trabalho final de graduação
SAMANTHA BOSCO orientador PROFº DR. LUÍS ANTÔNIO JORGE
2016 Samantha Bosco trabalho final de graduação Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de São Paulo orientação Prof. Dr. Luís Antônio Jorge
PROJETO DE ARTICULAÇÃO NA ESTAÇÃO CAMILO HADDAD
AGRADECIMENTOS
A Marina, minha mãe, pelo incentivo aos estudos e as artes. A Antonio, meu pai, por me ensinar a desvendar São Paulo. A Ana, minha irmã, pelo eterno companheirismo e suporte. A comunidade FAU, por mostrar o lado social das coisas. A Larissa e Henrique, amigos dessa longa jornada, sempre ao meu lado. Aos demais amigos e colegas da FAU, pela vivência proporcionada. Ao Profº Fábio Mariz, pelo seu caráter mentor. Ao Profº Luís Antônio Jorge, pela orientação e expansão de ideias. Aos Professores Convidados por aceitarem o convite a esta banca.
Obrigada!!!
SUMÁRIO
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APRESENTAÇÃO
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1.CIDADE EM RETALHOS
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INTRODUÇÃO
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MOVIMENTOS DESARTICULADORES
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NÃO LUGARES
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2.OS RETALHOS
35
PRIMEIRO RECORTE
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TERRITÓRIO EM ESTUDO
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DEFINIÇÃO
55
15 RETALHOS
63
3.AS ARTICULAÇÕES
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OS SISTEMAS
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CONFIGURAÇÃO DE UM PARQUE
81
4.O PARQUE
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5. EDÍFICIO COMUNITÁRIO
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
Paris , Les villes Rangees. Obra da artista plรกstica Armelle Caron www.armellecaron.fr
Paris rangĂŠ, Les villes Rangees. Obra da artista plĂĄstica Armelle Caron www.armellecaron.fr
APRESENTAÇÃO
Este trabalho encerra um ciclo dos anos e experiências vividos na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo tem a pretensão de representar todos os caminhos que percorri, minhas inquietações e reflexões. Desde o começo do curso até hoje, naturalmente me atraio por programas complexos, que se referem diretamente ou indiretamente a condicionantes, fatores, agentes e histórias de diferentes naturezas. Que por fim inferem um desejo pessoal de desvendar ações e oportunidades para o seu respectivo presente. É na cidade de São Paulo, onde sempre vivi, que me deparo com o que eu chamo de “espaços urbanos complexos”, facilmente encontrados no percurso de qualquer paulistano. Espaços que podem ser ocupados ou não, marcados por falhas, rupturas, descontinuidade, obstáculos, sobreposição de escalas, usos indefinidos e em transformação, em sua maioria muitas vezes negados pela própria cidade.
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Caracterizados facilmente pelas particularidades que lhes diferenciam, são também semelhantes entre si, quanto as suas origens e problemáticas, resultantes dos processos de desenvolvimento da cidade ao longo de sua história. Neste trabalho apresento uma série de retalhos urbanos resultantes do processo de crescimento da metrópole no século XX, que são passíveis de articulação nas proximidades da futura Estação Camilo Haddad (Linha 15 - Prata do Metro de São Paulo), de forma a compreender a instalação da infraestrutura de mobilidade como um elemento capaz de ressignificar e ativar a paisagem urbana à qual se insere. O resultado é um projeto de desenho urbano e paisagístico que objetiva apresentar as potencialidades do local por meio da conjunção das escalas regionais e locais do território em questão, configurando um novo parque público.
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Montepelier , Les villes Rangees. Obra da artista plรกstica Armelle Caron www.armellecaron.fr
Montepelier rangĂŠ, Les villes Rangees. Obra da artista plĂĄstica Armelle Caron www.armellecaron.fr
Berlin, Les villes Rangees. Obra de artista plรกstica Armelle Caron www.armellecaron.fr
Berlin rangĂŠ , Les villes Rangees. Obra de artista plĂĄstica Armelle Caron www.armellecaron.fr
1 A CIDADE EM RETALHOS
INTRODUÇÃO
A cidade em sua própria natureza é o resultado de vários fragmentos acumulados em tempos distintos. A cidade de São Paulo que vemos hoje é composta por camadas que se sobrepõem continuamente e em tempo real, logo a consolidação do seu território urbano é marcada pelas consequências dos movimentos passados, mas também pelas iniciativas que não absorvem estas distintas camadas até então já assentadas. ““O ESTUDO DA PAISAGEM PODE SER ASSIMILADO A UMA ESCAVAÇÃO ARQUEOLÓGICA. EM QUALQUER PONTO DO TEMPO, A PAISAGEM CONSISTE EM CAMADAS DE FORMAS PROVENIENTES DE SEUS TEMPOS PROGRESSOS.” SANTOS, 1992 - P.55
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A matriz econômica paulistana sempre foi o elemento indutor principal dos processos de transformação no espaço urbano, muitas vezes com suporte do poder público. Considerando que o crescimento da cidade foi extremamente grande durante um período tão curto, é notável que muitos processos e intervenções não chegaram a um fim; foram paralisados ou até mesmo substituídos. Essas interrupções se refletem fisicamente na cidade, onde podemos notar um número significativo de trechos da malha urbana desencontrados, interrompidos e em conflito, inclusive com a formação de obstáculos e vazios urbanos. Um território de fato ocupado por retalhos resultantes de distintos recortes. “MUITOS URBANISTAS APONTAM A FORMA FRAGMENTADA COMO O TRAÇADO ORIGINAL FOI INCORPORANDO A NOVAS VIAS, DEIXANDO O TECIDO URBANO HISTÓRICO DESTITUÍDO DAS CONTINUIDADES DESEJÁVEIS. EMBORA CHEGAR AO CENTRO, CIRCULAR PELO CENTRO E CONECTAR NOVA ÁREAS URBANIZADAS TENHA SIDO O MOTOR DAS TRANSFORMAÇÕES, ESSAS MODIFICAÇÕES NÃO PRODUZIRAM UMA MALHA URBANA
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RENOVADA. O TECIDO URBANO FOI ADAPTADO DE FORMA EXTREMAMENTE CIRCUNSTANCIAL, MUITAS VEZES ALEATÓRIA E DISSOCIADA DAS DEMAIS DIMENSÕES URBANAS.” MEYER, 2010 - P.21
Ao longo do seu processo de transformação, a cidade abandona e rejeita partes de si mesma. Conforme mais recortes são feitos e sobrepostos, mais se fragmenta o tecido que já se encontra recortado e cresce exponencialmente o número de elementos repartidos e desarticulados, tornando o desafio de costurá-los cada vez mais complexo. Pode-se dizer que essa situação é encontrada não apenas no meio físico, mas também nas novas formas de inter-relação no mundo contemporâneo, onde se perdeu a definição do lugar e criou-se a definição de multiredes.
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Linha interrompidas Edição pela autora. fonte desconhecida
MOVIMENTOS DESARTICULADORES
Destacam-se dois movimentos mais responsáveis pela desarticulação direta do solo urbano paulista. A especulação imobiliária, devido ao alto crescimento populacional, e as obras de infraestrutura para atender a novas dinâmicas da cidade. No próprio processo de transformação do solo rural em urbano na cidade de São Paulo, mais especificamente entre o período do final do século XIX e durante o século XX, é notável o alto interesse econômico por parte do setor privado no mercado imobiliário. Pois fora das proximidades do centro histórico, os loteamentos urbanos surgiram em pontos bem esparsos, em sua maioria acompanhando eixos
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já consolidados, como algumas estradas e ferrovias. Com a intensificação da produção de loteamentos ao redor destes pontos, houve a formação de polos, que resultaram em bairros desarticulados entre si, movidos apenas pelo interesse econômico individual sobre a moradia urbana. Com o crescimento desenfreado da cidade no tocante a população e ao solo urbano, foi necessária a implantação de infraestruturas que até hoje se encontram atrasadas nas bordas da cidade. Por serem intervenções de grande porte, estas dificilmente desaparecem no tempo, principalmente às de mobilidade que são essenciais para o fluxo da cidade. Pode-se notar ao ler o tecido urbano atual, como a sua implementação marca a cidade, com grandes rasgos e rupturas.
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“NO CASO ESPECÍFICO DE SÃO PAULO, CIDADE RECONSTRUÍDA TRÊS VEZES SOBRE SI MESMA AO LONGO DO ÚLTIMO SÉCULO, AS MARCAS CONFIGURADAS PELO SISTEMA INFRAESTRUTURAL SÃO DOS POUCOS REGISTROS QUE RESISTEM A VELOCIDADE DE SUBSTITUIÇÃO DAS CONSTRUÇÕES TORNADAS DIMINUTAS DIANTE DO EXPRESSIVO CRESCIMENTO DA METRÓPOLE. ESSAS DECORRENTE DE UM PRIMEIRO ATRIBUTO, ENCONTRADO NA SUA CAPACIDADE DE SERVIR DE REFERÊNCIA PARA AÇÕES PRESENTES E FUTURAS..” FRANCO, 2005 - P.108
Essas mesmas infraestruturas que rompem com a cidade, por outro lado também se tornam pontos de referência geográfica na metrópole. Com o tamponamento dos córregos e rios: são as grandes e largas marginais e avenidas que marcam os vales da cidade. As linhas de metrô se tornaram os eixos direcionais, e suas estações demarcam pontos de aglomeração e encontro. Sua materialidade é agressiva e impositiva sobre a cidade, cunho do processo de sua
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implementação, que apenas objetivava atender a sua função perante a demanda. Assim, sem haver um trabalho de intervenção capilar ao longo dessas infraestruturas é como se elas existissem apenas dentro do seu próprio universo, negando a cidade, a paisagem e escala local. “AS OBRAS DE INFRAESTRUTURA VÃO DEIXANDO UM RASTRO DE DEGRADAÇÃO AO LONGO DE SUA IMPLANTAÇÃO, ISSO PORQUE OPERAM SOBRE DUAS ESCALAS DISTINTAS, TANTO DE ESPAÇO QUANTO DE TEMPO. SUA PROPOSTA FÍSICA E A VELOCIDADE DOS FLUXOS E SERVIÇOS, DIMENSIONADOS PARA RESPONDER ÀS DEMANDAS METROPOLITANAS, SÃO INCOMPATÍVEIS COM OS LOCAIS POR ONDE PASSAM.” FRANCO, 2011 - P.140
O resultado é um desenho negativo, onde a micro acessibilidade é interrompida. Geram-se os espaços vazios, fragmentados e o surgimento dos nãolugares da cidade. Ou seja, contribuem diretamente para uma nova camada de retalhamento da cidade.
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“AO LONGO DESSES EIXOS, QUE PASSAM E NÃO CONECTAM TECIDOS ORTOGONAIS APARECEM COMO RETALHOS DE UM PATCHWORK NÃO COSTURADO, JUSTAPOSTOS A DESENHOS MAIS ESPONTÂNEOS OU DEFINIDOS POR ALGUMA GEOGRAFIA.” BASSANI ,2005 - CAP 4 P.07
Negativo da cidade Fonte e autor desonhecido
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utilize o celular para vizualizar a imagens ao lado em motion, com o cĂłdigo qrcode abaixo:
Routine SĂŠrie cinemagraphs do artista Julien Douvier
NÃO LUGARES
Em meio aos movimentos desarticuladores da malha urbana, comentados anteriormente, os espaços livres públicos são os mais afetados. No processo de loteamento em São Paulo, as áreas públicas foram destinadas aos piores terrenos, não havia uma visão por parte do setor privado de utilizar essas áreas como itens de valorização dos terrenos de seu lote. Já na tentativa de baratear os custos das grandes obras públicas de infraestrutura, boa parte dos terrenos públicos foram utilizados como suporte a sua implementação de forma a diminuir o número de desapropriações. Ou seja, em vez de se propor a potencialização dos espaços públicos e, respectivamente, a possibilidade do surgimento de lugares, vemos apenas o
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esvaziamento e o impedimento de apropriação por parte da comunidade desses locais. Para o filósofo Marc Augé, o espaço é o espaço físico construído, seja pelos elementos edificados ou livres, esse é o espaço latente na cidade, dotado de potencialidade e com inúmeras possibilidades de acontecimentos. Porém apenas quando esse espaço é ocupado e vivenciado por seus usuários ele realmente se torna um lugar na cidade. (Augé 2004). Já os espaços que sofrem do esvaziamento, ou não são percebidos no trajeto das pessoas se torna um não lugar. “A PERCEPÇÃO DO ESPAÇO PASSA A SER DETERMINADA PELA VELOCIDADE INVIABILIZANDO O RECONHECIMENTO DO PEDESTRE, TÍPICO DAS CONFIGURAÇÕES LOCAIS TRADICIONAIS. OS ANTIGOS ESPAÇOS PÚBLICOS, AGORA INACESSÍVEIS, PERDEM TOTAL SIGNIFICADO E USO, TRANSFORMANDO-SE EM TERRA DE NINGUÉM.” PEIXOTO, 2003 - P. 397
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As ideias de lugares e de espaço são, portanto, espécies de camadas que se tocam, embora se diferenciem, mantendo uma constante relação dialética entre si. Tuan (1983) relaciona o Tempo e o Lugar de três formas: (i) adquirimos afeição a um lugar em função do tempo vivido nele; (ii) o lugar seria uma pausa na corrente temporal de um movimento, ou seja, o lugar seria a parada para descanso, procriação e defesa; e (iii) por último, o lugar seria o tempo tornado visível, isto é, o lugar como lembrança de tempos passados, pertencente à memória. A vivência do espaço da cidade é algo educador, é onde encontramos as oposições de ideias, onde nos relacionamos diretamente com o ambiente e dele extraímos experiências de vida desde crianças. Assim, os espaços públicos devem proporcionar maneiras distintas de se relacionar com a própria cidade e com as pessoas por meio dos cinco sentidos, despertar o desejo de explorar e permitir a liberdade de expressão.
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“A EXPERIÊNCIA DE CONTATO E BEM-ESTAR NAS CIDADES ESTÁ DIRETAMENTE LIGADO AO MODO DE ESTRUTURA URBANA E O ESPAÇO DA CIDADE SE HARMONIZAR COM O CORPO HUMANO, SEUS SENTIDO, DIMENSÕES ESPACIAIS E ESCALAS CORRESPONDENTES.” GEHL, 2013 - P. 397
Recentemente nota-se um movimento social por parte de cidadãos comuns em se reapropriar desses não lugares, dando vida a eles, em praças, parques, ruas, rotatórias, vazios urbanos e terrenos e construções abandonadas. Existem iniciativas desse tipo internacionais e nacionais, em São Paulo durante os últimos quatro anos uma série de intervenções e ações tomaram a cidade. A gestão atual era favorável a esses grupos e iniciativas e os métodos de conexão via internet e rede sociais foram mecanismos para articular comunidades ou reunir grupos com o mesmo interesse. A maioria delas surgiu dentro das áreas centrais como o centro histórico e o bairro de Pinheiros, mas algumas outras deram atenção aos bairros residenciais e periféricos.
Centro Aberto Largo São Francisco Iniciativa municipal www.gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br
Largo da Batata Iniciativa coletivo Batata Lab fonte desconhecida
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Internacionalmente, o termo placemaking espalhou-se, sendo uma iniciativa multifacetada para o planejamento, design e gestão de espaços públicos, com colocação em prática e de capitalização de bens, com inspiração e o potencial de uma comunidade local. Com o objetivo de criar espaços públicos que promovam a saúde, felicidade e bem-estar das pessoas. São Miguel Paulista Mais Humana | Antes Global Designing Cities initiative www.globaldesigningcities.org/
São Miguel Paulista Mais Humana | Depois Global Designing Cities initiative www.globaldesigningcities.org/
Muro Tiquatira Projeto participativo - Estudio Entre www.estudioentre.com
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SĂŠrie SĂŁo Paulo Infinita Ilustradora Juliana Rosso www.jurusso.tumblr.com/saopauloinfinita
3 OS RETALHOS
ZONA SUDESTE Os bairros dessa região fazem parte da zona leste, são limitrofes ao ABC e possuem fácil acesso ao centro, a zona sul e zona norte por meio de carro, nos últimos 10 anos houve implantação de diferentes modais na região o que melhorou em parte a mobilidade via transporte público.
PRIMEIRO RECORTE
VP
SL
ÁREA DE INTERVENÇÃO Faz parte do Eixo de Estruturação Urbana em destaque no novo plano diretor do Munícipio de São Paulo.
SUBPREFEITURA VILA PRUDENTE A subprefeitura divide-se em duas macro regiões Vila Prudente e São Lucas, onde respectivamente há predominânica da classe média alta e na outra classe média baixa. É uma região muito antiga, com ocupações já presentes no séc XIX que passou pelos grandes marcos de transformação urbana característicos de São Paulo.
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PRIMEIRO RECORTE
TERRITÓRIO EM ESTUDO
Planta Villa Prudente de Moraes em 1890 Fundada pelos irmãos Falchi www.prefeitura.sp.gov.br
O território em estudo, se localiza na divisa entre as subprefeituras da Vila Prudente e Sapopemba, na região sudeste da cidade, classificada como zona leste-1. Possui a particularidade de se configurar como área periférica por fazer divisa com os munícipios do ABC, porém localizada ainda muito próximo da região central da cidade, com acesso mais fácil para as outras regiões como zona norte, zona sul, e centro devido as suas conexões viárias de alto fluxo. A Vila Prudente é uma região antiga, pré-estabelecida desde o século XIX, na época caracterizada apenas por um pequeno núcleo urbano, rodeado por chácaras e sítios e que
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funcionava como uma espécie de subúrbio ligado ao centro da cidade por bondes, pela estrada da Mooca e pela ferrovia Santos-Jundiaí construída pela São Paulo Railway. A urbanização efetiva da região teve início com a chegada das primeiras indústrias. A expansão primeiramente ocorreu ao redor delas e do núcleo ali já existente. Porém apenas após a década de 30, com o estabelecimento do parque industrial do ABC e de várias outras fábricas nos bairros adjacentes Brás, Mooca e Belém tornou-se inevitável a procura por terrenos vazios mais ao leste, como exemplo ao longo da Estrada da Villa Emma em sentido a região do atual Pq. São Lucas e Sapobemba. Neste momento, o processo de urbanização foi caracterizado por pequenos núcleos de loteamento esparsos com a grande presença de terrenos grandes e área verdes ao seu redor. A partir deles e com o córrego da Mooca enquanto barreira, fica configurada a primeira camada de recortes e fragmentação da região, conforme seu crescimento
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de pontos distintos forma-se um tecido descontinuado e marcado por áreas de colisão. “CONTUDO, O QUE É IMPORTANTE PERCEBER É A FALTA DE ARTICULAÇÃO DOS DIVERSOS DESENHOS DE BAIRROS PRODUZIDOS NESTE PROCESSO, E COMO DESTA FORMA O SISTEMA VIÁRIO RESULTANTE NO TERRITÓRIO DA SUBPREFEITURA DE VILA PRUDENTE RESULTOU FRAGMENTADO, COM MUITOS PONTOS DE INCOERÊNCIA NOS LIMITES DOS LOTEAMENTOS. ESTE “URBANISMO DE COSTURA”, SE É POSSÍVEL ASSIM DENOMINÁ-LO , MARCA FORTEMENTE O DISTRITO DE SÃO LUCAS, NA MEDIDA EM QUE UM MAIOR NÚMERO DE BAIRRO MENORES SÃO PARCELADOS COM POUCA RELAÇÃO DE CONECTIVIDADE ENTRE SI.” GIANNELLI– 2016 P.22
Mapa da cidade de São Paulo de 1897 Recorte a Sudeste, destaques pela autora. www.arquivohistorico.sp.gov.br
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1924 Mapa da cidade de SĂŁo Paulo de 1924 Recorte a Sudeste, destaques pela autora. www.arquivohistorico.sp.gov.br
1952 Mapa da cidade de SĂŁo Paulo de 1952 Recorte a Sudeste, destaques pela autora. www.arquivohistorico.sp.gov.br
CENTRO DA VILA PRUDENTE
1958 Foto aérea da cidade de São Paulo de 1958 Recorte a Sudeste, destaques pela autora. www.arquivohistorico.sp.gov.br
AV. VILA EMMA
TECIDOS EM ESTRUTURAÇÃO A configuração atual dos tecidos urbanos na região se iniciou na década de 50, notasse que em 1958 quase todas as vias já estavam estruturadas, porém os lotes pouco ocupados
ÁREA DO PROJETO AV. ORATÓRIO
Em 1975 foi inaugurada a avenida Professor Luís Inácio de Anhaia Mello, construída sobre o córrego da Mooca localizado entre as duas vias estruturais do eixo sudeste em direção a São Mateus, as avenidas Vila Emma e Oratório já consolidadas no território. Após o tamponamento do córrego e da construção dessa avenida arterial é notável que houve estrangulamentos em alguns trechos, sendo que alguns terrenos e lotes se tornaram subutilizados e até hoje ainda existem áreas que não passaram por regularização fundiária como explicitado no projeto de revitalização da região que tramita na câmara. A Anhaia Mello faz parte do segundo anel viário, também conhecido como mini rodoanel e foi caracterizada como via de comércio especializada em vendas e serviços para carros. Atualmente, esse mercado encontra-se em baixa e perdeu a hegemonia na região. Tornou-se importante eixo de conexão com os demais bairros da zona leste localizados na porção sul. Consequentemente, a Vila Prudente e a Sapopemba estabelecem-se como
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Foto de 1974 Obras entre Av. ProfÂş Luis Anhaia Mello e R. Ibitirama www.portalvilaprudente.com.br
Foto aĂŠrea de 2016 www.mapio.net
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distritos transitórios e de conexão com o centro de São Paulo. Após um período de estagnação, nos últimos 10 anos, a região virou foco de investimentos de infraestrutura de mobilidade coletiva, como o Expresso Tiradentes (antigo Fura-Fila), a estação de metrô da linha 2 verde Terminal Vila Prudente e a Linha 15 – Prata ao longo da avenida Anhaia Mello com extensão até São Mateus. Com essa confluência de investimentos e obras a região ganha um novo papel quanto a mobilidade e adensamento urbano. “EM UM HORIZONTE DE LONGO PRAZO, HÁ UMA IMENSA POTENCIALIDADE DA SUBPREFEITURA DE VILA PRUDENTE EM SE TORNAR UMA DAS REGIÕES MAIS ESTRATÉGICAS DA CIDADE EM TERMOS DE PLANEJAMENTO DE TRANSPORTES. ISSO CONFERE A MESMA UMA CONDIÇÃO DE CENTRALIDADE EXCEPCIONAL, EMBORA ATUALMENTE SUA REALIDADE MORFOLÓGICA E DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NÃO ESTEJA EM SINTONIA COM ESTE CENÁRIO FUTURO” DENIS 2016 P.39
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Foto Aérea 2013 Vista para a estação do Term. Vila Prudente linha 2- verde e linha 15-prata em construção fonte Sergio Mazzi
Foto da estação Oratório pela autora
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Estudo dos tecidos urbanos em torno da årea de intervenção
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O processo de verticalização acelerou-se com a construção das estações, a maioria dos empreendimentos residenciais concentraram-se nas proximidades do metrô e do largo da Vila Prudente e utilizaram terrenos de antigas concessionárias, fábricas e galpões, em alguns casos em conjunto com a aglutinação de lotes residenciais lindeiros. Mesmo com o alto potencial construtivo ao longo das margens da avenida Anhaia Mello, definido nos últimos dois planos diretores da cidade de São Paulo, percebeu-se que não houve um grande interesse por parte do poder privado em edifícios comerciais, os poucos empreendimentos verticalizados são todos voltados para o mercado residencial.
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MAPA DE VERTICALIZAÇÃO ÁREAS LIVRES Foram demarcadas as áreas verdes de acesso públicas, como praças e parques, lotes de equipamentos públicos que possuam maciços verdes e as áreas remanecentes embaixo de LT. Destaca-se o potencial para a formação de um bairro mais verde na região através da reestruturação das áreas demarcadas.
ESTAÇÃO DE METRO CAMILO HADDAD Mesmo com a próximidade do metro nota-se que o processo de verticalização até o momento não é predominante na região.
ÁREAS VERTICALIZADAS Foram demarcadas ás áreas ocupadas por condominios com edificios superiores à cinco andares e também os empreendimentos que no momento se encontram em fase de construção e lançamento.
POTENCIAL DE VERTICALIZAÇÃO Devido a configuração da maioria dos quarteirões serem ocupados por lotes pequenos com residências unifamiliares, decidiu-se demarcar apenas os quarteirões que posuam lotes maiores ocupados por usos não residenciais e de baixa importância para a economia local.
DEFINIÇÃO
retalho(s.m.): Parte de uma coisa que se retalhou; Parte de um todo; Parte que se tira, que se corta de uma coisa; Fração, pedaço, fragmento.
15 RETALHOS
ORDENAÇÃO x MORFOLOGIA pela autora
7
1 5 8
2 3
4 9 12 13 14
15
56
6 10
11
1
2
3
57
4
5
6
58
7
8
9
59
10
11
12
60
13
14
15
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3 AS ARTICULAÇÕES
SISTEMAS
O monotrilho é um modal de estrutura elevada, que ao ser instalado sobre o fundo do vale, oferece uma nova perspectiva sobre a cidade ao seu redor. Considero, então, que é um elemento capaz de ativar a paisagem urbana, além de apenas demarcá-la. Em visita ao trecho em funcionamento entre a estação de Vila Prudente e Oratório, notei um novo espaço público na região, cercado por grandes avenidas e, que na escala do pedestre não é de fácil percepção devido ao seu entorno, ocupado pelo complexo viário com a do acesso à avenida Salim Farah Maluf.
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Av. Radial Leste Complexo de vias do MetrĂ´ e CPTM (Linha Vermelha e Linha 11) fonte desconhecida
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Av. Prof. LuĂs Anhaia Mello Complexo elevado Monotrilho Linha 15 - Prata fonte desconhecida
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Essa grande transparência para com a cidade rompe com os tradicionais sistemas já implementados de alta velocidade em sua maioria subterrâneos ou cercado por muros altos por questão de segurança. Em seguida, realizei uma pequena leitura e levantamento ao longo de toda extensão da Linha Prata na busca por possíveis composições de áreas livres, sistemas verdes e equipamentos públicos, de formas mais capilar e transversal ao eixo linear do trajeto da linha sobre as grandes estruturais. Ao longo do trajeto, a topografia apresenta diferentes condições, estreitamentos, alargamentos e declividades, conforme o esquema a seguir; e a relação visual com a paisagem também fica alterada.
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Relação do Monotrilho com a topografia e paisagem urbana Sequência de estudos esquemáticos sem escala pela autora
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SÃO LUCAS
ORATÓRIO TERM.VILA PRUDENTE Esta estação é de porte grante, faz conexão coma a Linha 2 Verde do Metrô, com o Expresso Tiradentes e possui terminal de ônibus integrado.
MONOTRILHO - LINHA 15 Todos os trilhos foram ocnstruídos entre as estações Vl. Prudente e Iguatemi, as únicas estações finalizadas até 2016 são Vila Prudente e Oratório como trecho em fase de testes, é previsto no projeto e na licitação do sistema a articulação de uma ciclovia ao longo dos canteiros centrais das avenidas onde estão lançados os pilares
Estação de porte pequeno mas com conexão com o pátio de trens
VILA TOLSTOI
VILA UNIÃO
JD. PLANALTO
FAZENDA DA JUTA
IGUATEMI
CAMILO HADDAD
SAPOBEMBA
TERM. SÃO MATEUS
Trata-se de uma estação de menor porte, sem conexão com outros modais, visa atender os bairros ao seu redor.
Estação de porte pequeno contudo possui conexão com terminal de ônibus. possui um fluxo maior.
Estação de porte grande como a Vl.Prudente, irá atender uma grande conexão com linhas de ônibus de um dos bairros mais populosos de São Paulo.
ESCOLA ESTADUAL
ESCOLA MUNICIPAL
ESCOLA MUNICIPAL ESCOLA MUNICIPAL
CDM
ECOPON
ESTUDO DE CONEXÕES Levantamento da estrutura viária (vias arteriais e colêtoras) e área de influência dos equipamentos públicos (300m)
ECOPONTO
CRECHE MUNICIPAL
DELEGACIA
ESCOLA MUNICIPAL
M
TO
DELEGACIA
Posteriormente foram estudadas as relações de nível mais local a área de intervenção, notandose a presença de uma grande quantidade de equipamentos públicos, como escolas estaduais e municipais, creches, UBS (Unidade Básica de Saúde), CDM (Centro Desportivo Municipal) e delegacia de polícia. Propõe-se a conexão destes equipamentos com a de um sistema de áreas verdes, conectados aos espaços livres, mas também criando caminhos arborizados e estruturados para atender ao fluxo de pedestres e permitir um melhor deslocamento entre bairros e equipamentos.
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CONFIGURAÇÃO DE UM PARQUE
No total são quinze retalhos, considerando a soma das áreas livres e dos lotes dotados de equipamentos públicos, a área tem um total de aproximadamente 90.000m². Para melhor integrar estes retalhos, três medidas principais foram tomadas, como a incorporação dos equipamentos públicos ao parque e desativação do sistema atual de pequenos lotes murados. A segunda foi a transformação de algumas ruas lindeiras às áreas verdes, de baixa importância no sistema viário e de fluxos da região, em ruas compartilhadas entre os usuários do parque e os moradores com lotes que dão de frente para o parque.
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A terceira medida é propor duas principais travessias que cruzam a avenida sendo uma elevada que se aproveita da geografia do vale e da estrutura do monotrilho como suporte e a outra que se transforma em extensão da praça. O parque possui três escalas de fluxo, que podem ser observadas no diagrama ao lado. Por fim, além de um novo desenho urbano, também foram previstas algumas estruturas de arquitetura para acolhter os usos existentes e potencializar novas apropriações e interações por parte de seus usuários. (CAP. 5)
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PARQUE
IMPLANTAÇÃO
4 O PARQUE
O projeto proposto procura reintegrar os dois lados da avenida por meio da expansão das áreas livres e da dispersão do programa nas reentrâncias perpendiculares do tecido urbano se adequando ao fluxo de escalas. Além disso valorizou-se manter e aumentar as áreas vegetadas, considerando sua importância para a absorção das águas.
• • • • •
N
Área de intervenção: 90.000 Área demolida: 9.000 Área livre: 60.000 Verde: 30.000 Construída (projetada): 10.000
0
2.5
5
10
•
•
•
•
•
Assegurar esquinas com alta permeabilidade visual para segurança nas travessias Favorecer conexão com a avenida em modos distintos: afastamento com presença de barreiras vegetais, aproximação com calçadas altamente arborizadas, e imersão com o alargamento da calçada para receber maior fluxo de pedestres Manter árvores existentes e recompor massa de vegetação onde fosse possível e de interesse. Integrar o espaço livre dos equipamentos públicos de acesso fechado, ao desenho do parque porém através de diferenças de cotas ou canteiros permitir uma diferenciação entre os propósitos de cada espaço Favorecer a interação social com espaços acessíveis à todos.
PARQUE
AMPLIAÇÃO A
• • •
•
•
N
Expansão da cobertura do ginásio da E.M. Arquibancada Construção de um acesso acessível unificado da cota 760 para 764, voltado para ginásio e entrada do metrô Identificar a entrada da E.M. e fornecer proteção ao sol e assentos para descanso Estruturação de área livre voltado aos alunos da E.M. para uso lúdico e auditório, com deslocamento do estacionamento interno para a rua superior
0
0.5
1
2
PARQUE
AMPLIAÇÃO B
•
• • •
N
Aproveitar a situação existente da topografia e transformar a área ocupada pelo posto de gasolina em praça seca, com característica de forma de borda de praia. Área gramada voltada para o sol Estrutura curvilínea em madeira para descanso sobre topografia. Configuração de um caminho paralelo mais protegido e afastado da avenida.
0
0.5
1
2
PARQUE
AMPLIAÇÃO C
•
• •
•
N
Conectar o lado esquerdo e direito com duas estruturas lineares com uso multiuso Maior cobertura por copas de árvores Na parte superior deslocar o eixo de circulação para a rua compartilhada Criar extensão do eixo da praça seca comunitária na avenida para conectar as duas margens e a creche
0
0.5
1
2
PARQUE
AMPLIAÇÃO D
•
• •
N
Transformar quadra existente em quadra pública de acesso livre e poliesportiva. Instalação de pista de skate ao lado da quadra Manter estacionamento dentro do lote da delegacia mas retirar muros e utilizar da topografia para realizar separação entre pedestres e veículos.
0
0.5
1
2
PARQUE
AMPLIAÇÃO E
•
•
•
N
Configurar fundos de lote como muro apoio para instalação de diferentes atividades como: horta, academia livre, palco, área lúdica... Criação de um talude artificial sobre o ecoponto, criando um circuito com o eixo do muro e um mirante sobre a cobertura. Construção de um edifício comunitário voltado para uso da população mais local e escolas próximas, integrando atividades educacionais, ambientais, esportivas e sociais.
0
0.5
1
2
PARQUE
TRAVESSIA 1
TRAVESSIA 2
5 EDIFÍCIO COMUNITÁRIO
EDIFÍCIO COMUNITÁRIO EDIFÍCIO COMUNITÁRIO O programa do edfício é misto, cobjetiva atender a população dos bairros mais próximos mas também dar suporte as atividades escolares e ambientais na região como um todo. É constituido por dois blocos, um especifico para abrigar a quadra poliesportiva que se assenta em meio nível no terreno, assim os usuários tem dois acessos um pela cota da praça que dá na parte alta das arquibancadas e outro pelo subsolo do bloco anexo onde localiza-se o vestiário e as ciruclações verticais. O bloco principal, possui dois andares, sendo o primeiro voltado para o uso educacional com abertura completa das salas multiuso para os dois lados da praça, no andar superior, localiza-se o salão(mezanino) e a área administrativa. A estrutura e geometria do edificio segue uma malha ortogonal de 7x7, com pilares e vigas em perfil “I” e cobertura do ginásio com vigas treliçadas tridimensionais, que vencem o vão de 28m.
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PLANTA INFERIOR| COTA 700
PLANTA TÉRREO| COTA 700
ESC 1:500
ESC 1:500
VESTIÁRIOS SALA DE APOIO E DEPÓSITO
PLANTA INFERIOR| COTA 700 ESC 1:500
CORREDOR ELEVADO ÁREA EXTERNA
BANHEIROS
BANHEIROS
8 SALAS DE OFICINAS SALÃO MULTIUSO
SALÃO DE MATERIAIS RECEPÇÃO SALAS DE USO ADMINISTRATIVO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho exposto foi um estudo e aprofundamento das questões sobre a desfragmentação dos espaços públicos e livres da cidade. Teve o objetivo de apresentar a possibilidade e importância de ações integradas em conjução com a iimplementação de infraestruturas e equiapmentos públicos na cidade. O território escolhido para estudo partiu de uma vivência pessoal na região e por considerar que alguns distritos como esse por não se enquadram nos extremos Centro x Periferia, são menos foco de estudo no ambiente de pesquisa de Arquitetura e Urbanismo.
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Cidade mais humana Carta aberta para a gestão municipal e sociedade Ilustração por Juliana Russo
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As propostas e diretrizes apresentadas são como manifestos e ensaios projetuais, que buscam mostrar e ilustrar uma cidade mais ativa, viva e humana e não se aplicam apenas a este recorte. A percepção e o olhar apresentados buscam instigar a reflexão sobre outros retalhos urbanos na cidade de São Paulo ou até mesmo em outras cidades de grande conurbação. Por fim desejo que São Paulo seje cada vez mais reocupada, redescoberta e ressigfinicada. Por uma relação mais expontânea e receptiva dos espaço públicos com os cidadãos.
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BIBLIOGRAFIA
AUGÉ, Marc. Não Lugar - introdução a uma antropologia da super modernidade. Campinas, São Paulo, 2007. BASSANI, Jorge. A função é a comunicação. Tese de doutorado. São Paulo, FAU-USP, 2005 BACHELARD, Gaston.; The Poetics of Space, 1964. GEHL, Jan. Cidades para pessoas. São Paulo, 2013 JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades, São Paulo,2000 MACIEL , Ulisses. Não-lugares. Um olhar sobre as metrópoles contemporâneas. Drops, São Paulo, ano 15, n. 086.02, Vitruvius, nov. 2014 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/ drops/15.086/5334>.
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REIS-ALVES, Luiz Augusto dos. O conceito de lugar. Arquitextos, São Paulo, ano 08, n. 087.10, Vitruvius, ago. 2007 <http://www. vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.087/225> SANTOS, Milton. Espaço & método. São Paulo, 1992 SANTOS, Milton. Território, Globalização e fragmentação.. São Paulo, 1992 TUAN , Yu-Fu. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo, 1983.
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projeto gráfico SAMANTHA BOSCO impressão e montagem SAMANTHA BOSCO
capa kraft 220g impressão full black inkjet recheio papel polén 90g papel offset 120g lombada exposta
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PROJETO DE ARTICULAÇÃO NA ESTAÇÃO CAMILO HADDAD SAMANTHA BOSCO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO ORIENTAÇÃO PROFº DR. LUÍS ANTÔNIO JORGE FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO