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CAPÍTULOS
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Eu Leitor
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Histórias
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Territórios
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Sentidos
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Viagens
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Comunicação
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Time Eu Leitor
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por que eu leitor? apresentação geral sobre leitores e leituras
material gráfico assessoria de imprensa publicidade rádio registro fotográfico mídia digital marketing cultural
peigon cultura & criatividade luiz carreira nicola goretti sergio de sá entrequadra
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A EXPERIÊNCIA DA LEITURA
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por que eu leitor?
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apresentação geral sobre leitores e leituras
POR QUE EU LEITOR REALIZAR UMA EXPOSIÇÃO SOBRE A EXPERIÊNCIA DA LEITURA É UMA OPORTUNIDADE DE INFORMAR E EMOCIONAR AS PESSOAS SOBRE O MARAVILHOSO UNIVERSO DA LITERATURA.
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O ser humano é um ser da leitura. Lemos tudo ao nosso redor, estamos a todo tempo identificando e interpretando signos e textos. Lemos as coisas, lemos os outros, lemos a nós mesmos. A linguagem é a ferramenta mais poderosa e mais característica do ser humano. Embora nossa época acredite no dito popular que afirma que “uma imagem vale por mil palavras”, quem poderia substituir palavras como saudade e amor por uma única imagem? As palavras podem não ser o mais rápido ou o mais simples meio de comunicação humana, mas continuam sendo o mais poderoso. Esse poder é o de contar a nossa história, traduzir ideias complexas, comunicar a
LUGAR
A exposição será realizada em Brasília, em espaço de grande circulação, central e de fácil acesso, a ser definido.
DURAÇÃO
EU LEITOR terá duração de um mês, aberto todos os dias. Programada para acontecer no primeiro semestre de 2017.
experiência humana. A literatura é uma realidade cultural que faz obras de arte com a linguagem. A literatura não pode ser reduzida como a uma obrigação escolar, e precisa ser compreendida como um maravilhoso acervo de conhecimento humano. Como disse a romancista George Eliot: “A arte é a coisa mais próxima da vida, é um modo de ampliar a experiência e o nosso contato com os outros para além de nosso limitado destino pessoal.” A exposição EU LEITOR pretende oferecer às pessoas uma experiência que as remeta à própria experiência da leitura. Num percurso estimulante e interativo, repleto de informações e de variadas formas de perceber o texto, o visitante da exposição
terá a oportunidade de conhecer o tesouro da literatura, e quão valiosa é a recompensa que há no ato de ler. Um livro de literatura é um mundo. O seu leitor é viajante. Ao atravessar as páginas do livro, o leitor vive diferentes ficções que ampliam os seus horizontes, desenvolvendo sua imaginação, aumentando seu conhecimento e aperfeiçoando sua relação com a linguagem. A exposição EU LEITOR pretende dar às pessoas um pouco dessa viagem transformadora pelo maravilhoso universo da leitura. Luiz Carreira, Curador
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SOBRE LEITORES E LEITURAS
“GOSTO DE SABER QUE EXISTEM LIVROS QUE AINDA PODEREI LER” Italo Calvino
Quatro núcleos essenciais marcam o trajeto ziguezagueante de EU LEITOR, uma exposição inusitada carregada de imagens, memórias e relatos sobre as histórias, vivências e segredos que definem a literatura como pulsão de vida. Uma jornada nômade, um percurso individual que poderá ser visitado linear
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ou transversalmente, explorando os limites perceptíveis e intangíveis da emoção e o desejo de ler e continuar lendo. Será uma travessia sobre o mundo e as ficções, e sobre a fantástica experiência da leitura que, como um sopro tênue, atravessa os mistérios da nossa existência.
Em HISTÓRIAS, os relatos do passado e do presente estarão centrados na experiência da leitura e seus suportes, desde a aparição da imprensa até o universo das tipografias modernas, da gestualidade e oralidade às tecnologias da escrita. O visitante conhecerá o mundo mágico dos códices antigos, as bibliotecas e os manuscritos, imprensas, máquinas de leitura e gêneros literários que o transportarão até os acontecimentos do presente: a era digital, as emoções compartilhadas, a leitura como experiência de aproximação e a infinita poética da imaginação.
“OS LIVROS DESCENDEM DE LIVROS” Virginia Woolf
“DOS INSTRUMENTOS INVENTADOS PELO HOMEM, O MAIS ASSOMBROSO É O LIVRO; TODOS OS DEMAIS SÃO EXTENSÕES DO SEU CORPO; SOMENTE O LIVRO É UMA EXTENSÃO DA LINGUAGEM E DA MEMÓRIA” Jorge Luis Borges
Em TERRITÓRIOS, percorreremos as paisagens íntimas da leitura, apoiados em nosso próprio corpo, e com um livro entre as mãos. Em liberdade, isolados ou em companhia, sentados ou de pé, o visitante permanecerá nesse espaço afetivo, físico e comunitário, um lugar para eleger e ler os textos preferidos e aqueles desconhecidos.
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Um recinto íntimo e iniciático que opera como marco simbólico, social e comemorativo da exposição. Nesse lugar, poderemos eleger as palavras, os relatos e os autores que nos definem, como se fôssemos os primeiros leitores da humanidade. Situados entre o céu e a terra, os textos impressos e as projeções multimídia serão os suportes para a aventura.
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Emily Dickinson
Pablo Neruda
“SE NÃO ESCALAS A MONTANHA, JAMAIS PODERÁS DESFRUTAR A PAISAGEM“
“PARA VIAJAR LONGE, NÃO HÁ MELHOR NAVE QUE UM LIVRO”
SENTIDOS, o terceiro núcleo temático da exposição, remete-nos
às experiências pessoais e intransferíveis da leitura. É o limiar da subjetividade e da emoção que nos envolve quando lemos ou escutamos um texto: um espaço de encontro possível entre autor e leitor. Um marco da nossa imaginação e de ficções, é um lugar para escutar em silêncio ou ser escutado. O que o autor quis dizer? O que sentimos ao ler? Com qual personagem nos identificamos? Despojados do mundo, nossos sentidos marcarão um sulco inapagável de múltiplas nuances sobre as emoções, desbordados em espaços de ilhas de sons, vozes e cheiros, habitados por autores, palavras e leituras. Conheceremos o que nos foi alheio até o momento, e revisaremos as sensações passadas custodiadas nas lembranças, enquanto os textos buscarão seus novos donos, mais uma vez.
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VIAGENS é o último eixo expositivo de EU
LEITOR, organizado como um misterioso receptáculo da memória, uma voz individual e imaginária que transcende os limites do tempo e do espaço. O leitor embarca na ficção para viajar em direção a outro lugar, outro tempo, outro “eu”. Significa estar disposto a partir, transitar experiências intangíveis, penetrar em galáxias desconhecidas. O visitante, como leitor, mergulhará em cartografias imaginárias de autores, mapas de cidades invisíveis e territórios de leituras inexploradas, completando os trajetos até seu próprio destino. O texto escrito incita a realizar o êxodo, avançar, aventurar-se e entrar nesse universo ignoto, como uma forma de ler o mundo. Embriagados nesse vai e vem, seremos peregrinos, nômades e aventureiros, resguardados no mirante que mudará de cor, a cada vez.
Santo Agostinho disse certa vez: a leitura será uma forma de viagem, não mais de lugares, mas sim de afetos. E assim seremos conduzidos até seu grande tesouro. Nicola Goretti, Curador
ATIVIDADES
REFERÊNCIAS DAS IMAGENS
[ Página 7 ] Caixa de Letras - Museu da Língua Portuguesa, Curador: Henrique Nardi. Disponível em: http://vejasp.abril.com. br/materia/museu-lingua-portuguesa-gratis-horario-estendidoterca. Acessado em julho 2016. [ Página 8, imagem esquerda ] Your Song, Antonius Bui.
Disponível em: http://typostrate.com/artists/typographers/yoursong/. Acessado em agosto 2016.
[ Página 8, imagem direita ] Imagem disponível em: http:// www.psicoterapiamorabito.it/articoli/tasti-macchina-dascrivere/. Acessado em julho 2016. [ Página 11 ] Roda de Leitura, Agostino Ramelli. Disponível em: http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/estante/2015/03/11/ conheca-5-maquinas-de-leitura-bem-esquisitas-inventadasantes-dos-leitores-digitais/. Acessado em julho 2016. [ Página 13 ] Flea Market - Nova Iorque. Foto por: Luiz Carreira
EU LEITOR propõe um espaço externo e
próximo à exposição, onde os personagens reais se cruzarão com os protagonistas fictícios da literatura, em uma série de atividades abertas ao público sobre o universo mais tangível da leitura, aquele que nos aproxima do outro. Uma união entre leitura, autores e visitantes, que permitirá compreender os diferentes níveis do texto; desde a materialidade até a escuta e ressonância da palavra, desde a emoção até as possibilidades comunicacionais da linguagem verbal. Será uma experiência através da leitura familiar e geracional, aquela que deriva dos nossos ancestrais e que se traduz no presente, ou simplesmente aquela leitura entre amigos e desconhecidos.
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Avós lerão ficções às crianças presentes, enquanto os adolescentes compartilharão contos e fábulas com seus pares. Poemas e ficções serão transmitidos e discutidos, e a leitura de obras literárias será um modo de aproximar conteúdos e experiências entre os visitantes, adultos e adolescentes, crianças e familiares, alunos e professores. Escutaremos o texto, que é também o registro de voz que inventamos a cada vez que iniciamos a viagem. Interpretamos, atuamos, criamos universos, mergulhamos na ação, compartilhamos espaços. Entre conversas afáveis com velhos autores, entre vertiginosas leituras com novos escritores, entre oficinas de criação e leitura, disseminaremos nosso olhar diferenciado sobre o mundo, enquanto compreenderemos quem somos quando lemos.
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a experiência da leitura
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uma história possível da leitura
QUAL É O OLHAR QUE TEMOS SOBRE O MUNDO? E QUAL É O OLHAR QUE O M U N D O N O S D E V O LV E ?
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MA HISTÓRIA POSSÍVEL DA LEITURA
A passagem do tempo cinzela as bordas e os limites impostos pelo presente, enquanto os relatos sobre nós mesmos traduzem um universo fragmentado, entre lembranças e vestígios e como inscrições não reveladas. A história da leitura, oral e escrita, parece acompanhar a história da humanidade e, mais recentemente, uma parte essencial da história do livro. Mas quando levantamos o delicado véu de pó, descobrimos o elo entre o patrimônio oral e escrito e as condições sociais que lhe são próprias. Trata-se de um fato formidável, um tecido entre histórias, textos e livros que nos devolve o espelho das emoções e o estatuto completo do nosso ser.
REFERÊNCIAS DAS IMAGENS
[ Página 16, imagem em cima ] Pangenerator, Macrofilm. Disponível em: http://thecreatorsproject.vice.com/blog/tangible-storytelling-displayoffers-a-new-way-to-experience-history-at-jewish-museum . Acessado em julho 2016. [ Página 16, imagem embaixo ] Méchaniques Discursives, Fred Penelle e Yannick Jacquet. Disponível em: http://www.mecaniques-discursives. com/pictures/. Acessado em julho 2016
As HISTÓRIAS do texto e da leitura são, portanto, histórias dos nossos desejos, que deixam a marca da época em suportes físicos e imaginários. Desde as inscrições fantásticas encontradas nos códigos antigos até as frases mal escritas na tela do celular, o texto e seus significados funcionam como hieróglifos que se renovam nos sistemas fonéticos e alfabéticos. É assim como as formas das letras e a disposição dos textos, seus registros, as tipografias e os artefatos de impressão que sobrevivem como relatos poéticos e reveladores do tempo. EU LEITOR propõe essa leitura do mundo, convidando a nos perder em bibliotecas imaginárias para nos encontrarmos e nos perdermos novamente. Uma primeira sala expositiva, um espaço de quadros e telas cronológicos e interativos, imagens e projeções futuristas, máquinas e estruturas do passado, histórias transversais dos textos e autores, impressões em papel e códigos digitais. São relatos de descobridores e navegantes, de monstros e viagens espaciais, de cenários fabulosos e sonhos errantes, de letras e símbolos, de autores e gêneros, de alegrias e emoções escondidas em seu precioso conteúdo. Ler é olhar em profundidade.
[ Página 17 ] National World War I Museum Interactive Exhibit Design. Disponível em: http://secondstory.com/project/great-war-tables . Acessado em agosto 2016.
Nicola Goretti, Curador 19
a experiência da leitura
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território da leitura, geografias da ficção
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TERRITÓRIO DA LEITURA, GEOGRAFIAS DA FICÇÃO QUAL É O ESPAÇO DA LEITURA? É UM ESPAÇO FÍSICO? É UM LUGAR IMAGINÁRIO?
A experiência da leitura constrói e completa um tabuleiro de peças móveis, como se fosse um jogo de xadrez. As narrativas e seus protagonistas contaminam as paisagens emolduradas entre realidade e fantasia. Não existem sequências nem pontos cardeais, temperaturas extremas nem horizontes congelados em nossas retinas. Os registros provêm de outra ordem. Podemos avançar até novas comarcas ou permanecer 22
imóveis e protegidos em uma das tantas geografias. O ato da leitura incorpora automaticamente o ato do desejo. O leitor desenha, a cada vez, territórios transversais onde o real é transbordado de subjetividade, gerando um estado de concentração e de memória nesse espaço transformador: um bosque encantado, um mar tempestuoso, uma montanha silenciosa. Mas, o que há nesse lugar?
A sequência temática de EU LEITOR nos leva a um segundo recinto expositivo, um TERRITÓRIO físico como fragmento de realidade, uma planície ondulada, uma estrutura móvel de ilhas artificiais para sentar-se, recostar-se, mergulhar, permanecer, ir. Não existem percursos obrigatórios, seu uso é aquele que for proposto, a cada vez, sem importar qual seja. É um projeto de mobiliário comunitário para o espaço público e central da exposição, um abrigo para o corpo e o prazer da leitura, onde o jogo de volumetrias e arquiteturas acompanharão
as paisagens ilusórias do visitante. Módulos nômades para leitores em trânsito que deixarão sua marca, enquanto os textos, físicos e animados, serão selecionados voluntariamente ou ao azar. Textos de palavras e símbolos, textos de autores e temas, textos povoados e vazios, textos proibidos e reencontrados. Poderemos nos deter mais de uma vez nesse espaço da leitura, um território insular e esticado até o infinito, enquanto descobriremos sua natureza coletiva e transformadora, para não nos sentirmos nunca sós. Nicola Goretti, Curador
REFERÊNCIAS DAS IMAGENS
[ Página 21 ] EYJAFJALLAJÖKULL, Joanie Lemercier. Disponível em: http:// joanielemercier.com/eyjafjallajokull/ . Acessado em agosto 2016
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a experiĂŞncia da leitura
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os sentidos da leitura
OS SENTIDOS DA LEITURA P O S S O L E R S E M V E R ? P O S S O E S C U TA R O OUTRO? POSSO TOCAR O TEXTO?
Quando lemos, a primeira voz de que nos apropriamos é a do escritor que nos convida ao mistério dialógico da leitura, uma espécie de espetáculo sincrético que une rituais, culturas e linguagens. O texto e a voz se transmitem como uma transferência do saber, articulados em sequências de palavras, em estruturas de frases e na trama como corpo da história. O autor e o leitor compõem uma silenciosa filigrana de segredos e um coro polifônico de acontecimentos e descobertas que subjazem no texto, enquanto circulam, unidos e a toda velocidade, por uma estrada sinuosa até algum lugar. De imediato, o leitor perceberá que a voz que 26
escuta já não é aquela do autor, mas a sua própria voz. Chegar ao autor significa chegar ao texto, e descobrir lentamente os meandros da Torre de Babel que será construída enquanto avançamos. Durante a experiência da leitura, ler significará escutar, ver e cheirar, tocar e saborear. A barreira que existia entre o texto e o leitor desaparecerá, e as palavras se converterão em presente e em lembranças do passado, localizadas em algum lugar. A leitura solitária, a leitura juntos e em voz alta, a leitura do outro, tocar um
livro, degustar uma história, escrever um relato, fazem parte das atividades em SENTIDOS, um decálogo de experiências e emoções sobre o ato de ler, durante a exposição. Um espaço real em tempo real, onde a tecnologia estará à disposição para nos ajudar a compor uma Grande Conversação entre autores e leitores, que permanecerão unidos aos temas da literatura e da vida e aos desejos que definem nossa permanência. Textos escritos que viram voz quando conectados aos ouvidos por fones espalhados no espaço, leituras de autores que se propagam em ilhas sonoras habitadas por seus visitantes e frases silenciosas que se tornam vibrantes à medida que nos acercamos e as tocamos, convertendo-se em som, para alguns, e
em silêncio, para outros, serão as partes inseparáveis da experiência. Assim como os sentidos do corpo darão espaço ao sentido da leitura, a comunicação e a linguagem serão indispensáveis para o contato humano.
Nicola Goretti, Curador
REFERÊNCIAS DAS IMAGENS
[ Página 24 ] CNJPUS TEXT, Ryo Shimizu. Disponível em: http://www. designstores.gr/cnjpus-text-by-ryo-shimizu.html. Acessado em agosto 2016. [ Página 24/25 ] Imagem disponível em: https://vivamelhoronline.com/ tag/braille/. Acessado em julho 2016. [ Página 25 ] King Blue Presentation Centre. Disponível em: http://picssr. com/photos/realtvfilms/interesting/ page330. Acessado em agosto 2016.
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entender o mundo, a viagem atravĂŠs da leitura
ENTENDER O MUNDO, A VIAGEM ATRAVÉS DA LEITURA QUANTO DEMORAREI PARA D A R A V O LTA A O M U N D O ? QUAL MUNDO?
A física moderna revela que a velocidade da luz é uma constante que depende da densidade da energia em um campo magnético. A celeridade, como os científicos preferem denominá-la, é a rapidez do movimento nesse espaço. O som viaja mais lentamente, propagando-se em ondas sonoras invisíveis e irregulares que dependem do meio de transmissão.
O homem parece ser mais lento. Sua vocação tem sido, desde sempre, buscar o sentido do universo, uma explicação física e natural sobre o entorno imediato e seus limites, descobrindo o espaço circundante e imaginando aquele desconhecido e inalcançável, como uma metáfora da sua relação com o mundo. 28
O leitor, frente ao texto desconhecido, assemelha-se ao viajante antes da chegada ao destino inexplorado, e ao astronauta antes da aterrisagem em terras remotas. O escritor sofre idêntica sorte frente ao infinito vazio do papel em branco posicionado na frente de seus olhos. Não existem caminhos traçados, nem diários de bordo, nem coordenadas estabelecidas. Em ambos os casos, a viagem será realizada através do texto, convidando a avançar, inspecionar e entrar nos labirintos da narração, enquanto a leitura será o meio de transporte disponível. Quando o olhar do leitor pousar lentamente sobre o livro, quando o som da voz se propagar docemente em seus ouvidos e quando suas mãos acariciarem suavemente o texto em forma de Braile, descobriremos que estamos prontos para partir. A pregunta é até onde. Impossível saber. EU LEITOR propõe VIAJAR pela leitura como uma das experiências mais maravilhosas que pode acontecer: Um último espaço expositivo de sistemas cartográficos, cidades invisíveis e projeções planetárias para serem desenhadas e completadas segundo os sonhos e desejos dos protagonistas.
Os leitores, como viajantes, aceitarão atravessar vastos territórios imaginários, construídos fora do tempo e do espaço, onde as fronteiras permanecerão abertas e as leis da física perderão sua efetividade. Poderão mover-se na velocidade da luz, imaginar-se em galáxias solitárias ou mergulhados em ambientes aquáticos sem necessidade de respiradores artificiais. Um mundo oscilante de imaginação e sonhos, uma latitude inexplorada sem bordas e cantos, onde as distâncias e as proximidades já não obedecerão aos sistemas habituais. Ler como forma de viver. Uma concepção possível e feliz sobre nosso mundo. Nicola Goretti, Curador
REFERÊNCIAS DAS IMAGENS
[ Página 28, imagem esquerda ] 3Destruct, Yannick Jacquet, Jeremie
Peeters e Thomas Vaquié. Diposnível em: http://www.galerieproject.com/ visual-label-anti-vj/. Acessado em agosto 2016.
[ Página 28, imagem direta ] Venice Biennale, Jenny Holzer. Disponível em: http://www.dazeddigital.com/artsandculture/article/23205/1/jennyholzer-texty-lady. Acessado em julho 2016.
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material gráfico
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rádio registro fotográfico e audiovisual mídia digital marketing cultural
EU LEITOR
EU LEITOR projeta uma comunicação plural que utiliza diferentes frentes para alcançar públicos diversos. Uma experiência cultural inovadora, que conta com uma proposta comunicacional ampla e planejada para conquistar um público cada vez mais exigente. Além dos meios tradicionais, a exposição aposta no encantamento proporcionado pelas novas tecnologias digitais, promovendo o engajamento e o interesse social. Pela natureza de seu conteúdo e abordagem artística, a exposição pretende atrair um público maior do que seus próprios visitantes, criando uma rede interativa de informação e de relacionamento que ultrapasse os limites físicos do projeto. 35
R E G I S T R O F OTO G R Á F I C O E AUDIOVISUAL
M AT E R I A L G R Á F I C O E D E D I V U LG A Ç Ã O
1.000 convites impressos 60.000 folders 500 cartazes 100 kits promocionais 150 camisetas 1.000 catálogos 5.000 emails marketing banner de abertura posts no facebook e instagram
ASSESSORIA DE IMPRENSA
Assessoria de imprensa especializada em projetos culturais, com abrangência nacional.
PUBLICIDADE
A estratégia publicitária da exposição tem como objetivo descentralizar a comunicação, alcançando massivamente o público do Distrito Federal e entorno. A escolha dos veículos de comunicação, abaixo descritos, prioriza qualidade, abrangência e alcance. Rádio Veiculação de spot de 30”. »» Rádio Executiva FM | 180 inserções no período de 3 meses. »» Rádio Nova Brasil FM | 60 inserções no período de 2 meses. »» Rádio Cultura FM | 120 inserções no período de 3 meses. Internet »» Anúncio no canal Divirta-se Mais do jornal Correio Braziliense | Banner dinâmico | 60 mil impressões / mês. Jornal »» Anúncio no jornal Correio Braziliense | 1 anúncio por mês no período de 3 meses. Mídia Exterior »» BusDoor | 50 placas | 2 meses de veiculação. »» Digital Out of Look Indoor (painéis digitais) | 23 painéis | 3 meses de veiculação | 15 dias por mês.
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A exposição contará com registro fotográfico e audiovisual da vernissage para convidados e de todo o período aberto ao público. Parte do acervo será disponibilizado para a comunicação institucional da empresa patrocinadora. Ao final do projeto será produzido um vídeo documental de até 5’. M Í D I A D I G I TA L R e d e s S o c i a i s – Fa c e b o o k e I n s ta g r a m »» Logomarca em post principal da exposição no Facebook e no Instagram. »» Logomarca em banner head da página do EU LEITOR no Facebook. »» Post exclusivo na fanpage do EU LEITOR sobre as ações do patrocinador na exposição. »» Compartilhamento de teaser do patrocinador nas páginas do Facebook e Instagram. »» Envio de e-mail marketing a mailings segmentados (12 disparos). »» Produção e divulgação de 8 teasers de 15” sobre o projeto nas principais redes sociais.
// E f e i t o m u l t i p l i c a d o r // A l t o e n g a j a m e n t o d o p ú b l i c o // G r a n d e e x p o s i ç ã o d e m a r c a s e parceiros envolvidos
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P Ú B L I C O A LV O
Amplo e diversificado, compreendendo ampla faixa etária, níveis de renda e escolaridade. A exposição não está destinada apenas a um público leitor ou consumidor de livros. Seu alcance compreende inclusive todas aquelas pessoas que não tem o habito da leitura ou do convívio com os livros. Uma exposição de acesso livre e gratuito.
E S T I M AT I VA O público estimado médio é de 1.200 pessoas por dia.
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ÉTICA, INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE
Como toda leitura é uma forma de encontro, e entendendo que a literatura faz parte daquilo que poderíamos chamar de grande conversação da cultura, nossa exposição tratará os temas da acessibilidade e da inclusão como fundamentais. Ler implica ética por que ler é ouvir o outro. Por isso, nessa exposição que se chama Eu Leitor, um tema central é como a leitura evoca sempre, de um modo ou de outro, a responsabilidade da relação do indivíduo com o outro. Com esse princípio, preparamos o acolhimento de um público diverso, e nosso conteúdo estará direcionado também para as pessoas que não tenham o hábito de ler, pessoas com baixa escolaridade ou dificuldade de acesso aos bens de consumo cultural como a compra de livros. Uma atenção especial será dada aos leitores com limitações físicas. Além de desenvolvermos espaços voltados para o compartilhamento da leitura, vamos proporcionar experiências singulares a esses leitores para revelar ou reforçar como a literatura pode ser uma fonte de conhecimento e de fruição para todos.
eu leitor
M A R K E T I N G C U LT U R A L
Com a crescente oferta de produtos e serviços e a saturação dos meios convencionais de publicidade, o Marketing Cultural tornou-se uma importante ferramenta para se estabelecer laços com o consumidor e desencadear emoções. Uma alternativa diferenciada de comunicação que aproxima o público e humaniza uma marca.
crie conexão emocional com seu público
aumente o nível de consideração da sua marca
conquiste novos canais de comunicação
Invista no EU LEITOR e reforce sua imagem como uma empresa responsável.
inove, seja protagonista e lance tendências
Enquanto o público ganha conhecimento, a sua marca ganha valor
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O Q U E S I G N I F I C A I N V E S T I R E M C U LT U R A? Diversificar o mix de comunicação da empresa; Reforçar a imagem de uma instituição socialmente responsável; Ampliar a forma de comunicação com o público; Qualificar a percepção da marca junto ao mercado.
QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS?
COMO INVESTIR?
»» Agregar valor e reconhecimento à marca; »» Aumentar a eficiência dos investimentos em comunicação, gerando retorno de mídia espontânea; »» Ampliar o reconhecimento do produto ou serviço de forma criativa e envolvente; »» Expor a empresa, seus ideais e produtos em espaços diferenciados; »» Fortalecer os laços com clientes, parceiros e colaboradores; »» Promover a imagem da empresa como patrocinadora de projetos culturais e sociais.
LEI ROUANET – Lei 8.313/91 O projeto está incluído na política de incentivo fiscal, chamada Lei Rouanet, possibilitando às empresas patrocinadoras um abatimento do valor no Imposto de Renda. Empresas podem investir 4% do IR devido de pessoas jurídicas de lucro real e 6% para pessoas físicas. Desses valores, o abatimento permitido em lei é de até 100%.
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No caso do projeto EU LEITOR, o abatimento é de 100% do valor investido pela empresa. Com isso, cada real que a empresa destinar ao projeto poderá ser descontado integralmente no pagamento do IR, num processo simples e seguro de renúncia fiscal.
UM PROCESSO SEGURO E D E C U S TO Z E R O
O investimento em projetos culturais por meio da Lei Rouanet é um procedimento linear, transparente e com segurança jurídica. A gestão do processo é realizada pela PEIGON CULTURA E CRIATIVIDADE, prestando assessoria financeira e contábil ao patrocinador, ajudando-o no dimensionamento da sua capacidade de investimento e nos procedimentos da renúncia fiscal. Portanto, o esforço administrativo da empresa é muito pequeno.
O N D E S U A M A R C A A PA R E C E ? »» »» »» »» »» »»
Material gráfico e de divulgação Ações promocionais Merchandising Anúncios publicitários Mídias sociais Outras mídias
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Peigon Cultura & Criatividade Luiz Carreira Nicola Goretti Sergio de SĂĄ Entrequadra
CURRICULUM
Peigon Cultura & Criatividade RE A L I ZAÇÃO , DIR EÇ ÃO E X ECU T IVA e P R O DU Ç ÃO E X ECU T IVA
A Peigon Cultura e Criatividade faz parte do segmento de indústrias criativas. A empresa cria e gerencia projetos e eventos próprios, corporativos e governamentais. Especialista em gestão de projetos culturais, a fundadora e Diretora Executiva Ana Paula Peigon atua, desde 1999, na profissionalização do setor e na elaboração de estratégias de desenvolvimento econômico por meio da cultura. Atuou como consultora em diversos projetos culturais e ONGs e no desenvolvimento de políticas de patrocínio cultural para empresas, aproximando os patrocinadores e artistas nos projetos. Diretor Comercial, Sócio-Diretor e colaborador da empresa desde a sua fundação, Diogo Barros é especialista em gestão de mecanismos de incentivo fiscal, análise financeira, planejamento e execução. Diretor Musical do Festival Candango de Música, atuou em eventos como Goiânia em Cena, Goiânia Noise, Bananada, Canto da Primavera, Porão do Rock, Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, Virada Cultural 44
(SP) e Abril Pro Rock (PE). A Peigon Cultura e Criatividade em 2014 ampliou sua atuação e realizou cerca de 250 eventos em todo o Brasil até a presente data. Sua carteira de clientes inclui, dentre outros, o Ministério da Cultura, Universidade Federal do Ceará – UFC, Conselho de Administração do DF, Correios, Tribunal de Justiça do Espírito Santo e Ministério da Previdência Social. Neste segmento realizou importantes eventos de fortalecimento e difusão de políticas governamentais tais como o Seminário Latino-Americano de Informações e Indicadores Culturais, I Encontro Internacional de Políticas de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas – Território Leitor, IX Encontro de Culturas Populares e Tradicionais de Serra Talhada – PE 2015, Copa Do Mundo de Futebol 2014 – Espaço Cultura, Encontro Ibero-Americano de Diversidade Linguística, 24ª e 25 ª Edições Do Festival Ibero-Americano de Cinema – Cine Ceará, VII Festival de Cultura da UFC, Semana de Ciência e Tecnologia da UFC e Congresso Nacional de Profissionais de Administração.
OUTRAS REALIZAÇÕES
Em 2001 foi responsável, junto à Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge e ASJOR, pela criação do Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros que ocorre na segunda quinzena de julho na Vila de São Jorge e recebe manifestações culturais de música e danças tradicionais da cultura popular. Em 2004 a empresa promoveu o projeto O Dito e o Feito que investigou a geração de emprego e renda no âmbito da Economia da Cultura, especialmente das culturas populares no Centro-Oeste. A pesquisa e a publicação foram realizadas pela organização cultural da sociedade civil Invenção Brasileira. No ano de 2007, destaca-se o projeto 3° FestiSesi, que comemorou os 60 anos de atuação do SESI com a temática “Educação Popular para a Formação Cidadã” e homenageou o educador Paulo Freire. O evento contou com uma aula magna ministrada pelo escritor Ariano Suassuna e com um show especial de Jorge Mautner e Nelson Jacobina. Posteriormente realizou a Exposição 100 Anos de Xilogravura na Literatura de Cordel, com curadoria 45
do pesquisador e colecionador Jeová Franklin. A exposição reuniu gravuras nordestinas históricas e contemporâneas, matrizes, livros de cordel, álbuns especiais e instrumentos de trabalho dos xilogravadores. A mostra representou o Brasil na 27ª FILSA – Feira Internacional do Livro de Santiago, desse ano. Em 2008 atuou na produção executiva do Encontro Nacional dos Pontos de Cultura – TEIA 2008, em Brasília. Com o patrocínio da Petrobras, o encontro constituiu-se como um espaço de reflexão sobre o Programa Cultura Viva do Ministério da Cultura e de articulação, organização, mostra e intercâmbio da produção da rede de Pontos de Cultura. Em 2009, realizou a primeira edição da Exposição Xilogravura e Literatura de Cordel nas Escolas, projeto itinerante que teve sua segunda edição em 2012 e contou com patrocínio do FAC – Fundo de apoio à Cultura do DF. A exposição apresentou o universo da xilogravura e da literatura de cordel de forma colorida e divertida, num ambiente que reproduziu as feiras populares. No mesmo ano realizou a primeira edição do Festival Candango de
Música, uma iniciativa independente que promoveu e revelou talentos artísticos em âmbito regional e nacional. A segunda edição aconteceu em 2013. Ao longo de suas duas primeiras edições, o Festival contabilizou 1.780 artistas inscritos. No ano de 2011 realizou, no Centro Cultural Correios de Recife, a exposição Imagem e Leitura, Uma Visão Nordestina, por Jô Oliveira. O projeto foi idealizado especialmente para o público infantil por meio de um programa educativo, baseado na experiência da autora Lucília Gracez em seu livro “Educação para as Artes” e contou com o patrocínio dos Correios. Recentemente, em 2014, realizou a Exposição de Xilogravuras e Literatura de Cordel Encanta Ceilândia. A exposição teve como objetivo comemorar o aniversário da Ceilândia e homenagear a cidade de forma criativa, diferente e emocionante e, em 2015, o Festival Brasília de Cultura Popular, patrocinado pelo Hospital Santa Lúcia por meio da Lei de Incentivo à Cultura do DF – LIC, com apoio do Grupo Santa e reuniu grupos de teatro e música populares do Distrito Federal e artistas da cultura popular de outras regiões do país.
Luiz Augusto A. N. Carreira CU RADORI A
Luiz Augusto A. N. Carreira, formado em Letras, é mestre e doutor em teoria da literatura com a tese “O bom leitor: a ética da leitura e intelecção amorosa da obra de arte literária” pela UnB. Professor com mais de quinze anos de experiência em diversos níveis de ensino, do básico ao superior, fundador e coordenador da escola “Acasa - escola contemporânea de humanidades” fundada em Brasília em 2009. Ministra regularmente cursos: Oficina de escrita criativa; A arte da leitura: como ler mais e melhor; Como e por que ler poesia e A cultura e a imaginação literária. Produziu e coordenou os cursos: As formas da música: compreensão musical – com o maestro Júlio Medaglia e o pianista Ney Salgado; O olhar fotográfico: Introdução à fotografia antropológica – com o fotógrafo Olivier Boels; Panorama da literatura brasileira contemporânea – com o jornalista Sérgio de Sá e os escritores Cristóvão Tezza e Marçal Aquino; As leis do desejo: oficina de roteiro cinematográfico – com o cineasta espanhol David Planell; Uma introdução à obra de Shakespeare – com o professor Cristiano Paixão; História da arte (módulos I, II e III) – com o professor Eduardo Carreira; As origens da ópera – com a professora e musicista Ligiana Costa; Introdução ao cinema documentário: da pesquisa à edição – com o cineasta Neto Borges; Os estilos e a história do jazz – com o professor e músico
Anderson Pessoa; Inspiração e referências: processos de criação em moda – com a professora Eloize Navalon. Coordena o programa Nossas Humanidades, do Instituto Cervantes em Brasília, onde realizou os cursos: Introdução à obra de Jorge Luis Borges; Introdução ao Dom Quixote, de Cervantes; Como e por que ler poesia; Introdução à obra de Gabriel Garcia Márquez; A arte da escrita criativa: princípios do texto literário; A tradição da pintura espanhola – com o professor Eduardo Carreira; Salvador Dalí e o Surrealismo – com o professor Eduardo Carreira; Cinema contemporâneo latino-americano – com o professor e jornalista Sérgio de Sá; Pensamento e filosofia da Espanha do século XX – com o professor e filósofo Hubert JeanFrançois Cormier. 47
Nicola Goretti, Grupo AG CURADORIA e P RO D U ÇÃO EXEC U TI VA
Nicola Goretti recebe seu diploma em Arquitetura e Urbanismo na Faculdade de Belgrano de Buenos Aires (Argentina), em 1987. Abre seu escritório dedicandose a projetos de arquitetura residencial e comercial. Paralelamente inicia sua atividade como docente na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Buenos Aires e na Universidade de Belgrano. Funda Progetto Italia, em 1994, uma associação dedicada ao fomento e investigação da arquitetura e da
restauração, promovendo, junto a organizações não governamentais, seminários e encontros na Europa e Estados Unidos sobre assuntos voltados ao restauro do patrimônio construído e a arquitetura do século XX. Em 2001 funda o Grupo AG no Brasil, direcionado à gestão de projetos culturais nas áreas de design e arquitetura e a programas de desenvolvimento social e de cooperação. Entre as principais realizações, o Seminário Internacional de Design em Brasília, em 2001 e 2002, IdentidadeIdentity em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, sobre a nova identidade do design e da arquitetura, nos mesmos anos. Paralelamente, cura e organiza importantes exposições com foco em programas de cooperação entre países, como Design Italiano e Compasso D’ Oro em Brasília em 2002, e a mostra Campanas, sobre o trabalho dos irmãos Campana, no Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília e para a Bienal Experimentdesign de Lisboa, em 2003. Nesse ano, organiza uma série de mostras sobre as questões do habitat, entre elas o panorama do design italiano Abitare Italia, em três cidades brasileiras. Participa ativamente em projetos na América Latina, colaborando para diferentes revistas de design, arquitetura, arte e plataformas urbanas. A partir de 2004 inicia uma assídua colaboração em programas de caráter sustentável para diversas instituições, articulando a arte popular e o artesanato local com design, promovendo o trabalho de dezenas de comunidades de artesãos em todo o país. Entre os mais significativos, Brasil Fantástico, patrocinado pela
Fundação Banco do Brasil, em 2004 2004; Artesanato com Design, para a Caixa Econômica Federal, em 2004 e 2006 e Costumes Brasileiros, para o SENAI e o SESI, em 2006. Nesse ano recebe o Prêmio Top Social pelo projeto Artesanato Com Design, pela sua atuação nos âmbitos da cultura popular, o design e a sustentabilidade. Entre 2005 e 2006 organiza exposições internacionais sobre design, arquitetura e arte. Das mais significativas, o I Panorama Internacional de Design “Safety Nest”, no corredor cultural do Rio de Janeiro, abordando o significado da proteção e da segurança no design e a Mostra Internacional de Design, nos SESC Pinheiros e SESC Santo André em São Paulo, em 2006, sobre a relação entre design e as arquiteturas alternativas. Entre 2007 e 2008, algumas das realizações foram dirigidas à interdisciplinaridade entre design e arquitetura com outras áreas, como a exposição internacional sobre refúgios urbanos, Moradias Transitórias, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília; e Interferências, em São Paulo, com apoio do Ministério da Cultura e dos Correios. Paralelamente organiza e dirige a revista Maquete, uma publicação trimestral sobre design, arquitetura, arte brasileira e internacional. Em 2009 trabalha em diversos eventos culturais para o Ano da França no Brasil, entre os quais a exposição Le Corbusier, Entre Dois Mundos, em Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba, e a Bienal Saint Etienne, Cité du Design, com mostras e seminários internacionais no
Brasil sobre as Cidades do Design, ambos projetos com o patrocínio do Ministério da Cultura do Brasil e o Governo da França. Paralelamente, cura a mostra Mariko Mori – Oneness no Brasil em 2010 e 2011, sobre a obra da artista japonesa. A exposição vira um dos eventos culturais mais importantes desse período, com uma vasta itinerância nos Centros Culturais Banco do Brasil, convertendo-se na 9ª. exposição de arte contemporânea mais visitada no mundo em 2011, segundo a revista inglesa The Art Newspaper. Em 2012, organiza e cura o ciclo de conferências internacionais Palavras Cruzadas em Brasília, com foco nos protagonistas do novo pensamento contemporâneo e Pensamento Italiano, abarcando as áreas de arquitetura, design, arte e moda. Nesse ano trabalha como líder do júri do prêmio internacional de design, promovido pela Core 77 Design Awards, sobre desenho de interiores e exposições, na cidade de Nova Iorque. Durante o ano de 2015 realiza Mercado Mundi no IESB de Brasília, um projeto sobre alimentação internacional e agricultura familiar, com destaque para atividades sobre produção em pequena escala, seguridade alimentar e recursos naturais. Atualmente encontra-se preparando três novos projetos: A mostra Eu, Leitor, um evento sobre a experiência e o prazer da leitura e o papel da literatura na cultura e na formação da identidade coletiva, uma mostra sobre a obra do fotógrafo alemão Helmut Newton, para as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro e a exposição itinerante dos artistas argentinos Mondongo, em solo brasileiro. 49
PRINCIPAIS PROJETOS E REALIZAÇÕES MERCADO MUNDI. ENTRETEMPOS.
BRASÍLIA. 2015
BRASÍLIA. 2015
PENSAMENTO ITALIANO. MOMENTO ITÁLIA.
BRASÍLIA. 2012
MARIKO MORI – ONENESS. BRASÍLIA, RIO DE JANEIRO, SÃO PAULO. 2010 - 2011 ARTESANATO AMAZONAS.
ESTADO DO AMAZONAS. 2010
LE CORBUSIER, ENTRE DOIS MUNDOS.
ANO
INTERNACIONAL DA FRANÇA NO BRASIL. BRASÍLIA, RIO DE JANEIRO, CURITIBA. 2009
BIENAL INTERNACIONAL. SAINT-ÉTIENNE, CITÉ DU DESIGN. ANO INTERNACIONAL DA FRANÇA NO BRASIL. BRASÍLIA, RIO DE JANEIRO, CURITIBA, SÃO PAULO. 2009 TRIBUTO A JUSCELINO KUBITSCHEK.
BRASÍLIA. 2009
IL BRASILE DI PIERRE VERGER. ROMA FESTEJA BRASIL. ROMA. 2008 MORADIAS TRANSITÓRIAS. BRASÍLIA ILUMINADA.
Sérgio de Sá
BRASÍLIA. 2007 / SÃO PAULO. 2008
BRASÍLIA. 2007
EXPOSIÇÃO GRÁFICA SUÍÇA 1950-2000.
BRASÍLIA. 2007
EXPOSIÇÃO HOLCIM AWARDS | FOR SUSTAINABLE CONSTRUCTION. BRASÍLIA. 2007 A ARTE E A TECNOLOGIA NA OBRA DE OSCAR NIEMEYER. BRASÍLIA. 2007 PANORAMA INTERNACIONAL DE DESIGN.
SÃO PAULO. 2006
BEZALEL - ACADEMY OF ARTS AND DESIGN. ENVISIONING THE INVISIBLE: PRESPECTIVES ON JERUSALEM. JERUSALÉM. 2006 ARTESANATO COM DESIGN. BRASIL E OS TESOUROS CULTURAIS. 25 CIDADES BRASILEIRAS. 2005 PANORAMA INTERNACIONAL DE DESIGN - SAFETY NEST. RIO DE JANEIRO. 2005 ARTESANATO COM DESIGN. BRASIL FANTÁSTICO.
41 CIDADES BRASILEIRAS. 2005
12 CIDADES BRASILEIRAS. 2005
SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE DESIGN. IDENTIDADE – IDENTITY. BRASÍLIA, SÃO PAULO, RIO DE JANEIRO. 2003 CAMPANAS . BIENAL EXPERIMENTA DESIGN – LISBOA. LISBOA. 2003 CAMPANAS.
CONSU LTORI A
BRASÍLIA. 2003
COMPASSO D`ORO. II SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE DESIGN. BRASÍLIA. 2002 I SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE DESIGN – ABITARE ITALIA. BRASÍLIA. 2001 PRÊMIO SOCIAL BRASILERO - TOP DESIGN. PRÊMIO INTERNACIONAL DE ARTE. ART NEWS PAPER. LONDRES. 2011 MARIKO MORI. 9ª EXPOSIÇÃO DE ARTE CONTEMPORÂNEA MAIS VISITADA NO MUNDO, DURANTE O ANO DE 2010.
BRASIL. 2006
O brasiliense Sérgio de Sá, 46 anos, é professor e pesquisador na Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB). Jornalista, mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia e doutor em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais, é autor dos livros Roberto Corrêa – Caipira extremoso, segundo volume da coleção Brasilienses, e A reinvenção do escritor: literatura e mas media (Editora UFMG). É colunista de cultura da revista Congresso em Foco. Foi editor de Cultura e do suplemento Pensar do jornal Correio Braziliense, onde assinou a coluna L2 – Literatura & Leituras. Por quatro anos, compôs o Júri Intermediário do Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa. Em 2016, faz parte do Júri de Avaliação do Prêmio Oceanos de Literatura. Foi professor de Comunicação na
Universidade Católica de Brasília e no Centro Universitário de Brasília (UniCeub). Tem ensaios publicados nos livros Possibilidades da nova escrita literária no Brasil, O futuro pelo retrovisor: inquietudes da literatura brasileira contemporânea e Os territórios de Cortázar no Brasil e na revista Letterature d’America, entre outras. Atuou como jornalista free-lancer, tendo escrito reportagens e resenhas para as revistas Piauí, Mag! e Indústria Brasileira e para o jornal O Globo, com o qual ainda colabora. Produziu e apresentou o programa de cinema Sessão das Duas, na TV Brasília. Na mesma emissora, comentou cinema e literatura no programa Leitura de Sábado. Foi comentarista de literatura na Rádio Cultura FM. Fez curadoria e apresentação do projeto Conjunto em Prosa, que levou escritores de todo o país ao shopping Conjunto Nacional, em Brasília. Acaba de concluir pós-doutorado no Programa Avançado de Cultura Contemporânea (Pacc), da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Entrequadra
A entrequadra novas mídias é um núcleo de criação multidisciplinar que desenha experiências únicas e comunica ideias de maneira inovadora. Somos apaixonados por invenção e experimentação, e por isso desenvolvemos nossos projetos em todas as suas fases. Atuamos internacionalmente, com parcerias e trabalhos realizados na França, Suíça, Líbano, Emirados Árabes e Argentina.
EVENTOS
[ REALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES
I N T E R AT I VA S M U LT I M I D I ÁT I C A S ]
FÊTE DES LUMIÈRES 2014
FICHA TÉCNICA
LOCAL: LYON, FRANÇA
MAPPING FESTIVAL 2014
LOCAL: GENEBRA, SUIÇA
FEIRA TECNÓPOLIS 2013
LOCAL: VILLA MARTELLI, ARGENTINA
Eu Leitor
68A REUNIÃO ANUAL DA SBPC - 2016 PAVILHÃO MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA LOCAL: UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA - BA
67A REUNIÃO ANUAL DA SBPC - 2015 PAVILHÃO MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA LOCAL: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - SP
66A REUNIÃO ANUAL DA SBPC - 2014 PAVILHÃO MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA LOCAL: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE - AC
65A REUNIÃO ANUAL DA SBPC - 2013 PAVILHÃO MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Peigon Cultura e Criatividade Ana Paula Peigon
REA LIZ AÇÃO, DIREÇÃO EXECUTIVA
PRODUÇÃO EXECUTIVA
LOCAL: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - PE
SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA - MARANHÃO - 2014 LOCAL: SÃO LUIS SHOPPING - MA SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA - DISTRITO FEDERAL - 2014 LOCAL: PAVILHÃO PARQUE DA CIDADE - DF
SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA - DISTRITO FEDERAL - 2013 LOCAL: PAVILHÃO PARQUE DA CIDADE - DF
FESTA DA UVA DE CAXIAS DO SUL 2016 LOCAL: PARQUE DA CIDADE - DF
REATECH 2015 FEIRA INTERNACIONAL DE TECNOLOGIAS EM REABILITAÇÃO, INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE LOCAL: SÃO PAULO EXPO - SP CAMPUS PARTY RECIFE - 2015
LOCAL: CENTRO DE CONVENÇÕES DE PERNAMBUCO – PE LOCAL:
PARQUE MÁRIO BERNARDINO RAMOS - RS
CONSAD - 2015 | CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL: CENTRO DE CONVENÇÕES ULYSSES GUIMARÃES - DF
PORÃO DO ROCK 2015 E PÍLULAS 2015 LOCAL: ESTÁDIO MANÉ GARRINCHA E MINAS TÊNIS CLUBE - DF PORÃO DO ROCK 2014
PROD UÇÃO EXECUTIVA
Luiz Carreira
CURA DORIA
Nicola Goretti Grupo AG
CNI - CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA - 2015 LOCAL: WTC EVENTS CENTER, SÃO PAULO - SP
TORNEIO DE GOLFE DA CAIXA - 2015
Diogo Barros
CURA D ORIA e PRODUÇÃO EXECUTIVA
D IREÇÃO EXECUTIVA
Sérgio de Sá
CONSULTORIA
Bianca Maciel
A SSISTENTE DE PROD UÇÃO
Daniela Estrella Entrequadra
CONSULTORIA TÉCNICA D E PRÉ- PRODUÇÃO
NOVA S MÍDIA S
José Luiz Monteiro
GESTOR FINA NCEIRO
LOCAL: ESTÁDIO MANÉ GARRINCHA - DF
Kelly Barboza da Silva
GESTÃO A DMINISTRATIVA
Juliana Albuquerque, Raquel Câmara, Thais Lorenzini e Victor Yrigoyen Alessandra Alves
COORDENAÇÃO DE COMUNICAÇÃO
D ESI G N G RÁF I CO
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