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Contrato ATER/INCRA/PROSAFRA nº 15000/14

MANEJO E CRIAÇÃO DE SUÍNOS

TÉCNICO RESPONSÁVEL: RAFAEL SOARES DIAS rafaelsoareszootec@hotmail.com (62) 92675013 (Claro)

(62) 81301505 (Tim) (62) 86330418(Oi)

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MANEJO E CRIAÇÃO DE SUÍNOS Técnico Responsável: RAFAEL SOARES DIAS rafaelsoareszootec@hotmail.com

INTRODUÇÃO A criação de suínos é uma prática rentável para o pequeno produtor. O sucesso da produção dependerá do manejo adequado. A suinocultura tem buscado a cada dia aumentar a sua eficiência reprodutiva, para tanto o técnico responsável necessita conhecer os aspectos relacionados a reprodução que caracteriza a espécie. Neste texto é intenção apresentar orientações de um manejo adequado para a criação de suíno caipira, visando o sustento familiar e também a comercialização.

INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS DA MATERNIDADE, DO CHIQUEIRO E MANGUEIRO

Pensando na implantação da criação de suínos devem ser analisados alguns pontos. Um deles é sobre a capacidade que o produtor tem de investir e se o negócio é viável para sua região. De modo geral as granjas são focos para grandes produtores ou para cooperativas. Neste texto apresentaremos a criação em pequena escala para fins de sustento familiar e pequena comercialização. Portanto o foco são instalações para suínos caipira e não de granja. Um cuidado 2


que as instalações precisam observar é quanto ao bem-estar do animal tanto com o aquecimento, quanto com a alimentação e o manejo de modo em geral. Para a construção dos espaços em que os suínos ficarão vai depender da quantidade da criação. A princípio é importante ter pelo menos três espaços: a maternidade, o chiqueiro e o mangueiro. A maternidade seria o espaço das fêmeas gestantes e recém paridas. O chiqueiro seria para os suínos em geral e os da puberdade e o mangueiro para os suínos em criação semi-extensiva. Para isso é preciso de um espaço mais plano, com sombras mas com luminosidade, um espaço coberto e fechado com bebedouros e comedouros e a maternidade que pode ser dividida em espaço da gestação e espaço do nascimento. O MANEJO DA REPRODUÇÃO O manejo reprodutivo da fêmea, as nulíparas, caracteriza-se por ser o período que marca quando a fêmea chega a puberdade, a qual é marcada pelo aparecimento do primeiro cio fértil. A idade com que isso ocorre tem influência de diversos fatores como a raça, genótipo, condição nutricional, o manejo adotado e o meio ambiente. As matrizes precisam ser mantidas em ambientes calmos e livres de quaisquer situação que provoque estresses, como por exemplo, do calor excessivo, de animais que possam provocar estranheza as fêmeas, barulhos, entre outras. É necessário que as porcas que estão em gaiolas individuais de gestação sejam levantadas três vezes ao dia, visto que 3


esta prática facilita a eliminação da urina feita pela porca e pressupõe que a mesma ingere mais água, prevenindo, desta forma, as infecções do aparelho urinário. As matrizes quando forem desmamadas, deverão passar para as baias coletivas ou gaiolas individuais. As matrizes em cio precisam ser cobertas três vezes ao dia tendo intervalo de 12 horas entre cada cobrição. É preciso compreender que se a cobertura for realizada entre reprodutores de peso e tamanho muito diferentes é necessário que seja utilizado um tronco para facilitar a monta. Depois de coberta é preciso levar a matriz novamente a sua baia coletiva ou a sua gaiola de gestação. Porque após a cobertura é necessário que a matriz fique em ambiente tranquilo por duas horas aproximadamente. Ficar em ambientes agitados ou estressantes após a cobertura prejudica a fertilização. Também não se pode deixa a porca e o macho juntos depois da cobertura, para evitar nova monta e desgaste do macho. As matrizes que estão em gaiolas e na fase de gestação precisam receber ração umedecida e, para isso é preciso, geralmente, baixar o nível da água do cocho abaixo das gaiolas de gestação deixando um terço do volume de água. As matrizes que estão em baias coletivas também poderão receber ração umedecida. Porém, para que esta prática seja utilizada em baias de gestação coletiva é preciso avaliar as dificuldades de manejo. Sempre que se usa ração umedecida é necessário ter cuidado para que as sobras não fermentam e posteriormente causem problemas intestinais nos animais.

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Durante o período da desmama até o período da cobertura é preciso que seja oferecido para as fêmeas em lactação, ração de lactação, em dois períodos do dia, manhã e tarde. Assim que for realizada a cobertura é preciso passar a usar a ração de gestação, onde oferecerá 1.800 a 2.000 kg de ração por matriz durante todos os dias, percorrendo os 35 dias de gestação, sendo fornecido metade da ração pela manhã e a outra metade a tarde. Do 36º ao 90º dias da gestação é preciso continuar usando essa ração, sendo fornecido 2.300 a 2.600 kg de ração por matriz, sendo metade manhã e metade a tarde. De 91 a 109 dias de gestação é preciso usar a ração de lactação sendo oferecido de 3.000 a 3.500 kg de ração por matriz, sendo uma parte de manhã e outra de tarde. Dos 109 a 113 dias da gestação fornecer 1.800 kg a 2.000 kg de ração de lactação por matriz por dia. No período de uma semana anterior ao parto, as porcas devem se alimentar apenas uma vez ao dia, de preferência na parte da manhã. Outra questão importante é que três dias antes do parto e três dias após o parto, caso as fezes das matrizes estiverem ressecadas, deve ser oferecido a elas 10 gramas de sulfato de sódio por dia, por matriz, juntamente com a ração. No dia do parto não se pode oferecer ração à matriz, somente água. Depois de tratar as matrizes em gestação é necessário que seja retirado as sobras dos cochos e fornecê-las aos cevados na terminação. Depois é importante lavar os cochos onde foi servida a ração umedecida e abastecê-los de água limpa e fresca. Esta limpeza das

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instalações precisa ser feitas diariamente, pela manhã e à tarde, após o fornecimento de ração para as matrizes. É preciso manter o ambiente das instalações entre 18 e 20º sendo este nível de arejamento, visto que esta prática proporciona maior conforto aos animais gestantes e diminui as perdas de embriões que ocorrem nos primeiros dias após a cobrição principalmente, devido ao estresse provocado pelo calor ou instalação deficiente. Estas práticas de manejo precisam ter uma rotina sistemática, onde os horários e os dias são predeterminados. Isso visa um aperfeiçoamento de práticas executadas pelos tratadores e também impõe um reflexo condicionado aos animais, diminuindo o estresse que é causado pelas ações diárias da administração da granja. As matrizes que se encontram em gestação precisam ser transferidas para gaiolas maternidade de 5 a 7 dias antes da data prevista para o parto, sendo elas antes lavas com água e sabão neutro. Para receber estas matrizes em gestação, as gaiolas de maternidade precisam ser bem limpas e estarem bem desinfetadas; É necessário que as matrizes gestantes sejam vacinadas contra rinite atrófica por volta dos 100 dias de gestação de 6 em 6 meses. É preciso vacinar contra a peste suína clássica por volta dos 85 dias de gestação, nas gestações ímpares. Vacinar também as fêmeas de 100 dias de gestação de 6 em 6 meses contra erisipela dos suínos, parvovirose, leptospirose. É preciso um combate drástico de moscas e ratos como profilaxia e higiene. Quando constatar sarna nos animais é preciso proceder o combate de 15 em 15 dias com o uso de lança-chamas e sarnicidas. 6


Quando não houver lesões nos cascos das matrizes é preciso cuidar delas usando a solução de formol a 10%. É preciso também vermifugar as porcas que estão gestantes 14 dias antes do parto, sendo necessário utilizar produtos a base de "fenbendazole; mebendazole; ivermectin". O manejo dos porcos na maternidade é de suma importância. Sabe-se que dentro das edificações da suinocultura a maternidade é apresentada como uma instalação básica e de grande importância, que exige permanência e atenção constante do tratador e também do gerente da granja. A matriz precisa ficar sozinha na maternidade e precisa ficar contida com segurança e conforto de um equipamento destinado a garantia de uma maior segurança dos leitões desde o nascimento até a lactação, o que evitará o esmagamento causado pela porca quando a mesma deita-se. Este equipamento é denominado por gaiola maternidade, ou cercado de placa, ou cercado de madeira ou celaparideira que também faz parte do abrigo dos leitões, o aquecedor dos leitões e os bebedouros das matrizes e dos leitões. Tendo em vista a diminuição da idade da fêmea para sua primeira cobertura, de forma que aumente sua produtividade têm-se utilizado várias técnicas. A introdução hormonal, mesmo se mostrando como eficiente para com a indução da puberdade precoce, não é muito recomendada, visto que a mesma, na maioria das vezes, resulta em baixo índice de concepção o que eleva a mortalidade embrionária e também pode ocorrer ciclo reprodutivo anormal. O contato com o cachaço é o método mais eficiente de estimulação para o aparecimento do cio, pois o cachaço produz uma 7


substância que se encontra na saliva dele a qual estimula a fêmea. É necessário que haja o contato visual e direto entre o cachaço e a fêmea para que haja o momento de estimulação do cio. Fornecer uma quantidade de ração maior do que a fêmea recebe é chamado de flushing. Para aumentar a taxa de ovulação das fêmeas é importante dar uma quantidade maior de ração entre 7 a 10 dias antes do cio. No caso de fêmeas nulíparas, o flushing é recomendado apenas onde as leitoas têm leitegadas pequenas. A primeira cobertura é um fator de suma importância para a eficiência reprodutiva das matrizes e, quanto mais cedo for a cobertura maior será a eficiência reprodutiva, bem como econômica da fêmea. Este sucesso de início precoce da vida reprodutiva das fêmeas associase a algumas condições, sendo elas: a fêmea necessita ter um bom estado corporal, uma alimentação que atenda as exigências de gestação e crescimento e, ter instalações e manejos adequados. O cio pode ser caracterizado por mudanças dos hormônios e também nos genitais e comportamento da fêmea, durando de 36 a 56 horas e se inicia quando a fêmea demonstra tolerância ao macho. Para saber se a porca está entrando no cio é preciso perceber se está inquieta, se houve diminuição do apetite, se sua vulva está avermelhada, se há secreção mucosa, se monta nas outras porcas, entre outras. Caso a porca não entre no cio após a primeira monta natural, o criador pode colocar a fêmea novamente com o macho para o segundo cio. O local de contato entre a fêmea no cio e o macho precisa estar limpo e desinfetado. O método reprodutivo da monta natural deve ter alguns cuidados, como por exemplo, o tamanho do macho e da fêmea, 8


o acompanhamento da coberta, a local precisa ter piso adequado porque durante a monta não os animais não podem escorregar . O MANEJO DURANTE A GESTAÇÃO O período de manejo durante a gestação das porcas é importante para o desenvolvimento das leitegadas e, posteriormente para que os criadores tenham resultados bons, melhores animais e menores percas. As matrizes necessitam de cuidado redobrado durante este período que equivale a quase quatro meses (114 dias). É importante que as porcas não sofram e nem se estressem durante a gestação, visto que pode provocar aborto. A maioria dos abortos acontecem até 30 dias depois da fecundação, porque quanto mais novas e jovens as fêmeas gestantes, mais sensíveis e frágeis serão os embriões. Para evitar os abortos é importante que as fêmeas em gestação fiquem isoladas e em lugares tranquilos, silenciosos e sem stresse. Para que as porcas tenham uma gestação saudável e tranquila é preciso que, em primeiro momento, saber o mais rápido possível se a porca está ou não prenha, para separar estas fêmeas e observá-las. Esta observação é individual e de preferência com anotações sobre retorno do cio, abortos, secreções, enfermidade e outras. Se tudo correr normal até o 42º dia da gestação, é possível que a gestação corra tranquila. O exame de ultrassom é uma alternativa mais utilizada que é realizado nas fêmeas e pode comprovar de maneira precisa a gestação, porém este exame necessita ser realizado, pelo menos, 30 dias após a cobertura. 9


Durante o período da gestação, é preciso que sejam realizados procedimentos de higiene, bem como o controle de parasitas, para que as fêmeas só sejam transferidas para a maternidade no momento emque esteja controlada as questões sanitárias. Para isso, é importante que haja banhos de sarnicidas e, controle de verminose quando for preciso. Antes também de levar as fêmeas para a maternidade, as mesmas necessitam ter seu úbere e seu ventre lavado com sabão e água morna para que seja eliminado bactérias e agentes que podem vir causar infecções e diarreias nos leitões. A alimentação das porcas durante a gestação e principalmente, no período pré-parto necessita ser diferente, tendo o fornecimento de rações laxativas duas vezes ao dia, bem como precisa fornecer água a vontade. Porém, é preciso evitar derramamentos excessivos, visto que não pode haver um aumento na umidade dentro das instalações, pois isto pode favorecer o desenvolvimento de fungos e outros elementos que são nocivos as porcas e as suas crias. Geralmente um parto dura de 2 a 6 horas. Um parto muito demorado pode fazer com que os leitões nascem mortos, ou seja, natimortos. Caso a fêmea seja pluríparas, pois já pariu várias vezes, o intervalo de nascimento de um leitão para o outro é em média de 16 min. Este tempo é maior na fêmea primípara. Caso o intervalo de nascimento seja em média de 1 h e 30 min de um leitão para o outro é preciso fazer intervenção. Depois de uma hora do último leitão ter nascido é que ocorre a limpeza do útero com a expulsão da placenta.

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OS CUIDADOS COM OS LEITÕEZINHOS Antes mesmo que o trabalho de parto se inicie é necessário que esteja a disposição alguns equipamentos, materiais e medicamentos, seguindo orientações de um veterinário. Alguns materiais são toalhas limpas e desinfetadas, algum tipo de barbante desinfetado com iodo, o iodo para desinfetar o umbigo, uma tesoura para cortar o umbigo, esparadrapo e luvas higiênicas, lugar para recepcionar os leitões e medicamentos

como,

por

exemplo:

ocitocina,

antitérmico,

tranquilizante e antibiótico. Os leitões recém nascidos precisam ter suas narinas limpas e secas assim como sua boca, se for preciso deve ser massageado para aprender a respirar, é preciso amarrar bem o umbigo do leitão e desinfetá-lo. É importante também ajudar os leitões nas primeiras mamadas. Tem que cuidar para colocar os leitões mais pequenos nas tetas dianteiras, para que os leitões maiores não sufoquem os menores. A maternidade deve ser limpa e desinfetada cinco dias antes do nascimento. As porcas gestantes precisam estar na sala de parto mais ou menos 5 dias, contendo ambiente adequado e tranquilo, com bebedouro, comedouro, piso e temperatura adequada. A limpeza e a desinfecção dos espaços devem acontecer duas vezes ao dia, utilizando de vassoura e pá. Quando a porca parida deixar a maternidade é preciso lavar o local para desinfecção e receber novas gestantes. É necessário realizar práticas para com os leitões que forem nascendo, como enxugar o nariz e a boca do leitãozinho, massagear os

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peitos se for o caso para estimular a respiração, amarrar apertado o cordão umbilical e cortar, entre 3 a 5 cm e desinfetar. Para que os leitões mamem já na primeira hora após seu nascimento é preciso assegurar a mamada do colostro, pois é importante para os recém-nascidos não apenas pelo seu sistema imunológico, mas para a manutenção das reservas corporais de energia. É preciso que o leitão mais fraco seja auxiliado a mamar, sendo isso uma prática indispensável, visto que estes animais possuem dificuldade para disputar as tetas com seus irmãos que sejam mais pesados. E, não mamar o colostro pressupõe perder a proteção da imunidade passiva que são fornecidas pelos anticorpos e que poderão sofrer consequências até seus 25 e 30 dias de idade que é quando o leitão tem sua imunidade ativa. Desde o primeiro dia de vida os leitões começam a engordar, principalmente se mamarem o colostro, pois mamam em média 20 vezes por dia. A porca possui suas glândulas mamárias que ficam distribuídas em duas filas e, cada leitão escolhe sua teta para mamar. Desta forma, os leitões mais pesados localizam-se em mamas mais privilegiadas. Escolhido seu teto o leitão não o divide e, para evitar a desigualdade na leitegada o ideal é que os leitões mais fracos vão mamar primeiro e sozinhos e depois os outros mamam. O MANEJO COM A ALIMENTAÇÃO

A alimentação é muito importante e significa alto gasto, cerca de 75%. Os alimentos alternativos que dão energia aos animais precisam 12


ser usados, já que favorecem o desempenho produtivo e reprodutivo e reduzem o custo da alimentação. A alimentação deve ser fornecida em horários sempre nos mesmos horários, se faz preciso fornecer e manter a água com boa qualidade e disponível diariamente. As forragens como gramíneas e leguminosas podem servir de alimentação nos mangueiros. As gramíneas que são mais utilizadas são as estrela-africana, quicuio, triffton, coast cross, grama-de-burro, capim-elefante. Já as leguminosas mais utilizadas são soja grão, soja perene, guandu, mucuna-preta, etc, visto que as mesmas constituem uma importante fonte de proteína para os porcos. Também pode dar confrei, bananeira, etc. Outros alimentos utilizados são o milho, considerado a principal alimentação dos porcos, por ser rico em energia, apesar de ser pobre em proteína. Pode ser fornecido na forma de fubá. A mandioca que também considerada um alimento energético, apesar de ser pobre em proteína, pode ser oferecida como farinha. A cana-de-açúcar também é um alimento energético que é pobre em proteína, pode ser picada em pedaços em média de 50 cm e jogada no solo ou cimento. É importante que os alimentos que sobram sejam retirados no dia seguinte e o cocho ser lavado, evitando problemas digestivos devido fermentação das sobras. O farelo de soja misturado com o milho é uma excelente fonte de proteína. O soro de leite é um subproduto que vem da fabricação de queijo, que é encontrado nas pequenas propriedades rurais e, para que ele seja utilizado é preciso que os animais estejam aptos ao seu consumo. O aumento do consumo de soro deve ser em pequenas 13


quantidades para evitar distúrbios digestivos. Os minerais também são importantes na alimentação dos suínos. Uma mistura de mineral pode ser feita com 35 kg de calcário calcítico, 40 kg de fosfato bicálcico e 25 kg de sal comum.

HIGIENE E PROFILAXIA É necessário que os mangueiros e os piquetes estejam e mantenham em boas condições de vegetação para que evite que o pasto venha ter excessiva degradação a qual é causada pelos suínos. Os mangueiros devem ser mantidos secos, ou seja, sem áreas úmidas e alagadas. Também se faz preciso que haja a rigorosa limpeza dos chiqueiros, bem como a desinfecção periódica e, quando houver a saída de animais de engorda a desinfecção precisa ser feita com uma solução de creolina de 2%. Se faz necessário também a limpeza dos abrigos que são existentes nos mangueiros ou nos piquetes, sendo necessário que mantenham eles e as demais instalações de criação livres de piolhos, bichos-de-pé e outros ectoparasitas e, caso seja preciso utilizar produtos específicos que combatem estes ectoparasitas. Não pode introduzir animais que sejam de fora do rebanho sem saber as procedências de origem e sanidade. Se perceber que um animal está doente é preciso isolá-lo. É necessário evitar águas paradas perto das instalações, sendo importante dar vermífugos aos animais.

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Nos cachaços deve ser por via oral, de 4 em 4 meses, podendo dar o vermífugo junto com milho ou ração e, utilizar o fenbendazole ou mebendazole. Nas porcas pode ser dado o vermífugo 20 dias antes do parto. Já nos leitões é importante dar vermífugo de 45 a 60 dias de idade, como injeção e utilizando ivermectin ou tetramisol. O vermífugo deve ser repetido quando os animais estiverem no processo de engorda ou entre 120 a 150 dias de idade. As vacinações devem

ser

feitas

conforme

indicação

pré-estabelecidas

pelos

veterinários responsáveis pelo rebanho. A VACINAÇÃO DAS PRINCIPAIS DOENÇAS Para evitar a doença erisipela deve ser aplicada a vacinação da primeira dose com 42 dias e a segunda dose com 59 dias. A erisipela se caracteriza por uma infecção profunda da pele causada por bactéria. Para evitar a leptospirose, a primeira dose deve ser aos 21 dias e a segunda dose aos 42 dias. A leptospirose se caracteriza por ser uma doença grave, infecciosa e febril provocada pela urina dos ratos. Para evitar a pleropneumonia a primeira dose é com 21 dias e a segunda dose é com 63 dias. A pleropneumonia se caracteriza por apresentar sintomas de bronquopneumonia e de hemorragia. Para evitar a pneumonia enzoótica é preciso aplicar a primeira dose aos 7 dias de nascido e a segunda dose aos 21 dias. A pneumonia enzoótica se caracteriza por catarro, tose seca e pode atrasar o crescimento do suíno. Para evitar a rinite atrófica deve vacinar aos 7 dias a primeira dose e a segunda dose aos 21 dias. A rinite atrófica se caracteriza por 15


atrofia das conchas nasais. Já para evitar a salmonelose a primeira dose deve ser aplicada aos 21 dias e a segunda dose aos 60 dias. A salmonelose se caracteriza por ser uma bactéria encontrada no suíno que pode trazer sérios prejuízos a saúde humana, pois geralmente não apresenta sinais. Quando em seu estado grave o suíno surta e morre. As vacinas para as referidas doenças devem ser indicadas por um médico veterinário e são mais comuns na criação intensiva de suínos. O DESCARTE DE SUÍNOS O descarte dos animais mais velhos é importante para a continuidade do plantel. Geralmente é renovado o plantel em 30 % ao ano. As porcas que já não servem mais para a gestação podem ser encaminhadas para o abate. Os cachaços muito velhos podem não ser tão reprodutivo e assim devem ser encaminhados para o abate. Os animais que morrem devem ser descartados de forma correta. Os animais podem ser enterrados, longe de nascente, rios, represas, da casa ou até mesmo incinerados em locais apropriados.

O SUSTENTO FAMILIAR E COMERCIALIZAÇÃO

As orientações aqui apresentadas são caracterizadas mais para o consumo familiar no sentido de garantir a alimentação da família, pois além da carne, seus derivados. Caso o criador tiver uma produção

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significativa pode vender os animais. Para isso precisa ter os cuidados necessários, inclusive com higienização e vigilância sanitária.

REFERÊNCIAS

EMATER. MANEJO DE SUINOCULTURA – PECUÁRIA: criação de suínos. In: http://emater.mg.gov.br/doc%5Csite%5Cserevicoseprodutos%5Clivrari a%5CPequenos%20animais%5CCria%C3%A7%C3%A3o%20de%20S u%C3%ADnos.pdf MANEJO DE LEITÕES: do nascimento ao desmame. In: http://professor.ucg.br/siteDocente/admin/arquivosUpload/4753/materi al/MANEJO%20DE%20LEIT%C3%95ES%20DO%20NASCIMENT O%20AO%20DESMAME.pdf PRODUÇÃO SUINOS. In: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Suinos/SPS uinos/manejoprodu.html MANUAL BRASILEIRO DE BOAS PRÁTICAS AGROPECUÁRIAS NA PRODUÇÃO DE SUÍNOS. In: http://www.acrismat.com.br/novo_site/arquivos/27012012124348manu al_brasileiro.pdf MANEJO REPRODUTIVO In: http://w3.ufsm.br/suinos/CAP6_reprod.pdf MANEJO NA GESTAÇÃO DOS SUÍNOS. In: http://www.ruralnews.com.br/visualiza.php?id=26

Rafael Soares Dias – Zootecnista – CRMV 01459/Z 17


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