Forum de diálogo sobre a capulana no MNE

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capulana

na construção da identidade,cultura e Moda

Ao primeiro olhar a capulana é um apelativo rectângulo de tecido de algodão estampado em toda a sua superficie e que cobre“decentemente” o corpo. Um têxtil que para além de vestir, tem outras inumeras aplicações/funções no dia – a – dia da mulher moçambicana.

http://d4capulana.wordpress.com IOW-Indian Ocean World East Africa Zanzibar/Mombaça/ Ilha de Moçambique/Madagasca r

Árabes Chineses Africanos Indianos Ottoman

Capulana CAPULANA

1ª economia global Manufatura

Islâmismo IMPERIALISMOS

North/Matriarcal South/Patriarcal

Catolicismo Europeus (Portugueses, Ingleses e Holandeses)

1ª/2ªRev. Industrial

Abolição da escravatura

Sec.XVI

1760/1860

1836-42

Companhias comerciais europeias “Companhia das indias”

Meados do sec XVIII Sec. XIX dá-se a hegemonia mundial britânica

Necessidade de afirmação ‘nova’ condição

Imperialismo/Neoco lonialismo 1860 - 1975 Movimento de resistência Movimento de afirmação

Nova nação moçambicana 1962- hoje Moçambicanidade Projeto estado-nação Revivalismo da tradição

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instrumento de negociação no feminino. (Meneses & Arnfred ,2011) voz silenciosa, contudo uma linguagem visível nas esferas socias, politicas e individuais. (Beck, R. 2001; Yatha–Otman, S.,1997 ). simbolismo que é lido localmente, diferenciando cada região de Moçambique.

(Meneses ,2003; Torcado,2004) documento vivo, cujo reportório permite a compreensão da história de um país e da mulher moçambicana.( Gegenbach, ativismo social,pois revela uma opinião em relação a um assunto específico, considerando que a compra da capulana não é aleatória e muitos dos nomes da capulana são sugerido pelas proprias mulheres aos fabricantes do pano. ( Vilarinho,2012) mensagem : Amizade, amor e casamento; Hostilidade e ressentimento; Relações familiares; Saude, cooperação, e competição; Paciência, tolerância e fé; Experiência, conhecimento e acção; Amabilidade e generosidade; saudações; Política e identidade nacional. objecto cosmopolita ( Prestholdot , 2009) e com intensa plasticidade :caso do vestido de capulana,que traduz a plasticidade das praticas tradicionais face ao dominio colonial.

Idioma para a mediação de estruturas sociais (sistema patrilinear no Sul e matrilinear no Norte)

• Mas como construir identidade cultural num mundo globalizado, onde a voz da mulher parece diluir-se na massificação da produção de capulana, gerida pelos ‘estrangeiros’ (leia-se aqui os chineses e europeus)?

• De que forma a capulana, constituida históricamente como prática cultural, pode hoje e nas futuras gerações, fomentar a (re)organização e (re)arranjo de relações entre a mulher e o mundo à sua volta?

Em suma , a Capulana escreveu a história e negociou uma condição social e de género que lutou por um lugar,outro. A capulana constroi e reflecte cultura.

E atualmente?

A capulana é eleita simbolo da nação, mas face à massificação da produção da capulana(india e China) e ao poder do estilo europeu (através do secondhand e da capulana “westernizada” ) os conceitos culturais diluiram-se.

Hoje, quando se designa a capulana como representativo da traje nacional, quais são os reais efeitos que este objecto-simbolo da nação , espelha na condição/identidade da mulher moçambicana?

-De que forma a produção da moçambicanidade- através da tradição da capulana- é lida/apropriada pela nova geração? Estará esta imposição da tradição a reforçar uma marca de masculinidade ? De reividincação do conolialismo? e de (re) homeogeneização?

-Será a tradição da capulana enviezada geracionalmente? O que virá depois da capulana ou até do vestido de capulana?

Auto-estilização (self-styling) dá uma experiência vivida de independência.

Obrigada vilarinho.sofia@gmail.com http://d4capulana.wordpress.com