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Conclusões
CONCLUSÃO
Após análise, recomendações e até mesmo reflexões sobre a importância do trabalho, vale ressaltar que tal realização é inédita e que esses resultados devem demonstrar a importância de avaliações de caminhabilidade e gênero para que projetos propostos como melhoria do espaço urbano e ambientes de transporte não gerem obstáculos, barreiras ou excluam às pessoas da cidade mas que sim tenham a responsabilidade de colaborar com a construção de cidades mais acolhedoras e seguras para meninas e mulheres.
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Dito isso, é importante lembrar que o trabalho não têm pretensão de ser conclusivo e trazer todas as respostas mas sim chamar atenção à alguns problemas e apontar alguns caminhos. Acredita-se que a partir da capacitação e participação nas análises, as técnicas e técnicos presentes, também se proponham a revisitar e revisar o projeto constantemente a partir dessa ótica, de forma a influenciar para além do que olhamos minuciosamente nas ruas percorridas.
Além disso, insistimos em reforçar que projetos no ambiente urbano impactam o dia a dia e a vida cotidiana das pessoas, cidadãs e cidadãos, e que por isso quanto mais espaços de escuta, participação e análise das pessoas usuárias do sistema, que circulam a pé pelos territórios e as que ainda não circulam nem acessam o sistema é o que resultará em projetos que realmente tenham impacto positivo na qualidade de vida na cidade.
Ressaltamos que é importante ter mulheres na execução técnica dos projetos, mas as pessoas envolvidas devem ter a humildade de entender que existem muitas mulheres e realidades e que é preciso buscar compreender todas para realizar intervenções que as incluam no espaço urbano com segurança, sem limite de horário, de espaços e sem que se haja medo do espaço público.
Por fim, é preciso sempre ter a escala humana como base nos projetos. Caminhar é prioridade nas cidades, uma vez que a forma mais democrática de estar e circular no ambiente urbano para todas as pessoas, e que por meio de uma melhor caminhabilidade, se garante acessos mais seguros ao transporte público e melhor relação com o entorno. Para construir cidades caminháveis, é preciso incluir pessoas diversas nos processos, avaliações e cocriação, de forma a ter a inclusão como uma diretriz máxima.
Acreditamos que esse relatório apontou soluções para início para essa construção e que muitas outras ações e desdobramentos devem se somar para que Curitiba caminhe em direção a se tornar uma cidade acessível à mulheres, meninas e todas as pessoas.