Sport Mag 46

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A COPAGRA TEM O CARRO IDEAL PRA QUEM GOSTA DE INDIADA.

A Copagra e a Indiada, grife de roupas e acessórios, se juntaram para trazer a você um novo EcoSport, personalizado e único. O EcoSport by Indiada tem banco de couro ecológico e GPS integrado ao retrovisor, com câmera de ré, entre outros diferenciais exclusivos dessa série limitada. O projeto será produzido pela Copagra Style Series, pensado para quem tem estilo. Prepare-se para o lançamento em abril.


Bancos em couro ecológico

Série limitada Copagra Style Series

• Antena esportiva metálica • Tapetes e bancos personalizados • Estribos laterais • Soleiras • Duas redes porta-objetos no porta-malas

GPS integrado ao espelho retrovisor com câmera de ré

• Série limitada em 100 unidades • Protetor de Carter • Rack • Película • Capa de step que se transforma em bolsa exclusiva Indiada

www.copagra.com.br




colaboradores

expediente Ano IX – N° 46 – 2013

Ana Karina Belegantt e João Paulo Lucena (Aventura)

Cris Berger (Correndo pelo Mundo)

Diretor Christiano Cardoso sportsmag@sportsmag.com.br Assessoria Jurídica

Diego Larré (Fotógrafo)

Rafaella Malucelli (Conexão Curitiba)

Leonardo Spencer (Viagens)

Roberta Martins (Viagens)

Almeida&Almeida Advogados e Eduardo Di Giorgio Beck Revisão 3GB Consulting – Consultoria em Comunicação Corporativa – www.3gbconsulting.com.br Diretora Comercial Roberta C. Teixeira

Ana Balardim (Conexão Rio de Janeiro)

Beto Conte (Viagens)

Design/Editoração Vinícius Santos Impressão Gráfica Pallotti Periodicidade Março, Maio, Julho, Setembro e Dezembro

André Larrea (fotógrafo)

Laís Bozzetto (Reportagem)

A revista Sports mag é 100% gratuita, e você pode encontrá-la nestes locais: Academias: 3 Figueiras, Academia i9 (NH), ACM Fitness, ALJ, Alternativa, Base, Base 1 (Caxias do Sul), Bio Ativa, BioDinâmica, Body One Club, Body Sul, Cia Athletica, Derose (3 Sedes), Esporta, Esporte Brasil, Fitness Hall, Fits, Heroos, HP Fitness, Ipanema Sports, JB Nunes, Metaforma Estúdio, MR, Natacenter, Natasul, Nika Paddle, On Line Fitness, Optima, Porto do Corpo, Pro Gym, Quality Fitness, Renz Fitness, Sal da Terra, Smart Fit, Sul Jiu Jitsu, Top One, VITTA. Bares, Cafeterias e Restaurantes: Bazkaria, Café do Porto, Dado Pub, Fratello, Z Café, Le Bistrot, Oficina do Açaí, Peppo Cucina, Saúde no Copo, Suzanne Marie Restaurant, Todo Saúde. Clubes: Associação Leopoldina Juvenil, GNU, Jangadeiros, PUCRS Parque Esportivo, Sogipa, Veleiros do Sul. Lojas: Amitié, Armazém da Vida, Big Wall, Bike Tech, Brasil Sul, Datelli, Homem Company, Indiada, Flex Nutrition Center, Kevingstone, LIVE! Concept Store, Óptica Foernges, Paquetá Esportes, Pimenta da Terra, SNC Sports. + Locais: Copagra/Ford, Espaço Glam, Hotel Vila Ventura, Le Joli Lounge Hair (NH), Nicholas Galvão Espaço de Beleza, Sexton, Simpala/GM, SPA Porto Alegre, Vitalita SPA, W Station. 6 > sports mag

Assinaturas www.sportsmag.com.br Tiragem

5.000 revistas asseguradas por Deloitte

Contatos Rua Padre Chagas, 185, sala 1103 Porto Alegre - RS - 90570-080 Fone: 51 3222.1397 E-mail: sportsmag@sportsmag.com.br Site: www.sportsmag.com.br www.facebook.com/sportsmag @sportsmag A revista SportsMag não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados. Opiniões e conceitos emitidos pelos colunistas e colaboradores não representam necessariamente os da revista.


EDITORIAL

Foto Lingue Wacker

4.900

O ano de 2013 será com certeza um ano marcante para a SPORTS MAG. Fazendo aqui um cálculo sem muita precisão pois não vou parar para contar cada uma das edições (risos), já publicamos nestes até então nove anos e alguns meses mais de 4.900 páginas. E não só de esportes – muitos ainda acham que somos uma revista só de esportes. Nestes anos todos de vida, abrimos nossa casa para escutar o leitor e ver que existem coisas muito bacanas que têm muita relação com o esporte, como as viagens com destinos ecológicos (podemos destacar bem a Costa Rica, um lugar paradisíaco e com um apelo fortíssimo ao ecoturismo). Abrimos nossas portas também para o mundo da moda, muitas vezes ligado diretamente ao esporte, e para alguns ensaios nem tanto (risos), mas quem acha que um atleta não se preocupa em se vestir bem no seu dia a dia tem que rever os seus conceitos. A música chegou à revista lá pelos seus sete anos de vida, quando começamos a cobrir alguns shows e também fizemos algumas entrevistas com pessoas ligadas ao mundo da música. Nem precisamos nos aprofundar muito para falar da forte ligação que o esporte tem com a música. Tanto é que, em algumas provas oficiais de maratonas, o uso de aparelhos de som é proibido, pelo fato de ser encarado pela organização um estimulante natural. Enfim, nestes anos fomos dando alguns passos que nos permitiram nos encaixar em vários tipos de tribos, desde o atleta profissional até o amador, que tem uma rotina de trabalho conciliada com o esporte. Tem também o leitor que não pratica nenhum esporte como rotina, mas pelo menos uma vez ao ano embarca para um destino onde ele possa conciliar as suas férias merecidas com uma caminhada por alguma trilha, ou simplesmente nadar com os golfinhos em Fernando de Noronha. Esses são os leitores que conseguimos atingir nestes anos de SPORTS MAG, pessoas que amam viver e se preocupam com o nosso mundo. Agora o tempo voa, entramos no mês de abril e, num piscar de olhos, chegaremos a nossa edição de número 50, para comemorar os dez anos de publicação. Que venha dezembro! Boa leitura, Equipe SPORTS MAG

ÍNDICE

6 COLABORADORES | 10 CURTAS | 24 ORTOPEDIA | 26 EVENTO | 30 GAROTA FLEX | 32 LANÇAMENTO | 34 SPORTS GIRL | 36 CARDIOLOGIA | 38 CULTURA | 40 TERRITÓRIOS | 44 DIREITO PRIVADO | 46 ULTRAMARATONA | 52 PROMESSA | 54 DIREITO DESPORTIVO | 56 MÉTODO DEROSE| 58 FISIOTERAPIA | 60 TRIP | 62 HISTÓRIA | 66 EVENTO | 68 FOTOGRAFIA | 74 PLATAFORMA | 76 CONEXÃO CURITIBA | 80 CONEXÃO RJ | 84 GESTÃO | 86 LANÇAMENTO | 96 AVENTURA | 102 PSICOLOGIA | 104 KITESURF | 110 INDIADA | 114 ODONTOLOGIA | 116 SUPINO | 118 ATLETA | 122 SURFE | 126 TREINAMENTO | 128 TRIPS | 136 ENSAIO | 146 PROPRIEDADE INTELECTUAL | 148 CORRENDO PELO MUNDO | 158 TOQUE FINAL

SKI AQUÁTICO: uma paixão (ainda) para poucos Saiba mais sobre o projeto TRAVESSIA MAR DE DENTRO

KITESURF. Para fugir do frio do Sul EDITORIAL DA TRÓPICO na ilha de Florianópolis

UM MONUMENTO CHAMADO

GABRIELAHARTMANN Gabriela veste Track&Field

Foto: Christiano Cardoso Modelo: Gabriela Hartmann

sports mag < 7




Garota Fitness Brasil 2013 Julia Menezes é a única gaúcha finalista do concurso Garota Fitness Brasil deste ano! A moça estuda Educação Física e tem um corpo pra lá de malhado. Com 27 anos, Julia também participou do campeonato gaúcho de fisiculturismo na categoria Bikini e malha muito todos os dias para se manter em forma. Preza pelo lado saudável de viver, andando, quando pode, de skate; ela também já praticou full contact, mas hoje o que mais prioriza é a malhação mesmo. “A cultura ao corpo pra mim é uma forma de gostar de si mesmo!” Julia teve o seu momento de glória neste ano ao participar como um dos destaques da escola Salgueiro. E os convites para posar em grandes revistas já estão chegando. “Quanto a trabalhos de nus, acho válido, sim; a nudez de uma mulher com sensualidade, acho admirável”. Então, estamos aguardando, viu, Júlia?

Organique O empresário gaúcho João Paulo Sattamini lançou o primeiro energético orgânico produzido no sentação do produto ocorreu na

Brasil. A

Feira Sial China,

das maiores do mundo do setor de alimentos. de três anos de pesquisa, o

apreuma

Resultado

Organique Energy Drink

é

produzido a partir de ingredientes tipicamente nacionais, como açaí, guaraná e erva-mate.

A

população brasileira

está cada vez mais adaptada à cultura do consumo de produtos orgânicos.

40%,

O mercado cresce, a cada ano, em média

e a meta, até

2015,

é alcançar o faturamento de

1 bilhão de reais somente com produtos desse segmento. Saiba mais sobre a novidade em http://organique.com.br/.

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Suplemento de colágeno O

mais atual lançamento da área musculoesquelética da

Biolab Farmacêutica Peptan™, no país.

foi desenvolvido com a molécula

produzida com exclusividade para a indústria

Conta

com um grande diferencial, a ação efetiva

dos peptídeos de colágeno de sua fórmula na matriz produtora das cartilagens, os condrócitos, e também nas proteínas de ligação da cartilagem, os proteoglicanos.

Agir na prevenção e no controle da osteoartrite é o principal objetivo do

Disfor®. Disfor® Peptídeos

de

Colá-

geno não contém lactose, glúten ou açúcar, e pode ser encontrado em caixa de

330 g, contendo 30 sachês. Mais

em http://www.biolabfarma.com.br/.

foto Messias Schneider

Miami Collection A Ellis Beach Wear apresenta a sua coleção Miami Collection. A cidade mais famosa da Flórida, com sua arquitetura, cores e glamour, somada às belezas do Brasil, foram as inspirações da coleção, que está dividida em seis famílias: Jungle Island, Wild, Pássaros, Gold Fish, Sweet Colors e Basics. Traz ainda modelagens masculinas, entre sungas, regatas e calças, para atender também aos clientes já fãs da marca. Mais em http://www.ellisbeachwear.com/.

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Bambu Sports Produtos

de qualidade, entrega eficiente e promoções

exclusivas são alguns dos diferenciais da

O e-commerce

Bambu Sports.

inaugurado no ano passado é especializa-

do em equipamentos esportivos para tênis e lutas, como

MMA, muay thai, boxe, entre outras. A proposta é trazer inovação ao mercado, como entrega rápida no mesmo dia para a cidade de

São Paulo,

postagem na data da compra

para o restante do país e formas de pagamento flexíveis.

“Elaboramos

uma logística para que a entrega do site

seja a mais rápida possível, que traduza em ação a agilidade do sistema de compra da internet”, defende

Marcelo

Benetton, criador do site. Para mais informações, acesse www.bambusports.com.br.

Vela, é com elas! Dupla brasileira venceu as duas últimas competições internacionais que disputou na nova classe olímpica e já aparece em primeiro lugar no ranking. As brasileiras Martine Grael e Kahena Kunze estrearam na lista da classe 49erFX na primeira colocação. O ranking é divulgado a cada dois meses e soma até seis eventos internacionais. Como a classe 49er FX é nova no programa olímpico, o primeiro ranking havia sido divulgado em dezembro (2012), mas as meninas não apareciam nele porque nem haviam feito ainda alguma competição no barco. Desta vez, a dupla somou os títulos do Norte-Americano e da segunda etapa da Copa do Mundo de Vela, a Miami OCR, disputados nas últimas semanas na Flórida, EUA, fato que fez com que elas já estreassem tão bem.

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Foto: Fred Hoffmam



foto márcio dalmaso

Adventure Sports Fair 2013 Às vésperas de comemorar 15 anos, a Adventure Sports Fair, maior evento de esportes e turismo de aventura da América do Sul, já prepara novidades para este ano. A Adventure Sports Fair 2013 deve reforçar sua vocação de geração de novos negócios. Além das empresas de equipamentos, agora operadores de turismo, agências, hotéis e destinos ligados à aventura terão um espaço de reuniões para atender clientes em potencial. Outras ações previstas incluem a já tradicional parceria com a Abeta (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura), que também terá um espaço para seus associados divulgarem seus produtos e realizarem negócios. As tradicionais atrações também continuam no evento, como tanque de mergulho, caiaque, slackline, escalada, snowboard, além de uma pista para test drive de veículos 4x4, entre muitas outras. Produzida por e para os apaixonados por aventura, a Adventure Sports Fair é referência no mercado em que atua há 15 anos. Mais informações podem ser obtidas no site www.adventuresportsfair.com.br.

O estado da alma, por Danny Bittencourt “A alma sempre foi motivo de controvérsia entre as diferentes denominações religiosas e crenças, mesmo porque nunca foi totalmente compreendida, explicada ou observada.

Antes

que o homem concluísse que a possibilidade de uma

alma em evolução em conjunto com a mente de um indivíduo e com a paternidade de um espírito divino, julgou-se que ela residia em diferentes órgãos físicos

– nos olhos, no fígado,

nos rins, no coração e, posteriormente, no cérebro.

Texto, conceito e performance: Gabriela Martins Fotografia e criação: Danny Bittencourt, mestranda em Educação com ênfase em Estudos Culturais, diretora e fotógrafa da Revista Museo Cultura, Arte e Informação e sócia-proprietária na empresa ARO 15 - Expedições Fotográficas. www. dannybittencourt.wordpress.com @DannBittencourt

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Os

selvagens associavam a alma ao sangue, à respiração, às sombras e aos reflexos do seu eu na água.”



Site “dos bom” O fotógrafo Leonardo Spencer apresenta seu novo site: www.leonardospencer.com.

O

foco do site é apresentar um material fotográfico de

forma mais profissional e em uma plataforma mais clean e amigável!

você encontra portfólio completo, gale-

rias separadas com fotos de paisagens, pessoas e surfe, blog com releases e matérias e uma página exclusiva para venda de ampliações. Elas são oferecidas em duas opções, uma mais simples, em papel

Super Matte 170 g, e

uma segunda opção em acabamento Fine

Art, atendendo a

todos os pré-requisitos para uma obra com qualidade de galeria de arte (papel

100%

algodão, gramatura de 320

gramas, livre de ácidos, com carta de autenticidade, etc.).

Então, vai lá e dá uma olhada nesse belo trabalho do Leo!

Porto Alegre, a capital do tênis! Nada menos que 50 países de todos os continentes deverão estar representados na 30ª edição do Campeonato Internacional Juvenil de Tênis de Porto Alegre, apresentada por Gerdau e Itaú. O evento, considerado um dos mais importantes do

foto Marcelo Ruschel/Poa Press/Divulgação

mundo, acontece de 16 a 24 de março na capital gaúcha, reunindo atletas nas categorias dos 10 aos 18 anos, no masculino e feminino. A lista divulgada pela Federação Internacional de Tênis apresenta jogadores de diversos países: Alemanha, Argélia, Argentina, Austrália, Áustria, Azerbaijão, Bahamas, Belarus, Bélgica, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Croácia, Chipre, Egito, Equador, Estados Unidos, França, Grécia, Hong Kong, Holanda, Hungria, Índia, Inglaterra, Itália, Israel, Japão, Letônia, Marrocos, México, Paraguai, Peru, Polônia, Porto Rico, Portugal, República Tcheca, Romênia, Rússia, Sérvia, Suécia, Suíça, Suriname, Taipei, Tunísia, Uruguai, Uzbequis-

Tenista Beatriz Maia é uma das esperanças brasileiras no evento

tão e Venezuela. Informações no site www.campeonatointernacional.com.br

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Confraternização No final de 2012, rolou um coquetel para reunir os amigos e clientes na maior rede de lojas de suplementos alimentares do Rio Grande do Sul, a Flex Nutrition, em sua unidade Mega Store, que fica localizada na Rua Shiller, 65. A recém-inaugurada loja conta com mais de 300 m² do que existe de melhor no mundo da suplementação. O evento contou com a presença de mais de 250 pessoas e teve o apoio de Vita Juice e Sushi by Cleber. Confere lá: www.flexsuplementos.com.br.

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Fotos Luciano Leon


track and field




Ortopedia Dr. Marco Aurélio Telöken

CORRIDA! O foco no quadril.

E

mbora correr seja uma das formas mais simples de se exercitar, que envolve os mais fundamentais movimentos do corpo humano, é uma prática que não está isenta de lesões. Comumente, a preocupação dos atletas e treinadores está voltada apenas para os pés, mas, na grande maioria, as lesões têm origem em disfunções do quadril.

Importância da extensão do quadril nos corredores: A troca de passos durante a corrida promove uma propulsão para frente e certo deslocamento vertical. Essa propulsão é produzida pela extensão do membro inferior, que tem o apoio para baixo e para trás, facilitando o avanço do centro de gravidade, para frente. A agilidade e a força dessa extensão são responsáveis pela passada longa e eficiente dos corredores, que serão tanto mais rápidos quanto maior a cadência de seus passos. Durante a corrida, necessita-se de uma tripla extensão simultânea do quadril, joelho e tornozelo. Inicia-se, portanto, de cima para baixo, com uma contração potente do músculo glúteo máximo, que conduzirá o fêmur (osso da coxa) para trás, auxiliado pelos músculos posteriores da coxa. Para que isso ocorra, é necessário que a pelve esteja estável. A estabilidade da pelve é promovida pelo bom funcionamento dos músculos que interligam a pelve, a coluna e os membros inferiores, e é conhecida como estabilidade da base de movimento ou core stability. Embora muitos considerem apenas os músculos abdominais, ela inclui

Ortopedia 24 > sports mag

os músculos eretores da coluna vertebral, do tronco, glúteos, isquiotibiais e iliopsoas. O condicionamento desses músculos tem uma característica conhecida como ACE – adaptação conforme exigência –, ou seja, é possível treinar para aquilo que se precisa. Diz o ditado que o corpo humano faz melhor aquilo que se faz mais frequentemente. Portanto, não se pode esperar uma extensão eficaz se permanecermos flexionados na maior parte do nosso tempo, ou seja, em posição oposta à exigida na corrida. Isso é muito bem aplicado aos corredores iniciantes ou àqueles que imaginam que o melhor desempenho surgirá com a prática de simplesmente correr. Se não tivermos boa extensão do quadril e, mesmo assim, praticarmos a corrida, a função será compensada por uma inclinação anterior da pelve e extensão da coluna lombar. Tais mudanças dinâmicas desfavorecem grupos musculares e são diretamente responsáveis por lesões na pelve, nos joelhos, na panturrilha, nos pés e na coluna lombar. Exemplos são avulsões do reto anterior da coxa, ruptura do tendão de Aquiles e dos músculos posteriores da coxa. O condicionamento dos músculos da base do movimento permite estabilizar a pelve e ter maior força na extensão do quadril, promovendo maior eficiência do passo e, consequentemente, prevenindo lesões. Há vários exercícios com essa finalidade. A escolha para obter o melhor benefício depende do grau de exigência de cada atleta, que deve ser acompanhado por profissionais capacitados. No entanto, a dificuldade de obter extensão, principalmente se associada a dor, pode estar relacionada a problemas articulares que são facilmente revelados em radiografias simples.

Dr. Marco A. Telöken – CRM 15526 Membro titular da Sociedade Brasileira de Quadril e da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Av. Carlos Gomes, 403, conj. 604, Porto Alegre - RS. Fone: (51) 3328.2328



evento

mixed martial arts Seminário de MMA na Body Tech de Porto Alegre reuniu empresários, profissionais da área e praticantes do esporte.

Com o objetivo de reunir praticantes e profissionais de mixed martial arts e promover, organizar e formar atle-

Fotos: Luciano Leon

reservadas da academia Body Tech. Os alunos puderam adquirir informações valiosas para sua autodefesa.

tas, além de fomentar eventos de MMA que sejam referencia no Brasil, Luis Brito, que já foi bicampeão do Meca World FC, faixa preta de jiu-jítsu e kruang preto de muay thai, produziu um evento superexclusivo para que a turma do MMA pudesse tirar todas as suas dúvidas sobre esse esporte que não para de crescer no mundo. Luis Brito palestrou para 30 sortudos que puderam ver e ouvir de perto um dos experts em uma das salas Com certeza nunca se esquecerão desses ensinamentos, e na hora certa transmitirão todo esse conhecimento aos seus filhos! Sobre o resultado do evento, Luis afirmou: “O objetivo do evento, além da promoção do esporte e da qualificação dos profissionais no estado, é usarmos o seminário para lançar o nosso instituto (Instituto General de Ensino), que tem como principal objetivo treinar, formar e dar oportunidade em nossos eventos de MMA – denominados General MMA Games. Pretendemos ser a maior organização de MMA do Brasil. Sei que há muito trabalho pela frente, mas não sou mais um aventureiro, sou totalmente do ramo, e toda essa ascensão atual do esporte UFC & MMA irá me ajudar muito”. Luis Brito já está com novos planos na agenda e pretende fazer outros seminários e cursos como esse. E ele diz que cidades do interior do estado já estão em seu plano – por exemplo, Cruz Alta e Santa Maria, onde as negociações com as secretarias já estão em evolução. Agora é aguardar para ver! Este seminário contou com o apoio de: Sports Mag, Dio Sport, Gelotek, Oficina do Açaí, Secretaria do Esporte e Lazer do RGS, Body Teche e Muscle Fort. Para mais informações, acesse a página www.generalmma.com.

26 > sports mag


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garota

f lex

com Dany Ghiel

Olá, queridos leitores e amigos da SPORTS MAG! Mais uma vez, é um prazer enorme estar aqui com vocês compartilhando um pouco do mundo da Flex Girl e dando dicas de como estar em forma e saudável.

Foto: Christiano Cardoso

Nosso assunto de hoje é de fundamental relevância na busca por uma atitude de vida mais saudável e também, lógico, um corpo que seja atenção de olhares! Agora, finalzinho de verão, passados Carnaval, praia, festas e tudo mais que a estação mais quente do ano proporciona, fica aquela sensação em muitos de que é hora de “chutar o balde”, parar de treinar, voltar a comer tudo de que se gosta, afinal, vem por aí o inverno e vamos expor nossos corpos somente no verão de 2014... Certo? ERRADO!

Um dos maiores erros que muitos cometem é a famosa “operação verão” ou “projeto Carnaval”, pois, geralmente, para se atingir um físico de qualidade em pouco tempo, é necessária uma maior “agressão” e radicalismo no processo, e tão logo os objetivos sejam atingidos e termine o verão, retoma-se a rotina normal de sedentarismo e alimentação de baixa qualidade e em muita quantidade. Por isso, nossa coluna hoje vai exatamente dar dicas para “não deixar a peteca cair” neste inverno, e dessa forma alcançar a excelência física de uma maneira muito mais saudável no verão de 2014. Vale lembrar também que muitas destas dicas servem também para aqueles que não conseguiram alcançar seus objetivos neste verão de 2013 e que podem desde já mudar seus hábitos, tornando muito mais fácil buscar suas metas. 1º) Não parar de se exercitar – ao contrário, aumentar a quantidade de exercícios. É comum que muitos que eram frequentadores de academia de domingo a domingo, quando começa o inverno, sumam completamente e parem de treinar. Isso, além de extremamente negativo para a saúde, faz com que haja uma maior tendência a acumular calorias indesejadas, uma vez que nosso organismo leva algum tempo até entender que a quantidade de calorias ingerida anteriormente em função da atividade física agora não é mais necessária. O resultado? Excesso de calorias, que anteriormente tinham grande demanda em função da atividade física; agora, sem os exercícios, acumulam-se em tecido adiposo! Aproveite que, nos meses mais frios, é necessário um incremento natural de calorias para o corpo se manter aquecido, e aumente também o ritmo, a quantidade e a intensidade dos exercícios. Dessa forma, você, além de dar um direcionamento às calorias extras ingeridas nesta época do ano, vai conseguir um grande incremento de força, resistência e capacidade de executar seu esporte em um nível mais elevado. 2º) Não pare de se alimentar e suplementar com qualidade – ao contrário, alimente-se melhor e com mais qualidade. Comum é também, ao findar o verão, muitos abandonarem por completo as refeições balanceadas e saudáveis e voltarem a comer apenas alimentos ricos em calorias vazias. O ideal, nessa época do ano, é ingerir uma quantidade maior de calorias, porém buscando-as de fontes integrais, e da melhor qualidade possível! Assim, aqueles “deslizes” das pizzas, dos fondues e churrascos dos finais de semana vão ser muito mais bem assimilados, e suas calorias, mais bem direcionadas, se durante 90% do tempo sua alimentação é saudável. Outro erro também é que muitas pessoas abandonam por completo o uso de suplementos de qualidade no inverno, justamente, como vimos, um período que pode ser extremamente favorável ao ganho de força e melhor condicionamento se a pessoa seguir um programa de treinamentos. Alimentação e suplementação de qualidade devem ser aliadas constantes na busca por uma melhor saúde e qualidade de vida, e principalmente na busca por um físico diferenciado. 3º) Aproveite para incluir uma nova atividade física em sua rotina. Para tornar menos maçante fazer a mesma coisa todos os dias, minha dica é adicionar mais uma atividade física à sua rotina de exercícios. Dessa forma, além de manter o interesse sempre novo, a adição de um novo tipo de exercício aumenta a quantidade de calorias gastas. Se você pratica musculação, por exemplo, adicionar uma arte marcial, natação ou até mesmo a corrida garante estímulos musculares novos e diferentes dos que são trabalhados na academia! 4º) Busque sempre orientação profissional! Para ter sempre a garantia de estar fazendo as escolhas certas e saudáveis e respeitando os limites de seu corpo, busque sempre orientação profissional especializada. Um bom personal trainer, nutricionista esportivo ou médico deve ser sempre consultado! É isso aí, pessoal! Aguardo vocês até a nossa próxima edição da SPORTS MAG! Beijos, Dany 30 > sports mag



lanรงamento

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Edição 45 Fotos: Roberta Sant´anna

A edição de final de ano da SPORTS MAG foi realizada praticamente ao ar livre. A loja Brasil Sul recebeu os convidados da revista e clientes da loja para um coquetel que começou às 17h de um sábado ensolarado. O evento contou com algumas ações especiais de degustação do Z Café, Flexnutrition e da primeira bebida energética orgânica do mercado, o Organique. O som ficou por conta da DJ Márcia Gralha, e de quebra os convidados tiveram a oportunidade de ver a nova coleção de verão da Brasil Sul! sports mag < 33


SPORTS

moniquemaciel Baixe o leitor QR Code no seu celular, aproxime a c창mera e veja o ensaio completo da Monique.

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Agradecimento: GMS SPORTS Fotos: Estúdio Sports mag Nome: Monique maciel

Apoio:

Apelido: Nique Cidade onde mora: Porto Alegre Idade: 20 anos Signo: Leão Formação: Superior incompleto Comida: Qualquer uma com pimenta Praia ou campo? Praia Não saio de casa sem: Maquiagem nos olhos Esporte? Handebol Já participou de algum concurso? Qual? Sim, musa da infantaria, mas fui um desastre na passarela. Não ganhei nada Time? Grêmio, mas bem sem apego Melhor trip: Londres, onde aprendi meu lema: “Be yourself” Música: Qualquer uma que me inspire. Se fosse pra elencar uma que para mim é atemporal, seria “Como nossos pais”, da Elis Regina Odeia? Gente forçada Uma fantasia: Sexo a três Homem ideal: Com personalidade, seguro, engraçado e muitos etc. ATENÇÃO: As fotos deste ensaio são protegidas pelas leis civis e penais que regulam os direitos autorais. Sua publicação indevida em qualquer meio e mediante emprego de qualquer tecnologia, inclusive links, sites ou blogs na internet, sujeitará o infrator a penas que incluem multas, indenizações e reclusão de até quatro anos. © Copyright – todos os direitos reservados.

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Cardiologia esportiva Cristiano Pederneiras Jaeger

Exercício físico e hipertensão arterial

É

sabido que o exercício físico eleva a pressão arterial, especialmente a sistólica, como se observa durante a realização de testes ergométricos. Também não há dúvidas quanto aos riscos cardiovasculares da hipertensão arterial. E, da mesma forma, são notórios e conhecidos os benefícios do exercício para a saúde cardiovascular dos indivíduos. Como equacionar essas três assertivas? Não parece um paradoxo? Sim. No entanto, o paradoxo explica-se a partir do fato de que elevação de pressão arterial e hipertensão arterial não são sinônimos. Advindo de uma regra básica da Física, de que pressão é igual a força sobre área, a pressão arterial é a força exercida pelo sangue contra a área de secção das paredes das artérias. Sempre que existir um aumento da força (numerador), no caso aumento da contração cardíaca com maior força e intensidade da ejeção sanguínea pelo coração, como se dá durante o exercício, ocorre elevação da pressão. Contudo, diferentemente do modelo físico, em que a área é, em geral, uma constante, no modelo biológico a área é variável, já que as artérias apresentam camadas musculares, mantendo uma forma ”elástica”, com constrição e dilatação. Sendo assim, a pressão arterial modifica-se ao longo das mais diversas atividades do dia a dia, como falar, caminhar, comer, etc. Durante o exercício físico, a pressão arterial sistólica (pressão arterial máxima, que ocorre logo após a contração do músculo cardíaco) eleva-se progressivamente, à medida que a carga de trabalho cardíaco aumenta; diferentemente, a pressão arterial diastólica (pressão arterial mínima, que é medida no final da fase de relaxamento cardíaco, ou logo antes da contração do coração) pouco se modifica, sendo aceitável uma elevação de até 10 mmHg. Visto isso, tem-se que a pressão arterial (especialmente a sistólica) se eleva (e deve elevar-se) durante o exercício físico, como uma forma de aumentar a perfusão de sangue nos tecidos periféricos, especialmente nos músculos utilizados para tal tarefa, melhorando a performance do indivíduo. Esse é um fenômeno biológico, normal, e ocorre para todas as pessoas. Já a hipertensão arterial sistêmica é uma doença, sendo considerada a mazela cardiovascular mais prevalente no mundo, uma vez que afeta mais de um bilhão de pessoas ao redor do globo. Da mesma forma, é a enfermidade cardiovascular mais comum em atletas. Por ser uma doença crônica com pico de surgimento entre os 35 e 55 anos de idade,

sua ocorrência é maior entre os idosos, chegando a mais de 50% em indivíduos acima dos 60 anos. Grande parcela da população de hipertensos desconhece ter a doença; dentre os que sabem, um número significativo não se trata, e dentre os que se tratam, aproximadamente metade não atinge as metas de pressão arterial ideais. Assim, diz-se que o número de hipertensos não controlados gira em torno de 85%. Sendo a hipertensão arterial um dos maiores fatores de risco para acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio, os principais objetivos do seu tratamento são atenuar esses riscos, trazendo-os para níveis próximos aos da população não hipertensa. E de que forma o exercício físico pode contribuir para o melhor controle da pressão arterial nos hipertensos? Os benefícios cardiovasculares da prática rotineira de exercícios físicos são multifatoriais e envolvem aspectos ligados a coagulação e trombose, função endotelial (relativa à camada interna das artérias), inflamação, entre outros. Esses mecanismos se refletem na melhora do perfil lipídico, reduzindo os níveis de triglicerídeos e aumentando os de colesterol HDL (o bom colesterol); na melhora no perfil glicêmico, reduzindo valores de glicose e a incidência de diabetes; na manutenção de um peso adequado, diminuindo as taxas de sobrepeso e obesidade e culminando, por fim, em menor ocorrência de morte de origem cardiovascular. Especificamente no paciente hipertenso, após o término de uma jornada de exercício, a pressão arterial logo volta aos seus níveis basais (em aproximadamente cinco minutos). Em razão da liberação de neuro-hormônios com propriedades vasodilatadoras, entre eles o óxido nítrico, bem como em decorrência de um balanço favorável entre o tônus simpático e parassimpático (do sistema nervoso autônomo), há uma tendência de queda da pressão arterial em longo prazo, uma vez que a vasodilatação leva a um aumento da área de secção arterial (denominador). Alguns estudos sugeriram que o treinamento aeróbico intervalar poderia ser mais efetivo que o treinamento contínuo moderado na redução de pressão arterial. No entanto, o que há de concreto e definitivo é que o exercício, em longo prazo, numa frequência de três a cinco vezes por semana, por pelo menos 30 minutos, leva a uma redução de pressão arterial no paciente hipertenso, que deve variar de 4 a 9 mmHg, independentemente da perda de peso. Isso definitivamente reduz risco cardiovascular.

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Dr. Cristiano Pederneiras Jaeger - CRM: 24160 Cardiologista pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Mestre em Cardiologia Consultório: Rua Quintino Bocaiúva, 1410 - Fones: 3332-3030 / 3332-6743

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Por Thaiane Estauber (thaianeestauber@hotmail.com.)

A companhia de teatro foi fundada em 2009 com a finalida-

Cia Hariboll de Teatro

de de administrar, executar e promover somente os espetáculos de cunho espírita, absorvendo para o seu repertório peças com direção de Luis Carlos Pretto, da Cia Artiurbana. Entre elas, Caminhos que cruzei, Amigos que encontrei (2000), A menina que não sabia rezar (2000) e Entrevista com espíritos (2003). Em 2010 realizou seu primeiro espetáculo: Uma vovó no além. A Cia Hariboll é composta por artistas e técnicos espíritas ou simpatizantes, cujo objetivo é encenar e produzir peças que tragam o esclarecimento, consolo e evangelização da doutrina codificada por Alan Kardec. Unir o estudo e a divulgação do espiritismo nas cores universais da arte teatral, sem esquecer também de, sempre que possível, promover a caridade material, é o objetivo da companhia, que tem uma história de 12 anos, com milhares de apresentações em teatros, escolas, sociedades espíritas, nas ruas da capital gaúcha, Porto Alegre (onde fica sua sede), e também em outras tantas.

Os Homens são de Marte... E é pra lá que eu vou! A comédia Os Homens são de Marte... E é pra lá que eu vou!, com direção de Victor Garcia Peralta, retorna ao estado em março. Os porto-alegrenses recebem o sucesso de público e crítica no palco do Teatro Bourbon Country e no Teatro Feevale. A artista Mônica Martelli, que foi indicada ao prêmio Shell de melhor atriz em 2005, interpreta Fernanda, 39 anos, solteira, jornalista formada, mas que trabalha com eventos e organiza festas de casamento. A peça trata do grande dilema vivido pelas mulheres solteiras: a busca de um grande amor. Toda mulher já foi, é ou será protagonista de histórias de aventuras, encontros, desencontros, solidões, equívocos, adrenalinas, ilusões, alegrias e dúvidas. No mundo todo, livros, seriados, filmes e peças que tratam do tema fazem grande sucesso de crítica e público. De uma forma muito divertida, mas também emocionante e com um final surpreendente, a peça fala do amor e da falta dele. Tudo isso com um tipo de humor que as mulheres são capazes de fazer muito bem: rir das suas próprias desgraças.

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Apoio Tônus Academia de Ginástica, Musculação, Personal Trainner, Alongamento Passivo e agora com Paintball - Proprietário e Técnico Responsável: João Jacintho Oliveira da Silva – Cref 07420-G/ RS- Cantegril Clube – Viamão – Contato: (51) 9873-9742

fotos divulgação

Goela abaixo ou Por que tu não bebes? Uma peça que pode interessar aos que gostam de cultura e acham que ela fica ainda melhor quando acompanhada de uma cerveja. Trata-se do espetáculo Goela abaixo ou Por que tu não bebes?, da Cia. de Teatro ao Quadrado, de Porto Alegre, no qual os espectadores maiores de 18 anos podem assistir à peça enquanto degustam a cerveja, de graça. Em cartaz há oito anos, é uma comédia dramática adaptada da obra do dramaturgo checo Václav Havel, um dos intelectuais mais importantes no processo de redemocratização da República Checa. Após a queda do Muro de Berlim, elegeu-se presidente e permaneceu durante quase dez anos governando o país. Havel, durante os anos 1970, foi obrigado a trabalhar em uma cervejaria, devido à sua discordância em relação às arbitrariedades cometidas pelo governo comunista de seu país. Durante todo o espetáculo, a cerveja é distribuída gratuitamente aos espectadores. A direção é de Marcelo Adams, premiado ator, diretor e dramaturgo

foto Kairo Ribeiro

porto-alegrense, que atua ao lado da também premiada Margarida Leoni Peixoto, atriz e diretora. A peça estreou em Porto Alegre em 2005, e desde então fez inúmeras apresentações na capital gaúcha, bem como em cidades do interior do estado, em Campinas (SP), no Rio de Janeiro e em Recife.

Companhia de Solos & Bem Acompanhados A Companhia de Solos & Bem Acompanhados vem se consolidando como uma das companhias de teatro mais relevantes e atuantes do Rio Grande do Sul. Já percorreu quase todos os estados brasileiros e a Argentina, participando de temporadas, mostras e festivais nacionais e internacionais. Foi criada em 1993, quando Deborah Finocchiaro estreou Pois é, Vizinha..., mas somente foi batizada em 2006, com a estreia de Sobre Anjos & Grilos - O Universo de Mario Quintana. Em sua trajetória, recebeu 32 prêmios, entre eles seis de melhor espetáculo, 17 de melhor atriz, um de melhor direção, melhor cenário, trilha sonora, texto adaptado, e dois como melhor artista de teatro. Seu mais recente trabalho é Um certo capitão Verissimo, que também participou do 14º Porto Verão Alegre.

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territ贸rios

A terra dos Por Roberta Martins Fotos: Roberta Martins e Leandro Gabrieli

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c芒nions

O badge Adventure Bloggers


O Sul do Brasil abriga paisagens exclusivas e deslumbrantes que se transformam bruscamente; os campos gaúchos se convertem em penhascos e se abrem em gargantas gigantes até o litoral catarinense. Um dos lugares mais bonitos e pouco conhecidos do Brasil oferece diversos tipos de roteiros para diferentes estilos. Nós escolhemos a aventura. Aparados da Serra foi cenário para o Adventure Bloggers 2012. Um grupo de blogueiros desbravou e divulgou os cânions na divisa dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Durante cinco dias, não faltaram banhos de cachoeira, trilhas em terrenos irregulares, muita adrenalina, descobertas e emoções transmitidas em tempo real para milhares de internautas. A parte mais intensa do passeio foi em Praia Grande (SC), onde a tendência é olhar para cima e se encantar com as muralhas, de mais de mil metros de altura, nos convidando a percorrer os seus caminhos. O município não tem praia nem é grande, mas é um destino imperdível para explorar os cânions de verdade. Dali partimos para grandes aventuras no interior do Malacara e

Adventure Bloggers completam a trilha mais difícil

Itaimbezinho, nos Parques Serra Geral e Aparados da Serra. Foi uma oportunidade de experimentar as imensas fendas por dentro, observando detalhes que só existem ali embaixo. A tranquila Praia Grande é repleta de cachoeiras e rodeada por zona rural. Além das trilhas, tem opções de rapel, canyoning, boia-cross, cavalgadas e contemplação da natureza. Ali encontramos infraestrutura e conforto em duas hospedagens. A Cabanas Magia das Águas tem chalés rodeados por jardins e vista para a cidade – estava nublado, mas dizem que dá até para ver o litoral. Na propriedade há trilhas ecológicas, cascatas e uma excelente gastronomia orgânica, preparada pelos donos, que deixaram o clima da pousada bastante acolhedor. A Pousada Aracema está em um lugar privilegiado ao lado do Itaimbezinho. Tem uma vista maravilhosa e traz muita paz, com o silêncio apenas interrompido pelo canto dos pássaros. As acomodações são novas e ambientadas conforme a natureza da região. Cada quarto tem uma decoração diferente e um jardim interno ligando todos eles.

Trilha das Piscinas do Malacara A primeira trilha do Adventure Bloggers até que foi leve, um preparo para o que ainda viria pela frente. A visão inicial é um leito de rio seco tomado por pedras, com os paredões, entre as nu-

Pedras vão aumentando de tamanho

vens, como direção a seguir. Logo surgem trechos com água corrente, e foi inevitável não molhar os pés em diversos momentos. Ao nosso redor, um verde exuberante repleto de detalhes nas árvores, flores, frutos, troncos e insetos. No caminho dava para sentir e ver a pureza da água e do ar. Quanto mais perto do nosso objetivo – as piscinas naturais –, maiores eram os tamanhos das pedras. Em algumas era preciso usar todos os apoios do corpo, fora o bastão de caminhada, que evitou torções e quedas. Enfim alcançamos uma das piscinas naturais, com cerca de três metros de profundidade de água cristalina e gelada. Embora o tempo estivesse nublado, deu para suar, e o desejo de se refrescar era grande. Passando o grito inicial, o corpo foi se acostumando à temperatura da água, e ninguém queria sair. Mas ainda tínhamos todo o percurso de volta, e dava para sentir o aumento da umidade no ar. Poderia chover a qualquer momento, o que tornaria a trilha de dificuldade média em difícil. Trajetos entre pedras são perigosos quando a chuva chega e o volume de água sobe rapidamente. A Trilha das Piscinas do Malacara tem 8 km, ida e volta, com dificuldade média, exige mobilidade plena e habilidade de caminhar pelas pedras. Pode se tornar difícil para quem não está acostumado com esse tipo de trilha ou se o volume do rio aumentar. A companhia de um guia credenciado é obrigatória.

Plantação de fumo

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Ninho de pássaros

Por dentro do Itaimbezinho

Cogumelos variados

Panorâmica dos cânions

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A Trilha do Rio do Boi Começou pela mata fechada, pisando em farelo de pedra, até alcançarmos o leito do rio, quando uma clareira se abre e visualizamos o início do cânion no Morro da Mamica. O rio tem um cheiro forte (diferente, não desagradável) e muda de curso a cada grande enxurrada. Ainda dava para ver o antigo trajeto seco e tomado por pedras, e por ali seguimos em direção às paredes crispadas do Itaimbezinho. Nessa trilha passamos a maior parte do tempo com as pernas dentro da água, seja seguindo pelo rio, seja cruzando-o. A correnteza estava forte em alguns trechos, mesmo com o baixo volume das águas, por isso cruzamos de mãos dadas, tentando manter o equilíbrio. Cada passo era diferente, e os guias iam indicando os melhores caminhos. Como aconteceu no interior do Malacara, aqui as pedras também vão aumentando de tamanho, com a diferença de serem maiores e haver

Blogueiros na entrada do parque

mais volume de água ao redor. Elas caem dos paredões gigantes e vão rolando pelo rio, perdendo tamanho até virarem o farelo do início da trilha. Dezembro é época de as aranhas se reproduzirem; elas estavam por toda parte e tinham tamanhos variados. Em trechos com correnteza, as pedras próximas são um ótimo apoio, mas é preciso dar uma olhada antes e conferir se não está tomada por bichinhos de oito patas. O passeio não é feito só de desafios: muita beleza e pureza nos cercam. A natureza se exibe constantemente nas cachoeiras, pedras, plantas, insetos coloridos e gargantas estreitas. Um dos pontos altos é escorregar no tobogã natural logo no início. O guia teve que mandar agente parar ou não teríamos tempo de chegar ao objetivo. O final da trilha é quando enxergamos a grande fenda e as paredes

Adventure Bloggers é um evento com o objetivo de promover destinos por meio de atividades de aventura e lazer envolvendo blogs e redes sociais. O primeiro foi organizado pela Operadora Rota dos Canyons, em conjunto com o Territórios, e conta com apoio de empresários da região e de marcas de equipamentos para aventura. Mais informações em www.adventurebloggers.com.br. Roberta Martins adora conhecer pessoas, inspirar-se, incentivar e trocar experiências sobre viagens no site www.territorios.com.br.

tomadas por florestas de araucárias no topo. Existe a possibilidade de continuar por mais uns 45 minutos até o portal (pedras imensas que fecham o caminho). Mas depende da hora, do clima e do preparo físico de cada um. A partir desse ponto, o caminho é considerado de alta dificuldade. Ao total foram 12 km, ida e volta, em oito horas, com paradas para banhos, lanche e fotografias. A Trilha do Rio Boi não é superdifícil, mas exige certos cuidados e a experiência de um guia local, sem esquecer a habilidade de caminhar pelas pedras. Não são poucas as histórias de pessoas que decidiram se aventurar por conta própria e não conseguiram sair com facilidade, tendo de ser resgatadas ou acudidas pelos moradores. Existe ainda o fator clima: se chove em Cambará do Sul, por exemplo, quem começa a trilha com sol só vai perceber quando sentir o nível da água subindo, e se chover muito vem o aguaceiro arrastando tudo pela frente. Os guias credenciados se informam sobre o clima no alto da serra antes de entrar no cânion e andam com rádios para serem notificados ou pedirem ajuda, se for necessário. Quando o nível da água sobe, eles conhecem caminhos alternativos pela mata. (•) Pequena cachoeira no Malacara

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Direito privado Vivian de Vasconcelos e Sinara Lorenz

A questão da prescrição relativamente à pretensão ao reconhecimento da paternidade Por Vivian de Vasconcelos O tema em questão é bastante debatido em nossos Tribunais, salientando-se que o entendimento atual do Egrégio Tribunal de Justiça é no sentido de que o pedido de investigação de paternidade formulado pelo interessado, filho que pretende o reconhecimento da sua paternidade, é imprescritível, não se aplicando ao caso a regra estatuída no artigo 178, § 9º, do Código Civil. Isso significa dizer que tal direito não está perdido ante o decurso de tempo. Observe-se que os interesses do filho, que anseia pelo reconhecimento de sua paternidade, devem nortear a condução do procedimento, salientando-se que a ele cabe o direito de perseguir a verdade real, em ação investigatória de paternidade, a fim de fazer valer seu direito indisponível do estado de filiação e de todas as consequências daí oriundas, inclusive as de cunho material. Tal direito se encontra lastreado em nossa Constituição Federal, especificamente em seu artigo 1º, inciso III, que traz insculpido o princípio fundamental da dignidade da pessoa humana, o qual ratifica o direito à identidade biológica e pessoal. Sobre o tema, mister se faz colacionar o voto do ilustre ministro do STJ Ruy Rosado de Aguiar, que se manifesta pelo afastamento da regra suscitada, prevista no artigo 178, § 9º, do Código Civil, verbis: “(...) Afastou-se o entendimento de que, vencido integralmente o prazo de 4 anos previsto nos arts. 362 e 178, § 9º, VI, do CCivil, antes da vigência dos novos diplomas legais (Lei 8069/90; Lei 8560/92), editados na vigência da Constituição Federal de 1988, já estaria extinto o direito à ação. Ao contrário, foi aceito que, embora já decorrido integralmente o prazo decadencial depois da maioridade e antes da entrada em vigor da Lei 8.069/90, era de ser afastada a prescrição da ação promovida por filho legitimado (EREsp 237.553/ RO) e também do legítimo (REsp 248.765/MG)” (cf. Resp nº 208.788-SP, DJ de 22/04/2003). Corroborando o entendimento do ministro Ruy Rosado de Aguiar, traz-se à baixa a posição do ministro Carlos Alberto Menezes Direito, no sentido de que “não resta dúvida que a ação de investigação de paternidade é imprescritível. O tempo não pode impedir nenhuma pessoa humana de buscar o seu verdadeiro pai. E o sistema de direito positivo que nasceu com a Constituição de 1988 consagrou, sem dúvida, esse postulado de ordem pública” (cf. Resp n. 158.086-MS, DJ de 28/08/2000). Cabe observar ainda que tal entendimento já está pacificado na súmula 149 do Supremo Tribunal Federal, cujo conteúdo pedimos vênia para transcrever: “É imprescritível a ação de investigação de paternidade, mas não o é a de petição de herança”. Conclui-se, pois, que, se é inegável o direito dos pais de reconhecerem sua paternidade, assim também o é o dos filhos de terem sua filiação reconhecida, visando alcançar a sua identidade biológica e pessoal, seja por meios voluntários, seja por sentença judicial, somado ao fato de que tal direito não decai pelo decurso do tempo.

Direito privado

VIVIAN DE VASCONCELOS ASSESSORIA JURÍDICA Avenida Plínio Brasil Milano, 812, conj. 303, Higienópolis - Porto Alegre - RS. Fone: 51 3084.0088. www.vivianvasconcelos.jur.adv.br - VIVIAN DE VASCONCELOS (OAB/RS 26.088) e SINARA LORENZ (OAB/RS 32.490)

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ultramaratona

Um longo caminho

Atleta gaúcha prepara-se para a 3ª Ultramaratona dos Anjos

Magda Chagas faz da corrida um estilo de vida e, hoje, um trabalho sério. Há 26 anos, a ultramaratonista corre atrás dos seus sonhos, literalmente. Há dois anos como profissional, ela busca agora uma conquista inédita na sua carreira: fará, no mês de junho, a 3ª Ultramaratona dos Anjos, em Minas Gerais. Serão 235 quilômetros de pura emoção, com muitas montanhas percorrendo a divisa com o estado de São Paulo. Magda, 45 anos, é graduada em enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), pós-graduada em enfermagem também pela UFRGS, já foi aluna especial do mestrado na instituição e é graduanda em Educação Física na Faculdade Sogipa. Na prática, corre há 26 anos, e há dois atua como ultramaratonista. Com uma rotina intensa de treinamentos, é mãe de dois filhos e, por isso, não deixa de lado seus afazeres em casa. Ela corre em dobro! Depois de obter ótimos resultados em provas pelo estado, como a maratona indoor (em esteira) Correndo 24 horas, em Porto Alegre, no ano passado, na qual conquistou o terceiro lugar, mantém-se seguidamente em boas colocações. A ultramaratonista nos contou como é a sua rotina de treinamentos e destacou sua grande vontade de completar maratonas internacionais num futuro que está bem próximo.

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Dona de uma genética forte, Magda explica que a suplementação que utiliza não faria o efeito se não tivesse tanta disciplina diária. Nos anos de 1986 até 1991, ela praticava corrida na Sogipa, com a escolinha de atletismo. No entanto, parou de competir durante 23 anos. Nas provas de rua, não participava, mas estava sempre atenta aos resultados, como profissional da saúde. Logo, em 2007, percebeu que faltava alguma coisa em sua vida, algo que não a deixava tão satisfeita por completo, pois sempre estudou e trabalhou com a saúde corporal de maneira direta. Foi, então, até a Sogipa rever amigos e consequentemente encontrou lá o presidente da Corpa (Corredores de Rua de Porto Alegre). Motivada pelos contatos que fez, resolveu voltar às pistas participando do grupo de 2007 até 2010. Na época, correu em provas importantes de Porto Alegre e da região Sul. Ao decidir correr com passos mais largos, Magda evoluiu profissionalmente, e começou a fazer parte de grupos de assessoria de corrida. Resolveu, então, pagar uma promessa, um compromisso longo de 50 quilômetros em Rio Grande (RS). “Cheguei para a equipe e falei que, se eu conseguisse um certo objetivo que tinha em mente, faria uma longa maratona por isso”, relembra Magda. A ultramaratonista, agora conhecida por participar de muitas competições no Rio Grande do Sul, tem a sua própria equipe de corrida, composta por Paulo Ricardo Ayres (o Paulão), o lutador de muay thai e pencer – suporte nos percursos de corrida – Claiton Voese, seu médico Rafael Mitchell e a empresa patrocinadora Múltipla Escolha Sports. A recomendação para participar da Ultramaratona dos Anjos, de acordo com as regras do evento, é que o ultramaratonista tenha pelo menos dois anos de experiência em competições de extremo esforço. Devido aos seus resultados positivos e aos patrocínios que consegue, Magda nos conta realizada que conseguiu entrar para a seleção. Para ir até Minas Gerais no mês de junho, ela começa uma rotina intensa de preparação que inclui cinco dias de musculação na semana e seis dias de corrida em terrenos difíceis, como trilhas e montanhas.

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A rotina “Meus filhos, Natália e Guilherme, me apoiam porque eu tenho uma rotina em família como mãe. Geralmente, filhos não se interessam ou não gostam, porque são provas longas, que poderiam prejudicar a saúde. Quem me ajuda são amigos, e eu me sinto bem porque os meus filhos acompanham também a minha planilha, mostram interesse por tudo.” Magda tem rotina familiar, com os filhos e as rotinas da casa, da faculdade e do trabalho. Confessa que leva uma vida um pouco antissocial, para poder ser mais focada em suas metas. É seguindo suas planilhas de treinamento com sua equipe e tendo muita concentração que ela dedica cerca de quatro horas diárias para a corrida, que normalmente pode ser dividida em turnos, e completa com a musculação – em torno de uma hora e 15 minutos. Segundo a ultramaratonista, a musculação serve para o corredor como prevenção, fortalecendo os músculos e diminuindo o risco de lesão durante uma prova mais longa, com desgaste – em terreno difícil, de trilhas com pedras e barro, com obstáculos que podem ser mais intensos, com frio ou forte calor. Ela esclarece, ainda, que provas ao ar livre são muito diferentes das corridas indoor em esteira. Competições essas pelas quais Magda revela sua preferência, pois exigem um tipo diferente de concentração, em um lugar “mais estático”, mas para as quais é necessária preparação para lidar com o tempo, que parece não passar nos ambientes fechados. Para isso, a atleta recorre às músicas, de vários estilos, nos fones de ouvido. Quando não os tem por perto, ela canta o todo tempo, sozinha. Magda não tem tanta superstição como atleta, mas gosta de pensar em cada um dos amigos e familiares de que gosta, dedicando a eles cada quilômetro corrido, cada volta conquistada nas pistas. Com algumas manias peculiares, ela gosta de correr mascando chicletes Bubbaloo. Para que a própria respiração ofegante não tire sua concentração, ao ar livre (em trilhas) até recorre às folhas de eucalipto para mascar.

Alimentação e suplementação Atendendo aos conselhos de sua equipe, Magda ingere algum tipo de alimento ou água a cada 30 minutos. Quem cuida disso é o pencer (suporte de corrida) Claiton Voese. Na sua dieta balanceada, busca hipercalóricos antes do treino. Já durante o treino, come doces – merengue, barrinha de cereais à base de arroz, mariola ou algo mais natural, como as uvas, que são frutas práticas de selecionar durante a corrida. Outros itens da atleta são a maltodextrina na água e Maciste com hipercalórico e água de coco em poucas quantidades. Para repor os sais minerais, Magda prefere soros. Ela escolhe Hidrafix (Pedialite) para beber durante o percurso, com pequenos goles de sódio e potássio, para a hidratação e pressão arterial. Para as maratonas, ela tem sempre por perto Carbo Up Gel. Na hora das refeições rápidas, adere às sopas instantâneas, massas, inhame preparado com sal, arroz e salame. Magda nos deixa um dica para a utilização de produtos diferenciados da linha Safe Runners. Antes e depois das caminhadas ou corridas intensas, para o uso localizado principalmente nos pés, nas pernas e nas axilas, ela indica os produtos Zero Atrito, para antes dos exercícios físicos, e o Gel de Benjoim, para evitar bolhas depois de longos percursos. E, claro, não dispensa o protetor labial com filtro solar da Bula Verde. Mais informações sobre a 3ª Ultramaratona dos Anjos, em Minais Gerais, você encontra no site da organização do evento: http://www.ultrarunnereventos.net/

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promessa

Voa, voa

Gabriel! Por Laís Bozzetto • Fotos Raquel Elizabeth e Guiris Reyes

“Entre os cinco melhores da América Latina.” É assim que Gabriel Schi-

deixas que batiam no ombro. Regular foot, Gabriel (e quem o vê

reinert Ulzefer, 15 anos, imagina estar daqui a cinco anos. Por enquan-

quebrar no surfe) considera sua especialidade, quando o assunto

to é um sonho, ou até mesmo uma meta, mas talento ele tem de sobra

é manobra, o reverse, com ou sem mão na borda. Mas ele também

para isso. Nascido em Porto Alegre, Gabriel foi cedo, com cinco anos,

voa, e voa alto. Então aéreo 360º e 180º com variação de grabs

para a Praia do Rosa, em Santa Catarina. Foi lá, num pico onde que-

também é com ele.

bram as ondas, que ele começou a descobrir e aperfeiçoar seu surfe.

A inspiração vem do eterno ídolo: Andy Irons. Para Gabriel, era ele

Aperfeiçoar porque ele acredita que ninguém nasce com dom, mas vai

o detentor do surfe mais bonito de todos. Há quem discorde. Mas a

adquirindo experiência ao decorrer do tempo de prática – conhecimen-

questão é que, mesmo tendo falecido, ele ainda incentiva muitos me-

to que Gabriel tem obtido com os banhos diários no “quintal” de casa.

ninos (e meninas) no mundo do surfe. Gabriel, por exemplo, pretende

Apesar da pouca idade, Gabriel tem deixado muita gente de queixo ca-

encontrar nesse esporte a sua profissão: “Quero entrar em 2013 com

ído com o seu desempenho nas ondas. Um surfe moderno, que alia ve-

tudo!”, almeja.

locidade e elasticidade, que foge dos padrões tradicionais e com várias

Mesmo sem patrocínio, ele conta com alguns apoios. O garoto, que já

manobras: “Em uma competição, o surfe de linha é o mais valorizado.

tratou com diversas marcas, ainda não encontrou o esperado. Atual-

Então, em uma bateria eu tento juntar o surfe de linha com o moderno,

mente, conta com o apoio de Simões Surfboards, Sushi Soul e Pousada

fazendo curvas fluídas e aéreos, com ou sem rotação, para finalizar a

Remora.

onda e ter a nota esperada”, comenta.

Estudante da 1ª série do ensino médio, Gabriel não deixa de competir

Fora d’agua, o estilo não fica esquecido, e o cabelo loirinho lembra

ou viajar, sempre com o apoio dos pais e do irmão e com os limites que

muito o surfista Owen Right, pelo menos antes de cortar as ma-

se impõem. Em 2011/2012, viajou para o Peru, viagem que ele consi-

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dera a sua principal trip: “Punta Rocas, no Peru, foi a melhor onda que eu já peguei!”, lembra. Entre os últimos campeonatos de que participou, Gabriel conquistou muitos primeiros e segundos lugares em categorias iniciantes, sub-14, colegial e mirim, só em 2012. Com treinamentos diários nas Praias do Rosa, Vila e Silveira (fundo de pedra e um dos picos favoritos dele), o jovem alimenta o sonho de deslanchar no esporte. Se seguir no caminho do surfe, ele acredita que precisa focar um pouco mais no lado objetivo, além de aperfeiçoar algumas manobras e técnicas. Nas competições, analisa como indispensável ter um bom controle emocional: “Você pode ser o melhor do mundo, mas se não tiver boas condições para desenvolver seu desempenho total, fica difícil. É bom controlar as emoções, pois eu posso acertar a manobra da vida e sair da onda de tão emocionado, sendo que poderia ter finalizado e feito um highscore. Equilíbrio é fundamental!”, explica. Sobre o surfe e o que se tira de bom para a vida a partir desse esporte, uma resposta resumida, simples, mas cheia de sabedoria de um menino que ainda vai dar muito o que falar: “Surfe é vida!”, diz Gabriel Ulzefer. (•)

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Direito desportivo Daniel Cravo

Porto Alegre: capital do Direito Desportivo no primeiro semestre de 2013*

É

notório que 2013 será um ano de grandes eventos desportivos no Brasil, especialmente em razão da Copa das Confederações. Contudo, o que talvez ainda não seja do conhecimento de todos é que Porto Alegre terá papel de destaque na realização de atividades relativas ao Direito Desportivo no primeiro semestre deste ano, contribuindo para o encontro de expoentes nacionais e internacionais da área, o aperfeiçoamento dos profissionais que atuam com essa matéria e o desenvolvimento e a divulgação de seus institutos por todo o Rio Grande do Sul. Nesse contexto, um evento que ganha relevo, em razão de sua dimensão internacional, é a terceira edição do Congresso Internacional de Direito Desportivo Contemporâneo, promovida pela Fundação Escola Superior do Ministério Público e prevista para os dias 13 e 14 de junho (as informações sobre programação e inscrição podem ser conferidas no site da FMP). A exemplo do que já tivemos nas edições anteriores, em 2009 e 2011, os participantes do congresso terão a oportunidade de ouvir representantes do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS-CAS), da FIFA, advogados de clubes e atletas, palestrantes brasileiros e de diversos países, nomes reconhecidos por sua atuação e seu conhecimento, abordando diversos temas de atualidade e importância indiscutíveis. Dentre os nomes estrangeiros confirmados até o momento, estão Omar Ongaro (Suíça), Juan de Dios Crespo Pérez (Espanha), Gustavo Abreu, Gabriel Lozano e Ariel Reck (Argentina), David Casserly (Irlanda) e Daniel Lorenz (Portugal). Certamente, considerando o nível de qualidade do evento, o Congresso terá como público não somente os brasileiros, já que vai colocar Porto Alegre na rota de profissionais dos mais distintos países que virão ao Brasil para a Copa das Confederações. Outras iniciativas relacionadas ao Direito e ao desporto estão sendo organizadas em Porto Alegre pelo recém-criado Núcleo de Direito Desportivo da Escola Superior da Magistratura do Rio Grande do Sul. Com

Direito desportivo

o objetivo de fomentar o estudo, o debate e a pesquisa sobre o tema, o Núcleo de Direito Desportivo está preparando uma programação de cursos e eventos para todo o ano, tendo já confirmado a realização de um Curso Temático de Direito Desportivo entre os meses de abril e julho. O curso também contará com professores e palestrantes de atuação destacada, como o professor da Universidade de Coimbra João Leal Amado, que proferirá a aula inaugural; os ministros do TST Guilherme Caputo Bastos e Alexandre Agra Belmonte; e Michele Bernasconi, árbitro do TAS-CAS. O período de inscrições para o curso, imperdível para todos aqueles que desejam conhecer e aprofundar-se no estudo da matéria, já se iniciou no mês de fevereiro, depois do carnaval. Finalmente, não menos importantes são as ações propostas pela Comissão Especial de Legislação e Direito Desportivo da OAB/RS para o ano que se inicia. Uma delas é a reedição do Curso de Formação de Defensores para atuação na Justiça Desportiva, que já havia sido realizado em 2011 e atraiu de tal modo o interesse dos advogados que se formou, à época, uma lista de espera para inscrição em uma futura edição do curso. A outra compreende a promoção de uma série de palestras sobre temáticas atuais do Direito Desportivo, a se realizarem em diferentes cidades do Rio Grande do Sul. Trata-se de iniciativa cuja finalidade é impulsionar o desenvolvimento desse ramo do conhecimento jurídico não somente na capital, mas por todo o país, ao disseminar o debate e o aprofundamento sobre o tema. Como se pode ver, o ano de 2013 será muito importante para Porto Alegre no que diz respeito ao Direito no âmbito desportivo. Esperamos que todos possam, de alguma forma, aproveitar essas e outras oportunidades proporcionadas por diversas entidades e profissionais que trabalham arduamente para que a cidade se consolide como um dos polos de desenvolvimento do Direito Desportivo no Brasil e no mundo. *Escrito em colaboração com Paula de Castro Moreira Sordi.

DANIEL CRAVO SOUZA, OAB/RS 34.417, SÓCIO DO ESCRITÓRIO CRAVO, PASTL E BALBUENA ADVOGADOS ASSOCIADOS. ADVOGADO DO SPORT CLUB INTERNACIONAL E DA S.E.R. CAXIAS, DA CONF. BRASILEIRA DE TÊNIS E DAS FED. GAÚCHAS DE TÊNIS E DE JUDÔ. PRESIDENTE DA COMISSÃO ESPECIAL DE LEGISLAÇÃO E DIREITO DESPORTIVO DA OAB/RS. ENDEREÇO: RUA VINTE E QUATRO DE OUTUBRO, Nº 1435, POA, CEP 90.510-003, FONE: (51) 3079.9700, FAX: (51) 3079.9701. E-MAIL: DANIELCRAVO@DCSADV.COM.BR, TWITTER: @CRAVODANIEL.

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Turbine a sua mente Atitudes simples para aumentar a felicidade e seus resultados Por Fabiano Defferrari Gomes Live Style Coach, Instrutor do MĂŠtodo DeRose fabiano.gomes@metododerose.org 56 > sports mag


Já é de conhecimento comum que somos

dade de massa cinzenta do cérebro. Veja

com o qual você tem satisfação de estar.

muito mais do que o nosso corpo físico.

bem, não são oito meses nem oito anos!

Convide um amigo ou amiga para prati-

Que o que comemos, falamos e pensamos

Apenas oito semanas, e há uma mudança

car com você, seja lá o que for. O inves-

influencia em nosso dia a dia, em nossa

significativa e positiva no encéfalo, mais

timento em experiências compartilhadas

performance e em nossos resultados. Seja

precisamente no hipocampo esquerdo.

aumenta muito o bem-estar geral e tem

você atleta de alto nível, seja amador, seja

Sem contar que os níveis de cortisol (hor-

um caráter muito mais duradouro do que

você ativo, seja sedentário, engenheiro ou

mônio do estresse) chegaram a diminuir

experiências solitárias. Na linguagem das

advogado. Para termos mais e melhores

em 47% para as pessoas que fizerem

redes sociais, se curtiu, compartilhe!

resultados tanto nos esportes como na

esse experimento.

vida, podemos turbinar a nossa mente

Para fechar as nossas dicas para aumen-

Outra boa forma de incrementar nossos

com atitudes e ações de simples aplica-

tar a potência de nosso cérebro e os re-

resultados é “focar no positivo!”. Observe

ção. Obviamente que essa simplicidade

sultados para a vida, “coloque significa-

seu pontos fortes e coloque mais atenção

vem acompanhada de foco, empenho e

do!”. Isso vale para tudo o que fazemos.

neles. O site www.viasurvey.org nos apre-

determinação. Mas não tenha dúvida de

Todos nós queremos ter uma vida que

senta um questionário muito interessante

que, se você aplicar com regularidade

valha a pena ser vivida, que tenha sen-

para descobrirmos quais são os nossos

algumas das dicas que se seguem, verá

tido. Então devemos escolher trabalhos,

cinco pontos fortes. Importantes estudos

resultados muito interessantes.

relações, práticas que tenham um senti-

nos mostram que, se colocarmos mais

do maior do que nós mesmos. Correr não

Com a luta diária pela sobrevivência, nos-

atenção nas nossas características posi-

apenas para perder peso, mas para ter

so corpo se sobrecarrega com os hormô-

tivas, seremos mais felizes e consequen-

uma saúde melhor; trabalhar não apenas

nios do estresse, provocando aumento da

temente melhoraremos os resultados em

para pagar o aluguel, mas para contri-

dispersão, dificuldade de manter o foco

todas as áreas de nossa vida.

buir com a sociedade; ter relacionamen-

em uma atividade por mais tempo, irrita-

Para incrementar o potencial de nossa

tos de amizade que nos agreguem, e não

bilidade, etc. Estamos sempre em busca

mente, você ainda pode “fazer o bem!”.

apenas contatos superficiais. Você pode

de mais estímulos e informação, o que

Uma pesquisa conduzida pela Universi-

aplicar essa lógica para tudo o que faz.

nos dificulta inclusive achar um espaço

dade de Stanford nos revela que, se fizer-

Coloque valor naquilo que realmente

na agenda para o esporte de que gosta-

mos cinco atos de bondade conscientes

vale a pena, no que vai fazer você feliz

mos, para uma leitura ou qualquer outra

por semana, nos tornaremos mais efica-

e pode ser compartilhado, assim melho-

coisa que nos faça bem. Uma das melho-

zes, teremos mais bem-estar e ficaremos

rando o mundo à sua volta.

res dicas para acrescentar qualidade de

mais felizes. Isso se reflete diretamente

vida e gerenciar o nosso bem-estar é “res-

O pulo do gato: de nada adianta seguir-

em nossas metas, no desempenho espor-

pire!” – alguns minutos diários de respi-

mos todas as dicas, se o fizermos de for-

tivo e no trabalho, bem como na relação

ração abdominal são suficientes. Quando

ma espasmódica. O diferencial para real-

com as pessoas à nossa volta. E um es-

inspiramos

movemos

mente turbinar a nossa mente é fazer com

tudo complementar ainda nos Estados

dezenas de músculos, massageamos nos-

foco, empenho, convicção e por um longo

Unidos mostra que a bondade consciente

sos órgãos internos, melhorando o fun-

tempo. Sem disciplina e constância, não

gera um “barato” capaz de aliviar o es-

cionamento da digestão, e aumentamos

se atingem resultados, não se tem uma

tresse e diminuir a enxaqueca. Imagine

a saúde de maneira geral. Além disso,

vida plena, ficaremos apenas na média.

como isso vai se refletir na sua corrida,

estimulamos o sistema nervoso parassim-

Quando implementar essas dicas (come-

nos seus relacionamentos, na sua família.

pático, majorando a nossa sensação de

ce com uma só) como uma constante, o

Para aumentar a sua eficiência e discipli-

seu cérebro começara a mudar, perceberá

na em suas ações, a ordem é “comparti-

o mundo de outra forma. É como trocar

Outra dica quente para turbinar a nossa

lhar a experiência!”. É mais fácil começar

as lentes dos óculos que não estão tão

mente é “medite!”. Estudos recentes da

a nadar, correr, pedalar e seguir qualquer

boas por um par melhor. Você passará e

Universidade de Harvard mostram que,

outro hábito saudável em sua vida se você

ver, sentir e agir de forma mais eficiente.

com apenas oito semanas de prática de

compartilhar a experiência com pessoas

FOCO, EMPENHO e CONVICÇÃO. #fica-

concentração diária, aumenta a quanti-

de que você gosta. Junte-se a um grupo

adica

profundamente,

contentamento.

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Fisioterapia esportiva Silviane Vezzani

Capsulite adesiva ou “ombro congelado”

P

rimeiro uma dor no ombro, depois desconforto noturno e, quando menos se espera, incapacidade de elevar o braço e uma dor insuportável a qualquer movimento. Esse é o relato clássico do “ombro congelado”, uma lesão que afeta adultos entre 40 e 60 anos, mas principalmente as mulheres (na proporção 2:1). O que ocorre é um espessamento e diminuição da elasticidade da cápsula articular do ombro. Quando ela se torna inflamada, ocorre a formação de um processo cicatricial, formando aderências. Isso diminui o espaço necessário para a movimentação articular. A capsulite adesiva pode ser classificada em primária, quando as causas não são bem conhecidas; pode haver alteração imunológica, hormonal ou bioquímica, mas na maioria das vezes é idiopática, ou seja, sem causa definida. Ou ela pode ser classificada em secundária, quando há lesão prévia no ombro ou longe deste, como fratura no antebraço ou cirurgia na mama, levando à Fig. 1: limitação importante de mobilidade diminuição do movimento do ombro e a do ombro um mal entendimento pelo cérebro, que reage inflamando a cápsula. A patologia apresenta estágios distintos, e cada um tem um tratamento específico. A classificação mais usual é dividida em: 1. Fase hiperálgica: dor progressiva, com piora intensa na tentativa de movimentar o ombro passiva e ativamente. Dor noturna. Pode durar entre dois e nove meses. Nessa fase o tratamento prioriza o alívio da dor e a prevenção da restrição de movimento. Não se deve realizar exercícios com sobrecarga; é preciso entender que não é por falta de força que o braço parou de se movimentar. 2. Fase de congelamento: diminuição da dor, permanecendo durante a noite e nas tentativas de movimentação, especialmente para abrir o braço e realizar a rotação externa (vestir um casaco) e interna (colocar o sutiã). Essa fase, sem tratamento adequado, pode durar até 12 meses. A prioridade agora é a movimentação, as liberações do arco de movimento, além do controle da dor. Aqui a fisioterapia atua por meio da terapia manual e de exercícios de amplitude de movimentos ritmados, para ir ganhando

Fisioterapia esportiva 58 > sports mag

Fig. 2: exemplo de exercício aos poucos o movimento e liberando a cápsula. O comando verbal é “chega na dor e volta”. 3. Fase de descongelamento: diminuição significativa da dor e liberação da mobilidade articular. A prioridade agora é trabalhar nas amplitudes finais, devolver a força e principalmente a função ao paciente. Essa fase pode durar alguns meses, e alguns pacientes sentem o ombro “preso” por anos, mas sem dor ou qualquer perda de função. Essa é uma patologia que exige paciência de todas as partes, tanto do paciente e seus familiares quanto do terapeuta, pois é longa, dolorosa, deprimente em muitas vezes. Deve-se estar sempre em contato com o médico, pois a medicação é necessária para que se possa realizar a fisioterapia; qualquer outro sinal ou sintoma deve ser reportado ao médico, para que possa tomar atitudes que venham a ajudar ao paciente a melhorar mais rápido. Abandonar o tratamento ou não realizá-lo é um erro. É com ele que diminuímos o tempo de dor e de perda de função. A recompensa é a volta ao normal, esquecendo-se que um dia não foi possível levar um garfo à boca ou arrumar o cabelo. Assim como veio, ela vai embora, mas não sem antes se trabalhar muito. Portanto, paciência, persistência e uma boa dose de alegria para enfrentar meses de fisioterapia.

Equipe Silviane Vezzani – Rua Silva Jardim, 375 – Porto Alegre – F: 3328.6364 E-MAIL: silviane@silvianevezzani.com.br www.silvianevezzani.com.br



trip

Catar

No Instituto de Cinema de Doha ocorre o Festival Tribeca de Cinema .

Beto Conte, do STB, que já percorreu 125 países nos cinco continentes, esteve recentemente no Catar, e nos fala sobre esse pequeno emirado no Golfo Arábico. O Catar é um país 99% muçulmano, que segue a mesma linha conservadora wahhabi da vizinha Arábia Saudita. Com 6% do gás natural do planeta e uma reserva de petróleo de 15 bilhões de barris, trata-se do país com maior renda per capita do mundo. No espaço de 70 anos, o país saiu do completo anonimato para se tornar uma das maiores forças regionais, com direito a um canal de televisão global, a Al-Jazeera.

O Souq Wakif 60 > sports mag

O Qatar é um pais 99% muçulmano que segue a mesma linha conservadora Wahhabi, da vizinha Arábia Saudita


História Apesar de habitada há 4.000 anos, quando os portugueses aqui chegaram, só encontraram nômades beduínos. Os turcos chegam no século XVI e dominam o golfo pelos quatro séculos seguintes. Após a Primeira Guerra Mundial, com a queda do Império Otomano, o Catar passa a ser um protetorado inglês até sua independência, em 1971. Antes da descoberta do petróleo, nos anos 1930, só havia miséria, má-nutrição e doença. A família Al Thani controla a região desde meados do séc. XIX, e o sheik Hamad, que assumiu em 1995, acelerou a modernização por meio de reformas políticas e institucionais, instituindo um welfare state, encorajando a educação e abrindo o país ao turismo – recebe hoje 1 milhão de visitantes.

Interior do museu islâmico com vista da Al-Corniche

Pontos de interesse Museu de Arte Islâmica de Doha O impressionante Museu de Arte Islâmica, projetado por I.M. Pei (o arquiteto da pirâmide do Louvre), tem o formato de uma fortaleza pós-moderna. A exposição das peças é feita de forma a valorizar cada detalhe das obras de seu acervo, que abriga a maior coleção de arte islâmica do mundo, coletada em três continentes – do Marrocos à Ásia Central. Tapetes persas, cerâmica turca, entalhes sírios dos primórdios do islã, passando por todas as grandes civilizações – omíada, seljúcida, mamluk, otomana… Museu de Arte Islâmica de Doha

Al-Corniche A Al-Corniche é a avenida principal de Doha, à beira-mar. Ao lado dela, há um caminho de 8 km para pedestres.

Souq Waqif O Souq Waqif (o grande mercado) já existia há séculos. Lá os beduínos levavam suas ovelhas, cabras e lã para trocar por itens essenciais para a sua sobrevivência. A área inteira foi remodelada para parecer um “souq” (mercado) do século XIX. Há lojas de souvenires, de tecidos, de roupas, até de animais. Há diversos restaurantes de várias nacionalidades (iraniana, italiana, libanesa etc.). Há também cafés, onde se pode fumar a shisha (como se chama o narguilé na região). O Porto Arabia é a marina privada do sheik no complexo superluxo Pearl. O Centro Cultural Katara é um complexo de entretenimento construído à beira do Golfo Pérsico, com diversos restaurantes internacionais, um teatro ao ar livre que lembra um anfiteatro grego e o Instituto de Cinema de Doha, onde ocorre o Festival Tribeca de Cinema de Doha. Com uma posição privilegiada no Oriente Médio e com voos diários de S. Paulo a Doha pela Qatar Airways, considerada a melhor companhia aérea do mundo, trata-se de uma excelente alternativa de rota a caminho da Ásia e do Oriente Médio com uma parada de alguns dias nesse

Beto no Porto Arabia em Doha

Para mais informações sobre viagens a Catar e pelo mundo, fale com betoconte@stb.com.br, que coordena o STB Trip & Travel no RS www.stbrs.com – (51) 4001.3000. Acompanhe seus relatos de viagens no www.betonomundo.wordpress.com.

intrigante micropaís. (•) sports mag < 61


história

30 anos! Pense em quantas empresas você conhece atualmente que tenha 30 anos de vida! São poucas, né? Pois a Brasil Sul está completando essa marca neste mês de março de 2013, e com muito orgulho de ser uma empresa gaúcha!

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A marca nasceu e lançou moda em 1983, quando uma bermuda e qualquer camiseta serviam para malhar. A malhação era bem diferente da dos dias de hoje, sem muitos recursos e, principalmente, adeptos. Foram primeiramente os biquínis com modelagens e detalhes inovadores que caíram rapidamente no gosto das gaúchas. E logo surgiu um novo desafio: suprir a falta de roupas modernas e confortáveis para os praticantes de exercício físico. A marca começou então a criar peças com recortes inovadores e redesenhou o corpo das mulheres do Sul do país. Assim, acompanhou e fez crescer uma febre que dura até hoje: a consciência em relação ao corpo e ao bem-estar. Por isso, o desenvolvimento das criações e campanhas da Brasil Sul é inspirado nas mulheres, e a marca faz roupas para usar, suar e entrar em movimento. Hoje, são franquias nacionais, localizadas no Sul do país, e lojas internacionais que carregam a bandeira da Brasil Sul. Além disso, há uma rede de distribuição nacional em multimarcas. Os planos para o futuro são ampliar a rede de franquias com o projeto das pocket stores, lojas compactas que recebem a identidade visual e a coleção da loja-modelo, mas oferecem o conceito fast shop, por terem metragem e estoque reduzidos. Parabéns a todos que fizeram dessa marca um estilo de vida e criaram um conceito muito forte na sua área de atuação! Para conhecer um pouco mais da marca, acesse o site www.brasilsul.net.

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Parabéns a todos que fizeram dessa marca um estilo de vida e criaram um conceito muito forte na sua área de atuação!


gremio


evento

A TTT deste ano teve até pedido de casamento! Fotos: Guto Oliveira/Transpire

Prova promovida pelo Sistema Fecomércio-RS/Sesc, a TTT deste ano contou com a participação de mais de 2.000 atletas, que percorreram 81 km entre as praias de Torres e Tramandaí. Considerada uma maratona de desafio e resistência, a 9ª Travessia Sesc Torres-Tramandaí, que contou com a organização do Clube de Corredores de Porto Alegre (CORPA), teve um recorde de participantes, com mais de 2.000 atletas. A prova teve início às 5h30 e acabou com uma grande festa de premiação às 18h. Tradicionalmente conhecida como um esporte democrático, a corrida consagrou a dedicação de atletas amadores e profissionais. Para o diretor regional do Sesc/RS, Everton Dalla Vecchia, a Travessia Sesc Torres-Tramandaí é mais do que uma competição, é uma grande mobilização em prol da qualidade de vida. "Esse é um enorme desafio, no qual os destaques são a saúde e o esporte. A TTT vem ao encontro do que buscamos diariamente, em nossas inúmeras ações, que é levar mais bem-estar às pessoas", ressaltou. Neste ano, a TTT teve como campeão, na categoria individual, o atleta e vendedor Tiago de Melo, 29 anos, que percorreu os 81.240 m em 6h15min, tornando-se tricampeão da prova. Para Tiago, a Travessia tem um significado especial. “Foi a partir das vitórias na TTT que eu consegui realizar o meu sonho de ser reconhecido como atleta. Essa é uma prova dura, porém extremamente recompensadora”, afirma. Tiago aproveitou o lugar mais alto do pódio para pedir oficialmente a mão de Lisiane Passos Vilela em casamento, deixando todos que estavam ali emocionados com o fato. Já na categoria feminina, a vencedora foi a atleta e jornalista Daniela Santarosa. Com o tempo de 7h48min, ela se consagrou bicampeã da prova. Aos 36 anos, Daniela bateu seu próprio recorde. “Essa prova, além de extremamente difícil, é muito ‘psicológica’. Eu estava bem confiante, apesar das dificuldades, como o vento. A TTT mexe com as pessoas. Os atletas se mobilizam para participar, é muito bacana. Dou parabéns a todos que participaram e completaram esse desafio”, comentou. Daniela, que corre há 15 anos, treina todos os dias da semana, dividindo com o esporte as responsabilidades de ser mãe e profissional de comunicação. Para ter acesso a todos os resultados, basta acessar o site www.corpa.esp.br. (•)

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fotografia

Texto: Laís Bozzetto Fotos: Lucas Saporiti

O feeling por trás das lentes “Quando é verdadeira, quando nasce da necessidade de dizer, a voz humana não encontra quem a detenha. Se lhe negam a boca, ela fala pelas mãos, ou pelos olhos, ou pelos poros, ou por onde for. Porque todos, todos, temos algo a dizer aos outros, alguma coisa, alguma palavra que merece ser celebrada ou perdoada.” Eduardo Galeano

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A frase é do jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano. Sensível e poético, o escrito nos traz, talvez, uma das definições mais tocantes sobre a necessidade de expressão. Comunicar-se, seja por onde for. Pela fotografia? O fotografo Lucas Saporiti, 29 anos, sabe o poder que uma foto pode ter. Para ele, uma imagem perfeita passa pela técnica precisa, mas só isso não basta. A composição tem que ser diferenciada, deve mostrar o que a maioria das pessoas não enxerga, seja uma mensagem, seja um sentimento, seja mesmo um momento único. Nos esportes, o fotógrafo tenta focar nas situações alegres, na adrenalina de cada modalidade, no registro do sorriso, do abraço e da manobra da vida.

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Eternizar momentos. Pode soar um pouco piegas, mas essa é, talvez, uma das maiores verdades sobre a fotografia. E Lucas Saporiti sabe disso. Porto-alegrense, descobriu, assim como muitos colegas de profissão, a fotografia por hobby. A brincadeira começou a ficar séria, o volume de trabalho aumentou, e a necessidade de planejamento e estudo sobre a técnica surgiu. Lucas, então, migrou aos poucos do antigo trabalho para o mundo da fotografia. Abriu seu próprio estúdio e, hoje, além da cobertura esportiva e de espetáculos (suas grandes paixões), também realiza eventos sociais e corporativos. Pela fotografia, Lucas conta que busca transmitir a emoção e o feeling da ocasião: “Acho o conhecimento técnico muito importante, equipamentos auxiliam muito, mas o olhar de cada fotógrafo é o que realmente faz a diferença. Enxergar uma cena diferenciada e clicar no momento certo pode fazer uma foto de celular valer mais que uma imagem medíocre da câmera mais top”, opina Lucas. Pela lente da sua Canon, Saporiti já cobriu diversos campeonatos esportivos e shows musicais de artistas consagrados. Nos esportes, o gaúcho já registrou etapas do Circuito Estadual de Jiu-Jitsu, eventos de slackline e campeonatos de surfe no Rio Grande do Sul, como o FR Surf Classic, em Tramandaí e o Super Surf, válido pelo WQS: “Cobrir o Super Surf foi demais! Foi o evento com nível mais top que fotografei. O mar estava com uma ressaca gigante, uns três metros de onda, com competidores varando o mar com ajuda de jet ski. Fora isso, um alto nível de surfe e uma vibe muito positiva do público”, conta Lucas, que hoje em dia faz mais pacotes fechados com grupos de praticantes do que cobertura de eventos, pois, segundo ele, a verba para cobertura de eventos esportivos geralmente é bem restrita. Na música, na cobertura de shows e espetáculos, outra área da fotografia que ganha bastante atenção do gaúcho, Lucas pode fotografar vários ídolos. John Butler Trio, Slash, Bem Harper, Donavon Frankenreiter, entre outros, tiveram fotografias com particularidades e emoções singulares.

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“Um bom fotógrafo dos esportes de ação tem que gostar de ‘roubadas’, tem que aturar horas no sol, frio, chuva, em locais desconfortáveis, e levar isso como a coisa mais legal do mundo. Lucas Saporiti

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Mas um fotógrafo que se preze sempre tem na manga a história de uma viagem inesquecível para contar. Dentre os lugares em que Lucas já esteve por causa da fotografia, o Peru está entre o mais memorável. Saporiti ficou alguns dias em Punta Hermosa, depois seguiu rumo a Pacasmayo. O fotógrafo clicou um grupo de amigos que foram atrás da onda dos sonhos. Lá, viu Pico Alto quebrar ondas gigantes, fato que rendeu muitos cliques. Quando questionado sobre o que um fotógrafo esportivo tem que ter como característica fundamental, a resposta é simples: coragem. “Um bom fotógrafo dos esportes de ação tem que gostar de ‘roubadas’, tem que aturar horas no sol, frio, chuva, em locais desconfortáveis, e levar isso como a coisa mais legal do mundo. Conhecer o esporte e ter o tempo certo do clique é fundamental. Por isso que conhecer o esporte e praticá-lo também faz diferença. Se você não tem conhecimento técnico sobre o esporte ou não antecipa o que vai acontecer, perde o timing da imagem. Não entenda mal, mas praticar o esporte não é obrigatório, porém ajuda muito. O fotógrafo, no mínimo, deve ser um admirador do esporte que está fotografando”, explica. (•)

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Ronaldo Torre

Plataforma ronaldo.poa@hotmail.com

A coluna Plataforma é uma nova ferramenta para avaliar o que há de mais moderno e atual no mundo automotivo para os esportes de ação e radicais, para buscar novos desafios e territórios.

Test drive expedição SUP – Meninas POA/Torres/RS Depois de um mês intenso, início de vários ciclos, intensas articulações e buscas por projetos para o ano de 2013/14, nossa coluna Plataforma tinha finalmente data marcada para a missão “Meninas que ouçam”. Pegamos a nova Ecosport Lifestyle e acompanhamos essa nova postura e tendência de atitudes de meninas superpoderosas. No diário de bordo, a agenda programava uma intensa busca por opções para as meninas testarem a nova Ecosport. Elas, as que antes só ficavam na beira da praia tomando sol, mateando e colocando o papo em dia com as amigas. “Isso elas ainda continuam fazendo. Só que num outro paradigma.” É só você fazer a experiência de observar e ouvir. Sem interromper uma conversa dessas meninas. Pura pluralidade de assuntos e notícias que só o ambiente perfumado e estiloso delas proporciona. E que poucos meninos aproveitam. Bom, voltando à pauta, eu tinha que colar em quatro meninas superpoderosas. Uma arquiteta, uma bióloga e duas professoras. O objetivo delas não é mais o do passado, de ficar ali só acompanhando os namorados e maridos e fazendo parte da trip. Agora elas querem ser as protagonistas, participar e também curtir. Uma delas inclusive saiu de dentro da academia direto para a água. E o mais incrível é o número de alunos que ela já criou em um curto espaço de tempo, promissor. Com a nova Ecosport na mão, tratei de agendar com elas uma avaliação e uma ação bem pontual: um final de semana de remadas, risos, fotografias e muitos sonhos e desejos. O que eu não sabia é que o tempo, às vezes, conspira contra. Mas ele também ajuda em outros momentos.

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Eu tinha que colar em quatro meninas superpoderosas. Uma arquiteta, uma bióloga e duas professoras. O objetivo delas não é mais o do passado, de ficar ali só acompanhando os namorados e maridos e fazendo parte da trip. Agora elas querem ser as protagonistas, participar e também curtir. Uma delas inclusive saiu de dentro da academia direto para a água.

Meninas pra lá de proativas e autodeterminadas. Quando cheguei, senti as expectativas e curiosidades que tinham com o carro, a cor, os detalhes, e já faziam planos de aonde iriam, como iriam e principalmente “quem” iria. Foi um “finde” intenso e muito positivo. As meninas me deixaram com saudades de uma época que passei muito tempo atrás, o Go For It, uma expressão pouco usada nos dias de hoje. Cada uma das meninas avaliou, comparou e usou os espaços que a nova Ecosport proporciona, desde a capacidade de carga e cor, até a desenvoltura para levá-las aonde elas almejam colocar as pranchas na água. Foi um banho de feedbacks positivos, alguns comentários e muitas sugestões. E a aprovação foi geral. Na outra ponta, teria a intenção de unir o grupo de Porto Alegre com a turma de uma ONG de Torres. Com elas, iríamos monitorar e desbravar um novo local para a prática do SUP: um braço do rio Mampituba, do lado de Santa Catarina, que era ideal para a prática do esporte e também para o olhar clínico e pontual de nossa bióloga – que não por acaso descobriu no SUP uma ótima ferramenta de uso para chegar a locais de difícil acesso, como também uma ótima válvula de escape da rotina e estresse do dia a dia. Não houve nenhum problema, e o acesso era facilitado pelo novo conceito da marca. A Nova Ecosport aprovou em todas as missões que o grupo se propôs a buscar. A nossa grande surpresa do dia foi poder acompanhar a “Cavalgada do Mar”, que estava ocorrendo no mesmo final de semana. Foi incrível o assédio dos participantes à camioneta e sua nova identidade. Muitos integrantes do grupo de apoio aos cavaleiros vieram pedir informações técnicas do carro. Foi um dos melhores test drives de que a coluna participou e que promoveu, pela sua diversificação de tribos e ambientes. Para nós, um sucesso de primeira mão. Dê uma passadinha na Copagra e peça para testar a Ecosport do comercial da TV, a cor é inconfundível e linda. Então, tá esperando o quê? Go For It. E não se esqueça! Se acaso você olhar no retrovisor e vir um bando de meninas dentro de uma camioneta dando sinal de luz na estrada, dê o lado e deixe passar. Afinal, quem sabe elas não têm um novo secret point para desbravar?

Nova Evoque Chegou a inspiração da vibração e energia com design inovador. Nova Range Rover Evoque 2013. Espírito urbano com presença magnética. Tem design sólido e sofisticado. A lista de espera é superior a 90 dias, a assistência é Land Rover Assistent 24 horas, e a garantia é de três anos de ou 100 mil km. Nas versões Pure, Prestige e Dynamic, a mais desejada para um test drive da coluna Plataforma – é a versão esportiva, mais agressiva e confiante, com uma grade de cores instigantes. Gostou? Bom, agende um test drive, visite a loja e entre na lista de espera.

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conexão curitiba

ski aquático

uma paixão (ainda) para poucos

76 > sports mag


Esporte é pouco difundido no Brasil, mas encontrou uma grande força em Adri Demeterco Por Rafaella Malucelli • Fotos Reinaldo Junqueira

sports mag < 77


“O ski tem duas químicas que me

Poucos atletas, poucos campeonatos, pouco incentivo, mas muita, muita paixão. E no que de-

fascinam: uma é você ter que se

pender da campeã brasileira de ski aquático Adriana Demeterco, todas essas estatísticas ainda

superar o tempo inteiro. Não existe

vão mudar! Apaixonada pelo esporte desde quando entrou em contato com ele pela primeira

ponto de estagnação, você quer sempre mais, mais velocidade, menos corda. É muito dinâmico, e sou bastante competitiva. Outra paixão é o contato com a água. Os lugares onde esquio são lindos, sempre cercados por natureza. Não poderia ser melhor”

vez, é nas águas da baía de Guaratuba, no Paraná, que se desenvolveu – mas para competir já esquiou em águas ainda mais distantes. “O ski tem duas químicas que me fascinam: uma é você ter que se superar o tempo inteiro. Não existe ponto de estagnação, você quer sempre mais, mais velocidade, menos corda. É muito dinâmico, e sou bastante competitiva. Outra paixão é o contato com a água. Os lugares onde esquio são lindos, sempre cercados por natureza. Não poderia ser melhor”, explica sua paixão. Adri sabe que é um esporte pouco difundido e também que não é de fácil acesso para todos. Ainda há pouca estrutura e poucos campeonatos para incentivar o esporte. “Como todos os esportes no Brasil, o patrocínio é sempre um fator determinante. Ainda faltam muitos projetos para auxiliar atletas que possam trazer resultados para o país. O ski aquático é um esporte caro, você tem de viajar nas competições, tem a gasolina do barco, que não é pouca, marinheiro pra puxar você, gasto com técnicos, etc. Outro problema que temos aqui em Curitiba é o frio. Não é muito fácil esquiar com uma temperatura de 10 graus e com garoa.”

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Porém, o objetivo da atleta, que soma mais de cinco títulos, é mudar esse cenário, aumentar o número de praticantes investindo na nova geração e melhorar a qualidade do circuito brasileiro, bem como o número de participantes. Em 2012 houve apenas três etapas do circuito brasileiro, uma delas organizada pelo WSKI Brasil, clube de ski fundado por Adriana no Paraná. “Temos em torno de 50 atletas que competem aqui no Brasil. É um número muito

Rápidas com Adri Demeterco Como você se interessou pelo ski? Sempre gostei de esportes na água e vou todo final de semana para a praia em Guaratuba. Tenho um amigo que esquia e me convidou pra ir junto. Foi paixão “à primeira esquiada”.

baixo se considerarmos que apenas a delegação do Chile do ano passado, no último campeonato latino, no Peru, chegava a esse número, e a do Brasil, no mesmo

Como são os campeonatos de ski no Brasil?

evento, somava sete atletas”, explica.

São infelizmente poucos e mal divulgados. Ano passado hou-

O objetivo do clube de ski do qual Adri é presidente é não apenas incentivar as crianças, mas também abrir um espaço onde antigos esquiadores retomem a atividade. “No último torneio, tivemos a participação de oito crianças, de 8 a 13 anos, recorde em torneios brasileiros. Espero que a nova geração se apaixone

ve apenas três etapas, contra nove na Austrália e 17 nos EUA. Você compete há quantos anos? Quatro anos.

assim como eu. A técnica do ski mudou bastante e não tem mais a ver com força,

Quais são seus títulos?

como era antigamente. Temos que dar a oportunidade para que eles experimen-

Bicampeã LAST Senior Tour (Latino America Senior Tour),

tem e se divirtam dentro d’água”, finaliza.

campeã brasileira categoria feminino open, bicampeã brasileira categoria +35, seis vezes vice-campeã brasileira categoria feminino open, terceiro lugar no Aberto de Miami categoria +35 e segundo lugar no Latino America Open categoria +35. Um ídolo? Meu treinador de Miami, Arturo Nelson. Foi ele que me ensinou a esquiar e desenvolver a técnica que tenho hoje. Quando você resolveu virar atleta e levar a sério o esporte? Quando fechei minha primeira pista. É viciante. Vi que era isso que eu queria fazer pra sempre. Toda sua família compete, não é? Sim, minha filha, Rebeca, é a atual campeã brasileira infantil; meu filho, Diego, também se destacou no último torneio, assim como meu marido, José Luis, que ganhou a categoria sênior C. Você acha que o surgimento de outras modalidades como o wakeboard e o surfski ajudaram ou atrapalharam o desenvolvimento do ski aquático? Sempre ajuda. O wake hoje tem atenção dos jovens, ate porque é mais fácil a prática, só depende do barco. Já o ski depende de pistas de slalom, barcos apropriados e infraestrutura. Acho que muitos jovens preferem o wake até por não conhecerem tudo que o ski pode oferecer. Quais os melhores locais para a prática do esporte? Em Miami sempre indico o Aqasports (aqasports.com), eles têm a melhor infraestrutura de escola de ski que eu conheço, e em Curitiba, no nosso clube WSKI Brasil (contato@wskibrasil.com.br).

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conexão RJ

Karina Oliani Adrenalina e ousadia Aos trinta anos de idade, a médica e atleta, que acumula títulos em diversos esportes, lança seu segundo programa de TV Por Ana Balardin • Fotos Divulgação Midia Bacana

80 > sports mag


Karina Oliani, 30 anos, é o que chamamos de

dica da equipe do programa “Extremos”. Na

“Sempre fui viciada pela

“guria polivalente”. Atleta, médica, apresen-

ocasião, em 2009, ela relembra do perrengue

adrenalina de correr riscos.

tadora de TV e diretora são alguns predicados

que foi enfrentar um trekking de 15 dias até

dessa paulista que corre o mundo em busca

o acampamento-base.

Neste ano tenho mais um

de novos desafios.

“Não cheguei ao cume, portanto ainda não

Dedicada aos esportes de aventura, fez seu

conquistei o Everest. Mesmo assim foi bas-

primeiro salto de paraquedas aos 12 anos,

tante difícil chegar à sua base. O montanhis-

mesma idade em que concluiu seu curso de

mo é desafiador, ninguém consegue se não

mergulho autônomo. Em 1999, aos 17, já

tiver estratégia: você tem que carregar sua

era bicampeã brasileira de wakeboard. Entre

comida, sua roupa, seu oxigênio, derreter a

suas façanhas, está o fato de ela ser piloto de

água que toma...”, afirma.

helicóptero, tricampeã de snowboard, ter es-

Em 2010 Karina partiu para outro grande

calado três das maiores montanhas do mundo e praticar mais de 20 esportes, como motocross, jiu-jítsu, hipismo, sandboard, esqui, canoagem.

desafio enorme: escalar o Everest. Estou superansiosa”

ícone do montanhismo mundial. Dessa vez a loirinha com aspecto frágil, mas com muita disposição, passou dois meses nos Himalaias. “Cheguei a ficar 15 dias sem banho. Fazia

“Sempre fui viciada pela adrenalina de correr

30 graus negativos, muito frio, com ventos de

riscos. Neste ano tenho mais um desafio enor-

até 150 km/h. Mas aí teve um dia em que

me: escalar o Everest. Estou superansiosa”,

não deu pra adiar. Fui até um rio, enchi meu

diz Karina, que já participou de outras expe-

galão de 20 litros de gelo, derreti a neve no

dições ao pico mais alto do mundo, como mé-

fogareiro, esquentei a água, entrei na barraca

Mas nem só de esportes vive a atleta. Karina também é modelo e atua como apresentadora de TV, no programa “Extremos”, do Canal Multishow. Em 2012 a bela lançou seu primeiro programa com a irmã, Nathali, para o Canal OFF. Com o título de “Do Jeito Delas”, conta as aventuras das irmãs, médicas, que se juntam para viajar o mundo à procura de diferentes desafios para superarem seus limites.

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(própria para banhar-se), tirei a roupa e sus-

estava indo celebrar os 25 anos do feito, co-

magináveis, praticando os esportes que são

pirei com as primeiras gotas daquela água

nhecido como Seven Summits: Everest (Ásia),

a minha grande paixão”, relata a atleta, que

morna”, relembra.

Aconcágua (América do Sul), Denali (América

embarcou neste mês para a Espanha e a Su-

do Norte), Kilimanjaro (África), Elbrus (Euro-

íça, onde filmará os três últimos episódios do

pa), Vinson (Antártida) e Pirâmides de Cart-

programa.

Mas como vida de aventureira não é nada fácil, o que veio em seguida ao banho não foi nada bom: “Só me lembro de ser arremessada

zen (Oceania).

longe, bem na hora do meu sonhado banho!

Mas nem só de esportes vive a atleta. Karina

Entrou um vento forte, que formou um mini-

também é modelo e atua como apresentado-

tornado, bem característico da região. O re-

ra de TV, no programa “Extremos”, do Canal

sultado? A barraca foi atirada a dez metros

Multishow. Em 2012 a bela lançou seu pri-

de distância, caí, bati a costela, o ombro, o

meiro programa com a irmã, Nathali, para o

cotovelo e achei que tinha quebrado o braço.

Canal OFF. Com o título de “Do Jeito Delas”,

As minhas roupas voaram, e eu fiquei pelada

conta as aventuras das irmãs, médicas, que

no meio do acampamento”, diz ela descon-

se juntam para viajar o mundo à procura de

traindo.

diferentes desafios para superarem seus limi-

E em 2010, o Everest continuou no caminho de Karina. Dessa vez ela foi contratada para monitorar a caminhada de um senhor de 80 anos até o acampamento-base. Richard

tes. Em 13 episódios, as aventuras de Karina e Nathali vão de um mergulho com tubarões-tigre, no Caribe, a um salto de paraquedas de um balão, em Boituva.

Quando o assunto é medicina, Karina é a única brasileira a ter o título de Médica de Aventura, além de ser fundadora e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Áreas Remotas e Esportes de Aventura. “É muito gratificante poder unir as minhas profissões, principalmente quando se trata da medicina, que me ajuda a salvar vidas”, completa Karina, responsável pelo projeto “Medicina da Aventura” no Brasil, cujo objetivo é promover treinamentos em ambientes naturais – entre eles, salvamento, doenças de alta montanha, ataques de animais selvagens –, além de liderar equipes de suporte para diversos esportes

Bass, o primeiro homem da história a escalar

“As melhores partes do programa são as via-

praticados no meio outdoor, como corridas de

os sete picos mais altos de cada continente,

gens e a possibilidade de explorar lugares ini-

aventura e expedições. (•)

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Gestão em foco Marcelo Reis Simões

Muito além do “dia de treinamento”

M

arço já está aí e, depois do Carnaval e do retorno das férias de verão, intensificam-se, nas empresas, as atividades de treinamento. Imprescindível nas organizações que querem evoluir e se manter competitivas, as ações relacionadas ao desenvolvimento da equipe têm assumido cada vez mais importância e, gradualmente, deixado de ser uma atividade pontual para se transformar em um programa estruturado, alinhado com os objetivos estratégicos do negócio. Com uma demanda crescente, os treinamentos comportamentais – mais complexos e intensos, por abordarem mudanças de atitude e quebra de paradigmas – começam a ser encarados como uma atividade continuada, que requer planejamento e acompanhamento. O conceito de programa de treinamento, bastante difundido nas atividades esportivas, passa a ganhar espaço e a substituir a ideia habitual de “dia de treinamento”, ainda presente em algumas organizações. Muito além dos dias ou das horas reservados à dinâmica propriamente dita, um programa eficiente de treinamento aborda questões bem mais abrangentes. Como, por exemplo, incorporar ao dia a dia da empresa os comportamentos estimulados durante uma atividade? Supondo que o propósito do treinamento fosse o de encorajar a equipe a ter mais iniciativa e assumir mais responsabilidades, seria necessário, previamente, preparar os gestores para delegar tarefas e descentralizar algumas decisões. Ainda com base no exemplo acima, seria também importante prever que outras atividades, na empresa, poderiam dar suporte e sustentação às vivências trabalhadas na ocasião. Encontros de acompanhamento tanto com os participantes como com os seus superiores seriam recomendáveis, assim como a suges-

Gestão em foco 84 > sports mag

tão de artigos ou filmes que estimulassem o debate e a reflexão. Pensar em como compartilhar as boas práticas também poderia fazer parte do rol de atividades pós-dinâmica. Outro aspecto relevante diz respeito à identificação daqueles colaboradores que, como os grandes atletas, mostram interesse espontâneo e genuíno em superar a própria performance. São aquelas pessoas que, além dos treinamentos oficiais, vão em busca do próprio aperfeiçoamento, observam os melhores e não se acomodam em suas zonas de conforto. Assim como o capitão de um time, elas têm o respeito da equipe e são capazes de mobilizá-la dentro e fora de campo. Como poderiam, então, contribuir para a disseminação de uma nova postura na organização? Um programa consistente de treinamento se propõe a dar respostas eficientes a diversas questões. Mudanças comportamentais não acontecem instantaneamente, e, a menos que haja uma ameaça iminente, ninguém passa de sedentário a maratonista do dia para a noite. O treinamento pode, de fato, catalisar as modificações, mas é importante ter em mente que, para que seja potencializado, ele deve fazer parte de um processo maior e mais amplo, associado, em última instância, à própria cultura organizacional. O grande desafio, portanto, consiste em estruturar um programa de treinamento abrangente e integrado cujos efeitos e benefícios possam, como os fios de uma teia, permear todas as áreas da empresa ao longo do tempo. Desenvolver um programa com essas características também ajuda a manter a motivação desencadeada pela atividade e a evitar que, para desespero das áreas de Recursos Humanos e Treinamento, passado o entusiasmo inicial, tudo volte ao “normal” depois de um dia “fora do escritório”.

Marcelo Reis Simões é sócio-fundador do Atelier Profissional, assessoria especializada na gestão de negócios e alternativas de carreira. marcelo@atelierprofissional.com.br – www.atelierprofissional.com.br


max house


lançamento

A Loja Trópico apresenta a coleção outono/inverno 2013. Usando os sentimentos como guia, a marca busca transmitir toda a magia da ilha catarinense para o catálogo Watermade. Sol, praia, skate e lifestyle andam lado a lado por paisagens alucinantes em busca da energia necessária para registrar o que as próximas estações têm a oferecer. É hora de sentir o vento que vem do mar e curtir a sensação de liberdade ao subir no skate. E é essa mesma liberdade que vai mover você. Nas próximas páginas, conheça um pouco mais do Nosso Mundo.

Moletom Rip Curl 431001 Short Redley 503853 SKATE FISH CORAL 86 > sports mag


Você vive pra quê? Já se perguntou isso?

Short Redley 106823 Blusa Rip Curl 431020 Alpargata vans vn-0f4y5im

sports mag < 87


A vida é agora. Pare de falar e comece a fazer.

Short Redley 106823 Camisa jeans Redley 107234 Tênis Vans vn-0qev6h8

88 > sports mag

Camiseta Billabong 53090449 Calça Redley 106892 Tênis Vans Vn-oewzblk


Seja o porta-voz da sua essência e de seus ideais.

Moletom vans 913f2603 Short bordô redley 106926 Óculos evk12 big Tênis Vans vn-0ewznvy

Calça hurley 622508A Moletom hurley 622634 Tênis Rip Curl Sesh 628012

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Aproveite sua vida, ela ainda é sua.

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90 > sports mag


Transforme. Mude. Crie.

Moletom Rip Curl 431001 Short Redley 503853 Skate Fish Coral

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O tempo passa devagar se a vida não tiver graça.

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Canguru vans 913F2608 – Short Redley 106304 – Tênis Vans Era – vn-0ewznvy


Preserve o que te faz bem. O resto? Jogue fora!

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Para viver, não basta estar vivo.

Calça Vans slim 9134002 Tênis Rip Curl Transit 218221 Camiseta Rip Curl 331385

94 > sports mag


#vcvivepraque?

Short Billabong 28040079 MoletoM Billabong 32010074 Tênis Vans vn-0qev6h8

Concepção e Projeto Gráfico Olhar Criação Visual Fotografia Eduardo Carneiro e Gil Wilkom Assistente de Fotografia Thiago Ourique Maquiagem Edu Sauer Direção de Fotografia Rafaela Azevedo Assistente de Direção Tatiana Mesquita, Vanessa Castro, Marcelo Garcia Making Of Diego Barrios Modelos Ana Carolina Prado, Angélica Zimmer, Kauê Machado

Blusa Billabong 59060073 Calça Billabong 310402603 Tênis vans vn-0ewznvy

Camisa Free surf 110501126 Camiseta LRG preta 11130101 Calça Vans slim 9134002 Tênis Vans vn-0kw6hro

SEJA NOSSO FRANQUEADO Informações: 51 3338.6200 franquias@tropico.esp.br

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aventura

Travessia Mar de Dentro 1ª parte

Texto Ana Karina Belegantt Colaboração João Paulo Lucena Fotos Divulgação Travessia

Um atleta de SUP (stand up paddle) teve um sonho de remar de Porto Alegre até a cidade de Rio Grande, para bater o recorde brasileiro; porém, amigos abraçaram sua causa e a façanha tornou-se, em um ano, uma superprodução de gravação, com 30 profissionais da área da comunicação envolvidos. Barcos, helicóptero e carros 4x4 tornaram possível essa inédita travessia, que divulga e integra o envolvimento de outros esportes. E claro, eu estou junto nesta!

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Raí decidiu remar 480 km em cima de

Meu envolvimento com o projeto Travessia

objetivo após grandes lutas familiares e pesso-

uma prancha pela Lagoa dos Patos,

Mar de Dentro se deu quando, em novem-

ais: superar seu próprio desafio! Um atleta de-

um local inóspito e pouco explorado,

bro de 2012, recebi uma chamada, pelo

terminado mais do que a vencer... A viver!

Facebook, do diretor Edu Amorim, colega de

Com 16 anos de idade, Raí, apelido carinho-

com uma extensão de mais de 300 km e com 56 km de largura, para provar para si mesmo que não existe

trabalhos anteriores nas aventuras: “Oi Ana, tudo bem? Estou envolvido em muitas coisas. Gostaria de falar contigo. Estou num grande

so devido a suas semelhanças físicas com o jogador de futebol, foi “desenganado” pelos médicos. Ele passou 30 dias em cima de uma

o impossível. Ele não queria dinheiro,

projeto e vi que tu tens uma agência, talvez

não queria mostrar isso para ninguém,

seja interessante. Quero te mostrar e te expli-

apenas sentir o prazer da solidão e da

car direito tudo, posso te ligar?”.

quebra da extravagante aventura em

A partir dessa conversa, marcamos uma reunião

cida com a dele, e foi detectado câncer. Anos

cada remada.

e fiquei apaixonada pelo projeto, à primeira vis-

mais tarde, o pai de Raí faleceu, e para home-

ta! Não somente eu, mas todos os envolvidos

nagear o genitor, Raí decidiu remar 480 km

tiveram a mesma reação, igualdade de sintonia

em cima de uma prancha pela Lagoa dos Pa-

e de emoção quando conheceram a Travessia

tos, um local inóspito e pouco explorado, com

Mar de Dentro, um sonho que se tornou a maior

uma extensão de mais de 300 km e com 56

aventura da vida do atleta Raí! Leandro “Raí”

km de largura, para provar para si mesmo que

Fraga, 34 anos, é atleta amador de surfe há 20

não existe o impossível. Ele não queria di-

anos. Praticante de wakeboard, de mergulho, de

nheiro, não queria mostrar isso para ninguém,

paraquedismo, de técnicas verticais, de SUP.

apenas sentir o prazer da solidão e da quebra

Figura carismática, simples, humilde. Tinha um

da extravagante aventura em cada remada.

98 > sports mag

cama sendo revirado e submetido a diversos exames, e nenhum especialista descobriu o que ele tinha. Seu pai teve uma doença pare-


Ele sabia que seu sonho de remar pela

Remando de 30 km em 30 km por toda a

Remando de 30 km em 30 km

maior lagoa costeira da América do Sul

costa leste da Lagoa dos Patos, com paradas

por toda a costa leste da Lagoa

seria possível, embora muitos tachassem

diárias em terra, a Travessia Mar de Dentro

de insensata loucura, devido às condições

tomou uma proporção de planejamento, or-

dos Patos, com paradas diárias

climáticas do mar de dentro, nome dado à

ganização e produção, durante um ano, que

Lagoa dos Patos, e às inconstantes modifi-

superou as expectativas do esportista e da

cações – passando de calmarias para tem-

equipe inicial. Hoje, são quatro jipes 4x4 que

de planejamento, organização

pestades diariamente, o que a faz levar o

fazem o apoio por terra e transportam parte

e produção, durante um ano,

título de “uma das águas mais difíceis de

da equipe e de equipamentos técnicos; um

que superou as expectativas do

navegar do planeta”.

barco e um bote que navegarão ao lado do re-

esportista e da equipe inicial.

Porém, com a quantidade de amigos, conhecidos e esportistas, Raí foi agregando marcas e empresas parceiras ao projeto: Raia 1, Auckland, Preventiv, Art In Surf, Jeepbom e tantas outras marcas fortes e consolidadas no meio esportivo gaúcho e nacional, além do apoio de velejadores e aventureiros extremos de wind e de kitesurf que já fizeram a mesma travessia, mas em condições propícias para seus esportes: no caso deles, o vento era um aliado.

em terra, a Travessia Mar de Dentro tomou uma proporção

mador, dando suporte marítimo à equipe e ao atleta; um caminhão que leva todo o material de acampamento e técnico, como freezer e gerador de eletricidade; um helicóptero, que, além de fazer imagens aéreas, também transportará membros da equipe de produção que ficarão na base em Porto Alegre, também para o socorro em caso de necessidade; equipamentos eletrônicos, celulares e rádios fornecidos pela empresa Vivo, com cobertura total pela região; quinze câmeras à prova d’água

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Saiba mais em www.facebook.com/TravessiaMarDeDentro Vídeo: vimeo.com/53906863v Apoio: AKBelegantt Comunicação Esportiva, Mormaii, Deuter. Saiba mais sobre a jornalista e repórter Ana Karina Belegantt e o fotógrafo João Paulo Lucena em www.guriadrenalina.blogspot. com e www.terra-australis-br.blogspot.com.

Equipe de apoio, organização e atleta em uma das várias reuniões sobre o projeto. 100 > sports mag


marca EcoX, que acabam de chegar ao mercado nacional; além de câmeras profissionais e outras acopladas em mini-helicópteros comandados por controle remoto. Essa grande produção será documentada para gerar um filme, e a partir dele, programas de TV e séries para canais nacionais e internacionais, que já estão sendo negociados. Três produtoras de vídeo e de comunicação, equipes de diretores, produtores, câmeras, editores, finalizadores e jornalistas se reúnem diariamente para que não aconteça nenhuma falha durante a travessia, pois os objetivos de documentar a aventura e o de recolher material visual e sonoro sobre a fauna, a flora, o meio ambiente, a geografia política e física, a história dos locais e das grandes navegações, os faróis e todo o contexto peculiar da região são tão importantes quanto o esporte. O exército militar também está fornecendo uma cobertura nos acampamentos e estrutura para a equipe de terra, bem como haverá apoio das prefeituras por onde a produção passar até a chegada à cidade de Rio Grande, durante os 17 dias previstos de gravação. Tudo está pronto para começar na segunda metade de fevereiro, portanto, quando você estiver lendo esta matéria, provavelmente o recorde já terá sido batido, e a Travessia Mar de Dentro, documentada! Na próxima edição, eu conto o resultado dessa aventura pela Lagoa dos Patos. (•)

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Psicologia do esporte Márcia Pilla do Valle

Você é bom de “papo”?

Q

ualquer pessoa está constantemente conversando consigo mesmo, ainda que, na maioria das vezes, esse processo não seja consciente. Quando planejamos a agenda do dia (“Hoje tenho X e Y compromisso, preciso passar na farmácia, vai ser correria, etc., etc.”), antes de iniciar o treino de um determinado movimento (“Pega a bola em cima”) ou mesmo quando pensamos qual o melhor trajeto a seguir para chegar ao destino (“Tal rua está lotada agora, melhor ir por ali”). Muitas vezes essa fala silenciosa assume um tom negativo, especialmente quando o indivíduo se encontra sob tensão (“É muito difícil pegar a bola em cima? Como eu não consigo? Será que tenho algum problema?”). E é dessa fala silenciosa negativa no esporte que vamos tratar nesta coluna. As pesquisas comprovam que há uma clara associação entre os estados emocionais do sujeito e a natureza da fala silenciosa. Assim, um pensamento ou uma forma de pensar inadequada conduz a sentimentos negativos e a um rendimento esportivo pobre. Do contrário, um pensamento apropriado ou positivo proporciona sentimentos de mais valia e um melhor desempenho. “Como você pode errar esta bola?”. “Mas você fez de novo a mesma bobagem?”. Esses são exemplos típicos do que chamamos de monólogo interno negativo. A fala silenciosa negativa que o esportista tem consigo pode ser um dos seus piores inimigos. Cada vez que você pensa acerca de algo, estará simultaneamente promovendo um diálogo consigo, na maioria das vezes de forma automática. A frequência e o conteúdo dos pensamentos variam de acordo com a situação e a pessoa, mas o autodiálogo está sempre presente, sem que nos demos conta. Alguns são mais conscientes de como está seu “papo” consigo mesmo, e outros nem tanto. Quando o autodiálogo é de natureza negativa, tende a desviar o foco de atenção, interrompendo o fluxo automático das habilidades. É especialmente destrutivo quando o esportista se considera de forma pejorativa, pois amplifica internamente esses sentimentos, minando sua própria confiança. Procure perceber como acontece com você: o abandono ou a desistência em pensamento geralmente precede a ação. Você é seu pior inimigo? Você é capaz de abortar uma possibilidade de êxito? Uma das formas de tentar bloquear ou modificar os pensamentos (e os consequentes estados emocionais negativos) é alterar o conteúdo do autodiálogo. A essa técnica chamamos de monólogo interno. Durante a prática esportiva, a maioria dos pensamentos é automática. Com o monólogo, busca-se organizar os pensamentos, comentar ou instruir-se de forma mais positiva. Um monólogo positivo é capaz de aumentar a autoestima, a motivação, a atenção e, consequentemente, melhorar o desempenho. Já um monólogo de conteúdo negativo é crítico, autodepreciativo, contraprodutivo e gerador de ansiedade. A experiência mostra que a intensidade do monólogo depende do esforço experimentado. Quanto maior o esforço corporal, mais intenso é o monólogo. Quando você estiver sob estresse (final da partida, últimos metros da chegada, jogo difícil), a tendência é seu autodiálogo tornar-se ambivalente, oscilando entre esperança e dúvida. Há estratégias da Psicologia do Esporte para ajudá-lo! Um esportista que procura regular-se para manter a autoconfiança e a esperança no êxito demonstra habilidade fundamental para superar situações de esforço psíquico. Ou seja, você é capaz de vencer o primeiro round contra o estresse procurando não ceder à fala silenciosa negativa! Procure perceber como é sua conversa e modifique-a, se necessário. “Bom papo”!

Psicologia do esporte 102 > sports mag

Márcia Pilla do Valle – CRP 07/5511 Rua Silva Jardim, 466 – cj. 206 - Porto Alegre – F: 9112.1278 www.psicoesporte.com.br – marcia@psicoesporte.com.br


Na luta pela paz. Porque excelência se conquista. A Deloitte acredita em um modelo de reabilitação e formação de crianças e adolescentes inseridas em comunidades de todo o Brasil, por intermédio do esporte e da educação. Por isso, a Deloitte presta gratuitamente serviços ao projeto “Luta pela Paz”, organização não-governamental estabelecida no Rio de Janeiro, que ajuda, por meio do boxe e das artes marciais, jovens a subirem no ringue para não caírem na violência.

Siga-nos www.deloitte.com.br ©2013 Deloitte Touche Tohmatsu


kitesurf

Fugindo do frio... (no Ceará) Texto: Laís Bozzetto Fotos: Lingue Wacker

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Vento perfeito. Quem aterrissa em terras nordestinas, mais especificamente no Ceará, sabe que é exatamente isso que vai encontrar. Talvez seja essa a razão que explique a grande popularidade de alguns picos do estado quando o assunto é kitesurf. Em Jericoacoara, por exemplo, a velocidade do vento gira em torno de 18 a 35 nós o ano todo. Aliado a tudo isso, ainda tem o sol que não cessa e água quentinha. Parece a descrição de um ambiente ideal. E é. Mais que isso, é o sonho de muitos quando começa o rigoroso inverno sulista. Foi pensando nisso que Lingue Wacker e toda a turma da Kite&Surf, escola da Barra da Ibiraquera/SC, e da Mangaviento, de Porto Alegre, resolveram fugir para o outro extremo do país. “Fugindo do frio” é o nome bastante propício encontrado por essa galera para denominar a trip que rola todos os anos para o Ceará. Porque quem é fissurado em adrenalina e kite vai aonde for à caça dos ventos, melhor ainda se esse lugar tiver calor, sombra e água fresca...


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Quando os primeiros casacos começam a ser tirados do armário, é sinal de que o frio começa a bater à porta. Quem vive no Sul sabe disso. Para os amantes dos esportes radicais que envolvem água, é ainda pior, pois mesmo com o Long John não é fácil cair no mar gelado. Foi assim, cansados dos limites que as baixas temperaturas impõem, que surgiu a ideia de fugir do frio. Segundo Lingue Wacker, instrutor na escola Kite&Surf, os colegas Ricardo Pita e Graziano Vendrusculo foram, pela primeira vez, para o Nordeste em 2001: “Eles partiram em busca de água quente e trabalho, pois a vida de instrutor no inverno é mais sofrida no Sul. Naquela época o esporte não era nada difundido, e o intuito era conhecer outros praticantes, ensinar sobre a modalidade e ir à caça de aventura. Porém, o ‘Fugindo do frio’ surgiu mesmo há quatro anos”, explica. Desde então, a trip para o Ceará se firmou durante os invernos. A base é na Taíba, praia que pertence à cidade de São Gonçalo do Amarante, a 60 km da capital Fortaleza. Flecheiras, Lagoinha, Ilha do Guajiru e Jericoacoara também são picos para a prática e fazem parte do roteiro: “Praticamente em todas as praias do Ceará se pode praticar kitesurf, então nos deslocamos para determinada cidade de acordo com o nível de cada grupo e da condição que a natureza apresenta a cada ano”, conta Lingue. Iniciantes e avançados têm vez nos ventos nordestinos. Uns estão começando, outros querem aperfeiçoar as manobras de freestyle ou participar de clínicas avançadas de kitewave. Os motivos diferem. Mas tem gente que vai por um motivo ainda mais simples: o prazer de velejar e conhecer novos picos. De julho a dezembro, melhor período para o velejo, embarcam turmas de 14 a 18 pessoas, que ficam, normalmente, dez dias por lá. Para os instrutores Graziano (Fumaça), Vica e Lingue, o tempo de estadia no Ceará é maior, totalizando oito semanas de trabalho. Um esforço que, segundo Lingue, vale bastante a pena: “Não precisamos ter a preocupação ‘será que vai ventar amanhã?’. A única coisa que temos é que dosar a atividade física, para conseguir vencer os dez dias de kite. Nesses quatro anos, só choveu em dois dias, sem condição para o velejo. A média de vento é muito boa e garante a satisfação de todos”. Além de encontrar esse clima paradisíaco, eles também se deparam com histórias inesquecíveis (e fazem parte delas), assim como em toda viagem que se preze: “Em 2012, encontramos um local perfeito para a prática com uma tribo indígena do outro lado de onde estávamos velejando e lembro-me de algumas histórias desse povo que me deixam com um friozinho na barriga. É um local perfeito para a prática de todos os níveis de ‘kitesurfistas’, e com a natureza ainda intocada. Mas o mais legal foi como chegamos lá. Muita adrenalina ao cruzar uma balsinha de latões que afundava o bico por causa do peso do carro. Sabíamos que um amigo já tinha perdido seu automóvel uns anos atrás naquele local. Conseguimos enfiar um toco no meio da suspensão e tirá-lo, mas ao final da aventura veio a gratificação por termos encontrado aquele pico e conhecido uma nova cultura”, lembra. Dentre os picos preferidos para a prática de esportes radicais, está a bela praia de Jericoacoara. O lugar respira kite e wind, além de ser considerado um pouco “místico”. Um oásis no meio do deserto, com infraestrutura para ficar relaxado, seja caminhando, seja passeando de buggy ou mesmo praticando esportes à vela. Independentemente dos picos a serem explorados, Ceará e kite são a combinação perfeita.

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Iniciantes e avançados têm vez nos ventos nordestinos. Uns estão começando, outros querem aperfeiçoar as manobras de freestyle ou participar de clínicas avançadas de kitewave. Os motivos diferem. Mas tem gente que vai por um motivo ainda mais simples: o prazer de velejar e conhecer novos picos.

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A escola Na bela Praia da Barra da Ibiraquera, em meados de 2000, foi fundada a Kite&Surf, escola de surfe, stand up paddle, kite básico e avançado, que já está na sua 13ª temporada. No verão, na Ibiraquera, essa galera trabalha com cerca de oito instrutores, num total de dez pessoas na equipe. Segundo Lingue, a escola utiliza equipamentos com o que há de melhor no mercado – pranchas, kites, roupas de borracha de alta qualidade. Na trip “Fugindo do frio”, no Ceará, a Kite&Surf trabalha basicamente com três pessoas, Graziano Vendrusculo (Fumaça), Vica e Lingue Wacker, que tanto ensinam as técnicas das modalidades quanto pilotam off-road e arriscam nos cliques fotográficos. Dos instrutores do “Fugindo do frio”, Fumaça e Vica são proprietários da escola Mangaviento, em Porto Alegre, e também os idealizadores da viagem.

Se interessou? Se liga aí: Em Ibiraquera: www.kiteesurf.com com Lingue Wacker. Em Natal, no Rio Grande do Norte, com Ricardo Pita em www.kiteesurf.com. Em Porto Alegre, com www.mangaviento.com.br. E para viajar para o Ceará, em www.fugindodofrio.blogspot.com.

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indiada

Amaz么nia Por Lucas Cuervo Moura

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A marca Indiada, que em 2013 completa seis anos, nasceu de uma forma inusitada. Foi a partir de algumas “indiadas” que os fundadores tiveram o “clique” para dividir um pouco de cada aventura, de cada local, contar suas histórias. Definitivamente, a Indiada hoje viaja, volta e conta! Hoje a marca tem seis lojas distribuídas no Rio Grande do Sul e tem um conceito totalmente diferenciado, um estilo de roupas focado no que podemos chamar de verdadeiro “lifestyle”! Mas para chegar a esse nível, os proprietários das marca investem muito no conceito de suas estampas, e sempre que é preciso produzir uma nova coleção, eles buscam nas viagens para os mais remotos locais do planeta as assinaturas e os desenhos para o negócio. Isso já ocorreu com captações de imagens em locais como Panamá, Japão, Patagônia, México, Moçambique, Marrocos, Chile, Portugal, Argentina, Uruguai e, mais recentemente, Amazônia, que é o foco desta matéria que apresentamos em conjunto com o fotógrafo oficial da marca, Lucas Cuervo Moura. Ele tem na pele o olhar sensitivo da marca, e juntos completam um time de sucesso no Sul do país.

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Quando estávamos fazendo esta entrevista por e-mail com Lucas, per-

Quando vocês saíram de Porto Alegre para fazer essa busca de inspiração

guntamos a ele por que ele estava demorando tanto para nos responder.

para a coleção, já tinham um conceito de fotos pronto ou tudo foi

A resposta foi esta: “Estou respondendo as perguntas de uma aldeia no

ocorrendo na hora mesmo?

meio da Amazônia… dez horas de carro mais dez horas de barco de Rio

Fotografamos o que estamos vivendo na hora… Buscamos alguns obje-

Branco... respondido?”.

tivos… Mas acaba que o acaso nos leva para o resultado.

Fale um pouco de você, como você começou na fotografia?

Vocês contaram com a ajuda algum local para guiá-los nessa seção de

Sempre gostei de fotografar. Sou arquiteto, e o ato de enquadrar cada

fotos?

fotografia está bastante relacionado à arquitetura. Quando morei na

Não guia, mas sim todas as pessoas que vamos conhecendo pelo ca-

Califórnia, em 2000, comprei uma máquina, e desde lá não parei mais

minho.

de fotografar.

Teve algum momento de aperto por lá em relação aos animais silvestres?

Qual o perfil de fotógrafo em que você se enquadra hoje?

Tomar banho no igarapé à noite cuidando os jacarés foi o mais perto

Acho que estou na mistura de documental com um pouco de retrato

de aperto.

e moda...

Como é a estrutura hoteleira por lá? E os meios de locomoção?

Sobre essas fotos que você fez para a Indiada na Amazônia, qual foi a sua

Muito barco e avião. Optamos sempre por hotéis simples, casa de mo-

percepção sobre a cultura deles?

radores ou acampamento… Sei que tem hotéis de luxo.

O Brasil é muito grande… Os estados brasileiros são grandes. O que dá para ver é que temos uma diversidade de culturas incrível aqui no

De todas as expedições de fotos que você fez para a Indiada, qual foi a

nosso país.

que mais o surpreendeu em relação a beleza natural?

O que mais o surpreendeu na Amazônia? O infinito verde.

Todas têm suas características únicas. É isso que faz com que continuemos a viajar sempre.

Podemos dizer que existe outro mundo que não conhecemos?

O resultado obtido nas fotos foi o esperado?

Com o tamanho do Brasil e a sua diversidade, existem vários mundos

O resultado sempre é o que vivemos nas viagens, portanto inesperado.

que não conhecemos.

Isso é muito bom!

Vocês foram bem recebidos nessa sessão de fotos na Amazônia?

Teria como citar qual a foto de que você mais gostou para essa coleção?

Sempre somos bem recebidos.

Camiseta na água do igarapé, eu gosto bastante dessa. (•)

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Odontologia desportiva Mário Silveira de Souza

Xerostomia ou boca seca A redução do fluxo ou da quantidade de saliva é denominada tecnicamente como xerostomia e popularmente como “boca seca”. Essa condição tem-se tornado, nos dias de hoje, cada vez mais frequente entre a população. Existem diversas causas para essa alteração sistêmica que ocorre nas glândulas salivares. Entre os motivos da redução de saliva, temos: • Uso de medicamentos em geral e de suplementos; • Consumo de drogas; • Doenças sistêmicas, como Síndrome de Sjögren; esclerose sistêmica; infecções bacterianas ou viróticas das glândulas salivares; e cálculo salivar; • Alterações eletrolíticas, como desidratação, uremia, diabetes, doenças febris, uso de diuréticos e uso de laxantes; • Alterações fisiológicas, como as decorrentes da idade; • Radioterapia de cabeça e pescoço; • Neurose, estresse contínuo e depressão.

Como sei que estou com xerostomia? A sensação de boca seca pode variar de indivíduo para indivíduo. Em casos severos, ocorre a dificuldade para se alimentar e falar, surgem feridas internas na mucosa oral, bem como mau hálito, aumento da placa lingual, além de aumentar o risco de desenvolvimento das doenças cárie, periodontite e câncer bucal. No entanto, o exame mais prático e fiel para saber se estamos diante de um quadro de xerostomia é a medição do fluxo de saliva – um exame simples que pode ser feito inclusive em casa. Como fazer um exame de sialometria (medição da quantidade de fluxo salivar)? 1. Pegue um pedaço grande de fio ou fita dental, sem sabor, e faça um rolo. Esse rolo servirá como um chiclete ou bala, que você mastigará para estimular a produção de saliva. 2. Durante cinco minutos, mastigue o fio dental de um lado para o outro da boca e colete toda a saliva possível em um recipiente (um frasco não muito grande, como uma xícara de cafezinho ou um copinho plástico para cafezinho). Não engula nada de saliva durante esses cinco minutos e vá cuspindo no recipiente de coleta.

3. Pegue uma seringa pequena (de 5 ml, por exemplo) e meça a quantidade de saliva que você produziu nesse intervalo de tempo. Essa seringa pode ser adquirida em farmácias. 4. Divida o resultado por cinco. Com isso, você saberá quantos mililitros de saliva está produzindo por minuto. Resultados: De 0,3 a 1 ml/minuto = xerostomia. Fluxo salivar diminuído e, dependendo do grau, podendo gerar desconforto ao falar e alimentar-se; presença de saburra lingual (ou placa lingual); mau hálito na maioria dos casos; pode ou não haver alteração de paladar; muitos se queixam de gosto amargo ou estranho na boca. De 1,0 a 2,5 ml/minuto = normal. Próximo a 1 ml/minuto, podemos ter presença de placa lingual e alteração do hálito e paladar. E próximo a 2,5, podemos já ter queixas de excesso de saliva, como babar no travesseiro e/ou cuspir ao falar. Os valores ideais são aqueles próximos a 1,5 ml/ minuto. Acima de 2,5 ml/minuto = sialorreia (excesso de saliva). As principais causas são envenenamento por metais pesados, problemas de vesícula biliar e retardo mental. As dicas básicas para uma boa produção de saliva são manter-se hidratado, investigar doenças de ordem geral por meio de check-ups rotineiros, ter uma dieta equilibrada, comer muitas frutas (de preferência as cítricas), tomar complexo vitamínico uma vez ao ano, ter uma boa higiene oral (escova, fio-dental e raspador lingual), evitar o estresse e tratar quadros de depressão. A xerostomia é pouco valorizada, tanto pela classe médica quanto pela odontológica. O tratamento para essa alteração existe e deve ser realizado sempre que percebermos que a falta de saliva está influenciando na qualidade de vida do paciente. Uma rigorosa investigação das causas da redução do fluxo salivar deve ser feita para que a conduta terapêutica atinja os resultados esperados. Em alguns casos, podemos indicar o uso de saliva artificial, ou ainda de medicamentos específicos para a estimulação da produção de saliva. Xerostomia tem cura, procure um profissional que possa ajudá-lo. Abraços e até a próxima edição.

Odontologia desportiva

Dr. Mário Silveira de Souza – CRO 10.814 Membro da Comissão de Práticas Integrativas e Novas Especialidades do CRO-RS Representante da Abrodesp – Ass. Brasileira de Odontologia Desportiva no RS. Fone: 51 3340.6057 – www.odontoplanalto.com.br – mario@odontoplanalto.com.br

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supino

Jonathan

Formiga

Machado Fotos: Christiano Cardoso/Sports Mag

Jonathan Machado, mais conhecido como Formiga, é um atleta de personalidade humilde e um verdadeiro apaixonado pelo que faz. Nasceu na capital gaúcha em 1984 e hoje, com 28 anos, acumula um currículo invejável de títulos num esporte pouco divulgado, e por consequência pouco conhecido por muitos. Estamos falando do levantamento de peso, ou “powerlifting”, que tem reconhecidas pela federação internacional as categorias agachamento, supino, terra e total. E é na categoria supino que o gaúcho Formiga se destaca. O cara, só em 2012, foi recordista brasileiro de supino, com a marca de 215 kg atingida na cidade de Três Coroas; campeão mundial de supino RAW (sem material de suporte); e melhor atleta sul-americano de supino entre todas as categorias no Mundial da Argentina, em Córdoba. E por aí vai! Entre uma subida e outra, conseguimos fazer uma entrevista com esse atleta que ainda tem muita esperança de viver do esporte, como acontece nos Estados Unidos e na Europa.

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Conte um pouco como você entrou nesse esporte?

Qualquer pessoa pode, temos atletas crianças

ombros; pra quem faz o agachamento e o le-

Eu já praticava musculação há três anos e era

e adultos com mais de 80 anos. Quem estiver

vantamento terra, é a lombar que incomoda

muito leve; percebi que, para meu peso, eu

iniciando deve procurar academias e treina-

bastante.

tinha bastante força, daí procurei amigos que

dores que tenham experiência no esporte e

já praticavam antes o esporte.

procurar ir a uma competição para sentir o clima do campeonato.

Você treina em qual academia atualmente? Treino em duas academias, Extrema Força e

Qual foi o seu maior desafio até hoje?

Fighter Fitness.

O maior desafio foi conseguir coloca mais de 200 kg na barra sem ter que subir de cate-

Quem é o seu treinador?

Coach. Alguém na família pratica o levantamento de peso? Minha prima começou depois de mim. É um esporte ainda pouco conhecido aqui no país. O que falta para deixar ele mais conhecido, na sua opinião?

Tive um rompimento no bíceps fazendo o levantamento terra. E os patrocínios. Você conta com apoios de algumas empresas? Quais?

goria.

Tenho patrocínio de suplementos com a Taurus

Você usa algum tipo de suplementação?

tina, eu tive ajuda da academia Extrema Força,

Tenho patrocínio de suplementos, então vou

do Pércio, organizador do evento gaúcho Samu-

sempre variando, mas uso sempre “whey pro-

rai Combat, e da academia Fighter Fitness.

Joel da Silva, proprietário da Extrema Força. Qual a sua profissão?

Você já teve alguma lesão séria?

tein”, BCCA, dextrose e caseína, e vario entre

Suplementos. Na última competição, na argen-

creatina e glutamina.

Quais países você já conheceu em função do

Existe algum atleta hoje em que você se

Só conheci um, a Argentina, e dois estados do

inspira?

Brasil, Brasília e São Paulo.

Me inspiro em vários: Marcio Kist, Gilberto

esporte?

Silva, Rafael Crestani, entre muitos outros.

Qual a sua categoria hoje? Pretende subir ainda

de que o povo brasileiro não dá importância

Você já foi campeão mundial em 2012. Tem

Minha categoria é até 67,5 kg; pretendo ficar

para outros esportes além do futebol.

chance de ir a uma Olimpíada?

mais uns dois anos nela e depois subir.

Um pouco mais de espaço na mídia, e o fato

Quantas horas você treina por dia? E quantas vezes por semana? Duas horas mais ou menos, seis vezes por semana. Como é a sua alimentação? Me alimento de três em três horas e faço suplemento com “whey protein”, BCAA, creatina e caseína (depende a época).

O “powerlifting” não é um esporte olímpico, mas tenho chance de ir a várias competições internacionais, o que impede é o alto custo

ou vai se manter nela?

Qual foi o seu maior título e qual o seu maior sonho como atleta?

das viagens.

Meu maior título foi o de campeão mundial

Quais os tipos de lesões mais frequentes que

como atleta é conseguir viver unicamente

podem acontecer?

como atleta, sem precisar trabalhar em ou-

Para quem pratica só o supino, as lesões

tras áreas e conhecer o máximo possível de

mais comuns são inflamação nos cotovelo e

países. (•)

RAW, em Córdoba, na Argentina. Meu sonho

Quando você está perto de alguma competição, muda alguma coisa? Muda sim, minha alimentação fica mais regrada, para eu me manter na categoria, e meus treinos ficam mais pesados, diminuindo as séries de exercícios e aumentando a carga na barra. Você tem uma orientação médica ou nutricionista que o acompanha? Tenho ajuda nutricional de duas nutricionistas, Alicie Cariniel e Gabriela Oreto Niffa. Qualquer pessoa pode praticar? Qual o seu conselho para começar nesse esporte?

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atleta

Garra e determinação hå 24 anos acompanham o velejador Bruno Fontes 118 > sports mag


“Comecei a velejar com oito anos, no Lagoa Iate Clube, na capital catarinense, e três anos mais tarde passei a praticar o esporte no Iate Clube Veleiros da Ilha, também em Florianópolis, onde treino até então. Até meus 15 anos, eu velejava pela classe Optimist. Aí, quando atingi a idade-limite, fui para outras classes. Passei pela Snipe e Pinguim, até chegar à Laser, que é a classe em que velejo até hoje. Sempre me dediquei muito à vela, pois, desde criança, amava muito essa atividade. O contato com a natureza também é algo de que eu gosto muito. Eu me identifiquei demais com o esporte desde os primeiros contatos, e não larguei mais.” Treinos – Bruno treina todos os dias, sempre focado na preparação técnica e física. “Realizo treinos funcionais, que me ajudam muito na parte física, além de estar sempre na água velejando quando o vento está bom. E quando isso acontece, dá para ficar horas e horas velejando e aprimorando a técnica. Tenho um nutricionista e um preparador físico que me acompanham para manter sempre o físico totalmente em dia.” Abdicação e devoção – O atleta enfatizou que, como em qualquer esporte de alto rendimento, é preciso abdicar de algumas coisas na vida, sim. “É preciso estar sempre em forma para treinar bem. Tem de acordar cedo, se dedicar. É uma profissão como muitas outras, que exige muito de quem a pratica. Para chegar ao topo, dedicação é fundamental; sem ela, não tem como. Meus resultados no esporte foram aparecendo aos poucos, sempre acompanhados de muito treino e disciplina. Após mais de duas décadas velejando, disputei duas Olimpíadas [Londres, na Inglaterra, em 2012; e Pequim, na China, em 2008], além de vencer diversos campeonatos pelo Brasil e pelo mundo.” Rotina e vida pessoal – Ele disse que, depois que se tornou pai, a rotina mudou um pouco, mas para melhor. “Minha filha e minha família representam muita coisa para mim. Eu sigo treinando forte, mas o tempo que tenho livre é para ficar com a minha filha, cuidando dela. Nessa vida de viagens, às vezes acabamos ficando pouco em casa. Por isso, gosto de ficar descansando e curtindo a família, que é muito importante para mim, tendo um papel primordial em meu lado pessoal. Também gosto de outras atividades esportivas, como surfe e kitesurf.” Já quando o assunto é gastronomia, Bruno é fã de massas e comida japonesa. Fato marcante – Bruno contou que todos os títulos são muito importantes na carreira de qualquer atleta, mas o fato de ter participado de duas Olimpíadas é demais. “Ir para os Jogos Olímpicos, posso dizer sem medo nenhum de errar que é o máximo que um atleta pode querer, e eu fui duas vezes! Agora meu foco está em competir no Brasil e trazer uma medalha para os meus pais”, disse ele, emocionado e empolgado ao mesmo tempo.

Reportagem e redação: Andréa da Silva Spalding • Fotos Divulgação

Praticamente uma vida dedicada à vela! Exagero, que nada! O paranaense nascido em Curitiba Bruno Fontes Ferreira da Silva, 32 anos, que muito cedo se mudou para Florianópolis (SC), onde vive até hoje, começou a velejar com apenas oito anos de idade; ou seja, já são 24 anos de entrega ao esporte, com uma rotina de treinos diários, que incluem, além de velejar sempre que o vento está a favor, toda a preparação técnica e física, indispensável à carreira vitoriosa construída pelo atleta.

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Confira a seguir um pouco do currículo de Bruno e algumas das competições das quais participou na classe Laser, além das Olimpíadas de Londres e Pequim. • Vice-campeão brasileiro – POA/RS - 2013; • Membro da equipe de vela olímpica brasileira de 2001 a 2009, consecutivamente, e em 2011 e 2012; • Medalha de prata na Copa do Mundo da Holanda - 2011; • Medalha de prata na Copa do Mundo dos EUA - 2012; • Pentacampeão brasileiro – 2006, 2008, 2009, 2010 e 2011; • Pentacampeão da Pré-Olímpica - 2007, 2008, 2009, 2011 e 2012; • Três vezes vice-campeão sul-americano – 2010, 2011 e 2012; • Campeão sul-americano - 2008; • Campeão sul-brasileiro - 2007; • Vice-campeão do Pré-Pan - 2007; • Medalha de ouro nos Jogos Sul-Americanos; • Vice-campeão sul-americano - 2006; • Campeão brasileiro de Oceano - 2006; • Campeão da seletiva para o Mundial 2006; • Bicampeão do Sudeste-Brasileiro 2005/2006; • Campeão do Hemisfério Sul - 2004; • Vice-campeão brasileiro - 2003 a 2005; • Vice-campeão na Pré-Olímpica - 2002, 2004 e 2006; • Vice-campeão no Sudeste-Brasileiro - 2002 a 2004; • Vice-campeão no sul-brasileiro - 2002 e 2004; • Terceiro lugar no Brasileiro - 2002; • Terceiro lugar nos Jogos Sul-Americanos 2002; • Hexacampeão estadual de 2001 a 2004 e 2006 e 2008; • Terceiro lugar no Sul-Americano - 2000; • Terceiro lugar no Brasileiro - 2000; • Vice-campeão catarinense - 1999 e 2000; • Campeão sul-americano júnior - 1997; • Campeão brasileiro júnior - 1997.

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surfe

Escrito nas

“Quando Deus tem algo pra você, ele dá na hora certa...” É com essa fé e determinação que o cearense Messias Félix, 26 anos, vem fazendo história. Nas ondas da praia central de Balneário Camboriú, Santa Catarina, Messias confirmou a excelente temporada e mantém viva a esperança de entrar para a elite do surfe mundial. Com o titulo de bicampeão brasileiro nas mãos, conquistado justamente no litoral catarinense, o surfista provou que, além de fé, é preciso muito talento e perseverança para vencer no esporte.

estrelas

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Texto: Lais Bozzetto


Fotos Francisco Chagas PhotosChagas.com

foto alex costa

Está escrito nas estrelas. Foi o que Messias

trato com 20 anos de idade, talvez por isso

Félix ouviu de um amigo na penúltima etapa

tivesse pensado em desistir inúmeras vezes”,

do catarinense profissional, na praia da Vila,

lembra Messias, que ganhou muita força dos

em Imbituba. Na ocasião, o surfista precisava

irmãos e amigos para continuar. “Eles acredi-

vencer para confirmar o título. Frustrado por

tavam no meu potencial!”

não ter achado as ondas nos 20 minutos de

Nesse tempo dedicado ao surfe, de entrega e

bateria e por não ter entrado n’água com uma prancha maior, Messias foi embora adiando o bicampeonato. Mas é a velha máxima, existem coisas que parecem estar escritas, sejam elas nas estrelas ou não.

foco, Messias pôde conhecer alguns lugares onde quebram as melhores ondas do planeta. Austrália, Havaí, Inglaterra, França, Espanha, Portugal, Escócia, África do Sul, China e Indonésia são os picos que ele lembra com ca-

Ficou para Balneário Camboriú a responsa-

rinho de ter conhecido por causa do esporte.

bilidade do segundo título brasileiro, que

Mesmo tendo participado de tantos campeo-

Messias faz questão de dizer que é inédito

natos, são dois, em especial, que habitam a

para o estado do Ceará. Nas ondas, o surfista

memória do atleta. Um deles foi em 2012, no

mostrou por que merecia a taça. Desbancou

WQS 6 estrelas, em Açores, Portugal, onde

os adversários diretos e levou, orgulhoso, para

Messias foi o grande campeão. O outro foi o

casa, cidade e bairro (onde é exemplo para

WCT, em 2010, por meio de um convite da

muitos outros meninos) o bi.

Abrasp por causa do título brasileiro de 2009.

O que muitos desconhecem é que, para che-

Uma cena que poderá se repetir em 2013,

gar até aqui, Messias teve que passar por diversas dificuldades, muitas bem comuns entre surfistas:

isso se o convite for feito novamente ao bicampeão. Como é levar a vida como surfista profissional?

“Comecei a competir com 14 anos e só tive

A gente sabe que não é fácil a questão

alguns pequenos apoios. Senti muita dificul-

dos patrocínios. Como funciona a busca por

dade para competir em vários campeonatos

apoio e também como é escolher viver do

importantes na época como os Pro JRs e Bra-

surfe?

sileiros Amadores, justamente por não ter um

É uma vida bem corrida, pois você tem que

patrocínio forte. Só fechei meu primeiro con-

abdicar de muitas coisas, como família, ami-

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gos, namorada e até uma faculdade. É uma carreira mui-

surfistas nordestinos são patrocinados por marcas nor-

to curta e você tem que estar sempre entre os melhores

destinas.

para poder manter seu patrocínio para os anos seguintes. Viver do surfe é muito bom, há muitas viagens, mas você tem que ser bastante focado, porque tem que ir sempre bem nas competições, para conseguir guardar um bom

Conte um pouco sobre a questão do bicampeonato, da trajetória até chegar a campeão e até o possível bicampeonato (está escrito nas estrelas, como

dinheiro para ter um futuro tranquilo.

diz o bolha).

Ser surfista é se dedicar bastante, assim como todo

São Chico, depois ganhei o Paulista Pro, em Maresias, e

atleta, e abdicar também de muitas coisas. Como é a sua

consegui a liderança do circuito quando ganhei a etapa

preparação pré-provas e também em outros períodos em

do Nordestino Pro na Praia do Cupe.

Comecei com um segundo lugar no Catarinense Pro, em

que não rolam competições? Do que você tem que abdicar na preparação?

O que é o surfe para você? O que se tira para a vida a

Eu costumo estar em casa (Fortaleza), porque tenho

partir desse esporte?

meu preparador físico lá e um fisioterapeuta com quem

Surfe é meu trabalho, meu vício e uma grande parte da

faço um trabalho funcional. Vivo sempre com dores, en-

minha vida! Consegui ter uma grande educação por con-

tão tenho que estar sempre fortalecendo meu corpo e

ta desse esporte e abri muito minha mente para a vida.

fazendo físio pra estar no mínimo 80% preparado para as próximas competições. Aproveito também e faço um trabalho de imagens, tentando criar manobras e fazendo vídeos com um grande videomaker carioca, o Nilton ‘’Tcho’’ Mondego. Você tem algum ídolo no surfe? Quem e por quê? Tenho o Kelly Slater, o Heitor Alves e Pablo Paulino. O Kelly porque sempre assisti a ele desde as fitas de videocassete e pelo surfe e os títulos que ele tem! O Heitor Alves porque sei toda a história dele, por ser meu vizinho, e por sua humildade e talento. Pablo pelo surfe que tem e por ser o único brasileiro a ser bicampeão mundial Pro Jr.

O que é essencial para ser um bom surfista? Ter uma meta em mente, persistir muito e se dedicar o máximo que puder! Estar sempre se alimentando bem, dormindo cedo, para acordar bem disposto e saber a hora de curtir. Quais os seus projetos futuros (longo prazo e curto prazo)? Quero conseguir entrar no WCT, esse é meu maior sonho. Depois quero conseguir ter um bom dinheiro e criar um grande projeto para muitos atletas que não têm tanta oportunidade, por não terem boas condições. Sobre o bicampeonato: Estou muito contente, porque no Ceará, no ano de 2009,

Como você analisa o cenário do surfe brasileiro, tanto visto

eu fui o primeiro campeão brasileiro de surfe profissio-

no âmbito do país como também em comparação com os

nal, e foi ótimo para mim ter sido o primeiro surfista de lá

outros picos que são referências no mundo?

a obter esse título. Passaram-se três anos e aconteceu de

O surfe brasileiro é uma potência! Nesses últimos anos,

eu ser bicampeão, e esse é nosso segundo título! Fico fe-

crescemos bastante e estamos sempre disputando o tí-

liz de estar levando esse título para o meu estado, minha

tulo mundial ou sendo indicados. Nosso país também

cidade e principalmente para o meu bairro, onde hoje

tem vários picos de surfe em quase todos os cantos. Te-

vejo que há muitas crianças e amigos que se espelham

nho certeza de que antes de 2020 teremos um campeão

em mim e tentam se destacar não só no surfe, mas no

mundial.

seu trabalho ou em outro esporte. Com esse título eu posso ter pela ASP, neste ano, um convite para compe-

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Nessa perspectiva, como vê o surfe no Nordeste e vindo

tir a etapa do WCT em 2013. Então, já que ainda não

do Nordeste? Ainda rola muito preconceito com o povo

entrei na elite, é um grande prazer e sonho competir ao

nordestino?

menos em uma etapa! Estou muito feliz por todos que

O surfe nordestino cresceu muito! Durante o ano, sem-

torcem por mim, vejo que tenho muitos amigos no Brasil

pre tem um nordestino ganhando uma etapa no Sul ou

e em todos os lugares do mundo, que me acompanham

Sudeste. Acho que só precisamos vencer a parte de pa-

e torcem pra me ver sempre fazendo bons resultados.

trocinadores, se prestarmos bem a atenção, 90% dos

Obrigado a todos vocês! (•)


Fotos Francisco Chagas PhotosChagas.com

Pranchas com que surfa: Thiago Cunha (TBC) PatrocĂ­nios e apoios: PENA surfwear, Melq Ferreira (preparador fĂ­sico) e Rafael Temoteo (fisioterapeuta).

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Treinamento Esportivo

“As pistas do Frank”

Frank Silvestrin

Os cinco erros mais comuns

D

esde o boom da maratona no início dos anos 1980, a alta quilometragem de treinamento tem sido um paradigma aceito entre os treinadores de média e longa distâncias. Tim Noakes, cujo livro “Lore of Running” continua a ser a bíblia da maioria dos treinadores de longa distância, estabelece vários princípios básicos; um deles é sempre fazer o mínimo durante a preparação. O que ele quer dizer é isto: faça o mínimo para alcançar seu objetivo. Se você não atingir, pode sempre fazer mais. A seguir, eu compartilho com vocês alguns equívocos que, por incrível que pareça, ainda são muito comuns. Atitudes que, na busca pelo sucesso na corrida, podem colocar em risco a saúde do praticante. Erro 1: correr todos os dias Já escrevi sobre este assunto num outro artigo e nunca é demais repetir: nem sempre correr mais significa correr mais rápido. Troque uma ou duas corridas da semana por outra atividade de baixo impacto, que ainda potencialize o seu condicionamento aeróbio. Uma boa sugestão é a natação e/ou ciclismo. Ao contrário da crença popular, o esforço constante durante a elevada quilometragem e os impactos repetitivos é que causam a maioria das lesões, e não a alta intensidade. Os problemas aparecem quando se aumenta o volume da preparação em um curto espaço de tempo. O que mais pesa nas últimas quatro semanas que antecedem uma competição não é a sobrecarga, mas sim a regeneração promovida após a aplicação dessa sobrecarga. Cada pessoa reage de forma diferente ao descanso, por isso é tão importante o papel de treinador especializado em corrida, elaborando um planejamento adequado de sobrecarga e descanso para seus alunos. Erro 2: não variar os pisos Porto Alegre está cercada de praças e parques com pisos macios, como areia batida e grama. Superfícies macias reduzem o impacto da pisada e ajudam a aliviar ou prevenir dores. Faça pelo menos uma sessão de treino semanal em pisos desse tipo, independentemente da intensidade do esforço. A diferença de impacto é facilmente percebida pelo corredor. Erro 3: sustentar um alto volume Eu fico impressionado com a quantidade de pessoas que investem horas em treinamentos de longa distância em detrimento da qualidade. É comum observarmos corredores fazendo quilometragens absurdas, tanto na preparação geral quanto no período específico, esquecendo-se de que, para se tornar rápido numa distância longa, é necessário ser o mais rápido que você pode nas distâncias curtas. Não pule etapas, comece pelas distâncias curtas, busque motivação e alternativas para melhorar suas marcas em provas de 5 km e 10 km. Depois que a performance se estabilizar, então pode ser o momento de pensar numa meia maratona. Há muitos atletas de alto nível que se beneficiam da maior quilometragem e que toleram um alto volume

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durante semanas, mas é importante lembrar que levou tempo até chegarem a esse patamar. Fora que esses atletas altamente condicionados estão acompanhados de perto por uma equipe multidisciplinar (fisioterapeuta, médicos, massagista, osteopata, nutricionista, entre outros) cujo trabalho ameniza os riscos de lesão e acelera as recuperações. Porém, essa não é a realidade da maioria, e é uma estupidez um atleta amador querer treinar da mesma forma que um atleta profissional. Um princípio básico do treinamento diz que devemos “supercompensar”. Numa explicação bem simples e objetiva: você aplica no organismo uma carga um pouco acima do que ele está habituado, quebrando o equilíbrio, depois você repousa bem, se alimenta adequadamente e, em seguida, aplica uma nova carga. Com a aplicação sucessiva de cargas crescentes e a quebra constante do equilíbrio, aliadas ao repouso e à alimentação adequados, há uma resposta positiva do organismo, fazendo com que sua forma física melhore em relação ao estado anterior. Se não houver repouso, recuperação, descanso e um equilíbrio entre treinar e recuperar, não haverá uma resposta positiva e dificilmente você atingirá um novo patamar de condicionamento. Erro 4: falta de um reforço muscular Após 15 anos de triátlon, pude perceber a diferença que o treinamento compensatório fez nos meus resultados. Sempre me preocupei com a prevenção e nunca deixei de praticar algum exercício que pudesse compensar os esforços repetitivos do triátlon: musculação, pilates, ioga e treinamento funcional. Não consigo entender como seria possível atingir excelentes resultados se durante essa trajetória tivesse que conviver com lesões e ainda quebrar o ciclo da continuidade. Com o treinamento de força/preventivo, pude melhorar a minha estrutura musculoesquelética, os desequilíbrios de força, a mobilidade articular, tornando os movimentos mais fortes, eficientes e econômicos. Muitos atletas que começaram comigo abandonaram o esporte de alto nível devido à quantidade de lesões. E não pense que fico horas fazendo exercícios. São necessários 45 minutos, de duas a três vezes por semana. Erro 5: negligenciar a técnica A corrida evoluiu muito nos últimos anos, e é obvio que a forma como se corre influenciará na qualidade dos treinos. A técnica de correr também está diretamente relacionada às forças aplicadas ao solo, a uma maior proteção contra lesões, à menor agressão muscular e principalmente à performance. Se você é iniciante, é importante aprender agora a postura ideal, para não adquirir maus hábitos que possam comprometer o seu rendimento. No treinamento de ciclismo, a cadência (rotações por minuto) é determinante na aplicação de força e no aumento de potência. Sabemos que a cadência mais eficiente está em torno de 90 rpm e 100 rpm. Na corrida, não é diferente: a cadência (frequência de passadas por minuto) também é uma variável da técnica que deve ser desenvolvida, podendo ajudá-lo a correr mais rápido e de forma mais econômica.

Frank Silvestrin é triatleta profissional e treinador de corrida e triátlon na RaiaSul Assessoria Esportiva, fone (51) 9335-4180. frank@franksilvestrin.com.br - www.raiasul.com.br -www.franksilvestrin.com.br



trips

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Petar Por Leonardo Spencer

Você já ouviu falar do Petar? Se a resposta foi não, bom, eu também nunca tinha ouvido falar até uns seis meses atrás. Um grande amigo meu foi passar o feriado no Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira e voltou dizendo que visitou várias cavernas e cachoeiras, que tudo era muito bem organizado, bonito e barato.

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Isso foi a isca para eu ir atrás de um pouco mais de informação. Fazendo uma rápida pesquisa no Google, descobri que a cidade que serve de base para o parque, Iporanga, fica a aproximadamente três horas de São Paulo, sentido Curitiba, logo depois da cidade de Registro. Conversei com minha namorada e, de bate-pronto, decidimos ir conhecer o parque em um final de semana. Para entrar de vez no espírito da viagem, resolvemos acampar, algo que eu não fazia há vários anos e uma experiência completamente nova para ela. Saímos de São Paulo na sexta, por volta das 20h, e pegamos a estrada Regis Bittencour. A quantidade de caminhões nessa estrada é alta, e todo cuidado é bem-vindo. Uma vez nela, fica claro por que o Brasil ainda é um dos países com os maiores índices de acidentes rodoviários: caminhões com carga, gigantes andando a 120 km/h, 130 km/h, ultrapassam uns aos outros em um ritmo frenético. Fomos devagar e com cautela. O GPS foi bastante útil, e no nosso ritmo chegamos por volta da 1h30 da manhã. Iporanga é uma cidade de aproximadamente 3.000 habitantes, e o bairro da Serra era nossa localização exata. No caminho ainda passamos pela entrada da famosa Caverna do Diabo. Ficamos no camping do Benjamim, um senhor de 58 anos que sempre viveu ali e nos recebeu muito bem; suas instalações são bem simples, mas honestas. Seu gramado tinha somente uma barraca montada, e silenciosamente montamos nosso acampamento para dormimos o mais rápido possível. De São Paulo mesmo, eu havia entrado em contato com a agência Parque Aventura e fui muito bem atendido pelo Junior; o contato foi necessário pois, para visitar o parque, é preciso ter sempre um guia junto com você. Como queríamos ter flexibilidade e tempo para fotografar, optamos por contratar um guia somente para nós dois. O serviço custa R$ 120 por grupo de até oito pessoas. Além disso, são cobrados R$ 6 pelo capacete (item obrigatório nas cavernas) e a mesma quantia para a entrada no parque.

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O Petar abriga uma das maiores extensões do Brasil de Mata Atlântica original, além de ter uma das maiores concentrações de cavernas do planeta (mais de 350) e uma imensa quantidade de cachoeiras. Como tínhamos somente sábado e domingo para maximizar nossa estadia, optamos por um roteiro mais puxado e saímos cedo no sábado. Nossa primeira caverna do dia foi a Santana, que tem mais de 8 km de extensão (porém somente 800 metros estão abertos para visitação). Devido à alta concentração de bicarbonato de cálcio na água que goteja do teto e ao fenômeno químico dessa água em contato com o ar, temos como resultado a calcita; o acúmulo desses cristais ao longo de milhões de anos criou torres gigantescas de calcita, com formas surreais. É o cenário ideal para filmes de ficção, monstros e afins! Essas torres são conhecidas como estalactites e estalagmites, e a diferença entre elas é que a primeira cresce do teto para o solo, e a segunda, do solo para o teto. Só vendo para entender mesmo! Para locomoção dentro das cavernas, é necessário estar de capacete e ter uma “head lamp”, vestir calças compridas, camisetas com mangas e tênis. E posso afirmar que tudo isso faz sentido: o caminho dentro das cavernas é sinuoso, e por muitas vezes cruzamos pontes improvisadas sobre um pequeno rio ou descemos escadas para o desconhecido breu. A luz na caverna é inexistente, e uma vez sem luz artificial, você não vê um centímetro à frente do seu nariz. Algo desesperador! O tour por Santana durou aproximadamente duas horas, tempo suficiente para nos dar alguma fome! Nossa segunda caverna do dia foi a Morro Preto. Após subir a encosta do morro por 15 minutos, chegamos a uma entrada com mais de dez metros de diâmetro. O mais impressionante é o que vem depois da entrada: o morro é praticamente oco, o pé-direito da caverna tem facilmente 30 metros de altura, e o visual equilibra entre o sinistro e o assustador. Pedaços gigantes de pedra no chão nos alertam de que um dia aquilo já esteve preso ao teto e que estamos vendo um cenário em constantes mudanças. Mas aqui elas ocorrem talvez a cada cem mil anos, e não a cada cem dias. É só torcer para não ser o seu dia! No fim da tarde, ainda conhecemos a caverna do Couto, uma caminhada por 30 minutos em um túnel que já foi cheio de água; ali vimos literalmente a expressão “luz no fim do túnel”, quando avistamos uma pequena luz centenas de metros à frente. O fim da caminhada nos reservava um visual muito bonito, com uma saída cheia de pedras, árvores e muito verde. Para terminar, ainda rola uma caminhada de 40 minutos de

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Saiba mais sobre as aventuras de Leonardo em www.leonardospence.net.

volta à base de partida. Estávamos mortos! À

ruído em algumas devido à alta exposição e

zado. A própria caverna, que é gigante, ofere-

noite fomos conhecer a pizzaria Samambaia,

ao ISO alto, mas nada que não seja possível

ce uma estrutura interna com luz artificial e

que fica a uns 15 minutos do Bairro da Serra.

“corrigir” no Photoshop. O parque também

um caminho bem demarcado, tornando pos-

Comemos bem e gastamos pouco. Estávamos

começa a se destacar pela quantidade de pás-

sível o passeio para qualquer idade (até bebê

mortos, hora de voltar para a barraca e ca-

saros exóticos existentes no bioma da região,

vimos por lá). Por mais que tenha toda essa

potar.

inclusive com programas voltados somente

intervenção urbana, essa é a maior caverna do

para a fotografia deles. Pra quem gosta, pode

Brasil, e sem dúvida vale a visita. As forma-

ser um prato cheio.

ções de calcita se estendem por dezenas de

Fotografar dentro das cavernas foi um grande desafio, uma vez que não existe luz nenhuma

metros, com as mais diversas formas arqui-

dentro delas. Precavido, levei meu flash exter-

Domingo foi mais light. Acordamos por volta

no, tripé e várias lanternas, para poder ilumi-

das 8h30, tomamos café sem pressa e arru-

nar o ambiente durante as longas exposições.

mamos tudo no nosso carro. Aproveitaríamos

O maior desafio em vários casos foi o foco –

para conhecer a Caverna do Diabo, no cami-

ficava difícil confiar no foco automático, que

nho de volta. O tempo esteve ótimo nos dois

se perdia facilmente na falta de referência. O

dias. Para chegar à Caverna do Diabo, é sim-

Caímos na estrada e, antes das 20h, já es-

jeito foi apelar para os testes ou usar a lanter-

ples, há bastantes placas no caminho, e uma

távamos em casa. Foi um final de semana

na para criar um ponto de interesse e assim

vez lá fiquei impressionado com a estrutura:

diferente e cheio de novidades. Fica a dica

ajustar o foco. No final da viagem, fiquei feliz

um amplo estacionamento, restaurante, cen-

para quem quiser sair da rotina da cidade

com o resultado das fotografias. Um pouco de

tro de informações, e tudo muito bem organi-

grande! (•)

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tetônicas. Ficamos estupefatos com o visual surreal do lugar. Confesso que nunca imaginei conhecer um lugar como aquele, tamanha a “esquisitice” das formas que vimos.


A melhor orientação em viagens para o CANADÁ e pelo mundo

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CIRCUITO CANADENSE > COSTA LESTE > COSTA OESTE GRAND TOUR STB AGOSTO 2013 > ESCANDINÁVIA GRAND TOUR STB FEVEREIRO 2014 > AUSTRÁLIA E NOVA ZELÂNDIA ROTEIROS PERSONALIZADOS > ÁSIA > AFRICA

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Nome: Gabriela Vaz Costa Hartmann Agência: Super Agency Casada ou solteira? Namorando Apelido: Gabi Há quanto tempo você modela? Dez anos Aonde você pretende chegar como modelo? Desejo alcançar uma condição confortável em que eu consiga conciliar as atividades de modelo com carreira e família Você tem alguma profissão paralela à de modelo? Medicina veterinária Tem como viver só como modelo no Brasil? É possível, desde que se tenha muito foco e persistência. Qual o seu maior defeito? Ansiedade Qual a sua maior qualidade? Determinação Você pratica alguma atividade física? Sempre adorei esportes. Durante 13 anos, pratiquei hipismo, e em paralelo todos os esportes do colégio. Porém, hoje em dia, frequento apenas a academia Bio Ativa Qual o lugar mais bacana que você já conheceu em função da sua profissão? Espanha Uma personalidade? Meus pais. Eles são incríveis Qual o seu maior sonho? Sonho em ter uma vida plena, uma família bacana, filhos saudáveis, uma cabeça boa, êxito profissional, ser madura e feliz aos 70... e aí vai Você moraria fora do Brasil? Onde? Moraria. Independentemente do destino, acredito ser uma experiência muito enriquecedora Quem é a Gabriela? Uma pessoa encantada pela vida

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Sempre adorei esportes. Durante 13 anos,

pratiquei hipismo, e em paralelo todos os esportes do colĂŠgio. sports mag < 141


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Fotos: Christiano Cardoso Make e Hair: Thiago Costa Modelo: Gabriela Hartmann/SUPER Agency Roupas: Track&Field Produção: SPORTS MAG

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ATENÇÃO: As fotos deste ensaio são protegidas pelas leis civis e penais que regulam os direitos autorais. Sua publicação indevida em qualquer meio e mediante emprego de qualquer tecnologia, inclusive links, sites ou blogs na internet, sujeitará o infrator a penas que incluem multas, indenizações e reclusão de até quatro anos. © Copyright – todos os direitos reservados.

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Propriedade intelectual nos esportes Milton Lucídio Leão Barcellos

Inovação nos esportes como diferencial competitivo: o case do Massachusetts Institute of Technology (MIT)

A

inovação que resulta em ativos intanseja, resumidamente conceituadas como gíveis adquiriu espaço definitivo nas pesquisas com o foco em como resolver um decisões estratégicas empresariais. problema específico e previamente delimiCom mercados cada vez mais competitivos, tado. muitas empresas têm sofrido com a necesAtualmente, no Brasil, vivenciamos um sidade de redução de preços finais, custos momento de real incentivo público para que e, ao fim e ao cabo, de se reinventarem para boa parte das pesquisas puras desenvolviseguir com crescimento constante. É nesse das em âmbito acadêmico possa transforsentido que a propriedade intelectual assomar-se em pesquisas aplicadas por meio ciada à inovação deixa de reda triangulação salutar entre Fonte da imagem: www.mit.edu presentar um “custo” ou uma poder público, universidades/ simples “proteção preventiva” centros de pesquisas e eme passa a ser encarada como presas. mais um real instrumento a Mesmo tendo seu maior auxiliar a estratégia de crescimercado tecnológico focado mento empresarial, buscando nos EUA (tem 3.939 pao atendimento dos anseios do tentes concedidas nos EUA consumidor mais exigente. – dados do USPTO), o MIT Nessa linha de inovação também protege algumas de constante, o MIT desenvolveu suas patentes no mercado uma divisão especial denointernacional, chamando-se minada de Sports Innovation a atenção para o fato de que e dedicada à solução de problemas técnitem 70 patentes já requeridas no Brasil (dacos identificados nas práticas esportivas. dos do INPI). Dentro das pesquisas desenvolvidas por Conclui-se que todo esse fluxo criativo e essa divisão do MIT, estão, por exemplo, o focado no mercado somente passa a ter senidentificador de “gelo ruim”, para auxiliar tido comercialmente quando aliado a reais na segurança de alpinistas; o tênis especíestratégias de proteção e exploração dos difico para triátlon, uma bicicleta especial de reitos de propriedade intelectual envolvidos testes para melhorar a performance aerodinacional e/ou internacionalmente, sejam nâmica de ciclistas, entre outras inovações eles expressos por patentes, por desenhos dedicadas exclusivamente para o mundo industriais, sejam por marcas e/ou direitos dos esportes. autorais. Pois são essas estratégias, aliadas A tecnologia do novo tênis especial para à competência empresarial, que garantirão triátlon acabou chegando ao mercado por o retorno do investimento em P&D, evitando meio da parceria feita entre a New Balance a proliferação de futuros concorrentes parae o MIT, resultando no New Balance 920. sitários, assegurando melhores margens de Importante destacar que as pesquisas menlucro devido à exclusividade gerada pelos cionadas acima são pesquisas aplicadas, ou ativos de propriedade intelectual.

Propriedade intelectual

Milton Lucídio Leão Barcellos – Sócio da Leão Propriedade Intelectual, Advogado e agente da propriedade industrial, Professor na área de propriedade intelectual, Mestre e doutor em Direito pela PUCRS, E-mail geral: leao@leao.adv.br Sede: Av. Carlos Gomes, 403, 8º andar, Porto Alegre/RS – Filial no Tecnopuc: Av. Ipiranga, 6681, Prédio 99A, sala 808, Porto Alegre/RS.

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correndo pelo mundo

Para

dois! Por Cris Berger

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Desde dezembro de 2012, sou a mais nova moradora da capital paulista. Oficialmente, resolvi trocar meu CEP por motivos de trabalho. Assumi a produção de conteúdo da coleção de livros 101 Lugares para se Conhecer, que elege 101 lugares em diversos bairros de São Paulo. A Even Construtora me achou, paquerou e a gente começou a namorar. Deu química! Ela queria presentear os paulistanos com um livro recheado de boas dicas, fui a pessoa para fazer isso, me apaixonei pela cidade e cá estou. Mas a história de hoje é sobre alguns meses antes de eu colocar a minha vida em caixas e meu cachorro dentro do carro rumo ao Sudeste do país. É especialmente para os que namoram à distância... Seu caso? Quando existe uma centena de quilômetros entre duas pessoas, a criatividade e uma boa dose de esforço devem reinar. Foi assim comigo e meu namorado paulista. Como nos víamos quase todos os finais de semana e a minha expertise é desbravar lugares, cabia a mim descobrir cantinhos românticos para estarmos juntos. Foi num desses planos de viagem que eu encontrei a pousada Azul Maria, na praia da Baleia, litoral norte de São Paulo, a 180 km da capital.

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Infraero informa... Cheguei a Guarulhos por volta das 11h da manhã, o dia estava quente e o céu azul, azul, azul! Não havia trânsito por se tratar de um final de semana normal, fora da alta temporada ou de qualquer motivo que gerasse incômodo. Chegamos à Baleia ansiosos por tomar um banho de mar, bronzear a pele, se jogar ao sol, curtir momentos de relax, sem trabalho, sem telefone, Facebook ou Skype. Não queríamos tecnologia, nosso querer girava em torno de um lugar aconchegante, uma bela praia e tempo para matar a saudade. A pousada parecia lotada, todas as vagas de carro cheias, só tinha uma vazia, a nossa, é claro. Logo, descobrimos que a Azul Maria é a “queridinha” da Baleia, a melhor opção de hospedagem da praia e uma das melhores da região! Ela não está na beira da praia, mas bem pertinho dela, em uma “walk distance”! Fica em um grande terreno de esquina, você passa pela pequena recepção e encontra a piscina rodeada de espreguiçadeiras e guarda-sóis. Caminhando um pouco mais, aparecem as portas dos quartos de baixo e a escada que leva para os de cima. Muito verde por todos os lados e madeira predominando na construção!

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Ganhamos a suíte de cima, com ofurô! Humm, nossos olhos brilharam quando vimos a sacadinha e o ofurô, a cama espaçosa, a bela decoração, o banheiro com entrada de luz natural, o chuveiro no teto com ducha forte, a TV grande e todo o conforto que namorados podem desejar e merecer!

Verão fora do verão é melhor ainda! Fomos abençoados com um daqueles dias perfeitos, calor na medida, no ponto para um bom e longo dia à beira-mar, mesmo não sendo verão. Atravessamos a rua de terra que separa a pousada do bloco de casas da frente, pegamos a ruela que leva à praia, tão típica do litoral paulista, e já entramos no clima! Que feliz surpresa encontrar cadeiras e guarda-sóis abertos, arrumadinhos, alinhados para os hóspedes. “Vai dizer”, a gente trabalha para ter um pouco de mordomia na vida. O serviço de praia incluía a presença do simpático, solícito e de bem com a vida Antônio. Ele parecia o The Flash, de um lado para o outro, mimando, tratando bem, deixando as nossas vidas muito, mas muito melhores.

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Não demorou muito para darmos início aos serviços, “um balde com long necks, por favor!”. Fomos abrindo uma de cada vez, bebendo devagar e batendo papo. Quando a fome apertou, pedimos o cardápio; eu optei por um sanduba natural que estava delicioso! E assim o dia se passou entre mergulhos no mar, um cochilo, capítulos de um livro e o celebrar do amor! A natureza é exuberante nesse pedacinho da costa brasileira com montanhas, verde, água clara, areia macia e uma faixa de areia perfeita para quê?! Sim, para correr! A praia da Baleia é conhecida por não ter a areia íngreme, estar sempre durinha, perfeita para a prática de esporte, tanto que o pessoal das praias vizinhas vai para lá quando quer dar uma corridinha.

Ao cair da noite Ao voltar para a pousada, na hora do crepúsculo, “endorfinados”, vimos a piscina toda iluminada e as velas acesas. Ah, nos olhamos e não tivemos dúvidas: vamos mergulhar! Que delícia, que prazer, que acertada decisão. É isso que faz toda a diferença, acabar o dia em um lugar em que realmente dá vontade de estar, que dá vontade de curtir, de passar bem!

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De volta ao quarto, hora de inaugurar o tal sonhado ofurô. Mais velas acesas, um vinho branco aberto, musiquinha e horas de profundo prazer! Lembro como se fosse hoje desse final de semana, que especial. E de como estar naquele cenário fez toda a diferença! Como estávamos comemorando aniversário de namoro, resolvemos ir ao Acqua. O pessoal da recepção da pousada havia feito a reserva. Pegamos o carro, subimos o morro e estacionamos bem em frente. Entrei fascinada, era noite fechada, os pequenos pontos de luz amarela indicavam o caminho entre a vasta vegetação. Olho o deque com mesinhas, não hesito, é ali mesmo que quero sentar. Venta um pouquinho, grande parte das pessoas escolhe ficar na parte de dentro, mas eu sou corajosa, uso meu xale para me agasalhar e opto por estar mais perto da natureza, olhando as estrelas e a linda vista. Pedimos um vinho e algo para petiscar. As horas passaram tranquilamente, sem pressa, sem apuro, vivemos intensamente cada segundo.

Check-out? Ah, só na segunda! Nada como ter uma pousadinha charmosa, confortável, linda para nos receber! Dormir divinamente, acordar melhor ainda e ter todo o domingo para re-

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petir o agradável programa de sábado com uma grande diferença: tínhamos o café da manhã! E que café! Na parte de dentro, ele é servido em uma grande mesa, no estilo bufê, com frutinhas, pães de queijo, pães, bolos, quiches, tapiocas na versão petit, adorei a apresentação! Como de costume, resolvi montar uma mesa fora, na sacadinha. Fizemos uma seleção do que queríamos comer, pegamos os potinhos e fomos curtir nosso desjejum! Só fizemos check-out na segunda-feira! O domingo era só nosso, inteirinho nosso, com nada a se preocupar, e assim fomos aproveitando as mordomias da Azul Maria, tomamos mais um banho de piscina e sol nas espreguiçadeiras, usufruímos do serviço de praia, testamos o ofurô pela segunda vez para ter certeza de que ele realmente era bom e saímos de lá felizes, radiantes, renovados e com a promessa de que a Baleia seria nosso refúgio. Agora que moro em SP, ela se tornou a minha “Santa Catarina”, e mesmo não tendo mais 1.200 km me separando do namorado, já com o upgrade de “morando juntos”, sigo de olho nesses lugares que nos marcam e nos fazem querer voltar... Serviço Pousada Azul Maria – www.azulmaria.com.br Av. Deble Luiza Derani, 2.156 – Praia da Baleia (12) 3863.6454

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toque final

Vai um mate aí? Fotos: Harleyson Almeida

Evento Matte Leão Festival praticamente fechou com chave de ouro o cronograma de eventos esportivos no litoral gaúcho no verão de 2013! Atletas de vários tribos do esporte tiveram a oportunidade de mostrar ao público um verdadeiro show de surfe, skate, kitesurf, slackline e stand up paddle (SUP), na praia de Atlântida/RS. Além dos esportes radicais, o festival trouxe ainda muita cultura de beira de praia com a apresentação das bandas Paradise Sessions, JonyOcean e os Netunos, Nose e Frida. O vencedor da competição de kitewave foi o duas vezes campeão mundial de kitesurf Guilly Brandão. O atleta conseguiu realizar a melhor manobra completa registrada pelos fotógrafos do eventos durante a tarde do sábado. Já no stand up paddle, o campeão foi Fabiano Tissot, que aproveitou as boas ondas da manhã de domingo no evento. O surfe foi dividido em duas categorias, a Open – vencida por Tiago Braga –, e a Longboard (monoquilha), em que Beto Diehl sagrou-se campeão. No slackline, a manobra mais arrojada, garantindo o título, foi do atleta Bernardo Dillenburg, o Bené. O Sprite SK8 Jam (demonstração de manobras de skate) contou com a presença de alguns dos melhores skatistas do Rio Grande do Sul, como Gustavo Caverna, Jonny Gasparoto, Marlon Silva, Alan Mesquita e Leonardo Nunes, que fizeram suas demonstrações para delírio do público. O Matte Leão Festival é patrocinado por Sprite, i9 Powerade, Excelsior e M.Grupo – Investindo com qualidade. Conta com o apoio de Art in Surf, Get Sup, Kitesul, Free Slack, Gramados Sintéticos, Revista Solto, SPORTS MAG, Ong Marseguro, If Surf, Ondas do Sul, Waves, ASPA, USSMX, Trópico, Aldeia Praia Shopping, Xtrax HD Câmeras e FGSurf. A organização é da Espírito Radical. (•) 158 > sports mag


paloti



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