áreas de restauração do complexo, cafetaria, refeitório e multibanco. Em termos de serviços e equipamentos, dispõe de portaria 24h, limpeza dos serviços comuns e interior dos escritórios, com os acessos entre os vários pisos do edifício garantidos por quatro elevadores, três núcleos de escadas encerrados e três escadas metálicas exteriores. Os escritórios estão equipados com infraestruturas de telecomunicações (a contratar conforme as necessidades do cliente), ar condicionado, detetores de fumo e sinalizadores de incêndio. A funcionar desde 2008, o novo Terminal de Carga do Aeroporto de Lisboa situa-se no lado oposto da entrada principal do aeroporto (do lado de Telheiras e da Alta de Lisboa) estando separado do terminal de Partidas e Chegadas pelas pistas do aeroporto. Os acessos fazem-se pela nova Avenida Santos e Castro. Além de melhores condições, o terminal possibilita um crescimento sustentado do serviço de carga aérea do aeroporto de Lisboa, estando apto para um movimento até 150 mil toneladas por ano.


FRALDÁRIO_ PRIVACIDADE E CONFORTO NUM SÓ LOCAL.

Equipados com um espaço de amamentação, os Fraldários são o local perfeito para cuidar do bem-estar dos passageiros mais pequeninos. O aeroporto adapta-se a si_

Serviços adaptados a si_ Sala de Estar em Família_ Fraldários_ Carrinhos de bebé_ Parques Infantis_ Cacifos_ Mascote_ Livro Infantil_

Para mais informações sobre serviços disponíveis para famílias consulte www.ana.pt 25


_insights

AEROPORTO DE LISBOA

MAIS PERTO DO MUNDO ACADÉMICO Conhecer a potencialidade e impacto de eventuais ligações aéreas entre Lisboa e aeroportos na Ásia é o objetivo de uma tese de doutoramento de um investigador da Universidade de Évora. O apoio do Aeroporto de Lisboa a este trabalho é também uma forma de a ANA se aproximar do universo académico.

O

Aeroporto de Lisboa estabeleceu uma parceria com a Universidade de Évora para apoiar o desenvolvimento da tese de doutoramento “O Impacte do Tráfego Aéreo de Passageiros e a Potencialidade do Aeroporto Internacional de Lisboa”, da autoria do investigador José Vicente com a orientação científica de Andreia Teixeira Marques Dionísio Basílio.

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Já em desenvolvimento, o projeto tem como principal objetivo obter, através da análise de modelos matemáticos, uma estimativa dos fluxos aéreos de passageiros e da atração económica, geográfica e social entre a Ásia e Portugal. A participação em conferências académicas está também prevista no âmbito deste protocolo. O primeiro documento produzido – “The potentialities of Chinese airline market for Lisbon International Airport” – foi apresentado na European Research Consortium for Informatics and Matemathics Conference, que decorreu em dezembro passado na London School of Economics. A importância deste trabalho de doutoramento para o Aeroporto de Lisboa é a possibilidade de ter uma abordagem às companhias aéreas mais fundamentada do ponto de vista científico. Ou seja, trata-se de mais um instrumento de auxílio à tomada de decisão quanto aos mercados em que o aeroporto deverá investir. Esta parceria insere-se na política de apoio ao desenvolvimento de estudos académicos do Aeroporto de Lisboa.


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Voluntários

procuram-se Com a criação de uma bolsa permanente de voluntários a ANA pretende inculcar nos colaboradores um espírito de compromisso com o bem-estar das comunidades onde se localizam os aeroportos. O voluntariado de competências é uma área que tem muito por onde crescer.

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Ana Lúcia Teixeira (em baixo, à esquerda) e Marta Quaresma (em baixo, à direita) ajudaram na recuperação de um ringue de futebol na Comunidade Vida e Paz, na Quinta da Tapada, perto de Mafra. A outra ação levada a cabo pelos voluntários da ANA foi a limpeza florestal de uma parcela do Parque Municipal do Cabeço de Montachique, em Loures (outras fotos).


_ambientes

A

ANA está a criar uma bolsa permanente de voluntários, cedendo aos seus colaboradores dois dias de trabalho por ano para participação em ações de voluntariado a que a empresa se associe. Os colaboradores aposentados também podem participar. O compromisso da ANA com o bem-estar da comunidade em que se inserem os aeroportos está expresso no Guia do Voluntário, um documento elaborado por uma equipa formada por elementos de diferentes direções da empresa e coordenado pelo seu Conselho de Responsabilidade Social e Sustentabilidade (CRSS). O guia divulga orientações, práticas, direitos e deveres associados à participação em ações de voluntariado empresarial e já foi enviado a todos os colaboradores da ANA. Ana Lúcia Teixeira, da equipa de projetos e atividades não-aviação do Aeroporto de Lisboa, foi uma das pessoas que trabalhou na elaboração do Guia do Voluntariado. “Gostava que o guia marcasse a diferença na motivação das pessoas para o voluntariado empresarial e que através dele conseguíssemos explicar que voluntariado empresarial não é um evento da empresa, nem serve apenas para a promoção da sua imagem. Trata-se de dar tempo e recursos aos colaboradores interessados em ajudar e apoiar quem mais precisa, de forma sustentada, consistente e continuada”. Ana Lúcia Teixeira teve a sua primeira experiência de voluntariado quando acompanhou durante alguns meses as equipas da Comunidade Vida e Paz que dão apoio aos sem-abrigo nas ruas de Lisboa. “Foi muito pedagógico. Aprendi muito com os coordenadores e percebi melhor a palavra voluntariado”. Aos colegas gostava de dizer que ser voluntário “não é ser bonzinho, nem saber pintar paredes, nem é preciso ter instinto maternal apurado. Basta ter noção que se

pode ajudar de diferentes maneiras. O voluntariado de competências, por exemplo, é algo que ainda não temos feito, mas que é a forma, a meu ver, mais interessante de ‘darmos de nós’. Podemos ajudar instituições ensinando a organizar papéis, dando orientação jurídica, dando formação em Excel, inglês, informática, português, matérias de cidadania para a vida. Podemos ajudar de tantas formas!”. Já Marta Quaresma, que também fez parte do grupo de trabalho que elaborou o guia, só teve a sua estreia no voluntariado em 2011 na ação de recuperação de um ringue de futebol na Comunidade Vida e Paz, perto de Mafra. Sobre o guia, espera que “possa servir de inspiração e que as atividades que forem desenvolvidas pelos voluntários ANA possam estreitar laços com a comunidade envolvente, tendo a ANA a grande vantagem da sua dispersão geográfica”. Quem estiver interessado em ser voluntário só tem que preencher uma ficha e enviá-la para o CRSS, um processo que também pode ser feito online. A bolsa de voluntários, que já conta com 30 inscritos, é gerida pelo núcleo executivo do CRSS que gere as ações de acordo com o local geográfico em que se encontra cada inscrito e as áreas de interesse expressas pelo voluntário. Estas podem ir desde a ação social, ambiente, educação, reinserção social, até às competências que exerce na ANA. “Ajudar não custa. É reconfortante ajudar quem realmente precisa, nem que seja por uma hora ler um livro a alguém que apenas precisa de companhia. Nos tempos que correm não só o dinheiro faz falta, a necessidade de se estar acompanhado é por vezes maior”, diz Marta Quaresma. As ações de voluntariado são divulgadas nos meios institucionais da empresa via correio eletrónico e na intranet.

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_ambientes

A PENSAR NO FUTURO

São 11 os estudantes, de todo o país, que farão o ensino superior com o apoio de bolsas atribuídas pela ANA. Preocupados mas mais esclarecidos, assim são os jovens que agora iniciam a sua formação superior.

“G

osto muito de aviões”. Aliás, sempre gostou, mas, mostrando uma lucidez que, se calhar, não era exigida há uns anos atrás a quem escolhia um curso no ensino superior, Gonçalo Martins decidiu ser pragmático e afastou da ideia a vontade ser piloto. “Na pilotagem atualmente o mercado está

lotado. Além disso, os cursos são caros, é preciso fazer horas de voo… Hoje em dia é preciso pensar no depois, então optei por este curso”. O curso é o de Ciências Aeronáuticas, no ramo Engenharia e Manutenção, no Instituto Superior de Educação e Ciências. O fato de o curso só existir no ensino privado torna ainda mais relevante o apoio que começou a receber através da bolsa ANA Solidária, que, além do Gonçalo, vai ajudar outros 10 alunos durante a frequência do ensino superior. As 11 bolsas atribuídas pela ANA têm um valor de 3 mil euros anuais, pagos em 10 prestações mensais e destinam-se a alunos do 12º ano das escolas circundantes dos aeroportos, apoiandoos durante a frequência do 1º ciclo de Bolonha. Para se poderem candidatar a este apoio os alunos deveriam ter bom aproveitamento escolar (uma média igual ou superior a 14 valores), residir numa freguesia vizinha de um aeroporto da ANA e ter frequentado o último ano do secundário numa escola pública sediada em concelho limítrofe de um desses aeroportos. Não ter mais de 20 anos e o rendimento per capita do agregado familiar não ultrapassar o salário mínimo nacional eram as outras condições colocadas para a candidatura.

Gonçalo Martins quis ser piloto mas como os tempos não estão para grandes voos optou pelo curso de Ciências Aeronáuticas, no ramo Engenharia e Manutenção, que acredita garantir mais saídas profissionais.

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Os requisitos foram preenchidos também por Carlos Tomás da Silva, de 18 anos, que deixou a cidade açoriana da Horta, na ilha do Faial, para vir estudar para Lisboa. A mãe ficou desempregada no ano passado e com o subsídio de desemprego prestes a expirar, a importância de ter uma bolsa era fundamental. Carlos candidatouse a quatro (as outras eram bolsas governamentais) e, diz, “alguma tinha de sair, caso contrário seria impossível continuar em Lisboa”, onde está a estudar Meteorologia, Oceanografia e Geofísica, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Também dos Açores, filho de continentais que foram viver para o arquipélago, Gonçalo, de 19 anos, reconhece que a bolsa veio oferecer algum alívio à família, com outro filho, a estudar no 11ºano. “Os meus pais sempre se dispuseram a apoiar-me para fazer o curso mas pagar o alojamento, propinas, transportes, alimentação, não é fácil e sabíamos que seriam necessários alguns sacrifícios, tanto deles como meus. A bolsa veio aliviar esses sacrifícios”. Da ilha das Flores para Lisboa a mudança é grande e a adaptação não é imediata. Valeu-lhe a proximidade de outro açoriano que já está no 3º ano do curso e o ajudou a integrar-se. As tarifas especiais para estudantes da Sata permitem-lhe ir duas vezes por ano a casa. Foi no Natal e agora provavelmente só voltará a ver as Flores no verão. Além da origem, os dois bolseiros partilham a mesma preocupação com o futuro profissional. “Como os tempos que correm não estão famosos para quem sai da universidade, tive a preocupação de escolher um curso com saídas profissionais”, refere Carlos, acrescentando que está preparado para quando terminar procurar uma colocação no estrangeiro se for necessário. “Eventualmente nos países nórdicos que são países com maior dinamismo nesta área, avançados na pesquisa “Como os tempos que sobre os glaciares ou as mudanças climáticas, correm não estão por exemplo”. As bolsas ANA Solidária, criadas no âmbito famosos para quem do projeto “Educar e Crescer”, traduzem as sai da universidade, orientações estratégicas da empresa para a tive a preocupação de Responsabilidade Social, onde se inscreve o escolher um curso com fomento de uma relação de proximidade com saídas profissionais” as comunidades envolventes dos aeroportos. Um esforço que passa por promover a inclusão social, em particular através da educação. Ao apoiar o talento dos jovens, a ANA dá mais um sinal do seu compromisso com as comunidades à sua volta e mais uma contribuição para o futuro do país. Foram atribuídas três bolsas na região de Lisboa e duas no Porto. Cada um dos outros aeroportos – Faro, Beja, Ponta Delgada, Horta, Santa Maria e Flores, atribuiu uma bolsa.

A estudar Meteorologia, Oceanografia e Geofísica, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Carlos Tomás da Silva não descarta a possibilidade de no fim do curso procurar trabalho fora de Portugal, na Escandinávia, por exemplo.

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_follow me me

BEM-VINDOS

AO LADO AR

No dia-a-dia como oficiais de operações aeroportuárias Maria Alexandre Nogueira Pinto e Eduardo Ferreira de Almeida registam os momentos, ângulos e circunstâncias que lhes chamam a atenção na zona operacional do Aeroporto de Lisboa. “Lado Ar” é um livro de fotografias e também um convite para uma viagem pelos caminhos restritos da Portela. É como ouvi-los dizer: “follow me”.

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_follow Me

As fotografias preferidas de cada um: um pôr-do-sol no meio dos aviões e a sombra de uma escada que convida a uma viagem.

A

s pessoas são poucas e quando aparecem estão ao longe, de costas, anónimas. Há os espaços, amplos e desabrigados, da placa do aeroporto. Há os equipamentos. Gruas, máquinas, luzes, antenas, carros, carga, edifícios. Há chuva, nevoeiro, sol, a nascer e a pôr-se. E há muitos aviões. Mas o que existe sobretudo no livro “Lado Ar”, um álbum fotográfico editado pelo Aeroporto de Lisboa são pontos de vista. Os pontos de vista de Maria Alexandre Nogueira Pinto e de Eduardo Ferreira de Almeida. Oficiais de operações aeroportuárias (OPAs) no Aeroporto de Lisboa há cerca de 20 anos, são também amigos que partilham o gosto pela fotografia. Em comum têm ainda a vontade de registar em imagem momentos únicos a que, privilegiados, têm acesso na zona operacional do aeroporto, o tal “lado ar” que dá nome ao livro. Entre os dois têm fotos, muitas fotos, que dão uma visão mais humana do aeródromo. A iniciativa partiu dela. “Era uma pena guardar isto só para nós, tínhamos vontade de partilhar com as outras pessoas”. Foi ter com ele e juntos procuraram a Direção do Aeroporto de Lisboa, que acarinhou a ideia. possa ter influenciado a sua opção. Estudava Engenharia O que está no livro é o testemunho de muitos turnos, Civil no Técnico quando viu o anúncio que pedia OPAs de muitas horas passadas na placa do aeroporto. Um para o aeroporto. Apesar do gosto pela engenharia (mais sítio que, pelas suas características, é propício a muitos tarde terminaria a licenciatura), aos 21 anos, a vontade momentos irrepetíveis. A começar pelos fenómenos de começar a ganhar o seu dinheiro fê-la concorrer. atmosféricos que encontram ali Esteve um ano em Faro e depois veio para "Era uma pena um espaço vasto que lhes permite Lisboa, onde tem sempre trabalhado nas guardar TODAS ESTAS operações aeroportuárias. mostrarem-se de uma forma diferente. FOTOS só para nós, “Enquanto num sítio cai uma chuva Os aviões e as viagens também fizeram torrencial, logo ao lado pode estar um parte da vida de Eduardo desde muito tínhamos vontade sol de verão; uns metros ao lado de de partilhar com as jovem. O pai trabalhava para a americana um nevoeiro cerrado pode haver um TWA e ele tirava a sua quota de vantagens. outras pessoas." sol que brilha”, conta Eduardo, para “Era comum ir passar o fim de semana a quem o clima sobre a pista não tem segredos. Até neve Nova Iorque. Costumava ir com um amigo que estudava já apanhou. Medicina, enquanto ele ia comprar livros, eu comprava Em comum os dois têm ainda os antecedentes. Tanto ténis”. Entrou para o curso de História mas quando estava o pai de um como o do outro trabalharam na área. O de no segundo ano deixou-se seduzir pelo aeroporto e Maria Alexandre – a quem ela faz questão de dedicar o tornou-se OPA. Mais tarde também terminou a sua livro – foi engenheiro aeronáutico e ela admite que isso licenciatura. No que toca à fotografia, cada um tem as suas motivações. Maria Alexandre explica que “não tem o hobbie da fotografia”. Simplesmente, ao longo do tempo, foi deparando com situações e momentos que achou que mereciam ficar registados. Quando o marido lhe ofereceu uma máquina – “uma simples, nada XPTO” – passou a trazê-la sempre no bolso. Interessam-lhe os jogos de formas e estruturas e não vacila ao eleger a sua foto preferida do livro: uma em que a sombra da escada de acesso está refletida junto ao nariz do avião. “Não por causa do ângulo ou de qualquer especificidade técnica,

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_follow me

mas apenas pelo que ela me sugere e que é a ilusão de uma viagem”. Apesar de não dominar e nem lhe interessarem os aspetos técnicos da fotografia, há muito que Maria Alexandre descobriu que a melhor hora para fotografar

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é de manhã bem cedo, quando o sol ainda está baixo, e depois ao fim do dia, quando ele se deita. Já a Eduardo, curioso e autodidata, interessa-lhe mais o caracter documental da fotografia. Aviões que se destacam por algum motivo, eventos, tratados e cimeiras não escapam à sua lente. “É uma forma de registar a história do país a partir daqui do aeroporto”. A explicação vem de Maria Alexandre, justificando o interesse do colega pela História. Por mais de uma vez ele cedeu as suas fotos para os jornais. Quando o avião do antigo presidente do Zaire, Mobutu Sesse Seko, que esteve estacionado na Portela durante 15 anos, foi finalmente desmantelado, ele teve o “exclusivo” e as fotos que saíram no Expresso são da sua autoria. No entanto, entre as suas fotos, aquela de que mais gosta tem o título de “Pôr-do-sol” e mostra o astro a desaparecer, visto da parte debaixo da turbina de um avião, emoldurado pelas formas redondas da aeronave. No seu portfólio não faltam os fenómenos da natureza e nem sequer precisa de grande equipamento para os apanhar. A prová-lo lá está um belo arco-íris, captado com um telemóvel Nokia. Ao longo de duas décadas foram várias as celebridades que viram desfilar pelo aeroporto, por isso o fato em si mesmo não merece grande atenção. Mas se a celebridade vier aos comandos do avião e tiver que seguir as suas indicações para estacionar a aeronave, aí o caso muda de figura. Maria Alexandre recorda com emoção “quando deu indicações ao Nelson Piquet para estacionar


O livro é o testemunho de muitos turnos e muitas horas passadas na placa do aeroporto. Um sítio que, pelas suas características, é propício a muitos momentos irrepetíveis.

o seu avião”. Na altura em que o circuito de Fórmula 1 passava pelo Estoril, era frequente verem os ases da estrada aos comandos do seu avião privado. Além de Piquet, também Ayrton Senna, Nigel Mansell ou Niki Lauda (que agora é proprietário da companhia aérea Niki), estacionaram na Portela. No campo dos famosos, Eduardo destaca os Iron Maiden. Ou melhor, o avião dos Iron Maiden. O Ed Force One é um Boeing 757

usado pelos metaleiros britânicos e é “enfeitado” por uma figura “Eddie”, a mascote da banda desde o início. O avião é pilotado pelo próprio vocalista do grupo, Bruce Dickinson que, recorda Eduardo, não se fez rogado e desceu prontamente do avião para tirar fotos com o pessoal do aeroporto. A foto do avião com o Eddie na cauda está no livro mas outros, mais ou menos famosos, não foi possível incluir por razões que se prendem com direitos jurídicos da imagem. Para essas questões contaram com a ajuda da Direção dos Serviços Jurídicos e do Contencioso da ANA, que falou com as companhias Mesmo sem algumas aéreas retratadas. Se houve as que não levantaram questões, também houve as autorizações, a que se opuseram à reprodução das fotos escolha foi difícil dos seus aviões no livro. Uma resposta que porque as fotos nunca chegou foi a de Washington, e por de que dispunham isso o Air Force One também ficou de fora. davam para fazer Mesmo sem algumas autorizações, vários volumes. a escolha foi difícil porque as fotos de que dispunham davam para fazer vários volumes. A cumplicidade, a confiança mútua e a facilidade no relacionamento permitiu que a seleção das imagens fosse um processo pacífico. Contaram também com a ajuda de Francisco Sousa, da Secretaria Geral da ANA, que fez todo o arranjo gráfico do livro. A publicação coincidiu com os 70 anos do Aeroporto de Lisboa e tornou-se mais um motivo para celebrar.

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ROTERDÃO

A vanguarda da arquitetura adapta-se à crise

O NAI Rotterdam – Netherlands Architecture Institute, mais que um museu dedicado à arquitetura, é um instituto cultural. Organiza exposições, palestras, debates que pretendem informar, inspirar e estimular os profissionais e também o público em geral.

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_partidas Uma ponte de madeira, construída através de “crowd funding”, vai atravessar o centro de Roterdão e já se tornou um símbolo do novo rumo que se quer dar à arquitetura holandesa: com prioridade aos pedestres, reconversão de espaços abandonados, reciclagem e mais sustentabilidade no espaço urbano. Os efeitos da crise económica chegaram à vanguarda da arquitetura.

A

o lado dos vistosos e arrojados prédios que se estendem ao longo do principal canal de Roterdão, assinados por estrelas da arquitetura mundial como Norman Foster, Renzo Piano e pelo ilustre filho da terra Rem Koolhaas, está a nascer, por etapas, à medida que o dinheiro vai chegando, uma singela ponte de madeira. A Luchtsingel (palavra holandesa que quer dizer qualquer coisa como ‘passeio levantado’) é uma ponte pedestre de madeira com 350 metros de comprimento que vai ligar o distrito central e financeiro de Roterdão a Hofbogen, uma zona residencial que está isolada pela linha de comboio e pelo trânsito intenso que atravessa a zona. A ideia foi inspirada no projeto nova-iorquino High Line, um parque construído pelos moradores os especialistas apontam a necessidade numa linha de caminho-de-ferro desativada que não queriam ver demolida, e está a de readaptar as ser construída no âmbito da 5ª Bienal zonas abandonadas Internacional de Arquitetura de Roterdão, nas cidades que não que decorreu entre abril e agosto do ano resistiram à explosão passado. Mas, mais que um simples passadiço de da bolha imobiliária. madeira, a Luchtsingel – um risco de madeira nua e crua, sem pintura nem enfeites, no tecido urbano – já está a ser encarada como um símbolo de que a austeridade chegou também à arquitetura no país que, provavelmente, detém mais escritórios e projetos de arquitetura de vanguarda do mundo. Liderados pelo poderoso OMA - Office for Metropolitan Architecture de Rem Koolhaas – autores de centenas de projetos em todo o mundo, entre os quais a Casa da Música, no Porto – os arquitetos holandeses debateram na última bienal soluções para reurbanizar as metrópoles vítimas do descalabro financeiro e evitar o colapso das cidades.

Na apresentação que fez aos jornalistas, o diretor do Instituto de Arquitetura da Holanda, Ole Bouman, sintetizou o sentimento que varre a classe neste momento: “Os governos não têm dinheiro nem estrutura, estão a desmoronar-se. Se dependermos do estado para fazer arquitetura, vamos todos morrer”. Adequando-se aos novos tempos, os especialistas apontam a necessidade de readaptar as zonas abandonadas nas cidades que não resistiram à explosão da bolha imobiliária. O uso misto do espaço público, a coabitação de diferentes classes sociais, e a utilização de praças, parques e pontes por pedestres e ciclistas, são outros dos caminhos indicados. A Luchtsingel liga o Schieblock, um prédio de escritórios ocupado por empresas criativas, aos prédios de uma zona residencial, passando por cima de automóveis e comboios e permitindo uma ligação humana entre os bairros de Roterdão. Segundo Kristian Koreman, arquiteto do escritório Zones Urbaines Sensibles, que desenvolveu o

Images Market Hall: © Provast

O Rotterdam Market Hall, um projeto que engloba um mercado ao ar livre, restaurantes, lojas e apartamentos, está em construção no centro de Roterdão. A crise deverá, no entanto, impor severas restrições à construção de mega-obras nos próximos tempos.

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projeto, a ideia é devolver vida urbana de qualidade a uma zona que perdeu movimento com o fecho de muitos escritórios por causa da crise na Europa. Outras iniciativas já começaram a tomar forma. No topo do Schieblock foi criado um jardim e uma horta onde se cultivam ervas aromáticas e legumes que são utilizados nos restaurantes da zona. Em frente do prédio, um antigo estacionamento foi convertido em praça de restaurantes “pop up”, que servem desde sopas a cerveja artesanal. Ali há desde um contentor que antes servia para transportar Rolls Royce e agora é um restaurante, a mesas e cadeiras que o Hotel Hilton já não queria e que foram aproveitadas como bancos para praça e uma marcenaria que transforma lixo em mobiliário urbano. Roterdão foi arrasada pelos bombardeamentos da 2ª Guerra Mundial. Por isso é difícil encontrar edifícios anteriores a 1945. Poucos ficaram de pé. Mais que um simples O Estádio do Feyenoord (mais conhecido como De Kuip, “a banheira”), apesar de passadiço de madeira, saqueado, sobreviveu. O do Museu a Luchtsingel já está Boijmans Van Beuningen também não a ser encarada como sofreu danos, mas esta lista é curta. De um símbolo de que a uma tela em branco os arquitetos criaram

austeridade chegou também ao país que detém mais escritórios e projetos de arquitetura de vanguarda do mundo.

O edifício do Kunsthal e as Casas Cúbicas são outros símbolos da vanguarda arquitetónica de Roterdão.

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_partidas

A Luchtsingel é uma ponte pedestre de madeira com 350 metros de comprimento, construída através de “crowd funding”, que pretende devolver vida urbana de qualidade a uma zona que perdeu movimento com o fecho de muitos escritórios por causa da crise na Europa.

prédios modernos onde se destacam muitas construções famosas. É o caso das Kubuswoning, de Piet Blom, um conjunto habitacional formado por 32 casas cúbicas inclinadas sobre um polo hexagonal, ou os diversos museus como o Kunsthal ou o Instituto de Arquitetura da Holanda, o NAi. Há poucos meses abriu em Spijkenisse, um município da área metropolitana de Roterdão, uma biblioteca em forma de pirâmide em vidro com vários pisos desenhados para se assemelharem a uma montanha feita de livros, a que se chamou, muito a propósito, Book Moutain. Desenhada pelo atelier de arquitetura MVRDV, demorou 10 anos a construir e faz parte de um projeto mais alargado de revitalização do centro de Spijkenisse através de um design inteligente de eficiência energética. Entretanto, outros edifícios emblemáticos estão em construção, como a Rotterdam Centraal, a estação central de comboios, que deverá ficar pronta este ano e passará a oferecer mais espaço, conforto e acessibilidade ao crescente número de passageiros que nos próximos 15 anos deverá passar de 110 mil para 330 mil. Ou o Rotterdam Market Hall, outro projeto da MVRDV, que engloba um mercado ao ar livre – que, devido a novas limitações impostas pelas leis de higiene na Holanda, terá de ser coberto – e 246 apartamentos, formando um arco gigante que cobre a área de mercado. Isto resulta numa área de 3 mil m2 de lojas, 1600 m2 para restaurantes no nível térreo e primeiro andar, um supermercado de 1800 m2 e um parque de estacionamento subterrâneo para 1100 carros. A face interior do arco será coberta com LEDs e as partes dianteira e traseira serão cobertas por uma fachada de vidro flexível suspensa, que permite a máxima

transparência e um mínimo de estrutura. A conclusão deste novo ícone de Roterdão está prevista para 2014. Não é, no entanto, de esperar que nos próximos anos outras mega-obras como estas vejam a luz do dia. A tendência será reciclar e reinventar as cidades, fazendo uso de estruturas que já existem. Quem duvidar pode atentar às palavras do próprio Rem Koolhaas: “Vemo-nos como agentes num processo de mudança. Somos arquitetos críticos da arquitetura. Não gosto de arquitetura que atinge só a condição de ícone. O que queremos agora é um espetáculo mais contido”.

COMO IR A Transavia voa de Faro para Roterdão todas as semanas com diferentes frequências consoante o período. Para mais informações sobre os voos consulte o site da companhia em http://www. transavia.com ou o da ANA em http://www.ana.pt. O Aeroporto de Roterdão situa-se a pouco mais de oito quilómetros do centro da cidade que pode ser alcançado de transportes públicos, nomeadamente através do autocarro número 33. Uma viagem de autocarro para o centro da cidade demora cerca de 20 minutos e um autocarro sai aproximadamente de 10 em 10 minutos do aeroporto para a Estação Central e no sentido inverso.

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_lifestyle

PORTUGAL MOSTRA-SE

AO MUNDO

Recém-aberta no Aeroporto de Lisboa, a Portfolio é um inovador espaço comercial que divulga a quem visita o país marcas, produtos e experiências que representam o que de melhor se faz em Portugal.

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ão foi preciso inventar muito. Bastou olhar para dentro, para o talento e para a criatividade nacionais. O resto veio de forma natural. Na Portfolio, a mais nova loja do Aeroporto de Lisboa, estão as marcas, produtos e experiências que captam a essência da alma portuguesa em áreas tão distintas como a cultura, o artesanato, o design, a moda e a gastronomia. A afirmação do que é português começa, desde logo, na arquitetura do espaço e na seleção dos materiais escolhidos para decorar os vários ambientes da Portfolio. A madeira de pinho natural, típica da construção naval, evoca a epopeia dos Descobrimentos. O calcário e o basalto do chão remetem para a calçada portuguesa, única no mundo. Os tradicionais bancos de jardim em ferro e madeira e um jardim vertical, com espécies botânicas portuguesas, sugerem um regresso às origens.

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A luz natural contribui para evidenciar a enorme diversidade de cores e formas dos produtos portugueses expostos nos distintos espaços da Portfolio. Há um balcão gourmet, onde se podem degustar os sabores tradicionais de Portugal, e os visitantes serão surpreendidos por diversas iniciativas ligadas à demonstração da arte e cultura portuguesas. Isto porque, além dos produtos à venda, nesta montra de Portugal há sempre tempo e lugar para as emoções. Aqui podem ser vividas diariamente experiências em que o produto ganha vida e conta a sua própria história, envolvendo todos os que passem pela loja num contacto direto e pessoal com a identidade e o talento “Made of Portugal”. A tudo isto junta-se ainda a área Portfolio Selection, com uma vasta gama de artigos criados exclusivamente para a própria marca.


A pensar num cliente cada vez mais exigente e com especial enfoque na área dos vinhos, os visitantes poderão obter sugestões de qual o vinho que melhor se adequa à emoção ou momento em que vai ser servido (por exemplo uma celebração, um jantar romântico ou uma festa de amigos).

Todo o ambiente convida a entrar e desfrutar, com os sentidos bem despertos, de uma diversidade de sensações únicas. Entre e sente-se num banco de jardim, enquanto ouve um fado e se delicia com o sabor do café português. Certamente que lhe ficará na memória a emoção de sentir Portugal.

Moda

Sabores

A moda é uma forma de expressar o modo de vida de um país, reinventada em cada nova coleção. Na Portfolio pode encontrar algumas das principais marcas de moda portuguesas. As últimas tendências em roupa, calçado e acessórios são apresentadas pelas marcas Parfois, Salsa, Sanjo, Cubanas e MUU. Qualquer que seja o seu estilo, a diversidade de oferta vai fazer das suas compras uma verdadeira experiência cosmopolita.

A Portfolio apresenta os mais autênticos sabores de Portugal. Da intensidade de um café selecionado da Delta aos mais tradicionais vinhos e azeites do Esporão, passando pelos chocolates de confeitaria artesanal Arcádia, especialidades da Casa do Porco Preto, e pelas iguarias tradicionais da Serra da Estrela, são muitos os artigos da boa mesa portuguesa à sua disposição. Sem esquecer o vinho do Porto.

Design A intemporalidade do design português marca presença em peças das mais conceituadas marcas nacionais, que procuram inovar sem nunca perder a ligação com a autenticidade de Portugal. Além da Vista Alegre, sinónimo de tradição e qualidade, na loja encontra também peças da prestigiada Atlantis, as artes tradicionais de cerâmica de Bordalo Pinheiro, entre outras.

Cultura A cultura lusitana não se define em meia dúzia de nomes, mas alguns, como a voz de Amália ou Mariza e as palavras de Pessoa ou Saramago, são incontornáveis. Outros grandes nomes da cultura portuguesa estão na Portfolio, em livros, discos, DVD’s e outros suportes visuais com a chancela da Leya e da EMI Music Portugal.

Artesanato A Portfolio procura continuamente descobrir e promover a contemporaneidade do artesanato português. As peças inovadoras, pintadas à mão, da Olaria Carrilho, os luxuosos sabonetes da Saboaria Portuguesa e as peças únicas da Alma Lusa são algumas das propostas que carregam um pouco da história e tradições portuguesas.

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_lifestyle

zen

Um momento antes de voar. Ou depois. Voar pode ser stressante e muitas horas dentro de um avião deixam qualquer um sem energia. O Aeroporto de Lisboa oferece agora a possibilidade de reduzir os efeitos do stress, do cansaço ou mesmo do jet lag através do yoga. Namasté.

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ão importa que seja uma viagem transatlântica ou apenas transibérica. Para muitas pessoas o simples pensamento de entrar num avião é motivo de stress e ansiedade. Para esses, e não só, o Aeroporto de Lisboa disponibiliza agora mais uma forma de descontrair antes de um voo: o yoga. Mediante uma marcação prévia, o passageiro pode desfrutar de uma sessão de yoga com um personal trainer que o ajudará através desta prática milenar a conseguir um estado de equilíbrio entre o corpo e a mente. Bruno Reis é instrutor de yoga ao domicílio e agora juntou-se ao Airport Business Center para disponibilizar este serviço também no aeroporto. Através das posturas de yoga (chamados asanas) combinadas com exercícios de respiração (pranayamas), o instrutor vai orientá-lo na prática de alguns exercícios simples de yoga, que permitem descomprimir e alongar

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os músculos, respirar melhor e reduzir a tensão e o stress. Antes ou depois de qualquer voo, ou entre escalas de viagem, pode usufruir de um serviço personalizado ou em grupo (até um máximo de três pessoas) de sessões de yoga no lounge Airport Business Center. O custo de cada sessão é de 48 euros e a marcação pode ser feita diretamente com o treinador através dos seus contatos disponíveis em www.br-formula.com ou através do lounge em www.abclisbon.com. O preço também inclui meia hora de internet e aperitivos e bebidas à discrição. Se quiser, o passageiro pode ainda tomar um duche no final da sessão. O Aeroporto de São Francisco, nos EUA, tornou-se no início deste ano o primeiro no mundo a disponibilizar aos seus passageiros um espaço próprio para a prática do yoga. Este é mais um exemplo de como os aeroportos estão empenhados em melhorar a experiência dos passageiros.


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_lifestyle

POSSO LEVAR A SUA MALA? É daqueles que tenta viajar leve mas leva tudo e mais alguma coisa? Não se preocupe, a Skybags vai buscar as suas malas a casa e leva-as diretamente para as nuvens. Sem filas nem contratempos.

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inguém diz que não a uma viagem mas poucos gostam de carregar malas e enfrentar as filas no check-in, que ainda são os aspetos menos atrativos de qualquer viagem de avião. Mas não tem de ser assim. Com o serviço Skybags, o balcão de check-in desloca-se a sua casa, ao escritório ou ao hotel onde se encontra. Quando o transporte da Skybags chega a sua casa, os passageiros têm apenas que apresentar os documentos de identificação necessários para poder entrar no aeroporto de destino (BI, Passaporte, Visto). Depois a Skybags trata do resto. O passageiro só tem de comparecer no dia do voo uma hora antes da partida no balcão da companhia para levantar o seu cartão de embarque.

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Inovador, este serviço oferece um elevado nível de conforto aos passageiros que viajem a partir do Aeroporto de Lisboa em voos das companhias aéreas aderentes, que neste momento são a TAP, IBERIA, SATA e AirEuropa. O serviço tem uma tarifa única de 35€ em toda a área de atuação, que abrange a cidade de Lisboa, linha de Cascais, de Sintra e a Margem Sul. Para outras áreas é aconselhada a consulta prévia do preço. O valor baixa para 24€ em caso de crianças dos 2 aos 11 e para 17,5€ para bebés até 24 meses. Estes valores incluem o check-in de passageiros e da bagagem permitida pela companhia aérea, feito no próprio local onde se encontra o passageiro. Em caso de excesso de bagagem será cobrada uma sobretaxa de 1€ por cada kg a mais. Se quiser fazer as coisas em grande, pode optar pelo serviço SkyVip e viajar para o aeroporto (ou do aeroporto) com todo o conforto e requinte num carro topo de gama equipado com a vanguarda da tecnologia. A Skybags iniciou a sua atividade há seis anos no Aeroporto de Lisboa e o seu serviço de Home Check-In é único em Portugal e na Europa.


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Junto ao Terminal 01 do Aeroporto Internacional de Lisboa (Portela). Acessos diretos à A1, A2, A5 e A12. Localização a 200 m do Terminal. 3 Kms da Estação do Oriente (Terminal Ferroviário). No Parque das Nações, a uns minutos do hotel, poderá encontrar uma oferta diversificada de lazer e também um dos principais pólos empresariais. Next to Terminal 01 of Lisbon International Airport (Portela). Direct link to A1, A2, A5 and A12 motorways. Only 200 m from the Terminal. 3 km away from the Oriente Station ( railway) with access to the underground, next to theAirport terminal building. In Parque das Nações, just a few minutes away, you can find a unique range of leisure and business facilities in the capital.

Aeroporto Internacional de Lisboa ( Portela) Rua C 1700-008 · Lisboa · PORTUGAL Provisional Phone / Telefone Provisório : ( 351 ) 21 893 00 00 Provisional Fax / Fax Provisório : ( 351) 21 893 00 99 tryp.lisboa.aeroporto@meliaportugal.com

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_aldeia global Peru quer aeroporto em Machu Picchu

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llanta Humala, presidente do Peru, quer construir um aeroporto em Cusco, a capital regional de Machu Picchu e antiga capital dos Incas. O objetivo é melhorar as condições turísticas e sociais da zona, bem como atrair mais visitantes às ruínas que são uma das 7 Maravilhas do Mundo. “Este novo aeroporto não significa que virão para cá mais turistas. Mas com certeza que vai gerar mais postos de trabalho e ajudar as comunidades vizinhas”, disse Ollanta Humala à CNN, acrescentando que o aeroporto atual é insuficiente, uma vez que apenas realiza voos diurnos. O novo aeroporto seria construído em Chinchero, um dos sete distritos da Província de Urubamba. O presidente peruano já promulgou uma lei permitindo a expropriação de terras na cidade de Chinchero. Segundo Ollanta Humala,

o governo vai investir cerca de 368,8 milhões de euros. O turismo é a principal fonte de receitas da região e em 2011 mais de 2,5 milhões de turistas estrangeiros visitaram o Peru.

40% dos aeroportos vão investir mais nas redes sociais

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erca de 40% dos aeroportos de todo o mundo pretendem aumentar o orçamento destinado à utilização das redes sociais. Este foi o resultado de um estudo realizado pela SimpliFlying que questionou 55 aeroportos de diferentes partes do mundo para tentar perceber como estão a utilizar as redes sociais nas suas estratégias de comunicação e marketing. O Airport Social Media Outlook 2012 foi o primeiro estudo deste género e englobou alguns dos aeroportos

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mais ativos nestas plataformas, como é o caso do Aeroporto Internacional de Kansas City, nos EUA, e do Aeroporto de Heathrow, em Londres. A principal conclusão é que apesar de a maioria não ter ainda muitas certezas sobre o impacto dos media sociais nos próximos anos, 40% deles planeiam dedicar-lhes mais meios. As conclusões do relatório mostram também que os aeroportos são conservadores no investimento que fazem de tempo e dinheiro nas redes sociais. Quando comparados com as companhias aéreas, constata-se que a incorporação das redes sociais na sua estratégia é mais lenta. Cerca de 63% dos aeroportos interrogados atribuem menos de 10 mil dólares por ano para as redes sociais e 55% investe menos de 100 horas de trabalho por mês nas tarefas relacionadas com as redes sociais. “Foi necessária boa parte do século XXI para que a gestão aeroportuária percebesse a necessidade de efetuar iniciativas de marketing e estamos a assistir a uma tendência semelhante no que diz respeito ao investimento nas redes sociais”, disse Shashank Nigam, CEO da SimpliFlying. “A utilização das redes sociais por parte dos aeroportos pode não ser tão rápida como por parte das companhias aéreas mas a perspetiva é otimista.”


Bomba da II Guerra Mundial descoberta em aeroporto no Japão

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ma relíquia da II Guerra Mundial, mais precisamente uma granada de obus norte-americana, foi encontrada a cerca de 1,2 quilómetros a oeste do Aeroporto de Sendai, no nordeste do Japão, e levou ao encerramento temporário do aeroporto, em outubro passado. A bomba, com 110 centímetros de comprimento, 35 de diâmetro e 250 quilos, foi encontrada durante os trabalhos de reconstrução do aeroporto, que foi gravemente afetado pelo tsunami de 2011. Os trabalhadores da construção desenterraram a bomba que se encontrava perto de um dos taxiways. As Forças de Auto Defesa nipónicas usaram sacos de areia para construir um muro de proteção com seis metros de altura em redor da granada norte-americana de modo e evitar a dispersão de fragmentos em caso de detonação, informou a agência noticiosa japonesa Kyodo. Já em agosto passado, o terminal C do Aeroporto de Schiphol, na Holanda, teve de ser evacuado na sequência de uma descoberta semelhante. Durante a guerra de

1939-1945, a zona de Schiphol foi utilizada pelos nazis como base militar, tendo sido, por isso, alvo de bombas das forças aliadas, de acordo com a BBC online, que cita a imprensa holandesa.

Fundo chinês compra parte do Aeroporto de Heathrow

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China Investment Corporation (CIC) vai adquirir uma quota de 10% no maior aeroporto de Londres, o de Heathrow, que detém igualmente o record no tráfego de passageiros da Europa. Até aqui era o consórcio espanhol Ferrovial que detinha a maior quota no aeroporto londrino, com 49,9 % da holding proprietária do aeroporto, a FGP Topco. Agora, o CIC comprou uma quota de 5,72% à Ferrovial e outras quotas menores, totalizando 10%, a acionistas menores da Topco. O CIC é um fundo de investimento criado em 2007 para administrar as reservas de divisas chinesas, que têm aumentado incessantemente devido ao grande excedente comercial do país. Em Inglaterra, o CIC já tinha adquirido no início deste ano 8,7% da companhia das águas. Outro dos seus investimentos conhecidos é uma parte da companhia francesa GDF Suez. Em Portugal, o Estado chinês detém uma participação na EDP através da China Three Gorges Corp.

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_aldeia global 450 Milhões de euros para modernizar o Aeroporto de Orly

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Aéroports de Paris, empresa que gere as infraestruturas aeroportuárias da capital francesa, anunciou um investimento estimado entre os 400 e os 450 milhões de euros para o plano de desenvolvimento do aeroporto de Orly. Uma das principais novidades é a junção dos dois terminais atualmente existentes. Apresentado pelo CEO da Aéroports de France e pelo diretor do aeroporto, o programa deverá desenrolar-se ao longo de seis anos. Além da unificação dos terminais, o plano prevê a construção de um novo lounge para as partidas internacionais e a remodelação do terminal de entradas, incluindo 100 mil m2 de novas áreas de receção dos passageiros. Criando um único terminal integrado, todos os balcões de check-in, segurança, bagagem e lojas vão ficar situadas sob um mesmo teto. As alterações tendem ainda a aumentar o número de check points de segurança, tal como as áreas dedicadas ao levantamento de bagagem. Orly tem vindo a receber obras de beneficiação pontuais mas agora, segundo a empresa que gere a infraestrutura, tornou-se necessária uma intervenção mais profunda já que durante os anos mais recentes a natureza do tráfego

em Orly se alterou consideravelmente: o número de voos internos caiu e os voos internacionais aumentaram de 14% no ano 2000 para 28% este ano, o que significa que os passageiros passam mais tempo dentro do aeroporto. De acordo com a administração da Aéroports de France, quando estiver concluído o projeto criará cerca de 5 mil novos empregos dentro do aeroporto.

Crise na Grécia afeta chegada de turistas

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medida que a crise económica na Europa continua a afetar os gastos com viagens, os desembarques internacionais nos aeroportos gregos caiu 2,5% nos primeiros nove meses de 2012. O número de passageiros que chegam do exterior baixou de 10,6 milhões em 2011 para 10,3 milhões, disse em comunicado a associação grega de empresas de turismo, conhecida como SETE, sediada em Atenas. As chegadas do exterior caíram 0,2% para 1,7 milhões em setembro. No Aeroporto Internacional de Atenas, o maior do país, a descida foi de 12%, para 2,1 milhões até 30 de setembro. Para os gestores do aeroporto, as imagens de protestos contra as medidas de austeridade transmitidas para todo o mundo podem ter ferido a imagem do país. O turismo é a maior indústria da Grécia. Em 2011 foi responsável por quase 16% do produto interno bruto e por um em cada cinco postos de trabalho, de acordo com o londrino World Travel and Tourism Council.


A A Magazine agradece a colaboração das seguintes pessoas e entidades na elaboração desta edição: Bruno Reis Yoga Personal Trainer

Almodóvar usa aeroporto fantasma como cenário

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ideia era que fosse o concorrente privado do Aeroporto de Barajas, em Madrid, mas o Aeroporto Ciudad Real Central, construído a sul da capital, fechou após apenas três anos de funcionamento, tornando-se um símbolo da espiral da crise económica em Espanha. Depois de em maio do ano passado ter encerrado para as operações aéreas, o aeroporto fantasma – que custou mais de mil milhões de euros - pode vir a ter uma nova vida pelas mãos do cineasta Pedro Almódovar. O premiado realizador espanhol está a usar o aeroporto como cenário para o seu novo filme, que contará com participações especiais de Penélope Cruz e Antonio Banderas. Trata-se de uma comédia intitulada “Amantes Pasajeros”, um título que joga com o duplo sentido da palavra “pasajeros”. Para Almodóvar, nascido em Calzada de Calatrava, um município da província de Ciudad Real, em Castilla La Mancha, que tinha a ideia de incorporar um aeroporto fechado, sem voos, na sua comédia, o defunto aeroporto surgiu como o set ideal. O realizador construiu um avião modelo em tamanho real na pista, próximo ao edifício do terminal, onde o avião do seu filme irá fazer uma aterragem de emergência. Esta será a única “operação de voo” que o aeroporto testemunhará desde que o último voo comercial ali aterrou, em dezembro de 2011. Desde que encerrou, o aeroporto tem sido usado para a realização de sessões fotográficas, filmes publicitários e para testes de automóveis. Uma pequena equipa tem assegurado a manutenção das instalações mas é pouco provável que o aeroporto volte a funcionar num futuro próximo. O filme de Almodóvar estreia na Primavera de 2013.

Carlos Tomás da Silva Estudante da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa Eduardo Carreiro Casas Açorianas Eline Petersen NAI press Gonçalo Martins Estudante do Instituto Superior de Educação e Ciências Isabel Pagel MVRDV Isabel Ramalho Sky Bags Pedro Dioníso Professor na ISCTE Business School Pedro Rolo Duarte Jornalista Saskia Molema Kunsthal Rotterdam NA ANA: Ana Catarino Coordenação de Comunicação de Marketing do Aeroporto de Faro Ana Luís Direção de Estratégia e Marketing Aeroportuário Ana Lúcia Teixeira Projetos e Atividades não-aviação do Aeroporto de Lisboa Eduardo Ferreira de Almeida Operações Aeroportuárias Elvira Nóbrega Aeroportos da Madeira Elvira Pereira Marketing de Aviação do Aeroporto de Lisboa Francisco Caetano Coordenador Executivo do Conselho de Responsabilidade Social e Sustentabilidade Ingrid Lourenço Direção de Estratégia e Marketing Aeroportuário Iolanda Campelo Direção de Retalho Joaquim Damas Presidente do Conselho de Responsabilidade Social e Sustentabilidade Jorge Nunes Direção de Imobiliário e Projetos Especiais Maria Carmen António Relações Públicas Maria Nogueira Pinto Operações Aeroportuárias Marta Quaresma Direção de Auditoria e Organização Renata Tavares Marketing de Aviação dos Aeroportos dos Açores Susana Santos Marketing de Aviação do Aeroporto de Lisboa

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_passageiro frequente

Pai, filho & terroristas T

inha passado um mês sobre o 11 de Setembro de 2001. As notícias não deixavam dúvidas: se viajar, prepare-se para o suplício das medidas de segurança, a tortura das filas nas zonas de controlo, e um ambiente muito tenso nos aeroportos da Europa e EUA. Uma verdadeira prova de esforço. E foi exatamente por causa deste ambiente, e de saber que o Aeroporto da Portela estava em alerta máximo, que propus ao meu filho, então com cinco anos, uma viagem “de sonho”: ir ter com amigos ao Algarve, mas... ir de avião! Assim foi. Numa sexta-feira apanhei-o na escola e seguimos diretos para o aeroporto. No táxi, falámos de

terroristas, armas, dos perigos que a viagem encerrava, e de como prometia um momento excitante. Certificámonos de que as bagagens não incluíam nada que pudesse contrariar as autoridades... Quando chegámos ao aeroporto, confirmou-se a expectativa - havia militares e polícias armados até aos dentes, um ambiente tenso, e recomendações por todos os lados. O meu filho olhava para tudo aquilo entre o espanto e o medo. Estávamos, portanto, em “plena” aventura. Depois do check-in, o controlo das bagagens de mão. A pergunta clássica: - Trazem algum objeto da lista proibida? - Não, senhor, respondeu o António Maria, hirto e sério. Volvidos alguns segundos, um dos funcionários pedenos para sairmos da fila com as nossas coisas, em rigor a mochila da escola e um saco de jornais. Com ar sério e grave, voltou a perguntar: - Têm a certeza de que não transportam nenhum objeto proibido? E eu, a rir, encolhendo os ombros: - Claro que não. E o funcionário: - Temo que sim... Aí comecei a irritar-me: - Oiça, se é uma brincadeira, veja lá, não quero assustar o miúdo. O miúdo já estava assustado. O funcionário apontou para a mochila: - Pode abrir e ver o que tem lá dentro? Abri. Comecei a tirar cadernos. E o estojo das aulas de desenho. E dentro dele... Bom, dentro dele uma tesoura infantil amarela, de plástico, para cortar papel, e com bicos redondos... - Lamento, disse o funcionário, mas vamos confiscar o objeto. Agora já podem seguir... Foi um momento sublime. Pai e filho sob a ameaça de serem considerados perigosos terroristas por conta de uma tesoura amarela de plástico com bicos redondos! O objetivo da viagem estava concretizado: nunca mais o meu filho viveu uma aventura destas. Neste momento ele anda pela Austrália, saltita entre aeroportos para chegar a Lisboa, mas não consta que seja retido. Porque ele agora deixa as tesouras de plástico em casa...

Pedro Rolo Duarte Jornalista

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AIRPLAY_

BRINCAR, COMER, LEVANTAR VOO. Enquanto a hora da partida não chega, o Parque Infantil é o espaço ideal para brincar e preparar as refeições infantis. O aeroporto adapta-se a si_

Serviços adaptados a si_ Sala de Estar em Família_ Fraldários_ Carrinhos de bebé_ Parques Infantis_ Cacifos_ Mascote_ Livro Infantil_

Para mais informações sobre serviços disponíveis para famílias consulte www.ana.pt 52


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