Azul Magazine | Edição 31

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#31 NOVEMBRO A VIDA NA ROÇA DE MATHEUS NACHTERGAELE UMA SELEÇÃO DE ENDEREÇOS NO PELOURINHO DIVERSÃO NOS PARQUES DO SEAWORLD, NA FLÓRIDA

Natal

O CURVILÍNEO LITORAL DO RIO GRANDE DO NORTE PRESENTEIA O TURISTA COM PRAIAS DESLUMBRANTES, DUNAS DE TIRAR O FÔLEGO E UM INESQUECÍVEL PÔR DO SOL

& Pipa



Carmen Steffens








AZUL MAGAZINE #31

Sumário

N OV E M B RO 2 015

92

DESTINOS

92

Natal e Pipa A dobradinha mais adorável do litoral potiguar

104 SeaWorld

O mundo animal nos parques de Orlando

114 126 142 010 A Z U L M A G A Z I N E | 1 1. 2 0 1 5

114

Florianópolis

121

Una

Natureza e história misturadas à mesa

A atriz Juliana Silveira dá dicas sobre o destino baiano

EM FOCO

126

Matheus Nachtergaele

134

Boogarins

142

Velô

A fase sossegada e os projetos do ator paulistano

A banda que é a nova cara da música brasileira

Roupas feitas sob medida para ciclistas urbanos



Sumário 32

32 50

14 Editorial 16 Expediente 18 Colaboradores 4 CANTOS

26 28 32 38 42 46 50

42 60

Agenda Cinema Literatura Teatro Exposição Música TV

HIGHLIGHTS

64

70 72

60 64 66 68 70 72 76 78

Gastronomia O Quarto 5 Perguntas Hotspot Take 5 Vitrine Olhar Azul Colunas

Mário Magalhães Mara Salles Denise Campos de Toledo AZUIS

66 012 A Z U L M A G A Z I N E | 1 1. 2 0 1 5

146 Campanha 149 Entretenimento 152 Linhas de Ônibus 154 Experiência Azul 155 Curtas 157 Mapa de Rotas 162 Panorâmica



Editorial Novidades quentes para o verão Caro Leitor,

Antonoaldo Neves P RESIDENTE

014 A Z U L M A G A Z I N E | 1 1. 2 0 1 5

viagens aéreas durante a alta temporada de verão, já estamos vendendo em nossos canais uma série de voos extras para diversas cidades brasileiras. Nossa operadora de turismo, a Azul Viagens, colocará em funcionamento cerca de mil frequências que partem de vários municípios do Sul e do Sudeste do País para destinos como Bonito, Caldas Novas, Maceió, Natal, Fortaleza, Porto Seguro, Recife, entre outros. Para viagens realizadas de novembro a fevereiro, a operadora oferece pacotes completos para estes e outros locais, incluindo passagem, hospedagem, transporte e passeios. As opções custam a partir de R$740 e podem ser parceladas em até dez vezes sem juros. Por fim, contamos com duas ótimas novidades em nossa malha aérea. Estreamos no mês passado voos para Uruguaiana, no Rio Grande do Sul – esta é a sexta cidade gaúcha servida pela companhia –, com frequências diárias desde Porto Alegre. E Punta del Este, no Uruguai, também receberá voos da empresa entre os meses de dezembro e fevereiro, com operações a partir dos aeroportos de Campinas e Porto Alegre. Saiba mais sobre essas e outras novidades nas páginas Azuis ou por meio de nossos canais de atendimento. Agradeço a escolha de voar conosco. Boa leitura e um excelente voo!

RETRATO: DIVULGAÇÃO

Desde a fundação da companhia, em 2008, temos trabalhado de forma incansável para entregar a você, Cliente Azul, sempre o melhor serviço e a melhor experiência de viagem possível. Isto se traduz nas diversas inovações introduzidas pela Azul no setor aéreo brasileiro, com um produto reconhecido por sua qualidade e pela excelência. Temos muitos motivos para comemorar e estamos orgulhosos de poder dividi-los com você. Somos atualmente a companhia aérea mais pontual do Brasil, com uma média superior a 90% de pousos dentro do horário. Os números alcançados pela Azul foram apontados pela Infraero e pela FlightStats, líder mundial em informações de voo em tempo real. A organização internacional mostrou que a empresa detém um dos índices mais eficientes da América Latina e do mundo. Também fomos agraciados pelo site Melhores Destinos como a melhor companhia aérea do País, segundo pesquisa realizada com mais de cinco mil leitores. A Azul foi a empresa mais bem avaliada por 51% dos participantes. Entre os principais itens analisados destacaram-se o conforto de nossas aeronaves, o atendimento de nossos Tripulantes e o nosso serviço e entretenimento de bordo. Pensando em atender à crescente demanda por



COMUNICAÇÃO E MARCA Diretora de Comunicação e Marketing Claudia Fernandes Gerente de Comunicação Gerente de Produto Coordenador de Comunicação Diretor de Arte

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COLABORADORES Texto: Daniel Telles Marques, Denise Bobadilha, Mariana Lajolo, Paulo Vieira, Wagner Machado Foto: Álvaro Fráguas, Anna Carolina Negri, Carol Gherardi, Chema Llanos, Fernanda Frazão, Julia Rodrigues, Rogério Ferrari, Xico Buny Ilustração: Mauricio Pierro

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MARKETING Gerente de Marketing AZUL MAGAZINE

#31 NOVEMBRO A VIDA NA ROÇA DE MATHEUS NACHTERGAELE UMA SELEÇÃO DE ENDEREÇOS NO PELOURINHO DIVERSÃO NOS PARQUES DO SEAWORLD, NA FLÓRIDA

O CURVILÍNEO LITORAL DO RIO GRANDE DO NORTE PRESENTEIA O TURISTA COM PRAIAS DESLUMBRANTES, DUNAS DE TIRAR O FÔLEGO E UM INESQUECÍVEL PÔR DO SOL AZUL MAGAZINE

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Natal

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#31 NOVEMBRO A VIDA NA ROÇA DE MATHEUS NACHTERGAELE

& Pipa

UMA SELEÇÃO DE ENDEREÇOS NO PELOURINHO DIVERSÃO NOS PARQUES DO SEAWORLD, NA FLÓRIDA

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Natal

gessica@azulmagazine.com.br

DISTRIBUIÇÃO Supervisor de Distribuição/Circulação

Carlos Melo

Valquiria Gomes Vilela valquiria.gomes@azulmagazine.com.br

& Pipa

A ZU L L IN H A S AÉR EA S BR AS I L EI RA S

A ZU L L IN H A S AÉR E A S B R A S IL E IR A S

Gerente Administrativa

PROJETO GRÁFICO André Graciotti IMPRESSÃO CTP, Impressão LOG & PRINT e Acabamento Gráfica e Logística S.A.

carlos.melo@azulmagazine.com.br

FINANCEIRO/ADMINISTRATIVO Diretora Financeira

O CURVILÍNEO LITORAL DO RIO GRANDE DO NORTE PRESENTEIA O TURISTA COM PRAIAS DESLUMBRANTES, DUNAS DE TIRAR O FÔLEGO E UM INESQUECÍVEL PÔR DO SOL

Géssica Romanini

Thuany Pereira

Tiragem

70.000 exemplares

Editora Ferrari LTDA. CNPJ – 11.052.806/0001-40 Endereço – Av. Paulista, 2200, 23º andar Consolação. CEP 01310-300 11 3254 9950

thuany@azulmagazine.com.br

N OV E M BRO 2 015

N OV E M BRO 2 015

Assistente Financeira

Bruna Veiga

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bruna.veiga@azulmagazine.com.br

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AZUL31_CAPA.indd 1

10/20/15 7:42 PM

Foto da capa Anna Carolina Negri

Azul Magazine não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam do expediente da revista não têm autorização para falar em nome de Azul Magazine ou retirar qualquer tipo de material para produção de editorial caso não tenham em seu poder uma carta atualizada e datada, em papel timbrado, assinada por pessoa que conste do expediente.

A Azul Magazine é uma publicação mensal da Editora Ferrari LTDA. com conteúdo desenvolvido pela Azul Magazine, uma parceria entre as empresas Azul Linhas Aéreas e Editora Ferrari. 016 A Z U L M A G A Z I N E | 1 1. 2 0 1 5


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Central de Atendimento BB 4004 0001 ou 0800 729 0001 SAC 0800 729 0722 Ouvidoria BB 0800 729 5678 Defciente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088 SEAE/MF 04/0381/2015. Período de 05/10/2015 à 28/12/2015. Um produto Brasilprev Seguros e Previdência S.A. (CNPJ: 27.665.207/0001Certifcado de 31), comercializado pela BB Corretora de Seguros e Administradora de Bens S.A. Processos SUSEP. Júnior: FIX IX - CV 2020 III - CV 2030 III - CV 2040 III - PGBL: 15414.004839/201274 - VGBL: 15414.004838/2012-20. Pecúlio: 15414.005120/2012-51. A dos planos pela SUSEP não implica em seu incentivo ou à Nos por alíquotas decrescentes nos planos.


Colaboradores Denise Bobadilha

Álvaro Fráguas

J O R N A L I S TA

FOTÓGR AFO

A paulista de São Caetano do Sul já trabalhou no jornal Notícias Populares e em revistas como Caras e Próxima Viagem. Foi corredora de meia maratona e, atualmente, desacelerou o ritmo para ser praticante de ashtanga vinyasa yoga. Nesta edição ela assina a reportagem sobre as atrações das paradisíacas Natal e Pipa, no Rio Grande do Norte.

Passou a infância e a juventude entre Minas Gerais, seu estado natal, e a Bahia, mas foi em São Paulo que se aperfeiçoou na arte de fotografar, ao lado de profissionais como Silvio Pinhatti e Paulo Mancini. Hoje mora em Belo Horizonte e colabora em veículos como Elle, Casa Claudia e Poder. Paralelamente, desenvolve um trabalho autoral sobre as antigas fazendas de café. Para este número, fez os retratos de Matheus Nachtergaele.

Wagner Machado

Carol Gherardi

J O R N A L I S TA

FOTÓGR AFA

A paulistana é formada em jornalismo e fotografia e tem trabalhos publicados em livros e veículos de gastronomia e turismo. Adora clicar pessoas, lugares, cozinhas e comidas. Aqui, suas imagens ilustram a reportagem sobre os diversos sabores da ilha de Florianópolis.

Anna Carolina Negri

Mais acostumado com coberturas políticas para a internet, mas enamorado do jornalismo cultural, o gaúcho acredita que o mais bonito da atividade de reportagem é dar conta da polifonia de discursos. Fã de cinema, literatura, futebol e chope, gosta mesmo é de ouvir o que os outros têm a dizer. Para esta Azul Magazine, entrevistou o ator Matheus Nachtergaele.

Trabalha há dez anos como freelancer para agências, jornais e revistas, sempre com a visão de que a vida é composta de diversos fragmentos de luz e cor a serem expostos ao mundo. São dela os registros das belezas da capital potiguar e da vizinha Pipa, destinos que estampam a capa desta edição.

018 A Z U L M A G A Z I N E | 1 1. 2 0 1 5

FOTOS: ACERVO PESSOAL

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Ter alguém ao seu lado a vida toda.

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28 Cinema O longa Órfãos do Eldorado chega às salas do País

32 Literatura O fotógrafo Valdemir Cunha lança livro sobre o uso da água

4 cantos

38 Teatro Thiago Lacerda protagoniza Macbeth em São Paulo

FOTOS: OCTAVIO CARDOSO/DIV. (ÓRFÃOS DO ELDORADO); VALDEMIR CUNHA /DIV. (ÁGUA)

28

32


4 CANT OS | A G E N D A

dia

4

novembro

Feira PARTE SÃO PAULO (SP)

Quarenta galerias, entre nacionais e internacionais, expõem seus produtos na quinta edição desta feira de arte contemporânea. Além do comércio de obras e de exposições, promove debates sobre o setor e exibe projetos curiosos, como a instalação Família Vende Tudo, do grupo Aluga-se. Há ainda conversas entre curadores e figuras do grafite, como Caligrapixo. Até 8 de novembro. PAÇO DAS ARTES, AV. DA UNIVERSIDADE, 1, CIDADE UNIVERSITÁRIA, SÃO PAULO. QUA. (4) A SEX. (6), DAS 10H ÀS 19H; SÁB. (7) E DOM. (8), DAS 11H ÀS 18H. GRÁTIS

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dia

11

Pearl Jam PORTO ALEGRE (RS)

Clássicos como Better Man e Daughter prometem fazer a alegria dos fãs da banda, que, além da capital gaúcha, apresenta-se em São Paulo (14), Brasília (17), Belo Horizonte (20) e Rio (22), com a turnê de Lightning Bolt. O álbum, lançado em 2013, é o décimo de estúdio do grupo e tem um histórico de sucesso: conquistou um Grammy, estreou no 1º lugar da Billboard Top 200 e na 1ª posição do iTunes em mais de 50 países. ARENA DO GRÊMIO, AV. PADRE LEOPOLDO BRENTANO, 110, HUMAITÁ, PORTO ALEGRE. QUA. (11), ÀS 22H30. ENTRE R$160 E R$460

dia

12

Pantanal Extremo CORUMBÁ (MS)

Corrida de trilha, mountain bike e canoagem são apenas algumas das modalidades dos jogos, que chegam à terceira edição. Durante quatro dias, a cidade sul-mato-grossense torna-se a meca dos aventureiros de plantão, com competições em rios, baías, corixas, matas e morros. Os pequenos também têm lugar na brincadeira com o Extreminho, voltado para os alunos da rede municipal de ensino com idades entre 11 e 14 anos. CENTRO DE CONVENÇÕES DO SESC, R. DOMINGOS SAHIB, 570, PORTO GERAL, CORUMBÁ. DE 12 A 15 DE NOVEMBRO. INSCRIÇÕES ENTRE R$30 E R$100

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026 A Z U L M A G A Z I N E | 1 1. 2 0 1 5

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dia

12

TICKETSFORFUN.COM.BR

Fliporto OLINDA (PE)

Até 15 de novembro, a cidade recebe a 11ª edição da Festa Literária Internacional de Pernambuco. Neste ano o evento presta homenagem à literatura de expressão portuguesa, com destaque para o poeta Fernando Pessoa. Entre os nomes confirmados para o Congresso Literário, liderado pelo jornalista Mario Helio, estão os lusos Miguel Sousa Tavares e Arnaldo Saraiva, o espanhol Javier Cercas, o americano Richard Zenith e os brasileiros Mario Prata e Pasquale Cipro Neto. COLÉGIO DE SÃO BENTO, AV. SIGISMUNDO GONÇALVES, 375, CARMO, OLINDA. QUI. (12) A DOM. (15), DAS 9H ÀS 21H. GRÁTIS 81 3269 6134

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Música

dia

13

Cinema

TV

Esporte

Dança

Literatura

Exposição

Teatro

Outros

Mostra Sesc Cariri de Culturas REGIÃO DO CARIRI (CE)

O evento – que vai até 17 de novembro – contempla 28 municípios do Cariri cearense, com apresentações de teatro e dança, exposições, shows, rodas literárias, performances poéticas e mostras de cinema e vídeo. Artistas locais e de demais regiões do Brasil participam da programação, como a trupe Dona Zefinha, de Itapipora (CE) e a cantora pernambucana Alessandra Leão. 28 MUNICÍPIOS DO CARIRI CEARENSE, DE 13 A 17 DE NOVEMBRO. GRÁTIS

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dia

17

Morrissey

Balada Literária SÃO PAULO (SP)

SÃO PAULO (SP)

Duas apresentações com propostas diferentes marcam a passagem de Morrissey (ex-The Smiths) por São Paulo. Parte da turnê do álbum World Peace Is None of Your Business, o show do dia 17, no Teatro Renault, tem clima mais intimista. Já no dia 21 o Citibank Hall deve receber um público de 7 mil pessoas. Depois, o artista segue para o Rio de Janeiro (25) e Brasília (29). TEATRO RENAULT, AV. BRIGADEIRO LUÍS ANTÔNIO, 411, BELA VISTA, SÃO PAULO. TER. (17), ÀS 22H. ENTRE R$250 E R$620 4003 5588 FOTOS: EVERSON FONSECA /DIV. (FEIRA PARTE); PAUL A ROCHA /DIV. (MOSTRA SESC CARIRI DE CULTURAS); DANNY CLINCH/DIV. (PEARL JAM); STUCKERT/PL ANET PHOTO/DIV. (PANTANAL); DIVULGAÇÃO

18

TICKETSFORFUN.COM.BR

Diversos espaços culturais da capital paulista recebem a 10ª edição do evento, que, neste ano, homenageia a cineasta Suzana Amaral. Com entrada franca, ele se espalha pelo bairro Vila Madalena e arredores. Entre os convidados para mesas, debates e performances estão nomes como Jards Macalé (foto), Marcélia Cartaxo, Chico César, Cadão Volpato, Xico Sá, Lourenço Mutarelli e Laerte. ESPAÇOS PÚBLICOS DE SÃO PAULO, DE 18 A 22 DE NOVEMBRO. GRÁTIS BALADALITERARIA.COM.BR

dia

19

Mondial de la Biére RIO DE JANEIRO (RJ)

Grandes rótulos, consumidores e produtores se reúnem na terceira edição do encontro cervejeiro. Durante quatro dias, os apreciadores da bebida devem bater ponto no Píer Mauá, na Zona Portuária do Rio. Os números são animadores: 112 expositores e mais de 800 tipos de cervejas especiais para degustação aguardam os visitantes. PÍER MAUÁ, AV. RODRIGUES ALVES, 10, SAÚDE, RIO DE JANEIRO. QUI. (19) A DOM. (22), DAS 14H ÀS 23H. A PARTIR DE R$40

21 2441 9100

dia

28

MONDIALDELABIERERIO.COM

Brahma Valley SÃO PAULO (SP)

Fernando & Sorocaba (foto), Jads e Jadson, Marcos e Belutti, Victor e Leo, Lucas Lucco, Michel Teló, Chitãozinho e Xororó e João Bosco e Vinícius são alguns dos confirmados para o festival sertanejo. Com mais de dez horas de shows, o evento conta ainda com artistas de outras vertentes, como Jorge Ben Jor, Projota, Negra Li e o DJ Bob Sinclar. A direção artística é de João Marcello Bôscoli, com cenários criados e assinados por Gringo Cardia. JOCKEY CLUB, AV. LINEU DE PAULA MACHADO, 1263, CIDADE JARDIM, SÃO PAULO. SÁB. (28) E DOM. (29), DAS 12H ÀS 23H. ENTRE R$180 E R$1.630 (PACOTE)

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027


4 C ANT OS | C I N E M A

Imersão amazônica BASEADO NA OBRA DE MILTON HATOUM E RODADO NA REGIÃO NORTE, ÓRFÃOS DO ELDORADO ESTREIA NOS CINEMAS COM DANIEL DE OLIVEIRA E DIRA PAES NOS PAPÉIS PRINCIPAIS Por MARINA AZAREDO

028 A Z U L M A G A Z I N E | 1 1. 2 0 1 5

Guilherme Coelho queria fazer um filme que não terminasse ao final da sessão. E foi justamente na adaptação de um romance que o documentarista carioca conseguiu transformar o desejo em realidade. Órfãos do Eldorado, longa baseado no livro homônimo de Milton Hatoum (2008), com estreia marcada para o dia 12 deste mês, é uma obra que ainda está sendo descoberta. E que ajuda a ressignificar o trabalho de um dos grandes escritores brasileiros. “Estamos nos divertindo e aproveitando o momento do lançamento para descobrir tanto o livro quanto o filme”, conta Guilherme sobre a sua primeira incursão na ficção – antes, dirigiu os documentários PQD (2009), Fernando Lemos, Atrás da Imagem (2005), Fala Tu (2003) e São João em Caruaru (1999). Ele afirma ter se valido das experiências pautadas na realidade para concluir o projeto que agora chega às salas. “Estar olho no olho com entrevistados num documentário, pensando sobre a

representação deles para a câmera, é muito valioso. E trabalhar com atores é pensar o tempo todo em representação, tons e gestos”, explica. O filme é um mergulho na mente de Arminto Cordovil (Daniel de Oliveira), um homem que volta para casa depois de muitos anos ausente. Surpreendido pela morte do pai, ele se vê obrigado a assumir os negócios da família, que fez fortuna com o transporte de mercadorias no Rio Amazonas. E revive episódios do passado com Florita (Dira Paes), a mulher que o criou. Embora não revele grandes fatos sobre a vida do protagonista, o enredo presenteia o espectador com belas cenas da natureza e de elementos mitológicos do Norte do País – as filmagens foram realizadas


ENCANTOS PARAENSES Vai para Belém? Confira as dicas de Daniel de Oliveira e Dira Paes para curtir o melhor da cidade

Daniel de Oliveira: Na página anterior e ao lado, três cenas de Órfãos do Eldorado, que estreia neste mês; e, abaixo, o cineasta Guilherme Coelho durante as filmagens do longa

FOTOS: JOSÉ BASSIT ( VER- O -PESO E DONA ONETE); SIDNEY PRODUÇÕES/DIV. (CÍRIO DE NA Z ARÉ); OCTAVIO CARDOSO/DIV. (MAKING OF); DIVULGAÇÃO

> Mercado Ver-o-Peso > Passeio de barco até a Ilha

dos Papagaios > A cachaça de jambu e o caldo

de peixe do bar Meu Garoto > Subir num pé de bacuri e

comer a fruta ali mesmo

> Restaurante Remanso

do Bosque > Uma festa brega

Dira Paes:

> Círio de Nazaré, evento

realizado anualmente, em outubro > Orla de Icoaraci > Passeio de barco pelo furo do Combu, com direito a banho de lama > Cidade Velha

> Show de Dona Onete e Mestre Vieira > Uma boa peixada, seguida de uma tigela de açaí

em Belém e seu arredores e no arquipélago de Anavilhanas, no Amazonas, banhado pelo Rio Negro. Segundo os atores, o cenário é muito singular. “Mais uma vez me rendi à beleza do Norte. Sempre que me chamarem para fazer um trabalho lá será um novo encontro”, diz Daniel, que já havia filmado A Festa da Menina Morta (2008), de Matheus Nachtergaele, na amazonense Barcelos. Dira, por sua vez, diz que viveu “um reencontro fascinante com as águas, os sabores, as artes e o povo mais hospitaleiro do mundo”. Natural de Abaetetuba, no Pará, a atriz é peça crucial do longa. “A Florita só poderia ter sido feita pela Dira. Sem ela provavelmente não existiria o filme”, elogia Guilherme.

O elenco conta ainda com um nome especial: o próprio Milton Hatoum. O escritor interpreta um pescador em uma cena escrita especialmente para ele – e a primeira a ser rodada. “Ele entrega um tucunaré para o Arminto. O mesmo personagem que havia criado na literatura nascia ali com ele, no cinema”, conta o diretor. E esta é apenas uma das muitas passagens carregadas de simbologia. O próprio final do filme é mais um convite à imaginação do que exatamente um desfecho. Como queria Guilherme, Órfãos do Eldorado não termina quando as luzes se acendem.

Órfãos do Eldorado Estreia no dia 12 de novembro

029


4 CANT OS | C I N E M A

TELA GRANDE FIQUE POR DENTRO DAS PRINCIPAIS ESTREIAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS DO MÊS Por MARINA AZAREDO

dia

5

Movimentos finais

dia

5

Em suas últimas 24 horas de vida, antes de ser brutalmente assassinado, o polêmico diretor italiano Pier Paolo Pasolini (interpretado por Willem Dafoe), conhecido por obras como Teorema (1968) e Os Contos de Canterbury (1972), passa o tempo com a mãe e os amigos. Seu relacionamento com um garoto de programa de Roma também é retratado em Pasolini, dirigido por Abel Ferrara.

dia

12

Com licença para matar

Amor e desilusão Baseado em contos de Nelson Rodrigues, Ninguém Ama Ninguém por Mais de Dois Anos investiga a intimidade de cinco casais no início dos anos 1960. O espectador mergulha na rotina de cada um deles para descobrir medos e desejos, em uma narrativa bem-humorada sobre a fragilidade das relações afetivas. O elenco conta com Gabriela Duarte, Marcelo Faria e Ernani Moraes. A direção é de Clovis Mello. 030 A Z U L M A G A Z I N E | 1 1. 2 0 1 5

Uma mensagem enigmática do passado leva James Bond (Daniel Craig) a uma investigação sobre uma misteriosa organização. Enquanto M (Ralph Fiennes) enfrenta duras batalhas políticas para manter o serviço de inteligência funcionando plenamente, Bond dedica-se a desvendar o que é Spectre. Em 007 Contra Spectre, 24º filme da franquia, o principal papel feminino fica a cargo de Monica Bellucci, na pele da bela viúva de um criminoso.


PROGRAMA CINEMARK MANIA

Todo mundo ama, todo mundo quer. dia

19

Fim da saga Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) segue firme em sua revolução contra a Capital, que está inconformada com o fato de ela ainda estar viva. Em Jogos Vorazes: A Esperança – O Final, quarto filme da franquia, a heroína está disposta a lutar em nome de sua causa e também por seus amigos e familiares.

BRINDES

COMBOS

PROMOÇÕES

dia

12

FOTOS: JONATHAN OLLEY/DIV. (007); WARNER BROS./DIV. (ALIANÇA DO CRIME ); MURRAY CLOSE/DIV. (JOGOS VORAZES); DIVULGAÇÃO

Ingress gratuit o o IRA JÁ ADQU O CARTÃ O SEU S ETERIA H IL B S NA VEITE E APRO

Escândalo no FBI Aliança do Crime conta a trajetória real de Whitey Bulger (Johnny Depp), um dos criminosos mais famosos de Boston nos anos 1970. Ele começa a trabalhar como informante do FBI para derrubar uma família de mafiosos, mas é traído pela agência, tornando-se um dos homens mais procurados dos Estados Unidos.

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Que Horas Ela Volta?, Vai que Cola, S.O.S. – Mulheres ao Mar 2 e outros 25 filmes nacionais serão exibidos no dia 9 deste mês em sessões cujos ingressos custarão apenas R$3. O Projeta Brasil vai ocupar 570 salas da rede Cinemark

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4 CANT OS | L I T E R A T U R A

Recurso escasso O LIVRO ÁGUA, DO FOTÓGRAFO VALDEMIR CUNHA, CHEGA ÀS LIVRARIAS NESTE MÊS E PROVOCA UMA REFLEXÃO PERSPICAZ EM PLENA CRISE HÍDRICA BRASILEIRA Por LUIZA VIEIRA

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Uns com tanto e outros com tão pouco. O ditado popular faz enorme sentido atualmente, quando o assunto é água no Brasil. Sua escassez deixou de ser um problema do sertão nordestino e chegou aos lares da Grande São Paulo. Em contrapartida, os pantaneiros as e comunidades ribeirinhas do Amazonas lidam com os períodos de cheia naturalmente, em uma vida com ritmo ditado pelo ciclo da água. O uso do recurso e, sobretudo, sua falta são a temática de Água, o 20º livro de Valdemir Cunha, que completa 25 anos de carreira em 2015. Considerada por ele como um ponto de virada em seu trabalho, a publicação escapa do conceito de livro de fotografias e tem teor documental, principalmente pelo timing certeiro. “Não foi proposital que ficasse pronto em meio à crise hídrica, mas é


FOTOS: VALDEMIR CUNHA /DIV.

Três registros que ilustram o livro Água: na página anterior, Dunas do Rosado (RN); nesta página, acima, pantaneiros em Aquidauana (MS); e, ao lado, casa de um ribeirinho no Rio Amazonas (PA)

Água Ed. Origem, R$98

interessante que tenha acontecido isso, para provocar uma reflexão”, diz ele. A ideia da obra, aliás, surgiu bem antes da atual escassez no Sudeste, em uma viagem ao sertão baiano, como o próprio Valdemir conta no princípio do livro. “Foi há cinco anos. Entrei na casa de um sertanejo e notei que não existiam canos embaixo da pia, apenas um buraco por onde a água escorria. Ao perguntar sobre a falta de canos para dar vazão à água ou sobre a possibilidade de reaproveitá-la, ele me disse apontando para o buraco: ‘agora não falta mais, porque temos um poço artesiano’. Percebi que aquele homem não tinha a compreensão do significado daquele pequeno furo que drenava um de seus bens mais preciosos”, lembra o fotógrafo, que viajou pelo País durante cinco anos para fazer as imagens.

Na publicação, todos os caminhos percorridos pelo leitor levam à reflexão: o projeto gráfico foi desenvolvido de forma que a seca esteja presente nos dois capítulos do livro – o primeiro é dedicado ao texto, escrito pelo jornalista Xavier Bartaburu, e o segundo, ao ensaio fotográfico. “As páginas começam amarelas, até chegar ao vermelho, representando o aumento da temperatura, assim como o texto vai baixando, tal como o nível de um reservatório”, explica. Já a água, que aparece ora abundante, ora em um vaso no cantinho de uma casa no sertão, mostra que o problema hídrico é, sim, de abrangência nacional. “Eu espero que as pessoas entendam a ironia que se debruça sobre este tema tão atual. Não quero que seja apenas um livro de registros, deixado numa mesa de centro.”

LANÇAMENTOS São Paulo Galeria Porão, R. Aspicuelta, 145, Vila Madalena. Sáb. (7), às 15h. Na data, será aberta a exposição Água, em cartaz até o dia 31 de dezembro. Grátis

Curitiba Livraria da Vila, Shopping Pátio Batel, Av. Batel, 1868, Batel. Sáb. (28), às 15h

Água é o primeiro título de uma trilogia que Valdemir pretende completar em breve: Terra e Fogo tratam das consequências de como esses recursos são aplicados, como o uso do solo para a agricultura e a industrialização desenfreada, respectivamente. Imagens da publicação poderão ser vistas também na capital paulista, em uma exposição que fica em cartaz do dia 7 deste mês até 31 de dezembro. 033


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FOTO: EDUARDO MAGALHÃES/DIV. (FLUPP 2014); DIVULGAÇÃO

À esquerda, registro da edição 2014 da Flupp, realizada na comunidade da Mangueira, no Rio de Janeiro; e, abaixo, Julio Ludemir (esq.) e Écio Salles, dois dos idealizadores da festa literária

A descentralização das letras

EM SUA QUARTA EDIÇÃO, A FESTA LITERÁRIA INTERNACIONAL DAS PERIFERIAS OCUPA O MORRO DA BABILÔNIA COM UMA PROGRAMAÇÃO QUE PROPÕE O INTERCÂMBIO DE AUTORES, LEITORES E PRODUÇÕES REALIZADAS NAS FAVELAS E NO CENTRO DO RIO

O Morro da Babilônia, na Zona Sul do Rio de Janeiro, recebe neste mês um evento que vem subvertendo a ordem vigente do mundo das letras. A Festa Literária Internacional das Periferias (Flupp) nasceu com a proposta de levar a literatura das regiões periféricas para o centro – e vice-versa. “Uma das nossas missões é mapear o que está sendo feito na favela e espalhar por outras regiões da cidade. E, claro, provocar um intercâmbio entre esses dois mundos”, diz o escritor Julio Ludemir, um dos idealizadores do evento, que será realizado entre os dias 3 e 8 de novembro. Com programação que contempla debates, saraus e gincanas, a edição deste ano tem como grande nome o escritor escocês Alan Campbell, conhecido por ter desenvolvido a série de jogos Grand Theft Auto (GTA). Ele participa da mesa que propõe uma conversa sobre as variadas formas de narrativas literárias. Um dos destaques da cena local será o Sarau Peripatético, um cortejo pelos becos e ladeiras da comunidade que reunirá poetas da periferia carioca. 034 A Z U L M A G A Z I N E | 1 1. 2 0 1 5

Por MARINA AZAREDO

Para proporcionar – e até incentivar – a convivência entre moradores da favela, escritores, editores e jornalistas, todos os autores convidados ficarão hospedados na rede de pousadas e albergues do Morro da Babilônia, que inclui também a comunidade Chapéu Mangueira. “Será a nossa Paraty”, diz Julio, referindo-se à famosa Flip. Em sua quarta edição, os idealizadores da Flupp já comemoram os resultados do trabalho de descentralização da literatura. Cinco livros de autores que surgiram durante a festa chegaram às lojas este ano. Entre eles, o romance de Raquel de Oliveira, A Número Um, em que ela conta sua história de amor com Naldo, chefe do tráfico da Rocinha, nos anos 1980. “Quando começamos, disseram que éramos delirantes por acreditar que havia escritores e leitores dentro da favela. Mas nós estávamos certos”, comemora Julio.

Flupp – Festa Literária Internacional das Periferias Em espaços públicos do Morro da Babilônia, no Rio de Janeiro. De 3 a 8 de novembro. Grátis FLUPP.NET.BR



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estante

BIBLIOTECA VEJA AQUI UMA SELEÇÃO DE NOVOS TÍTULOS NACIONAIS E ESTRANGEIROS Por BRUNA TIUSSU

A defesa da igualdade Um dos lançamentos mais aclamados do ano, Vá, Coloque um Vigia, da norte-americana Harper Lee, acaba de ganhar versão em português pela José Olympio (R$40). Além de romper um silêncio literário de 55 anos, a obra revela uma autora mais realista, direta e combativa, quando comparada à sua estreia, em 1961, com O Sol É para Todos – que lhe rendeu o prêmio Pulitzer. Apesar de tratar do mesmo tema – a segregação racial e os direitos civis –, o novo romance se passa 20 anos mais tarde, nos Estados Unidos de 1950, já alvoroçado com protestos e reivindicações que movimentavam seu cenário político e social.

Bambi

Felix Salten .......................... Publicada originalmente em 1923, a obra do escritor austríaco chega às livrarias pela primeira vez em português. A narrativa doce, mas também soturna e dolorosa, ganhou delicadas ilustrações assinadas pelo artista plástico Nino Cais. COSAC NAIFY, R$49,90

Melodias cariocas

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Vive la Cuisine!

Claude Troisgros, Laurent Suaudeau e Emmanuel Bassoleil .......................... O trio de chefs franceses que mudou o rumo da gastronomia brasileira conta aqui sua chegada ao País nas décadas de 70 e 80 e a descoberta dos ingredientes nacionais. O livro traz também 35 receitas. BOCCATO BOOKS, R$119,90

IMAGENS: REPRODUÇÃO

Após o sucesso de Chega de Saudade (1990), em que se debruçou sobre a história da bossa nova, o escritor e jornalista Ruy Castro foca em outra vertente musical, o samba-canção, em A Noite do Meu Bem (Cia. das Letras, R$59,90). A obra reconstitui o cenário de badalação dos anos 1940 e 1950, quando as boates de Copacabana – Vogue, Sacha’s, Arpège, entre outras – eram pontos de encontro de banqueiros, diplomatas, jornalistas, artistas e boêmios abonados, que ali falavam sobre política e a vida de quem realmente importava. Nos palcos, a música ganhava tom mais intimista, nas vozes de nomes como Dick Farney, Dolores Duran e Tito Madi.


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T E AT R O

Dobradinha épica O SESC VILA MARIANA, EM SÃO PAULO, RECEBE NESTE MÊS DUAS MONTAGENS SHAKESPEAREANAS, COM ELENCO ENCABEÇADO POR THIAGO LACERDA E DIREÇÃO DE RON DANIELS

Por LUIZA VIEIRA

FOTO: ADRIANO FAGUNDES/ DIV.

Com 41 encenações de William Shakespeare no currículo, o diretor carioca Ron Daniels volta aos palcos brasileiros neste mês. A tragédia Macbeth e a comédia Medida por Medida, ambas do dramaturgo inglês, estreiam no Sesc Vila Mariana, em São Paulo, com um elenco que se reveza entre as duas montagens. Repetindo a dobradinha de 2012, quando fez sucesso no papel principal de Hamlet, sob a direção de Ron, Thiago Lacerda (foto) será o protagonista de Macbeth. Foi justamente a partir de uma conversa com o ator que Ron Daniels teve a ideia do projeto. “Sabia que o Thiago faria perfeitamente o papel”, diz ele, que é diretor teatral da Royal Shakespeare Company, no Reino Unido. Thiago Lacerda, por sua vez, celebra a realização da iniciativa. “Prometi ao teatro brasileiro que não o deixaria afastado tanto tempo assim de nosso País. É um prestígio termos essa autoridade em Shakespeare entre nós”, rebate. Macbeth abre os trabalhos no dia 5, com Thiago e Giulia Gam nos papéis principais. No dia seguinte, a dupla atua como elenco de apoio para Marco Antônio Pâmio e Luísa Thiré, em Medida por Medida. Aqui, o ator fala sobre as peças e a importância de levar a obra do mestre da dramaturgia inglesa ao grande público.

Macbeth e Medida por Medida Sesc Vila Mariana, R. Pelotas, 141, Vila Mariana, São Paulo. De 5 de novembro a 20 de dezembro e de 7 de janeiro a 31 de janeiro. Macbteh: qui. e sáb., às 21h; Medida por Medida: sex., às 21h, e dom., às 18h. R$60 11 5080 3000 SESCSP.ORG.BR

Qual a importância de um projeto deste porte no atual cenário teatral? Não são apenas duas peças de Shakespeare, mas sim um evento cultural. Em um país que dá pouco valor à educação e à cultura, é preciso coragem para ir em frente. E nós todos da equipe queremos comprar essa briga pelo Brasil.

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Ainda existe uma dificuldade de aceitação, uma ideia de que Shakespeare seja erudito? Ele era um gênio, autor do povo. Acontece que se falava de outra forma naquela época. Na tradução de Ron Daniels e Marcos Daud, o objetivo principal é justamente fazer com que a história chegue às pessoas, sem floreios ou truques mirabolantes de dialética.

É muito difícil fazer gêneros tão distintos ao mesmo tempo? O desafio mesmo é tornar o projeto realidade. O nosso mérito é enorme, e a atuação em si acaba sendo uma diversão, porque estamos fazendo nosso trabalho com orgulho e prazer.


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UM A M ARCA DO G RUPO LUN E LLI


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T E AT R O

NOS PALCOS ACOMPANHE A PROGRAMAÇÃO DOS FESTIVAIS E AS ESTREIAS TEATRAIS Por SOFIA FRANCO

Décadas suspensas

Notícias no palco A variedade de linguagens é a marca de Real: Teatro de Revista Política, nova criação do grupo mineiro Espanca!. O projeto reúne cinco pequenas montagens, cada uma escrita por um dramaturgo convidado, inspiradas em fatos recentes que marcaram a sociedade brasileira. A curta temporada de estreia, de 19 a 22 de novembro, apresenta quatro desses trabalhos: Inquérito, O Todo e as Partes, Maré e Parada Serpentina (foto).

Uma Espécie de Alasca, texto do Nobel de literatura Harold Pinter inspirado na obra Tempo de Despertar, de Oliver Sacks, tem adaptação brasileira sob direção de Gabriel Fontes Paiva. Yara de Novaes vive a personagem Débora, que acorda após 29 anos em coma e conta com a ajuda de sua irmã, Paulinha (Miriam Rinaldi), e de seu cunhado, o médico Hornby (Jorge Emil), para lhe apresentar sua nova realidade. Em cartaz até 29 de novembro. AUDITÓRIO MASP UNILEVER, AV. PAULISTA, 1578, CERQUEIRA CÉSAR, SÃO PAULO. SEX. E SÁB., ÀS 21H; DOM., ÀS 20H. R$20 11 3149 5920

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Romance sertanejo Chitãozinho & Xororó e Jane Austen são a combinação inusitada que inspira o musical Nuvem de Lágrimas, livre adaptação de Orgulho e Preconceito (1813), com temporada de 5 de novembro a 20 de dezembro na capital paulista. No palco, Gabriel Sater e Lucy Alves interpretam o casal Darcy e Bete no universo do interior do Brasil do início dos anos 1990, ao som de sucessos como Evidências e Fio de Cabelo. O espetáculo tem direção de Tania Nardini e Luciano Andrey e texto original de Anna Toledo. TEATRO BRADESCO, R. PALESTRA ITÁLIA, 500, PERDIZES, SÃO PAULO. QUI., ÀS 21H; SEX., ÀS 21H30; SÁB., ÀS 17H E ÀS 21H; DOM., ÀS 19H. ENTRE R$25 E R$190 4003 1212

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TEATROBRADESCO.COM.BR


Momentos finais Lázaro Ramos dirige e protagoniza a peça O Topo da Montanha, que reinventa o último dia de vida de Martin Luther King. O ator interpreta o reverendo, líder da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, durante encontro com uma camareira (Taís Araújo) no quarto 306 do Hotel Lorraine, em Memphis, onde foi assassinado após seu derradeiro discurso. O texto de Katori Hall teve sua estreia em 2009, em Londres, e seguiu para a Broadway em 2011, onde foi encenado por Samuel L. Jackson e Angela Bassett. Até 20 de dezembro. TEATRO FAAP, R. ALAGOAS, 903, HIGIENÓPOLIS, SÃO PAULO. SEX., ÀS 21H30; SÁB., ÀS 21H; DOM., ÀS 18H. R$90

FOTOS: LEEK YUNG KIM/DIV. (UMA ESPÉCIE DE AL ASCA); GUTO MUNIZ/DIV. (REAL: TEATRO DE REVISTA POLÍTICA); NIL CANINÉ/DIV. (IDEIA FIX A); JORGE BISPO/DIV. (O TOPO DA MONTANHA); OTÁVIO DIAS/DIV. (NUVEM DE L ÁGRIMAS); LEO AVERSA (KISS ME K ATE ); DIVULGAÇÃO

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FAAP.BR/TEATRO

Síndrome do abandono Metateatro Maior sucesso da carreira de Cole Porter – vencedor de cinco prêmios Tony, em 1949 –, Kiss Me Kate – O Beijo da Megera ganha montagem brasileira pelas mãos da dupla Charles Möeller & Claudio Botelho. O musical reúne sucessos do compositor, como So In Love e From This Moment On, e marca o retorno de José Mayer aos palcos. Ele interpreta Fred Graham, o vaidoso dono de uma companhia de teatro que, na companhia de sua ex-mulher, a diva Lilli Vanessi (Alessandra Verney), viaja em turnê com a peça shakespeareana A Megera Domada. Até 13 de dezembro.

Em Ideia Fixa, Silvia Buarque e Guta Stresser interpretam duas mulheres que foram rejeitadas pelo mesmo homem (vivido por Rodrigo Penna). Enquanto ele segue sua vida, elas mantêm as delas em torno das lembranças e da saudade do relacionamento. Henrique Tavares assina a direção. O texto – uma alternância de monólogos – é de Adriana Falcão e a trilha sonora é de sua filha, Clarice Falcão. TEATRO POEIRA, R. SÃO JOÃO BATISTA, 104, BOTAFOGO, RIO DE JANEIRO. QUI. A SÁB., ÀS 21H; DOM., ÀS 19H. R$60 21 2537 8053

TEATROPOEIRA.COM.BR

TEATRO BRADESCO, SHOPPING VILLAGE MALL, AV. DAS AMÉRICAS, 3900, BARRA DA TIJUCA, RIO DE JANEIRO. SEX., ÀS 21H30; SÁB., ÀS 21H; DOM., ÀS 20H. ENTRE R$50 E R$150

21 3431 0100

TEATROBRADESCORIO.COM.BR

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FOTOS: DIVULGAÇÃO

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Fora do eixo UM DOS GRANDES NOMES DA ARTE CONTEMPORÂNEA MUNDIAL, VIK MUNIZ EXPÕE RESTROSPECTIVA DE SUA OBRA NO MUSEU VALE, EM VILA VELHA (ES) Por MARINA AZAREDO

Embora seja um dos pop stars da arte brasileira, Vik Muniz faz questão de não deixar sua obra restrita ao eixo Rio-São Paulo, onde se concentra a maioria das grandes exposições do País. Atualmente o paulistano está em cartaz no Museu Vale, em Vila Velha (ES), com uma mostra que faz um panorama de sua trajetória, aberta ao público até o dia 14 de fevereiro de 2016. Cem trabalhos estão expostos, com destaque para as imagens feitas com sucata, terra, diamantes, e até comida. “É um formato que eu venho apresentando em vários lugares, mas que muda a cada montagem, dependendo do espaço disponível. O público vai entender de onde vêm as minhas ideias, além de ver obras dos últimos quatro anos, como as que eu fiz durante minha residência no MIT (Massachussets Institute of Technology), com bactérias e células humanas”, destaca o artista, que já soma mais de 30 anos de carreira. 042 A Z U L M A G A Z I N E | 1 1. 2 0 1 5

Outro ponto alto da mostra são as 33 fotografias que compõem Earthworks, feitas em áreas mineradas a céu aberto em 2002. De helicóptero, ele comandou a operação e registrou os desenhos feitos com tratores e escavadeiras no solo. As imagens parecem uma documentação de marcas deixadas por extraterrestres em regiões não urbanas. “Gosto de criar trabalhos de contraste em termos de escala e de percepção”, explica. Trabalhos icônicos como Crianças de Açúcar, série de rostos de meninos filhos de operários das usinas açucareiras caribenhas desenhados com açúcar, e Cartões-Postais de Lugar Nenhum, composições de colagens que recriam paisagens conhecidas, também não ficaram de fora. Curiosamente, é raro Vik participar da montagem das mostras que propõem um panorama de sua obra. “Gosto de me surpreender com meu trabalho. E, às vezes, vendo uma nova composição tenho ideias para fazer outras coisas”, justifica. Expor é, também, uma forma de sair de seu próprio eixo.

Vik Muniz – Panorama da Obra do Artista Museu Vale, Antiga Estação Pedro Nolasco, s/nº, Argolas, Vila Velha, Espírito Santo. Ter. a sex., das 8h às 17h; sáb. e dom., das 10h às 18h. Até 14 de fevereiro de 2016. Grátis 27 3333 2484 MUSEUVALE.COM

Em sentido horário, a obra Death and Life, After Klimt; uma das fotografias de Earthworks; e retrato da série Crianças de Açúcar



4 CANT OS | E X P O S I Ç Ã O

ARTE EM FOCO SAIBA MAIS SOBRE OS DESTAQUES DE MUSEUS E ESPAÇOS CULTURAIS Por LUIZA VIEIRA

Arte geométrica Verger para crianças Idealizada para o espectador mirim, As Aventuras de Pierre Verger propõe uma viagem lúdica pela obra do fotógrafo francês, morto em 1996, e que escolheu a Bahia para ser seu lar. As 220 imagens exibidas retratam povos, paisagens e guerras mundo afora e são acompanhadas de vídeos, tecidos artesanais e ilustrações de Bruno Marcello, que representam, ficcionalmente, o personagem Verger em contextos por ele vividos. Até 30 de dezembro.

No dia 28 deste mês, a Ocupação Sérgio Camargo: Luz e Matéria será inaugurada no Itaú Cultural de São Paulo. Até o dia 9 de fevereiro de 2016, relevos e esculturas – feitos de mármore, pedra, gesso, entre outros materiais – de autoria do artista carioca vão ocupar os três andares da instituição. Fotografias, cartas trocadas com amigos e outros artistas, esboços e ferramentas por ele usadas completam a coleção exposta. ITAÚ CULTURAL, AV. PAULISTA, 149, CERQUEIRA CÉSAR, SÃO PAULO. TER. A SEX., DAS 9H ÀS 20H; SÁB. E DOM., DAS 11H ÀS 20H. GRÁTIS

MUSEU AFRO BRASIL, AV. PEDRO ÁLVARES CABRAL, S/Nº, PARQUE IBIRAPUERA,

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A desconstrução de uma obra

Impasses do além-mar

De 15 de novembro a 19 de dezembro, será possível conferir o passo a passo do processo criativo de Waltercio Caldas, um dos principais nomes das artes plásticas no Brasil. Na exposição Ateliê Transparente, o próprio artista desmonta seus trabalhos e convida o espectador a desvendar as ideias que deram origem a desenhos, esculturas e objetos por meio de pistas, como rascunhos e anotações feitos em mais de 100 cadernos.

Em 20 de novembro, dia da Consciência Negra, o Sesc CY Belenzinho, em São Paulo, inaugura a exposição AquiAfrica, que aborda questões-chave para o povo africano, como a xenofobia, CMY os problemas de imigração, as tradições culturais e os sistemas K políticos vigentes em seu continente. As fotografias, as pinturas, os desenhos, as esculturas, os vídeos e as instalações que compõem a mostra são assinadas por 13 artistas contemporâneos, como o pintor conguês Chéri Samba (foto) e o cineasta Abderrahmane Sissako, da Mauritânia. Até 28 de fevereiro de 2016.

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FOTOS: FUNDAÇÃO PIERRE VERGER/DIV. (AS AVENTURAS DE PIERRE VERGER); DIVULGAÇÃO

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Criaturas constrangedoras Elas causam certa repulsa, mas, ao mesmo tempo, expressam uma ternura cativante. A ambiguidade presente nas obras surrealistas da australiana Patricia Piccinini é proposital, uma vez que a intenção da artista é chamar a atenção para questões como padrão de beleza, racismo e xenofobia. Em ComCiência, sua primeira individual no Brasil – em cartaz até 4 de janeiro de 2016 –, o público confere trabalhos intrigantes, como The Observer (2010), The Welcome Guest (2011) e The Long Awaited (2008, foto). CCBB SÃO PAULO, R. ÁLVARES PENTEADO, 112, CENTRO, SÃO PAULO. QUA. A SEG., DAS 9H ÀS 21H. 202x133mm_AzulMag_ComfortSuites.pdf

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Inovação em pauta EM SUA TERCEIRA EDIÇÃO NO BRASIL, O FESTIVAL SÓNAR TRAZ A SÃO PAULO GRANDES NOMES DA MÚSICA EXPERIMENTAL E O QUE HÁ DE MAIS MODERNO NO UNIVERSO DIGITAL Por LUIZA VIEIRA

Com o objetivo de dar visibilidade a artistas de vanguarda e fazer experimentações com novas correntes musicais, o Sónar chega mais uma vez a São Paulo. O festival de música, criatividade e tecnologia nascido em 1994 em Barcelona, na Espanha – onde é realizado anualmente –, traz atrações de peso para a sua terceira edição brasileira, como as bandas britânicas The Chemical Brothers e Hot Chip, principais nomes do show marcado para o dia 28 deste mês, no Espaço das Américas. Expoentes da música eletrônica e experimental completam o line-up, com destaque para a DJ chilena Valesuchi e o produtor francês Brodinski. Com uma expectativa de atrair 12 mil pessoas, Duda Magalhães, CEO da Dream Factory, produtora da edição nacional, acredita que a importância do evento vai muito além do repertório que traz. “O Sónar possui um público antenado, disposto a arriscar novas experiências artísticas e, muitas vezes, ser o provedor de conteúdo para o próprio festival. O que nos move neste projeto é a busca pela inovação”, afirma.

Para incentivar essa troca de conhecimento, a iniciativa não se restringe à noite dos shows. Durante os quatro dias anteriores – de 24 a 27 de novembro –, outros dois braços do evento tomam forma: a mostra audiovisual Sónar Cinema e uma conferência internacional sobre indústria tecnológica, criativa e artística. Em dezembro, o festival segue para a argentina Buenos Aires (3), a chilena Santiago (5) e a colombiana Bogotá (7). Em 2016, já há edições confirmadas em Reykjavík, na Islândia; Copenhague, na Dinamarca; Estocolmo, na Suécia; e Barcelona, na Espanha. Duas atrações do Sónar São Paulo: à esquerda, a DJ chilena Valesuchi; e, abaixo, o grupo britânico Hot Chip

Espaço das Américas, R. Tagipuru, 795, Barra Funda, São Paulo. Sáb. (28), às 20h. R$550 (há desconto de 50% para quem doar um livro na porta do evento) 11 2027 0777 SONARSAOPAULO.COM.BR

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FOTOS: STEVE GULLICK /DIV. (HOT CHIP); MATIAS BAEZ A /DIV. ( VALESUCHI)

Sónar São Paulo



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OUÇA ESSA OS PRINCIPAIS LANÇAMENTOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS DO MÊS Por SOFIA FRANCO

Novos hits Está no sangue Francisco Eller adotou o nome artístico Chico Chico para estrear como cantor e compositor. No álbum 2x0 Vargem Alta, o filho de Cássia Eller e sua banda misturam ritmos que vão do MPB ao blues nas 12 faixas – e citam como referências nomes como Crosby, Stills and Nash, Bob Dylan e Neil Young. Completam o quinteto Artur Pedrosa, na bateria, Dudu Souto, no baixo, Leandro Bocão, na guitarra, e Pedro Fonseca, no teclado.

Delirium, terceiro álbum de estúdio de Ellie Goulding, chega às prateleiras este mês. O primeiro single, On My Mind, dá um gostinho do pop eletrônico que tornou a cantora britânica reconhecida internacionalmente. A nova queridinha dos ingleses também já fincou os pés em Hollywood: ela emplacou Love Me Like You Do, uma das 16 faixas do novo disco, na trilha sonora do blockbuster Cinquenta Tons de Cinza.

playlist Rodrigo Tavares

I Can Make You Feel Young Again Copeland

Criatividade à prova

Somente samba

Depois de passar pelo Brasil, com shows em São Paulo e no Rock In Rio, Rod Stewart lança o álbum Another Country. Em nova fase, o britânico decidiu participar da composição e da produção das canções e experimentar mais, adicionando toques de ska, reggae e música celta ao disco. A faixa-título é inspirada no respeito do cantor por quem luta nas forças armadas.

Um disco dedicado ao ritmo brasileiro era um desejo antigo de Zélia Duncan que se concretiza com o lançamento de Antes do Mundo Acabar. O álbum combina delicadezas, peças de crônica urbana e bom humor nas 14 faixas. As nove canções inéditas são frutos de parcerias com Pedro Luís, Ana Costa, Bia Paes Leme, Arlindo Cruz e Zeca Baleiro, com quem divide a autoria da canção-título.

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Fatal Flaw Anchor & Braille Rey Sol Fito Páez Never in Your Sun Stevie Wonder Cebolas Supercombo

FOTOS: OSCAR VASCONCELOS/DIV. (CHICO CHICO); ROBERTO SET TON/DIV. (ZÉLIA DUNCAN); DTRUSCELLO/DIV. (ROD STEWART); DIVULGAÇÃO

MÚSICO



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TV

Seriado tragicômico APÓS O ENORME SUCESSO NA WEB, O COLETIVO DE HUMOR PORTA DOS FUNDOS SE ARRISCA NA TELEVISÃO COM O GRANDE GONZALEZ, QUE TEM ESTREIA MARCADA PARA ESTE MÊS NA FOX

FOTO: DIVULGAÇÃO

Por SOFIA FRANCO

Depois de “quebrar” a internet com vídeos que somam até 20 milhões de visualizações no YouTube, o Porta dos Fundos estreia neste mês em uma plataforma mais tradicional: a televisão. O Grande Gonzalez, série produzida em parceria com a Fox, é a nova empreitada do coletivo de humor que surgiu em 2012 – ironicamente porque seus integrantes estavam insatisfeitos com a falta de liberdade criativa na TV brasileira. Na produção, que entra no ar no dia 2, o protagonista Luis Lobianco interpreta um mágico que morre, logo no primeiro episódio, ao tentar realizar um truque em uma festa infantil. O caso, então, transforma-se em uma investigação policial e o enredo ganha ares de suspense. “É uma combinação de CSI, Os Simpsons e Porta dos Fundos mesmo”, brinca o ator. No roteiro de Ian SBF, Gabriel Esteves e Gregorio Duvivier, suspeitos e testemunhas, como o palhaço (Fabio Porchat), o cinegrafista (Rafael Infante) e a assistente (Thati Lopes), ajudam os policiais (Antonio Tabet e João Vicente de Castro) 050 A Z U L M A G A Z I N E | 1 1. 2 0 1 5

a reconstituir os últimos dias do ilusionista para descobrir como ele chegou ao lugar errado, na hora errada e com as pessoas erradas. Entre depoimentos desconexos, a única certeza é de que ele tinha talento para fazer inimigos. O novo formato é um desafio para o grupo, cuja maior especialidade são os esquetes rápidos – três minutos, em média – recheados de boas sacadas. Com dez episódios de 30 minutos e narrativa seriada, O Grande Gonzalez explora outro tipo de dramaturgia: além do habitual humor, há também cenas menos pautadas no absurdo. Para os fãs a boa notícia é que aparentemente a TV é só uma parte do plano de expansão da trupe. Ela já está no teatro com a peça Portátil, que este mês passa por Florianópolis (14 e 15) e João Pessoa (21 e 22), e prepara o primeiro filme, Contrato Vitalício. “Somos produtores de conteúdo. Quanto mais gente assistir, melhor”, justifica Lobianco.

O Grande Gonzalez Estreia no dia 2 de novembro às 22h, na Fox

Os atores Luis Lobianco e Thati Lopes em cena de O Grande Gonzalez



4 CANT OS

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TV dia

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VEJA ESSA SAIBA QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS NOVIDADES DA PROGRAMAÇÃO DE TV Por SOFIA FRANCO

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Defensora urbana

Terceiro Sinal mergulha na mente criativa dos maiores diretores de teatro do Brasil em quatro episódios, exibidos no GNT à 0h de sábado. O programa dirigido por Sandra Delgado mostra os bastidores de quatro espetáculos: Hamlet, por Aderbal Freire Filho, Estrela Brazyleira a Vagar – Cacilda!!, por José Celso Martinez, Do Fundo do Lago Escuro, por Domingos Oliveira, e As Meninas, por Amir Haddad. A série revela um espaço que raramente é aberto ao público, acompanhando o dia a dia dos ensaios e preparativos de uma grande peça, com entrevistas e depoimentos do elenco.

dia

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Ofício sigiloso Sharon Stone interpreta a vice-presidente dos Estados Unidos no drama Agent X, que será exibido no TNT Séries aos sábados, às 21h. Em uma função aparentemente simbólica no governo, a protagonista tem a missão de proteger a Constituição americana durante uma grande crise, e é a única que conhece a identidade do agente secreto X (Jeff Hephner), responsável por defender o país de qualquer ameaça. A atração é escrita e produzida por William Blake Herron, de A Identidade Bourne, e terá 10 episódios.

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FOTOS: MYLES ARONOWITZ/DIV. (MARVEL’S JESSICA JONES); JAMES DIT TIGER/DIV. (AGENT X ); GNT/DIV. (TERCEIRO SINAL)

Atrás da cortina

O passado volta para assombrar Jessica Jones, uma detetive particular que está reconstruindo sua vida pessoal e sua carreira em Nova York depois de terminar de forma trágica sua curta trajetória como heroína. Krysten Ritter (de Breaking Bad) dá vida à protagonista de Marvel’s Jessica Jones, segunda série da Netflix baseada em uma personagem dos quadrinhos, com 13 episódios de uma hora disponibilizados de uma vez só. A produção vai se unir a Demolidor – já disponível no serviço de streaming –, Luke Cage e Punho de Ferro, previstas para o ano que vem, para formar a minissérie The Defenders.



Chef 5 Estrelas de Curitiba

Chef do Ano

Restaurateur do ano

Gazeta do Povo 2012 (Hors-Concours)

Gazeta do Povo 2012 Gula 2011 Veja 2011

Guia Brasil 4 Rodas 2009

“Difícil é ser simples”. A frase do genial Chef francês Paul Bocuse sempre me ensinou muito, e essa é a principal razão por que os nossos pratos surpreendem. O sabor vem principalmente dos ingredientes frescos, naturais e de alta qualidade que cuidadosamente selecionamos. Não usamos nenhum tipo de conservante ou aromatizante, fazemos nós mesmos quase tudo que servimos, pois só assim temos certeza que controlamos tudo e que temos a melhor qualidade em todas as etapas para lhe servir um prato surpreendente. Cuidamos também do nosso ambiente, da decoração e especialmente do nosso pessoal. No Madero, vamos surpreender você também na maneira de servir. Com muito orgulho, mas com humildade, podemos anunciar que ganhamos inúmeros prêmios nos últimos anos e, ainda mais importante para nós, que 99,8% dos nossos clientes se declaram satisfeitos. Mas prometemos que não vamos descansar enquanto não satisfizermos os 100%!

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2 horas 1 a 6 e d o ã a aç o Início din tã após a ges



60 Gastronomia As receitas criativas do Piracema, em Santarém (PA)

66 5 Perguntas O diretor Chico Teixeira fala sobre o filme Ausência

highlights

70 Take 5 Lugares ideais para se aventurar de paraquedas

FOTOS: CHEMA LL ANOS (PIRACEMA); DIVULGAÇÃO (PARAQUEDISMO BOITUVA)

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H I GHLIGHT S | G A S T R O N O M I A

À esquerda, a chef Polyana Melo; à direita, detalhe da decoração do Piracema; abaixo, filhote servido com legumes, cuscuz de farinha e purê de banana. Na página seguinte, a entrada de aviú, microcamarão típico do Rio Tapajós

Experimentações

amazônicas POLYANA MELO SEGUE AS DICAS DOS ESTRELADOS CHEFS DO PAÍS E APLICA SUAS TÉCNICAS NO PIRACEMA, RESTAURANTE DE SANTARÉM, NO PARÁ, QUE OFERECE UMA VERSÃO CONTEMPORÂNEA DA CULINÁRIA DO NORTE Por BRUNA TIUSSU Fotos CHEMA LLANOS

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Nas paredes amarelas do salão, a cultura regional é que brilha. Estão lá barquinhos que representam a romaria do Círio de Nazaré, cachaças de jambu, cuias amazônicas e artesanatos feitos da palha do tucumanzeiro. Uma prateleira, porém, permite objetos "de fora": livros de chefs como Alex Atala, Roberta Sudbrack e Ana Luiza Trajano têm lugares cativos por ali. É na leitura cuidadosa dessas obras – e nas horas investidas na internet – que Polyana Melo encontra inspirações que diminuem a distância entre o seu Piracema, em Santarém, no Pará, e os restaurantes mais elogiados do Sudeste do País. A curiosidade da cozinheira, de 35 anos – que há quatro assumiu o lugar da mãe, Vera, no comando da casa –, reflete-se em um cardápio criativo, cujos pratos parecem testar a potência dos ingredientes locais. E o melhor: sem


ENDEREÇOS

gastronômicos

Por

Polyana Melo

Mirante Tapiocaria & Crepiocaria A lanchonete é a nossa segunda casa. Tem linda vista do Tapajós e serve um ótimo crepe com jambu e camarão-rosa. PÇA. DO MIRANTE, S/Nº, SANTARÉM

Casa do Saulo

qualquer afetação gastronômica. "Eu nunca quis servir o trivial. Então fico pesquisando maneiras diferentes de preparar peixes e provo com o pirarucu, com o tambaqui... E uso a família de cobaia" diz ela, evidenciando seu autodidatismo e o jeito descontraído de encarar a cozinha. De suas experimentações mais recentes saíram pratos que acabaram de ser incorporados ao menu do restaurante, como os palitos de filhote com geleia de cupuaçu picante e o filhote no papelote com legumes, cuscuz de farinha e purê de banana. "As pessoas se esquecem do filhote, um peixe saborosíssimo e típico daqui." Já o famoso pirarucu ela tratou de defumar e grelhar na folha de bananeira para depois servilo com risoto de feijão-manteiguinha, ingrediente que leva selo de origem de Santarém.

O ponto forte é o ambiente. Além de também ter vista do Tapajós, é perfeito para quem quer ficar em paz. COMUNIDADE CARAPANARI, S/Nº, EST. DO PAJUÇARA, SANTARÉM

Nossa Casa O cardápio é composto de receitas regionais tradicionais e outros pratos da cozinha brasileira. R. SÃO CRISTÓVÃO, 2, PRAINHA, SANTARÉM 93 3522 7684

Farol da Ilha Fica de frente para a Ilha do Amor de Alter do Chão. Lugar que adoro ir quando quero tomar uma caipirinha. ORLA FLUVIAL, S/Nº, ALTER DO CHÃO

O cardápio apresenta ainda receitas insubstituíveis, ali presentes desde a inauguração da casa, em 2008. Para abrir o apetite, caem bem a cumbuca de aviú (um microcamarão comum nas águas rasas do Rio Tapajós) refogado com ervas aromáticas e o caldinho de tucupi com jambu. Entre os pratos principais, lideram a lista dos mais pedidos a costela de tambaqui grelhada com crispy de jambu e lâminas de castanhado-pará e o filé de pirarucu recheado com banana e queijo e servido com purê de batata e arroz. Polyana também serve opções com filé-mignon – "só porque tenho que agradar a todos" –, mas seu forte mesmo são os peixes nobres da Amazônia, comprados diariamente de pescadores. O frescor da matéria-prima (outra lição tirada dos livros) é mais um diferencial do Piracema, cuja fama na região já fez gente sair de Belém e de Manaus só para conhecê-lo. Alex Atala e companhia que se cuidem.

Piracema Av. Mendonça Furtado, 73, Prainha, Santarém, Pará 93 3522 7461 RESTAURANTEPIRACEMA.COM.BR

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H I GHLIGHT S | G A S T R O N O M I A

BOM APETITE CONFIRA AS MELHORES NOVIDADES DE BARES, RESTAURANTES E CAFÉS Por BRUNA TIUSSU

Receitas da Itália

Gastronomia com arte A artista plástica Adriana Alliz não poupou esforços para transformar o sobrado que utilizava como ateliê no Modigliani Bistrô, inaugurado recentemente em Recife. Além de peças produzidas para o ambiente, ela também restaurou móveis antigos e nove lustres da família. O cardápio traz referências das culinárias italiana e francesa, em receitas elaboradas pela chef Luciana Sultanum – formada no Le Cordon Bleu, em Paris. Da cozinha, saem pratos como o risoto de frutos do mar e o lombo de cordeiro com crosta persillade servido com batatas-doces assadas, mini cebolas glaceadas e molho de vinho tinto (foto). MODIGLIANI BISTRÔ, R. DOIS IRMÃOS, 14, APIPUCOS, RECIFE

Proprietário do Ernesto Ristorante, o chef Dudu Sperandio partiu para a sua segunda empreitada gastronômica há cinco meses, quando inaugurou o Funiculí, também na capital paranaense. O forte da casa são as pizzas assadas no forno a lenha, em que se destacam as clássicas margherita e genovese, e as massas artesanais – o tortellini de porchetta com molho de queijo de cabra e grana padano vale a pedida. FUNICULÍ, R. MYLTHO ANSELMO DA SILVA, 1438, MERCÊS, CURITIBA

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FOTOS: JOANA CAL A Z ANS/DIV. (MODIGLIANI); PRISCILL A FIEDLER/DIV. (FUNICULÍ); WELLINGTON NEMETH/DIV. (FRIGOBAR)

Recinto sigiloso Depois de três anos de pesquisas – que incluem gastos com livros, filmes, viagens e bares –, Pablo Moya, Diego Dillon, Sylas Rocha e Liu Fukushima reproduziram a atmosfera de um speakeasy (casas que vendiam bebidas alcoólicas ilegalmente durante a Lei Seca nos EUA) no espaço diminuto do Frigobar, aberto em setembro. Jazz como trilha sonora, ambiente aconchegante e drinks memoráveis, como o Morning Glory e o 12 Miles Limits, são as marcas do lugar, que mantém uma aura secreta: só é permitida a entrada de quem possui senha.



H I GHLIGHT S | O Q U A R T O

Luxo discreto LOCALIZADO NA BAIANA PONTA DE CORUMBAU, UMA DAS PRAIAS MAIS BONITAS DO BRASIL, O VILA NAIÁ AGRADA EM CHEIO QUEM GOSTA DE CONFORTO E REQUINTE SEM OSTENTAÇÃO Por PAULO VIEIRA Fotos CHEMA LLANOS

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Assim como a moda, o conceito de luxo difere de pessoa para pessoa, de lugar para lugar, de ano para ano. Para alguns, luxo é dispor de uma oferta pantagruélica de comida e uísque 8 anos à beira de uma piscina. Para outros, usar grifes que delimitam seu território com letras garrafais. Para um terceiro grupo, luxo está na discrição, no low profile, na interação respeitosa, no silêncio. Numa palavra: harmonia. Estes certamente encontrarão satisfação no Vila Naiá, hotel com apenas oito quartos (alguns chamados de “casas”) junto à praia de um lugar tão lindo quanto remoto, Ponta do Corumbau, ao Sul de Porto Seguro, na Bahia. Todos os quartos/casas são feitos de ripas de madeira, uma homenagem às casinhas que lá existiam antes de a pro-

prietária, a paulistana Renata Mellão, adquirir a então Fazenda Carroula. Melhor habitação da propriedade, a Casa Dupla, que comporta dois casais em quartos separados por uma sala comum, está mais para uma palafita chique do que para o Taj Mahal, mas tem aquele it que faz toda a diferença. Sim, a harmonia. É só passar pela porta que gira em torno de seu eixo para entender: a sala central com o sofá de dois lugares; janelas e portas, que, alinhadas a Leste, garantem ventilação natural frequente


Na página anterior, a varanda da Casa Dupla. Nesta página, a piscina do Vila Naiá, um dos quartos da habitação e o seu ambiente comum

SERVIÇOS EXTRAS A mesa A harmonia também está nas áreas comuns do Vila Naiá, especialmente no restaurante, que serve pratos feitos com peixes frescos e ingredientes plantados na propriedade

No balcão

(caso necessário, o ar-condicionado silencioso encontra-se escondido por uma treliça de madeira); o dossel que nasceu como mosquiteiro; as toalhas e o roupão de algodão egípcio importados de Portugal; a cama de casal onde caberia uma família; a televisão que, minúscula, não faria hóspedes baterem panelas se fosse trocada por um rádio de ondas curtas. Não há vista da praia, mas a interação com a Mata Atlântica compensa a limitação. Laminados, cromados ou pratarias reluzentes se destacam pela ausência. Com alguma imaginação,

dá para se sentir na Casa Dupla como um expedicionário inglês – digamos logo um Richard Burton, não sejamos mesquinhos – em meio a porcelanas de um fino jogo de chá de um acampamento das nascentes do Nilo. Aqui, Bahia, século 21, são a mesa de tampo de vidro, as cadeiras Tok&Stok e a singela lanterninha na cabeceira da cama que executam diligentemente essa função. Você talvez não queira passar o resto de seus dias na Casa Dupla: há ainda as casas Branca, Rosa e Amarela para conhecer, afinal.

Vila Naiá Ponta de Corumbau, Prado. Entre R$1.200 e R$3.400 73 35731006 VILANAIA.COM.BR

Surpreendentemente variado e criativo, o bar do hotel reflete o interesse da proprietária, Renata Mellão, pela coquetelaria

Sustentabilidade Para alguns donos de pousada, ser sustentável é achar espaço para pendurar mais uma samambaia. No Vila Naiá, a conversa é diferente. Grande parte da propriedade é uma RPPN (reserva particular de patrimônio natural). Caminha-se sobre passarelas e há ações menos visíveis, como tratamento de efluentes e seleção de fornecedores com preocupações ambientais

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H I GHLIGHT S | 5 P E R G U N T A S

DEPOIS DE ACUMULAR PRÊMIOS E PARTICIPAR DOS PRINCIPAIS FESTIVAIS DO BRASIL E DO MUNDO, AUSÊNCIA, DO DIRETOR CHICO TEIXEIRA, ENTRA EM CARTAZ NAS SALAS DO PAÍS NESTE MÊS

um vazio Premiado quatro vezes no Festival de Gramado deste ano, com os Kikitos de melhor filme, direção, roteiro e trilha sonora, Ausência não é um filme fácil. “Até mesmo escrevê-lo foi uma tarefa triste”, diz Chico Teixeira. Para seu segundo longa de ficção – estreou em 2007, com A Casa de Alice –, o cineasta carioca elegeu como fio condutor Serginho (Matheus Fagundes), um garoto de 15 anos que teve de virar adulto na adolescência. Abandonado pelo pai, ele 066 A Z U L M A G A Z I N E | 1 1. 2 0 1 5

Por LUIZA VIEIRA

se torna o homem da casa, responsável por cuidar da mãe e do irmão caçula, ao mesmo tempo que busca afeto e se depara com as descobertas típicas da idade. A temática um tanto inquietante agradou também o público internacional quando a produção foi exibida na Berlinale deste ano e no CICAE Art Cinema, em Toulouse, na França, em 2014. Aqui, o diretor fala sobre o processo de criação de Ausência, que estreia no dia 26 deste mês.

FOTOS: L AURA MORSCH/DIV. (RETRATO); DIVULGAÇÃO

Os efeitos de


Retrato do diretor Chico Teixeira; e três cenas do longa Ausência, que chega aos cinemas neste mês

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Como surgiu a proposta para o filme? Minhas ideias nascem da observação. Gosto de andar e prestar atenção em coisas que parecem estar adormecidas. Um dia, passeando pelo Centro de São Paulo, vi muitas crianças cuidando de si mesmas e de outras. E como é triste ser uma criança adulta! Percebi, então, que gostaria de falar sobre esses pequenos que pulam fases importantes do crescimento. Pesou muito escrever o roteiro porque você entende como a vida é mesquinha de sentimentos.

Há muitas questões não respondidas no longa. É proposital? Não se sabe por que o pai do Serginho foi embora. Nem para onde o Serginho vai. Assim como há cenas em que o espectador não sabe exatamente o que ele está sentindo. E esta era a intenção. O garoto não entende o que acontece em sua vida e busca respostas o tempo todo. Sua grande confusão é o professor Ney (Irandhir Santos), que ora é visto como pai, ora como afeto sexual. É importante pensar nas chagas que ficam dentro da gente quando perdemos alguém. É sobre os efeitos de uma ausência que o filme fala.

O papel do protagonista sempre foi de Matheus Fagundes? É difícil eu escrever uma história para alguém. No começo, eu sei as características físicas do personagem, mas elas podem mudar conforme ele próprio pede ao longo do processo de criação. Do elenco, eu só conhecia o Irandhir Santos. Matheus veio por acaso: tínhamos fechado com outro garoto, que desistiu de última hora. Retomamos a triagem e, quando vi o Matheus, pensei: De onde saiu esse menino? Reparamos nele, fizemos testes e encontramos nosso Serginho. Ele foi uma luz no meu caminho.

Você esperava toda essa repercussão e as premiações? Não. Foi uma surpresa muito grande. Principalmente por ser um filme difícil, que traz uma história triste, uma inquietação que eu queria colocar para fora naquele momento. Eu não o escrevi para ganhar reconhecimento, mas para que as pessoas saíssem da sala pensando no assunto. Quando vencemos alguns prêmios eu fiquei assustado. Mas é claro que conquistá-los foi muito importante.

5

Há algum novo trabalho em andamento? Sim, será um filme mais light. Chama-se Dolores e é sobre uma mulher de 70 e poucos anos que já foi mãe, avó e fez tudo o que a sociedade esperava dela. Agora está vivendo. Não quer ser fitness. Quer fumar, beber, paquerar... Apenas viver. Tenho observado muita gente mais velha, também porque eu mesmo estou envelhecendo. Hoje tenho 57 anos e, embora já tenha tido medo de encarar a idade, não trocaria minha vida atual pela minha juventude. Sou mais maduro, inteligente e faço o que quero e gosto. Essa história tem bastante de mim.

Ausência Estreia no dia 26 de novembro

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HIGHLIGHT S | H O T S P O T

Pelourinho Salvador (BA)

Patrimônio

efervescente EXPERIMENTE O QUE A BAHIA TEM DE MAIS AUTÊNTICO NAS RUAS DE PARALELEPÍPEDOS DO PELOURINHO. O PRINCIPAL CARTÃO-POSTAL DE SALVADOR GUARDA MONUMENTOS, IGREJAS E CASARÕES COLONIAIS QUE EXALAM CULTURA, HISTÓRIA E ARTE Por DANIEL TELLES MARQUES

Um dos principais exemplares da opulência portuguesa tem fachada barroca de 1723, além de 37 painéis de azulejos que retratam o nascimento de São Francisco e sua renúncia aos bens materiais – apesar de todo o ouro que cobre o interior da construção. Na sacristia, estão reunidos 18 painéis a óleo sobre a vida do santo.

2 Solar do Ferrão O centro cultural ocupa um casarão do século 16 com seis pavimentos. Abriga uma galeria, um museu de arte sacra e três coleções: de arte africana, com objetos de grupos étnicos de 15 países da África; de produção popular, com peças como carrancas e ferramentas de orixás; e de plásticas sonoras, com acervo da família do músico suíço Walter Smetak. 71 3116 6743

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3 Le Glacier Laporte Sob o comando do francês Georges Laporte, é uma autêntica sorveteria artesanal. Nas vitrines, há em média 36 sabores de sorbets de frutas regionais e sorvetes. Fazem sucesso misturas como chocolate com doce de casca de laranja, coco com cachaça e mel com gengibre. 71 3266 3649

FOTOS: JONNE RORIZ (IGREJA E CONVENTO DE SÃO FRANCISCO); TATIANA A ZEVICHE/DIV. (MONUMENTO CRUZ CAÍDA, CASA DO BENIN); SAILKO/ WIKIMEDIA COMMONS/DIV. (MUSEU AFRO -BRASILEIRO); DIVULGAÇÃO

1 Igreja e Convento de São Francisco


4 Casa do Benin

5 Museu Afro-brasileiro

Com projeto de reforma assinado por Lina Bo Bardi, em 1978, o espaço passou por melhorias durante seis meses e foi reinaugurado em dezembro de 2014. Aberto de segunda a sexta-feira, exibe cestas, brinquedos, peças religiosas de madeira e cerâmica africana, que mostram os laços culturais entre os povos africanos e baianos.

Cerâmicas, fotografias, máscaras e painéis de madeira de Carybé compõem seu acervo, que se dedica a estudar a cultura africana. Foi projetado originalmente em 1974 pelo antropólogo e fotógrafo Pierre Verger.

71 3241 5679

71 3283 5540

MAFRO.CEAO.UFBA.BR

6 O Cravinho Com ares de taberna, vende dezenas de tipos de cachaças curtidas e maturadas com ervas, especiarias e frutas. A mais famosa é a que batiza o lugar, com cravo, mel e limão. Para saborear desfrutando do ambiente decorado com barriletes de carvalho e umburana. 71 3322 6759

OCRAVINHO.COM.BR

8 Cuco Bistrô 7 Monumento Cruz Caída Feita de aço inox, com 12 metros de altura, a escultura modernista de Mário Cravo foi inaugurada em 1999, em comemoração aos 450 anos de Salvador, e faz alusão à antiga Igreja da Sé – a primeira do Brasil, construída em 1553 e demolida em 1933. Por sua localização, oferece uma das vistas mais bonitas da cidade.

O restaurante tem pratos simples, porém bem executados, com foco em ingredientes locais – sem a onipresença do azeite de dendê. O cardápio muda semanalmente e tem preço fixo: entrada, prato principal e sobremesa saem por R$49,90. No ambiente, referências às culturas nordestina e baiana. 71 3322 4383

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Experiência de voo Boituva (SP) Em funcionamento há 34 anos, o Centro Nacional de Paraquedismo é reconhecido por ter a maior área da América Latina para a prática do esporte. Em 2004, recebeu o campeonato mundial da modalidade e é parada obrigatória para quem quer desafiar as leis da gravidade com instrutores especializados. 15 3263 1645 PARAQUEDISMOBOITUVA. COM.BR

Foz do Iguaçu (PR) O grande chamariz da cidade paranaense é a vista panorâmica que contempla uma das maiores geradoras de energia do mundo, a hidrelétrica de Itaipu, o lago homônimo e a Tríplice Fronteira. Tradicionalmente os saltos são realizados a “apenas” 12 mil pés de altitude, mas para os mais radicais a Skydive Foz (foto) opera opções de até 16 mil pés. 45 3027 5070 SKYDIVEFOZ.COM

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PULAR DE UM AVIÃO EM QUEDA LIVRE E PLANAR POR ALGUNS MINUTOS EXIGE PREPARO E CORAGEM. CONFIRA CINCO LOCAIS PARA SALTAR DE PARAQUEDAS QUE OFERECEM PAISAGENS EXUBERANTES, BOA INFRAESTRUTURA E APOIO PARA OS INICIANTES Por SOFIA FRANCO

João Pessoa (PB) O Aeroclube da Paraíba dispõe de uma área de 300 mil metros quadrados para a prática do paraquedismo, com condições geográficas e meteorológicas favoráveis para saltos. Após a aventura, os turistas podem curtir em terra alguns dos atrativos que observam do ar, como as praias de Tambaú, Cabo Branco e Bessa. 83 3246 0234 AEROCLUBEDAPARAIBA. COM.BR

Zephyrhills (EUA) Localizada a 110km do Aeroporto de Orlando, na Flórida, a cidade, com paisagens exuberantes, é um importante destino americano para os aventureiros da modalidade. A escola Skydive City organiza cursos completos para amadores e profissionais e oferece saltos duplos para iniciantes. 1 800 888 5867 SKYDIVECITY.COM

Resende (RJ) A cidade, a 170km do Rio de Janeiro, tem vistas de tirar o fôlego, ideais para quem procura uma aventura com um cenário natural e tranquilo. A Skydive Resende opera com uma aeronave com capacidade para até 12 pessoas. Uma vez lá em cima, é só fechar os olhos e se jogar – literalmente. 24 3354 7352 SKYDIVERESENDE.COM.BR

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Leve e resistente, com alças duplas e separador interno, a frasqueira da Samsonite tem 29x36cm e tira de encaixe para acoplá-la à mala. R$790 SAMSONITEBRASIL.COM.BR

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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074 A Z U L M A G A Z I N E | 1 1. 2 0 1 5


hotpark.com/HotBum

O PARQUE DA TURMA DO CERRADO


HIGHLIGHT S | O L H A R A Z U L

@felipemazetti AL Piscinas Naturais de Galés, em Maragogi: o paraíso é aqui!

@bahiense RJ Enquanto a galera lá em cima viaja no avião, eu viajo aqui com este reflexo!

Instantâneos CONFIRA AQUI ALGUNS DOS MELHORES CLIQUES FEITOS PELOS CLIENTES AZUL

@leonardolamounier PA A bela paisagem da região durante a travessia entre Arapari e Belém

@mari_prismich BA Maravilhoso descansar na Praia do Espelho. Este lugar parece um sonho!

076 A Z U L M A G A Z I N E | 1 1. 2 0 1 5

@giovanicordioli RJ Nem mesmo a chuva desanima a ciclista na Cidade Maravilhosa


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@ehcosta PE A beleza e a calmaria da Praia de Catauma, no litoral Norte pernambucano

@capalaciosf SP Fazendo o check-in no Aeroporto de Guarulhos e... Partiu, Vit贸ria!

@williamgroff PE Dia perfeito para praticar stand up paddle e viver a magia de Noronha

Quer ver sua foto na pr贸xima edi莽茫o da revista? Use a hashtag #azulmagazine no Instagram WW

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H I GHL IGHT S

COLUNA Mário Magalhães

Lado silencioso

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Mário Magalhães é jornalista e escritor. Recebeu 25 prêmios jornalísticos e literários. Foi ombudsman da Folha de S.Paulo. Quando criança, dizia que no futuro sua profissão seria “passageiro de avião”

078 A Z U L M A G A Z I N E | 1 1. 2 0 1 5

RETRATO: LEO AVERSA

ue a propaganda é a alma do negócio ambos, jornal e programa, não fecharam ou acatodo mundo sabe ou ouviu falar. Só baram. Foram “descontinuados”, passaram a dizer. que às vezes o pessoal exagera. Outro A impressão é que carros usados são espécie dia o locutor promovia na TV o jogo em do passado. Ninguém os vende com esse carimbo. que um dos contendores era “time alternativo”. Promoveram-nos a “seminovos”. Claro que autoNão entendi. móveis de segunda mão com fabricação recente Até entender: tratava-se da manjada equipe diferem dos antigos mal ou bem conservados. A sem os jogadores titulares. Evitam denominá-la etiqueta “seminovos”, porém, parece se envertime reserva para não perder audiência. No fundo, gonhar dos quilômetros rodados. dá na mesma. O “time alternativo” e o Desconfio que a mudança renda time reserva têm escalação idêntica. alguns caraminguás a mais pelo O eufemismo oferece embalagem mesmo carro. Feito o consultor e O EUFEMISMO mais sedutora ao produto de sempre. o assessor. Podem cumprir papel OFERECE Como no mercado imobiliário. semelha nte, mas consultoria É cada vez mais raro anúncio de costuma ser mais bem remunerada EMBALAGEM do que assessoria. Logo, melhor apartamento de fundos. Agora o MAIS SEDUTORA imóvel fica no “lado silencioso”. Não receber como consultor. AO PRODUTO mudou de lugar, mas valorizou. Ou Não são apenas as palavras que DE SEMPRE” volta e meia não correspondem não é mais chique contar que mora no “lado silencioso”? Em certas ruas aos fatos. Também as imagens: o das metrópoles, é melhor não viver debruçado hambúrguer de aparência suculenta desenhada sobre a barulheira das buzinas. No entanto, a pelo Photoshop ou o despropósito da moça, com tradição favorece o apartamento de frente. Com sorriso de batizado, alardeando a preço de ocasião a troca do nome-fantasia, o que era desvantagem um jazigo perpétuo. (fundos) virou virtude (silêncio). A recusa à palavra exata encobre verdades, e Outro exemplo de não chamar as coisas pelo não somente na publicidade. Lembra aquele frango nome devido? O sujeito pode estar devendo até entre as pernas? Não será tão vexaminoso se o reas cuecas que os comerciais não trombeteiam pórter envernizá-lo como “infelicidade do goleiro”. crédito a endividado, que virou palavrão. O ditoHá a palavra negada por intenções puras. cujo atende pela alcunha de “negativado”. Numa roda de mulheres, uma amiga revela que Soa a ofensa nomear o verde como verde e o está namorando. Outra pergunta: “ele é bonito?” amarelo como amarelo. No mercado de mídia, jornal Se a resposta for “é simpático”, pode ter certeza: fecha e programa televisivo deixa de ir ao ar. Mas o cabra é feio de lascar.


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E NÓS TEMOS UM ÍNDICE DE


H I GHL IGHT S

COLUNA Mara Salles

No reality

É

Mara Salles é chef do restaurante Tordesilhas, em São Paulo

080 A Z U L M A G A Z I N E | 1 1. 2 0 1 5

RETRATO: DIVULGAÇÃO

admirável o entusiasmo dos nossos esta- que não estavam ali minha faca Sabatier e minha giários. Transpiram, perguntam, picam pedra de amolar goiana. Nenhuma cutelaria, além vegetais – por vezes os dedos –, sonham e da do patrocinador, rezava o contrato. Ai, ai, ai! em poucos dias estão convencidos de que dominam Os concorrentes começam a golpear o bicho, toda a complexidade da cozinha. esfarrapando suas carnes para se livrar do couro, “Chefe, hoje aprendi a grelhar.” Simples assim! e eu ali ainda pensando por onde começar com “Semana passada acompanhei o cozinheiro cortan- aquela faca cega. Para agilizar, ligo o forno. Eu já do o peixe. Peguei todos os detalhes, chefe, deixa sabia! Forno dos outros não tem temperatura, tem esse pirarucu comigo, vou fazer o meu melhor.” E temperamento. E aquele não era o melhor dia para assim, assassinando peixes mortos e esturricando tolerar instabilidades. Praguejo! nacos de carne, vão, aos poucos, Cadê meu adorado pilão para descobrindo que, quanto mais se amalgamar os temperos? Cadê as cava, mais fundo fica o buraco. especiarias? Minha pimenta-deDISTANTE MAIS Distante mais de duas décadas cheiro? Minha frigideira de ferro? DE DUAS DÉCADAS do meu primeiro estágio, ainda Cadê minha paz, e a necessária DO MEU PRIMEIRO me sinto longe de estar pronta. abstração nessas horas? Cadê? O que me leva a pensar que ainda Que pancadaria é essa, meu Deus? ESTÁGIO, AINDA vou viver muito. Quando assisto a Os outros conseguiram tirar ME SINTO LONGE um reality show, invariavelmente um disforme e minguado pedaço DE ESTAR PRONTA. me coloco no lugar de um daqueles da carne e já finalizavam os pratos. O QUE ME LEVAA destemidos participantes. Não, eu Cinco, quatro, três... e eu, inerte. juro que não conseguiria. Seria um Num ato de desespero, uma PENSAR QUE AINDA fiasco, um vexame! ideia estapafúrdia me ocorre. Eis VOU VIVER MUITO” Meu tempo é outro. Ademais, que invento uma receita conceisou muito mais dada a repartir do que competir. tual: um prato vazio e um discurso inflamado, Entre trocar uma ideia com o peixeiro, apalpar um tenso. Defendo diante do júri o slow food, o homem a um os tomates, afiar a faca e refrescar as ervas pantaneiro, a dignidade dos bichos. Brado que a com aguinha gelada, lá se foi um episódio inteiro. morte tem que valer a pena, condeno o desperdício, E o ingrediente? É preciso certa intimidade a transgenia. Os colegas espremem a risada. Um para ir tirando dele o seu melhor. Nem todos são dos jurados me aponta a porta de saída. De longe assim tão facinhos, quanto mais um jacaré. Sim, vejo o jacaré se mexendo na bancada. um rabão de jacaré – pasmem! –, com o couro e Acordo sobressaltada. Que alívio! tudo, bem ali na minha frente. Alguém tem noção Tenho que ir à feira orgânica comprar rabado que é tirar o couro de um jacaré? Eu tenho. Só netes e taiobas.



H I GHL IGHT S

COLUNA Denise Campos de Toledo

Não há crise que nunca acabe

O

Denise Campos de Toledo é jornalista especializada em economia, comentarista da Rádio Jovem Pan e da TV Gazeta, além de palestrante, escritora e editora do site economiaemfoco.com.br

082 A Z U L M A G A Z I N E | 1 1. 2 0 1 5

RETRATO: ROBERTO SEBA

Brasil continua enroscado num emara- o poder aquisitivo dos consumidores e diminui o nhado de problemas de difícil solução. custo das empresas. No caso delas, a queda real É a crise política, econômica e de con- dos salários, mesmo sendo ruim, também ajuda. fiança. 2015 já está dado. Está chegando ao fim. Por outro lado, o dólar, que tem pesado na inflaVai ser um dos piores anos da nossa história, com ção, provocado perdas para empresas endividadas recessão pesada, inflação nas alturas, queda de em moeda estrangeira e desestimulado viagens investimentos e perda de credibilidade do País, para o exterior, deve melhorar a competitividade principalmente pela piora das contas públicas. da produção nacional, aqui e lá fora. Isto também Teve até rebaixamento da avaliação de risco. deve dar algum fôlego à atividade industrial. Diante de tantas complicaComo se vê, a própria crise ções só dá para esperar um 2016 pode acabar determinando saídas. também penoso, com boa dose de Talvez possamos ter até alguma ALÉM DE A imprevisibilidade, especialmente recuperação mais para o final do PRÓPRIA CRISE no campo político. ano, lentamente. Mesmo em meio Não podemos contar com uma IMPOR CORREÇÕES a muitas dificuldades, pode ser que saída fácil que, de repente, coloqueo País respire melhor em 2016. SoDE ROTA, AINDA nos em um céu de brigadeiro. O bretudo se o governo, sem deixar NOS FORÇA A que temos é a previsão de crise de lado o ajuste das finanças públiBUSCAR SAÍDAS, A cas, conseguir avançar com uma também no próximo ano, com inflação ainda elevada e dificuldade TRANSFORMAR AS agenda mais positiva, como o plano na retomada dos investimentos, DIFICULDADES EM de concessões em infraestrutura e até pelas avaliações negativas das OPORTUNIDADES” de estímulo às exportações. agências de classificação de risco. Claro que qualquer previsão Mas esse cenário adverso pode perder força. tem de levar em conta a questão política, que tem A recessão e a inflação, por exemplo, devem ser afetado muito a gestão econômica, até piorando a mais amenas. O ajuste mais pesado está sendo qualidade dos ajustes. Propostas surgem, muitas neste ano no que se refere a cortes de custos e vezes, para apagar incêndios. E a crise política de empregos e desaceleração do consumo e da continua presente. Só que, além de a própria crise demanda por crédito. impor correções de rota, ainda nos força a buscar A atividade mais fraca em algum momento vai saídas, a transformar as dificuldades em oporsegurar a inflação. E, com ela mais baixa, melhora tunidades. E é isso que vai acabar prevalecendo.



P UBLI EDIT ORIAL | M M A R T A N

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Vida nova, enxoval novo A MMARTAN OFERECE O SERVIÇO DE LISTA DE CASAMENTO PARA OS NOIVOS QUE QUEREM COMEÇAR A FASE A DOIS COM ITENS DE CAMA, MESA E BANHO SUPERELEGANTES

“Quem casa, quer casa”, já diz o ditado popular. E, de preferência, com tudo novo. Afinal, o matrimônio marca o início de uma etapa importante da vida das pessoas. Como as despesas nesta fase aumentam muito, as listas de casamento são uma boa alternativa para ajudar os noivos a montar o lar. Se no varejo, em geral, é comum preparar uma lista de produtos de utilidades domésticas, uma alternativa menos convencional – mas que agrada em cheio às noivas – é a lista de produtos de cama, mesa e banho. Pensando nisso a mmartan oferece a linha Wedding, que representa romantismo, sedução e elegância. São itens únicos com acabamentos primorosos, como molduras de cetim, bordados e captonês. Mas não fica por aí. Há ainda uma enorme variedade de peças para vestir o novo lar, de jogos de cama a toalhas de banho, passando por edredons e mantas.

Caso os noivos não saibam quais são os itens necessários para começar a vida a dois, a mmartan também ajuda nessa etapa com dicas para montar o enxoval sem deixar nada de fora. É fundamental incluir artigos básicos sem se esquecer de peças complementares, como acessórios para os hóspedes que o casal pode vir a receber na nova casa. Além de pensar no que incluir na lista, é importante que os noivos fiquem atentos às medidas exatas das camas, principalmente à altura dos colchões. Quem vai morar em um imóvel pequeno também deve pensar em adquirir capas – de edredons, travesseiros e colchões – que podem ser lavadas e secam facilmente como lençóis. Tudo o que você precisa para incluir na sua lista de casamento de cama, mesa e banho pode ser encontrado na mmartan. Confira e aproveite para deixar a casa do jeito que você sempre sonhou!

mmartan.com.br 084 A Z U L M A G A Z I N E | 1 1. 2 0 1 5








92 Natal e Pipa Dunas, sol, mar e muita divers茫o no litoral potiguar

104 SeaWorld Aventuras no complexo de parques de Orlando

destinos

114 Florian贸polis As del铆cias gastron么micas da capital catarinense

FOTOS: ANNA CAROLINA NEGRI (NATAL); SEAWORLD/DIV.

92

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DES D EST INOS | N A T A L E P I PPAA

A form de uma


osura esquina Localizada exatamente onde o vento faz a curva na costa do Nordeste brasileiro, Natal foi abençoada com lindas praias e um conjunto de dunas sem igual. As belezas naturais da região extrapolam o limite do município e avançam até a vizinha Pipa, que impressiona com suas falésias e suas piscinas naturais Por DENISE BOBADILHA

Fotos ANNA CAROLINA NEGRI


D ES T INOS | N A T A L E P I P A

R

epare no mapa: o Rio Grande do Norte fica exatamente no ponto onde a costa brasileira muda de traçado para ir ao encontro da Amazônia e da linha do Equador. É aqui que o vento faz a curva, levantando as primeiras grandes formações de dunas de nosso litoral. E que o Norte repentinamente se transforma em Oeste, tornando comum uma cena que nos estados mais ao Sul só é possível em raros trechos de praias recortadas: o pôr do sol no mar. Tal guinada geográfica pode não explicar tudo, mas certamente está relacionada a dois fatos que saltam aos olhos assim que se desembarca na capital Natal. O primeiro, indiscutível, é a alegria de viver dos moradores da cidade e de suas redondezas, estampada 094 A Z U L M A G A Z I N E | 1 1. 2 0 1 5

num sorriso permanente. E o segundo é a quantidade de forasteiros, sobretudo estrangeiros, que se mudaram de mala e cuia para esse paraíso depois da primeira visita. Ao contrário de muitas cidades litorâneas, Natal não é plana, e sim curvilínea, já que foi construída sobre dunas. Seus primeiros habitantes foram os índios potiguaras – o nome, que significa comedor de camarão em tupi-guarani, deu origem ao termo potiguar, hoje usado para denominar os nativos do Estado. Depois, chegaram portugueses, holandeses e, nos anos 1940, soldados norte-americanos, rapazes que tiveram a sorte de trocar as bombas que zuniam na Europa pela zabumba do forró. Mais tarde vieram outros portugueses, norte-americanos e noruegueses. E também gaúchos, paulistas, cariocas e gente de todo o Brasil.


Na página anterior, acima, as famosas dunas de Natal; abaixo, stand up paddle, na Praia de Ponta Negra. Nesta página, à esquerda, turistas durante passeio de bugue; no pé da página, o maior cajueiro do mundo; e, abaixo, o animado Rastapé

ONIPRESENTE Natal tem o maior cajueiro do mundo, uma árvore que ocupa um quarteirão inteiro e tem, inclusive, um parque próprio. Fruto de uma curiosa anomalia genética, oferece uma sombra que encanta os visitantes. As dunas de Genipabu também são pontuadas por cajueiros, que, de dezembro a fevereiro, perfumam a região. Mais presente ainda é a castanha do caju. E dá-lhe castanha assada, com sal do Himalaia, com pimenta, com parmesão, com coco...

Às quintas-feiras à noite, num evento chamado Forró com Turista, o repentista Moacir do Repente lembra essa mistura toda em seu show. Feito um rapper do sertão, ele enumera, na base do improviso, as riquezas locais e fala da virtude de ter gente de origens tão diferentes compondo a cultura da cidade. Quando termina a apresentação, dá lugar a uma banda de forró, que põe o público para dançar até a meia-noite. O ritmo ali é o do forró tradicional. Quem gosta de um toque mais eletrônico vai ao Rastapé, balada na Praia de Ponta Negra que segue madrugada adentro – e atrai mais jovens. Acordar tarde, porém, não é um bom negócio para quem visita Natal a fim de desfrutar de cada uma de suas belezas naturais. Vários passeios começam logo ao despertar do sol. O mais famoso deles explora as dunas de Genipabu a bordo de um bugue. 095


D ES T INOS | N A T A L E P I P A

Seguindo para o Norte, entre as praias de Pitangui e Jacumã, os enormes morros de areia são o cenário perfeito para manobras cheias de adrenalina e outras experiências divertidas, como o esquibunda e o inusitado tour de dromedário. Sim, na lista de estrangeiros que se deram bem no litoral potiguar também estão esses parentes do camelo. No começo, há 15 anos, eram cinco animais trazidos da Espanha. Hoje são 20 – 13 deles nascidos em Genipabu. O segundo passeio imperdível é o que leva às piscinas naturais de Maracajaú, a 60km de Natal, também ao Norte. Funciona assim: você chega de carro ou ônibus a uma praia e em seguida embarca em um catamarã até as piscinas formadas na maré baixa, a 7km da orla.

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Uma plataforma no meio do mar recebe os banhistas com guarda-sóis e serviço de bar, mas o melhor da festa é mesmo o mergulho – de snorkel ou cilindro – nas límpidas águas adornadas por corais e repletas de peixinhos coloridos. A visita pode terminar em Punaú, faixa de areia ligada ao rio homônimo e a uma série de dunas branquinhas. Mas, se a ideia for badalar, o destino tem de ser a Praia de Ponta Negra, enfeitada em uma das extremidades pelo Morro do Careca, duna que é o principal cartão-postal da capital. E, ao longo da orla, bares, restaurantes e lojinhas vão ficando mais animados à medida que a tarde cai. Vá preparado para tirar muitas fotos – porque o sol, naturalmente, se põe no mar.


FOTO: DIVULGAÇÃO

Na página anterior, no topo, panorâmica do hotel E.Suites Vila do Mar e as águas clarinhas de Maracajaú; abaixo, turistas no tour de dromedário. Nesta página, ao lado, a vista do mirante do Chapadão, em Pipa; e, abaixo, o charmoso centrinho da vila

Pipa

Nem pense em um bate e volta. Apesar de estar a apenas 85km de Natal e ser uma pequena vila, distrito de Tibau do Sul, Pipa é um destino do tipo grande, que merece pelo menos duas noites dos visitantes – não por acaso, é o segundo local mais procurado do Rio Grande do Norte, atrás apenas da capital. Ali, a palavra de ordem é contemplação. A vila fica no topo de altas falésias coloridas, de tom predominantemente rosado, mas com nacos de terracota, laranja, branco, amarelo e até roxo. Graças ao seu litoral recortado, essa combinação pode ser vista de vários mirantes, como os que ficam no Santuário Ecológico, logo na entrada de Pipa, e no Chapadão, ao final dela. Deles enxergamse a transparência do mar, as piscinas naturais e, eventualmente, as tartarugas chegando à costa. É do alto também que se percebe o formato da Praia do Amor, cujas areias desenham um coração. Se de cima Pipa já é linda, no nível do mar ela é puro deleite. Em sua rua principal fica o acesso para a Praia do Centro, com uma grande placa mostrando a tabela das marés. É importante – e muito fácil – consultá-la, pois quando a maré está baixa é possível testemunhar um dos maiores espetáculos da costa brasileira: o balé de golfinhos. O show acontece na Praia do Curral, à esquerda da do Centro. Enquanto as águas vão subindo (bem devagarzinho, fique tranquilo), golfinhos chegam para se alimentar de peixes. Você está lá, distraído, e pode ser surpreendido com o salto de um deles. 097


D ES T INOS | N A T A L E P I P A

Acima, à esquerda, Aude Barbosa no barco O Sole Mio, na Lagoa de Guaraíras; à direita, o pôr do sol visto da Creperia Marinas; e, ao lado, a Biblioteca da Praia, na Praia do Amor

Um pouco mais distante, a 30 minutos de caminhada, fica a Praia do Amor, a do coração. Seu quê de inusitada não se restringe ao formato: ali está instalada a Biblioteca da Praia, uma iniciativa que reúne cerca de mil livros disponíveis para empréstimo a quem quiser. Todos os exemplares foram doados e há romances em mais de 15 línguas, o que dá uma ideia da Babel de visitantes que é Pipa. Toda essa mistura de gente pode ser vista e sentida na rua principal, a Avenida Baía dos Golfinhos. Há europeus e americanos de diferentes cores e origens em bares e restaurantes descolados, com música variada e cardápio globalizado. E jovens sul-americanos estão por toda parte, convidando para

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passeios. Um dos mais vendidos é o tour no barco O Sole Mio, para contemplar o pôr do sol na Lagoa de Guaraíras, em Tibau do Sul – ao som de, claro, O Sole Mio, de Pavarotti. A anfitriã do passeio? Adivinha. Uma francesa, Aude Barbosa, loira, queimada do sol, que já mostra seu sotaque potiguar depois de 17 anos vivendo nesse pedaço de paraíso. “Em Paris, não conhecia nenhum dos meus vizinhos. Aqui, ao chegar, fui recebida com bolo, abraços e risadas por um monte de pessoas que nunca tinham me

visto. E olha o visual do meu escritório”, diz ela, apontando para a beleza da lagoa. Se não bastasse o espetáculo do pôr do sol, a lua cheia também é saudada por moradores e visitantes da região que têm a sorte de estar no destino nessas noites especiais. Com a ajuda de todos, luaus são organizados em diferentes pontos das praias e são comunicados na própria vila, na hora, entre novos amigos. Se Natal é uma esquina do Brasil, Pipa é uma esquina do mundo. E das mais privilegiadas pela natureza.



D ES T INOS | N A T A L E P I P A

ONDE FICAR

ONDE COMER

COMO IR

E.Suites Vila do Mar

Galo do Alto

O ponto alto são os quartos, todos voltados para o mar, em uma bela praia com coqueiros. Entre as mordomias oferecidas aos hóspedes estão serviço de praia, spa, salão de jogos e quatro piscinas – também de frente para o oceano. O café da manhã é farto e privilegia ingredientes e frutas regionais. Perfeito para começar bem o dia.

O nome faz referência a um peixe saboroso da região, servido aqui em uma receita semelhante a uma bacalhoada. O dono é um gaúcho apaixonado por Natal e pela cozinha, com ótimas histórias para contar.

A Azul opera voos para Natal a partir de várias cidades do Brasil – há frequências diretas saindo de Recife, Campinas e Belo Horizonte (Aeroporto de Confins)

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Aloha Aquaria Natal Para quem faz questão de se hospedar em pleno burburinho dos bares e restaurantes da Praia de Ponta Negra. A decoração é clean e o hotel conta com uma bela vista do Morro do Careca.

O mais novo beachclub da capital fica num dos melhores pontos, literalmente encostado no Morro do Careca. Serve um cardápio funcional e surpreendentes drinks moleculares. Conta com mesas pé na areia. R. ERIVAN FRANÇA (AO LADO DO MORRO DO CARECA), PONTA NEGRA, NATAL

AV. ERIVAN FRANÇA, 152, PONTA NEGRA, NATAL 84 3219 0578

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Tapas Pipa Ocean View A vista realmente justifica o nome do hotel, que fica na Praia do Curral. Um amplo gramado, piscinas e playground nas áreas comuns são ideais para o descanso. Os quartos são amplos e confortáveis – há ainda a disponibilidade de casas para quem viaja em família. AV. BAÍA DOS GOLFINHOS, 121, PRAIA DA PIPA 84 3246 2748

PIPAOCEANVIEW.COM

Criadas pelo casal Nicole e Lucas, as receitas espanholas servidas na casa aceitam outras influências. Aposte no atum selado com gergelim, um dos carros-chefes. R. DOS BEM-TE-VIS, 8, PRAIA DA PIPA 84 99465 4468

Lampião Em pleno centrinho, tem vista do mar. No cardápio predominam as lulas grelhadas, os camarões salteados, as lagostas e os peixes frescos. 40 03 1181

Pousada dos Girassóis Localizada na Praia do Amor, abriga um dos restaurantes mais românticos da vila – um dos destaques é sua apurada carta de vinhos. PRAIA DO AMOR, 3, PRAIA DA PIPA 84 3246 2062

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Creperia Marinas O ideal é chegar à tarde e esperar o pôr do sol, que tem até trilha sonora especial. A casa serve ótimos crepes, drinks e tem clima pré-balada. AV. GOVERNADOR ALUÍZIO ALVES, 301, HOTEL MARINAS, TIBAU DO SUL 84 3246 3111

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1 Vestido de poliéster Florinda. R$259,90 VIVAFLORINDA.COM.BR

2 Colar de magnesita Francesca Romana Diana. R$350 FRANCESCAROMANADIANA.COM.BR

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DES D EST INOS | S E A W O R L D

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No ritmo das feras A interação entre homem e natureza é o mote de espetáculos, montanhasrussas e brinquedos dos parques do grupo SeaWorld, em Orlando. Entre tantas opções, você poderá se impressionar com as acrobacias de uma orca, experimentar a velocidade de um guepardo, o movimento de uma arraia e o voo de um falcão. Só depende de sua coragem Por SOFIA FRANCO

N FOTO: SEAWORLD/DIV.

a plateia, ocupada por um público que representa da infância à terceira idade, a expectativa é grande. Ela vai crescendo à medida que uma sombra de proporções enormes se move sob a água do tanque do Shamu Stadium. E se transforma em euforia completa quando as orcas dão as caras – e os corpões e as caudas – em incríveis saltos, que marcam o início do show One Ocean. É fácil se impressionar com o que se vê. Afinal, como esses supermamíferos, que pesam em média cinco toneladas e chegam a mais de sete metros, têm tamanha destreza? Suas acro-

bacias sincronizadas, regadas a música e show de luzes, causam um efeito hipnotizante. E, vez ou outra, resultam em jatos d’água direcionados aos espectadores mais próximos. Tudo bem. Podem nos encharcar que nem ligamos. Símbolo máximo do SeaWorld, em Orlando, o espetáculo das orcas – e até a água que elas esguicham no público – ilustra bem o mote do grupo de entretenimento norte-americano: a busca pela interação entre homem e natureza. Com outros dois parques na cidade – Aquatica e Discovery Cove – e o Busch Gardens, na vizinha Tampa (a 60min de carro), a marca soma mais de 80 atrações, para o deleite dos apreciadores da fauna e da flora do mundo todo.

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No SeaWorld são mesmo as criaturas do mar que comandam. Com mais toques de humor que o One Ocean, o Sea Lion High traz os leões-marinhos Clyde e Seamor como estrelas de um divertido show. Mas a pequena lontra Opie rouba a cena com suas aparições sorrateiras e resgata uma latinha do fundo da piscina para ensinar os pequenos espectadores a não poluírem. Já no Antarctica: Empire of the Penguin, atração inaugurada em 2013, é possível conhecer o habitat gelado dos pinguins por meio do olhar de quatro espécies abrigadas no local – rei, gentoo, penacho-amarelo e adélia. Dá para sentir na pele a temperatura de um grau negativo do ambiente, que recebe iluminação de acordo com o fusohorário do Polo Sul. Não pense que o parque se limita às atrações, digamos, familiares. Apesar de não ser um Busch Gardens, o campeão da Flórida no quesito adrenalina, o SeaWorld também testa o nível de coragem de seus visitantes em montanhasrussas como a Manta e a Kraken. A primeira, inspirada nos movimentos da arraia, dá a sensação de um voo, pois a viagem é feita de cabeça para baixo. Só de olhar o coração já acelera... O tema da FOTOS: SEAWORLD/DIV.

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PARA OS FORTES

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metros (ou um prédio de oito andares) é a altura do toboágua Ihu’s Breakaway Falls, do Aquatica, o mais alto e íngreme de Orlando

61

metros (ou 20 andares) é a altura da SheiKra, montanha-russa do Busch Gardens, com queda em 90 graus

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metros (ou 34 andares) tem a queda da torre Falcon’s Fury, do Busch Gardens. Ela é a mais alta da América do Norte – mas sua descida dura só cinco segundos

Na página anterior, à esquerda, Antarctica: Empire of the Penguin; e, ao lado, a montanha-russa Manta, ambos do SeaWorld. Nesta página, três atividades do Discovery Cove: SeaVenture (no alto), nado com golfinhos (no centro) e área do Grand Reef (acima)

segunda é uma fera mitológica que teria habitado o oceano e voltou para conduzir os visitantes a uma viagem com descidas radicais em espiral. Seu diferencial? A ausência de um piso para o carrinho. A fim de reforçar sua lista de brinquedos desafiadores, o complexo está desenvolvendo a Mako, uma hypercoaster (montanha-russa de alta velocidade e com quedas íngremes) inspirada no tubarão-mako, o mais rápido do mundo. Seu trilho circundará uma nova área dedicada à espécie e os passageiros irão se sentir percorrendo o fundo do mar a 110km/h. Falta pouco: a inauguração está prevista para junho de 2016. Mais da vida marinha o turista encontra – e se esbalda – no Discovery Cove, parque que está mais para resort exclusivo. Com sistema all inclusive, que dá direito a refeições, roupas de neoprene, máscara e snorkel, aceita apenas

1.300 visitantes por dia, que desfrutam com liberdade deste oásis construído no meio de Orlando. A menina dos olhos dali é o nado com golfinhos – a idade mínima para participar é 6 anos. Mas também é possível passear por um rio de correnteza suave, flutuar em uma área de arrecifes e nadar ao lado de cardumes, arraias e lontras. O complexo ainda tem o SeaVenture, uma trilha subaquática cobrada à parte (custa US$59). Quem topa a aventura cai na água com um escafandro que permite respirar normalmente e percorre uma parte do chamado Grand Reef. Ali vivem cerca de 7 mil animais de mais de 125 espécies. É a chance de ver arraias, peixes, além de tubarões – estes separados por uma janela panorâmica.

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FOTOS: SEAWORLD/DIV.

Ao lado, turistas apostam corrida no Taumata Racer, no Aquatica; e, abaixo, aventureiros encaram a queda na torre Falcon’s Fury, no Busch Gardens

Também parecido com um clube (muito menos exclusivo, porém), o Aquatica combina num só espaço espreguiçadeiras, playgrounds e os mais radicais toboáguas. Dentre as atrações mais cobiçadas está o Dolphin Plunge, combinado de dois toboáguas que mergulham numa piscina com golfinhos commerson, e o Taumata Racer, escorregadores de 91 metros de comprimento que primam pela velocidade. Esses brinquedos, no entanto, viram fichinhas perto do Ihu’s Breakaway Falls, inaugurado no ano passado. Ele é nada menos que o mais alto (são 24 metros, ou um prédio de oito andares) e íngreme toboágua de queda livre de Orlando. E conta com dose extra de adrenalina: munido de três cabines com plataformas individuais, o visitante vê seus vizinhos despencando, um a um, sem saber quando será sua vez. Até que...

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Se os corajosos de plantão ainda não ficarem satisfeitos, vale investir num bate e volta até Tampa para provar os brinquedos audaciosos do Busch Gardens. Só de montanhas-russas são oito, com duas imperdíveis: a SheiKra já começa com uma queda de 90 graus a 112km/h e tem um looping com giro simultâneo e passagem pela água num carrinho sem piso; e a Cheetah Hunt que, inspirada na corrida de um guepardo, conta com três arremessos, momentos em que o carrinho ganha impulso extra e dispara em alta velocidade (até 97km/h). O complexo também é dono da torre com a queda mais alta de toda a América do Norte. Para encarar a descida dos 102 metros da Falcon’s Fury, a 96km/h, é preciso ter estômago. Especialmente porque os assentos giram 90 graus e deixam os passageiros em posição de mergulho, como um falcão na tentativa de capturar uma presa. Durante a subida até o topo se vê todo o parque e pode-se perceber as montanhas-russas virando miniaturas. Vale ressaltar que, uma vez ali, não há mais volta. O jeito é respirar fundo e cair, literalmente, na aventura.

CUIDADO ECOLÓGICO Além de serem os grandes protagonistas das atrações dos parques, os animais também são o foco do centro de resgate que o grupo SeaWorld mantém junto com o Estado da Flórida. Seu objetivo é recuperar bichos em situação de risco, realizar seu tratamento e depois recolocá-los na natureza. Durante uma visita ao Busch Gardens é possível conhecer o hospital Animal Care Center (foto), que cuida de espécies do próprio complexo e de pacientes resgatados.



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ONDE FICAR

ONDE COMER

PARQUES

Spring Hill Suites Orlando at SeaWorld

Sharks Underwater Grill

Ingressos

Um vez acomodado numa das mesas do restaurante, surge a dúvida: prestar atenção na comida (o forte são as criações com frutos do mar, numa mistura de sabores da Flórida e do Caribe) ou nos tubarões que nadam para lá e para cá no enorme tanque panorâmico? A experiência é inesquecível.

O grupo SeaWorld oferece um pacote promocional válido até 31 de dezembro deste ano que sai por US$119 + taxas. Ele dá direito a uma visita ao SeaWorld, uma ao Aquatica e uma ao Busch Gardens – devem ser feitas em até 14 dias consecutivos. Para conhecer o Discovery Cove é preciso comprar o pacote que custa a partir de US$229 + taxas e inclui também bilhetes para o SeaWorld e o Aquatica (adicione o Busch Gardens pagando mais US$25). Neste caso, só é possível visitar o Discovery Cove uma vez, mas a entrada nos demais parques é ilimitada durante os 14 dias.

Parceiro oficial do grupo SeaWorld, o hotel da rede Marriot oferece uma série de benefícios, como traslado gratuito para todos os parques, passe que dá direito ao acesso sem filas às principais atrações do SeaWorld e a assentos reservados nos principais shows, como o One Ocean. 10801 INTERNATIONAL DR, ORLANDO 1 407 354 1176

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Dragon Fire Grill

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Instalado na área da Pantopia, do Busch Gardens, o visitante pode escolher entre pratos italianos, americanos e asiáticos. Para se refrescar há frozen, drinks e cervejas artesanais, locais e internacionais.

Nickelodeon Suites Resort Ideal para agradar crianças que não se satisfazem apenas com os parques. Há como tomar café da manhã na companhia de Bob Esponja e aprender os movimentos certeiros das Tartarugas Ninjas. Também parceiro do grupo SeaWorld, os hóspedes têm regalias nas visitas aos parques. 14500 CONTINENTAL GATEWAY, ORLANDO 1 407 387 5437

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Bengal Bistro Com vista da enorme área verde do Busch Gardens, esta cafeteria em estilo bistrô oferece comidinhas lights, como wraps, sanduíches e saladas, além de pratos vegetarianos e que levam peixe fresco.

Villas of Grand Cypress BUSCH GARDENS, 10165 N MCKINLEY DR, TAMPA

O luxuoso resort possui chalés de até quatro quartos e tem como grandes diferenciais o campo de golfe e as quadras de tênis. Oferece ainda shuttles gratuitos para os parques. ONE NORTH JACARANDA, ORLANDO 1 407 239 4700

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Na temporada de fim de ano, o SeaWorld inclui em sua programação a Christmas Celebration (em datas específicas, entre 21/11 e 31/12), permanecendo aberto até as 22h. No dia 31/12 vai até 0h30. Já o Busch Gardens apresenta o seu Christmas Town (também em datas determinadas, entre 27/11 e 31/11), estendendo seu funcionamento até as 22h – no dia 31/12, até a 1h.

Mango Market Se a ideia é curtir ao máximo os ambientes do Aquatica, uma boa opção é passar neste mercado e preparar sua própria cesta de piquenique com lanches, saladas, frutas e refrescos. Guloseimas para as crianças vêm embaladas em um balde de areia com pá, como suvenir. AQUATICA, 5800 WATER PLAY WAY, ORLANDO

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COMO IR A Azul opera voos diários e diretos para Orlando saindo do Aeroporto de Viracopos, em Campinas. A partir do dia 16 deste mês, irá oferecer frequências para a cidade norte-americana desde o Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte.


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Um mar de sabores Peixes, ostras e camarões são os grandes protagonistas dos cardápios de Florianópolis, em pratos que vão das tradicionais receitas açorianas às criações contemporâneas. Invista em uma volta na ilha para degustar todas as delícias catarinenses

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Na página anterior, ostras da Fazenda Marinha e a paisagem de Santo Antônio de Lisboa. Nesta página, petiscos do Books & Beers: mariscos gratinados, almôndegas com molho de wasabi e camarões empanados com crocante de casquinha de coco

Por MARIANA LAJOLO Fotos CAROL GHERARDI

O

mar não é apenas a moldura que faz da ilha de Florianópolis um dos mais belos tesouros do litoral brasileiro. Da água que forma as ondas perfeitas em suas mais de 40 praias e embala a calmaria da Lagoa da Conceição saem também iguarias que colocam a capital catarinense em lugar de destaque quando o assunto é gastronomia. Por ali, natureza e história se misturam à mesa – esteja ela dentro dos lares, nos salões dos restaurantes ou, melhor ainda, com os pés na areia. O grande trunfo da cozinha local é justamente a fartura de frutos do mar. O peixe que se enrosca na rede sai da praia direto para as panelas. Assim como os camarões, as vieiras e os berbigões (moluscos também conhecidos como vôngoles, que servem de recheio para o pastel mais famoso da ilha). Já as ostras podem até pular a etapa do fogão para serem degustadas in natura, sua versão mais fresca e clássica. Os moluscos das conchas, aliás, são a iguaria premium de Floripa. Santa Catarina é a maior produtora de ostras cultivadas do Brasil e as da ilha são de altíssima qualidade. O manejo começou com os açorianos, para complementar a pesca, e desde então só cresceu – no ano passado o Estado bateu recorde de produção, com 3.670 toneladas. As fazendas de cultivo já somam mais de 130 e a maioria delas concentra-se em dois bairros da capital, Ribeirão da Ilha e Santo Antônio de Lisboa, os que mais preservam as heranças dos imigrantes portugueses.

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Em Santo Antônio está o restaurante Freguesia, cuja degustação de ostras é o término saboroso de um passeio pela Fazenda Marinha, a quarta maior produtora do País. Em barcos de madeira, os visitantes são levados à área de cultivo, a poucos metros da praia, onde conhecem todo o seu processo. O Freguesia consome 85% dos moluscos da propriedade e os prepara de 13 formas diferentes, da gratinada, que leva queijo ou requeijão, à in natura temperada com cachaça, limão e mel. O restante é vendido para outras casas, hotéis e peixarias. O bairro integra a Rota Gastronômica do Sol Poente, uma das regiões que renderam a Floripa, em dezembro de 2014, o título de cidade criativa da gastronomia, concedido pela Unesco. Suas ruas escondem riquezas, como o casarão de 1750 que recebeu Dom Pedro II em visita à ilha, em 1845. Hoje o sobrado abriga o restaurante Villa do Porto, que une a culinária portuguesa à espanhola, com pratos como caldeirada e paella – que também levam ostras.

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Acima, o chef Vitor Gomes na janela do seu Ponto G Brasa e Fogão; ao lado, a tainha recheada da casa; e, abaixo, a área de cultivo de ostras da Fazenda Marinha. Na página ao lado, Leandro Aversa, do bar Books & Beers

Santo Antônio é ainda o refúgio de um dos mais conceituados chefs da cidade. Vitor Gomes cresceu na companhia das mulheres da família, em volta do fogão. Aperfeiçoou sua gastronomia na França e trabalhou com Jacques Le Divellec e Alex Atala. De volta à sua terra natal, decidiu pôr a mão na massa na cozinha de sua própria casa. Criou, então, o Ponto G Gastronomia. É preciso fazer reserva para provar o menu confiance, que inclui três petiscos, duas entradas e dois pratos principais. Ele pode ser composto de receitas como o siri mole com chutney de manga, o pavê de namorado com molho de moqueca e camarões e até a moqueca de jacaré com arroz basmati e leite de coco. “O restaurante tem uma proposta intimista. Acho que foi meio arriscado montá-lo no meio do mato e com menu em que a pessoa não sabe o que vai comer e tem que acreditar


no nosso serviço”, diz Vitor, à frente também do Ponto G Brasa e Fogão, no mesmo bairro, em que frutos do mar, peixes e carnes nobres são preparados na brasa, como uma parrilla uruguaia. Outra região que se firmou como rota gastronômica é a Lagoa da Conceição. Em uma de suas pontas, chamada de Costa da Lagoa, pequenas comunidades de pescadores abastecem casas nas quais o peixe fresco é a estrela. Vale a pena encarar a viagem de barco até lá (são 40 minutos) para saborear a espécie mais tradicional da capital, a tainha – sua temporada é entre maio e junho –, em restaurantes como o Cachoeira e o Cabral. Com acesso muito mais fácil, a Avenida das Rendeiras, a principal via da Lagoa, reúne também bons endereços especializados em frutos do mar, como a premiada Casa do Chico, O

Barba Negra e o Barracuda Restaurante. É a chance de provar mais um prato típico manezinho (apelido que designa os moradores da ilha): a sequência de camarão inclui casquinha de siri, camarão à milanesa, ao bafo e ao alho e óleo, além de peixe frito, pirão e arroz. Um desbunde. De tão procurada por moradores e turistas, a região virou alvo de chefs e empreendedores, que ajudam a dar uma cara moderninha à cena gastronômica local. Leandro Aversa, por exemplo, buscou nas viagens para lugares como a Califórnia a inspiração para trazer boa comida a Floripa. No Book & Beers, como o nome diz, as estrelas são as cervejas (140 rótulos a rtesa na is), acompa n hada s dos livros. Os títulos podem ser degustados no agradável terraço que oferece vista para um cantinho da lagoa.

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“Sempre preferi ler um bom livro bebendo cerveja, e não café. As pessoas aqui deixam o celular de lado para ler”, diz Leandro. E para comer. Os petiscos da casa fazem releituras de receitas tradicionais, como o camarão empanado que é servido com uma crocante casquinha de coco. Já no Armazém Vieira, localizado no bairro Saco dos Limões, a bebida também é destaque, mas ligada à tradição. O antigo casarão erguido em 1840 servia de entreposto comercial para navios que aportavam na ilha e hoje é patrimônio histórico da cidade e o ponto de produção de uma deliciosa e premiada cachaça, vendida em diversas partes do Brasil.

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A fachada do belo casarão de 1840 que abriga o Armazém Vieira e alguns exemplares da cachaça da casa

As histórias do lugar e da bebida são contadas em um tour oferecido pelos simpáticos proprietários, Wolfgang Schrader e Renato Grasso Bollo, engenheiros que vislumbraram o negócio em 1983, quando compraram o prédio caindo aos pedaços. Eles contam que as bebidas do Armazém têm características únicas devido às propriedades da cana-de-açúcar cultivada na região. O bom papo embala a visita e a degustação das seis variedades do produto, regadas a brindes que enaltecem os sabores de Floripa.

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Una

por Juliana Silveira

RETRATO: YURI SARDENBERG/DIV.

Conheci Una por intermédio de uma amiga, agente de viagens. Ela sempre me ajuda dando dicas maravilhosas sobre lugares pouco divulgados, mas que nem por isso deixam de ser especiais. A minha primeira vez na região foi no réveillon de 2010. Estava com o meu marido e foi muito marcante porque eu estava grávida de três meses de nosso filho, Bento. A cidadezinha, a 60km de Ilhéus, é bacana tanto para casais quanto para a família. É um local de uma natureza exuberante, onde há praias de águas quentes, manguezais e uma lagoa de água doce. As faixas de areia com seus coqueirais imensos balançando ao vento são inesquecíveis! É possível fazer uma caminhada sem encontrar ninguém, apenas um ou outro cavalo, tranquilo, curtindo a paisagem. E come-se muito bem por lá! Minha dica é ir até a casa de um dos pegadores de caranguejos do vilarejo e saborear o melhor almoço da viagem. Sente-se em um banco de madeira debaixo de uma árvore e curta uma caipirinha enquanto espera um caranguejo fresquinho. Os passeios, aliás, são geralmente organizados pelos hotéis e pousadas do destino, que entram em contato com os operadores locais. O cenário tem um quê de lúdico, e parece mesmo um sonho. Mas atenção: dentro desse sonho existem muitos mosquitos. Leve na mala um estoque de repelente!

Conto de fadas baiano A ISOLADA E PARADISÍACA UNA, A 60 QUILÔMETROS DE ILHÉUS, É O REFÚGIO PREFERIDO DA ATRIZ JULIANA SILVEIRA Em depoimento a LUIZA VIEIRA


D EST INOS | E U F U I

Confira as dicas de Juliana Silveira para curtir o melhor de Una e região

1 Lagoa Encantada ILHÉUS

2 Véu de Noiva BALNEÁRIO TOROROMBA, OLIVENÇA

3 Paiol da Mucki HOTEL FAZENDA DA LAGOA, UNA 73 9834 2995 FAZENDADALAGOA.COM.BR

4 Rio Una 5 Lama Negra em Comandatuba 6 Cavalgada

É bacana fazer uma trilha na mata, de bike ou de bugue (depende da sua disposição), seguida de piquenique e um mergulho na lagoa. Você não pode perder a oportunidade de tomar um banho de água doce depois de praticar um esporte. O lugar é mágico e proporciona essa experiência.

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Vale a pena visitar a queda d’água mais famosa da região. Além de muito bonita, banho de cachoeira nunca é demais. Você vai se sentir leve, com a energia renovada. Fica no Balneário Tororomba, localizado em Olivença, a 30km de Ilhéus.


A feijoada deste restaurante, no Hotel Fazenda da Lagoa, é imperdível. Depois de um dia delicioso curtindo praia e piscina, garanto que você vai se lembrar para sempre dessa dica. E nem precisa agradecer.

Navegando de barco pelos canais do manguezal chega-se a um ponto da ilha de Comandatuba, na Praia de Oiticica, onde a atração é o banho de lama negra. Os nativos dizem que ela serve como esfoliante natural, deixando a pele mais bonita.

Se você curte andar a cavalo, não deixe de fazer este passeio pelas praias desertas de Una. Um ótimo momento para relaxar e aproveitar a paisagem sob outra perspectiva.

ILUSTRAÇÃO: MAURICIO PIERRO

Dá para escolher: passeio de barco, caiaque ou stand up paddle. Só não vale deixar de curtir todas as cores do pôr do sol no rio. Também é possível aprender a caçar caranguejos com um legítimo pegador local, em um tour monitorado por biólogos entre as árvores do manguezal. Aproveite ainda para observar as aves, as plantas típicas da região e acompanhar uma demonstração das artes da pesca e da captura feita por um profissional. A atividade faz sucesso entre as crianças!

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126 Matheus Nachtergaele O ator estreia no teatro e na televisão neste mês

134 Boogarins O novo disco da banda que conquistou o público lá fora

emfoco

142 Velô Uma marca dedicada aos ciclistas urbanos

FOTOS: ÁLVARO FRÁGUAS (MATHEUS NACHTERGAELE); JULIA RODRIGUES (BOOGARINS)

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EM FOCO | M A T H E U S N A C H T E R G A E L E

Menino DA ROÇA Cercado de cães, natureza e histórias, Matheus Nachtergaele se refugia na cidade mineira de Tiradentes e foca no trabalho. Neste mês, ele encarna Zé do Caixão na TV e leva aos palcos os poemas de sua mãe, que não chegou a conhecer

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ecolhido em sua chácara em Tiradentes, com uma matilha de cães das raças setter e bracco, o Matheus Nachtergaele que nos recebe se confunde facilmente com os personagens aos quais já emprestou sua atuação sempre vertiginosa. Aos 47 anos, o ator paulistano – que desde criança prefere a calmaria da roça à muvuca da metrópole – mantém a energia e o sorriso de menino. Os mesmos que há mais de duas décadas invadiram palcos, cinemas e TVs a fim de mostrar muitos brasis ao Brasil. É nessa atmosfera bucólica que, relembrando marcos de sua trajetória artística e episódios do passado, ele deixa claro que não separa vida pessoal e profissional. E conta, com o mesmo entusiasmo de quando está em cena, detalhes de seus dois projetos que estreiam neste mês: a série Zé do Caixão, no ar no canal Space a partir do dia 13, e Conscerto do Desejo (com sc mesmo), espetáculo que entra em cartaz no dia 24 e no qual ele declama poemas de sua mãe, morta aos 21 anos, quando tinha apenas três meses.

Por WAGNER MACHADO Fotos ÁLVARO FRÁGUAS



EM FOCO | M A T H E U S N A C H T E R G A E L E

Os olhos de Matheus chispam ao falar do trabalho que homenageia a vida de excessos e loucuras do mestre do terror brasileiro. “José Mojica Marins, o Zé do Caixão, é um artista da grandeza de um Luiz Gonzaga, um Dorival Caymmi, um Grande Otelo. São pessoas que constroem uma noção de brasilidade bonita para nós”, elogia o ator, que se surpreendeu com sua até então insuspeitada semelhança com o personagem. “Foi só vestir a roupa do Zé do Caixão que me transformei no Mojica.” Inspirada na biografia Maldito – A Vida e o Cinema de José Mojica Marins, o Zé do Caixão (1998), dos jornalistas Ivan Finotti e André Barcinski, a série de seis episódios foca nas produções e nas dificuldades enfrentadas pelo cineasta da Boca do Lixo paulistana. Agora, quando a conversa migra para sua nova produção teatral, os olhos de Matheus ganham um brilho diferente. Chegam até a acumular lágrimas que, a um triz do transbordamento, demonstram o quanto de íntimo e emotivo há no projeto. O suicídio da mãe quando ele ainda era bebê é uma dor que carregou por muitos anos. “Foi bem duro fazer o luto de alguém que você não conheceu, apesar de conhecer 128 A Z U L M A G A Z I N E | 1 1. 2 0 1 5


Bem à vontade, Matheus Nachtergaele posa para fotos na companhia de seus cães em sua chácara, na cidade histórica de Tiradentes

uterinamente. A falta que eu senti da minha mãe é uma falta sem nome.” Em 2011, a morte de sua avó Manina lhe proporcionou um luto duplo. “Eu fiquei desesperado, fiz uma espécie de luto materno. E não sabia que isso seria bom para mim. Mas saí limpo, lavado”, conta, conotando na voz a leveza que finalmente atingiu. “Então decidi falar os poemas da mamãe. Agora eu posso.” Por conta do ofício, Matheus se divide entre a mineira Tiradentes e a casa no Rio de Janeiro. Ainda que a vontade de permanecer ali, na chácara de 3 mil metros quadrados, na companhia dos bichos, seja maior. “Essa noite, na cama, fiquei pensando num plano para fazer uma transição definitiva para cá. Para estar mais com os cães”, revela. Ao todo, eles são dez. “Um descontrole”, reconhece, aos risos. “Sou assim, meio adicto nas coisas. Troco um vício por outro. Estou bem menos boêmio, mas,

em compensação, tenho esta chácara, dez cachorros... Quer dizer, é uma substituição do afeto”, analisa. O gosto pela vida longe da cidade grande não é de hoje. Na infância, ele fazia questão de passar férias no sítio dos avós, em Atibaia, interior de São Paulo. “Enquanto os outros adolescentes estavam indo perder a virgindade, experimentar drogas e se divertir, eu optava pelo sítio.” Era lá que ele desenhava, lia e começava a se formar como artista. Foi depois dos 18 anos, ao enturmar-se com o pessoal das artes, que ele virou “pauliceia desvairada”, segundo suas próprias palavras. “Aí eu desbundei”, diverte-se. “Foi bom, mas cansa, né?” Atualmente, quando consegue uns diazinhos sem compromissos no set ou no palco, gosta de ficar quieto em seu canto, como fazia quando pequeno.

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EM FOCO | M A T H E U S N A C H T E R G A E L E

RETROSPECTIVA MACABRA Novembro parece ser o mês de o Brasil redescobrir José Mojica Marins. Além da série do canal Space, Zé do Caixão é homenageado com uma exposição recém-inaugurada no MIS – Museu da Imagem e do Som, em São Paulo. À Meia Noite Levarei Sua Alma – em cartaz até 9 de janeiro de 2016 – exibe uma coleção inédita de figurinos, roteiros, objetos cênicos, colagens, imagens de bastidores e trechos de filmes do cineasta, como o que deu nome à mostra, de 1964 (foto acima), e Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1967, foto no topo). Para entrar no clima da obra de Mojica, as peças foram organizadas em ambientes que reproduzem a atmosfera lúgubre e obscura de seu trabalho. Em alguns deles, o visitante poderá ainda observar peças curiosas, como um dos flyers de quando ele se candidatou para deputado federal em São Paulo, em 1982. A curadoria da mostra é de André Sturm, baseada na seleção feita por Marcelo Colaicovo, curador e guardião do acervo do cineasta.

A Meia Noite Levarei Sua Alma MIS – Museu da Imagem e do Som, Av. Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo. Ter. a sáb., das 12h às 21h; dom., das 11h às 20h. Até 9 de janeiro de 2016. R$6 11 2117 4777 MIS-SP.ORG.BR

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FOTOS: T V GLOBO/DIV. (HILDA FURACÃO, O AUTO DA COMPADECIDA); ACERVO MARCELO COL AIACOVO/DIV. (STILL DE ESTA NOITE ENCARNAREI NO TEU CADÁVER); EDUARDO KNAPP/DIV. (LIVRO DE JÓ); DIVULGAÇÃO

Em sentido horário, Matheus no papel de Cintura Fina, em Hilda Furacão (1998); com Selton Mello em O Auto da Compadecida (1999); e em cena na peça O Livro de Jó (1995)

Levar uma vida pacata em Tiradentes, porém, não quer dizer ócio total. Para Matheus, os dias de lazer na roça também são de trabalho e as jornadas de filmagens ou ensaios também são de diversão. “Às vezes as pessoas me acham um tanto solitário aqui. Mas não é tristeza, não. Eu gosto mesmo de mato, de bicho. E sei que daqui a pouco vou estar sei lá onde com uma galera”, explica. Boa parte dessa galera são os amigos conquistados ao longo de quase 20 anos de dramaturgia. Muitos deles investidos em produções que carregam a difícil aliança entre qualidade artística e propensão para o popular. O ator se orgulha de ter conseguido obter essa equação desde quando foi revelado, em 1995, no papel principal do espetáculo O Livro de Jó, do grupo paulistano Teatro da Vertigem. Sua atuação na peça, encenada em um hospital, chamou a atenção e serviu de trampolim para que chegasse ao cinema, em filmes bastante cultuados.

Em 1997, estreou em O que É Isso Companheiro?, de Bruno Barreto, e um ano depois, aparecia em Central do Brasil, obra-prima de Walter Salles. “A parte mais penosa do meu trabalho é observar se os projetos têm uma vocação bonita. Se eles tocam em assuntos que interessam a todos e que possam ser compreendidos”, afirma. Também em 1998, alcançou o estrelato na TV graças à deliciosa interpretação de Cintura Fina, na minissérie global Hilda Furacão. E teve seu talento confirmado em O Auto da Compadecida (1999), já como protagonista, no papel do esperto e inesquecível João Grilo. Embora empreste a seus personagens uma intensidade que dá a impressão de desconhecer limites, Matheus garante que trabalha com uma rede de segurança. “Na verdade, a técnica me protege e meus saltos não são às cegas. Mas eu vou profundo. É preciso correr riscos junto com o personagem. Comprometer-se com a alegria e a desgraça dele.”

É PRECISO CORRER RISCOS JUNTO COM O PERSONAGEM. COMPROMETER-SE COM A ALEGRIA E A DESGRAÇA DELE”

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Em sentido horário, o ator no papel de Zé do Caixão, na nova série do canal Space; em cena no filme Sangue Azul (2015); com Fernanda Montenegro e Vinícius de Oliveira em Central do Brasil (1998); e nos bastidores de A Festa da Menina Morta (2008)

ZOOM Palavras maternas Com direção, roteiro e interpretação do próprio Matheus, Conscerto do Desejo (com sc, de consertar e de concerto musical) entra em cartaz no Rio, no dia 24 de novembro, no Teatro Poeira, das amigas Andréa Beltrão e Marieta Severo

Sentimentos direcionados Após uma vida de relacionamentos sérios e duradouros, ele está curtindo a solteirice. “Já amei homens e mulheres. Agora, pela primeira vez, e com 47 anos, estou solteiro. Mas não caí na esbórnia. Estou bem tranquilo. Minha libido está neste momento bem colocada no trabalho”

Ao longo de sua trajetória, ainda passou por novelas – como Da Cor do Pecado (2004) e Cordel Encantado(2011) – e fez um mergulho mais fundo no cinema, experimentando a direção em A Festa da Menina Morta (2008) e estrelando quase um filme por ano. Recentemente, esteve em cartaz nas salas do País em Sangue Azul (2015), de Lírio Ferreira, e Trinta (2014), de Paulo Machline, e atuou nos longas Big Jato, do amigo Cláudio Assis, Mãe Só Há Uma, de Anna Muylaert, e Zama, da argentina Lucrecia Martel – os três sem data de estreia.

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Paralelamente, ele encarna novamente a função de roteirista e diretor no trabalho intitulado Furo na Parede. “É meu filme de amor. Ele nasceu nesta coisa luminosa de pós-luto em que me encontro”, diz ele, sabendo tirar proveito da fase de calmaria e de seu pacato refúgio em Tiradentes. “Acho que o que eu preciso agora é só aprender a ser mais feliz. Isso deve ter a ver com sabedoria”, filosofa, antes de correr para o pátio e ser rodeado pelos cães, que o enchem de barro e lambidas. Matheus gosta e abre seu sorriso de menino da roça. Ele está bem protegido em meio à sua matilha.

Apesar de somar alguns personagens com sexualidade não convencional na carreira, o ator não acha que este seja um assunto que mereça muita discussão. “Isso é um falso tema. Quem está preocupado com isso está atrasado, porque essa parte já se resolveu. Gente, não precisa mais. Já pode amar quem você quiser”

Ao natural Diferentemente de muitos de seus colegas, ele é avesso a academias. “Nunca puxei um ferro nem fiz um abdominal. Mas aqui em Tiradentes tem muitas trilhas. O que eu gosto mesmo é de andar com os cachorros. E como eles adoram água, eu vou até as cachoeiras e nado à noite”

FOTOS: ANA OT TONI/DIV. (ZÉ DO CAIX ÃO); CABBET ARAÚJO/DIV. (A FESTA DA MENINA MORTA); WALTER SALLES/DIV. (CENTRAL DO BRASIL); DIVULGAÇÃO

Tabu do passado



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PSICODELIA

para exportação

Sucesso no exterior, a banda goiana Boogarins acaba de lançar seu segundo disco, uma compilação de canções que apostam no experimentalismo e em influências do passado Por MARINA AZAREDO Fotos JULIA RODRIGUES

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D

inho, Benke, Raphael e Ynaiã estão vivendo o sonho. Numa manhã de setembro chegaram sonolentos à Praça Dom José Gaspar, no Centro de São Paulo. A noite anterior havia começado com um show do grupo sergipano The Baggios, na Casa do Mancha, reduto de música independente da capital paulista, e terminado em algum momento que eles já não se lembravam. Naquele dia fariam uma apresentação em um palco a céu aberto no Largo de São Francisco. E dali a cerca de um mês estariam na Europa, tocando em pequenas casas noturnas, conhecendo lugares novos, cruzando com outras bandas pelo caminho. Em poucas palavras: curtindo a vida na estrada. Acontece que Fernando “Dinho” Almeida, Benke Ferraz, Raphael Vaz e Ynaiã Benthroldo – o Boogarins – são a nova cara da música brasileira no exterior. Com cabelos desgrenhados, camisetas esgarçadas e uma sonoridade que em quase nada lembra os clássicos produtos de exportação que surgiram por aqui ao longo das décadas, o quarteto de Goiânia deu um olé na decadente indústria fonográfica e estourou lá fora antes de sequer se entender como banda. Agora, dois anos depois dos primeiros shows, acaba de lançar seu segundo disco, intitulado Manual ou Guia Livre de Dissolução dos Sonhos, com a responsabilidade de repetir o sucesso de As Plantas que Curam, seu trabalho anterior. Esta história começou em 2008, quando Benke e Dinho, ambos com 15 anos à época, conheceramse em uma escola técnica de ensino médio. Logo viraram amigos e, como muitos jovens da capital goiana, começaram a se juntar para compor uma e outra canção – a cidade vive há alguns anos uma efervescente cena rock, que cresce e se alimenta de eventos de repercussão nacional, como o Goiânia Noise e o Festival Bananada. Quatro anos depois, decidiram gravar o que tinham. Eram reuniões caseiras dominicais em que, sem muita pretensão, eles se revezavam nos instrumentos e registravam o que haviam produzido até então. Em 2013, o baterista Hans Castro e o baixista Raphael Vaz se juntaram à dupla e aí a coisa começou a “fazer sentido”. “Até então a banda não tinha nem nome”, lembra Dinho. 136 A Z U L M A G A Z I N E | 1 1. 2 0 1 5

Da esq. para a dir., Raphael, Benke, Dinho e Ynaiã durante ensaio fotográfico na Praça Dom José Gaspar, no Centro de São Paulo


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Com o grupo formado e um EP divulgado na internet, surgiu a ideia que mudou a história daquela que tinha tudo para ser apenas mais uma boa banda da cena independente de Goiânia: divulgar as gravações em sites do exterior. “Começamos a sair em alguns blogs, até que Gordon [Zacharias], um americano da Carolina do Norte, que hoje é nosso manager, ouviu-nos e entrou em contato, querendo lançar um disco na ‘gringa’”, conta Benke. Os quatro correram para gravar mais canções e o álbum As Plantas que Curam saiu pelo selo Other Music. A distribuição ficou a cargo da Fat Possum Records, que tem em seu catálogo nomes como Black Keys e Band of Horses. “Eu caí de amores pelo Boogarins e logo percebi características que certamente agradariam ao mercado internacional. Ver os fãs de música superando barreiras culturais e linguísticas por causa deles tem sido uma experiência sublime”, diz Gordon. Daí, foi um pulo para o sucesso. Em outubro de 2013, o Boogarins não tinha feito nem dez shows, mas já marcava presença na cena internacional.

AGENDA CHEIA Veja por onde o Boogarins passará neste mês:

3/11 Copenhague, Dinamarca 4/11 Oslo, Noruega 5/11 Aalborg, Dinamarca 6/11 Amsterdam, Holanda 7/11 Zurique, Suíça 8/11 Berna, Suíça 10/11 Vevey, Suíça 11/11 Brenta, Itália 12/11 Barcelona, Espanha 13/11 Madri, Espanha 14/11 Lisboa, Portugal 15/11 Porto, Portugal 17/11 Bordeaux, França 18/11 Paris, França 19/11 Bruxelas, Bélgica Mais informações em BOOGARINS.COM

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A banda foi, então, convidada para tocar em grandes festivais do mundo, como o South by Southwest (EUA) e o Primavera Sound (Espanha), e estourou. As faixas Lucifernandis e Doce começaram a ser tocadas nas rádios e, inevitavelmente, vieram as comparações: Tame Impala, Temples, Pink Floyd. E Mutantes, para trazer a coisa mais para cá. O fato é que eles fazem um som lisérgico, recheado de métricas não convencionais, com um pé no tropicalismo e que muita gente anda chamando de “neopsicodélico”. Os meninos, que até aquele momento mal tinham saído de Goiânia, foram, então, desbravar o mundo. Calculam ter feito 150 shows em seis meses, com passagens por Itália, Inglaterra e França, entre outros países. Lembram com carinho principalmente das apresentações em Portugal. “Foi outra vibe. A gente está muito acostumado a tocar em lugares em que ninguém fala português, então é diferente quando tem uma galera cantando junto”, diz Raphael. A banda, no entanto, descarta começar a compor em outro idioma. “Não há nada mais bonito do que criar lindas canções na própria língua”, justifica Ynaiã.



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ZOOM Opostos O nome da banda vem da flor bogarim, que significa “amor vivo e puro que existe dentro de uma pessoa”. Porém, o quarteto quase adotou uma alcunha bem menos poética: Anticâncer, título de um livro sobre como prevenir a doença. Ficaram em dúvida entre os dois, mas a faceta hippie dos integrantes foi mais forte

No topo da página, à esquerda, Benke, Raphael e Dinho em viagem de ferryboat na costa britânica; à direita, apresentação ao ar livre no Austin Psych Fest, no Texas (EUA); acima, capa de Manual ou Guia Livre de Disssolução dos Sonhos; e, ao lado, show de abertura para o Of Montreal em Miami, na Flórida

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A moda antiga mente do Boogarins, feito em conjunto, gravado em estúdio, já que o trabalho de estreia foi fruto das experimentações de Dinho e Benke. Avalanche, o single divulgado antes mesmo do lançamento oficial, já indicava o que estava por vir: letras densas, as conhecidas guitarras psicodélicas e os vocais inspirados de Dinho. A nova turnê começou pela Europa, mas deve chegar ao Brasil em breve. Ao vivo, no entanto, não espere ouvir exatamente o que está no álbum. “A gente gosta de experimentar, de fazer barulho. É outro tipo de estética”, avisa Benke. No palco, como nos sonhos, coisas imprevisíveis acontecem.

Além de digital, CD e vinil, a banda lançou seus dois trabalhos em fita cassete. De acordo com eles, é o formato mais vendido no exterior. “Custa US$5 e o pessoal compra mais como se fosse um souvenir”, conta Benke

Nos fones de ouvido Embora citem como referência a Tropicália e sejam comparados a nomes como Pink Floyd, os meninos têm escutado mesmo é hip hop. “O rapper Kendrick Lamar foi o que a gente mais ouviu este ano”, conta Ynaiã

FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

O atual baterista juntou-se ao Boogarins apenas ao final da turnê europeia, quando a banda sofreu uma perda significativa. Hans se tornou pai e decidiu que era hora de parar para acompanhar o crescimento das filhas gêmeas. Felizmente, não foi difícil achar um substituto na produtiva cena independente de Goiânia. Ynaiã é ex-Macaco Bong, um grupo de rock instrumental que teve certa repercussão nacional na segunda metade da década passada. Manual..., o disco de 11 faixas que acaba de chegar às lojas, é considerado pelo quarteto o primeiro verdadeira-


UMA COISA LIGA A OUTRA QUE LIGA O MUNDO QUE NUNCA DESLIGA. Nunca Desliga.


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Da esq. para a dir., Claudia Weingrill, Camila Silveira e Nina Weingrill no Aro 27 Bike Café, em São Paulo, um dos pontos de venda da Velô

Sem suar a camisa 142 A Z U L M A G A Z I N E | 1 1. 2 0 1 5

TRÊS ADEPTAS DA BIKE SE JUNTARAM PARA CRIAR A VELÔ, MARCA DE ROUPAS PARA CICLISTAS URBANOS QUE APOSTA NOS TECIDOS TECNOLÓGICOS E NAS MODELAGENS INTELIGENTES Por MARINA AZAREDO Retrato FERNANDA FRAZÃO


FOTOS: DIVULGAÇÃO VELÔ

Da esq. para a dir., calça com recorte nos joelhos, saia com shorts por baixo e camiseta e calça masculinas feitas com tecido tecnológico

100mil reais foi o investimento inicial da Velô

Entre os muitos segredos de um negócio bem-sucedido, há um que, em inglês, é chamado de timing. A capacidade de analisar, escolher e fazer algo no momento mais acertado é característica importante para quem pretende se aventurar no mundo do empreendedorismo. E a Velô, marca de roupas para ciclistas urbanos, é resultado justamente do senso de oportunidade de três sócias: Claudia Weingrill, 49 anos, Nina Weingrill, 30, e Camila Silveira, 31. Há cerca de quatro anos, em um encontro na casa da jornalista Nina, sua mãe, a dona de confecção Claudia, e a amiga e estilista Camila começaram a pensar em investir juntas no ramo de moda. Na época, as bicicletas e as ciclovias e ciclofaixas de lazer eram o assunto do momento – não só em São Paulo, mas em diversas cidades do Brasil –, assim como os meios para uma convivência tranquila entre motoristas, pedestres e ciclistas. Como as três eram adeptas da bike, não foi difícil ter a ideia que deu origem à Velô. “Percebíamos que não existiam peças legais para quem queria ir pedalando para o trabalho. A única possibilidade para as mulheres, por exemplo, eram as calças legging, mas ninguém quer usá-las todos os dias”, diz Nina. O trio começou, então, uma extensa pesquisa de tecidos tecnológicos pró-

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era o número de peças no lançamento da marca. Hoje são 40

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reais é o preço do item mais barato (tornozeleiras para prender a calça durante a pedalada). Vendida a R$380, a capa de chuva é a peça mais cara

prios para praticar esporte – mais leves, respiráveis, que secam rápido e não amassam facilmente –, mas sem aquela cara de academia. “Essa foi a parte mais difícil, pois no Brasil ainda não temos muitas opções de tecelagens que investem nesse tipo de produto. E fazemos questão de usar apenas matéria-prima nacional”, conta Camila. Encontrados os tecidos, veio a pesquisa de modelagens. O objetivo era garantir movimentos livres durante a pedalada. “Começamos a produzir as peças na minha confecção, em Mairiporã, no interior de São Paulo, e testar uma a uma na bike”, lembra Claudia. Daí, vieram saias com shorts por baixo, calças com recortes nos joelhos e blusas com modelagens amplas. Para completar, os

tecidos escolhidos têm tratamento bacteriostático, que inibe possíveis odores – na medida para o nosso clima tropical. Lançada em agosto de 2014, a Velô hoje tem suas vendas concentradas no site e em três pontos de comercialização em São Paulo. Além das lojas, as sócias aproveitam eventos de revitalização do espaço público e relacionados ao ciclismo para divulgar a marca. A aceitação foi rápida, contam, muito por conta do momento propício para lançar uma grife voltada para bikers. “Surfamos na onda desse movimento que ganhou força nos últimos anos”, comemora Nina. Com duas coleções lançadas, a Velô pretende disponibilizar mais peças até o fim do ano. Mas a ideia não é substituir as antigas. “Não queremos nos transformar em uma fast fashion, seguir esse ciclo da moda que alimenta o trabalho escravo. Nossas roupas têm uma qualidade excelente e merecem permanecer no guarda-roupa por mais que uma estação”, justifica Claudia. A Velô, assim como seus clientes, quer viver em um mundo mais sustentável.

velo.iluria.com 143



146 Campanha Cliques das ações do Outubro Rosa publicados no Instagram

149 Entretenimento Azul e SKY celebram três anos de parceria

azuis

FOTO: DIVULGAÇÃO A ZUL

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155 Curtas Voos extras para os principais destinos de verão


AZU IS | C A M P A N H A

Outubro Rosa nas redes DURANTE O MÊS DO COMBATE AO CÂNCER DE MAMA, A AZUL DEU DICAS DE PREVENÇÃO NOS VOOS E MUDOU A COR DO UNIFORME DOS TRIPULANTES. CENTENAS DE CLIENTES E FUNCIONÁRIOS CLICARAM AS AÇÕES E PUBLICARAM NO INSTAGRAM COM A HASHTAG #AZULMAISROSA. CONFIRA AQUI OS MELHORES REGISTROS @larideasas

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FOTOS: REPRODUÇÃO

@patinthesky

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@tatimourarj

@gabriel_aqa

@talitavsiqueira

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PUBLIEDITORIAL AZUL CARGO

Mande bem com Azul Cargo. A mais ágil e pontual no transporte de carga aérea. Com presença em mais de 3.500 municípios, o serviço de entregas expressas porta a porta da Azul Cargo já é referência no mercado e, assim como as operações da Azul, mantém a alta confiabilidade demonstrada desde o início das operações. Fator primordial para o sucesso da Azul Cargo é a segurança, o que norteia o modo com que manuseia e transporta suas remessas, além de ser o primeiro valor da companhia. Produtos com alto valor agregado recebem no transporte aéreo um tratamento seguro, com poucos transbordos, tempo mínimo de permanência em armazéns e entregas rápidas ao destinatário, evitando assim riscos de roubos, perdas e avarias. Os clientes da Azul Cargo contam com um alto padrão de atendimento pós-vendas.

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Para informações sobre localidades atendidas, endereços das lojas, horários de atendimento, horários limite de despacho, restrições e rastreamento das remessas, ligue (11) 4003-8399 ou acesse: azulcargo.com.br


FOTO: DIVULGAÇÃO A ZUL

AZU I S | E N T R E T E N I M E N T O

Azul e SKY comemoram três anos de parceria LANÇADO EM 2012, O SERVIÇO DE TV AO VIVO A BORDO QUE OFERECE MAIS DE 40 CANAIS ESTÁ PRESENTE EM 70 AERONAVES E JÁ ATINGIU A MARCA DE 45 MILHÕES DE TELESPECTADORES

A Azul e a SKY estão comemorando três anos de sucesso da SKY ao vivo – serviço de TV em tempo real a bordo das aeronaves da companhia. Lançado em outubro de 2012 e presente em 70 aviões – o número deve aumentar em 2016, com a chegada dos Airbus A320neo –, o sistema gratuito atingiu a marca de 45 milhões de telespectadores, com transmissões diárias para cerca de 8500 monitores widescreen individuais. O serviço é exclusivo na América Latina e conta com ampla programação em mais de 40 canais. “A TV ao vivo é um dos grandes diferenciais do produto da Azul que, em conjunto com nossos snacks e o conforto de nossas aeronaves, tornam a experiência das pessoas que voam conosco algo realmente único”, afirma Antonoaldo Neves, presidente da companhia. “Já tivemos casos de Clientes que não queriam deixar o avião após o voo porque estavam assistindo ao último capítulo da novela ou ao Mundial de futebol. Durante as minhas viagens faço questão de conversar com todos os passageiros a bordo e a opinião sobre a

TV é muito positiva: dizem que o produto é tão bom que o tempo voa”, conta. Para o vice-presidente de Marketing e Programação da SKY, Agricio Neto, a parceria reforça o DNA da operadora em trazer pioneiramente serviços inovadores ao mercado de TV por assinatura brasileiro. “Estamos muito felizes com a marca de três anos levando programação com um conteúdo variado e ao vivo em pleno voo. Este projeto, inédito no País, agrega muito valor à viagem dos Clientes da Azul”, comemora. A SKY ao vivo a bordo foi desenvolvida com tecnologia de ponta que garante qualidade de imagem e sinal por todo o território nacional em pleno voo. Este serviço já existe nos aviões da companhia americana Jet Blue, com a programação da DirecTV, controladora da SKY. Para trazê-lo para o Brasil, foi necessário o desenvolvimento de uma nova antena e um software que possibilita a recepção em tempo real, uma parceria entre a engenharia da SKY, da Azul e da empresa LiveTV. 149




A ZUIS | L I N H A S D E Ô N I B U S

Transporte exclusivo CLIENTES AZUL CONTAM COM VÁRIOS ÔNIBUS EM SÃO PAULO E EM SANTA CATARINA QUE FACILITAM O ACESSO AOS AEROPORTOS. CONFIRA AS ROTAS E OS HORÁRIOS

São Paulo Campinas (Viracopos)

A Azul oferece ônibus executivos gratuitos, com Wi-Fi e ar-condicionado, em lugares estratégicos nos estados de São Paulo e Santa Catarina. Entre a capital paulista e o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, a companhia opera linhas de 30 em 30 minutos. Para utilizar o serviço apresente seu cartão de embarque ou seu itinerário 15 minutos antes da partida do ônibus.

Shopping Tamboré (Alphaville)

Terminal Barra Funda (São Paulo-SP)

Shopping Eldorado (São Paulo-SP)

Sorocaba

Aeroporto de Congonhas (São Paulo-SP)

Santa Catarina Blumenau

Navegantes

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Shopping Tamboré > Aeroporto de Viracopos > Shopping Tamboré segunda a sexta Tamboré > Viracopos

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Experiência

Azul

NESTA SEÇÃO, REUNIMOS ALGUMAS DICAS IMPORTANTES PARA TORNAR SUA VIAGEM SEGURA, TRANQUILA E CONFORTÁVEL

Bagagem Na hora de preparar sua mala, lembre-se: o limite total para bagagem despachada é de 23kg. A de mão deve pesar até 5kg e não pode conter objetos cortantes e inflamáveis.

Aeroporto

TudoAzul Para garantir pontos no programa de vantagens informe sempre seu CPF em suas reservas ou na hora do check-in. Se você ainda não é Cliente TudoAzul, cadastre-se e ganhe 1.000 pontos de boas-vindas. VOEAZUL.COM.BR/TUDOAZUL/AZUL-MAGAZINE

A Azul recomenda que você chegue ao aeroporto pelo menos uma hora antes de seu embarque, no caso de voos nacionais. E duas horas antes, em viagens aos EUA.

Bem-Estar - Faça uma alimentação leve e hidrate-se bem antes de embarcar - Prefira viajar com roupas confortáveis - Caso se sinta mal durante o voo, se necessário, utilize o saquinho disponível no bolsão à sua frente - Se sentir um desconforto nos ouvidos devido à mudança de altitude, tampe o nariz e engula saliva algumas vezes.

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Ônibus Azul

Documentos Sempre que viajar com a Azul, tenha em mãos um documento de identificação em bom estado e com foto. Apresente-o no balcão de check-in e no portão de embarque.

Serviços de ônibus para o aeroporto estão disponíveis em São Paulo e Santa Catarina. Não é necessário fazer reserva. Apenas apresente seu cartão de embarque. Confira a tabela de horários em nossos canais de atendimento e no site.


AZU I S | C U R T A S

Universo Azul DESCUBRA AQUI NOVIDADES E PROMOÇÕES DA EMPRESA PARA FACILITAR SUA VIAGEM

Azul em Uruguaiana No mês passado a companhia começou a operar voos para Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, com origem em Porto Alegre. A nova rota permite que os Clientes do interior gaúcho possam se conectar a São Paulo por meio dos aeroportos de Viracopos, Congonhas e Guarulhos, além da oferta de ligações também com Belo Horizonte (Confins), Curitiba, Foz do Iguaçu, Joinville, Maringá, Navegantes, Pelotas, Rio de Janeiro (Santos Dumont), Chapecó, entre outras cidades. “A novidade expande horizontes, sobretudo para a população do extremo Oeste gaúcho, que agora pode acessar praticamente todas as regiões do País. A ampla malha aérea da companhia hoje chega a 100 destinos domésticos, além das operações para o exterior”, celebra Marcelo Bento, diretor de Planejamento e Alianças da Azul.

Brindes a bordo Até dezembro, o Cliente que viajar entre 16h e 21h, nos jatos Embraer 190 e 195, participará do happy hour exclusivo da Azul em parceria com a webstore de cervejas Wbeer.com.br. Passageiros de mais de 5 mil voos, partindo de 12 aeroportos brasileiros, poderão degustar, sem custo adicional, a cerveja dinamarquesa Faxe, famosa por suas embalagens de um litro, na versão witbier. “Esta inovação permitirá à companhia incrementar o seu já consagrado serviço de bordo. O horário escolhido contempla exatamente o período do happy hour, momento pós-expediente para relaxar. Para completar, temos um grande parceiro, a Wbeer.com.br, responsável por distribuir produtos de qualidade incomparável”, afirma Claudia Fernandes, diretora de Marketing e Comunicação da Azul.

FOTOS: JONNE RORIZ (JERICOACOARA); DIVULGAÇÃO A ZUL

Para curtir o verão Para atender à demanda da temporada de férias, a Azul vai oferecer a partir do próximo mês uma série de voos extras para os destinos mais procurados pelos Clientes. Até meados de fevereiro, todas as regiões do País receberão operações adicionais, sobretudo o Nordeste, conhecido pelas belas praias e pela culinária típica. Além disso, a companhia tem uma grande novidade para a estação: a cidade de Punta del Este, no Uruguai, ganhará frequências com origem em Campinas e Porto Alegre. As operações serão realizadas às quintasfeiras e aos domingos, entre 17 de dezembro e 14 de fevereiro. 155



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Nossos destinos

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AZUIS

PA N O R Â M I C A Rogério Ferrari

Com boa dose de sorte O registro de Rogério Ferrari foi feito em Ilhéus, na Bahia, e faz parte de seu projeto sobre o povo cigano no estado. Realizado entre 2011 e 2012, o trabalho resultou no livro Ciganos, da editora Movimento Contínuo. “Simplesmente ocorreu, como ocorrem as demais fotos que costumo fazer. Vou andando, ficando, até que a imagem se impõe diante de mim”, explica. “Esta mulher estava sentada na porta de casa, numa tarde úmida. Por que ela olhou para a santa, só Deus sabe!”




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