12 | A Voz de Chaves- Jornal do Alto Tâmega - 14/12/2012
Opinião
A Saúde Não Mente
Obesidade infantil nas escolas Filipe Ferreira Nutricionista Portugal é actualmente o terceiro país com maior índice de obesidade infantil da Europa pelo que se tem tornado um problema cada vez mais preocupante. Entre a década de 70 e o ano 2002, as crianças portuguesas aumentaram mais no peso do que a altura. Actualmente, cerca de 32% das crianças entre os sete e os nove anos, em Portugal, têm excesso de peso e 10% são obesas, sendo que este problema afeta principalmente as crianças do sexo feminino. O concelho de Chaves está acima da média nacional. De fato, embora existam muitos casos em que as causas da obesidade infantil são genéticas e hormonais, a maioria dos casos de excesso de peso resulta do fato que as crianças dos nossos dias comem muito e exercitam-se pouco. Existem dois fatores que têm contribuído muito para esta nova tendência nos hábitos alimentares. O primeiro fator é que os pais que trabalham fora encontram menos tempo e energia para preparar as suas refeições, acabando assim por recorrer cada vez mais ao consumo de fast-food. É por isso que existem cada vez mais restaurantes especializados nesse tipo de comida espa-
lhados por todo o mundo. O problema é que geralmente esse tipo de comida tem uma elevada concentração de açúcar e de gorduras, sendo oferecido em irresistíveis porções maiores. O segundo fator é que as pessoas têm substituído o leite e a água por refrigerantes. O outro problema está relacionado com a falta de atividade física. Na verdade, em média, uma criança com apenas três anos pratica apenas cerca de vinte minutos por dia de atividade física moderada a vigorosa. Esta tendência sedentária deve-se principalmente ao fato de as crianças passarem demasiado tempo em frente à televisão sendo mesmo incentivadas pelos pais a fazerem isso para que não os incomodem. Em vez disso, seria bom que os pais incentivassem os seus filhos a fazerem coisas divertidas como jogar à bola ou andar de bicicleta. Contudo a sociedade pode inverter este cenário e contribuir com políticas nutricionais, sistemas alimentares, valores sociais, meios de transporte e actividades de recreação, incluindo as que envolvem exercício físico, capazes de modularem o balanço energético e o peso, como tão bem mostram as experiências recentes de muitos municípios portugueses. Como nutricionista não recomendo a prática de dietas restritivas às crianças pois isso poderá comprometer o seu crescimento e saúde. De modo que umas das melhores estratégias para combater o excesso de peso nas crianças é fazer um esforço para melhorar a qualidade da alimentação e também os níveis de exercício de toda a família. Se toda a família fizer um esforço para ter hábitos saudáveis estes também farão parte da vida dos seus filhos no futuro promovendo assim uma vida mais saudável.
Chaves- Agrupamento de Escolas DR. António Granjo
“Alimentação saudável” em debate O Departamento de Educação Pré-escolar do Agrupamento de Escolas Dr. António Granjo, no âmbito do seu Plano Anual de Atividades, levou a efeito, no dia 27 de novembro, no auditório da Escola E.B. 2,3 Dr. Francisco Gonçalves Carneiro, uma palestra subordinada ao tema “Alimentação Saudável”. A sessão foi presidida pela Presidente da Comissão Administrativa Provisória, Luísa Bandeirinha, que deu as boas vindas e agradeceu a presença de todos. A palestra realizada pelo nutricionista Filipe Ferreira teve como objetivo proporcionar momentos enriquecedores a toda a comunidade educativa, sensibilizar para a necessidade de uma alimentação saudável e reforçar a importância dos nossos comportamentos alimentares bem como o estilo de vida e a prática de exercício que influenciam a nossa saúde presente e futura. Segundo o nutricionista, “é fundamental resgatar estas práticas bem como estimular a produção e o consumo de alimentos saudáveis regionais (como legumes, verduras e frutas), sempre levando em consideração os aspetos comportamen-
tais e afetivos relacionados às práticas alimentares”. A escola necessita, por isso, assumir a responsabilidade de fomentar mudanças sócio– ambientais, para favorecer as escolhas saudáveis ao nível individual. A responsabilidade compartilhada entre a escola, as famílias, a sociedade e o setor produtivo é o caminho para a construção de modos de vida que tenham como objetivo central a promoção da saúde e a prevenção das doenças. A escola pretendeu alertar para a importância de refletir sobre a pertinência de que comer bem não significa comer caro, bem como sobre as consequências do aumento da obesidade infantil e o quão oneroso será para o futuro de toda a comunidade. Redacção
Equipas Domiciliárias de Cuidados Continuados Integrados A criação da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), de acordo com o preâmbulo do Decreto-Lei nº 101/2006, de 6 de Junho, procura dar resposta às carências de cuidados, decorrentes do aumento da prevalência de pessoas com doenças crónicas incapacitantes, do aumento de pessoas idosas com dependência funcional, de doentes com patologia crónica múltipla e de pessoas com doença incurável em estado avançado e em fase final de vida. requer internamento mas que não podem deslocar-se de forO efeito cumulativo da dima autónoma. Esta equipa (ECCI) está integrada na Unidade minuição da mortalidade e de Cuidados na Comunidade (UCC Chaves 1) no Centro de natalidade, o aumento da esSaúde Chaves 1. perança de vida da população Os utentes que podem ser admitidos nas equipas domiciliáriportuguesa, leva a um auas (ECCI) dos centros de saúde são aqueles que, independentemento na procura de cuidados mente da idade, se apresentem em alguma das situações sede saúde. Isto gera situações guintes: que requerem respostas no·Pessoas em situação de dependência, com incapacidade vas e diversificadas que propara desenvolver as atividades instrumentais e básicas da vida movam a qualidade de vida e diária e/ou com presença de síndromes geriátricos, nomeadao maior número de anos posmente, desnutrição, deterioração cognitiva, problemas sensorisível, desiderato a que se proais; põe a RNCCI. ·Pessoas com episódios frequentes de reagudização e que A Equipa de Cuidados necessitam de ser seguidas e acompanhadas durante períodos Continuados Integrados de tempo mais ou menos longos, nomeadamente, doença pul(ECCI) constitui uma das timonar obstrutiva crónica, doença neurodegenerativa, insuficiênpologias de resposta da RNCcia cardíaca, diabetes, hepatopatia; CI. É uma equipa multidisci·Pessoas com doença grave, progressiva e incurável, sem plinar da responsabilidade dos possibilidades de resposta favorável a um tratamento específico, cuidados de saúde primários com sintomas intensos, múltiplos, multifatoriais e instáveis, com e das entidades de apoio soprognóstico de vida limitado e que provoca um grande impacto cial para a prestação de seremocional ao doente e família; viços domiciliários, decorren·Pessoas com necessidade de continuidade de tratamentos; tes da avaliação integral, de ·Necessidade de ensino de procedimentos aos cuidadores, cuidados médicos, de enferde modo a garantir a continuidade de cuidados no domicílio. magem, de reabilitação e de Assim, pode solicitar o apoio desta equipa (ECCI) no domicíapoio social, ou outros, a peslio, dirigindo-se à sua equipa de saúde familiar (Enfermeiro/a ou soas em situação de depenMédico/a de Família), ou em caso de internamento hospitalar, obdência funcional, doença tertendo as informações necessárias junto da Equipa de Gestão de minal ou em processo de conAltas do Hospital. valescença, com rede de suA Equipa da UCC Chaves 1 porte social, cuja situação não ucc.chaves1@srsvreal.min-saude.pt
Jornadas de Higiene e Segurança no Trabalho
Município de Chaves pioneiro nas questões relacionadas com segurança e saúde no trabalho O Município de Chaves promoveu, no passado dia 6 de dezembro, mais umas Jornadas de Higiene e Segurança no Trabalho, em parceria com a Autoridade para as Condições de Trabalho, na qual estiveram presentes cerca de uma centena de pessoas, nomeadamente trabalhadores da autarquia, de outras Câmaras e empresas. Este é o oitavo ano consecutivo que a edilidade organiza esta ação de esclarecimento, que visa essencialmente melhorar as condições de trabalho. Segundo representantes das entidades nacionais presentes nas Jornadas, o Município de Chaves foi das primeiras Câmaras do país a preocupar-se com as questões da segurança e higiene no trabalho. A sessão de abertura contou com a presença do Presidente da Câmara de Chaves, que salientou a importância que os serviços de higiene, segurança e saúde da autarquia têm tido para os trabalhadores. “Além de terem diminuído substancialmente os acidentes de trabalho, as condições dos trabalhadores também melhoraram muito”, referiu João Batista, destacando igualmente a estabilidade que hoje tem todo o corpo de trabalhadores da Câmara. A iniciar a sessão de trabalhos, a Chefe de Divisão de Recursos Humanos da autarquia, Paula Cabugueira,
fez uma retrospetiva de todas as edições das jornadas. O primeiro painel foi dedicado à prevenção de riscos no local de trabalho, nomeadamente a prevenção de queimaduras, e incluiu uma exposição de fotografias sobre boas práticas em segurança no trabalho. Os temas foram abordados pela Coordenadora Nacional da Agência Europeia para a Segurança, higiene e saúde no trabalho, Emília Telo, pela enfermeira do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, Isabel Seixas, e pelo Diretor do Centro Local do Douro, José Pinto Fernandes, que também fez uma abordagem sobre as irregularidades que os inspetores do trabalho encontram em obras municipais. O segundo painel, da parte de tarde, foi dedicado à prevenção de riscos de incêndio na zona histórica de Chaves. Uma das técnicas do Município, Amélia Melo, fez a apresentação do estudo levado a cabo no centro histórico, sobre a rede de combate a incêndios, que posteriormente foi complementado pela intervenção do técnico do Gabinete de Proteção Civil, Sílvio Sevivas, e pelo Comandante dos Bombeiros Voluntários de Salvação Pública, fazendo referência ao modo de atuação e quais os procedimentos a adotar em caso de incêndio. Este segundo painel contou com a moderação do Diretor de Departamento de Coordenação Geral da Câmara, Marcelo Delgado. Redacção
11 | A Voz de Chaves- Jornal do Alto Tâmega - 23/11/2012
Opinião
A Saúde Não Mente
Opinião
Dia mundial da Diabetes Ana Mesquita – Gerontologia Desportiva
Envelhecimento Cerebral e treino específico Esta semana a rubrica de “Saúde, não Mente” realça o envelhecimento cerebral e o treino funcional (prático). O envelhecimento cerebral normal provoca apenas mudanças significativas no desenvolvimento cognitivo após os 50/60 anos de idade, muitas das vezes só detetáveis através de exames rigorosos. Algumas das vezes, as queixas de memória têm mais relação com quadros de ansiedade, depressão, transtorno de sono e stress do dia-adia do que com doenças cerebrais propriamente ditas. Algumas pessoas, à medida que envelhecem começam a ter mais queixas de memória mais intensas, podendo evoluírem para demência. Esta demência compromete a execução e as capacidades do indivíduo em realizar as atividades habituais. Entre o envelhecimento cerebral normal e a demência, podemos encontrar pessoas que estão entre ambos, a meio do caminho e a esta condição chama-se: o transtorno cognitivo leve. Os indivíduos de mais idade, com transtorno cognitivo leve continuam a apresentar dificuldades significativas de memória, tendo outras funções preservadas sem que isto constitua um problema na realização das tarefas diárias. Nem todas as pessoas que apresentam transtorno cognitivo leve apresentarão demência no futuro, mas haverá uma grande percentagem de a virem contrair. Já conhecemos os efeitos positivos do exercício físico sobre o funcionamento do nosso cérebro, as pessoas que praticam exercício físico regularmente e se alimentam convenientemente, conseguem manter-se longe dos excessos e combatem as patologias que lhes são prejudiciais à saúde. No caso do transtorno cognitivo, existem exercícios indicados para ajudar a evitá-lo, como é o caso do treino funcional. Neste método de treino torna-se a performance acessível a qualquer individuo, já que este trabalha todos os aspetos físicos do mesmo. Qualidades como a força, a velocidade, o equilíbrio, a coordenação, a flexibilidade e a resistência são integradas de forma a proporcionarem ganhos significativos de desempenho. Um programa individualizado e específico, (aproveito para realçar que não traz só ganhos estéticos), proporciona benefícios para a saúde, melhorando a sua qualidade de vida, evitando, prevenindo ou impedindo o aparecimento da doença. A diferença deste treino em comparação a qualquer outro treino é que este não treina só os músculos, mas também os movimentos articulares e multi-planares, com o envolvimento da propriocepção (a capacidade de reconhecer a localização espacial do próprio corpo), que nos exercícios convencionais não se verifica. O mais importante é trabalhar o movimento da funcionalidade já que é este que garante a sobrevivência em situações extremamente adversas no quotidiano do ser humano. Caso ainda não tenha experimentado os benefícios do treino funcional, revelo-lhe quatro motivos para experimentar: 1) Grande aliado do emagrecimento, por gerar um alto gasto calórico, devido à ativação dos grandes grupos musculares; 2) Reeduca a postura, uma vez que ativa os grupos musculares profundos, responsáveis pela estabilização da coluna e manutenção da posição; 3) Permite aproximar ao máximo o treino do gesto, por isso é um trabalho de preparação física especifica. 4) Desenvolve grande independência funcional para realizar as atividades usuais com facilidade devido à melhoria do equilíbrio, coordenação e da propriocepção. Resta apenas, indicar algumas dicas para contratar um PT (personal trainer), sugiro que confira as credências do profissional, pois apenas profissionais habilitados em educação física podem atuar como PT, tente perceber se ensina a prática dos exercícios e se faz correções regularmente na execução dos exercícios. Repare, ainda, se o profissional se preocupa em mantê-lo motivado constantemente. Está mais que comprovado e passou bastante tempo que este profissional era considerado um “bem de luxo”, conferindo a quem o contratava um status social elevado. Hoje, foge da realidade, uma vez que este começa a ser visto como alguém que nos proporciona tratamento especializado, saúde e liberdade! Quaisquer dúvidas e questões que lhe possam surgir, ou até mesmo alguma sugestão, não hesite e contate-nos, através do saude.nao.mente@gmail.com E lembre-se, cuide do seu organismo, com ele vem o seu bemestar, porque a saúde não mente!
Celebrado todos os anos a 14 de novembro, o Dia Mundial da Diabetes (DMD) é uma campanha lançada pela Federação Internacional da Diabetes (IDF) e dos seus membros associados. A iniciativa foi lançada pela IDF e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1991, em resposta ao aumento da incidência da diabetes no mundo. Em 2007 tornou-se num dos dias oficiais das Nações Unidas cujo objetivo principal é a tomada de consciência sobre a importância da diabetes.O tema do DMD para o período 20092013 é a “Educação e Prevenção da Diabetes”. A diabetes é uma doença crónica e tem um impacto na vida diária de 366 milhões de pessoas no mundo e de suas famílias, daí ser extremamente importante que recebam uma educação de qualidade adaptada às suas necessidades e fornecida por profissionais de saúde qualificados. A diabetes tipo 2 pode ser prevenida, em muitos casos, ajudando e incentivando os grupos de risco a vigiar o peso, ter uma alimentação saudável e fazer exercício regular. As principais mensagens da campanha são: “Conheça os riscos e
os sinais de alerta da diabetes; saiba como reagir à diabetes e a quem recorrer; saiba como controlar a diabetes e assumir o seu controlo. O logotipo do DMD é o círculo azul, o símbolo global da diabetes que foi desenvolvido como parte da campanha “Unidos pela Diabetes”. O logotipo foi aprovado em 2007 para marcar a aprovação da resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) ao instautar o DMD. O significado deste símbolo não poderia ser mais positivo. Em diferentes culturas, o círculo simboliza a vida e a saúde, a cor azul reflete o céu que une todas as nações e é também a cor da bandeira das Nações Unidas. Assim o círculo azul significa a união da comunidade em resposta à pandemia da diabetes. Sendo a diabetes uma doença crónica que atinge milhares de pessoas em todo o mundo, e cerca de um milhão em Portugal, e no sentido de contrariar estas estatísticas, a Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) Chaves1 desenvolveu um projeto no âmbito do programa nacional de prevenção e controlo da diabetes, denominado “Viver em harmonia com a diabetes”. É um programa educacional para diabéticos tipo2, que tem como objetivos ensinar e motivar o doente a adotar um estilo de vida saudável para um melhor controlo da diabetes e assim, prevenir o aparecimento de complicações futuras, melhorando a sua qualidade de vida. Dividido em 8 sessões, o programa é constituído por atividades que visam o aconselhamento nas áreas da terapêutica, da alimentação e do exercício físico. A adoção deste programa confere ao doente um papel interventivo, uma vez que o poder de decisão é partilhado através da educação e da motivação para o combate à doença. Se desejar integrar um grupo ou obter informações acerca do programa, informe-se com o seu enfermeiro/médico de família ou dirija-se à UCC Chaves1 no Centro de Saúde Chaves1. Equipa de saúde da UCC Chaves1 ucc.chaves1@srsvreal. min-saude.pt
Dia Mundial da Diabetes A Unidade de Cuidados na Comunidade do Centro de Saúde de Chaves 2, assinalou o Dia Mundial da Diabetes 2012, através de um evento comemorativo realizado com os diabéticos da freguesia de Vale de Anta. O objectivo foi destacar a importância da educação das pessoas com diabetes na redução do impacto da diabetes nas suas vidas e sobretudo na melhoria da sua qualidade de vida. Procurou-se ajudá-los a conhecer melhor a doença e tratamentos, habilitando-os com conhecimentos que lhes permitam tomar as decisões no dia-a-dia de forma a obter um melhor controlo da diabetes e diminuírem a probabilidade de desenvolver as complicações tardias que estão associadas à doença. O Dia Mundial da Diabetes foi criado em 1991 pela Federação Internacional da Diabetes e a Organização Mundial de Saúde, em resposta às crescentes preocupações relativamente à ameaça
que esta doença representa para a saúde e aos custos elevados para os sistemas de saúde. A diabetes está a afetar um elevado número de pessoas em todo o mundo e, pelas suas complicações causadoras de grande morbilidade e mortalidade, é considerada a grande pandemia do século XXI. E os números falam por si, de acordo com o relatório do Observatório Nacional da Diabetes, actualmente, Portugal tem cerca
de 1 milhão de diabéticos, o equivalente a 12,3% da população, esta percentagem aumenta para 27,1% nas pessoas entre os 20 e os 79 anos. De salientar ainda que cerca de 400 mil não estão diagnosticados. Alteração do estilo de vida – alimentação saudável e prática regular de exercício físico – podem contribuir para uma redução de 40% dos novos casos de diabetes. Equipa da UCC Chaves2
Universidade Sénior de Rotary
Prevenção de Acidentes em pessoas idosas Na próxima segunda-feira, dia 26 de Novembro, às 14h30, a Universidade Sénior de Chaves levará a efeito um a palestra, subordinada ao tema da prevenção de acidentes em pessoas idosas. A palestra será conduzida pela Drª Graça Chaves, sendo facultada a toda agente a participação nesta acção formativa.
11 | A Voz de Chaves- Jornal do Alto Tâmega - 26/10/2012
Opinião
A Saúde Não Mente
O envelhecimento e a atividade sexual Ana Mesquita - Gerontologia Desportiva saude.nao.mente@gmail.com
Esta semana responderei a algumas questões, acerca desta problemática e explicarei como livrar-se do viagra, fazendo exercício físico! “A atividade sexual desaparece com a idade?” “A sexualidade está ligada à qualidade de vida?” A sociedade evita falar do assunto, existe tabu quando aborda o tema com o médico e até o próprio evita tocar no tema da sua sexualidade. O panorama sexual na terceira idade é, ainda mais, abandonado ao conformismo e à apatia cultural. A sexualidade na velhice é negligenciada pela medicina, pouco aceite pela humanidade, pelos próprios idosos e pelos profissionais da saúde e socioculturais onde se insere o idoso. A relação sexual tem sido considerada uma atividade exclusiva de pessoas jovens, com boa saúde e fisicamente atraentes. A ideia de que as pessoas de idade mais avançada possam manter relações não é culturalmente aceite, preferindo ignorar, fazer desaparecer do imaginário coletivo “a sexualidade da pessoa idosa”. Os idosos tendem a “esquecer-se” do seu corpo, sendo levados pela imoralidade que a cultura da nossa sociedade lhes impõe e, quando apresentam qualquer manifestação de interesse sexual, são frequentemente discriminados. Apesar desta realidade, a terceira idade conserva a necessidade psicológica de atividade sexual, não havendo idade para o sexo. A sociedade costuma confundir a prática de atividade sexual com a reprodução, é mais que evidente, que no contexto biológico, o idoso não pode ser associado à procriação, devido às modificações fisiológicas inerentes, mais atenuadas no sexo feminino. A sexualidade é reconhecida como um aspeto importantíssimo da saúde e se for vivida de forma satisfatória é fonte de equilíbrio e harmonia, favorecendo uma atitude positiva em relação a si mesmo e aos envolventes. A prática de exercício físico regular é acompanhada por uma maior satisfação de vida, melhorando as capacidades funcionais, aumentando o bem-estar psicológico, reforçando a auto estima e a autoconfiança do sujeito, provocando um melhor equilíbrio com o seu corpo. Verifica-se que as pessoas que se mantêm fisicamente ativas têm uma melhor prestação sexual. O exercício físico é a condição básica para manter uma boa aparência! A prática de exercício, 3 a 4 vezes por semana, é o ideal, sendo exercícios ótimos as flexões e abdominais, para além de fortalecerem os músculos dos ombros, peitorais e barriga, aumentam a resistência na parte superior do corpo (os músculos mais utilizados durante o sexo). Exercícios de Kegel, excelentes para fortalecer os músculos do pubococcígeo, que controlam a uretra, permitindo retardar a ejaculação, são muito simples de realizar, experimente interromper/largar a expulsão da urina sempre que vá à casa de banho. Ainda, o jogging melhora a vida sexual, evitando doenças cardíacas e contribuiu para libertação de endorfinas (hormonas que induzem o bem estar e o prazer). Informe-se, também, sobre o sexo tântrico e ioga, conceitos que podem ajudar na melhoria da sua vida sexual. E porque, a saúde é o nosso maior valor, procure um profissional qualificado e rejeite “habilidosos.”
Políticas Alimentares e Saúde Global – A realidade escondida “Comer é uma necessidade, mas comer de uma maneira inteligente é uma arte” – La Rochefoucauld No âmbito da celebração do Dia Mundial da Alimentação, a 16 de outubro, decidimos esclarecer o público sobre o que realmente move as políticas e indústrias alimentares, o que não se mostra na maioria dos órgãos de comunicação social nacionais. É um alerta e um abrir de olhos com o objetivo de informar e criar uma mudança de atitudes e uma consciência social. Nos dias de hoje verifica-se um crescimento exponencial da prevalência de doenças crónicas não infeciosas como doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, cancro, entre outras. Associado a este crescimento vêse também, por outro lado, um aumento da oferta alimentar, hoje temos disponíveis produtos que há 50 anos as pessoas desconheciam ou que nem sequer existiam. Esta grande oferta estimulou a um consumo desenfreado, não olhando à qualidade do produto mas apenas à sua palatibilidade. O consumidor vê-se rodeado e seduzido por uma série de campanhas de marketing e promoções que visam basicamente o escoamento dos produtos alimentares processados. O consumidor desconhece o verdadeiro motivo que move as companhias alimentares e a perversidade de marketing que visa apenas o lucro e pouco ou nada tem em conta a saúde da população. Os lucros anuais das companhias alimentares ascendem aos 1.2 triliões de dólares. Apenas 40 biliões de dólares anuais seriam necessários para extinguir a fome mundialmente. Vejamos o panorama atual: o sistema global alimentar não vai de encontro às necessidades alimentares e nutricionais mundiais, 1 bilião de pessoas encontra-se com fome enquanto 2 biliões de pessoas têm excesso de peso. Na Índia, por exemplo, vêse um aumento das duas realidades, desde 1995 houve um aumento de 65 milhões de pessoas desnutridas e 1 em 5 adultos tem excesso de peso. Tanto a sobrenutrição como a subnutri-
ção são duas faces da malnutrição. Na base deste problema encontram-se os sistemas alimentares implementados que não são elaborados para combater estes problemas. As empresas alimentares são motivadas por fatores económicos esquecendo-se da segurança alimentar, do impacto que os alimentos processados têm na saúde, da densidade nutricional. Somos inundados com falsos alimentos ricos em açúcares, sal, gorduras de baixa qualidade (gorduras vegetais hidrogenadas, gorduras trans, gorduras oxidadas) e com uma quantidade que nunca é especificada de conservantes, estabilizantes, emulsionantes, intensificadores de sabores que seduzem o seu consumo diário. A produção mundial de alimentos processados está nas mãos de 5 companhias multinacionais: Kraft, Nestlé, Coca-Cola, Pepsi Co. e Unilever. Até há algumas décadas os estudos baseavam-se na premissa que era o poder económico das famílias que determinava a sua escolha alimentar e o estado de sub ou sobre nutrição. Atualmente novos dados têm emergido demonstrando que a manipulação da oferta por parte das companhias alimentares está também na génese desse problema. Os bens alimentares processados não saudáveis são altamente rentáveis pelo seu baixo custo de produção, longevidade no armazenamento e elevado preço de revenda. Estas características do mercado criam um conjunto de iniciativas perversas para a publicidade e venda destes produtos, recorrendo muitas vezes à imagem de figuras públicas para seduzir o público-alvo das várias faixas etárias. A produção de refrigerantes é uma das atividades mais lucrativas a nível mundial. O consumidor paga por água tingida e edulcorada com químicos e açúcar sem qualquer qualidade nutricional, pagando essencialmente o rótulo do produto. As políticas neoliberais, inclu-
Montalegre
Workshop sobre a doença de Alzheimer Apoiado pela Câmara Municipal de Montalegre, realiza-se este sábado, 27 de Outubro,um workshop sobre a doença de Alzheimer. Como gerir a doença de Alzheimer? Que papel desempenha o cuidador? Eis algumas questões que irão ser debatidas, este sábado, a partir das 15h30, em Paredes do Rio, al-
deia do concelho de Montalegre, num workshop organizado pela Associação Social e Cultural de Paredes do Rio. As inscrições nesta iniciativa, cujo valor de participação é de 10 euros, podem ser feitas jun-
to dos números 276565050 e 969127351 (assistente social) oue email ascparedesdorio@hotmail.com.
Picaxu é uma menina de porte médio. Muito meiga e simpática. Adora mimos e brincar! Está a crescer no abrigo, mas o que ela realmente merece é um lar quentinho, principalmente agora que se aproxima o inverno. Alguém se encanta por este docinho??? Vai fazer as delícias de todos lá por casa… Ajude a AAAC a ajudar, adote um animal, apadrinhe ou faça-se sócio!! Contactos: 965596595 / 935660181
indo a abertura dos mercados ao investimento estrangeiro, proporcionam o ambiente ideal para a propagação destas companhias. Introduzem-se no mercado rapidamente tornando os sistemas alimentares nacionais dependentes da importação e investimento externo, consequentemente o consumo e os hábitos alimentares tornam-se dependentes das políticas de preços, disponibilidade e marketing que favorecem o consumo de alimentos não saudáveis. Alguns países de médio e alto rendimento preservaram o crescimento económico sem o aumento do consumo de bens alimentares não saudáveis sugerindo que a política nacional pode ser crítica para a manutenção da produção alimentar local de alimentos não processados. A implementação de políticas nacionais também passa pelo consumidor e por aquilo que ele escolhe no ato da compra. É mais do que tempo para terminar com uma atitude de desinteresse e/ ou de ignorância no ato da compra. É o consumidor que permite os lucros escandalosos de empresas que promovem produtos alimentares de baixa qualidade e o panorama atual de uma epidemia global de malnutrição quer seja a obesidade quer seja a desnutrição. Se o consumidor decidisse escolher apenas os produtos locais e sazonais, se se recusasse a comprar produtos que são um cocktail químico, a oferta da indústria alimentar teria de se adaptar. O poder está na mão de cada um. “O Homem demasiado ocupado para cuidar da sua saúde é como um mecânico demasiado atarefado para fazer a manutenção das suas ferramentas” – Provérbio espanhol Ana Margarida Cardoso e Cátia Borges (Nutricionistas) UCC Chaves 1 e 2
9 | A Voz de Chaves- Jornal do Alto Tâmega - 12/10/2012
Opinião
Saúde
A saúde não mente
ALEITAMENTO MATERNO Este ano comemorou-se a Semana Mundial do Aleitamento Materno de 1 a 7 de outubro, subordinada ao tema “Entendendo o passado, planeando o Futuro”. Para melhor compreensão do tema, passa-se a descrever a Resenha histórica. Idade antiga - O alimento leite humano está presente desde o início da raça humana. Os estudos sobre os seus componentes são recentes e os efeitos da sua falta para o ser humano constituem ainda motivo de muitas dúvidas. O processo de amamentar é uma prática biologicamente determinada, porém socialmente condicionada. Mesmo antes de Hipócrates já se sabia que a boa alimentação evitava doenças. Os povos da Babilónia (2500 AC) e do Egipto (1500 AC) tinham por norma amamentar as crianças por um período aproximado de 2 a 3 anos. Já entre os gregos e romanos, a amamentação pela mãe não era tão frequente e tinham por hábito a utilização das amas-de-leite para nutrir os recém-nascidos. Hipócrates foi um dos primeiros a reconhecer e a escrever sobre os benefícios da amamentação como dieta higiénica, pois já observara a maior mortalidade entre bebés que não eram amamentados. Era cristã - Com o aparecimento do cristianismo, a proteção às crianças aumentou, inclusive com incentivo à prática da amamentação, tornando-se bastante evidente nas épocas de Constantino (315 DC), de Carlos Magno, de Inocêncio III (1198 DC), que incentivavam a prática da amamentação. Com o descobrimento das Américas chamava a atenção dos europeus que os povos nativos dessas regiões tinham por hábito amamentar as crianças por um período de 3 a 4 anos. Idade moderna e contemporânea - No século 18, a prática de amamentar não era mais vista pelas pessoas da elite europeia com admiração. Devido ao desmame precoce a mortalidade infantil nesta ocasião aumentou muito, alcançando a cifra de 99,6% nas crianças em Dublin, onde não havia a opção da amade-leite. Em Paris e em Londres este índice chegou a 80% e 56%, respectivamente, mesmo com
amamentação feita pelas amasde-leite. Na Inglaterra, um índice menor se deveu ao trabalho de Cadogan que proferia: “Se eu pudesse mandar, nenhuma criança deveria ser (...) alimentada com qualquer dieta engenhosa nos primeiros três meses; ela não está habilitada a digerir e assimilar outros alimentos precocemente…”. Com esta teoria de amamentar e introduzir mais tardiamente os alimentos, conseguiu salvar muitas vidas. No Século 19, nos Estados Unidos da América (EUA), 25% das crianças morriam antes de completarem o seu primeiro ano de vida, devido à desnutrição e diarreia infeciosa, decorrentes de más condições de saneamento, que predominavam nas regiões de imigrantes pobres. Até ao final do século 19 a amamentação era uma opção que determinava a vida e a morte. Neste período os avanços da ciência conduziram a perceções novas sobre as necessidades nutricionais das populações (Europa e EUA). Século 20 - A industrialização, a urbanização, o trabalho externo da mulher, a redução da importância social da maternidade, a descoberta das fórmulas de leite em pó, o impacto da publicidade comercial e o desinteresse geral dos profissionais da área de saúde (a separação mãe-filho era frequente, especialmente quando a criança tinha que permanecer hospitalizada) foram os principais responsáveis pela diminuição do aleitamento materno no século 20, com repercussões desastrosas para a saúde das crianças e, também, para as mulheres. Nos anos 70 a amamentação passa, então, a ser incentivada como importante ação pública de saúde, pelos organismos internacionais, passando a ser universalmente aceite que o leite humano nessa etapa da vida é importante e desejável. Isto requer superar vários obstáculos como normas e rotinas hospitalares, muitas contrárias às recomendações da Organização Mundial da Saúde
(OMS) e da UNICEF. O desmame precoce das crianças, em regiões pobres, cuja situação médico-sanitária é precária, leva a um aumento da morbilidade por gastroenterites repetidas e desnutrição, com aumento da mortalidade. É importante salientar que são muito poucos os recém-nascidos que, nas maternidades, realmente necessitam de substitutos do leite humano. Como afirmaram Malloy e Graubard: “...o uso do leite humano possibilita prever menor risco de hospitalização no decorrer do primeiro ano de vida das crianças. Uma alimentação que mantenha um suporte nutricional adequado e que possa manter uma qualidade de vida satisfatória é o objetivo principal”. Nas comunidades mais abastadas as crianças amamentadas têm uma incidência menor de otite média, doença celíaca, doença de Crohn, diabetes e cancro; além de não apresentarem problemas decorrentes da própria sucção de leite artificial como defeitos ortodônticos. Os prematuros, com baixo peso ao nascer ou infetados; os latentes com alergia às proteínas do leite de vaca, com deficiências imunológicas e com diarreia protraída necessitam de forma prioritária do leite materno. Mais de 90% destas crianças nascem nos países em desenvolvimento e apresentam necessidades nutricionais especiais, sendo o leite da própria mãe o mais indicado. Por todas estas razões cada vez mais é necessário que todos nós sejamos incentivadores do Aleitamento Materno contribuindo para a prevenção de doenças na infância ou crónicas no futuro adulto, pois o leite materno é a “vacina” gratuita ao alcance de todos. Unidades de Cuidados na Comunidade do ACES Alto Tâmega e Barroso
Cristiana Pires Alves Neurofisiologia
O Sonambulismo é uma patologia do sono classificada como uma parassónia. As parassónias representam um conjunto de doenças em que se verificam alterações comportamentais durante o sono. Os episódios de sonambulismo ocorrem durante o sono nãoREM, especialmente no sono profundo, e é durante as primeiras horas de sono que se relatam a maioria dos episódios. A incidência da doença é maior nas crianças e pré-adolescentes. Desde um simples caminhar no quarto a ruidosas, agitadas e preocupantes corridas pela casa caracterizam um episódio de sonambulismo. Os olhos estão frequentemente abertos, as respostas a ordens não existem ou são lentas e é raro recordarem-se do sucedido. Os estudos físicos e neurológicos são normais. As causas do sonambulismo podem ser genéticas; a probabilidade de sonambulismo é 10x maior se existir algum familiar próximo com história de sonambulismo. Privação de sono, horários de sono irregulares, febre, alimentação deficiente em magnésio, intoxicação de drogas/medicação são factores de risco que podem desencadear parassónias. A descrição detalhada dos eventos, a avaliação da condição do doente e a história familiar habitualmente são suficientes para diagnosticar a doença. No entanto, o diagnóstico diferencial com epilepsia ou doenças psiquiátricas deverá ser realizado. A polissonografia pode ser utilizada para esclarecer casos em que a anamnese, informação clínica recolhida, e a análise física não são suficientes para o diagnóstico de sonambulismo. No sonambulismo, será esperado que o estudo poligráfico do sono nocturno registe alterações comportamentais durante o sono profundo, microdespertares frequentes e sono desfragmentado. Numa primeira abordagem, deve salientar-se que são eventos de natureza benigna e que, na maioria dos casos, desaparecem posteriormente. Se forem identificados factores ambientais, os mesmos deverão ser eliminados. Assegurar uma correcta higiene de sono é fundamental. Os familiares deverão tomar medidas de segurança: trancar janelas e portas, retirar objectos perigosos do quarto. A tentativa de acordar alguém durante o evento pode prolongá-lo ou desencadear um despertar violento; o ideal será encaminhar a pessoa para a cama gentilmente. O tratamento farmacológico com antidepressivo tricíclicos ou benzodiazepinas é utilizado se o risco de lesão for real, ou se os episódios forem recorrentes e interferirem significativamente na vida do paciente e familiares. Crianças que sofrem de sonambulismo não apresentam sequelas a longo prazo, apesar da preocupação inicial dos pais e familiares. No entanto, é necessário compreender a doença e saber quais os procedimentos adequados a realizar durante os episódios. Se identifica com alguns destes sintomas, converse com o seu médico para o correcto diagnóstico e respectivo tratamento. Esteja atento aos sinais e sintomas do seu corpo, que a saúde não mente. Qualquer dúvida, questão, esclarecimento, por favor, contacte-nos através de saude.nao.mente@gmail.com.
Chaves
Utentes do Resort Sénior comemoram Dia Nacional dos Castelos Comemora-se a 7 de Outubro o Dia Nacional dos Castelos, sendo variadas, em todo o país, as iniciativas em que os castelos e fortificações se abrem gratuitamente ao público afim de divulgar e valorizar esse importante património histórico. Para comemorar o dia os utentes do Resort Sénior da Flavicórdia visitaram o Castelo de Chaves, onde se destaca a Torre de Menagem, onde participaram numa caça ao Tesouro. Um dia diferente para mais
de uma dezena de utentes, que ficaram satisfeitos por visitar um dos monumentos mais emblemáticos da cidade flaviense. O Dia Nacional dos Castelos foi instituído em 1984. Embora inicialmente estabelecido o primeiro
sábado de Outubro como a data de comemoração, em 2003 a data foi fixada no dia 7 de Outubro e assim tem permanecido. Desde essa altura, a data tem vindo a ser comemorada em vários locais do país, mormente aqueles que possuam castelos e fortalezas. O objectivo é a implementação de uma comemoração a nível nacional, que realize iniciativas em todo o país, visando uma reflexão sobre o nosso património fortificado. CM
12 | A Voz de Chaves- Jornal do Alto Tâmega - 21/09/2012
Opinião
Chaves
Semana Europeia da Mobilidade
Autarquia estabelece protocolo com Rotary Club e Chaves Social Na reunião camarária do dia 17 de Setembro, a Câmara Municipal de Chaves deliberou estabelecer um protocolo de colaboração com a Associação Rotary Club de Chaves e a Associação Chaves Social – Associação de Solidariedade Social, permitindo a criação de uma estratégia de cooperação conjunta relacionada com a produção de produtos cerâmicos. O Rotary Club de Chaves tem por fim a prestação voluntária de serviços de natureza social, humanitária e cultural, propondose neste âmbito produzir, para além da toponímia do centro histórico da cidade de Chaves, várias peças de artesanato destinadas a serem comercializadas pela Associação Chaves Social, cujos dividendos reverterão, na totalidade, para fins sociais.
mover o reforço da cooperação entre instituições que, no âmbito das suas atividades estatutárias, têm preocupações de interesse social. No âmbito do acordo, a autarquia flaviense irá ceder uma mufla, que se encontra atualmente inativa, fornecendo também azulejos e tintas necessárias à execução de placas de toponímia e produtos cerâmicos.
Este protocolo visa pro-
Redacção
Segundo a Direção Geral da Saúde, há estudos que comprovam que o exercício físico e a boa forma aumentam a longevidade. Ajuda na proteção contra o desenvolvimento da cardiopatia isquémica, da obesidade, da diabetes mellitus tipo 2, da osteoporose, entre outros. A prática de exercício físico melhora o humor, evita a depressão, regula os padrões de sono, melhora a digestão e os hábitos intestinais. A sua prática regular mantém os músculos exercitados para o dia a dia evitando assim dores musculares, ósseas e das articulações, permitindo ainda melhor tolerância às temperaturas extremas e à dor. Além de tudo isto, o exer-
cício físico regular atua sobre os fatores de risco cardiovasculares, tornando o perfil lipídico mais favorável, a sensibilidade à insulina e a tolerância à glicose mais aceitáveis, quer em pessoas saudáveis quer em diabéticos, e contribui também para uma diminuição dos valores da pressão arterial e da acumulação de gorduras de predomínio abdominal. No entanto, recomenda-se que o exercício seja seguro (deve-se ter em conta as contra-indicações), agradável (a pessoa deve sentir-se satisfeita e de preferência realizada), conveniente (devem ser fomentadas atividades que se possam incluir nas atividades diárias, como por exemplo, andar a pé, evitar elevadores e automóveis em deslocações curtas, sair do autocarro uma ou duas paragens antes…), realista (no início os objetivos devem ser mínimos e ir aumentando progressivamente a intensidade, a frequência e a duração do exercício), e estruturado (deverá ser elaborado um programa pré-estabelecido e suficientemente flexível para evitar a perda de interesse). Concomitantemente ao exercício físico regular é também muito importante adotar uma alimentação saudável, rica em legumes/hortaliças, leguminosas, carnes brancas e peixe, frutas e ingerir muitos líquidos diariamente, principalmente água (cerca de um litro e meio por dia), chás e sumos naturais de frutas, evitando alimentos calóricos e ricos em gorduras como fritos e alimentos pré-confecionados. É muito importante ecolher uma atividade que nos dê prazer para que os resultados sejam mais positivos e eficazes. No entanto, é importante começar a fazer exercício físico gradualmente e ir aumentando a intensidade para que o organismo se possa adaptar aos exercícios. Andar a pé ou correr são exercícios muito indicados pois, além de relaxar, também contribuem para melhorar o equilíbrio, principalmente o equilíbrio psicológico. O sedentarismo é muito prejudicial para a saúde. Se não pratica nenhum exercício físico é importante começar o mais rápido possível de uma forma regular, e antes de iniciar deve aconselhar-se com o seu médico/enfermeiro de família para adaptá-lo à sua condição física e/ou doenças associadas. A equipa de saúde da UCC Chaves 1 ucc.chaves1@srsvreal.pt
8 | A Voz de Chaves- Jornal do Alto Tâmega - 6/07/2012
Opinião
Chaves
Francisco Peixeiro toma posse como presidente do Rotary Club de Chaves
Cuidados com o Sol Com a chegada do Verão, chegam as temperaturas altas e, com elas, as férias na praia ou simplesmente a vontade de sair de casa e gozar do pouco tempo de calor que esta estação do ano nos oferece. É sabido que o sol tem propriedades benéficas para o organismo, quer pela sua capacidade em ajudar a pele a sintetizar a vitamina D, indispensável para a fixação de cálcio, muito importante na fase de crescimento e na prevenção da osteoporose, como também pelo facto de ajudar a prevenir depressões, tão comuns no início da Primavera. No entanto, não podemos esquecer ou menosprezar as consequências que uma proteção pouco adequada ou uma exposição excessiva ao sol podem acarretar logo após a mesma, a saber, as cãibras, a desidratação, o esgotamento e os golpes de calor. Neste sentido, são sobretudo as crianças mais pequenas, os idosos e os portadores de doenças crónicas os que integram o grupo de risco relativamente ao qual os cuidados devem ser redobrados. Assim, deixamos aqui alguns conselhos para a população em geral e, sobretudo, para os elementos dos grupos acima referidos: -Evite a exposição ao sol nas horas de maior calor (das 11 às 17 horas) -Use chapéu de abas largas, roupa clara e leve, e óculos de sol -Aumente a ingestão de água e evite bebidas alcoólicas e açucaradas -Use protetor solar nas zonas do corpo expostas, especialmente se estiver na praia, e renove-o a cada 2 horas ou sempre que se molhar -Evite esforços físicos nas horas de maior calor -Não deixe crianças e idosos dentro de um carro exposto ao sol Sobretudo, não se deixe enganar pelos dias mais acinzentados, pois mesmo quando o sol apenas espreita por entre as nuvens, o índice de raios ultravioletas pode ser elevado, podendo também, de forma mais camuflada, ser responsável pelas queimaduras solares, pelo envelhecimento e alergias da pele e pela maior predisposição ao aparecimento do cancro de pele. Quanto às idas à praia, desengane-se se pensa que ficar debaixo do guarda-sol é suficiente, já que a areia e a água do mar refletem as radiações solares na pele. Na realidade, a única solução eficaz para evitar problemas com o sol passa pelo respeito de duas regras de ouro: utilizar um protetor solar com um índice de proteção adequado à pele e evitar a exposição solar nas horas em que o índice de raios ultravioletas é mais elevado. Equipa de saúde da UCC Chaves1 ucc.chaves1@srsvreal.min-saude.pt
Isenções nas antigas SCUT prolongadas até final de Setembro As isenções parciais das portagens para os concelhos servidos pelas antigas SCUT, que deveriam terminar no passado sábado, 30 de Junho, vão prolongar-se por mais três meses, anunciou o Governo. Em comunicado, o Ministério da Economia e do Emprego adiantou ainda que, “após este período, será aprovado e aplicado um regime de descontos e/ou taxas nestas vias que obedeça a critérios de aplicação e montante que estejam em conformidade com o dis-
posto na legislação europeia e que garanta e salvaguarde que, da aplicação do regime de cobrança de taxas de portagens, não resulte a discriminação dos utilizadores destas auto-estradas”. A isenção do pagamento de taxas de portagem contempla as primeiras 10 viagens mensais efectuadas na respectiva autoestrada e no desconto de 15 por cento no valor das taxas de portagem nas restantes viagens. Redacção
Na transmissão de tarefas anual, Mário Carmo entregou a presidência do Rotary Club de Chaves a Francisco Peixeiro, que inicia um novo ano rotário sob o lema “Paz através do Servir”. Projectos e ideias não faltam ao novo presidente, como um protocolo já assinado com a autarquia para lançar a associação online “Flavienses pelo Mundo” e a ambição de atrair 200 alunos para a face mais visível dos rotários: a Universidade Sénior. O coro harmonioso do grupo Canto Alegre e a música tradicional da Tuna Académica da Universidade Sénior deram o tom à partilha e ao convívio que marcaram a cerimónia anual de Transmissão de Tarefas do Rotary Club de Chaves, na passada sexta-fei-
“Somos independentes e apartidários nas nossas missões e colaboramos com a Câmara que estiver no poder. Ajudar a tornar esta cidade melhor é aquilo que nos move” ra 29 de Junho. No salão do Forte de São Francisco Hotel, Mário Carmo passou o testemunho da presidência dos rotários flavienses a Francisco Peixeiro, professor no Agrupamento de Escolas Nadir Afonso. Contando com a presença do vice-presidente da Câmara Municipal de Chaves, António Cabeleira, e dos presidentes dos Rotary Club de Valpaços e Vila Real, Francisco Peixeiro apresentou o lema rotário que durante o próximo ano “enfatizará o mais alto nível do voluntariado”: “Paz através do servir”. “Somos independentes e apartidários nas nossas missões e colaboramos com a Câmara que estiver no poder. Ajudar a tornar esta cidade melhor é aquilo que nos move”, assumiu o novo presidente, em entrevista à Voz de Chaves. “Saio confiante que cumpri o meu dever”, assegurou, por sua vez, o presidente cessante, Mário Carmo, considerando positivo o balanço de um ano marcado pela atribuição de prémios de mérito escolar e uma “doação significa-
tiva” à Conferência S. Vicente de Paulo. Reafirmando o apoio do município à causa rotária, o vicepresidente flaviense António Cabeleira destacou o Club como “a instituição que mais mérito e dinâmica cultural e social trouxe a Chaves nos últimos anos”, sendo que a autarquia conta com a sua ajuda “neste momento difícil”. “Tornar Chaves do tamanho do mundo” com associação na Internet O fortalecimento do Rotary Club, a Universidade Sénior e a cidade serão os três pilares fundamentais deste novo mandato, apontou Francisco Peixeiro, que garante querer “continuar a ser interventivo e ajudar quem precisa a tornar a cidade cada vez melhor”. Enquanto que no Club, já com 19 anos de existência e 39 associados, “serão organizadas iniciativas internas para fortalecer os laços de amizade e de companheirismo entre a família rotária”, a Universidade Sénior será potenciada “no sentido de a tornar mais autónoma, com mais alunos e que sirva a cidade com projectos próprios”. O objectivo do Club é atingir 200 alunos universitários, um número essencial para garantir a auto-sustentabilidade do edifício cedido pela autarquia, mas remodelado a expensas do Rotary Club e que funciona com professores em regime de voluntariado. Nesse sentido, a instituição tem vindo a promover cursos para pessoas em idade activa, como advogados e executivos. Outro projecto que irá ser concretizado durante o mandato de Francisco Peixeiro é a associação “Flavienses pelo Mundo”, cujo protocolo já foi estabelecido com a Câmara Municipal e que pretende ser “um pólo aglutinador de conhecimentos, saberes, artes, cultura e oportunidades de negócio para os flavienses e empresas locais via web”, ou seja, “uma associação vanguar-
dista que tornará Chaves do tamanho do mundo”. Promover a região flaviense no país rotário com a realização da I Rota do Presunto de Chaves é outra iniciativa que irá ser concretizada já em Novembro. “Temos uma rede de contactos vastíssima e vamos convidar os clubes rotários do país inteiro a participar nesta rota, que vai ser um dia com actividades ligadas ao presunto”, que é “uma porta mediática conhecida lá fora” que deve ser potenciada para atrair turistas, avançou Francisco Peixeiro. Renovar a toponímia da cidade e ajudar candidatura do Centro Histórico a Património Mundial Na sua intervenção, o novo presidente lembrou ainda que o Rotary Club quer dar corpo ao projecto, já apresentado à Câmara Municipal, de remodelação das placas de toponímia do Centro Histórico de Chaves. “Apesar das dificuldades económicas, estamos dispostos a encontrar uma plataforma de entendimento com a Câmara, os artistas plásticos e a Universidade Sénior para que o centro da cidade seja mais qualificado, não só em termos visuais e estéticos, como ao nível informativo, histórico e cultural, uma vez que as referidas placas serão um livro aberto da história das ruas e praças e da própria cidade”, explicou. Além de debates sobre a cidade e o lançamento da loiça da Universidade Sénior para potenciar o artesanato da região, o Rotary Club quer também ser parceiro da Candidatura do Centro Histórico de Chaves a Património da Humanidade, pois “só com a disponibilidade e o envolvimento das principais forças vivas da cidade isso será uma realidade”, rematou Francisco Peixeiro, que promete mais ideias na calha. Sandra Pereira
12 | A Voz de Chaves- Jornal do Alto Tâmega - 01/06/2012
Saúde - Opinião
A Saúde Não Mente
José Mesquita Atualmente proliferam novos problemas e mais distúrbios, que ameaçam a saúde da sociedade moderna. A população deve portanto, manter-se em alerta, uma vez que tem de preparar-se constantemente para combater novas ameaças, uma vez que uma patologia do hoje, pode nunca ter existido na história do homem. É o caso do ruído, um problema que se alastra por todos os ambientes, casa, trabalho, locais de lazer, etc. Diariamente, há um grande número de pessoas expostas a níveis elevados de ruído, e a todos os riscos daí provenientes. Um estudo sobre o impacto da poluição sonora na Europa, divulgado pela Comissão Europeia revela que o ruído rouba um milhão de anos de vida saudável por ano, ou seja, a OMS conclui que um em cada três europeus sente-se perturbado pelo barulho durante o dia e um quinto tem dificuldades em dormir devido ao ruído dos carros, comboios e aviões. Assim, o ruído ambiental deve ser considerado não só como causador de incómodo, mas como uma preocupação de saúde pública. Outros dados indicam e convertem o impacto do ruído em anos perdidos de vida saudável ou morte prematura. O ruído anual na Europa rouba 61 mil anos de vida saudável com o aparecimento de doenças do coração, provoca 45 mil anos de dificuldades cognitivas nas crianças, 903 mil anos de perturbações do sono, 22 mil anos de zumbido nos ouvidos e 903 mil anos de incómodo. Mas afinal o que provoca a exposição ao ruído? Para além da perda da audição, afeta os sistemas cardiovasculares e digestivos, já que liberta catecolaminas e aumenta a pressão arterial, causando stress. Os níveis elevados de ruído podem provocar ainda transtornos do sono, irritabilidade e cansaço, assim como diminuir o nível de atenção e aumentar o tempo de reação do indivíduo frente a vários estímulos. O ruído é medido em decibéis (dB), quanto mais alto for o número, mais intenso é o som. Quanto mais tempo estivermos expostos a barulho intenso, mais provável é sofrermos dos distúrbios anteriormente descritos. Relativamente aos diferentes níveis de ruído pode estabelecer-se limites de intensidade, por exemplo, uma conversação normal será de 60 dB ou o aspirador que todos temos em casa será de 80dB. Uma média dos limites de exposição ao ruído geralmente são calculados de acordo uma média ponderada de ruído e de um determinado período de tempo, por exemplo, uma média de 87 dB por 8 horas. Se uma pessoa estiver sujeita no trabalho a superior a 87 dB, o período durante o qual poderá lá trabalhar deverá ser inferior a 8 horas. O ouvido humano consegue suportar sons até 130 dB, mais do que isso será o limiar da dor. Neste mundo moderno há coisas decerto, inevitavelmente barulhentas, mas com o uso do bom senso e da educação, esse impacto pode ser diminuído, como é o caso da buzina do carro, por exemplo. Há dez anos, Tóquio era a capital do ruído, por se tratar da cidade mais ruidosa do mundo. Desde então, iniciou-se uma campanha que apelava ao bom senso dos habitantes. Diariamente, o canal estatal de televisão advertia “Caro espetador, são 22h. Por favor diminua o volume do seu televisor para o mínino!” Foi a esta, e outras medidas, que os japoneses aderiram de forma espantosa, passando hoje da terceira cidade com mais população do mundo à décima mais barulhenta. Felizmente a nossa cidade não é muito afetada por este flagelo, por se tratar de uma cidade sem grandes indústrias ou sem aeroportos. Contudo, não estamos livres no trabalho, por exemplo de estarmos sujeitos ao ruído, sem nos apercebermos. Por isso, esteja atento, tente eliminá-lo ou reduzi-lo! Porque sua saúde e a dos seus, não mente! Sugira temas ou esclareça dúvidas através do: saude.nao.mente@gmail.com
Termas de Chaves
Workshop ensina a preparar refeições saudáveis e económicas com alimentos da época Apostando na imaginação, é possível preparar refeições saudáveis e económicas, com muita cor, cheiros e sabor. Foi com este mote que as Termas de Chaves – Spa do Imperador promoveram mais um workshop, na passada sexta-feira, sobre “Receitas de Primavera”, que ensinou a misturar e experimentar ingredientes de primavera, que, por serem da época, são mais económicos e acessíveis. Outro dos temas abordados neste mini curso foi o recurso às chamadas “dietas loucas”. A preocupação em estar com o corpo em forma para o Verão começa a aumentar e toda a gente quer correr atrás do prejuízo causado nos meses de frio. Com ela vem também o excesso de anúncios de publicidade sobre estas dietas, muitas vezes prejudiciais à saúde. Salada de Primavera, crostini de favas, pãezinhos de milho com legumes, sopa de alface com ervilhas, hamburgers de fava, sésamo e amêndoas e sorvete de maçã, lima e menta foram algumas das receitas apresentadas. Cada workshop tem o valor de 8€ e inclui a degustação de vários pratos, nomeadamente os confecionados no local, referentes ao tema explorado. Esta
“aula” também dá a oportunidade aos participantes de porem as mãos “na massa”, ajudando na confeção de algumas receitas. As receitas dos pratos, bem como algumas curiosidades do tema escolhido são sempre disponibilizadas aos participantes. Os workshops são realizados às
sextas-feiras, a partir das 19h00, pelo nutricionista das Termas de Chaves, Filipe Ferreira. O próximo realizar-se-á no dia 29 de junho e explorará o tema “Party-food”, isto é, a elaboração de pratos festivos mais saudáveis e equilibrados. Redacção
CHTMAD e UTAD participam em projeto transfronteiriço – TUBERCONTROL No que concerne à aplicação de novas ferramentas para o diagnóstico molecular da Tuberculose, o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD, E.P.E), em estreita colaboração científica e técnica com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), desenvolvem esforços conjuntos, no sentido de colmatar as lacunas atualmente existentes. Neste âmbito, participam no projeto inovador de cooperação transfronteiriço ibérico denominado “TUBERCONTROL”, financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e pelo Programa de Cooperação Transfronteiriço Espanha-Portugal, envol-
vendo as zonas do Norte de Portugal e da Galiza (Espanha). O principal objetivo desta colaboração relaciona-se com o desenvolvimento de estratégias normalizadas com o intuito de um franco progresso nas metodologias de diagnóstico clínico da tu-
berculose (TB). Pretende-se, em última análise, controlar a doença em Portugal e Espanha e criar um sistema de vigilância sustentado. Para mais informações poder visitar a página web www.tubercontrol.org.
Opinião
CUIDADOS PALIATIVOS Os cuidados paliativos constituem uma resposta organizada do Serviço Nacional de Saúde à necessidade de tratar, cuidar e apoiar ativamente doentes na fase final da vida. São prestados a doentes em situação de intenso sofrimento decorrente de uma doença incurável, de fase avançada e rápida progressão e têm como objectivos promover, tanto quanto possível e até ao fim, o bem-estar e a qualidade de vida dos doentes. São cuidados ativos, coordenados e globais, que incluem o apoio à família, prestados por equipas específicas e formadas, em internamento ou no domicílio, segundo níveis de diferenciação e têm como componentes essenciais o alívio dos sintomas, o apoio psicológico, espiritual e emocional do doente, o apoio à família mesmo durante o luto, o que implica o envolvimento de uma equipa interdisciplinar de estruturas diferenciadas. Estas equipas fazem parte de unidades de internamento em cuidados paliativos e de unidades que desenvolvem a sua atividade na comunidade (UCC), no domicílio do doente. É preciso não confundir ação paliativa com cuidados paliativos. A ação paliativa é qualquer medida terapêutica, sem intuito curativo, que visa
minorar, em internamento ou no domicílio, as repercussões negativas da doença sobre o bemestar geral do doente. Faz parte integrante da prática profissional, qualquer que seja a doença ou fase de evolução, e pode ser prestada nos hospitais, centros de saúde e na rede de cuidados continuados, nomeadamente em situações de condição irreversível ou de doença crónica progressiva. Os cuidados paliativos não são determinados pelo diagnóstico das doenças, mas pela situação e pelas necessidades do doente, no entanto, doenças como o cancro, a sida e doenças neurológicas graves e rapidamente progressivas implicam frequentemente a necessidade de cuidados paliativos. Estes dirigem-se prioritariamente à fase final da vida, mas não se destinam, apenas, aos doentes agónicos. Muitos necessitam de ser acompanhados durante semanas, meses ou, excecionalmente, antes da morte. Os cuidados paliativos proporcionam aos doentes que vão morrer a possibilidade de receberem cuidados num ambiente apropriado, que promovam a proteção da dignidade do doente incurável na fase final da vida. Equipa da UCC Chaves 1 ucc.chaves1@srsvreal.min-saude.pt
10 | A Voz de Chaves- Jornal do Alto Tâmega - 11/05/2012
Opinião
À CONVERSA COM A SAÚDE
CUIDADOS PALIATIVOS MORRER NO DOMICÍLIO Durante a 2ª metade do século XX, idade da ciência, tecnologia e comunicação, houve uma mudança de valores na sociedade ocidental. Somos uma sociedade que nega a morte, valoriza a produtividade, a juventude e a independência, e desvaloriza a idade, a família e o cuidado interdependente. As novas tecnologias e a ciência oferecem tratamentos que até então eram desconhecidos. O aparecimento de novos medicamentos e terapias mudaram a forma como vemos as doenças. Hoje, o sistema de saúde luta agressivamente contra a doença e a morte, procura prolongar a vida e tenta resistir à morte a todo custo. Houve, assim, uma melhoria significativa na sobrevida, uma longevidade que se acentua com o passar do tempo, resultando no prolongar da vida com doenças crónicas, alterando assim o processo de morrer. A morte tornou-se o inimigo que deve ser combatido a todo o custo, ou seja, “fazer tudo até o fim.” Esta, não foi conquistada, não foi ludibriada, logo todos nós mais cedo ou mais tarde vamos morrer. Cerca de 10% das pessoas vão morrer subitamente de um enfarte do miocárdio, acidente ou algum evento inesperado e 90% de doença grave com uma fase terminal mais ou menos curta (alguns cancro). Os doentes com doenças crónicas, e os seus familiares, receiam que os sintomas que apresentam os conduzam à perda da função e ao descontrolo da situação, razão pela qual recorrem muitas aos vezes aos hospitais. O sofrimento atinge diversos aspetos do ser humano como o psicológico, espiritual, social e biológico. Os doentes com cancro e/ou HIV apresentam vários sintomas relacionados com a doença, tais como a dor, náuseas, vómitos, obstipação, falta de ar, fraqueza, medo, falta de esperança, sensação de culpabilidade por serem um peso para os familiares, o que lhes provoca muita ansiedade e tristeza resultando na maioria dos casos em depressão. Existe ainda a preocupação de quem prestará e pagará pelos cuidados prestados, como será morrer e o que vem depois, ou seja, como vamos reagir ao longo do processo, durante a fase de agonia e após a morte? Será que vamos conseguir lidar com a situação? Será que vamos ter forças para o fazer? O medo que se apodera dos familiares faz com que tenham receio de assumirem o papel de cuidadores. Cabe ao profissional de saúde encontrar estratégias capazes de provocar um “volte face” nos familiares, possíveis cuidadores. Assim, o profissional de saúde deve agir adequadamente, comprometendo-se a ajudar a família/doente, estar sempre presente ainda que não seja fisicamente, deve estar disponível, contactável o máximo de horas possíveis, atendendo a que uma pequena falha será interpretada como desinteresse e levará à derrocada da relação terapêutica. Presentemente a maioria dos doentes que morrem nos hospitais de doenças cuja expetativa (desfecho ou “outcome”) é a morte, podem perfeitamente ser cuidados em casa, porque existem equipas de saúde habilitadas para apoiar o doente e os familiares durante este processo, nomeadamente na Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) Chaves1, procurando proporcionar ao doente conforto, carinho, controlo da dor, alívio de sintomas, estabilidade emocional e principalmente devolver-lhes a dignidade humana que tanto necessitam neste último percurso da sua vida, tendo em conta que o melhor local para morrer será no domicílio da pessoa, na sua cama e rodeado dos familiares e amigos (se possível). “Nascemos seres humanos, vivemos como tal e temos o direito a morrer como somos” (Continua numa próxima edição) Equipa da UCC Chaves 1 ucc.chaves1@srsvreal.min-saude.pt
Valpaços
“Marcha pelo coração” é dia 25 O Projecto Afectos, em parceria com a Câmara Municipal de Valpaços, com a Cruz Vermelha (delegação de Valpaços) e com o Centro de Saúde de Valpaços, vai levar a cabo, como tem acontecido em anos anteriores, a “Marcha pelo Coração”. A iniciativa é destinada a toda a população e os participantes do Projecto Afectos não vão faltar à chamada no dia 25 de Maio, sexta-feira, a partir das 16 horas. A edição 2012 da Marcha pelo Coração, no mês dedicado ao órgão imprescindível do ser humano, que é preciso cuidar todos os dias, tem início a partir das 16 horas, com o aquecimento com coreografia no Jardim Público, frente à Câmara Municipal de Valpaços.
Cerca das 16h30, o programa prevê o início da Marcha, em direcção à Igreja Matriz, onde vai ser tirada a habitual “foto de família”. Depois as centenas de pessoas que são esperadas continuam a marcha, com descida pela rua 6 de Novembro, passagem na nova Biblioteca Municipal, Av.ª Sr.ª da Saúde, em direcção ao Centro Cultural Luís Teixeira e a marcha termina no Jardim Público. Cátia Mata
Saúde
Patologia Mamária em debate O grupo oncológico de patologia mamária do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro E.P.E reuniu-se com os médicos de família dos Centros de Saúde de Chaves, Montalegre, Boticas, Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena e Vila Real. O objectivo desta nova forma de interação entre Hospital e Cuidados de Saúde Primários surgiu da necessidade de se dar a conhecer a actividade da Unidade Multidisciplinar de Patologia Mamária do CHTMAD E.P.E (que integra as diversas áreas no diagnóstico e tratamento da patologia maligna/benigna da Mama),
Caminhada Solidária contra o cancro da mama No sábado, 19 de Maio, o Centro Social Paroquial de Chaves promove uma Corrida/Caminhada Solidária em prol da luta contra o cancro da mama. A concentração está marcada para as 9h30, junto ao supermercado Mini Preço de Chaves, com tiro de partida às 10 horas. Chegados ao Largo das Freiras, os participantes poderão usufruir de aulas de aeróbica e outras actividades culturais. O custo de participação é de 2 euros e a inscrição pode ser feito junto do Centro Social e Paroquial de Chaves.
bem como sensibilizar os médicos de família para uma maior articulação entre hospital e centros de saúde, sempre com o objectivo de prestar os melhores cuidados de saúde à população. Desta reunião surgiu um espaço de debate, partilha de ideias e experiências onde se constatou a mais-valia nesta nova
aposta comunicacional e que certamente será para continuar. Estão previstas, muito brevemente, novas reuniões do grupo oncológico de patologia mamária e médicos dos centros de saúde na restante área de influência do CHTMAD E.P.E. Redacção
18 | A Voz de Chaves- Jornal do Alto Tâmega - 05/04/2012
Saúde - Opinião
A Saúde Não Mente
À conversa com a saúde
EDUCAÇÃO SEXUAL EM SAÚDE ESCOLAR (continuação) Ana Mesquita
Tratamento da hipertensão através do exercício físico A tensão alta ou a hipertensão arterial é também conhecida por “a assassina silenciosa”, uma vez que não causa qualquer tipo de sintoma durante muitos anos, até que um órgão vital seja afetado. Esta doença provoca uma diminuição da esperança de vida e um aumento da mortalidade entre homens e mulheres em todo mundo. A tensão alta pode provocar rutura nos vasos sanguíneos vasculares cerebrais, dando origem aos acidentes vasculares cerebrais, bem como nos vasos renais, insuficiência renal ou a vasos de outros órgãos vitais, produzindo cegueira, surdez, ataques cardíacos, etc. No organismo de um hipertenso, as suas artérias ficam comprimidas dificultando a passagem do sangue, razão pela qual o coração precisa exercer uma maior pressão para bombeá-lo. A hipertensão arterial é um síndrome multicausal e multifatorial associados a distúrbios metabólicos, hormonais e hipertróficos cardíacos e vasculares. A doença pode ser controlada, através da mudança do estilo de vida dos hipertensos e normotensos (indivíduos com história familiar de doenças cardiovasculares). Algumas destas mudanças incluem: diminuição da ingestão de sal, redução de peso corporal e prática de exercício físico. As recomendações para elaboração de programas de treino para pessoas hipertensas, segundo a minha experiência e confirmado pelo American College of Sports Medicine de 1998, deve realizar-se um treino aeróbico praticado 3 vezes ou 5 por semana, com a duração de 40 a 50 minutos de intensidade leve a moderada, ou seja, de 50% a 70% de frequência cardíaca, pois auxilia na redução da pressão arterial, que aliado a um treino resistido, visa melhorar a resistência muscular com cargas baixas, de forma a provocar uma carga volumétrica ao sistema cardiovascular, realizando uma série de 8 a 10 exercícios para os grandes grupos musculares, 2 a 3 dias por semana, com o número de repetições de 8 a 12. Infelizmente, a prescrição de exercício nem é sempre feita corretamente, e vários médicos, por desconhecerem em absoluto a importância do exercício resistido não o recomendam. Assistimos, então e cada vez mais, a um número crescente de caminhantes, porque segundo estes, foi o médico que lhes recomenda caminhar (pessoas com idades superiores aos 60 anos). Citando Saramago “É preciso acreditar em algo e sobretudo, é preciso ter um sentido de responsabilidade colectiva pelo qual cada um de nós é responsável pelos outros”. Um professor de Educação Física é um especialista nas diversas manifestações do movimento humano que favoreçam o desenvolvimento da saúde atráves da educação do corpo como um todo. A massa muscular humana constitui 40% a 50% do peso corporal total. As células musculares constituem de 70% a 80% das nossas células e representam aproximadamente 50% das nossas proteínas. Por este motivo, uma grande perda muscular é incompatível com a vida. A perda de força muscular é o principal responsável pela deterioração na mobilidade e na capacidade funcional do individuo que está a envelhecer. Em resumo, pode dizer-se que durante um período de exercício físico, o corpo sofre adaptações cardiovasculares e respiratórias a fim de atender às demandas dos músculos ativos à medida que essas adaptações, ocorrem modificações nesses músculos permitindo que o organismo melhore o seu desempenho. Não se esqueça, a prescrição de exercício deve ser sempre realizada individualmente, sendo adequada de caso para caso, para tal procure um profissional habilitado. Deixo, uma nota apenas, para casos de hipertensos severos, deve-se, inicialmente fazer um tratamento farmacológico antes da realização de qualquer exercício físico. Não se esqueça, cuide do seu organismo e bem-estar, porque a saúde não mente! Dúvidas, sugestões ou comentários para o: saude.nao.mente@gmail.com
Falar de sexualidade sem falar de afetos não faria sentido, uma vez que dela são parte integrante e indissociável. Falar de afetos é falar de relação, visto que condicionam as nossas atitudes e comportamentos, são eles que nos aproximam ou afastam dos que nos rodeiam. Como seres sociais o nosso dia a dia é feito de relações pelas quais somos afetados, porque a relação é dar e receber, torna-nos únicos e especiais, como seres pensantes com sentimentos, necessidade de pertença, sendo assim, os mais vulneráveis à face da terra. O afeto é algo espontâneo no indivíduo e, ao mesmo tempo, é sinal de extrema sensibilidade da alma humana. As pessoas mais insensíveis ao toque e às trocas afetivas costumam apresentar mais dificuldade em conquistar um amigo. Uma das características das pessoas que não expressam a afetividade é a amargura para com a vida e o mundo. A noção de sexualidade como busca de prazer, descoberta das sensações proporcionadas pelo contacto ou toque, atração por outras pessoas (de sexo oposto e/ou mesmo sexo) com intuito de obter prazer pela satisfação dos desejos do corpo, entre outras características, está diretamente ligada e dependente de fatores genéticos e principalmente culturais. O desejo sexual evidencia-se com a adolescência, denuncian-
do que o corpo se está a modificar, que cresceu e exige adaptações, mudanças de relações, e de responsabilidade. Conforme vamos crescendo, descobrimos também o prazer provocado pelo contacto sexual, através do estímulo que originamos em nós mesmos ou com outras pessoas. Assim, a vivência da sexualidade na adolescência, torna-se numa fase de crescimento conflituosa, de grandes dúvidas e incertezas em que a educação sexual deve estar presente, pois caso contrário a falta de informação ou busca de informação de forma desadequada pode levar a atitudes incorretas, que podem por em causa o futuro dos jovens alterando-o e tornando-o difícil e infeliz. Tendo em conta as ligações da sexualidade às outras dimensões da identidade pessoal e das relações interpessoais e a sua mediatização social, a educação sexual integra um vasto conjunto de áreas de aprendizagem, tais como os valores e os afetos, ou as questões de género, a estrutura de personalidade, ou as competências dos indivíduos para lidarem com a intimidade. Nesse período, que é quando se inicia a vida sexual, o jovem precisa de se preocupar em prevenir doenças e a gravidez precoce, para que a etapa de adaptação às mudanças não seja ultrapassada. No âmbito do Programa Nacional de Saúde Escolar, o programa de educação sexual tem vindo a ser implementado por profissionais de saúde da UCC Chaves 1, nomeadamente enfermeiros, em sala de aula com sessões interativas, desde o 1º ciclo até ao secundário nas escolas da sua área de abrangência. Também está disponível a todos os alunos nas diversas escolas, um gabinete de apoio ao aluno (GAA) com o objetivo de transmitir conhecimentos, oferecer ajuda e apoio, na tentativa de os capacitar nesta área, para que cada um tome as suas próprias decisões. Proporciona confidencialidade das informações e respeita o direito e escolhas de cada um, permitindo ao aluno expor as suas dúvidas relativas à saúde em geral. Estas atividades têm-se revelado pertinentes, uma vez que os alunos apresentam dúvidas e curiosidade num tema de crucial importância do desenvolvimento pessoal e social inerente ao crescimento do indivíduo. Todo este trabalho não invalida o constante e importante papel dos pais, pois a família é a primeira escola da criança e deve ter como objetivo a busca e a prática do bem-estar físico, psicológico, social, afetivo e moral, da criança. Equipa de saúde da UCC Chaves 1 ucc.chaves1@srsvreal.min-saude.pt
PROGRAMAS MODULARES PARA DIABÉTICOS E HIPERTENSOS EM VILA VERDE DA RAIA
A UCC Chaves 1 (Unidade de Cuidados na Comunidade), no âmbito dos programas modulares que desenvolve, com os grupos vulneráveis de hipertensos e diabéticos, realizou no dia 26 de Março a 8ª sessão dos programas (com o tema “Exercício físico”) com os grupos de Vila
Verde da Raia. Os utentes demonstraram grande satisfação e adesão elevada, não só a esta sessão mas ao programa em geral, que inclui 9 sessões. Estes programa procuram dotar os hipertensos e diabéticos de conhecimentos que os capacitam para uma melhor compreensão
e controlo da doença que os vai acompanhar para o resto da vida, prevenindo assim o aparecimento das complicações resultantes do descontrolo e uma melhor qualidade de vida. A Equipa da UCC Chaves 1
8 | A Voz de Chaves- Jornal do Alto Tâmega - 02/03/2012
Opinião
A Saúde Não Mente
Envelhecimento Ana Mesquita
Um dos grandes problemas da actualidade é o envelhecimento da população mundial. Outrora, um individuo morria de velhice por volta dos 60 anos, hoje chega aos 90 com relativa facilidade e os cientistas já asseguram que nos próximos 10 anos se chegará a passar dos 100 anos. A idade cronológica é classificada de acordo com a data de nascimento, frequentemente não coincide com idade biológica, uma vez que há uma série de condicionantes: maturação biológica, componente genética, cuidados de saúde, alegria de viver, a idade psicológica (capacidade individual de adaptações às reacções e a auto-estima dos indivíduos à soma de experiências e a maturação mental). A avaliação da idade funcional é a tentativa de relacionar as diversas conexões de idade, determinando assim a idade real. Resumindo, pode descrever-se o envelhecimento como a soma de todas as alterações biológicas, psicológicas e sociais que, depois de alcançar a idade adulta e
ultrapassar a idade máxima de desempenho, leva a uma redução gradual das capacidades de adaptações de desempenho psicofísico do indivíduo. Com a idade, o envelhecimento dos órgãos do sistema nervoso central leva a uma redução da capacidade dos órgãos dos sentidos, enrijecimento da estrutura vascular devido à hipertrofia do coração, aumento do colagénio e consequentemente enrijecimento dos tecidos das válvulas cardíacas. Contudo, é na musculatura que a diminuição da força e da massa muscular é mais afectada pelo envelhecimento. O exercício físico é considerado como uma das melhores maneiras de manter a qualidade de vida durante o processo de envelhecimento, exercendo efeitos positivos sobre a condição funcional e de desempenho do organismo. Como não existem medicamentos para evitar o envelhecimento, o exercício físico assume um papel determinante. Em reabilitação geriátrica, o mais importante é um programa de fortalecimento muscular com pesos e não como muitos julgam, que caminhar é aconselhável para os idosos enfraquecidos, o que lhes pode provocar quedas e fraturas graves. O que se pretende é que se fortaleça a musculatura e corrija distúrbios posturais, estas são algumas das situações que podemos melhorar com exercícios de força. Não se esqueça de procurar um profissional qualificado, para realizar o seu treino. O treino praticado de forma imprudente é a causa frequente de graves lesões e danos irreparáveis. “Saúde não é tudo, mas tudo é nada sem saúde” - Shopenhaur Não se esqueça, contribua para o seu bem-estar, melhore a sua qualidade de vida, porque a saúde não mente! Qualquer dúvida, sugestão ou esclarecimento para: saude.nao.mente@gmail.com
ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DOS ANIMAIS DE CHAVES
DENUNCIE ABUSOS! GATOS: Donos que os criam para caçar ratos, alimentam-nos mal na ilusão de que é a fome que os fará caçar. Um gato bem alimentado caça mais e melhor. PÁSSAROS: Gaiolas pequenas causam atrofia no sistema muscular das aves, provocando dores. CÃES: Amputar orelhas e rabos por motivos estéticos causa sofrimento e é desnecessário. Na Suíça, por exemplo, isso é proibido por lei oficial.
Ajude a AAAC a ajudar, faça-se sócio (12€ por ano), ou ajude com ração, mantas e cobertores, todas as ajudas são bem vindas! Contactos: 935660181/ 965596595
À conversa com a saúde
EDUCAÇÃO SEXUAL EM SAÚDE ESCOLAR O programa nacional de saúde escolar (PNSE) inscreve-se na área da melhoria da saúde das crianças e dos jovens e da restante comunidade educativa, com propostas de atividades assentes em dois eixos: vigilância e proteção da saúde e aquisição de conhecimentos, capacidades e competências em promoção da saúde. Uma das áreas de intervenção deste programa são os estilos de vida que são, nem mais nem menos, um conjunto de hábitos e comportamentos de resposta às situações do dia a dia, apreendidos através da socialização, ao longo do ciclo de vida. O sucesso da saúde escolar é o sucesso da promoção da saúde na escola, neste sentido a equipa de saúde escolar da UCC Chaves 1 tem vindo a lutar para conseguir esse sucesso com o desenvolvimento efetivo de atividades nas escolas orientadas para determinantes da saúde, como a alimentação, sexualidade e os fatores de risco, como o tabaco e o álcool, entre outros. A intervenção na área da sexualidade tem por objetivo possibilitar que cada pessoa viva a sua sexualidade de forma saudável, feliz e responsável ao longo do ciclo de vida. Visa uma melhoria dos relacionamentos afetivo-sexuais entre os jovens, a redução das possíveis consequências negativas dos compor-
tamentos sexuais, tais como a gravidez não planeada e as infecções sexualmente transmissíveis (IST) e contribuir para a tomada de decisões conscientes e responsáveis na área da educação para a saúde – educação sexual. A sexualidade é um termo amplamente abrangente que engloba inúmeros fatores e dificilmente se encaixa numa definição única e absoluta. Segundo a OMS, a sexualidade é uma energia que nos motiva a procurar amor, contacto, ternura, e intimidade, que se integra no modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados, que influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, por isso, influencia também a nossa saúde física e mental. É uma necessidade de receber e expressar afeto e contacto, que todas as pessoas têm e que traz sensações de prazer para cada um. Assim, sexualidade não é apenas sexo, é o toque, o abraço, o gesto, a palavra que transmite prazer entre pessoas. É, portanto, parte integrante de todo ser humano, está relacionada à intimidade, à afetividade, ao carinho, à ternura, a uma forma de sentir e expressar o amor humano através das relações. O desenvolvimento da sexualidade acontece durante toda a vida do indivíduo e depende da pessoa, das suas características genéticas, das interações ambientais e condições sócio culturais. Pode-se dizer que é o traço mais íntimo do ser humano e como tal, manifesta-se diferentemente em cada indivíduo de acordo com a realidade e as experiências vivenciadas pelo mesmo, conhecendo diferentes etapas fisiológicas. Manifestase em todas as fases da vida, infância, adolescência, fase adulta e terceira idade, sem distinção de raça, cor, sexo, deficiência, etc. A sua presença está em todos os aspetos da vida humana desde a conceção até à morte. Acontece de um modo imprevisível, exigindo uma progressiva capacidade do ser humano de compreensão e aceitação das mudanças, não está apenas nos aspetos genitais, mas é considerada como uma das suas formas de expressão, porém nunca como forma isolada. É imperioso reconhecer que todos os seres nascem como resultado de um ato de amor, sentimento este, que nos acompanha ao longo do nosso crescimento nas suas várias vertentes: amor de família, amigos e namorados. Nascemos, portanto, para amar e ser amados. Continua numa próxima edição. Equipa de saúde da UCC Chaves 1 ucc.chaves1@srsvreal.min-saude.pt
Agradecimento Artur Alves (10/8/1927- 27/2/2012)
A Família, na impossibildade de o fazer pessoalmente, vem, por este meio, agradecer a todas as pessoas que estiveram presentes no funeral e na missa do 7º dia do seu ente querido, bem como agradecer a todos aqueles que, de uma ou de outra forma, lhe manifestaram o seu pesar, neste momento de grande dor e saudade. Informa ainda que a missa do 30º dia realiza-se no dia 28 de Março, pelas 18 horas na Igreja Matriz em Chaves. Agradecendo desde já, a todos que participem nesta Santa Eucaristia. A família
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Saúde - Opinião
À conversa com a saúde Lucena Miguel Enfermeira
A Saúde Não Mente A Diabetes Mellitus é uma doença crónica muito frequente que se caracteriza por uma concentração sanguínea elevada da glicose. Caso não seja controlada, pode provocar problemas agudos e graves complicações a longo prazo. A diabetes é uma doença silenciosa que pode passar despercebida numa fase inicial, mas se a ignorar poderá vir a ter sérios problemas de saúde no futuro. Os principais sinais de alerta são: urinar em maior quantidade e mais vezes do que é normal (poliúria); sede constante e intensa (polidpsia); fome constante e difícil de saciar (polifagia); sensação de boca seca; fadiga; comichão no corpo (principalmente nos órgãos genitais; visão turva; dificuldade na cicatrização de feridas; problemas sexuais. Para o diagnóstico da diabetes é geralmente suficiente a realização de análise sanguínea da glicose, feita em jejum e num laboratório. Se o valor da glicose no sangue for igual ou superior a 126 mg/dl em duas ocasiões a diabetes confirma-se. Se a glicose estiver entre 110 e 125 mg/dl considera-se um valor anormal. Abaixo de 109 mg/dl considera-se normal. Uma glicemia ocasional (valor de açúcar no sangue independentemente da última vez em que comeu) superior a 200 mg/dl indica também a presença de diabetes. O seu médico de família poderá fazer o diagnóstico diferencial através de análises ao sangue mais específicas: prova de tolerância oral à glicose; glicemia pós prandial às duas horas; teste da hemoglobina glicosilada (HbA1c). Embora não exista, por enquanto, cura para a diabetes o melhor tratamento é manter os níveis de glicemia perto dos valores normais. Para alcançar este objectivo é fundamental planear uma alimentação equilibrada que ajude a controlar também o seu peso e fazer exercício físico adequado que melhore a sua circulação, fortaleça os seus músculos e articulações e aumente a sua resistência. A medicação (comprimidos ou insulina) tomada de acordo com o esquema terapêutico elaborado pelo seu médico é também muito importante mas insuficiente para controlar a diabetes, atingir bem-estar e prevenir complicações. Se lhe foi diagnosticada esta doença não desespere, procure ajuda junto da sua equipe de saúde. O seu Enfermeiro de Família e o profissional mais indicado para apoiá-lo, aconselhá-lo e orientá-lo para outros técnicos de saúde mas, o verdadeiro controle depende de si. O seu empenho, determinação e as escolhas que faz diariamente evitarão as complicações desta doença e prolongarão a sua vida! Se necessitar mais informação ou quiser partilhar a sua experiência connosco… estamos em saudenaomente@gmail.com CARTÓRIO NOTARIAL A CARGO DA NOTÁRIA ANA RITA FERNANDES SÁ CHAVES Certifico, para fins de publicação que, por escritura exarada hoje, no Cartório a cargo da Notária Ana Rita Fernandes Sá, sito na Avenida Pedro Álvares Cabral, Edifício Angola, loja dez, em Chaves, no livro de escrituras diversas n.º 81 - A, a fls.66 e seguintes, AURORA DOS ANJOS, solteira, maior, natural da freguesia e concelho de Chaves, residente na Calle do Poço, n.º 19, Verin, em Espanha e CARMÉN DOS ANJOS DOS ANJOS, solteira, maior, natural de Espanha, residente na Calle Longo - O Polvorin 13, Ourense, em Espanha, declaram: Que são donas e legítimas possuidoras, com exclusão de outrem dos seguintes bens imóveis: UM - Prédio urbano, situado no lugar de Alto da Trindade, freguesia de Santa Maria Maior, concelho de Chaves, composto de casa de habitação de rés-do-chão, com a superfície coberta de setenta e dois metros quadrados e logradouro, com a área de cento e trinta e oito metros quadrados, a confrontar do norte com Daniel Sevivas, nascente e sul com Rodrigo Rodrigues e poente com estrada de Bustelo, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1158. Este prédio estava inscrito na anterior matriz da freguesia de Chaves (extinta) sob o artigo 1596. DOIS - Prédio, rústico, situado no lugar de Fonte do Leite, freguesia de Vale de Anta, concelho de Chaves, composto de terra de cultivo, com a área de mil quatrocentos e quarenta e dois metros quadrados, a confrontar do norte com Maria llídia Machado e Manuel Alcino Machado dos Santos, nascente e sul com Município de Chaves e poente
com Maria Lourenço Vaz, Maria Helena Vaz Ribeiro e José Alberto Vaz Ribeiro, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2587. Estes prédios não estão descritos na Conservatória do Registo Predial de Chaves. Que, não têm qualquer título formal de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade dos prédios, mas iniciaram a sua posse, no ano de mil novecentos e oitenta e nove, ano em que os adquiriram, por doação meramente verbal de seus pais, Zulmira dos Anjos e Diamantino dos Anjos Aires, (já falecidos), residentes que foram em Ourense, Espanha. Que, desde aquela data, por si ou por intermédio de alguém, sempre têm usado e fruído os prédios, habitando-o, guardando lá os seus haveres, realizando benfeitorias e todas as obras de conservação e restauro, quanto ao urbano e cultivando-o, colhendo os seus frutos, quanto ao rústico, pagando todas as contribuições por eles devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem as suas únicas donas, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob os prédios, por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso dos mesmos no registo predial. Está conforme. Chaves, 8 de Fevereiro de 2012. A Colaboradora, por delegação de poderes, nos termos do n. °1 do art. 8 do DL 26/2004, de 4 de Fevereiro, devidamente autorizada para este acto, pela notaria Ana Maria Domingues Fernandes Tomaz - 282/ 1 A Voz de Chaves Nº 824- 10 de Fevereiro de 2012
FRUTOS SECOS E OLEAGINOSAS (continuação) PINHÃO Os pinhões eram muito apreciados na antiguidade pelos Gregos e Romanos. As legiões romanas levavam sempre nas suas provisões os pinhões, e em toda a Europa são utilizados como ingrediente na preparação de pratos de peixe, carne, vegetais, assim como na indústria pasteleira, na confecção de chocolates e outras iguarias. Os pinhões contêm cerca de 61% de gorduras formadas maioritariamente pelos ácidos gordos como o linoleico e linolénico, muito importantes na formação do sistema nervoso e na descida do nível de colesterol sanguíneo. São também ricos em proteínas de elevado valor biológico assim com a tiamina, ferro e magnésio. Na generalidade as espécies europeias são mais ricas em proteínas e têm menor quantidade de gordura do que as americanas, no entanto estas últimas fornecem mais vitaminas e minerais. AVELÃ Crê-se que a aveleira é originária da Ásia e é das mais antigas plantas cultivadas. Os antigos manuscritos chineses com mais de 5000 anos referiam a avelã como o alimento sagrado concedido aos homens directamente pelos céus, e os antigos gregos e romanos valorizavam-na pelas suas propriedades medicinais. A avelã é uma fonte de gordura (62%), proteínas (13%), de vitaminas B1, B6 e E, e de minerais, especialmente cálcio, fósforo, manganésio, zinco e selénio. UVA-PASSA Desde há 3000 anos que as pessoas colhem as uvas e colocam-nas ao sol a secar. As passas no Próximo Oriente eram um precioso bem de troca, e na Roma antiga eram também altamente valorizadas (2 jarras de passas podiam ser trocadas por um escravo) As uvas-passas são muito ricas em ferro, vitamina K, fibra (solúvel e insolúvel) e vitaminas do complexo B. AMEIXA SECA Os gregos e os romanos introduziram a cultura da ameixa na Europa de onde passou à América do Norte, Argentina, Chile e Austrália. Actualmente o estado da Califórnia é um dos maiores produtores de ameixas secas. Em termos de peso as ameixas secas possuem mais fibra que a maioria das leguminosas secas, fruta e vegetais. Mais de metade da fibra é solúvel e tem a capacidade de se ligar ao colesterol impedindo a sua absorção. As ameixas secas são também ricas em B-caroteno e são uma boa fonte de vitaminas do complexo B, ferro nãoheme e potássio. FIGO A figueira é própria da região do mediterrâneo quente e semi-árida. O figo é um dos frutos mais mencionados na Bíblia e no jardim do Éden existia uma figueira. Os figos são mencionados no livro dos hinos babilónicos que data de 2000 a.C. Já os sumérios em 2900 a.C. usavam os figos como medicamento. A lenda conta que foi uma deusa grega Deméter que revelou aos mortais, pela primeira vez o fruto do Outono ao qual chamariam figo. O figo era o fruto preferido de Cleópatra, e ela suicidou-se com uma serpente que lhe foi trazida numa cesta de figos. Apesar de ser considerado um fruto, o figo é uma flor, as sementes são o verdadeiro fruto dentro do figo. Os figos praticamente não contêm gordura e são ricos em hidratos de carbono e vitaminas E, B1, B2 e B6. Quanto aos minerais é de destacar o seu conteúdo em cálcio, ferro, magnésio, potássio, zinco, cobre e manganésio. Os figos são também muito ricos em fibras, sendo a maior parte dela insolúvel. Uma dose de figos (100g) fornece cerca de 20% das necessidades diárias de fibra. Equipa de saúde da UCC Chaves 1
Pedras Salgadas
Primeira aula no Gimnodesportivo Municipal Uma comitiva de forças vivas da comunidade local, composta pelo presidente da Câmara Municipal, Domingos Dias, por autarcas do executivo e das freguesias da zona Norte do concelho, marcou presença na primeira aula de educação física administrada por técnicos especializados no novo Gimnodesportivo Municipal de Pedras Salgadas.
Esta primeira aula, realizada a 31 de Janeiro, foi participada por crianças e jovens que integram a Escola Básica Integrada de Pedras Salgadas, frequentada por mais de 400 alunos do 1º, 2º e 3ºciclos. Dirigentes, docentes e alunos ficaram a conhecer melhor o espaço onde se pode praticar diversas modalidades desportivas. Na visita guiada, a comitiva avaliou a nave desporti-
va principal, a área desportiva complementar, cinco balneários e outras áreas, tais como bancada, átrio e recepção, sanitários, e outros compartimentos. Modalidades de futsal, basquetebol, andebol e vólei ou danças de salão, aeróbica e ginástica podem ser aqui praticadas. Domingos Dias sublinhou que «o ensino começa com o incentivo para que os alunos tenham mente sã
em corpo são e, para isso, são essenciais umas instalações desportivas condignas». O autarca afirmou que «se queremos bons cidadãos, com bons hábitos, devemos começar por lhes proporcionar condições para uma boa formação» e é o que «queremos com o Complexo Escolar de Pedras Salgadas». O gimnodesportivo vai servir de apoio à comunidade escolar e a toda a população.
O projecto deste equipamento foi desenvolvido pela Câmara Municipal e executado em parceria. O Gimnodesportivo de Pedras Salgadas vem acrescentar maisvalias a esta área urbana onde se incluem a EBI de Pedras Salgadas, a nova avenida da estrada nacional ao centro histórico, e ainda parte da Ecopista/Ciclovia ali existente. Redacção
10 | A Voz de Chaves- Jornal do Alto Tâmega - 03/02/2012
Opinião
Opinião
À conversa com a saúde
A saúde não mente
José Mesquita
A diabetes mellitus é uma doença em rápida expansão. De acordo, com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existiam cerca de 118 milhões de diabéticos em todo o mundo, em 1995. Estima-se que, em 2025, venham a ser mais de 380 milhões de pessoas. Em Portugal, actualmente, são perto de 1 milhão, ou seja, em cada 10 portugueses, 1 é diabético. Contudo, a diabetes conta, com o seu primeiro registo histórico, desde a civilização egípcia, há cerca de 3500 anos, surgindo na história até hoje. O termo diabetes teve origem no grego e significa “passar através de” ou “atravessar”, e a palavra mellitus significa “com sabor a mel”. A diabetes é uma doença que resulta de uma deficiente capacidade de utilização pelo organismo da nossa principal fonte de energia – a glucose. Muitos dos alimentos que ingerimos são transformados em glucose no nosso aparelho digestivo, normalmente, a glucose é absorvida pelas células, que a utilizam para fornecer energia e quando não é utilizada, acumula-se no sangue (hiperglicemia), sendo depois expelida pela urina. Para que a glucose possa ser usada como fonte de energia, é necessária uma hormona produzida pelo pâncreas, a insulina. A insulina é produzida nas células dos ilhéus de Langerhans no pâncreas. A sua falta ou insuficiência da sua acção leva a alterações muito importantes no aproveitamento dos açúcares, das gorduras e das proteínas que são a base de toda a alimentação e constituem as fontes de energia do nosso organismo. A hiperglicemia (taxa elevada de açúcar no sangue) que existe na diabetes deve-se, em alguns casos, à insuficiente produção da insulina, noutros à sua acção insuficiente e, frequentemente, à combinação dos dois factores. A diabetes de tipo 1, a mais rara (10%), deixa de haver produção de insulina, pois existe uma destruição das células produtoras, são chamados de insulinodependentes, uma vez que necessitam de terapia com insulina para toda a vida. A diabetes de tipo 2, a mais frequente (90%), é chamada de não-insulino-dependentes, uma vez que advém de uma alimentação incorrecta e de uma vida sedentária, torna o organismo resistente à acção da insulina, obrigando o pâncreas a trabalhar mais, até que a insulina que produz deixa de ser insuficiente. O diagnóstico tem vindo a aumentar de forma progressiva e os casos não diagnosticados têm decrescido, fruto de uma melhoria do funcionamento das estruturas e qualificação dos seus técnicos. A diabetes comporta elevados custos sociais, humanos e claro, económicos. Calcula-se, que em Portugal, entre 6 a 9% do orçamento da saúde esteja dirigido a custos directos com a diabetes. Com a recessão financeira actual, a luta contra a diabetes passa pela prevenção, pelo diagnóstico precoce e por acções integradas na educação para a saúde. Iniciativas, como o projecto levado pela UCC Chaves 2 “Viver em harmonia com a diabetes” no passado mês, é fundamental na instrução da população, pois é imprescindível haver o conhecimento sobre como evitar os factores prejudiciais, o sedentarismo e a alimentação excessiva. Não se esqueça, contribua para o seu bem-estar, melhore a sua qualidade de vida e a da saúde pública, porque a saúde não mente! Qualquer dúvida, sugestão ou esclarecimento, envie mail para: saude.nao.mente@gmail.com José Mesquita – Saúde Pública
Agrupamento De Escolas Dr. Francisco Gonçalves Carneiro
Educação Sexual Sobre A Gravidez na Adolescência Realizou-se no passado dia 23 de Janeiro, no auditório da Escola, mais uma atividade no âmbito da Educação Sexual, sobre o tema “A Gravidez na Adolescência”, destinada aos alunos do 7º e do 8º ano, da Escola EB 2,3 Dr. Francisco Gonçalves Carneiro.
Organizada pelo Diretor, Professor Fernando Dias, no âmbito da formação realizada sobre o tema acima referido, a atividadeteve com principal objetivo alertar
os jovens para os problemas que uma gravidez precoce pode trazer no desenvolvimento da adolescência. A atividade incluiu a visualização de três pequenos fil-
mes sobre a Gravidez na Adolescência, seguida de debate sobre os assuntos tratados nos filmes. Para o efeito, colaborou com esta iniciativa, a convite do professor Fernando Dias, o Dr. José Carlos Matos, Diretor do Serviço de Pediatria da Unidade de Chaves do Centro Hospitalar de Trás-osMontes e Alto Douro, que salientou a importância dos afetos na relação entre os jovens e colocou o acento tónico na prevenção de uma gravidez indesejada. Os alunos deram mostras de se sentirem pouco à vontade nestas questões mas acabaram por participar no debate. O dinamizador da actividade Fernando Dias
FRUTOS SECOS e OLEAGINOSAS (continuação) AMÊNDOA A amêndoa faz parte da alimentação humana desde tempos imemoriais. A amendoeira já era mencionada na bíblia e as amêndoas eram um ingrediente do pão que era servido aos faraós. Os Romanos atiravam amêndoas aos recém-casados como um símbolo de sedução e de fertilidade. Originária do Caucaso e do Próximo Oriente, a sua cultura estende-se à Grécia e dali à Itália, França, Espanha e Portugal. No Sudoeste da Península Ibérica, onde se cultivavam as melhores amêndoas da Europa, é tradição entre os camponeses fazer uma refeição à base de um punhado de amêndoas, pão e uma maçã. Nutricionalmente as amêndoas caracterizam-se pela sua quantidade de fibras e proteínas. A quantidade de proteínas da amêndoa é bastante elevada (13,3%) e são ricas em arginina e ácido glutómico. O ácido glutómico faz parte da glutationa ou tripeptídeo que ajuda a depurar a amónia no nosso organismo. As amêndoas são dos poucos alimentos que fornecem amigdalina, um composto anti-cancerígeno. Mais de metade do peso da amêndoa é formado por gorduras, predominando os ácidos gordos mono e polinsaturados, dentro dos quais se destacam o ácido oleico e o linoleico. O ácido linoleico é essencial na formação do sistema nervoso. As amêndoas são uma excelente fonte de vitaminas B1, B2, B6 e E, Cálcio, Fósforo, Magnésio e Zinco. NOZ Embora se creia que a nogueira seja procedente do centro da Ásia, esta árvore tem-se adaptado muito bem aos países próximos do Mediterrâneo. Desde há vários milénios que a noz faz parte da dieta típica mediterrânea. Existem mais de 15 variedades de nozes, mas as mais populares são as inglesas, também chamadas persa, e a negra. A variedade mais saborosa e com maior importância comercial é a noz inglesa. Os gregos denominam-na Kara (cabeça), pela sua semelhança com o crânio e cérebro humano. Esta semelhança deu origem a várias crenças das propriedades curativas da noz para qualquer tipo de enxaqueca. A noz é uma das oleaginosas mais calóricas. Cerca de 3/5 do seu peso são gorduras. Entre os ácidos gordos da noz destacamse: o ácido linoleico e o linolénico. O ácido linolénico pertence à série ómega-3, como aqueles que se encontram no peixe. Os ácidos gordos ómega-3 ajudam a baixar os níveis de colesterol “mau” no sangue e a prevenir as doenças cardiovasculares. As nozes também contêm esteróis, que são compostos quimicamente semelhantes ao colesterol. Alguns esteróis não são absorvidos no tubo digestivo e bloqueiam a absorção de colesterol para a corrente sanguínea. As nozes também são boas fontes de proteínas, vitaminas B1, B2, B3 e B6 e minerais: fósforo, potássio, cobre, manganésio e zinco. Contêm ácido elágico, um flavonóide, que se demonstrou que inibe o crescimento das células cancerígenas. Devido ao seu elevado conteúdo em ácidos gordos, as nozes são muito susceptíveis a alterações pelo calor, luz e ao ranço devendo ser armazenadas preferencialmente no frigorífico. Continua numa próxima edição. Equipa de saúde da UCC Chaves 1 CELESTE MARQUES Agente de Execução Cédula 3723 ANÚNCIO (1ª Publicação) Tribunal Judicial da Comarca de Chaves Acção Executiva sob a forma Processo Comum Processo n° 514/06.9TBCHV - 2.° Juízo Nos Autos acima identificados, encontra-se designado o dia 27 de Fevereiro de 2012, pelas 14:00 horas, no Tribunal Judicial de Chaves, para a abertura de propostas, que sejam entregues até esse momento, na secretaria do Tribunal, pelos interessados na compra do direito a bem indiviso do seguinte bem Imóvel: VERBA ÚNICA Prédio Rústico, sito em Terreiro do Monte, composto de terra de cultivo, com a área de 1080 m2, inscrito na respectiva matriz Rústica sob o
artigo 553º, da freguesia de Samaiões, descrito na Conservatória do Registo Predial de Chaves sob o n° 489/19931019 - Pelo preço base de 14,60 € Penhorado aos executados: Berta da Conceição Caldeira de Almeida e Alexandre Tito Soares de Almeida. É fiel depositário, que os deve mostrar a pedido Berta da Conceição Caldeira de Almeida, residente no Rua Engenheiro Branco Teixeira, Rua de Angola, n.º 29, Santa Cruz Trindade, concelho de Chaves. Nota: Os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem da solicitadora de execução, no montante a 20% do valor base dos bens, ou garantia bancária do mesmo valor (nº 1 do art. 897ª do CPC). Chaves, 24 de Janeiro de 2012 A Agente de Execução A Voz de Chaves nº 823-3 de Fevereiro de 2012
9 | A Voz de Chaves- Jornal do Alto Tâmega - 27/1/2012
Boticas
Opinião
S. Sebastião abençoou fiéis de Dornelas e Alturas do Barroso Tanto em Vila Grande de Dornelas como Alturas do Barroso, o Santo advogado dos animais e protector de males como a peste e a fome voltou a ser honrado pelas suas gentes na passada sexta-feira 20 de Janeiro. Tal como manda a tradição, nesse dia raiado pelo Sol, todos arregaçaram as mangas, cozeram as broas, puseram os potes ao lume e encheram os pratos de comida aos locais e forasteiros lá chegados em dezenas autocarros, principalmente minhotos. Couto de Dornelas: Depois da decisão favorável do tribunal, Igreja tomou conta da Casa do Santo e da festa No Couto de Dornelas, a mesinha de São Sebastião voltou a ocupar a rua principal da aldeia, onde foram servidos cerca de 400 quilos de carne, 300 de arroz e 1400 broas. À primeira vista, as centenas de visitantes não notaram diferença no cumprir de uma tradição que remonta às Invasões Francesas, mas este ano um pormenor fez diferença. É que toda a organização da festa foi entregue à Comissão da Fábrica da Igreja, após o diferendo com a população à volta da Casa do Santo ter sido resolvido pelo Tribunal Judicial de Boticas que atribuiu a posse do edifício à paróquia. (In)conformados, os antigos mordomos retiraram todos os seus pertences. “Entrámos numa casa apenas com quatro paredes. Tudo tinha sido retirado e tivemos de adquirir tudo de novo: 22 potes e 450 unidades de pratos e também de tigelas”, confirmou José Ferreira, membro da comissão fabriqueira, acrescentando que foi uma “despesa avultada que teria sido escusada”. Os novos organizadores ainda chegaram a propor a criação de uma comissão de festas mista aos antigos mordomos, mas o “cachimbo da paz” foi recusado. A comissão fabriqueira fez então um peditório porta a porta pela freguesia, pediu “dinheiro adiantado” à Igreja e beneficiou ainda de um apoio da Câmara Municipal de Boticas para manter viva uma tradição ancestral do concelho, informou o representante da casa “Ferral”, esclarecendo que os “números” serão públicos “quando o Padre Silvério apresentar contas ao povo”. Apesar de por vezes ter reinado alguma confusão resultado da inexperiência, “desde a primeira hora”, as famílias de José Ferreira, Francisco Barreto e Nestor Ponteira “nunca desanimaram, puseram mãos à obra e foi um
Feijoada abençoada em Alturas do Barroso sucesso, uma alegria muito grande e uma vitória retumbante”, considerou o pároco do Couto de Dornelas. “O mais difícil foi este ano, cumprimos bem e agora estamos com coragem para continuar”, rematou o Padre Silvério Guimarães, confessando que “a ferida” que divide o povo de Dornelas “é muito profunda e ainda sangra, mas um dia vai melhorar” porque “os santos são para nos unir e não para nos separar”.
junta é testemunha de um amor fraterno tão precioso como raro. Aqui, são todos família, são todos vizinhos. Gente boa e muito unida, diz o povo e dizem os forasteiros.
Alturas do Barroso tem mais encanto na hora da feijoada
Ao todo, são 300 kg de feijão, 150 kg de arroz, 86 kg de carne de vitela (sem contar com o fumeiro), 3000 “bijous”, mais de 300 broas de centeio, 26 almudes de vinho e uma semana de suor na vida de cerca de 15 pessoas. A feijoada começou a ser preparada às 4 horas de sextafeira, bem antes da missa em honra de S. Sebastião, a seguir à qual o andor do Santo desfilou pelas ruas da aldeia até ao local da festa debaixo de cânticos e orações. Chegados ao salão, as carnes, o pão e o vinho são benzidos pelo padre Domingos e, à entrada, dezenas de visitantes em fila depositam a esmola junto à imagem do S. Sebastião antes de estender o prato aos mordomos. Nas Alturas, “o dinheiro é do Santo!”, garante o presidente da junta, explicando que, uma vez saldadas as despesas da festa – que movimenta cerca de 8 mil euros – e adquirido algum material para a “próxima edição”, o que sobra vai para “a Igreja conservar os bens”.
De Dornelas avia-se caminho para Alturas do Barroso, onde abundam sorrisos, palavras amigas, generosidade e onde há comida até o último estômago resistente, o que geralmente nunca acontece antes da madrugada. “Isto só fecha assim que não houver gente!”, garante Paulo Jorge Pereira, o presidente de junta da freguesia onde habitam pouco mais de 400 almas. A 20 de Janeiro, o salão de convívio da
Foto de Dinis Ponteira
Mesinha de S. Sebastião em Couto de Dornelas
Manuel Fernandes, outra vez na “equipa” dos quatro mordomos, que este ano tocou aos da Rua da Bela Vista, passou o dia a encher copos com vinho e sorrisos. “Procuramos sempre ter o melhor vinho, o mais forte que houver!”, ri-se. “À tarde é quando vem mais gente”, certamente mais de 6000 pessoas agora com os excursionistas, depois de um primeiro repasto abençoado em Couto de Dornelas. Antigamente, o vinho só era acompanhado com pão e a festa tinha lugar nas vacarias, mas há 23 anos, face ao aumento das visitas, os mordomos de então fizeram questão de lhe acrescentar a feijoada com o paladar mais genuíno de todos graças ao saber de Angelina Martins Calheno, que ainda hoje, com 76 anos, indica as medidas certas.
Sandra Pereira
À conversa com a saúde
FRUTOS SECOS e OLEAGINOSAS Os frutos secos, tal como a fruta, as verduras e as leguminosas, constituem um dos alimentos característicos da dieta mediterrânea. O Inverno é a época do ano em que, por excelência, o consumo destes alimentos é maior, estando presentes em praticamente todas as mesas. Estes alimentos são consumidos há mais de 12.000 anos e eram muito cultivados e apreciados pelos Gregos, Romanos e nativos da América do Norte caracterizando-se pela sua elevada densidade calórica e riqueza nutricional. É costume chamar frutos secos a duas categorias muito diferentes de alimentos: sementes comestíveis e frutas desidratadas. As sementes comestíveis são pobres em água e ricas em óleo e amido, e estão protegidas por uma casca dura. Podem ser classificadas em: oleaginosas e amiláceas. As sementes oleaginosas caracterizamse por uma semente mais rica em óleo (amêndoas, nozes, avelãs, etc.) enquanto que as sementes amiláceas contêm amido em abundância (bolotas, castanhas, entre outros). Os frutos secos, no sentido da palavra, são maiores fornecedores de carbohidratos e resultam da secagem ao sol em clima seco ou em estufa (uvas-passa, ameixa- seca, figos secos etc.) As sementes oleaginosas têm uma composição semelhante entre si, são ricas em gordura, mais de metade do seu peso é constituído por ácidos gordos mono e polisaturados, e cerca de 20% das proteínas. São boas fontes de vitaminas do complexo B e vitamina E, assim como Selénio, Magnésio, Zinco e Cobre. Têm um elevado valor energético fornecendo cerca de 580 a 650 Kcal por 100g. Recomenda-se cerca de 30g de oleaginosas/dia para prevenção de doenças cardiovasculares já que o seu teor de fibra, tipo de gordura e teor em nutrientes anti-oxidantes conferem-lhe propriedades protectoras da hipercolesterolemia e hipertensão arterial. Estes alimentos rançam facilmente, devem ser comprados com casca e armazenados em locais frescos e arejados, sem exposição à luz. A castanha tem uma composição muito diferente das oleaginosas, contendo cerca de 40% do seu peso em hidratos de carbono e baixo teor de proteínas e gorduras, fornecendo 182 Kcal por 100g. Os frutos secos propriamente ditos são compostos principalmente por hidratos de carbono, cerca de 55 a 65% e fornecem cálcio e ferro em quantidade elevada. O seu valor calórico é da ordem de 240 a 300 kcal por 100g. Apesar da sua elevada densidade energética e elevado teor em gordura, todos os frutos secos podem ser integrados numa alimentação equilibrada e saudável, podem constituir fontes ricas de micronutrientes e são bastante ricos em fibras ajudando a regular o trânsito intestinal. Numa próxima edição continuaremos com informação mais detalhada sobre cada grupo destes alimentos e sobre os benefícios do seu consumo na prevenção da doença. Equipa de saúde da UCC Chaves 1