Modo de Vida
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Pé no chão Made to Live chega ao mercado nacional com a vontade de mesclar, como nenhuma outra revista, os assuntos que mais interessam a homens e mulheres contemporâneos: arquitetura, decoracão, arte, urbanismo, moda, estilo, tecnologia, viagem, carros. É a primeira publicação brasileira a apostar que lifestyle, hoje em dia, não é se preocupar com o número de estrelas de um hotel ou com quantas centenas de fios de algodão egípcio são forradas suas camas. Muito melhor é ser surpreendido por experiências que podem ser desde o layout do lobby ao minibar com produtos orgânicos e cervejas artesanais. O que Made entende por luxo nada tem a ver com ostentação, e é este conceito que você vai ver nas páginas a seguir. Isto fica claro, por exemplo, nas duas principais viagens desta edição: Mianmar, no Sudeste asiático, e Alter do Chão, no extremo Norte do Brasil, destinos “pé-no-chão”. E também na nossa seleção de produtos, nas reportagens de gastronomia e arte, nas dicas de lojas e muito mais. Confira.
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CONCEPÇÃO EDITORIAL Editora Carbono PUBLISHERS Lili Carneiro lili@editoracarbono.com.br Luciano Ribeiro luciano@editoracarbono.com.br PROJETO GRÁFICO zrmaia.com.br DIREÇÃO DE CRIAÇÃO Zé Renato Maia zerenato@zrmaia.com.br EDITORA Flora Monteiro flora@editoracarbono.com.br P R O D U Ç Ã O E X E C U T I VA Bianca Nunes bianca@editoracarbono.com.br E S TA G I Á R I A S Isabela Giugno isabela@editoracarbono.com.br Mona Soki mona@editoracarbono.com.br REVISÃO Paulo Vinicio de Brito COLABORADORES Chema Llanos Christian Toledo
EDITORA FERRARI DIRETOR EXECUTIVO Rodrigo Ferrari rodrigo.ferrari@revistamade.com.br E X E C U T I VA S D E C O N T A S Adriana Rodrigues adriana.rodrigues@revistamade.com.br
CIRCULAÇÃO Nacional TIRAGEM 40000 exemplares
Carmem Madalosso carmem.madalosso@revistamade.com.br Carolina Junqueira carolina.junqueira@revistamade.com.br Mirian Pujol mirian.pujol@revistamade.com.br COORDENADORA COMERCIAL Miriam Elias miriam.elias@revistamade.com.br MARKETING GERENTE DE MARKETING Géssica Romanini gessica.romanini@revistamade.com.br
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A N A L I S TA D E M A R K E T I N G Victor Batista victor.batista@revistamade.com.br E S TA G I Á R I A Júlia Queiroz julia.queiroz@revistamade.com.br MAILING Mariana Cardoso mariana.cardoso@revistamade.com.br FINANCEIRO Rose Silva rose.silva@revistamade.com.br
Claudia Jordão Eduardo Simões Everaldo Guimarães
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A MADE to live é uma publicação da Ferrari Edições.
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emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam no expediente da revista não tem autorização para falar em nome da MADE to live ou retirar qualquer tipo de material
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FOTO GR A F I AS | Ruy Teixeira; Victor
para produção de editorial caso não tenham em seu poder
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uma carta atualizada e datada, em papel timbrado, asssinado por pessoa que conste no expediente.
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SUMÁRIO| EDIÇÃO 001 | MARÇO 2015
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VITRINE DESIGN Design mania
A estilista de acessórios Maguy Etlin lista seus produtos de design favoritos
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GASTRONOMIA #PARTIUCENTRO
Novo reduto de cafés e restaurantes, o Centro de São Paulo prova que não parou no tempo
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GASTRONOMIA Enchendo o pote
Comidas servidas em recipientes de vidro são tendência na capital paulista
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CÎROC + MADE O dono da festa
Presente nas melhores festas, o DJ Mario Velloso dá a receita para uma noite de sucesso
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RELÓGIO Tempo precioso
Os lançamentos luxuosos do Salão Internacional de Alta Relojoaria de Genebra
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ARQUITETURA Estação Trianon
O arquiteto Felipe Hess reforma apartamento de 300 metros quadrados, em frente ao Parque Trianon, em São Paulo
100
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DESTINO Beleza asiática
O fotógrafo Victor Affaro conta tudo sobre Mianmar, destino que promete entrar na rota do turismo de brasileiros
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HOT SPOT Ciao Venezia!
Amalia Spinardi revela os dez melhores passeios na cidade italiana
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DESTINO Cravado nas dunas
O Bahia Vik é o hotel recém-inaugurado no balneário de José Ignacio, no Uruguai
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SUMÁRIO| EDIÇÃO 001 | MARÇO 2015
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T R A V E LW E E K Viajar é preciso
Veja quais roteiros se destacam na Travelweek São Paulo deste ano
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C E S TA B Á S I C A De malas prontas
A empresária Stella Jacintho dita o que levar para Nova York
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PRIMEIRA CLASSE O céu é o limite
Companhias aéreas investem em propostas luxuosas para reformular as cabines de primeira classe e executiva
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MOTOR Pé no acelerador
Os melhores lançamentos do mercado automobilístico premium
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DESTINO Paraíso de água doce
Marcelo Rosenbaum revela os segredos de Alter do Chão, no Pará
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PERFIL Figura geométrica
Às vésperas da abertura de sua exposição em São Paulo, o artista francês Daniel Buren bate um papo com Made
168 |
ARQUITETURA High-low
A Casa Mororó é o novo projeto concebido pelo studio mk27, do arquiteto Marcio Kogan
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E N T R E V I S TA
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SELEÇÃO
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NEWS
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M O DA
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VITRINE
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SELEÇÃO DESIGN
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E N T R E V I S TA | J A M I E O L I V E R
M ADE I N B R A Z IL Em entrevista exclusiva, o chef britânico Jamie Oliver fala sobre a abertura da unidade paulistana do Jamie’s Italian e sobre o culto à gastronomia como um caminho para uma alimentação mais saudável e consciente
PO R | Janaina Fidalgo
FOTO GRAFIAS | Leka Mendes
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E N T R E V I S TA | J A M I E O L I V E R
Jamie Oliver diz que é um cara muito difícil de lidar. Ao afirmar isso, a maior celebridade da gastronomia mundial não fala de si mesmo em primeira pessoa. Refere-se à equipe por trás da marca de sucesso que começou a construir 16 anos atrás, quando era apenas um moleque desconhecido falando e gesticulando freneticamente diante das câmeras enquanto cozinhava. A verdade é que nem se fosse onipresente e onisciente o cozinheiro britânico daria conta de administrar sozinho o negócio gigantesco que “ele” virou. Seus programas são transmitidos em mais de 100 países; os livros passam dos 35 milhões de cópias e os restaurantes abertos no Reino Unido pouco a pouco se espalham pelo mundo. Isto posto, é fácil entender por que só agora Jamie Oliver chega ao Brasil. Muitos foram os empresários interessados em abrir um restaurante da grife no País. Nem todos, ao que parece, estavam alinhados com o Jamie way of cooking (entenda-se: uma cozinha na qual entram apenas ingredientes locais e sazonais, carne de animais criados soltos, e por aí vai). Anos de namoro depois — e um investimento estimado em R$8 milhões —, a unidade paulistana do Jamie’s Italian será aberta no fim de março num cubo de vidro na Avenida Horácio Lafer, no Itaim Bibi. “Encontrar os fornecedores com o nível de qualidade exigido quase me matou. O Jamie Oliver é o pai dos meus cabelos brancos”, brinca o chef executivo Lisandro Lauretti, um dos sócios do empreendimento. “Nossas exigências em relação à sustentabilidade e ao bem-estar dos animais são grandes. Fazemos questão de ter menus com altos índices nutricionais e cuidamos para que cada detalhe seja perfeito. Quando encontramos um novo parceiro em potencial, minha equipe vai questioná-lo em todos os detalhes”, diz Jamie Oliver em entrevista concedida a Made, por e-mail. Você descomplica a cozinha, faz apologia da comida simples e saborosa e luta por uma alimentação saudável. De onde veio essa filosofia e como foi desenvolver isto no Reino Unido, país conhecido por não se preocupar com a qualidade das refeições? Quando minha filha mais velha nasceu, comecei a pensar no que ela comeria na escola e, consequentemente, na maneira como todas as outras crianças eram alimentadas. Fiquei chocado com a merenda dos nossos filhos. Era nefasta. Foi quando decidi que algo tinha de ser feito. Ao longo dos anos conseguimos imensos progressos nas escolas do Reino Unido. Mas, infelizmente, a obesidade tem aumentado em muitos lugares e as estatísticas não param de me deixar estarrecido. Precisamos educar firmemente
Só dá ele —Na página ao lado, o sócio Lisandro Lauretti e detalhes do salão do restaurante, em São Paulo. Na página anterior, retrato de Jamie Oliver
todas as crianças — e muitos adultos — sobre aquilo que estão colocando dentro de seus corpos todos os dias. Meu discurso é sempre o mesmo, porque é uma questão vital. Falta de dinheiro é uma alegação comum de quem quer justificar o consumo de junkie food. O que você diz quando a desculpa é a falta de tempo e a inabilidade para cozinhar? Comida pronta não deve ser um recurso diário. Não aceito falta de tempo como desculpa para não cozinhar e comer refeição processada diariamente. Há uma infinidade de pratos que você pode preparar levando o mesmo tempo que gastaria para aquecer uma comida comprada pronta. É incalculável a quantidade de livros e programas de TV sobre culinária. Compartilha-se foto de comida a todo momento nas redes sociais. Esse culto ao alimento pode ser revertido em consciência, em consumidores mais atentos à qualidade do que se come? Este aumento estrondoso do interesse pela comida é algo realmente bom. Se, ao assistir a um programa de cozinha, o espectador se inspirar a provar um prato novo, é fantástico. As mídias sociais são extremamente influentes também. Há pouco mais de um ano, começamos o Food Tube, canal na internet para assistir a programas comigo e com um bando de gente talentosa compartilhando receitas e dicas. Acho que nós apenas tocamos a ponta do iceberg do real potencial que as mídias sociais podem desempenhar. Você costuma dizer que as melhores refeições de sua vida nunca foram feitas em restaurantes caros. Poderia mencionar as que foram memoráveis? O Mangal1 é demais. É uma loja tradicional de kebab turco | 52 |
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E N T R E V I S TA | J A M I E O L I V E R
“A ideia por trás do Jamie’s Italian é servir comida simples e saborosa a preços acessíveis”
Comida boa —Ao lado, prato de lula crocante que estará no cardápio do restaurante brasileiro e, abaixo, retrato de Oliver
com uma grande grelha alimentada a carvão. A Chicken Shop é ótima também, e tão simples. Servem galinhas assadas, criadas livres. Ambos ficam em Londres. É comum ir a um restaurante famoso, gastar muito e comer mal. Ao assumir que suas casas não têm a pretensão de servir o “melhor jantar da vida”, qual tipo de cliente você espera atrair e por quê? A ideia por trás do Jamie’s Italian é servir comida simples e saborosa a preços acessíveis. Não vai fazer parte da lista dos melhores restaurantes do mundo, e não é este o nosso objetivo. O que eu garanto é que você vai desfrutar de pratos bem preparados com ingredientes produzidos corretamente e ter uma experiência fantástica.
Por ser tão popular e carismático você conseguiu dar peso ao que fala. Foi assim que bandeiras levantadas por você causaram barulho. Ao mesmo tempo, qualquer coisa à toa que diz, como o comentário sobre o brigadeiro, pode cair como uma bomba. É irritante não ter o direito de não gostar de um doce? Claro, pode ser irritante. Fiz só uma piada sobre o brigadeiro. Sequer imaginava que a câmera estivesse ligada. Foi só uma brincadeira com a equipe, e a próxima coisa que soube foi que o comentário estava em todos os noticiários. Sempre digo coisas meio controversas. E às vezes sinto que o que digo é mal interpretado ou tirado do contexto. Mas isso sou eu, e eu não vou mudar. | 54 |
RETRATOS JAMIE OLIVER DAVID LOFTUS
O cardápio da filial brasileira terá também receitas para agradar ao paladar local? O menu brasileiro será praticamente idêntico ao que definimos para as outras casas e pensamos que é realmente importante que seja assim. Dito isto, espero mesmo que a nossa equipe brasileira mostre seu lado criativo. Então sempre haverá especiais do dia.
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De endereço novo e com plano de expansão, a Livo conquista o mercado nacional com modelos de óculos descolados
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A marca de óculos moderninha Livo Eyewear está de endereço novo. A loja, que até então funcionava em um espaço temporário na Rua Oscar Freire, em São Paulo, inaugurou um ponto fixo na Rua dos Pinheiros, no bairro homônimo. “A mudança foi movida pelo nosso interesse em estar mais próximo de um público que tenha o perfil dos nossos produtos”, conta Arthur Blaj, sócio da empresa ao lado de Raphael Neves e Guilherme Freire. Fabricados a partir de materiais importados da Itália e oferecidos em estilos, tamanhos e cores distintos, os modelos são desenhados por Raphael e batizados com nomes de amigos do trio. “Lançamos cerca de duas coleções por ano e nomeamos as peças dessa maneira pois achamos que elas carregam consigo uma personalidade própria”, declara o designer. Apesar de seguir apostando na venda on-line, com um e-commerce prático e eficiente, a Livo conta ainda com uma loja no Barra Shopping, no Rio de Janeiro, e um quiosque no Shopping Iguatemi, na capital paulista. O plano é expandir o número de unidades em São Paulo. – Isabela Giugno Livo, R. dos Pinheiros, 272, Pinheiros, São Paulo / livo.com.br
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N E W S | C U R TA S
JOIA RARA Com uma base significativa de clientes brasileiros, a Piaget escolheu o Brasil como sede de sua primeira butique na América Latina, que deve ser inaugurada ainda este mês no Shopping Cidade Jardim, em São Paulo. Na estreia do novo empreendimento, o lançamento mais aguardado é o Limelight Gala, relógio feminino desenvolvido artesanalmente bate-bola
JEAN-BERNARD FOROT DESIGNER
O que define uma joia de qualidade?
A criatividade é essencial para um bom produto. Além disso, a peça deve ter um estilo reconhecível e destacar uma bela pedra. Nas nossas criações, usamos apenas ouro e platina e temos uma equipe especializada na seleção dos melhores elementos preciosos.
Onde busca inspirações para as criações?
na Suíça. Neste bate-papo, Jean-Bernard Forot, designer da marca, fala sobre os processos de criação e de produção. – Isabela Giugno Na estética tradicional da grife. Também busco referências contemporâneas na natureza e na cultura.
Baby look
Neste mês, a marca italiana Dolce&Gabbana inaugura a primeira butique infantil no Brasil. Localizado no Shopping JK Iguatemi, em São Paulo, o espaço ficará situado ao lado das unidades destinadas às coleções femininas e masculinas da loja e será dividido em dois ambientes. Um deles vai abrigar a seção que dispõe de peças para recém-nascidos de 0 a 2 anos e o outro contará com roupas para meninos e meninas entre 3 e 10 anos, além de uma linha para batizados. – Isabela Giugno Dolce&Gabbana, Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041, Itaim Bibi, São Paulo / iguatemi.com.br/jkiguatemi
Qual o grande diferencial de suas joias?
O fato de elas agradarem tanto homens como mulheres. Serem feitas em edições limitadas e trazerem pedras preciosas rigorosamente selecionadas. en.piaget.com
Pães caseiros, tapiocas recheadas, iogurtes e sucos orgânicos. Estes são alguns dos alimentos que figuram no cardápio da Padoca do Maní. Recém-inaugurada, em Pinheiros, em São Paulo, a padaria é comandada pela chef Fernanda Valdivia, com supervisão da premiada Helena Rizzo, responsável por conceber os pratos do restaurante Maní. Com cheiro de pão fresquinho e visual simples, a casa vende também granola, mel, geleia e requeijão para serem levados direto para casa. E ainda oferece versões mais elaboradas de receitas tradicionais, como o cuscuz com creme inglês e os ovos mexidos com shitake. – Isabela Giugno
Envolta por um rótulo estampado com o rosto do lendário Mussum, a Biritis é a pedida certa para quem não vive sem uma boa cerveja. A bebida, fabricada artesanalmente com malte importado, foi lançada pela cervejaria carioca Brassaria Ampolis, empreendimento fundado por Sandro Gomes, filho do humorista, e os sócios Diogo Mello e Leonardo Costa. Caracterizada pela baixa fermentação e pela cor alaranjada, a Biritis é uma exclusiva Vienna Lager e pode ser adquirida pelo site The Beer Planet. – Isabela Giugno
Padoca do Maní, R. Joaquim Antunes, 138, Pinheiros, São Paulo / T 11 3482 7922
Brassaria Ampolis, brassariaampolis.com.br
Fornada de chef
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FOTOS DIVULGAÇÃO
Copo cheio
N E W S | C U R TA S
ESCALA EM SÃO PAULO Eric Carlson consagrou-se com o projeto arquitetônico que transformou a loja da Louis Vuitton no 7º destino mais visitado em Paris. Nesta entrevista exclusiva, o arquiteto fundador da Carbondale revela
ERIC CARLSON
por que decidiu inaugurar uma filial do escritório parisiense em São Paulo e como se tornou especialista em obras de
ARQUITETO
luxo. – Isabela Giugno
Por que vir para o Brasil?
Qual conceito pauta os projetos?
Por conta da demanda de projetos no País, mas o fato de minha esposa ser brasileira também contribuiu.
Para alcançar um “design customizado de luxo” cada produção deve ser original e corresponder ao que o cliente quer.
Como é composta a equipe da filial brasileira?
Vocês já desenvolveram trabalhos em Tóquio, Londres e Munique. Quais são as dificuldades de trabalhar no exterior?
A arquiteta Juliana Cintra do Prado comanda os trabalhos e chefia um time de seis profissionais já treinados em Paris, onde os trabalhos são elaborados.
Além do Shopping JK Iguatemi, em São Paulo, quais os principais projetos da Carbondale no Brasil? As Concept Stores da H.Stern, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Recife, e o restaurante Ter Bicchiere, também na capital paulista.
O contexto climático, o idioma e as diferenças culturais são desafios essenciais para gerar criatividade na hora de conceber bons desenhos.
No Usina 47, o ambiente é industrial com toques da Belle Époque. Paredes detonadas, tubos de ferro aparentes, andaimes, portas pantográficas, lustres de cristal e objetos antigos, como um relógio de bater ponto, rádios e televisores, criam um clima meio noir. Os pratos, trazidos por garçons vestidos com uniformes típicos dos trabalhadores americanos dos anos 1920, chegam em tábuas de madeira de demolição, tijolos e latas. Os aperitivos e entradas são típicos de bar e a carta de drinks, bastante incrementada, exibe cerca de 50 sugestões. – Lívia Breves Usina 47, R. Rita Ludolf, 47, Leblon, Rio de Janeiro usina47.com.br
Há projetos em desenvolvimento no Brasil? Sim, ainda é sigiloso. Mas garanto que teremos novidades muito interessantes neste semestre. cbdarch.com
Dose dupla
Cansado de ver as tradicionais caipirinhas roubarem a atenção nos bares de São Paulo, Fernando Lisboa iniciou uma empreitada para acabar com a mesmice no universo das bebidas. Em parceria com o amigo Jean Ponce, chef de bar do restaurante D.O.M., o barman decidiu lançar a Coquetéis VII, uma linha de drinks engarrafados e fabricados dentro da cozinha de sua casa. “Fazemos misturas diversas. No total, já são mais de 30 opções, como o Negroni, o Boulevardier e o Old Fashioned”, conta ele. Para o futuro, a dupla planeja abrir um e-commerce e disponibilizar os produtos em pontos de venda físicos. Enquanto esse dia não chega, as delícias podem ser encomendadas por e-mail. – Isabela Giugno Coquetéis VII, fernandof.lisboa@yahoo.com.br / instagram.com/fflisboa
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Cubo mágico
Até abril, o Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, abriga a mostra Waking up in News America, do artista norte-americano Robert Heinecken. Na instalação, uma sala, que simula um ambiente doméstico, tem as superfícies revestidas por imagens televisivas. A curadoria é de Danniel Range. - Isabela Giugno MIS, Av. Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo / T 11 2117 4777 / mis-sp.org.br
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N E W S | C U R TA S
A galeria de arte Zipper, sediada no Jardim América, inaugura este mês um segundo espaço em São Paulo, na região central. A filial, instalada dentro de um prédio da década de 30, vai abrigar exposições de frentes variadas, como instalações, pinturas e esculturas, e funcionará como palco para a troca de conhecimentos. “Será um ambiente experimental, em que curadores e artistas – tanto da Zipper quanto de fora – poderão explorar novas possibilidades de criação e comunicação de seus trabalhos”, explica o proprietário Lucas Cimino. A cada três meses um grupo selecionado trabalhará na montagem de uma mostra. – Isabela Giugno Zipper Galeria, R. Xavier de Toledo, 140, Centro, São Paulo / zippergaleria.com.br
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FOTOS JOÃO BERTHOLINI
Casa criativa
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Rooftop carioca
No topo de um casarão tombado, com vista do Cristo Redentor, o Sobe, mix de bar e restaurante, serve panelinha de camarão ao vinho branco, tartare de salmão ao limão siciliano e picadinho à Oswaldo Aranha. A decoração, moderninha e descolada, conta com cadeiras coloridas e luminárias suspensas. – Lívia Breves Sobe, R. Pacheco Leão, 724 D, Jardim Botânico, Rio de Janeiro / facebook.com/barsobe
Cor e bom humor
Abacaxis, sapos, peixes, siris e até moscas povoam as divertidas estampas da Benta Studio. Comandada por três mocinhas elegantes – Gabriela Garcia, Maitê Lacerda e Beatriz Cunha –, a marca carioca queridinha da vez faz lenços, vestidos, blusas, saias e lindos macaquinhos. “Os desenhos comunicam e provocam reação de surpresa. O inesperado é importante”, explica Maitê. Há também parcerias com marcas descoladas, como a OS/ON e a Insecta. – Joana Dale Benta Studio, R. Visc. de Carandaí, 20, Jardim
Design ao quadrado
O melhor do mobiliário escandinavo no Brasil começa o ano com novidades em dobro. Em janeiro, a Scandinavia Designs passou a representar a marca Danish em uma parceria que vai beneficiar os clientes. Com maior variedade de produtos, a colaboração visa a aumentar a representatividade da grife no mercado. “Em vez de competirmos, já que trabalhávamos quase com os mesmos fornecedores, decidimos nos fundir para assim nos fortalecermos”, afirma Soren Priess Gade, diretor geral da loja. A Scandinavia vai trabalhar com duas novas empresas dinamarquesas, a PP Mobler e a HAY, cuja coleção de cadeiras About a Chair promete roubar a cena por aqui. A linha, assinada pela designer Hee Welling, está disponível no showroom, em São Paulo. – Isabela Giugno. Scandinavia Designs, R. Pensilvânia, 287, Brooklin Novo, São Paulo T 11 3081 5158 / scandinavia-designs.com.br
Botânico, Rio de Janeiro / bentastudio.com
Depois de quatro semanas em Paris visitando e provando os pratos locais, o chef Pedro de Artagão inaugura, neste mês, o Formidable, um bistrô francês com toques brasileiros. São clássicos parisienses interpretados pelo mestre-cuca, como escargots, steak com fritas, terrines e charcuterie, que roubam a cena no cardápio. A cozinha é aberta para o salão, onde um longo sofá promete ser o ponto mais disputado. O clima descontraído é enfatizado pelo balcão, no centro do restaurante, e pela parede de quadro negro com as sugestões do dia. – Lívia Breves Formidable, R. João Lira, 148, Leblon, Rio de Janeiro formidablebistro.com.br
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Natureba gourmet
NAVEGAR É PRECISO Especializada no segmento residencial, a arquiteta Camila Klein, do escritório homônimo, está sentido crescer a demanda por projetos de interiores para embarcações de luxo. bate-bola
CAMILA KLEIN
Com alguns barcos já concluídos e ela conta sobre a sua atuação nessa nova seara. – Isabela Giugno
Como começou?
percebi quantas possibilidades existem em termos de decoração de barcos.
Quais são os maiores desafios?
Trabalhar com espaço reduzido, em que cada canto deve ser milimetricamente aproveitado, e se limitar a materiais resistentes a água.
Onde encontrar boas referências?
Naturalie Bistrô, R. Visconde de Caravelas, 11, Botafogo, Rio de Janeiro, T 21 2537 7443 / naturaliebistro.com.br
outros em fase de desenvolvimento,
ARQUITETA
Os primeiros pedidos vieram de clientes para os quais já desenvolvi projetos residenciais. Eles queriam navegar com a mesma beleza e o mesmo conforto de suas moradas.
Inaugurado no final de janeiro, o Naturalie Bistrô faz o tipo vegetariano contemporâneo. O restaurante é comandado pela jovem chef Nathalie Passos, de 22 anos, que acabou de voltar de uma temporada em Nova York, onde fez especialização no Natural Gourmet Institute for Health & Culinary Arts. Entre os destaques do cardápio estão o trio de bruschettas e a lasanha de abobrinha. “Como valorizo ingredientes frescos, o menu muda toda semana”, explica Nathalie. Entre os sucos estão o relaxante, com maracujá, água de coco, camomila e erva doce, e o colágeno (foto), com morango, manga água de coco e tâmara. – Joana Dale
Já se pode falar em tendência para o segmento?
Fugir do padrão azul e branco, que lembra o estilo marinheiro, e apostar nos tecidos com uma cara mais de casa, como o linho sintético.
Sua atuação como arquiteta pode ir além?
Já estou com projetos para interiores de jatinhos e helicópteros. Acredita? cklein.com.br
Em St. Barths, no Caribe. Foi lá que
À beira-mar
Com o salão reformado e uma nova chef, o Casa Vieira Souto, na orla da Praia de Ipanema, começou o ano com o pé direito. O projeto da arquiteta Bel Lobo, descontraído e elegante, traz luminárias de madeira, paredes de tijolos aparentes e samambaias. Além do restaurante de comida italiana, comandado por Luciana Plaas, funciona, no segundo andar do casarão de pedra, um wine club, onde o clima é um pouco mais sóbrio. – Lívia Breves Casa Vieira Souto, Av. Vieira Souto, 234, Ipanema, Rio de Janeiro / casavieirasouto. com.br
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N E W S | C U R TA S
De uns anos para cá, McDonald’s, Burger King e, principalmente, Starbucks vêm apostando em unidades com interiores personalizados – e bem distantes dos padrões convencionais. Com móveis assinados e revestimentos sofisticados, alguns endereços das gigantes, no exterior, ficaram mais aconchegantes, bonitos e modernos. Por trás das inovações, as redes têm a mesma intenção: proporcionar uma melhor experiência aos clientes e, com isso, reposicionar a marca num mercado no qual o design se tornou elemento essencial. Bons ventos estão trazendo a tendência para o Brasil. Com espaço reduzido, layout moderninho e produtos destinados ao consumo imediato, a bandeira mais recente adotada pelo grupo Pão de Açúcar, batizada de Minuto, aposta na praticidade e, lógico, em uma nova identidade visual para suas quase 20 unidades, em São Paulo. Dentro delas, lousas e placas exibem uma linguagem gráfica descolada e luminárias de teto tornam o interior mais agradável. Para Renato Giarola, diretor de negócios de proximidade do GPA, a intenção é proporcionar mais conveniência na hora de fazer compras. Nas prateleiras, há itens como queijos nobres, cervejas especiais e alimentos orgânicos, além de frutas, verduras e legumes já embalados. – Isabela Giugno Minuto Pão de Açúcar, gpabr.com
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FOTOS LEKA MENDES
De cara nova
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OBJETOS DE DESEJO Confira nossa seleção de roupas, gadgets, acessórios e mobiliários que prometem roubar a cena em casa e no closet
P O R | Paula Queiroz
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lenço Book Cover br.burberry.com; nécessaire Pucci
agguerreiro.com.br; perfume Brit Rhythm br.burberry.com;
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cinto Lanvin lanvin.com; relógio Fendi Seleira vivara.com.br;
bolsa Palazzo versace.com; relógio Sofia dolcegabbana.com;
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V I T R I N E | O B J E TOS D E D E S E J O
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ESTILO| J.R. DURAN
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PO R TR ÁS DAS C Â M E R AS 2
Criador da Rev.Nacional e autor dos livros Cidade sem Sombras e Cadernos Etíopes, J.R. Duran define seu estilo autêntico e elegante
1 Lenço de bolso FOTO G R A F IAS | Marcelle Dubois
Para usar com o blazer Gant e a camisa azul J.Crew, Duran escolheu o lenço de bolinhas da Carolina Herrera. “A peça permite sofisticar um look despojado.”
2 Cachecol A peça Paul Smith caiu muito bem com o blazer Salvatore Ferragamo e com os óculos Ray-Ban. “Um lenço de pescoço dá um toque de cor e mais personalidade.”
3
3
Sapato O modelo Prada ficou moderno e autêntico com as meias listradas Paul Smith. “Um sapato de couro é indispensável em qualquer guarda-roupa.”
4
4 Bolsa de mão A bolsa Prada é despojada e elegante. A cor neutra compõe bem com diversos looks, como a calça clara Prada, a camisa Richards e o sapato da Tod’s.
5 Relógio O acessório Tag Heuer com pulseira de couro preta é discreto e muito charmoso. O fotógrafo escolheu usá-lo com a camisa listrada da Prada.
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VITRINE| DESIGN
1
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Design mania Referência em estilo no Brasil, onde vive há 19 anos, a estilista de acessórios francesa Maguy Etlin monta uma seleção de produtos criativos, inteligentes e bonitos para você comprar ou se inspirar
R ETRATO | José Bassit
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FOTOS DIVULGAÇÃO, TATIANA CARDEAL
PO R | Isabela Giugno
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01 Soap Stones Os sabonetes têm formato de pedras preciosas e funcionam como elementos decorativos. pelledesigns.com
02 Prynt A sofisticada capinha de smartphones imprime instantaneamente as fotos armazenadas nos aparelhos.
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pryntcases.com
03 Karoto O apontador de lápis gigante foi projetado para descascar e ralar vegetais. mnkbusiness.com/karoto
04 Bogoió Argolas Do projeto A Gente Transforma, de Marcelo Rosenbaum, o cesto é feito artesanalmente com palha de carnaúba. rosenbaum.com.br
05 #ProntoFalei
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A luminária da Nódesign vem com uma lousa para recadinhos. Quando acesa, a peça ilumina a mensagem! nodesign.com.br
06 Dandelight Sementes de dente-de-leão aplicadas a uma lâmpada de LED criam uma flor que emite luz. studiodrift.com
07 Luma O projetor de vídeo vem com alça acoplada e pode ser carregado para qualquer lugar. dca-design.com
08 Colar Caju
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O colar de borracha reciclada foi criado por artesãos piauienses e pela designer Kalina Rameiro.
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rosenbaum.com.br
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PERFIL| PERSONAGEM
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BISTRONOMIA PAULISTANA Com cardápio reduzido e sem muita invencionice, Caio Ottoboni , do restaurante Oui, em Pinheiros, conquista paladares exigentes
P O R | Marcelo Katsuki
FOTOGR A FI AS | José Bassit
“Quando o vejo na cozinha é como se me visse 30 anos atrás”, afirma Erick Jacquin. O temido chef francês da extinta La Brasserie, em São Paulo, e um dos apresentadores do MasterChef brasileiro se refere a Caio Ottoboni, seu sous-chef durante quatro anos. Desde agosto passado, o jovem de 29 anos comanda a cozinha do Oui, bistrô paulistano que vem ganhando destaque na cena gastronômica da cidade. Caio nasceu em Paraguaçu Paulista, interior de São Paulo, mas a paixão pela cozinha fez ele se mudar para a capital, em 2003. Depois de estudar gastronomia no Senac, começou a trabalhar no Armani Café. Com a cartela de clientes que montou no restaurante, partiu para o mundo dos eventos particulares, enquanto estagiava no D.O.M., de Alex Atala. As festas duraram até aparecer a oportunidade na Brasserie. Começou como cozinheiro,
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mas em três anos já ocupava o exigente cargo de sous-chef. “Tinha que ouvir bronca do dono e reclamações da equipe. Não foi fácil, mas essa experiência me ajudou muito na criação do Oui”, revela. A melhor prova disso é que Caio conquistou o chefão, famoso por não ser lá muito gentil. “Ele dizia que, no dia em que eu tivesse meu próprio restaurante, entenderia suas atitudes”, conta, sorrindo. Depois de sete anos ao lado de Jacquin, achou que era a hora de sair em busca de novas experiências. O próximo passo era chefiar o futuro Parigi Bistrô, do grupo Fasano. Mas um atraso no projeto fez com que o chef embarcasse para Paris. Passou dois meses fazendo estágios e se encantou com os bistrôs modernos da cidade. “Achei legal o conceito de bistronomia, que tem toques autorais e preços mais acessíveis”, diz. Conheceu a cozinha do Au Comte de Gascogne, de Henri Charvet, passou pelo Le Grand Pan, de Benoit Gauthier, e terminou no Frenchie, de Gregory Marchand. Na volta ao Brasil, atuou ao lado de profissionais conceituados, como os sommeliers Manoel Beato e Gabriela Monteleone, na área de eventos. Em um desses jantares conheceu Maria Helena Guimarães, sócia dos restau-
P E R F I L | C A I O OT TO B O N I
“É o espaço que tenho para brincar com técnicas modernas e os melhores ingredientes do meu fornecedor”
rantes Spot e Ritz, com quem começou a colaborar. Até hoje o Ritz apresenta em seu menu pratos desenvolvidos por Caio, fruto dessa parceria. Mas foi em um passeio por Pinheiros que Caio viu um ponto sendo oferecido e propôs ao tio, Ricardo Zegaib, uma sociedade. Assim nasceu o Oui: Caio cuida da operação e da cozinha e seu tio, da administração. O cardápio da casa é enxuto e foi elaborado a partir de três pratos tradicionais que se tornaram fixos, steak tartare, filet au poivre e côte de boeuf, este último para duas pessoas. O restante do menu é livre. “É o espaço que tenho para brincar com técnicas modernas e os melhores ingredientes do meu fornecedor.” Aí ele inventa à vontade. “Quando o prato faz muito sucesso, acaba entrando no cardápio”, afirma. O chef entende sua cozinha como um mix de base clássica, com um toque de tecnologia e produtos brasileiros. Ele utiliza termocirculadores no preparo de pratos em baixa temperatura e acha que o importante é extrair o melhor de cada ingrediente. Mas faz questão de ressaltar que não entram produtos químicos nem importados em sua cozinha. As exceções são o vinagre de framboesa e a flor de sal, que utiliza de forma moderada. E só. “Trufas e foie gras não aparecem em minha despensa”, comenta. O motivo disso é muito mais conceitual do que ufanista. “Os custos são altos e fugiriam da ideia de bistronomia do meu restaurante”, afirma. Seu ingrediente favorito? “Qualquer produto bom me desperta interesse”, diz. Entre peixes e carnes vermelhas, fica com a primeira opção. “Tenho prazer em trabalhar com peixes, mas sou muito exigente com o ingrediente”. No entanto, o prato que tem feito sucesso na casa não leva nada que venha de mares ou rios. Considerada a primeira assinatura do chef, a pancetta de porco laqueada servida com purê de batata-doce e gergelim torrado tem arrebatado os corações de quem passa pela pequena casa em Pinheiros. “Está resistindo com firmeza no cardápio”,
brinca. Outro prato que ganhou destaque e tem gosto de infância, para ele: língua de boi com purê de batata, receita de sua avó. “A receita surpreendeu muita gente, que comia pensando ser uma simples carne de panela”, diz o chef. Nos planos para o futuro está um “menu confiance” de cinco etapas, oferecido apenas à noite para que as pessoas possam conhecer melhor o seu trabalho. Sem fazer muito barulho, o chef já conquistou paladares afiados. “Estive no Oui três vezes e sempre foi muito bom”, diz Claude Troisgros, chef do grupo CT, no Rio de Janeiro, e apresentador do programa Que Marravilha!, no GNT. Acostumado aos sabores da culinária francesa, o chef-celebrity elogia a base clássica com resultados modernos da cozinha de Caio. “É um lugar aonde, sem dúvidas voltarei! E isso é o mais importante”, conclui.
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Mestre-cuca—Ao lado, Caio preparando o steak tartare, um dos carros-chefes do Oui. Abaixo, o prato pronto. Na pågina anterior, vista geral do pequeno salão do restaurante. Na dupla de abertura, retrato do chef
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G A S T R O N O M I A | # PA R T I U C E N T R O
Novos ares —Ao lado,
Sol Camacho e Camilla Barella, do La Central, e detalhe do restaurante, no Copan. Abaixo, ambiente do Drosophyla, agora, no Centro
#Partiucentro Cafés, bares e restaurantes com propostas contemporâneas de espaço e atendimento se instalam nos arredores do Copan e mudam pouco a pouco o perfil da região central da capital paulista
POR | Janaina Fidalgo
Pareceu um movimento orquestrado. Com intervalos de semanas, lugares de perfil semelhante abriram nos arredores da Rua da Consolação, centro de São Paulo. Longe de ser uma ação combinada, o que houve foi uma inegável sintonia entre empresários que enxergaram na vizinhança um potencial a ser explorado. Um bairro rodeado de ícones arquitetônicos, carente de cafés, bares e restaurantes com propostas mais modernas e descomplicadas – da comida ao atendimento. A dez passos de distância, dois deles dividem a calçada (e os clientes) e foram inaugurados na mesma semana. O Beluga Café é o “plano b” de dois amigos insatisfeitos com suas profissões: o designer Rodolfo Herrera e o jornalista Flávio Seixlack. O outro, o Holy Burger, é um projeto paralelo do músico Filipe Fernandes, do jornalista Gabriel Prieto e do empresário Marcus Vinicius. “Somos frequentadores do Centro. Moramos perto, gostamos daqui e sentíamos que tinha uma demanda reprimida por coisas diferentes. Até para tomar um café legal, quem trabalha e mora no entorno tinha de ir para outros bairros”, diz Seixlack. “Sem contar que o aluguel aqui é bem mais barato que em bairros como Pinheiros, Jardins e Higienópolis”, completa ele.
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“Acho muito legal o fato de o Centro ter melhorado. Mas temos que pensar na relação do estabelecimento com o entorno” Décor moderno —Acima, prato do Holy Burger e salão do restaurante, onde impera uma atmosfera industrial
Pequena e agradável, a cafeteria não tem funcionários. Os sócios anotam os pedidos, cobram e preparam as bebidas. O cliente volta para buscar. As opções são reduzidas, mas bem escolhidas. Os grãos usados no expresso e no coado (ambos podem ser quentes ou frios) vêm de Ibiraci, Minas Gerais. As tortas, quiches e cookies são d’A Torteria; os pães e sanduíches, da Antipasti; e os brownies e pães de mel, da Beza. No almoço, tortas e quiches são acompanhadas de salada e granola salgada. O Holy Burger tem ares industriais, com paredes de tijolos expostos, lâmpadas de filamento e tubulação aparente. Também pequeno, oferece seis opções de sanduíches, do clássico cheeseburger ao St. Gorgon (com gorgonzola, agrião e cebola caramelizada), e bons rótulos de cerveja (Six Point e Urbana, entre elas). Foi montado no bairro por uma questão estratégica. “Temos dois projetos sociais na Bela Vista. Nossa ideia era não só arrecadar recursos [10% da renda é revertida aos grupos], mas também empregar os jovens atendidos lá. Tinha de ser por aqui para eles poderem vir a pé”, conta Gabriel Prieto. “O bairro é muito legal e tem fluxo de gente o dia todo.” A algumas quadras dali fica a mercearia Armazém Alvares Tibiriça, onde são servidos pratos de inspiração ibérica, e o La Central, híbrido de taqueria e restaurante de comida mexicana, da arquiteta Sol Camacho e da designer Camilla Barella. Sob a galeria Pivô, no Copan, o espaço foi reformado, mas manteve as características arquitetônicas originais da obra de Oscar Niemeyer. Clean, o ambiente pode ser avistado da calçada através das vitrines de vidro. O menu tem de simples tacos que
Café no ponto —Ao lado, a dupla por trás do Por um Punhado de Dólares e, acima, o ambiente da casa, que tem uma oficina de máquinas de expresso, ao fundo
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G A S T R O N O M I A | # PA R T I U C E N T R O
podem ser comidos com as mãos, a pratos reconfortantes, como um molhadinho fideuá de frutos do mar. Numa caminhada rápida, chega-se à Por um Punhado de Dólares, cafeteria despojada e espaçosa inaugurada na Nestor Pestana, mesma rua para onde se mudou o bar Drosophyla depois de anos na Cerqueira César. A oficina montada no fundo do endereço e especializada em manutenção de máquinas de expresso da La Marzocco remete à ocupação anterior de um dos sócios, Marcos Tomsic. Ex-barista do Santo Grão, ele trabalhou por dois anos com as máquinas de café da marca antes de abrir o novo espaço com o amigo Felipe Yabusaki. Referência ao filme do gênero western do cineasta italiano Sergio Leone, o nome da cafeteria brinca com a ideia dos “cafés sinceros”. “Sem marketing. Tem que entregar o que diz que vai entregar e tentar cobrar preços sinceros. Se o café é bom, o preço tem que ser alto. Se for mediano, o valor tem que ser mediano também”, diz Marcos Tomsic. O PPD – os mais íntimos chamam o lugar pelas iniciais – tem uma boa variedade de bebidas à base de café e também cervejas, vinhos, sanduíches e bolos feitos na casa. “Acho muito legal o fato de o Centro ter dado uma melhorada. Mas a gente tem que pensar na relação do estabelecimento com o entorno, com quem já estava aqui. Não quero abrir um café pensando em atrair gente de outro estado. A primeira coisa que me dá prazer é atender o meu vizinho.”
Região central — Acima,
salão desconstruído do Armazém Alvares Tibiriçá. Ao lado, Rodolfo Herrera e Flávio Seixlack, do Beluga Café, e, abaixo, o ambiente da cafeteria, onde tudo é feito pelos sócios
Armazém Alvares Tibiriçá R. Marquês de Itu, 847 / T 11 2365 1671 facebook.com/armazemalvarestibirica Beluga Café R. Dr. Cesário Mota Jr., 379 / T 11 3214 5322 facebook.com/belugasp Drosophyla R. Nestor Pestana, 163 / T 11 3120 5535 facebook.com/drosophyla Holy Burger R. Dr. Cesario Mota Jr, 527 / T 11 4329 9475 facebook.com/holyburgersp La Central Av. Ipiranga, 200, loja 53 / T 11 3231 0570 lacentral.com.br Por Um Punhado de Dólares R. Nestor Pestana, 117 facebook.com/ppdcafe
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FOTOS DIVULGAÇÃO; ROGÉRIO GOMES; JOÃO BERTHOLINI; LUFE GOMES
S E RV I ÇO
G AST R O N O M I A | E N C H E N D O O P OT E
Enchendo o pote Charmosas, práticas e saborosas, comidinhas vendidas em recipientes de vidro conquistam a capital da gastronomia. Entre as opções estão cassoulet, tiramissu e salada de folhas com grãos
Perfeitas para um lanche ao ar livre ou um almoço apressado no escritório, as refeições em potes de vidro já viraram tendência em São Paulo. Com receitas gostosas, saudáveis e assinadas por chefs, a modinha alia praticidade e prazer: os alimentos, dispostos em camadas, ganham elaboração cuidadosa e apresentação impecável dentro dos recipientes reaproveitáveis. “O potinho transparente deixa à mostra a estética das comidas, destacando o visual do produto”, diz Charles Piriou, proprietário do S
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Simplesmente, pioneiro na venda on-line de refeições em vidros. “É uma ideia simples e ao mesmo tempo sofisticada”, completa ele. A marca comercializa saladas com grãos, sopas e sobremesas, além de pães sem glúten e sucos prensados a frio. Tudo com ingredientes artesanais, orgânicos e adoçados apenas com mel. “Nosso maior desafio é apresentar os pilares de uma alimentação saudável, sem o uso de nenhum tipo de corante ou conservante”, afirma Piriou. Outra casa que caiu no gosto dos paulistanos por suas receitas de massas e de mix de folhas e legumes é a Salada Urbana, do empresário Luis Lopes. Para ele, o serviço tem muito potencial para conquistar freguesias em outros estados. “Não é apenas uma moda. Além dos recentes produtos, estamos desenvolvendo novidades para todo o Brasil”, diz. Um dos pratos mais vendidos é a salada clássica, com mix de folhas, tomate cereja, muçarela de búfala e azeitonas. Há também a Detox e a Antioxidante. Receitas francesas com apelo reconfortante são o forte da Petits Pots, comandada por Nicolas Barbé. O chef francês tem um currículo e tanto. Trabalhou no Le Relais Plaza, de Alain Ducasse, em Paris, e no extinto Cinco Bistrô, em São Paulo. “Comecei a fazer essas conservas para consumo próprio”, conta. A produção foi movida pela saudade que sentia da terra natal. “Assim, poderia comê-los quando quisesse.” O processo de pasteurização que usa nas receitas é o mesmo empregado por sua avó, no interior da França. Seus produtos são disponibilizados no site Barbe Gastronomia e duram até seis meses, sem alterar o
FOTOS DIVULGAÇÃO
P O R | Marcelo Katsuki
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G AST R O N O M I A | E N C H E N D O O P OT E
Tabule de quinoa Chef Thiago Medeiros S Simplesmente
Ingredientes
1 xícara de quinoa tricolor 2 xícaras de caldo de legumes caseiro 150g de tomate cereja partido ao meio 1 pepino japonês médio cortado em cubos pequenos 1/2 cebola roxa em brunoise 1 limão siciliano Salsinha picada finamente a gosto Hortelã rasgada com as mãos a gosto 2 colheres de sopa de azeite extravirgem Sal rosa do Himalaia a gosto
“O potinho transparente deixa à mostra a estética das comidas, destacando o visual do produto”
sabor original. O carro-chefe da empresa é o cassoulet, primeiro prato testado por Barbé, que leva feijão branco, pato e linguiça, seguido pelo rillette de porco. Inspiradas nos bolos americanos montados em potinhos de vidro, as “jar cakes”, da Lily Cake Shop também fazem sucesso. O chef Michael Arruda prepara discos de bolos macios e molhadinhos e recheia as massas com uma generosa porção de creme. Disponíveis em dez sabores, entre eles Nutella, brigadeiro, red velvet e Kit Kat, valem cada caloria. Para Renata Podgaec, sócia da empresa, a montagem do doce é simples. “O que dá mais trabalho é a apresentação cuidadosa, com tecidos personalizados e talheres”, diz. Outras boas opções são as receitas da No Pote, que oferece bolinhos artesanais sem conservantes e com menos açúcar, e da Nano Doces, que vende tiramissu, mousse de limão e de chocolate e cheesecake de goiabada em unidades do supermercado St. Marche. Tudo indica que as comidas em potinhos de vidro vieram mesmo para ficar. Se a expectativa dos fabricantes for atingida, a demanda pelo produto deve crescer ao longo do ano. “Aliar praticidade, preço e qualidade é a fórmula do sucesso”, concordam eles. Sem falar no apelo visual. Afinal, comemos primeiro com os olhos.
Modo de preparo
Coloque todos os legumes num bowl. Junte também as ervas e tempere com uma colher de sopa de azeite e raspas de um limão siciliano inteiro. Reserve. Em paralelo, numa panela, ferva o caldo de legumes e, em seguida, adicione a quinoa em grãos. Deixe cozinhar em fogo médio por 10 minutos, desligue e tampe a panela. Deixe assim por mais 10 minutos. Tempere a quinoa com uma colher de sopa de azeite extravirgem, suco de um limão siciliano e sal rosa do Himalaia e adicione a marinada. Ajuste os temperos e refrigere por pelo menos 1h antes de servir. Rende 2 porções. Sabores e cores —Acima, suco de melancia, do S Simplesmente e, abaixo, receita do Salada Urbana. Na dupla anterior, bolo de chocolate, da marca No Pote, e suco de laranja com hortelã, do S Simplesmentete
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CÎROC + MADE
O D O NO DA FESTA
Habituê dos endereços mais disputados de São Paulo, o DJ Mario Velloso revela a receita para agitar as pistas Brasil afora
Figurinha carimbada nas melhores festas da noite paulistana, o publicitário Mario Velloso descobriu o gosto pela música eletrônica há dois anos. Desde então o jovem, que é também um dos fundadores da marca de moda masculina Zapälla, decidiu atuar como DJ e, atualmente, pilota as pick-ups dos eventos mais exclusivos de São Paulo. Em parceria com sua noiva, a designer de joias Pietra Bertolazzi, Mario comanda o My Own Nirvana, projeto responsável pela criação de sons incríveis que misturam eletrônico com pitadas de rock and roll, uma das paixões do casal. “A Pietra, além de saber muito sobre música, tem um interesse bem parecido com o meu”, conta. Donos de uma química inegável, os dois já agitaram bares e festas poderosas pelos quatro cantos do País. Para este ano, eles prometem esquentar ainda mais as badalações com lançamentos de faixas inéditas de deep e tech house, acompanhados das batidas de guitarras e outros instrumentos. “São os estilos que mais me dão prazer de ouvir e que melhor se encaixam nos remixes de clássicos do rock que tocamos”, conta.
R E T R A N C A | ASS U N TO
Frequentador de festivais eletrônicos, como os clássicos Apenkooi, em Amsterdam, na Holanda, o Burning Man, em Nevada, nos EUA, e o Sónar, em Barcelona, na Espanha, Mario dá a receita para uma noite divertida: boas companhias e ótimos drinks – sempre com Cîroc. “A vodka com água tônica é o curinga para toda e qualquer ocasião. Na dúvida, sempre opto por esta pedida. Mas também não dispenso o clássico Sex on the Beach”, revela ele. Quando não está festejando ao lado dos amigos e da noiva, Mario aposta nas viagens para seus destinos preferidos ao redor do mundo: Londres, Nova York, Capri, St. Tropez e Miami, onde tem um apartamento. Mesmo com a agenda profissional lotada, o DJ consegue arrumar tempo para se dedicar ao seu hobby preferido: fotografar. “Vou ampliar meu estúdio e, no momento, estou começando a fazer filmagens e fotos com drone.”
Cîroc nas melhores festas
Na fórmula perfeita para uma noite de sucesso, não pode faltar Cîroc. A vodka cai bem dos drinks clássicos aos mais elaborados. Como dita Mario Velloso, aposte na mistura de licor de pêssego com suco de laranja, xarope de groselha e, lógico, Cîroc, do tradicional e imbatível Sex on the Beach.
siga @cirocbrasiloficial
SELEÇÃO| FEMININA
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Sonho de consumo
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03 CA R T I E R Relógio O modelo feminino Ballon Bleu foi apresentado no Salão Internacional de Alta Relojoaria
PO R | Paula Queiroz
deste ano, em Genebra, na Suíça, e deve chegar ao Brasil em março.
01 DV F Blazer
0 4 C HA N E L Óculos
Da coleção Resort 2015, assinada por Diane von Furstenberg, o paletó Alyona é a pedida
Para manter o clima tropical também nos acessórios, invista nos novos óculos da Chanel,
ideal para uma noite elegante.
feitos de acetato e na cor verde.
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02 OS KL E N Look feminino
0 5 TOD ’ S Pulseira
A coleção de inverno, apresentada no final do ano passado, é uma verdadeira viagem, seja das
Lançamento da linha de primavera-verão, o bracelete da Tod’s é feito de aço banhado a ouro
florestas para as metrópoles, seja dos desertos para as geleiras, representadas no look off-white.
e promete roubar a cena.
osklen.com
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FOTOS DIVULGAÇÃO
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SELEÇÃO| FEMININA
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0 9 SA LVATOR E F E R RAG A M O Look feminino
A peça tem estrutura de couro de cabra tingido de azul e é bordada com camélias e pérolas.
Na coleção de primavera-verão 2015 de Salvatore Ferragamo, silhueta elegante, tops, saias,
Para quem não quiser subir no salto, a grife tem também uma versão rasteira do modelo.
paletas monocromáticas e materiais de efeito orgânico apareceram na passarela.
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Confeccionados com lãs finas e cashmere, os tecidos são quentes e protetores. A peça,
O móvel supercharmoso da designer Marie Christine Dorner é estruturado em madeira e tem
disponível em cores e estampas diversas, caiu no gosto das fashionistas mundo afora.
tecidos e telas nas laterais. Os acabamentos garantem a privacidade dos usuários.
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0 8 L ANVIN Bolsa
1 1 BOT T EG A V E N E TA Perfume Knot
Com alça transversal feita de corrente dourada e parte superior dobrável, com fecho de
A fragrância feminina Knot, que chega às lojas em março, foi inspirada na icônica clutch da
encaixe, a bolsa Sugar, da Lanvin, é um hit para todos os momentos.
Bottega Veneta. O perfume tem notas refrescantes de tangerina com o calmante da lavanda.
lanvin.com
bottegaveneta.com
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SELEÇÃO| MASCULINA
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Boas Novas
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03 P HI L I P S Mini ShoqBox O som da Philips não tem fio, usa tecnologia bluetooth, é impermeável e ultrarresistente. E ainda
PO R | Paula Queiroz
dá para atender a chamadas de celular por viva-voz. Ideal para levar nas mais diversas aventuras.
01 MO NTBL ANC Relógio
0 4 N UUN Óculos Suunuun
O modelo Heritage Chronomètrie Dual Time está disponível com pulseira de couro de jacaré
O designer João Kaarah, do estúdio Nuun, acaba de criar seus primeiros óculos de sol. De
ou de aço. Em ambos, o mostrador conta com duas opções de fuso horário.
acetato e haste de metal na parte superior, o modelo foi produzido pela Ótica Ventura.
montblanc.com
nuun.nu
02 BUR BE R RY Look masculino
0 5 CA R BON O D E S I G N Poltrona
Esta é a coleção primavera-verão 2015 da Burberry. Nela, os grandes autores ingleses são
A peça, do designer Stefano Sandonà, tem base de ferro com pintura eletrostática. Neutra e
celebrados na passarela, que tem looks inspirados em viagens.
elegante, cai bem em ambientes modernos ou clássicos.
br.burberry.com
carbonodesign.com.br
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FOTOS DIVULGAÇÃO
philips.com.br
C o n h e ç a a S o f t S h i n e, i n o v a ç ã o C r i a t i v a para os seus projetos. ALFA DECOR São Paulo | SP (11) 5523 2020 (11) 5523 2023 FINA ESTAMPA Alphaville | SP (11) 4191 6731 (11) 3742 4464 FONTANETTI DECORAÇÕES Americana | SP (19) 3012 8595 (19) 3648 7648 KYOWA TAPEÇARIA Santos | SP (13) 3223 2415 (13) 3227 4888 (13) 3223 3227 POSTIGO São Paulo | SP (11) 3885 0849 (11) 3051 7270 STYLE DESIGN São Paulo | SP (11) 3675 5236 (11) 3675 5236
criativapersianas.com.br facebook.com/criativapersianas
MODA| MODO DE VIDA
Modo de vida Made reuniu o melhor da moda e do design neste ensaio clicado na loja de decoração Firma Casa, em São Paulo. Os looks sofisticados e autênticos conversam com mobiliários assinados e com ambientes modernos e pra lá de inspiradores
FOTOS | Ruy Teixeira STYLIST | Ricardo Bruno PR OD U Ç ÃO E X E C U T IVA | Bianca Nunes
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Azul é a cor mais quente Ele: costume Ricardo Almeida; camisa Giorgio Armani; relógio Omega; lenço Tom Ford ( acervo ); sapato Camargo Alfaiataria Ela: vestido Pucci; brincos Talento Joias; relógio Omega; clutch Patrícia Bonaldi; sandálias Louboutin; bolero Carlos Miele; sofá Cloud, Lema, Firma Casa; pufe Tattoo Cactus, Baleri, Firma Casa; cabideiro Mancebo Jabuticaba, Nada Se Leva, Conceito: firmacasa
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MODA| FEMININO
Nome do Produto quas exces volo il modis dolo runtquas exces volo il modis dolorunt, quo dolore latis quas exces Non nobis aciam est quae nulla boga. Sum ut plab intia quis non perovid molupturibus modis et landit a voluptae
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Fios de ouro Vestido Pucci; bracelete Tiffany & Co.; anéis Jack Vartanian; cadeira Vermelha versão dourada, Edra, design irmãos Campana, Firma Casa; caixa Cranienne, Atelier Polyhedre, edição limitada, Firma Casa Na página anterior: vestido Giorgio Armani; brincos Talento Joias; anéis Jack Vartanian; sandálias Jimmy Choo; luminária Multilamp, Seletti, Conceito: firmacasa; bandeja Trama, de prata e vidro, Conceito: firmacasa; fruteira Stand Alto, de vidro, Conceito: firmacasa; estatueta decorativa de cerâmica, design Estúdio Job para Makkum, Firma Casa; Buffet Capacho, Estúdio Campana, design irmãos Campana, Firma Casa
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MODA| MODO DE VIDA
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Linhas curvas Ele: costume Ricardo Almeida; camisa Hugo Boss; echarpe Dolce&Gabbana; relógio Omega; tênis Emporio Armani; lenço Paul Smith (acervo); bolsa Longchamp. Ela: tailleur Diane Von Furstenberg; brincos Talento Joias; broche Giorgio Armani; clutch Bottega Veneta; bracelete Tiffany & Co.; anéis Jack Vartanian; sapato Louboutin; cadeira Porcas, Leo Capote, Firma Casa; chaise Flipt, Baleri, Firma Casa
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MODA| MODO DE VIDA
Elemento concreto Casaco e terno Dolce&Gabbana; camisa Camargo Alfaiataria; gravata-borboleta Dolce&Gabbana; lenรงo Paul Smith (acervo); luminรกria de teto Campana, Edra, design irmรฃos Campana, Firma Casa; vaso Volver, design Jaqueline Terpins, Firma Casa
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Fino trato Vestido Tufi Duek; colar e brincos Jack Vartanian; anéis Tiffany & Co. (pavê e rubi) e Talento Joias (pavê); poltrona Wing Back, Tom Dixon, Firma Casa
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Natureza morta Terno Hugo Boss; camisa Camargo Alfaiataria; gravata Ricardo Almeida; len莽o Dolce&Gabbana; rel贸gio Omega; sapato Z Zegna; banco Raiz de madeira, Nada Se Leva, Firma Casa
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AGRADECIMENTO: FIRMA CASA; MODELOS BRUNA ERHARDT/WAY MODEL; FLAVIO SUHRE/FORDMODELS; ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA: NOEL THOMAS; BELEZA: JAYME VASCONCELLOS/CAPAMGT BY NARS & MOROCCANOIL
MODA| MODO DE VIDA
Mobília criativa Costume e camisa Dolce&Gabbana; gravata Dior (acervo); lenço de bolso Yves Saint Laurent (acervo); sapatos Camargo Alfaiataria; luminária Multilamp, Seletti, Conceito: firmacasa; bandeja Trama de prata e vidro, Conceito: firmacasa; fruteira Stand Alto Vidro, Conceito: firmacasa; estatueta decorativa de cerâmica, design Estúdio Job para Makkum, Firma Casa; buffet Capacho, Estúdio Campana, design irmãos Campana, Firma Casa
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R E LÓ G I OS | L A N Ç A M E N TOS
Tempo precioso
POR |Tatiana Sasaki
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FOTOS DIVULGAÇÃO
Belos, mecânicos e complicados. Acompanhamos os lançamentos do Salão Internacional de Alta Relojoaria de Genebra e selecionamos alguns dos modelos que podem desembarcar nas butiques do Brasil
Aniversário—Na página anterior, o Harmony Tourbillon Chronograph, uma edição limitada de 26 peças de platina 950, celebra os 260 anos da Vacheron Constantin.
CARTIER Shopping Cidade Jardim, São Paulo / T 11 3759 3240 / cartier.com
Celestial—No alto, à esquerda, o Master Calendar, da Jaeger-LeCoultre, tem um calendário completo sobre o mostrador de meteorito. Rara, a pedra foi coletada na Suécia.
VACHERON CONSTANTIN Shopping Cidade Jardim, São Paulo / T 11 3198 9405 / vacheronconstantin.com
Design—No alto, à direita, o novo Clé de Cartier, com caixa e pulseira de ouro branco. A coroa tipo chave, formato inédito, é adornada com uma safira azul.
IWC SCHAFFHAUSEN Shopping JK Iguatemi, São Paulo / T 11 3152 6610 / iwc.com
Calendário—Acima, à esquerda, o Portugieser Annual Calendar, da IWC, de ouro vermelho, fornece mês, data e dia da semana, além de reserva de marcha de sete dias.
MONTBLANC Shopping Cidade Jardim, São Paulo / T 11 3552 8000 / montblanc.com
Globo—Acima, à direita, o Heritage Spirit Orbis Terrarum de aço, da Montblanc, indica os 24 fusos do mundo graças a um sistema de discos sobrepostos.
JAEGER-LECOULTRE Shopping JK Iguatemi, São Paulo / T 11 3152 6640 / jaeger-lecoultre.com
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SELEÇÃO| DESIGN
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Mobília fina 01 Sofá 50s
02 Poltrona Nonna
03 Sofá MCD
04 Mesa de centro
05 Mesa Exxex
O sofá de estrutura e pés de madeira maciça e estofado de tecido é do designer Emerson Borges.
Do designer Bruno Faucz, a peça tem como referência os modelos dos anos 1950 e 1960.
A designer Marie Christine Dorner combinou formas básicas com estrutura macia e confortável.
Da marca Drio, a mesa tem três alturas e diâmetros diferentes. Ótima para apoiar livros no centro da sala.
Para se ter na lateral do sofá. A peça tem acabamento de latão com tampo feito de pau-ferro.
saccaro.com.br
brunofaucz.com
ligneroset.com.br
drio.ind.br
vermeil.com.br
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FOTOS DIVULGAÇÃO
PO R | Paula Queiroz
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06 Mesa 955
07 Mancebo
08 Estante Cubo
09 Mesa Naomi
10 Cadeira Coller
Da marca Rolf Benz, o móvel, de Norbert Beck, tem estrutura de carvalho e tampo de mármore.
De madeira cerejeira maciça, a peça do designer Hugo Sigaud faz parte da linha Colorado.
Para organizar os livros, aposte neste modelo de caixas laqueadas, de Camila Melo para o Estúdio da Casa.
Do designer Enrico Salis, a peça foi feita em parceria com a Formme e apresentada em fevereiro.
A nova Moora Mobília Brasileira apresenta a cadeira Coller, criada por Angelo Duvoisin, idealizador da marca.
codbr.com
veromobili.com.br
estarmoveis.com.br
formme.com.br
moora.com.br
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A R Q U I T E T U R A | ASS U N TO
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E STAÇ ÃO TR I A N O N
Design nacional, tons neutros e muita madeira são elementos-chave da reforma concebida por Felipe Hess num apê todo voltado para o exuberante parque da Paulista PO R | Eduardo Simões
FOTO GRAFIAS | Ricardo Bassetti
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A R Q U I T E T U R A | ASS U N TO
Boas-vindas— À esquerda, túnel de entrada do apartamento, feito de madeira branca ripada NA PÁGINA AO LADO Paleta neutra— Em sentido horário: o arquiteto Felipe Hess; tons claros e mobiliário fixo de madeira, desenhado pelo próprio escritório, marcam o projeto de interiores; em primeiro plano, uma poltrona vintage, no “mini-estar”; atrás dela, um aparador que também serve para demarcar os espaços NA DUPLA ANTERIOR Salão de belezas— Perspectiva geral do amplo ambiente dividido em salas de TV, estar e jantar, setorizadas por degraus; nos caixilhos do piso ao teto, apenas cortinas de linho para filtrar os raios de sol
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“Buscamos móveis, na maior parte, de design nacional, com bastante madeira e cores neutras”
Uma leve cortina de linho, “apenas para quebrar um pouco a luz do sol”, foi tudo o que Felipe Hess acrescentou às janelas do apartamento de 300 metros quadrados, cuja reforma ele projetou, em São Paulo. “As salas são totalmente voltadas para o Parque Trianon. Eu não fiz nada. Já estava tudo lá. Caixilhos amplos, do piso ao teto, e o verde maciço bem embaixo de nosso nariz”, diz o arquiteto. A identidade de Hess, no entanto, está claramente presente no projeto, que teve colaboração do colega Lucas Miilher. Os moradores – um casal com duas filhas pequenas – queriam uma casa aconchegante e ideal para receber amigos. Exatamente como o arquiteto costuma conceber seus trabalhos, “sem excessos e acolhedores”, como ele mesmo ressalta. O apartamento fica num prédio modernista. A entrada se dá por um longo túnel de madeira branca ripada, que conecta a área social à íntima. Em sua extensão, portas camuflam maleiro, lavabo e escri| 117 |
A R Q U I T E T U R A | E S TA Ç Ã O T R I A N O N
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Cinema em casa—Acima, detalhes da sala de TV, com a poltrona Mole, de Sergio Rodrigues, e, no alto, o aparador criado pelo escritório de Hess NA PÁGINA ANTERIOR Design nacional— A sala de TV, com o sofá Cozy, de Baba Vacaro para Dpot, e poltronas de Zanine Caldas
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A R Q U I T E T U R A | E S TA Ç Ã O T R I A N O N
tório. Há um grande salão que se divide em três salas (de TV, de estar e de jantar). A cozinha se integra totalmente à sala de jantar, de modo que é possível cozinhar tendo os convidados como espectadores. Para demarcar os espaços neste grande ambiente, degraus. Na área social, chama a atenção o contraste entre o piso claro e a madeira natural aplicada a um grande painel e a do mobiliário fixo, desenhado pelo próprio escritório. A área íntima abriga quatro dormitórios – há um para hóspedes. Em todos, o piso de madeira ajuda a “aquecer” o espaço. Na suíte do casal, Hess e equipe desenharam cabeceira e criado-mudo. Já o banheiro tem mármore piguês e, novamente, madeira como principais elementos. A seleção de mobiliário está em sintonia com as demais escolhas de materiais para a casa. “Buscamos móveis, na maior parte, de design nacional, com bastante madeira e cores neutras”, explica Hess. Para a sala de TV, a lista inclui a poltrona Mole, de Sergio Rodrigues, além de peças de Zanine Caldas e um aparador assinado pelo escritório de Hess. No living, poltronas Gelli e Hans Wegner, sofá Micasa. Já no jantar, onde a iluminação indireta é garantida por um “furo” no teto, marcam presença a mesa de Jader Almeida e as cadeiras Lucio, também de Sergio Rodrigues. Todos os assentos dispostos de modo a contemplar a privilegiada vista do Trianon, que Felipe Hess soube tão bem prestigiar. | 120 |
Esconde-esconde—Em sentido horário: na sala de jantar, mesa de Jader Almeida, com cadeiras de Sergio Rodrigues; imagens que mostram a funcionalidade da porta de correr da cozinha NA PÁGINA ANTERIOR Marcos—No alto, o aparador e a coluna separam salas de jantar e de estar; abaixo, poltronas de Hans Wegner e Gelli e sofá Micasa
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DESTINO| MIANMAR
B E LE Z A AS I ÁT I CA Em suas inúmeras voltas ao mundo, Victor Affaro visitou o Sudeste asiático três vezes, mas nunca havia parado em Mianmar. O fotógrafo revela como foi sua primeira vez no país e por que os birmaneses são o povo mais feliz do mundo
P O R | Victor Affaro, em depoimento a Isabela Giugno
FOTOGR A FI AS | Victor Affaro
DESTINO| MIANMAR
Para quem tem o espírito de viajante e não dispensa aventuras, Mianmar, localizado entre a Tailândia, a China e a Índia, é o destino ideal. Caracterizado pelo cenário político conturbado, o país viveu isolado do mundo de 1962 até 2011, período em que foi mantido sob o governo de uma Junta Militar. Tal fato histórico justifica as poucas influências do mundo ocidental sobre o território e, principalmente, a escassez de turistas estrangeiros. Acompanhado de um amigo, passei algumas semanas de janeiro no país. O mês da viagem foi escolhido a dedo para que coincidisse com o inverno local, quando
as chuvas são raras e a temperatura amena. Ao embarcar em Yangon, a maior cidade de Mianmar, fiquei extasiado com a beleza dos prédios decadentes da era colonial e com a arquitetura das casas tradicionais. A região é uma mescla entre paisagens naturais deslumbrantes e construções suntuosas, como os templos. Vale destacar que os birmaneses, povo nativo, são bastante afeiçoados à religião budista. Por conta disso, decidi visitar o templo Shwedagon Paya, uma das principais atrações. Seu domo dourado é enriquecido com milhares de diamantes, | 1 24 |
Nativos —Ao lado, monge em um dos templos de Mianmar. Abaixo, birmanesa com pintura facial típica do lugar. No pé da página, garotas, em Shwedagon. Na página anterior, pescador no Lago Inle. Na dupla de abertura, a cidade de Bagan
rubis, topázios e safiras e, no topo, há uma enorme esmeralda posicionada para refletir os últimos raios de sol do dia. Lá, participei de uma sessão de meditação guiada que durou uma hora. Confesso, foi uma experiência atípica e intensa, já que no Ocidente não estamos acostumados a práticas como essa. Outra experiência imperdível é o passeio de balão em Bagan, cidade situada em uma região árida. Realizadas entre outubro e março e com duração de aproximadamente 45 minutos, as viagens, feitas por meio da empresa Balloons Over Bagan, permitem que o visitante explore a bela paisagem do local, que abriga cerca de 3 mil templos dourados. Reserve um dia também para visitar o Lago Inle, no Leste do país. Gigantesco, ele é rodeado por cerca de 20 vilarejos com casas instaladas sobre palafitas. É possível navegar em barcos de madeira, conduzidos de forma peculiar pelos pescadores. Equilibrando-se com uma perna na popa e com outra ao redor do remo, eles se movem de um jeito que se assemelha a uma dança de balé. A simpatia dos nativos merece um capítulo – ou melhor, um parágrafo – à parte. Sem exageros: os birmaneses são o povo mais hospitaleiro, amável e feliz do mundo. Em Yangon, os turistas são muito bem tratados e recebidos sempre com sorrisos calorosos e saudações. Nós, estrangeiros, somos celebridades por | 125 |
DESTINO| MIANMAR
De ouro—Abaixo, homem contempla o Shwedagon Paya. Ao lado, mulher com argolas para alongar o pescoço. Na página ao lado, destaque para a riqueza da construção de um dos templos de Mianmar
lá. Em inúmeras ocasiões pediam para que tirássemos fotos com eles. Infelizmente, ainda são poucos os brasileiros que vão para o destino. A maior parte dos turistas é de origem francesa, 90% eu diria. Por não ter sofrido as influências da globalização, tudo em Mianmar é inusitado e tradicional. A população inteira veste a roupa típica, longyi, e não se ouve ninguém falando em inglês – fator que representa o primeiro empecilho para quem visita o lugar, já que as palavras da língua local são impronunciáveis. Mas não se intimide e estabeleça diálogos com mímicas. É assim que todos os turistas se viram por lá. Outro desafio foi conseguir me adaptar à exótica culinária birmanesa. No país, é bastante comum se alimentar em barraquinhas de rua. As de alimentos frescos, como frutas, legumes e frutos do mar, são paradas obrigatórias. A salada de papaya verde, um prato salgado muito conhecido no Sudeste asiático, é simplesmente incrível. Não deixe de comer também a Mohinga, uma mistura de macarrão de arroz com molho de peixe e pedaços de banana verde, servida no café da manhã por vendedores ambulantes. Por outro lado, há uma parte da gastronomia de Mianmar que é mais pesada e oleosa, muito semelhante à indiana. A pouca familiaridade dos turistas ocidentais com a comida local faz com que problemas intes-
“Os birmaneses são o povo mais hospitaleiro, amável e feliz do mundo”
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DESTINO| MIANMAR
tinais sejam corriqueiros, por isso não deixe de levar um remedinho na bagagem. A opção mais segura – porém menos enriquecedora – é fazer as refeições nos hotéis, onde são oferecidos pratos mais sofisticados e agradáveis ao paladar dos turistas. Uma boa alternativa é o The Strand Grill, restaurante situado dentro do luxuoso Strand Hotel, em Yangon – fica aqui uma dica de hospedagem também. Outra opção é o resort Inle Lake, que oferece facilidades como aluguel de barcos e carros, piscina, spa e loja. Os viajantes mais ousados podem se aventurar em estadas em casas de famílias birmanesas - supersimples e autênticas. Não há maneira melhor de mergulhar na cultura local. Capaz de agradar a todos – exceto aqueles que buscam por agito, já que a vida noturna é inexistente –, Mianmar é um bom destino para ser visitado tanto com amigos como com familiares. Recomendo uma estada de no mínimo 15 dias. Afinal, o país é grande e vale a pena conhecer mais de uma cidade. O transporte é um pouco complicado. As viagens feitas de trem não são nada confortáveis e os trajetos chegam a durar dez horas. Mas, se quiser deixar a frescura de lado e embarcar nesse tipo de passeio, será inesquecível. Dentro dos vagões, o ambiente é extremamente inusitado e dinâmico, com pessoas falando alto, dividindo comida e jogando cartas. Foi assim que rodei Mianmar. Porém, para maior comodidade, opte pelos trajetos fluviais e aéreos. Para quem se animou, sugiro que se apresse para programar a viagem. Afinal, Mianmar deve, nos próximos anos, ganhar um contorno mais globalizado, perdendo um pouco de sua beleza e de sua cultura tradicional. Muito em breve, uma filial da Starbucks deve aterrissar por lá. Pode apostar! | 128 |
Cotidiano —Ao lado, a cidade de Bagan. Abaixo, rapazes trajando o longyi. No pé da página anterior, birmanesas repousam, em Yangon. No alto, vendedoras de flores na mesma cidade
“Mianmar deve, nos próximos anos, ganhar um contorno mais globalizado, perdendo um pouco de sua cultura tradicional”
SERVIÇO
Como chegar A maneira mais fácil é ir de avião até Bangkok, na Tailândia, e depois pegar um voo para Yangon, a antiga capital do país
Onde ficar Inle Lake aureumpalacehotel.com Strand Hotel hotelthestrand.com
Onde comer The Strand Grill hotelthestrand.com
O que visitar Templo Shwedagon Paya theshwedagonpagoda.com
Passeio de balão balloonsoverbagan.com
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H OT S P OT | V E N E Z A
Ciao Venezia! Fundadora da marca Jo De Mer, Amalia Spinardi revela quais são os dez passeios obrigatórios para quem pretende visitar Veneza, na Itália
PO R | Isabela Giugno
RE TRATO | Nicole Fialdini
1 Palazzo Papadopoli Vale se hospedar no luxuoso palácio. Construído em 1550, ele fica no centro da cidade, no bairro de San Polo, e abriga o Aman Canal Grande Venice, um suntuoso resort. amanresorts.com
2 Peggy Guggenheim Collection À beira do Grande Canal de Veneza, o museu é parada obrigatória. Ele guarda uma coleção de obras modernistas de mestres como Dalí, Duchamp, Miró e Pollock. guggenheim-venice.it
3 Osteria da Fiore Considerado o melhor da cidade, o restaurante tem
1
atmosfera romântica e serve excelentes frutos do mar. dafiore.net
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4 Basílica de São Marcos Ponto turístico consagrado, a igreja tem o interior repleto de mosaicos e pedras preciosas. basilicasanmarco.it
5 Al Covo A pedida certa é o peixe com azeite de oliva. De sobremesa, prove a torta de Caco Amaro, um bolo de chocolate sem farinha e bem leve! ristorantealcovo.com
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6 Tratoria Antiche Carampane O couvert – camarões fritos no cone de papelão – é cortesia e cai bem com vinho branco gelado! antichecarampane.com
7 Restaurant Terrazza Danieli
9 Punta della Dogana
Reserve uma mesa no terraço, no cair da tarde,
O passeio até o destino vale a viagem! O local
para admirar o pôr do sol no Grande Canal.
guarda o Palazzo Grassi, com coleção de arte
terrazzadanieli.com
contemporânea do francês François Pinault. palazzograssi.it
8 Harrys’s Bar
10 Ca’Pesaro
Ponto de encontro de Hemingway, Hitchcock
O palácio, fundado no século 17, abriga a Galeria
e Truman Capote, o bar é delicioso na hora do
Internacional de Arte Moderna, que exibe obras
almoço. Peça o fegato alla veneziana e o bellini!
de Gustav Klimt, Chagall e Matisse.
harrysbarvenezia.com
capesaro.visitmuve.it
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D E S T I N O | P U N TA D E L E S T E
Arquitetura concreta —Ao lado e abaixo, os bangalôs projetados com diferentes materiais. Na página seguinte, a acomodação de madeira construída em meio às dunas. No detalhe, a piscina de borda infinita
Cravado nas dunas O céu azul e os morros de areia da Praia Mansa, em José Ignacio, no Uruguai, são o cenário perfeito para o recém-inaugurado hotel Bahia Vik
POR |Paula Queiroz, de Punta del Este
O balneário de José Ignacio fica a 30km de Punta del Este, no Uruguai, e é o lugar ideal para quem procura sossego e conforto. Ao contrário de muitas das praias vizinhas, o reduto, de estilo rústico e despretensioso, não tem suas areias disputadas no verão. Neste cenário, emoldurado pela Praia Mansa, fica o recém-inaugurado hotel Bahia Vik, do grupo Vik Retrats. O projeto é do norueguês Alexander Vik e de sua mulher, a americana Carrie Vik, que contaram com a parceria do arquiteto uruguaio Marcelo Daglio. Entre os destaques do refúgio estão as piscinas de bordas infinitas, cujas águas parecem se emendar ao azul do mar. No interior, chamam a atenção os mobiliários despojados e as obras de arte contemporâneas, presentes em todos os quartos e áreas comuns. “O | 132 |
O ÍCONE DA HOTELARIA DE LUXO É TAMBÉM REFERÊNCIA NA ALTA GASTRONOMIA
Reconhecido por sua excelência nos serviços, o Copa oferece também experiências gastronômicas memoráveis. Encante-se com o melhor da cozinha italiana no restaurante Cipriani e descubra a culinária Pan Asiática do Mee. Em frente à piscina, o restaurante Pérgula encanta com um menu contemporâneo internacional.
Para reservas acesse o site belmond.com/copacabanapalace ou ligue para (21) 2545 8787
D E S T I N O | P U N TA D E L E S T E
“Acomodamos o hotel entre as dunas e os bosques de pinheiros com o intuito de potencializar o projeto”
maior desafio foi incorporar a arquitetura à paisagem local, por ela ser sensível e muito frágil. Acomodamos o hotel entre as dunas e os bosques de pinheiros com o intuito de potencializar o projeto, mas sem alterar o cenário ao redor”, conta o arquiteto. Com uma área central de 2400 metros quadrados, a hospedagem conta com muitos espaços abertos e fluidos, como forma de incentivo ao convívio entre os hóspedes. No prédio central, estão o restaurante, o spa, a academia, a sala de jogos, a recepção, uma pequena butique e 10 suítes com terraço privativo. Para quem procura por mais privacidade, que tal um bangalô em meio às dunas de José Ignacio? O Bahia Vik tem onze acomodações do tipo
espalhadas pelos morros de areia. Com acesso direto à praia e à piscina, cada uma delas é feita com um material diferente, como zinco, aço, palha, madeira e tijolo. No restaurante, o cardápio traz diversos pratos da culinária local, preparados com ingredientes frescos da região. Aposte no asado, famoso churrasco uruguaio, nos pescados e no vinho da casa, produzido na Viña Vik, em Millahue, no Chile. Ao cair da tarde, aproveite as bikes oferecidas pelo hotel para um passeio pelo centro do balneário. O farol, as pequenas galerias de arte e as lojinhas de artesanato são paradas obrigatórias. bahiavik.com
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Viaje para se ausentar. E se encontrar. Para aprender. E ensinar. Ouvir menos sobre o mundo. E ver mais. Conhecer pessoas. E ficar sozinho. Se movimentar. E relaxar.
Se perder pelos caminhos. E descobrir sentido neles. Experimentar. Mudar. Transformar. Viajar ĂŠ terapia.
NĂŁo viva por viver. Viva para viajar. Viaje para viver. Leve-se para o mundo. E traga ele em si. Agaxtur. Sua especialista em viagem.
FOTOS DIVULGAÇÃO
D E S T I N O | T R A V E LW E E K
Viajar é preciso Roteiros que vão muito além de cartões-postais e destinos exóticos e pouco óbvios estão entre as novidades da Travelweek 2015
PO R |Eduardo Simões
Pronta para ocupar dois andares do prédio da Bienal, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, entre os dias 5 e 8 de maio, a Travelweek, uma das mais importantes feiras do setor, tem muito a comemorar. Desde 2012 o evento vem registrando um crescimento consistente de 15% ao ano. Para esta edição, um dos destaques será a presença da imprensa internacional. Os jornalistas estrangeiros terão um programa especial para conhecer as ofertas do mercado brasileiro.
Paraíso —quarto e fachada do hotel Shangri-La Bosphorus, em Istambul
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Sua viagem à Europa começa com a Iberia. Voe com a Iberia a 37 cidades europeias, via Madri, e comece a aproveitar a viagem antes de chegar a seu destino. A bordo de nossas aeronaves, seu tempo passará voando, já que você vai encontrar tudo o que precisa para viver uma experiência única.
iberia.com
D E S T I N O | T R A V E LW E E K
A Travelweek vai revelar os novos destinos que estão em alta com o público brasileiro
Cinco estrelas —Ao lado e abaixo, piscina e espreguiçadeiras do hotel Acqualina, em Miami. Acima, foto antiga no Castiglion Del Bosco, na Itália
A feira também vai espelhar o interesse crescente por parte das pessoas pelo “turismo de experiência”, cujo propósito, de acordo com os organizadores, é agregar novos valores às viagens. Os roteiros passam, assim, a envolver atividades especiais, consultoria especializada em áreas de interesse específico, como spa, gastronomia, golfe, compras etc. As possibilidades, ressaltam, não param por aí: é possível alugar uma vila para vivenciar o cotidiano de um lugarejo, participar de aulas de culinária em meio a um vinhedo no coração da Toscana, explorar Paris de bicicleta, entre outros. A Travelweek 2015 também vai revelar os novos destinos que estão em alta com o público brasileiro, como a Áustria e o interior de outros países europeus, entre eles França, Itália, Portugal e Espanha. E, ao mesmo tempo que metrópoles como Berlim, Londres e Nova York permanecem na lista de desejos dos viajantes, o contato com a natureza e com culturas locais exóticas, seja na África, seja na Índia, por exemplo, vem sendo um atrativo cada vez maior para turistas. t ravel weeks a op aulo.co m
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PERRIER-JOUËT, THE ALLURING CHAMPAGNE Desde sua fundação em 1811, a casa de champagne Perrier-Joüet produz artesanalmente vinhos elegantes e florais com a rara delicadeza das uvas Chardonnay. A elegância do champagne combinada à garrafa de Perrier-Jouët Belle Epoque decorada pelas anêmonas de estilo Art Noveau, oferece momentos de puro encantamento e beleza. www.perrier-jouet.com APRECIE COM MODERAÇÃO.
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Casaco Thelure Leve uma peça colorida para sair da mesmice do preto ou do marinho. thelure.com.br
Guia Alexandre Herchcovitch Visite os novos restaurantes e fuja do circuito gastronômico óbvio com o guia de Herchcovitch.
De malas prontas
facebook.com/GuiaViagemAH
Óculos Spektre Super na moda, o modelo maior ainda protege o rosto do frio. spektresunglasses.com
Vai para Nova York? Confira os itens que não podem ficar de fora da bagagem, segundo a habituê do destino Stella Jacintho
PO R | Isabela Giugno FOTO G R A F IAS | Rodrigo Zorzi
Apaixonada pelo dinamismo e pela cultura rica da cidade americana, a empresária e sócia da marca feminina Thelure procura visitar a capital com frequência, sempre acompanhada de familiares e amigos. Frequentadora da Big Apple tanto no inverno como no verão, ela confessa que seus passeios variam conforme a estação do ano. Em épocas mais quentes, aposta nos programas ao ar livre, como caminhadas pelo Central Park. Já nos períodos de frio, corre para conferir exposições inéditas em museus como o MoMa e o Metropolitan. E, na hora de arrumar as malas, Stella faz questão de reservar um espacinho para colocar o seu “kit de Nova York”. Veja, ao lado, os itens essenciais para circular pelos charmosos bairros nova-iorquinos – de peça de roupa a acessórios.
Central Park Passear em meio às árvores do parque, aproveitando para admirar os enormes lagos, é imperdível no verão.
Bolsa Bottega Veneta Leve um modelo médio e prático de carregar em que caiba o essencial – e mais um pouco. bottegaveneta.com
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PRIMEIRA CLASSE | O CÉU É O LIMITE
Cabine vip —Ao lado e abaixo, a primeira classe da Air France. No pé da página, os chefs que preparam os pratos da companhia
O céu é o limite Companhias aéreas reformulam suas cabines de primeira classe e executiva apostando no que há de mais top em conforto, privacidade e serviços
POR |Claudia Jordão
Atenção, atenção, senhores passageiros, a tendência é global – e já desembarcou no Brasil. Os ambientes, o conforto, os cardápios e o serviço dos hotéis estrelados estão servindo de inspiração para as companhias aéreas na reformulação, ou no lançamento, de suas cabines de primeira classe e executiva. As apostas incluem poltronas que viram camas de verdade (totalmente planas); suítes privativas; menus premiados; chefs a bordo; kits de amenidades assinados por maisons como Givenchy; e deslocamentos terminal-aeronave feitos por meio de carros como Porsche. Nos últimos anos, o movimento foi puxado pelas empresas asiáticas, que não poupam investimento para oferecer a seus passageiros o máximo do luxo, influenciando companhias europeias, americanas e até brasileiras, e estimulando uma competição sadia entre elas. As atualizações já são realidade nos voos de companhias estrangeiras operando no Brasil. Em geral, as melhorias nas cabines de empresas de fora são implementadas primeiro em rotas que englobam seus continentes de origem. Dos últimos três anos para cá, no entanto, as mudanças começaram a chegar com força total por aqui. No fim de 2014, a asiática Etihad atualizou suas primeiras classes e executivas nas aeronaves A340-500, que atendem a voos internacionais saindo da capital paulista. Na primeira classe, a First Suite, as poltronas, que viram camas de ver| 142 |
A Air France e a Alitalia oferecem camas total flat em suas primeiras classes e executivas
Estilo —Debiti nihiciendero
delit omniatur reperat eumqui tectem. Piene volorehene vidus solor autatenderum hillorrovit latur repuditi bea ipic tem. Icia derspel lectemporio et
Mimos —Em sentido horário, Porsche que conduz os passageiros da Lufthansa; primeira classe da companhia; e os kits da Air France
dade, são instaladas em “cápsulas” com portas privativas e um chef é colocado à disposição dos passageiros para cozinhar e montar pratos a 12 mil metros de altitude. Focadas em se manter tão atualizadas quanto irresistíveis, as europeias Air France, Alitalia e Lufthansa, recentemente reformularam as cabines de suas aeronaves que operam no Brasil. A Air France e a Alitalia, além de oferecerem camas total flat em suas primeiras classes e executivas, apostam em produtos e serviços tradicionais de seus países de origem. Historicamente, os menus da Air France são criados por chefs franceses com estrelas Michelin. Atualmente, o cardápio da primeira (La Première), que inclui produtos como caviar, foie gras e sobremesas Lênotre, é assinado pelo premiado Régis Marcon. Para servir, porcelanas Bernardaud e talheres Christofle. As novas La Première e Bussiness da Air France desembarcaram no Brasil em janeiro, com uma aeronave B777-300. Progressivamente, os demais aviões que operam São Paulo, Rio e Brasília serão atualizados. Na Alitalia, o menu da nova classe executiva traz especialidades da culinária italiana. As receitas conquistaram diversas vezes o prêmio Best Airline Cuisine, da revista Global Traveler. Nas europeias, as amenidades são um capítulo à parte. Na Alitalia, o nécessaire, assinado pela Salvatore Ferra-
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PRIMEIRA CLASSE | O CÉU É O LIMITE
“Oferecemos aos passageiros uma experiência única, como nos estrelados hotéis franceses”
gamo, traz a fragrância unissex Bianco Di Carrara. Quem viaja de primeira classe de Air France recebe um kit de produtos Givenchy, com bolsa de couro. “Oferecemos aos passageiros uma experiência única, como nos grandes e estrelados hotéis franceses”, resume o diretor geral da Air France KLM, Hugues Heddebault. Tantos mimos exigem um bom investimento. Para citar alguns exemplos, a passagem da Air France para os trechos São Paulo-Paris-São Paulo custa a partir de US$10.117 (cerca de R$28.000), de primeira classe, e da Alitalia, US$4.314 (aproximadamente R$12.000), na mesma categoria, nos trechos São Paulo-Roma-São Paulo. As atualizações da Lufthansa, lançadas em 2012, chegaram ao Brasil no ano passado, quando o novo Jumbo (B747-8) da empresa passou a operar a rota São PauloFrankfurt. Além das camas 100% horizontais, tanto na primeira quanto na executiva – na primeira, há uma poltrona e uma cama à parte –, a companhia aposta no luxo que faz a diferença para conquistar o cliente. Os passageiros da primeira têm direito a um motorista particular que os conduzem do terminal à aeronave a bordo de um Porsche Panamera ou de uma Mercedez-Benz S 400 Hibrid. Entre as companhias nacionais, a tendência começa a se desenhar. No fim de 2014, a Tam começou a melhorar suas instalações nos voos de longa distância. A principal mudança está ligada ao conforto, com o aumento das poltronas. A Azul, que passou a voar para os EUA em dezembro, já está reformulando a sua executiva nos A330. A previsão é de que ainda em 2015 a nova versão disponibilize poltronas com a função total flat. Que a tendência alce voos cada vez mais altos. Afinal, quem ganha é o passageiro. | 144 |
FOTOS DIVULGAÇÃO
Conforto total —Ao lado, cama da Etihad. Abaixo, cabine da KLM e refeições da primeira classe da Air France
M OTO R | L A N Ç A M E N TOS
PÉ NO ACELERADOR
Com apostas de peso no mercado nacional, segmento de veículos premium promete muitos lançamentos e inovações para o ano de 2015
PO R | Marcus Vinícius Yamada
RANGE ROVER SPORT SVR
Ele tem motor V8 de 550 cavalos de potência e toda a fase final de seu desenvolvimento foi realizada no histórico traçado de Nürburgring. Não, nós não estamos falando de um superesportivo alemão, mas sim do mais potente veículo já produzido pela Land Rover. A marca garante que o SUV oferece dirigibilidade digna de um cupê, acelera de 0 a 100km/h em apenas 4,5 segundos e tem velocidade máxima de 259km/h. Isso sem perder toda a habilidade fora de estrada que caracteriza os modelos da montadora inglesa. landrover.com.br
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FOTOS DIVULGAÇÃO
O mercado automobilístico vive um momento de indefinição em âmbito global. A previsão da IHS, consultoria internacional especializada no ramo, é de que o setor apresente um modesto crescimento de 2,4% este ano. Mas, ao dividir a atuação dessa indústria e passar uma lupa sobre suas fatias, encontramos um cenário interessante, no qual o segmento premium aparece com grande destaque: os veículos de luxo devem registrar um crescimento de 15%. No Brasil, a perspectiva não é diferente. Marcas como Audi, BMW, Mercedes-Benz, Jaguar e Land Rover estão apostando pesado no mercado nacional, onde os carros de luxo representam apenas 2% das vendas – contra 30% na Alemanha e 11% nos EUA. Vendo espaço para crescer, elas produzirão veículos aqui – a BMW já está fazendo o Série 3 e o X1, enquanto as fábricas de Audi, Jaguar Land Rover e Mercedes estão em fase de obras. O grupo FCA, do qual fazem parte a Chrysler, a Dodge e a Jeep, também está construindo um novo centro de produção, no qual desenvolverá o Jeep Renegade. Em curto prazo, o mercado premium receberá uma série de lançamentos. Veja alguns dos principais a seguir. Os modelos trarão uma gama de recursos tecnológicos jamais vistos. Serão carros mais eficientes, mais seguros, com mecanismos de auxílio à condução e de proteção passiva e também totalmente conectados, sendo praticamente uma extensão de casa ou do escritório.
M OTO R | L A N Ç A M E N TOS
BMW SÉRIE 7
Até o final do ano, o sedã top de linha da BMW será totalmente redesenhado. A montadora ainda não revelou as suas imagens oficiais, mas é certo que ele se baseará no Vision Future Luxury Concept, mostrado no Salão de Pequim de 2014 – um sedã de grande porte, de visual extremamente elegante, mas que não abre mão do DNA esportivo da marca bávara. O conceito também tem cabine centrada no motorista, com displays tridimensionais à sua direita e à esquerda, que trazem informações dos mecanismos do veículo e de infotainment (sistemas de comunicação e entretenimento que melhoram as experiências do condutor e dos passageiros). bmw.com.br
JAGUAR XE
Exibido com pompa, em 2014, durante cerimônia à beira do Rio Tâmisa, em Londres, o Jaguar XE chega às ruas no primeiro trimestre deste ano. O sedã, de visual esportivo e moderno, utiliza estrutura totalmente feita de alumínio, que garante mais leveza e também mais resistência. O material é também a base da construção dos potentes motores da linha Ingenium, que estrearam no superesportivo F-Type. O XE tem a difícil tarefa de competir com rivais do naipe de Audi A4, BMW Série 3 e Mercedes Classe C. jaguar.com
MERCEDES-BENZ MAYBACH S600
O famoso e consagrado nome Maybach está de volta, agora como uma subdivisão da Mercedes-Benz, batizando uma versão ultraluxuosa do sedã Classe S. Sua missão é desbancar Rolls-Royce Ghost II e Bentley Flying Spur. Para isso, o entre-eixos foi alongado em 20 centímetros e recebeu um motor V12 de 553 cavalos. Os passageiros têm espaço de sobra, já que os bancos traseiros têm o formato de poltrona, com massageador, aquecimento e resfriamento e reclinação de até 43 graus, além de um acabamento interno de causar inveja em muito jato executivo. mercedes-benz.com.br
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M OTO R | L A N Ç A M E N TOS
JEEP RENEGADE
Primeiro produto desenvolvido após a fusão de Chrysler e Fiat, ele mantém a tradição da marca americana com a grade frontal formada por barras verticais e desenho cheio de ângulos retos. Mas, ao mesmo tempo, incorpora a modernidade no formato de faróis e lanternas e, principalmente, em seu interior. O Renegade será vendido em versões mais urbanas (Sport e Limited) ou mais voltadas ao off-road (Trailhawk) e equipado com opções de motores a diesel e gasolina e câmbio automático de nove marchas. jeep.com.br
AUDI Q7
O maior dos SUVs da Audi mostrou a sua cara no Salão de Detroit e as primeiras unidades serão entregues em julho. A mudança visual de maior impacto é a grade frontal, com efeito tridimensional e mais integrada com os faróis de LED, agora menos largos. No interior, a tela do sistema multimídia foi deslocada para o topo do painel, conferindo mais elegância ao já sofisticado acabamento interno. Além de versões a gasolina e a diesel, na Europa, haverá uma opção híbrida, com carregamento elétrico por tomada.
FOTOS DIVULGAÇÃO
audi.com.br
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FOTO LUFE GOMES
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D IN |A DO CHÃO V IEASGT E MO |A SL STUENRT O
PA RAÍ S O DE ÁG UA DOC E Designer há mais de 20 anos e apresentador do programa Decora, exibido pela emissora GNT, Marcelo Rosenbaum conta por que se apaixonou por Alter do Chão, a pequena vila de pescadores no Oeste do Pará
P O R | Marcelo Rosenbaum, em depoimento a Isabela Giugno
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FOTOGR A FI AS | Chema Llanos
D E S T I N O | A LT E R D O C H ÃO
Situada nas margens do Rio Tapajós, próximo a Santarém, no Pará, Alter do Chão é uma vila de pescadores que chama a atenção por suas paisagens paradisíacas, suas praias de água doce transparente e sua areia branca. Fiquei no local durante duas semanas, em dezembro do ano passado, e posso afirmar que essas foram as primeiras férias verdadeiras da minha vida. A vila é rodeada por outras praias mais afastadas, como a Cajueiro e a Praia de Ponta das Pedras, o que confere verdadeira beleza ao lugar. Recentemente, Alter do Chão foi batizada de “Balneário da Amazônia”, por ser considerado o melhor destino para quem quer aproveitar o verão amazônico. Ao contrário da floresta, que é um ambiente inóspito e repleto de animais selvagens, Alter é mais confortável e tran-
quila, ideal para quem busca um período sabático de descanso e relaxamento. A estação mais quente do ano coincide com a época de secas na região, por isso as águas chegam a baixar cerca de nove metros, deixando os bancos de areia e as praias muito visíveis e garantindo uma paisagem espetacular. O rio também costuma ficar repleto de arraias em sua parte mais rasa, o que requer certo cuidado por parte dos visitantes. No inverno, o visual do lugar é completamente diferente, já que a água sobe e se mistura com o barro. São dois cenários distintos, porém igualmente belos. Um dos locais que mais me encantaram foi a Ponta do Muretá, situada entre Alter do Chão e a Praia de Pindobal, que fica no município de Belterra. Lá, tive
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Paisagem natural —Ao lado,
vegetação típica da margem do Tapajós. Abaixo, casa de nativos e um barqueiro em um igarapé. Na página anterior, Marcelo com a família e, no alto, barco no Tapajós. Na dupla de abertura, vista de Alter do Chão
a oportunidade de contemplar um pôr do sol maravilhoso rodeado de amigos queridos. Mas o que não falta na região são passeios surpreendentes. Entre eles, destaco uma ida ao Canal do Jari, um braço entre os rios Amazonas, Tapajós e Arapiuns, onde a biodiversidade é riquíssima, possibilitando avistar macacos, jacarés e bichos-preguiças. Para quem gosta de aventura, que tal fazer um arvorismo? No espaço Terra Amor é possível praticar com técnica de rapel e com a ajuda de um instrutor. Você sobe nos topos de árvores, a 20 metros de altura, e se depara com um cenário estonteante. Vale ainda reservar um dia para passear de lancha pelo Lago Verde, por onde se tem acesso a praias desertas e a dois igarapés (curso de água amazônico de pouca profundidade), o do Camarão e o do Macaco. Não volte para casa sem ir também à Serra da Piraoca (pira significa peixe e oca, casa. Portanto, casa dos peixes, em tupi). A grande brincadeira é pronunciar o nome da serra rápido – é quase um trava-línguas – e fazer graça com quem encontrar pela trilha, de aproximadamente 45 minutos. Ao final dela, no topo do morro, os visitantes se deparam com uma vista panorâmica da paisagem local e podem ser saudados por um pôr do sol indescritível. Como eu estava acompanhado de um grupo de amigos, decidimos fazer um passeio de barco pelo | 155 |
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Tapajós durante cinco dias. Vale lembrar que lá todas as distâncias e caminhos são percorridos através do rio. Costumo até mesmo brincar dizendo que, para um menino que vive em Alter do Chão, um barco é o equivalente a uma bicicleta. Por isso, a ideia de fretar um barquinho e se hospedar nele por um período é bastante inteligente. Afinal, você carrega a sua “casa” para locais desertos e paradisíacos. O pacote pode ser fechado na empresa AMZ Projects, especializada em viagens locais. No entanto, há boas hospedagens em terra firme também – mas não espere por pousadas supersofisticadas. A Beloalter, a mais equipada da região, fica no meio da mata e com saída própria para o Tapajós. Quem busca uma experiência mais profunda com as comunidades locais pode optar por uma rede ou um quarto em uma das pousadinhas comunitárias (a AMZ Projects se encarrega da reserva). Afinal, a pureza, a bondade e a simplicidade dos nativos são algumas das lembranças mais especiais que trazemos de lá. Se memórias não forem suficientes, compre algum objeto da loja Araribá – uma das mais completas da América do Sul no quesito artesanato indígena. Quanto à gastronomia, só de pensar já me dá água
Água doce—Acima, barco de nativo no Tapajós, refeição com o peixe tambaqui, típica de restaurantes locais; e, ao lado, as redes de descanso da comunidade. Abaixo, a fauna local; e, na página anterior, uma das praias de Alter do Chão com a Serra de Piraoca ao fundo
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D E S T I N O | A LT E R D O C H Ã O
Vida local —Ao lado,
Igreja de Belterra, a 100 quilômetros de Santarém. Abaixo, nativo separando a folhagem para trabalho artesanal e o batuque do ritmo carimbó
na boca. Alimentos como o jambu, as tapiocas, os peixes de água doce e o açaí – que, diferentemente do nosso, é salgado – surpreenderam-me positivamente. Para provar essas e outras delícias, vá ao restaurante do Saulo, que fica dentro da floresta, na Praia de Carapanari, e tem um mirante espetacular. Ali, o bolinho de piracuí e a farofa de pirarucu são imbatíveis. Outra boa opção é o Arco-Íris da Amazônia, localizado na pracinha principal, onde as refeições com ingredientes regionais são servidas de forma criativa e os sucos são refrescantes. Para a sobremesa, um gelado, na Sorveteria Nido, é a melhor pedida. Uma sugestão de sabor? Com certeza, o de açaí. Alter do Chão é daqueles destinos que agradam a todo o mundo, por isso o público é muito variado. Lá, encontrei desde nativos paraenses até famílias e grupos de estrangeiros. A vila não é um local muito conhecido e ainda está no processo de ser descoberta pelos turistas, mas as festas badaladas que aconteceram no final do ano passado, como a Soul Kitchen, foram responsáveis por atrair visitantes jovens e bonitos. Na noite de réveillon, recebi uma mensagem da minha amiga e cantora paraense Gaby Amarantos dizendo que estava de passagem por Alter do Chão. Resolvi convidá-la para se juntar ao meu grupo de amigos e, no final, passamos a virada assistindo a um show particular de Gaby, que cantou acompanhada de uma maravilhosa banda de carimbó, ritmo famoso na região. Foi, sem sombra de dúvidas, uma virada de ano espetacular! E só a alma pode ver e entender a beleza daquele lugar! | 158 |
Pequenos prazeres — Ao lado, a costela de tambaqui do restaurante Piracema e, abaixo, o pôr do sol sobre o rio Tapajós
“Alter do chão é daqueles destinos que agradam a todo o mundo, por isso o público é muito variado”
SERVIÇO
Como chegar De avião até Santarém e de lá ir de barco, carro ou ônibus até Alter do Chão. Se preferir, pode ir de carro pela rodovia PA457 ou ir de Belém até Santarém de barco.
Agência de viagem AMZ Projects T 11 99703 0906 / amzprojects.com
Onde ficar Beloalter Hotel T 93 3527 1230 / beloalter.com.br
Onde comer Casa do Saulo Praia Carapanari, Km 7,5, Comunidade de São Francisco / T 93 9142 1067 Arco-Íris da Amazônia Praça 7 de Setembro / T 93 3527 1182
Onde comprar Araribá R. Dom Macedo Costa / T 93 3527 1251
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R E P O R TA G E M | C I N E M A T R A N S C E N D E N TA L
CINEMA TRANSCENDENTAL Os 37 dias que Marina Abramovic passou no Brasil místico se transformam no documentário A Corrente, do diretor Marco Del Fiol, e na exposição Places of Power. A mostra começa em abril, na galeria Luciana Brito, em São Paulo
PO R | Gabriela Longman
FOTO GRAFIAS | Marco Anelli
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Viagem mística —Acima, Abramovic durante performance, no MoMA. Na página ao lado, a demonstração Shoes for Departure, na Alemanha, e ela em piscina natural durante a sua viagem ao Brasil. Na dupla de abertura, retrato de Marina
Imersa numa piscina natural na Chapada dos Veadeiros, Marina Abramovic flutua, olhos fechados, braços em cruz, os cabelos pretos remexidos pela água. Ritual ou performance? Os dois conceitos se misturam na viagem que a artista empreendeu pelo centro do Brasil, no final de 2012. Abramovic passou 37 dias corridos peregrinando pelo que chamou de Places of Power – título da exposição que inaugura na galeria Luciana Brito, no dia 6 de abril, aproveitando o ensejo da grande mostra Terra Comunal, em cartaz no Sesc Pompeia. Ao longo da jornada, entregou-se aos cuidados de médiuns, xamãs, pajés, babalaôs... “A gente não imagina o magnetismo que este país tem”, diz o diretor, roteirista e editor Marco Del Fiol, que acompanhou a road trip mística de Marina documentando sua incursão por chás alucinógenos e cirurgias espirituais. Das mais de 100 horas de gravação e milhares de quilômetros rodados, resulta o documentário de 94 minutos A Corrente: Marina Abramovic no Brasil, previsto para estrear no segundo semestre. “Cinco dias de retiro com os xamãs na floresta me curaram mais do que os três anos de análise”, disse a performer sobre a experiência. O contato com o “lado espiritual” do Brasil começou
nos anos 1990, quando descobriu os cristais da cidade de Corinto, também documentados no filme. As curas do médium João de Deus, em Abadânia, Goiás, os rituais espiritualistas do Vale do Amanhecer, no Distrito Federal, o xamanismo na Chapada Diamantina e a força do candomblé num terreiro de Cachoeira, ambos na Bahia, complementam o roteiro. Aos 68 anos, a chamada “dama da performance” faz cada vez mais parte do starsystem global: sua exposição The Artist is Present teve mais de 800 mil visitantes no MoMA – nessa circunstância, seu encontro com o ex-marido e parceiro artístico Ulay virou um viral com mais de 9 milhões de visualizações no YouTube. Recentemente, a artista gravou um clipe com o rapper Jay Z e deu aulas de consciências corporal e espiritual para Lady Gaga. No filme, entretanto, os personagens com quem contracena são líderes espirituais e pessoas comuns, como Tia Neiva, uma senhora que faz questão de dizer que “dor não tem sobrenome” - os limites de dor que o corpo é capaz de suportar, tema caro à pesquisa de Marina desde os anos 1970, são um dos motes que atravessam o documentário. “Marina tem o hábito de escrever diários de viagem. Conosco, a cada final de dia, ela contava tudo o que havia vivenciado”, ralatou o diretor. A prática acabaria servindo como um fio condutor para o filme. “Aos poucos, ela foi relaxando em relação ao controle que tentava ter da situação toda. O filme permite acompanhar essa entrega.” Fiol embarcou ao lado da mulher, a produtora Mi| 162 |
HEINI SCHNEEBELI/CORTESIA ACERVO MARINA ABRAMOVIC
R E P O R TA G E M | C I N E M A T R A N S C E N D E N TA L
“Marina tem o hábito de escrever diários de viagem. Conosco, a cada final de dia, ela contava tudo o que havia vivenciado”
nom Pinho, e do codiretor Cauê Ito para documentar a jornada de Abramovic. Mas o diretor, vale dizer, nem sempre passou incólume pelos rituais. Ele assistia aos atendimentos de perto e precisou até servir de intérprete. Trabalhos com pedras incandescentes e cavernas com espíritos foram algumas das empreitadas do percurso. “Na chapada, participei de um ritual dos índios kariri-xocó. Foi difícil, mas consegui manter a integridade”, brinca. Quanto a Marina, um dos momentos mais fortes foi quando tomou ayahuasca, chá de cipó com propriedades alucinógenas: “Rapaz, a bicha aparelhou” – a performer e o fotógrafo italiano Marco Anelli, que acompanhava a equipe, passaram mal. Segundo o documentarista, é justamente nesses momentos de fraqueza que surge uma Marina mais autêntica. Acostumada a ter controle total sobre tudo, especialmente sobre o próprio corpo, ela é uma mulher que “aparece muito, mas se mostra pouco”. Contente com o resultado, Fiol celebra o cruzamento entre arte, ciência e espiritualidade que permeia toda a obra e diz que tentou transportar essas questões para o documentário. “Na arte contemporânea existe hoje muito mais experimentação de linguagem do que no cinema”, sugere, citando sua admiração por cineastas que trabalham no cruzamento entre os dois universos – Cao Guimarães, Gabriel Mascaro e Karim Aïnouz . Filmar, afinal, também é performance e ritual. A estrada continua chamando. | 1 63 |
PERFIL| PERSONAGEM
FIGURA GEOMÉTRICA Com exposição na Galeria Nara Roesler, em março, o artista francês Daniel Buren conversa com Made sobre arte brasileira, carreira e planos
P O R | Gabriela Longman
Cores primárias, formas geométricas e ocupação de espaços urbanos fizeram a fama de Daniel Buren, artista conceitual francês que, desde os anos 1960, divide opiniões e públicos por onde passa. Em 1986, ocupou todo o pátio do Palais Royal, em Paris, com colunas listradas de diversos tamanhos, numa época em que praticamente não havia interação entre obras contemporâneas e edifícios históricos na França – a controvérsia quase valeu a destruição da obra antes mesmo de ficar pronta. Em 2012, 300 mil pessoas passaram para ver a gigantesca instalação sensorial que criou no Grand Palais, contrapondo grandes círculos de plástico coloridos e translúcidos à sóbria estrutura de ferro do edifício – os tons da instalação mudavam de acordo com a incidência da luz e as variações do céu da capital francesa. O sucesso valeria um convite: customizar as vitrines de mais de 20 lojas da Louis Vuitton mundo afora no ano seguinte. Mestre do site specific – obras concebidas para e de acordo com determinado espaço –, Buren apresenta uma instalação inédita na Galeria Nara Roesler a partir do dia 24 de março. Por e-mail, de San-Gimignano, na Itália, o artista de 76 anos respondeu às perguntas de Made. Uma de suas obras mais recentes, no Museu de Arte Contemporânea de Strasbourg, é construída a partir de brinquedos. De onde vem o desejo de trabalhar com | 165 |
este tipo de material? Eu já fiz muitas obras que se inspiram em cubos e jogos, manipulando formas extremamente simples. Uma obra como Cabanes Éclatées (1975), por exemplo, pega emprestado o termo “cabana” no sentido que as crianças utilizam quando constroem algo no chão ou nas árvores. Suas colunas com listras feitas no Palais Royal entraram para a história da arte na França. Esse trabalho mudou o rumo de sua carreira? Como você o considera, agora, quase 30 anos depois? O que foi um grande choque, senão um ponto de virada na minha carreira, foi a controvérsia incrível que esse trabalho gerou em toda a França por mais de seis meses. A polêmica em torno do projeto foi tão violenta que ele foi quase destruído antes mesmo de estar terminado. Ao mesmo tempo, ele me permitiu ser convidado para
PERFIL| DANIEL BUREN
“O espaço é, para mim, o grande nó, o centro, o fundamento de tudo o que fiz nos últimos 50 anos”
Em que medida uma exposição feita para uma galeria é diferente de uma para um museu ou para um espaço público da cidade? O espaço é, para mim, o grande nó, o centro, o fundamento de tudo o que fiz nos últimos 50 anos. Assim, as diferenças intrínsecas que existem entre uma galeria, um museu e um espaço aberto da cidade são levadas em conta para algo que é feito sempre de acordo (ou em desacordo planejado) com o lugar, sua história, seus usos e usuários. Nesse sentido, como avalia a experiência de trabalhar para a Louis Vuitton em 2013? O que realmente me intrigou é o impacto público que tal obra poderia ter: as vitrines são voltadas para a rua, vistas por centenas de milhares de pessoas, clientes ou não. Como eu fiz os mostruários (um diferente do outro) em aproximadamente 20 cidades pelo mundo, podemos dizer que foi uma maneira de fazer 20 exposições simultâneas. O paradoxo é perceber que uma das marcas que mais representam o luxo, reservado a poucos por definição, permite a mais vasta exposição pública e gratuita.
Bienal de São Paulo nos anos 1980? Não conheço bem os grupos, movimentos etc., mas conheço o trabalho de Hélio Oiticica, Lygia Clark, Ernesto Neto... E me lembro bem de minha primeira participação na Bienal de São Paulo [1983], quando trabalhei sobre as escadas rolantes do pavilhão feito por Niemeyer. O que planeja para sua instalação no Rio de Janeiro? Há muito tempo, minha prática alterna obras que demandam anos de reflexão, preparação e incerteza com outras feitas em estado de puro improviso, como será o caso desta no Rio. Sei que é surpreendente, mas não posso ainda responder o que vai ser visto lá. Como segue sua agenda de projetos para 2015? Apenas até o mês de junho, exposições em galerias, museus e alguns trabalhos para o espaço público vão me levar pelo seguinte roteiro: Nápoles, Madri, Casablanca, Tóquio, Seul , Amiens , Düsseldorf , Veneza, Havana, Nova York, Marselha e Londres, tudo isso em zigue-zague, indo e vindo de Paris. FOTOS GAMMA-RAPHO/GETTY IMAGES; DB-ADAGP PARIS
competir em diversos concursos para obras públicas em diferentes partes do mundo.
Você participou do maio de 1968 com entusiasmo. Como avalia a relação entre arte e política nos dias de hoje? Maio de 1968 está longe, e o espírito que ele trazia consigo também. A relação arte/política, no entanto, parece tão importante hoje quanto no passado, ou talvez ainda mais, dada a mercantilização total em que a arte contemporânea se encontra atualmente imersa e que parece paralisar qualquer debate. Conhece um pouco de arte contemporânea brasileira? Que lembranças tem das duas participações na | 166 |
Intervenção artística —No alto, à
esquerda, obra no Grand Palais, em Paris, à direita, instalação particular, feita em 2009. Ao lado, trabalho no museu Guggenheim, em Nova York. Acima, obra na Bélgica. Na página anterior, instalação em Estrasburgo, na França. Na dupla de abertura, retrato do artista
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ARQUITETURA| HIGH-LOW
H IG H LOW Casa na montanha projetada pelo studio mk27, de Marcio Kogan, equaciona baixo custo de construção com projeto de interiores recheado de mobiliários sofisticados
PO R | Eduardo Simões FOTO G R A F IAS | Fernando Guerra
ARQUITETURA| HIGH-LOW
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“Optamos por elementos industrializados, que facilitam a montagem, já que a casa fica nas montanhas”
Contrastes—Nesta página à esquerda, estrutura metálica do volume opaco da casa e a madeira, que aquece o interior; abaixo, volume que abriga a cozinha NA PÁGINA ANTERIOR Afinidades afetivas— Acima, o deck de madeira externo; abaixo, o estar, com peças de Sergio Rodrigues e Hans Wegner NA DUPLA DE ABERTURA Casa-galpão—Vista geral da arquitetura do refúgio
Oficialmente “inaugurada” em setembro do ano passado, para comemorar o casamento da filha dos proprietários, a Casa Mororó foi concebida pelo studio mk27 para receber amigos e familiares. Ao todo, com três filhos, os donos eram clientes antigos do escritório de Marcio Kogan. Além dos espaços generosos, a Mororó, que fica numa região montanhosa, a cerca de 180 quilômetros da capital paulista, teve de atender a outro pedido do briefing: ser uma construção térrea, de baixo custo e rápida execução. “Optamos por elementos industrializados, lambris pré-fabricados e estruturas metálicas modulares, que facilitam a montagem, já que a casa fica nas montanhas”, conta Marcio, que teve como colaboradores Maria Cristina Motta (coautora), Carolina Castroviejo, Elisa Friedmann, Mauro Augusto, Oswaldo Pessano, Pedro Ribeiro e Rafael Costa. “Com isso foi possível terminá-la após cerca de um ano, contra 16 meses, no mínimo, se tivéssemos escolhido outro método e outros materiais.” Fazenda que pertencia ao pai da proprietária, o terreno onde a morada foi implantada teve um papel de peso na concepção do projeto. Os clientes queriam inicialmente que ela fosse erguida na parte mais alta, por causa da vista. Os arquitetos, no entanto, optaram pela parte mais baixa do lote, relativamente mais plana, e que oferecia uma bela perspectiva de um lago e do jardim. O resultado é uma construção intimista. | 171 |
ARQUITETURA| HIGH-LOW
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ARQUITETURA| HIGH-LOW
Com a aparência de um galpão, o refúgio se divide em dois blocos: um opaco, com 50 metros de comprimento, que abriga a sala de estar, os quartos e as áreas de serviço, e outro transparente, com 14 metros, que contém a piscina aquecida e a sauna. Do lado de fora, um deck de madeira empresta continuidade aos volumes e funciona como solário no verão. Dentro, revestimento de madeira e piso de pedra reforçam a sensação de aconchego. “Com painéis que se abrem para a sala, um fogão industrial e um forno a lenha, a cozinha tem um arzinho caipira”, diz Carolina Castroviejo. O acolhimento também foi palavrachave do projeto de interiores, de autoria de Diana Radomysler. Ao lado de móveis para área externa ou típicos de casa de campo, assinados por designers renomados, como os brasileiros Sergio Rodrigues e Carlos Motta, o dinamarquês Hans Wegner e o austríaco Martin Eisler, foram colocadas peças que ficavam na antiga casa da fazenda. E como a ligação entre o proprietário e seu pai, que tinha morrido havia pouco tempo, era muito forte, a história familiar veio junto por meio de fotos, que foram colocadas no corredor, e objetos afetivos”, conclui Diana. | 1 74 |
Alpino—Em sentido horário: detalhe da decoração de clima de montanha nas paredes; vista do deck de madeira com bosque de pinheiros ao fundo; fotos de família no corredor da casa; a piscina aquecida, que fica no volume transparente NA DUPLA ANTERIOR Integração—perspectiva da sala de jantar integrada ao living, um ambiente amplo, cercado de portas de correr que envolvem a casa com a natureza no entorno
NA PÁGINA ANTERIOR Roots—Acima, vista noturna da casa; abaixo, a cozinha com fogão industrial e forno a lenha NA DUPLA SEGUINTE On/off—Destaque para o contraste entre a porção opaca e a transparente
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P E N S ATA | S A Ú D E
GR E TC HE N R E Y N O L DS
Para sempre jovens Nova pesquisa inglesa revela que a prática constante de exercícios físicos tem efeitos quase milagrosos na luta contra o envelhecimento
Idosos ativos se parecem com pessoas jovens fisiologicamente, de acordo com um novo estudo sobre os efeitos de exercícios durante o envelhecimento. As descobertas sugerem que muitas de nossas expectativas sobre a inevitabilidade do declínio físico com o passar dos anos podem estar erradas e que a maneira como envelhecemos depende muito de nós mesmos. O envelhecimento continua sendo um curso surpreendentemente misterioso. Diversas pesquisas científicas mostraram que muitos processos físicos e celulares mudam de maneiras indesejáveis à medida que envelhecemos. Mas a ciência não foi capaz de estabelecer se essas mudanças são resultado principalmente da passagem do tempo – nesse caso, são inevitáveis a todos que fazem aniversário – ou se são decorrentes, pelo menos em parte, do estilo de vida. Ou seja, são mutáveis. Este enigma é especialmente verdadeiro em termos de inatividade. Atualmente, idosos tendem a ser sedentários e isto afeta a saúde, o que torna difícil separar os efeitos de não se movimentar daqueles do envelhecimento. No novo estudo, publicado em janeiro no The Journal of Physiology, cientistas da King’s College London e da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, decidiram usar uma abordagem diferente. Eles removeram a inatividade como fator no estudo sobre o envelhecimento observando a saúde de pessoas na terceira idade que se exercitam razoavelmente. Para isso, os cientistas recrutaram 85 homens e 41 mulheres entre 55 e 79 anos que andavam de bicicleta regularmente, mas não participavam de competições. Os homens precisavam ser capazes de pedalar por pelo menos 100 quilômetros em seis horas e meia e as mulheres por 60 quilômetros em cinco horas e meia, marcas típicas de um alto nível de condicionamento físico em idosos. Em seguida, os voluntários passaram por diversos testes físicos e cognitivos e tiveram os resultados dos
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exames comparados. Para os cientistas, se os resultados de um teste em particular fossem semelhantes entre todos os ciclistas, a medição dependeria mais da atividade do que da idade. Descobriu-se que os ciclistas tinham desempenho diferente do esperado. Em quase todas as medições, seus funcionamentos físicos foram muito mais parecidos com os de jovens adultos do que com os de pessoas da mesma faixa etária. Como um grupo, até mesmo os ciclistas mais velhos apresentaram níveis de equilíbrio, reflexo, saúde metabólica e capacidade de memória característicos de pessoas mais novas. No entanto, alguns aspectos do envelhecimento provaram ser inevitáveis. Os ciclistas mais velhos apresentaram menos força e massa muscular e capacidade aeróbica geral consideravelmente menor. De acordo com Harridge, a idade parece reduzir nossa resistência e nossa força, mesmo com a prática de exercícios físicos. Ainda assim, as medições foram melhores se comparadas com as de pessoas sedentárias da mesma idade. De modo geral, os números sugerem que o envelhecimento é diferente em pessoas ativas. Para o Dr. Stephen Harridge, autor sênior do estudo e diretor do Centro de Ciências de Fisiologia Humana e Aeroespacial da King’s College London, que tem quase 50 anos e é um ciclista ávido, o estudo mostra que “ser ativo fisicamente faz com que o corpo funcione internamente como o de uma pessoa jovem.”
GRETCHEN REYNOLDS Texto originalmente publicado no The New York Times © 2015 The New York Times
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