Ano 4 • # 21 • Setembro/Outubro de 2011 • Distribuição Gratuita Acesse: www.ubatubaemrevista.com.br
batuba U em revista
Ubatuba
374 anos by Ana Pavão
Artesanato em Ubatuba
CACHOEIRA DA ÁGUA BRANCA
Artisan crafts in Ubatuba
ÁGUA BRANCA WATERFALL
pg 08
pg 12
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EDITORIAL
374 anos Ubatuba em Revista Ano 4 • #21 • 2011 CNPJ 09.492.465/0001-81
374 years
Chegamos ao número 21 da Ubatuba em Revista e só temos a comemorar. Ubatuba completa no próximo dia 28 de outubro, nada menos do que 374 anos. Por isso realizamos nesta edição, um especial em homenagem ao aniversário da cidade. A matéria de capa conta muitos acontecimentos durante esses anos, que colaboraram para o crescimento, o declínio e o crescimento novamente, dessa cidade hoje já tão conhecida e admirada. Ubatuba, que conheceu a glória e logo após se viu isolada do resto do país. Para anos depois, ser vista e reconhecida pela sua real vocação: o turismo. Complementando nossa matéria de capa, também temos nesta edição a história sobre o famigerado 1° Tratado de Paz das Américas, que aconteceu aqui, mas no qual a paz só ficou no nome. Nas nossas matérias, a história ainda é a passada. Mas a que vivenciamos no dia a dia, a história presente, certamente também está forrada por uma série de declínios. Histórias de engodos, tramoias e lutas pelo poder - infelizmente - não são privilégio apenas da nossa história remota. Há quem, como outrora, desista de Ubatuba, em busca de novos horizontes. Mas há também os que resistem e insistem em realizar e acreditar no potencial que temos por aqui. São estes que tornam a história presente muito melhor.
A Ubatuba em Revista é uma publicação bimestral da Sapere Editora. É distribuída gratuitamente nas cidades: Ubatuba, São José dos Campos, Taubaté, Campinas, Itu, São Paulo e Paraty.
Direção GERAL Andreza Pavão Ana Pavão Luis Pavão
Editora Chefe: Ana Maria Pavão Jornalistas Responsáveis Ana Pavão • MTB: 54599 ana@sapereeditora.com.br Luis Pavão • MTB: 54599 luispavao@sapereeditora.com.br
CAPA: Luis Pavão TRADUÇÃO: Christine Bonnell Juan Blanco Prada
We‘ve made it to the 21st issue of Ubatuba in Review and have much to celebrate. On October 28th, Ubatuba will be turning 374 years old. To celebrate, we have included in this issue, a special piece paying homage to the city’s anniversary. The cover article tells much of what happened throughout these years, marking the growth and decline, and the growth again, of this city so well known and admired. Ubatuba, who knew glorious times and was then isolated from the rest of the country, only to become recognized years later by its true vocation: tourism. As a companion piece to the cover article, we also have in this issue, the history of the infamous “First Peace treaty of the Americas”, which was signed here, even though peace was made in name only. In our articles, history is still the past. However, the history we live day to day, in the present, is certainly also filled with decline. Unfortunately, the history of betrayals, conspiracies and power struggles is not a privilege of our remote past. There are those who give up on Ubatuba in search of new horizons, but there are also those who resist and persist in believing and realizing our potential. Those are the individuals making our present history much better than the one of the past.
Revisão: Ana Corbisier
Contatos (12) 3833-9035 - (12) 7814-8966 contato@sapereeditora.com.br
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Foto: Arquivo Edson Silva
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Ana Pavão
Editora Chefe ana@sapereed itora.com.br
TIRAGEM 10.000 exemplares
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ÍNDICE 08 • Artesanato em Ubatuba / Artisan crafts in Ubatuba 12 • Cachoeira Da Água Branca / Água Branca Waterfall 16 • “Os Saltimbancos” em Ubatuba / “Os Saltimbancos” in Ubatuba 18 • Razambru 20 • Salada Quilombola / Quilombola Salad 22 • Peixe, Banana e Rock N’ Roll / Fish, Banana and Rock’n’Roll 24 • Ubatuba 374 anos / Ubatuba 374 years 28 • O pano de fundo de um falso tratado de paz / The background of a bogus peace treaty 30 • Google Street View em Ubatuba / Google Street View in Ubatuba 30 • Águia-pescadora*, mais uma surpresa no Cambucá / Osprey, another surprise at Cambucá! 32 • Luiz Ernesto Kawall 34 • Brava da Almada 38 • Cinema 42 • Livros 44 • A terra abriga 8,7 milhões de espécies / The earth is home to 8.7 Million species 46 • Guia de Hospedagem / Book your trip 49 • Informações Úteis / Useful Information 50 • Mapa da Orla / Coastline Map
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CULTURA
by Heyttor Barsalini
Profissional de Artes Cênicas, formado pela Unicamp, com diversos trabalhos em teatro, TV e cinema. Scenical Arts Professional, graduated from Unicamp and with many works in theatre, TV and cinema. humorcaipira@gmail.com
Artesanato em Ubatuba
uma tradição que remonta às origens indígenas
Artisan crafts in Ubatuba
A tradition rooted in indian origins
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or many artisans born in Ubatuba, weaving straw, carving wood or sculpting clay are crafts learned from a very young age and passed down from generation to generation. When we look at a piece created by one of these craftsman it is impossible not to be reminded of the utilitarian, decorative, or ritual artifacts of the indigenous Brazilian cultures. The caiçara*, who practice the same artisan crafts of his grandparents, is the contemporary mirror of the strength of “cultural genes” inherited from his Indian ancestors. For those who are from elsewhere and move to Ubatuba, the feeling is no different. Many who came from the state capital, from cities in the interior of the state, or from other states to live here have found affinity with the local artisan crafts. This is the case, for instance, with Helena Ottoni Tracchi, mostly known as Dona (Ms.) Helena. Born in Guaratinguetá, she already had artists and artisans in her family: “ever since I was a child I used to come to Ubatuba and was enchanted by the local artisans’ pieces. When I moved here, I became deeply involved local artisan practices.” Her involvement is such that, with the encouragement of artisan Áurea Bianchini and her artist friend Benjamin Gonzáles, together with many other artisans, she founded the “Casa do Artesão” (Artisan’s House), an association of the local craftspeople, aimed at promoting and selling the work of its associates directly to the public without the interference of middlemen. Dona Helena speaks with pride of their achievements: “it is an old and constant struggle, from the creation of our house to the maintenance of its activities. And they are of great importance. There are more than 40 families making a living from their artisan crafts who have here, the opportunity to show and sell their work.” Casa do Artesão has represented Ubatuba for many years in the State Department of Culture’s project, “Revealing São Paulo”, and in other events in the municipality. Another well-known figure in the local artisan scene is Dalva Nunes Lopes. After living in São Paulo for 40 years, she moved to Ubatuba 13 years ago. After moving here, she rediscovered the theme that would become central to her creations: “I was born in Avaré and in my childhood the religious festivities of the Divino** were very common. When I moved to São Paulo I lost touch with the elements of the caipira*** culture. I only recovered contact with the culture here in Ubatuba.” Dalva reencountered her caipira roots among the caiçaras and their mixing with the caipiras of Minas Gerais and São Paulo states. With the encouragement of her friend, Neusa Costa, her pieces have been shown in several art and artisan salons throughout the state. Photos by: Luis Pavão
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ara muitos artesãos nascidos em Ubatuba, trançar palha, entalhar madeira ou esculpir em cerâmica são práticas aprendidas desde a mais tenra idade e passadas de geração em geração. Quando estamos diante de uma peça criada pelas mãos desses profissionais, é impossível não nos lembrarmos das peças – utilitárias, decorativas ou de caráter ritualístico – que compõem a produção cultural indígena brasileira. O caiçara que, desde seus avós, pratica o artesanato é um espelho contemporâneo da força desse “gene cultural” legado por nossos índios. E para quem é de fora e passa a morar em Ubatuba, a realidade não é diferente. Muitos que vieram da capital, cidades do interior do Estado ou de outros estados, para morar aqui, encontraram afinidade no artesanato local. É o caso, por exemplo, de Helena Ottoni Tracchi (ou dona Helena, como é mais conhecida). Nascida em Guaratinguetá, já tinha, na família, artistas e artesãos: “desde criança eu vinha a Ubatuba e me encantava com as peças dos artesãos daqui. Quando me mudei prá cá, me envolvi profundamente com a prática do artesanato local.” Seu envolvimento é tão grande que, com incentivo da artesã Áurea Bianchini e do amigo e artista plástico Benjamin Gonzales e em conjunto com outros tantos artesãos, criou a “Casa do Artesão”, associação que reúne profissionais da área, com o objetivo de divulgar e comercializar diretamente seus trabalhos, sem que passem por atravessadores. D. Helena fala com orgulho das conquistas alcançadas: “é uma luta antiga e constante, tanto a criação quanto a manutenção da nossa casa. E é de muita importância. São mais de 40 famílias que vivem do artesanato e, aqui, têm a possibilidade de mostrar e vender seus trabalhos.” A casa do artesão tem representado Ubatuba há vários anos, no projeto “Revelando São Paulo”, da Secretaria de Estado da Cultura, e em outros eventos de âmbito municipal. Outra figura conhecida no meio do artesanato da cidade é Dalva Nunes Lopes. Depois de ter morado 40 anos em São Paulo, há 13 está morando aqui e foi vindo para Ubatuba que redescobriu o tema que viria a ser a tônica de suas criações: “nasci em Avaré e durante minha infância as festas religiosas do divino eram muito comuns. Quando me mudei para São Paulo, perdi o contato com os elementos da cultura caipira. Só retomei esse contato aqui em Ubatuba”. Dalva reencontrou a caipirice em meio aos caiçaras (e suas miscigenações com caipiras de São Paulo e Minas Gerais). Por incentivo da amiga Neusa Costa, suas peças têm participado de salões de artes e artesanato, em todo o Estado.
Casa do Artesão / Artisan’s House
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Photos: Heyttor Barsalini
A Casanga Paralelo à Rodovia Rio-Santos, entre o Perequê-açu e Itamambuca, fica o bairro Casanga. Tradicional reduto de famílias de artesãos, a Casanga é habitada por famílias que trazem, em sua bagagem familiar, a prática do entalhe em madeira. Peças somente decorativas, como representações de animais – garças, araras e macacos – ou, também, utilitárias, como gamelas e bancos, são o forte da produção do bairro. Valdirei Aparecido de Oliveira esculpe em madeira desde os sete anos: “aprendi com meu pai, que aprendeu com meu avô. Antigamente era mais fácil arranjar madeira boa – guacá, guairana, louro... Hoje não se acha mais. E nem pode mais cortar”. Ele sabe que a extração é prejudicial ao futuro do artesanato. Mas não vê outra saída, até o momento: “se a gente tivesse um pedaço de terra prá poder replantar, ia ser muito bom, porque dava prá plantar madeira boa prá trabalhar e não ia precisar pegar na mata. Hoje a gente trabalha com a madeira que pode, mas não é a ideal.” Na Casanga, são mais de 30 famílias vivendo do artesanato local, atividade que lhes foi passada pelas gerações anteriores e que é de suma importância para a sobrevivência econômica e cultural do bairro. Cabe ao poder público pensar soluções, tanto para o desenvolvimento sustentável dessa prática profissional no bairro, quanto para seu melhor aproveitamento turístico. Afinal, nem só de praia e sol pode viver Ubatuba. U
Artesão Valdirei Aparecdio de Oliveira (Casanga)
Peça feita pela artezã Dalva Nunes Lopes
The Casanga Parallel to the Rio-Santos Highway, between Perequê-açu and Itamambuca, is the Casanga neighborhood. A traditional stronghold of artisan families, the Casanga is inhabited by families with a background in woodcarving. The main staples of the neighborhood’s production are both decorative pieces, such as representations of animals like cranes, macaws and monkeys, as well as utilitarian creations, such as trays and benches. Valdirei Aparecido de Oliveira made woodcarvings since he was seven years old: “ I learned from my father, who had learned it from my grandfather. In the old times it was easier to find good wood – guacá, guairana, louro... Today you can’t find them anymore, and you can’t cut them anymore, either.” He knows that the extraction of these woods is detrimental to the future of artisan crafts, but he doesn’t see any another way for now: “it would be great if we had a piece of good land to replant, because we could plant wood that’s good to work with and then we wouldn’t need to get if from the forest. Today we work with the wood we can get, but it’s not the ideal.” There are 30 families making a living from artisan woodcarving in the Casanga, an activity passed down to them through many generations and of great importance to the economic and cultural survival of the neighborhood. It is the role of the public institutions to come up with policies to support the sustainable development of this artisan craft in the neighborhood as well as to make the most of its tourist potential. After all, Ubatuba can’t only live off of sun and beaches. U
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CACHOEIRA DA ÁGUA BRANCA ÁGUA BRANCA* WATERFALL
A maior cachoeira de Ubatuba é tão incrível quanto o seu tamanho. Com mais de 300 metros de queda d’água, a cachoeira da Água Branca proporciona uma visão de tirar o fôlego, em meio à fascinante Mata Atlântica. The tallest waterfall in Ubatuba is as amazing as its size. More than 300 meters (900 ft.) in height, Água Branca waterfall is a breathtaking sight in the middle of the fascinating Atlantic Rainforest. * White Water
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Situada no Sertão da Quina, dentro dos domínios do Parque Estadual da Serra do Mar, a Cachoeira é acessada apenas por uma trilha, com cerca de 9 km, numa caminhada de cerca de 4 horas. Mas não é para qualquer um. Considerada de nível difícil, é praticada apenas por pessoas experientes ou acompanhadas por um guia local. O preparo físico é requisito básico, além, claro, de uma boa dose de espírito aventureiro. É um caminho íngreme e longo, um tanto árduo, mas que, com passos tranquilos e o ritmo certo, pode proporcionar um passeio inesquecível. O prazer da caminhada fica por conta das inúmeras espécies da flora nativa, como orquídeas e bromélias, que enfeitam o caminho, além das aves nativas que, com seu colorido, oferecem um charme à parte à já fascinante paisagem. A recompensa, no final do percurso, não poderia ser mais estonteante: um paredão rochoso de granito verde é o palco do espetáculo proporcionado pela natureza. As águas, em formato de véu de noiva, descem de uma altura tão impressionante, que é difícil descrever. Até mesmo as fotos dificilmente conseguem transmitir a grandiosidade do lugar. U
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O melhor bar do mundo!
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ica em Ubatuba. Estávamos cruzando a praia quando vimos aquela casinha na Rua Esteves da Silva. Muito branca, umas janelas em estilo colonial e os pratos descritos em quadro negro do lado de fora. Bardolino. “O chopp número 1 da cidade.” Em cada mesa, um girassol verdadeiro em um vaso de garrafinha de perrier. Nas caixas, um João Gilberto que caía muito bem com a brisa. Demoramos uma eternidade e quase dois chopes para escolher. As entradas eram descritas como “tapas”, o que destaca ainda mais o bom gosto generalizado. Pouco antes de servirem a entrada e o prato, colocaram na mesa uma garrafa de azeite português do Alentejo e duas opções de pimentas importadas. Comemos com apetite, delícia e muitos chopes. Irretocável, tanto a cozinha como o atendimento. Entendi um pouco melhor ao receber o cartão e saber que o Lino, do Bardolino, é na verdade Brazelino Chiappetta Filho – parente, portanto, do pessoal do Empório Chiappetta. Parada obrigatório numa visita a Ubatuba. Located in the Sertão da Quina, within the domain of the Serra do Mar State Park, the waterfall’s only access is by a 4-hour long hike on a 9-kilometer trail (approx. 6 miles), not meant for just anyone. This trail is rated as difficult, and should only be made by experienced hikers or if accompanied by a local guide. Physical fitness is a basic requisite, as is a certain dose of adventurous spirit. It’s a long, steep trail, a bit arduous, but with calm steps and a steady rhythm, the hike can provide an unforgettable sightseeing experience. The pleasure of the hike comes from the sight of numerous species of native flora, such as orchids and bromeliads that adorn the trail as well as the native birds that add their colorful charms to an already fascinating landscape. At the end of the trail, the reward couldn’t be any more stunning: a rock wall of green granite sets the stage for nature’s spectacle. The waterfall forms a bride’s veil that falls from a height so impressive it is hard to describe, and even photographs can barely convey the grandiosity of this location. U
Texto extraído do blog gastronomico “Garfada” http://trasel.com.br/garfada/
Check list: / Checklist:
• Contrate um guia local. • Planeje a sua caminhada. • Informe alguém sobre seu passeio. • Equipamentos básicos: tênis usado, capa de chuva, lanterna, repelente, protetor solar, recipiente para água, toalha, mochila, troca de roupa e máquina fotográfica. • Hire a local guide. • Plan your hike. • Inform someone about your hike. • Basic equipment: worn tennis or hiking shoes, rain jacket, flashlight, insect repellent, sunscreen, water container, towel, change of clothes and photo camera.
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Rua Dr. Esteves da Silva, 18 | Centro Histórico de Ubatuba Tel. (12) 3832-1733
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ARTE
Profissional de Artes Cênicas, formado pela Unicamp, com diversos trabalhos em teatro, TV e cinema. Scenical Arts Professional, graduated from Unicamp and with many works in theatre, TV and cinema. humorcaipira@gmail.com
“Os Saltimbancos” em Ubatuba
Photos: Luis Pavão
“Os Saltimbancos” * in Ubatuba
Estreou, no final de agosto, a nova produção do G.A.T.U. – Grupo Artístico Teatral de Ubatuba: “Os Saltimbancos”. “Os Saltimbancos” is the newest production of GATU – the Artistic Theater Group of Ubatuba – that opened in Ubatuba at the end of August.
Muito bem recebida pelo público infantil e adulto, a peça conduz o espectador pelo território da história original dos Irmãos Grimm, “Os Músicos de Bremen”, adaptada pela diretora e atriz Michele Mozena: “Os Irmãos Grimm escreveram o conto. Sérgio Bardotti gostou e escreveu a versão dele. Chico Buarque gostou e adaptou o texto para o teatro, acrescentando as belíssimas músicas que compôs. Nós, do G.A.T.U., gostamos também, e como quem conta um conto aumenta um ponto, fiz esta nova versão, com sutis mudanças que têm o propósito de focar os valores relevantes nos dias de hoje.” O G.A.T.U. foi formado em 2009 por artistas iniciantes e veteranos da cidade. O grupo já trabalhou com drama e comédia, tendo atingido um público de mais de 1.500 pessoas em suas apresentações. Agora, visando atender às crianças, partiu para a montagem do musical, valendo-se da experiência de Michele Mozena, que tem em seu currículo mais de 3.000 apresentações de espetáculos infantis. U 16
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Very well received by both children and adult audiences, the play moves through the territory of the original tale, “The Musicians of Bremen” by the Brothers Grimm and adapted by actress and director Michele Mozena: “ The Brothers Grimm wrote the tale. Sérgio Bardotti liked it and wrote the Brazilian version. In turn, Chico Buarque liked the text and adapted it to the stage, adding the beautiful music he composed for it. We, GATU, also liked it and as anyone who tells a tale adds to it, I wrote this new version, with subtle changes made to focus on issues that are relevant today.” In 2009, GATU was formed by both veteran and neophyte performers in Ubatuba. The group has worked with drama as well as comedy and has reached an audience of more than 1500 people with its performances. Now, aiming to reach out to children, the group has produced this musical taking advantage of Michele Mozena’s experience with more than 3000 performances of children’s plays. U A peça continua em cartaz em pontos diversos da cidade. Quem quiser entrar em contato com o grupo, pode acessar o blog: www.gatubatuba.blospot.com The play will be performed in different venues throughout the city. If you’d like to contact the group, access their blog at www.gatubatuba.blogspot.com
* Saltimbancos – traveling performers mixing music, theater and circus arts, and is a term also used for traveling minstrels.
ARTE
Razambru
Uma mistura de talento, qualidade e bom gosto A mix of talent, quality and good taste!
Nem parece tão recente, mas a banda Razambru surgiu em março de 2009, aqui mesmo em Ubatuba, em meio a uma orgia musical na Sapataria do Zincão, com Bruno Vilela no trompete, Rafael Furtado no contrabaixo, André Ramos na guitarra e Samuel Marques na bateria. Todos com muito em comum: jovens sim, mas experientes e talentosos. O gosto musical? Muito além do trivial. Não foi então nenhum acaso o fato de resolverem, desde o início da banda, montar um repertório que fosse nada menos do que 100% de músicas instrumentais, indo das vertentes do jazz até a música instrumental brasileira. Uma escolha inusitada, mas deliciosa. Para deleite da seleta plateia, o grupo começou a tocar todas as quartas feiras na casa noturna Blues On The Rocks. E foi nessa época que o maestro da banda sinfônica Lira Padre Anchieta, Amarildo da Hora, somou a formação do grupo a seu cativante sax alto. O repertório da banda cresceu com temas de jazz de célebres compositores, como Hermeto Pascoal, Miles Davis, Dizzy Gillespie, Herbie Hancock, Dave Brubeck, entre outros. Os comentários na cidade não paravam. A banda fez seu nome por aqui e, por um bom tempo, fez as quartas-feiras de Ubatuba muito mais que especiais. Após um tempo, Bruno Vilela deixou o grupo e depois, convidado a fazer uma apresentação que não fosse instrumental, o Razambru começou a acompanhar a cantora Iêda Terra, modificando um pouco o repertório para a bossa e o samba rock; mas sem perder o requinte e o bom gosto, que sempre foram a marca registrada da banda. Passou a tocar clássicos de Jorge Ben, entre outros compositores da MPB. Hoje em dia, das famosas quartas de jazz restou a saudade. Mas o Razambru continua encantando a plateia com suas apresentações de música instrumental pela cidade, além de acompanhar em alguns festivais a cantora Iêda Terra, em uma formação musical impressionante e imperdível. Em sua ultima apresentação em conjunto, eles lançaram no Festival Peixe com Banana e Rock’n Roll canções do primeiro disco da cantora, intitulado “Lamparina”. Agradável para apreciar, e emocionante para ouvir. A banda Razambru tem talento, qualidade e bom gosto. Mais uma das surpresas que essa cidade de bons artistas revela. U
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It feels like it’s been longer, but the band Razambru has only been around since March of 2009. Debuting here, in Ubatuba, in what could be described as a musical smorgasbord at Zincão’s Shoe Store, the band featured Bruno Vilela on trumpet, Rafael Furtado on bass, André Ramos on guitar and Samuel Marques on drums. They had a lot in common as young, but experienced and talented musicians. From the very beginning, their musical taste went beyond the trivial, leading them to choose a repertoire made of 100% instrumental music, going from jazz currents to Brazilian instrumental music. It was an unusual, but delightful choice. To the select audience’s delight, the band began to play weekly sets every Wednesday night at the Blues on the Rocks nightclub. It was at this time that the conductor of the Lira Padre Anchieta Symphony Brass Band, Amarildo Horta, joined the line up with his charming alto sax. The band’s repertoire grew with the addition of jazz standards from famous composers such as Hermeto Pascoal, Miles Davis, Dizzy Gillespie, Herbie Hancock, and Dave Brubeck, among others. The buzz in town was unstoppable. The band made its name here, and for a while Wednesday nights in Ubatuba became extra special. After awhile, Bruno Vilela left the group, and then when the band was asked to perform a new set including vocals, Razambru began to play with singer Ieda Terra, changing its repertoire more towards bossa and samba-rock, never losing its sophistication and good taste, the perennial trademark of the band. The band then incorporated some of Jorge Ben’s classics as well as some other MPB* songwriters. Today, all that is left of the famous jazz Wednesdays is nostalgia, but Razambru still enchants the audience with its instrumental musical performances throughout town, and it still plays with Singer Ieda Terra in some festivals, making a remarkable ensemble not to be missed! In their latest performance together, at the Peixe com Banana (Fish with Banana) and Rock’n’Roll Festival, they released some songs from Ieda’s debut album, entitled “Lamparina.” Enjoyable and touching to hear, Razambru is a mix of talent, quality and good taste found in a town where great artists are aplenty. U * MPB – Brazilian Popular Music, refers to modern musical styles, sometimes influenced by international genres such as jazz and rock, but deeply rooted in Brazilian traditional rhythms and genres.
Photo: Divulgação
by Ana Pavão
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Chef padeiro naturalista, proprietário da Padaria Integrale. Naturalist Baker Chef, owner of the Integrale bakery. corbisier@padariaintegrale.com.br
Salada Quilombola Quilombola* Salad
Entre tantas belezas e curiosidades, Ubatuba também abriga comunidades antigas, tradicionais e indígenas. E a receita desta edição vem de uma destas comunidades, os quilombolas. Remanescentes de uma época muito dura e sofrida, negros fortes e guerreiros deixaram suas sementes. Sementes estas que cresceram, organizaram-se e ganharam força. Ubatuba possui três destas comunidades, localizadas na Caçandoca, região sul, na Fazenda da Caixa e na Casanga, estas últimas na região norte do município. Os quilombolas batalham até hoje para preservar suas danças, músicas, terras e todo o legado que lhes foi deixado. E foi na festa do Quilombo da Fazenda que conheci a “salada quilombola”. Feita do coração da bananeira, mostra-nos mais uma vez a riqueza e a diversidade de alimentos que temos em nossas matas. Somos realmente privilegiados: temos uma fartura que floresce em meio a tanto verde. Coração roxo, com pequenas flores por baixo de suas camadas, quase uma arte. Em contraste com a transparência da cebola e o verde da salsinha, esta salada se encaixa perfeitamente em nosso banquete, deixando-o ainda mais lindo e saboroso. U Along with so much beauty and singularity, Ubatuba is also blessed with the presence of ancient, traditional and indigenous communities. The recipe in this issue comes from one of these communities, the Quilombolas. Remnants of difficult, painful times, those strong black warriors left the seeds of their culture among us. Those seeds grew, organized themselves, and gained strength. Ubatuba has three such communities. One is located in Caçandoca on the Southern end of Ubatuba. The other two, both on the Northern side of the municipality, are located in Fazenda da Caixa and Casanga. To this day, the quilombolas fight a battle to preserve their dances, music, their land and the legacy they have inherited from their ancestors. It was at the Quilombo da Fazenda that I first tried the “Quilombola Salad.” Made with the heart of the banana bunch*, it is another example of the wealth and diversity of food found in our forests. We are truly privileged by the abundance of food that grows amid so much greenery. This purple heart, with small flowers growing below its layers, almost a work of art, provides the perfect contrast to the transparency of the onions and the green of the parsley, making this dish a perfect fit for any feast, adding more beauty and flavor to any meal. U
*It refers to the portion of the flower at the end of the bunch, which resembles a heart
• 1 coração de banana prata (os quilombolas não usam outro) • 2 cebolas médias • ½ maço de salsinha • Sal marinho e pimenta a gosto • Azeite extra virgem
Modo de preparo: Corte o coração em rodelas do bico em direção ao caule; pare quando ficar duro, mas use as “pétalas”. Em uma panela grande, coloque o coração e encha de água, deixe ferver em fogo médio por aproximadamente uma hora. Escorra, coloque água nova e repita este processo por mais duas vezes; reserve. Este processo tira o amargo excessivo do coração da banana. Corte a cebola também em rodelas; em uma frigideira média coloque um pouco de azeite, refogue a cebola e junte o coração, refogando os dois juntos. Acrescente o sal e a pimenta, refogue por mais alguns minutos, tire do fogo e acrescente a salsinha picada; acerte o sal e a pimenta. Coloque em uma travessa, regue com azeite e leve à geladeira por pelo menos três horas. Se preferir, deixe de um dia para o outro pois fica ótimo. Tire da geladeira um pouco antes de servir.
Variedade, bons preços e a qualidade que sua família merece. Av. Dona Maria Alves, 218 Centro - Ubatuba/SP - Tel. 12 - 3834-1202 Praia do Lázaro - Ubatuba/SP - Tel. 12 - 3842-8910 20
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Photo by: João Corbisier
Em um ambiente acolhedor e natural, delícias integrais são preparadas de forma artesanal, com os melhores ingredientes.”
• 1 heart of banana prata – the quilombolas won’t use any other variety. • 2 medium-sized onions • ½ bunch of parsley • Sea salt and pepper to taste • Extra virgin olive oil Preparation: Cut the banana heart in slices, beginning at the tip and going toward the stem, stopping when it becomes too hard, but use the “petals” as well. Put the heart slices and petals in a large pot, fill it with water, and boil at medium heat for about 1 hour. Drain, add new water and repeat the process twice, reserving the boiled hearts at the end. This procedure will remove the excessive bitterness of the banana hearts. Cut the onions in slices. Put some olive oil in a frying pan and sauté the onions, then add the banana hearts, sautéing both together. Add salt and pepper and sauté the mix for a few minutes. Remove from the heat and add the parsley, adjusting the salt and pepper if necessary. Put on a tray, add a generous amount of olive oil and refrigerate for at least three hours, or even better, wait until the next day. Remove it from the refrigerator shortly before serving. *Quilombola refers to the inhabitants of remote, traditional communities of descendents of runaway slaves, known as quilombos.
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ARTE by Tchello Monte Claro
Músico em Ubatuba, guitarrista da banda RAMAM e integrante do Projeto “Peixe, Banana & Rock ‘n Roll” Ubatuba musician, guitar player of the band RAMAM and member of the “Fish, Banana & Rock’ n Roll” Project. bandaramam@gmail.com
Peixe, Banana e Rock N’ Roll Fish, Banana and Rock’n’Roll
Rock, termo abrangente que define o gênero musical popular
que se desenvolveu durante e após a década de 1950. Suas raízes se encontram no Rock n’ Roll e no Rockabilly, que evoluiu do Blues, do Country e do Rhythm & Blues, entre outras influências musicais que ainda incluem o Folk, o Jazz e a música erudita. Peixe, alimento de baixa caloria, que atua como coadjuvante na produção de energia, potencializa a absorção de vitaminas e minerais e ainda reduz o risco de problemas no coração. Banana, fruto de casca espessa, polpa mole e doce. Comparada à maçã, tem quatro vezes mais proteínas, três vezes mais fósforo, cinco vezes mais vitamina A e ferro. Também é rica em potássio e, como um todo, é um dos elementos mais valiosos na alimentação humana. A combinação do peixe com a banana é a base para o preparo de um delicioso prato, que talvez seja o mais clássico item da culinária caiçara: o azul marinho. Em outro contexto, sabe-se que nenhum outro estilo musical oferece tantas dissidências, vertentes e “temperos” quanto o Rock. A fim de adicionar a esse caldo um tempero diferente e já prestando uma reverência ao prato feito de peixe e banana, que é símbolo da cultura de Ubatuba, acontece na cidade, a cada dois meses, o Festival “Peixe, Banana e Rock n’ Roll”, graças à iniciativa de músicos e amantes de rock do município. A intenção é abrir espaço para os muitos artistas de rock locais apresentarem suas canções autorais e dar início ao desenvolvimento de uma cena rock organizada em nossa cidade. A primeira edição do festival contou com a participação do músico local Nilo Mariano, da Banda Ramam, e com a participação especial da banda de Caraguatatuba, Amplitude Valvulada. Da segunda edição participaram as bandas Stone Age Blues, Razambru e Antidanos. O evento aconteceu no Blues On The Rocks e as demais edições estão previstas para acontecer a cada dois meses, sempre com dois representantes locais e um artista ou banda convidados. Na terceira edição, o Festival PB & R contará com a participação de outras três atrações. Até a publicação dessa edição da revista, duas atrações já confirmaram participação no evento: De São Paulo, o cantor Paulo Meyer, sua gaita e sua “sarça ardente”, a banda Burning Bush e; a banda ubatubense Level Cinco, que irá apresentar as músicas de seu primeiro CD. O evento acontecerá no dia 21/Out/2011, a partir das 22h, no Blues On The Rocks e as demais edições estão previstas para acontecer a cada dois meses, sempre com três atrações para o público. Prestigie, “prove” desse Azul Marinho cultural temperado com muito rock. U
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Rock: a term of broad meaning that defines the popular musical genre developed during and after the 1950’s. Its roots can be traced through rock’n’roll and rockabilly, which evolved from blues, country and rhythm & blues, among other musical influences that also include folk, jazz and classical music. Fish: a low-calorie food that supports the generation of energy, helps the absorption of vitamins and minerals, and reduces the risk of heart disease. Banana: a fruit with a thick skin, and a soft, sweet pulp. Compared to apple, it has 4 times more protein, 3 times more phosphorus, and 5 times more vitamin A and iron. It is also rich in potassium. As a whole, the banana is one of the most valuable foods. The combination of fish and banana is not only the base for a delicious dish, but also the most classic item in caiçara* cuisine: the “Navy Blue”. In another context, there is no other known musical style that offers as many splits, currents and “seasonings” as does Rock. Initiated by musicians and rock lovers of the municipality, every two months, the town holds the festival “Fish, Banana and Rock’n’Roll”, adding a different seasoning to this mix and paying homage to the dish made of fish and banana, a symbol of Ubatuba’s culture. The goal of this initiative is to open up space for local rock artists to present their work and to begin to develop a local organized rock scene in Ubatuba. The first edition of the festival hosted the local musician Nilo Mariano, the band Ramam and the special participation of Caraguatatuba’s band, Amplitude Valvulada. The second edition brought to the stage the bands Stone Age Blues, Razambru and Anti Danos. Each of the events were held at the Blues On The Rock nightclub and the next editions are expected to happen every two months, always featuring two representatives of the local scene and one guest artist or band. The third edition of the Fish, Banana and Rock’n’Roll festival will feature three new attractions. Until the closing of this issue, two of them had already conformed their participation in the event: From São Paulo, the singer Paulo Meyer and his harmonica, accompanied by the band Burning Bush; and the Ubatuba band Level Cinco, presenting songs from their first CD. The event will begin at 10:00 PM on October 21, at Blues On The Rocks. Upcoming events are being planned to happen every two months, always featuring three attractions. Have a “taste” and support this “Navy Blue” seasoned with lots of rock. U * Caiçara are the traditional communities inhabiting the Southeastern coast of Brazil
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edição especial na , a st vi re la Eleito pe elhor Bar de “M o o m co , 10 20 e de 2009 ral Norte Paulista” Música ao Vivo do Lito
CAPA Foto: Casarão da Idalina Graça - ano 1906
Ubatuba
374 ANOS Antigamente chamada de Aldeia de Iperoig, era local
dos antigos índios tupinambá, os primeiros habitantes da região. A chegada dos portugueses a essas terras trouxe inúmeras tragédias para o povo local, como contamos nesta edição, na matéria sobre a famigerada “Paz de Iperoig”, o primeiro (supostamente) tratado de paz das Américas. Mas a colonização portuguesa também foi responsável pelo posterior crescimento, e declínio, do município. O município de Ubatuba começou a ser colonizado em 1600, por Inocêncio de Unhate, Miguel Gonçalves, Gonçalo Correia de Sá e seu irmão Martim de Sá. Mas foi apenas em 28 de outubro de 1637 que a aldeia foi elevada à categoria de Vila, com o nome de Vila da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba. Durante o século XVIII, a produção agrícola prosperou e a Baía de Ubatuba se transformou no mais movimentado porto da Capitania de São Vicente. No entanto, a Vila de Ubatuba pertencia à jurisdição do Rio de Ja24
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neiro, até que uma ordem do Rei subordinou-a a São Paulo. Com esse ato, Bernardo José de Lorena, governador da capitania de São Paulo, teve poderes para assumir o controle do porto e, em 1789, determinou que toda e qualquer exportação só poderia ser feita pelo porto de Santos e diretamente para o Reino. Esta ordem causou grande impacto na agricultura e foi o início da primeira decadência do município. Em junho de 1797, seu sucessor no governo de São Paulo tornou livre o comércio e a exportação. Esta mudança possibilitou a Ubatuba, entre 1800 e 1890, tornar-se uma cidade rica. Foi durante este período que os ricos exportadores reativaram aqui seus negócios. Com eles, dezenas de famílias de nobres franceses transferiram-se para Ubatuba, onde compraram grandes extensões de terra e organizaram fazendas. Foi a época em que foram construídas na cidade, as mansões senhoriais e um teatro. Não foi de espantar o fato de por três vezes a arrecadação do município ser superior à de São Paulo. No final do século XIX, também marcado pelo final do Império, o cres-
Photos: Arquivo de Edson Silva
by Ana Pavão
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cimento de São Paulo era assombroso. Com isso, o Norte da Província, que incluía o Vale do Paraíba, tornou-se verdadeira potência econômica. E o Sul de Minas, região vizinha, acompanhou esse surto de progresso. Ubatuba tornou-se o porto exportador por excelência dessa rica região econômica, onde imperava o café. Como porto de grande movimento, era o ponto final, litorâneo, da chamada “rota do café”, vinda do sul de Minas e do Vale do Paraíba. Por aí, nesse período áureo de florescimento econômico, entraram mais de 70 mil escravos. Tão intenso era o seu comércio ultramarino que muitos consulados estrangeiros aqui se instalaram, para o serviço de “vistos”. Houve um período em que 600 navios transatlânticos entravam anualmente no porto. Ubatuba figurava à frente dos municípios de maior renda da Província. As ruas fervilhavam de gente da terra, viajantes, negociantes, tropeiros, aventureiros e demais forasteiros. Nos solares, as festas e bailes adquiriam quase que o mesmo esplendor e luxo da Corte; no teatro, afamadas companhias nacionais e estrangeiras, de passagem para outras
Known in the old times as the Village of Iperoig, Ubatuba used to be populated by the Tupinambá Indians, the first inhabitants of the region. The arrival of the Portuguese to these lands brought with it uncounted tragedies to the local people. As we relate elsewhere in this issue, in the article about the infamous “Peace of Iperoig”, the first (alleged) peace treaty of the Americas was also the starting point for the colonization of the region and the later growth and posterior decline of the municipality. Ubatuba was first colonized in 1600 by Inocêncio de Unhate, Miguel Gonçalves, Gonçalo Correia de Sá and his brother Martim de Sá, but it wasn’t until October 28, 1637 that the village was elevated to the rank of town, with the name of Town of Exaltation of the Holly Cross of the Savior of Ubatuba. In the XVIII century, agricultural production prospered and Ubatuba Bay became the busiest port in the Province of São Vicente. However, the Town of Ubatuba was under the jurisdiction of Rio de Janeiro until a royal order annexed it to São Paulo. With this decree, Bernardo José de Lorena, the governor of the Province of São Paulo, acquired the power to control the port and in 1789 made the determination that all exports had to go through the Porto of Santos and directly to the Kingdom of Portugal. This decree had a great impact on the local agriculture and marked the beginning of the first decline of the municipality. In June of 1797, the new governor of São Paulo reversed course, allowing for freedom of commerce and exporting. As a result of this change Ubatuba again became a wealthy town from 1800 to 1890. It was in this period that many wealthy exporters reopened their businesses here and scores of noble families from France relocated to Ubatuba, where they bought large estates and established plantations. It was at this time that Ubatuba saw the construction of grand mansions and a theater. It was no surprise to see that on three occasions the revenue of the municipality was superior to that of the city of São Paulo. Towards the end of the XIX century, a period also marked by the end of the Brazilian Empire and the advent of the Republic, the growth of São Paulo was astonishing. The Northern region of the State, including the Paraíba Valley, became a true economic power, and the neighboring region of Southern Minas Gerais followed suit. Ubatuba became the main exporting port of the region, where coffee had become king. Ubatuba was then a busy port at the end of the “Coffee Route” coming from Southern Minas and the Paraíba Valley. Through here, in the golden period of prosperity, more than 70,000 slaves were also brought to work the plantations. The foreign commerce was so intense that many nations established consulates here to provide visa services. There was a time when 600 transatlantic ships would enter the port annually. Ubatuba was among the municipalities with the highest income in the province. The streets were teeming with people from town, travelers, businessmen, tropeiros*, adventurers and other out-of-towners; on the estates, parties and dances acquired almost the same splendor and luxury as those of the Court in Rio; in its theater, well known national and foreign companies, in transit to other ports and cities, would perform the newest dramatic and comedic successes, even operas. The “muses” were worshipped at the famous Ateneu Ubatubense, which functioned as a school and literary center, and had a remarkable library of more than 5,000 volumes presented in a well-printed catalogue, a large portion of the collection having been donated by His Most Serene Majesty, Emperor Pedro II. Ubatuba arrived at its economic zenith and the euphoria was such that exporters were planning for a railway to modernize the port to compete with Santos and Rio de Janeiro and provide service to the agriculturalists of Southern Minas. But the pressure from the other ports forced the government to impose the first moratorium in the country’s history, aimed at preventing the construction of the railway. When the D. Pedro II Railroad was built between Rio de Janeiro and São Paulo, the exports were rerouted away from Ubatuba and the city entered another crisis. The wealthy gave up on the city, leaving behind only small businesses. The imposing mansions were abandoned to their own luck and most were destroyed by the passage of time. A new attempt to build a railway between Taubaté and Ubatuba raised many hopes, but it also failed. The town’s population began to dwindle, losing 2,000 people. The road up the mountain range was practically inactive and the maritime traffic slowed down to a ship every ten days, on its way between Santos and Rio de Janeiro. Ubatuba returned to its isolation, with six days needed to get to São Paulo, including a two-day journey on mules to climb the mountains to Taubaté. There was no road along the coast and all communication was done by canoe. SETEMBRO/OUTUBRO 2011
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cidades portuárias de importância, representavam dramas, comédias e até as óperas mais em voga; também, cultuavam-se as musas - no célebre “Ateneu Ubatubense”, que funcionava como escola e centro literário e dispunha de uma notável biblioteca com mais de 5.000 volumes apresentados em bem impresso catálogo, grande parte dela doada pelo Imperador Dom Pedro II. Ubatuba chegara ao apogeu econômico. A euforia chegou a ponto de os exportadores planejarem uma ferrovia para modernizar o porto, concorrer com Santos e Rio de Janeiro e atender aos agricultores do sul de Minas. Mas a pressão dos concorrentes dos outros portos fez com que o governo decretasse a primeira moratória do Brasil, impedindo a construção da ferrovia. Quando a estrada de ferro D. Pedro II foi construída, entre Rio de Janeiro e São Paulo, desviando as exportações do porto de Ubatuba, a cidade entrou em crise. Os ricos desistiram dela de vez, ficando por aqui apenas os pequenos comerciantes. Os imponentes sobrados ficaram abandonados à própria sorte sendo muitos destruídos pelo tempo. Uma tentativa de construir uma ferrovia entre Taubaté e Ubatuba foi vista com muita esperança, mas a proposta fracassou. A população diminuiu em duas mil pessoas. A estrada da serra ficou praticamente desativada e o tráfego marítimo foi reduzido a um navio de dez em dez dias, no caminho entre Santos e Rio de Janeiro. Ubatuba voltava ao isolamento, sendo necessária uma viagem de seis dias para chegar a São Paulo e uma viagem de dois dias de mula para subir a serra até Taubaté. Não havia estrada terrestre ao longo do litoral, e toda a comunicação era realizada por meio de canoas. Somente em 21 de abril de 1933 houve uma nova esperança. Foi a abertura de uma estrada de rodagem entre Ubatuba e São Luiz do Paraitinga, ligando o município a Taubaté, o que propiciou a abertura de uma nova etapa na história de Ubatuba: o turismo. Em 1944 a cidade conquistou a categoria de estância balneária; em 1950 os taubateanos iniciaram a construção de suas casas de veraneio por aqui. A estrada Caraguatatuba-Ubatuba, aberta em 1954, reduziu consideravelmente o tempo de viagem e os visitantes, encantados com as belezas naturais da região, começaram a chegar, para seus momentos de férias e de lazer. Mas foi em 1964 que a cidade viveu um impulso maior, quando o industrial e mecenas Francisco Matarazzo Sobrinho, o Ciccillo Matarazzo, foi eleito prefeito, e buscou seu desenvolvimento, convocando arquitetos e paisagistas, que praticavam uma arquitetura com proporções bem resolvidas, simplicidade construtiva, linhas harmoniosas e respeito ao clima e ao meio ambiente. Hoje, 374 anos depois do seu início, a maioria dos casarões de outrora foi destruída em nome do progresso (ou regresso?). Ubatuba busca resgatar seu rico passado na cultura caiçara e no que tem de melhor: suas belezas naturais que, ao menos por enquanto, não se perderam, e que assim como nos primórdios, ainda encantam. Não é a toa, que o turismo traz a Ubatuba, a cada ano, cerca de um milhão de visitantes. Resta agora, esperar que todos que aqui vivem, visitam e governam, tenham a consciência de preservar esse, que é o nosso verdadeiro e maior tesouro: nossa maravilhosa diversidade natural. U 26
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Primeiro carro a passar pela SP 55 - ano 1952
Cruzeiro - ano 1953
Photos: Arquivo de Edson Silva
agora é
Renewed hope came only after April 21, 1933. A new highway was opened between Ubatuba and São Luiz do Paraitinga, connecting the municipality to Taubaté, which inaugurated a new phase in the history of Ubatuba: the advent of tourism. In 1944 the city was included in the state roll of towns with outstanding tourist interest and in the 1950’s, people from Taubaté began to build their summerhouses here. The road between Ubatuba and Caraguatatuba was opened in 1954, significantly reducing travel time, allowing new visitors to come and become charmed with the natural beauty of the region, making Ubatuba a new destination for holidays and vacations. An even greater leap forward came in 1964, when the industrialist and arts patron Francisco Matarazzo Sobrinho (known as Ciccillo Matarazzo) was elected mayor. He strived to bring a new kind of development to the city, calling on architects and landscapers to build an architecture of welldefined proportions, simplicity, and harmonious lines respecting the climate and the environment. Today, 374 years after Ubatuba’s beginnings, most of the grand mansions of old times have been destroyed on behalf of progress (or should we call it regression?). Ubatuba is trying to rescue its rich past through the valorization of the caiçara culture and through its best asset: a natural beauty that, so far, has not been lost and is as charming today as it was in the old days. This is why Ubatuba gets close to a million visitors every year. We can only hope that those who live or visit here as well as our government officials have the good sense to preserve that that is our true, greatest treasure – our wonderful natural diversity. U
Verão 2012
*Tropeiros were the men who carried trade goods on mule trains.
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Rua Guarani, 737 A - Itaguá - Ubatuba - SP - Fone: (12) 3833-1874
by Ana Pavão
ana@ubatubaemrevista.com.br
14 DE SETEMBRO
O pano de fundo de um falso tratado de paz The background of a bogus peace treaty
A
história da colonização de exploração, como foi a do Brasil, é repleta de termos interessantes. Um deles se refere a “paz”, do dia que ficou intitulado “Paz de Iperoig”. Não é segredo o fato da colonização do Brasil ser repleta de ações contra os índios; e isso não foi diferente em Ubatuba. Aqui, os índios sofreram atrocidades - traições, incêndios, intrigas, capturas e escravização. A diferença por aqui, é que os tupinambás não foram fáceis de abater e subjugar. E não foi à toa, a sua resistência. Os portugueses encontraram muitos problemas na nova colônia, e trataram de utilizar um velho e famoso artifício para dominar os índios: a religião. Foi então que entraram em cena os padres jesuítas Anchieta e Nóbrega, que chegaram de barco a Iperoig, com o objetivo de negociar com os índios um suposto tratado de paz. Os padres, como esperado, provocaram respeito por parte dos índios. Não demorou para que Anchieta ganhasse a confiança de seus líderes e cumprisse sua missão, conseguindo que os índios concordassem com o “tratado de paz”.
Mas a “paz” não durou muito, pois pouco tempo depois, os portugueses romperam o acordo, matando, oprimindo e escravizando os índios. O tratado foi apenas uma distração, um engodo para atacar no momento oportuno. A guerra estava de volta, no mesmo ponto onde tinha terminado, mas agora com a vantagem de encontrar o inimigo desprevenido. As aldeias de Iperoig foram invadidas, e a matança foi geral. Os sobreviventes, levados ao cativeiro. A tão sonhada paz foi apenas o início do extermínio dos índios. E o tratado de paz, estranhamente ainda hoje tem esse nome. A data, 14 de setembro, é até celebrada, com direito a missa. Padre Anchieta? Ganhou uma estátua, em homenagem ao acordo que ajudou a celebrar. A Paz de Iperoig é o primeiro tratado de paz firmado entre índios e colonizadores brancos das Américas. Pena que a paz ficou só no nome do tratado. U
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Photo: Luis Pavão
HISTÓRIA
T
he history of the exploitive colonization of Brazil is filled with interesting terms. One of them refers to “peace”, as in the day that would become known as the date of the “Peace of Iperoig*.” It is no secret that the colonization of Brazil was achieved through many harmful actions against the native Indians; and this was no different in Ubatuba. Here, the Indians suffered many atrocities – betrayal, arson, intrigue, captivity and slavery. The main difference is that here the Tupinambá were not so easy to slaughter and subjugate, and there were reasons for this resistance. The Portuguese found many troubles in their new colony and they tried to use an old and well-known artifice to dominate the Indians: religion. This is how the Jesuit priests Anchieta and Nóbrega arrived in Iperoig by boat with the alleged goal of negotiating a peace treaty with the Tupinambá. As expected, the priests garnered much respect from the Indians. It didn’t take long for Anchieta to gain the trust of their leaders and thus fulfill his mission of getting the Indians to agree to the “peace treaty.” However, the “peace” did not last, and not long thereafter the Portuguese broke the treaty, killing, oppressing and enslaving the Indians. The treaty was in fact a distraction, aimed at fooling the Indians in order to attack them at the most opportune moment. The war was back to the same point it had ended, but now it caught the enemy unaware. The villages of Iperoig were thus invaded and many Indians were massacred, the survivors taken into slavery. The peace so wished for was simply the beginning of the extermination of the Tupinambá Indians. Strangely, even today the “peace treaty” is still known by this name. The date of September 14 is still celebrated, among other things, with a mass. Father Anchieta? He even has a statue, in homage to the agreement he helped to reach. The Peace of Iperoig was the first peace treaty signed between Indians and the European colonizers in the Americas. Unfortunately, peace was only in the name of the treaty. U
* The name given by the Tupinambá Indians to the current location of Ubatuba.
Quer saber mais? / Want to know more?
“Ubatuba - espaço, memória e cultura”. Juan Droguett e Jorge Otávio Fonseca, 2005. “Ubatuba - espaço, memória e cultura”. Juan Droguett e Jorge Otávio Fonseca, 2005.
PEDIATRIA • FISIOTERAPIA • FONOAUDIOLOGIA RPG • ESTÉTICA • PSICOPEDAGOCIA • NUTRICIONISTA
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Google Street View em Ubatuba
by Luis Pavão
Google Street View in Ubatuba
Jornalista e fotógrafo, é um dos diretores da Paraty e Ubatuba em Revista. Journalist and photographer. he is one of the Ubatuba and Paraty em Revista’s directors. luispavao@sapereeditora.com.br
O famoso carro da Google, que captura imagens com vista panorâmica de 360° na horizontal e 290° na vertical, foi flagrado circulando pelas ruas de Ubatuba. As imagens que estão sendo capturadas por aqui levarão até 6 meses para serem disponibilizadas nos mapas do Google Maps e Google Earth, Quando foi lançado em 25 de agosto de 2007, apenas 5 cidades americanas haviam sido fotografadas, mas hoje em dia já podemos apreciar imagens tiradas por todo mundo, e muito em breve, o mundo todo também poderá conhecer as belas paisagens de Ubatuba atraves do Google Street View. Google’s famous car, which captures panoramic images on a 360º degree horizontal view and a 290º degree vertical view, has been spotted on the streets of Ubatuba. The images being captured here will take up to six months to become available in the maps on Google Maps and Google Earth. When the feature was first released on August 25, 2007, only 5 American cities had been photographed, but today we can already access images taken all over the world, and soon the world will have the opportunity to get to know the beautiful landscapes of Ubatuba through Google Street View.
Águia-pescadora*, mais uma surpresa no Cambucá Osprey*, another surprise at Cambucá!
* Pandion heliaetus
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Photo: Carlos Rizzo
Um levantamento da avifauna no Centro Cambucá de Observação de Aves está sendo elaborado pelo projeto Dacnis. E todas as semanas, a equipe que está lá tem alguma surpresa. A última foi o avistamento da águia-pescadora que, por não ser endêmica da região, não se esperava ver por aqui. Segundo Carlos Rizzo, a mesma já havia sido observada por ele uma vez antes, o que também foi algo bem surpreendente: “Sempre admirei a águia-pescadora e não imaginava poder vê-la no Brasil. A primeira vez que tive a oportunidade de observar esta águia estávamos saindo do estuário de Santos, depois de um dia inteiro de trabalho. Qual não foi a nossa surpresa quando encontramos esta mesma ave no Centro Cambucá de Observação de Aves... Impressionante!” Mais uma das surpresas reveladas por esse fascinante lugar da fauna ubatubense! A census of the avian fauna at the Cambucá Bird Observation Center is currently being developed by the Dacnis project and it seems that every week the team working in the field has a new surprise. The latest one has been the sighting of an osprey, an unexpected encounter, as the bird is not endemic to this region. According to Carlos Rizzo, he had already seen a specimen of this bird once before, in another unexpected location. “I have always admired ospreys, but never expected to be able to see them in Brazil. The first time I saw one we were leaving the Santos estuary after a day of fieldwork. It was a surprise to find yet another one at the Cambucá Bird Observation Center. Amazing!” It seems as if this fascinating spot for the observation of Ubatuba’s fauna will never stop revealing new surprises!
Photo: Luis Pavão
NOVAS
Alguns criam, outros copiam.
Pizzaria
Sテグ PAULO
A verdadeira pizza paulistana
Praテァa da Paz - Centro Histテウrico de Ubatuba - Tel. (12) 3832-7457
Loja 1: Av. Prof. Thomaz Galhardo, 495 - Centro Ubatuba / SP (12) 3832-5120 Loja 2: Shopping Porto Itaguá Ao lado do cinema Ubatuba / SP (12) 3832-4798 Aberta todos os dias
CULTURA by Julinho Mendes
Professor, folclorista, carnavalesco, percussionista, cantor, compositor, pintor primitivista. Teacher, folklorist, carnival producer, percussionist, singer, composer, primitivist painter. julinhomendes@terra.com.br
LUIZ ERNESTO KAWALL
Caiçara de coração Caiçara by heart.
Brincar: Em qualquer época, a memória de uma infância feliz.
Foi por volta de 1978 que conheci Luiz Ernesto Kawall quando, numa manhã ensolarada, chegou a minha casa à procura de meu avô, Lindolfo Ignácio Pereira; os dois tinham combinado ir ao local onde supostamente pousara o avião do aviador e escritor francês Saint-Exupéry, autor de O Pequeno Príncipe. Mas foi efetivamente em 1994, durante a inauguração da nova instalação do Museu Caiçara dentro do Projeto Tamar, que iniciei uma amizade concreta e passei a conhecer melhor esse paulistano, de alma caiçara e coração ubatubano, Luiz Ernesto. Acima de tudo, Kawall é um apaixonado pelo Brasil e pela cultura brasileira. É museólogo, colecionador de arte popular e de cordéis; foi um dos fundadores do Museu da Imagem e do Som de São Paulo. Reuniu durante décadas os registros sonoros das cerca de 4.000 vozes de personalidades nacionais e estrangeiras, criando assim, em 1989, a Vozoteca, o seu museu da voz. Prevendo o avanço, as intervenções e as modificações que o progresso causa à cultura das comunidades, Luiz Ernesto, juntamente com o caiçara Praxedes Mário de Oliveira, criou em 1982 o Museu Caiçara, no bairro do Itaguá, preservando assim objetos, fotografias e histórias do povo ubatubano caiçara. Esse museu foi palco de grandes eventos folclóricos regionais e de Festivais de Viola, que trouxeram para Ubatuba grandes personagens da música sertaneja e da MPB, como também divulgaram os artistas caiçaras em programas de rádios e TVs da capital paulista. Hoje Luiz Ernesto Kawal é homenageado com o Festival de Viola, que leva seu nome, e que é promovido pelo GRESMAI – Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Alegre do Itaguá. Nada mais justo também é o Museu Caiçara ter o nome desse ilustre personagem que tanto ama essa terra caiçara. A AAMuC – Associação Amigos do Museu Caiçara (www. muscai.com) e com certeza todos nós, caiçaras, agradecemos sua preocupação em cultivar e preservar a cultura caiçara.
I met Luiz Ernesto Kawall around 1978, when he arrived at my home on a sunny morning looking for my grandfather, Lindolfo Ignácio Pereira, as they had decided to go to the place where the plane of the French writer and aviator Saint-Exupéry, author of “The Little Prince”, had supposedly once landed. However, it wasn’t until 1994, at the opening of the new Caiçara Museum facility inside the Tamar Project, that we started a real friendship and I begun to better know Luiz Ernesto, this native of São Paulo with a caiçara* soul and an Ubatuban heart. Kawall is above all a man in love with Brazil and the Brazilian culture. He is a museum scholar, a collector of folk art and cordel literature (a Brazilian folk writing genre) and was one of the founders of MIS (São Paulo Museum of Image and Sound). For decades, he gathered sound recordings of some 4000 voices of Brazilian and foreign personalities, thus creating the Voicetheque, his museum of voice. In 1982, foreseeing the advances, interventions and modifications that development causes in the culture of traditional communities, Luiz Ernesto joined caiçara Praxedes Mário de Oliveira, to create the Caiçara Museum in the Itaguá neighborhood, thus preserving artifacts, photographs and the history of the Ubatuban caiçara people. The museum was also the venue for great folkloric events and Guitar Festivals that brought great names from Brazilian folk and popular music to Ubatuba, and also promoted caiçara artists on state capital radio and TV shows. Luiz Ernesto Kawal is now honored by the Guitar Festival that carries his name, produced by GRESMAI (Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Alegre do Itaguá), the samba school of Itaguá. In recognition for his deep love of this land, the Caiçara Museum has also been named after him. The AAMuC (the Caiçara Museum Friends Association) which can be found at www.muscai. com) as well as all the caiçaras are thankful for his work for the preservation of the caiçara culture.
Jacarandá grill A qualidade, o atendimento e o charme do Jacarandá Café, agora também no Grill.
Hamburgers Grelhados Saladas Porções
Photo by: Luis Pavão
* The traditional local population of the Southeastern coast of Brazil.
Av. Carlos Drummond de Andrade, 84 (quase esquina com a Rua Guarani) Itaguá - Ubatuba/SP Tel.:3833-1635
LUGARES by Ana Pavão
ana@ubatubaemrevista.com.br
Brava da Almada
Brava da Almada Eleito pela no Guia Comer e Beber 2009/2010 como o melhor quiosque do Litoral Norte.
Photo by: Fernando Florindo
Indicado pelo
D
entro dos limites do Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar, onde o parque encontra o mar, está abrigada uma pequena praia, detentora de uma das mais belas vistas do litoral brasileiro. Praticamente deserta, a praia Brava da Almada, faz concorrência de beleza com a praia vizinha, que leva o mesmo nome, mas ao contrário das águas calmas da praia da Almada, o mar da praia Brava da Almada faz jus ao nome. As ondas por ali são fortes, propícias para a prática do surf, mas pouco aconselháveis para banho de mar.
Venha
N
e fique sem palavras.
Lat s 23º21.673” Long wo 44º53.278”
Photo by: Fernando Florindo
Praia da Almada, km 13 - Rod. Rio Santos Tel.: (12) 8122-0044 ou (11) 9189-3391 Canal 68 VHF Desembarque conosco
ested within the boundaries of the Picinguaba Nucleus of the Serra do Mar State Park, where the park meets the ocean, is a little beach with one of the most beautiful views of the Brazilian coast. Virtually deserted, the Brava da Almada beach is in a close beauty competition with its neighbor and namesake beach. However, contrary to the calm water of Almada beach, the sea at Brava (fierce) da Almada makes for a well-deserved name. The waves are strong, good for surfing, but swimming is not recommended.
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ba Ubatu em revista
SETEMBRO/OUTUBRO 2011
Um hotel para amantes da natureza O Hotel Coquille, está a poucos metros da Praia Grande, uma das mais frequentadas de Ubatuba. Aqui você estará em contato com a exuberante Mata Atlântica, hospedado em um hotel com uma das melhores infra-estruturas da cidade. Contamos com Brinquedoteca, Play Ground, Cozinha da Mamãe (Baby Kitchen), Saunas Seca e Úmida, Sala de Jogos, Lanchonete, Piscina, 1/2 quadra de basquete, Recepção com Sinal Wi-Fi e PC com acesso à Internet, Aulas de Surf com profissional de Educação Física (*) e aluguel de bicicletas. Possuimos uma equipe de funcionários treinada para melhor servir.
Hotel for birdwatchers and nature lovers At our hotel you will be surrounded by the Atlantic Forest (Mata Atlântica), and also only 250m far from “Praia Grande”, one of the best beaches at Ubatuba. Cozy and modern apartments. Swimming pool, dry and wet saunas, baby kitchen. Free parking and free Wi-Fi signal. • Delicious breakfast included. • Recommended by tripadvisor.com. • English Spoken Here (*) Mediante agendamento. Não incluso na diária.
Photo: Arquivo Aquário de Ubatuba
Photos by: Fernando Florindo
“Harmonia e charme entre Mar e Montanha.”
Rua Praia Grande, 405 Praia Grande - Ubatuba/SP reservas@hotelcoquille.com.br - www.hotelcoquille.com.br (12) 3835-1611 Rádio NEXTEL ID 90*13680
Photos by: Fernando Florindo
O acesso é feito por um caminhada de 25 minutos, em trilha íngreme (nível médio), que sai da praia do Engenho. Para quem curte caminhar um pouco mais, há a opção da trilha que sai do canto direito da praia da Fazenda, com aproximadamente uma hora e meia de percurso, lembrando que por essa segunda alternativa é recomendável a contratação de um guia local. Uma boa pedida é levar água e lanche, pois a praia não possui nenhuma estrutura de comércio. Ali, reina a natureza extremamente preservada, adornada por muitas conchas, areias claras e fofas e a sombra fresca dos abricós. Tire muitas fotos e aproveite, o visual é de tirar o fôlego. U
Access is by a 25-minute hike on a steep trail of medium difficulty that leaves from Engenho beach. For those who like walking a bit more, there is the option of a trail that leaves from the right-hand side of Fazenda beach. This alternative trail takes about one and a half hours to complete and the hiring of a local guide is recommended. It is advisable to bring water and a snack, as there are no commercial establishments at this beach. The beach is in a pristine natural state, with plenty of shells, light, soft sand and the cool shade of the monkey’s apple trees*. Take many pictures and enjoy the breathtaking view. U
*Mimusops coariacea
WALLI IMÓVEIS CRECI 50249
Valéria Aparecida Corrêa
www.walliimoveis.com.br Loja 1 - Av. Atlântica, 174 - Jd. Anchieta - Praia Grande - Ubatuba - SP Loja 2 - Av. Atlântica, 260 - Jd. Regina - Praia Grande - Ubatuba - SP Tel: (12) 3835-4200 (12) 9714-2965 (12) 7814-3737 ID: 96*58710
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SETEMBRO/OUTUBRO 2011
Psicóloga - CRP 46007-6 PSICOTERAPIA BREVE - ARTETERAPIA - ORIENTAÇÃO VOCACIONAL
Rua Joaquim Nabuco, 329 - Itaguá - Ubatuba/SP (12) 3833-4841 (12) 9794-8776 valeria_correasp@hotmail.com http://psicologavaleria.blogspot.com
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Av. Leovigildo Dias Vieira, 1030 Itaguá - Fone: (12) 3833-4293 Aceitamos todos os cartões de crédito www.restaurantesenzala.com.br
Confira no site a programação e trailers dos filmes em cartaz em Ubatuba: www.ubatubaemrevista.com.br/cinema CINE PORTO: (12) 3833-2066
CINEMA
Capitães da Areia O filme acontece em Salvador, nos anos de 1930, onde menores abandonados vivem nas ruas enfrentam com sorte suas dificuldades. Conhecidos como “capitães da areia”, são liderados pelo jovem Pedro Bala, e praticam crimes como roubo e estupro. Esse filme é uma adaptação para cinema do romance escrito por Jorge Amado.
Premonição 5 Em Premonição 5, a Morte está mais onipresente do que nunca, e inicia seu ataque após a premonição de um homem que salvou um grupo de colegas de trabalho de um terrível colapso em uma ponte suspensa. Mas este grupo de almas inocentes não deveria sobreviver e, em uma aterrorizante corrida contra o tempo, o grupo tenta freneticamente descobrir uma maneira de escapar dos planos sinistros da Morte.
Uma Professora Muito Maluquinha Cate (Paola Oliveira) foi enviada à cidade grande para estudar, quando era criança. Hoje, aos 18 anos, retornou à sua cidade natal e passou a lecionar em uma escola primária. Porém seu comportamento moderno logo incomoda as tradicionais professoras do local, que tentam derrubá-la a qualquer custo.
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SETEMBRO/OUTUBRO 2011
Aniversário do Vitor Dr Ary Tibúrcio e sua esposa Luciana comemoraram no dia13/08 o aniversário de 10 anos do filho Vitor A festa foi realizada no Restaurante Donana, onde receberam familiares e amigos. Dr Ary Tibúrcio e su a esposa Luciana
Responsável Técnico: Dr. Ary T. Junior - CRM SP / 133.144
Um novo conceito de atendimento de emergência médica no litoral norte e Paraty
Home Care em Ubatuba=
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SIMED. FAZ TUDO COM AMOR. Tel.: (12) 9795-6996
www.guiahomecaretour.no.comunidades.net
Dr. Ary Tibúrcio Júnior, formado em 1998 pela UNIVAS (Universidade do Vale do Sapucaú), em Pouso Alegre/MG, com especializações em emergência médica, diagnóstico por imagens e Medicina Intensiva (UTI), pelo Hospital Prontocor em Belo Horizonte, resolveu aplicar seus conhecimentos em nossa região, montando aqui a empresa SIMED, uma clínica especializada no atendimento domiciliar (home care) de emergência médica e intensiva, e que conta com ambulância UTI móvel, totalmente equipada, além de uma equipe de profissionais especializados em emergência médica. Para tranquilidade dos turistas e moradores, além do atendimento domiciliar, Dr. Ari também realizará o transporte de pacientes graves para qualquer parte do país, contando com o apoio de um jatinho equipado com UTI.
LIVROS
Os Últimos Soldados da Guerra Fria
Autora : Stacy Schiff
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ba Ubatu em revista
No início da década de 1990, Cuba criou a Rede Vespa, um grupo de doze homens e duas mulheres, que se infiltrou nos Estados Unidos com objetivo de espionar alguns dos 47 grupos anticastristas sediados na Flórida. O motivo dessa operação era colher informações para que pudessem evitar ataques terroristas ao território cubano.
SETEMBRO/OUTUBRO 2011
Feliz por Nada
Autor: JONATHAN FRANZEN
É com a força transformadora de um abraço que Martha Medeiros abre este novo livro de crônicas e é com a mesma singeleza e olhar arguto para o cotidiano que a escritora ilumina algumas das questões mais urgentes do século XXI. A destacada romancista, cronista e poeta, que já teve obras adaptadas para o cinema, para a tevê e para o teatro, fala aos leitores com a sinceridade de um amigo e materializa as angústias e os anseios da sociedade pós-tudo, que vive acuada sob o grande limitador do tempo.
Encontre esses e muitos outros títulos na Livraria Nobel Ubatuba, parceira da Ubatuba em Revista na campanha pró-leitura. A livraria fica na esquina da Rua Guarani com a Av. Carlos Drummond de Andrade Ubatuba - SP Tel.: (12) 3833-9840
O Guia Politicamente Incorreto da América Latina
Autor : ABRAHAM VERGHESE
Che Guevara, Fidel Castro e Salvador Allende são os alvos desta vez. Utilizando a mesma fórmula que consagrou o Guia politicamente incorreto da história do Brasil, Leandro Narloch e Duda Teixeira retomam alguns dos personagens e fatos marcantes da história da América Latina para mostrar que a história não aconteceu exatamente como aprendemos na escola.
Problemas? Oba!
Autora: ELIZABETH GILBERT
Este livro tem como objetivo ajudar as pessoas a perceberem que um problema é um grande oportunidade de crescer, tanto pessoal quanto profissionalmente. Resolver um problema que aparece é aproveitar a chance de mostrar sua competência no trabalho, seu valor como profissional e também de ganhar mais dinheiro. Então, quando trazem problemas para a gente resolver, temos de comemorar... Problemas? Oba!
SETEMBRO/OUTUBRO 2011
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MEIO AMBIENTE
A terra abriga 8,7 milhões de espécies Estudo inédito, publicado em agosto último pela revista PLoS Biology, da Biblioteca Pública da Ciência, estima que o número total de espécies de animais, plantas, fungos e protozoários existentes no planeta é de 8,7 milhões, das quais 6,5 milhões habitam a porção terrestre e 2,2 milhões, os oceanos. O cálculo, baseado em uma técnica inédita de análise taxonômica, põe fim à disparidade das estimativas anteriores, que variavam de 3 milhões a 100 milhões de espécies. Além de chegar a um número mais preciso, o trabalho surpreende por afirmar que 91% das espécies marinhas e 86% das terrestres ainda não foram descobertas, descritas e catalogadas. A questão do número de espécies existentes intriga os cientistas há séculos e a resposta é importante, especialmente agora, em que inúmeras atividades humanas influenciam e aceleram o ritmo de extinção. Para o autor do estudo, o cientista colombiano Camilo Mora, da Universidade do Havaí, muitas espécies podem desaparecer antes mesmo de as termos conhecido, compreendido sua singular função no ecossistema e descoberto seu potencial de contribuição para o bem estar da humanidade. Coautor do estudo, o pesquisador Boris Worm, da Dalhousie University, no Canadá, ressalta a importância de se conhecer ao menos uma ordem de grandeza (1 milhão? 10 milhões? 100 milhões?), para que se possa planejar o futuro. Ele lembra que a recente lista vermelha, publicada pela União Internacional para a Conservação da Natureza, classifica como ameaçadas 19.625 espécies, de um total de 50.508. “Isso significa que o mais avançado estudo dessa natureza monitora menos de 1% da vida ao redor do mundo”, observa. Para os cientistas, é importante pensar que tamanha biodiversidade é muito mais que uma maravilha. É o que sustenta serviços prestados pela natureza, sem os quais o homem não sobrevive. U 44
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SETEMBRO/OUTUBRO 2011
by Regina Teixeira
Jornalista, radialista e educadora ambiental. Journalist, broadcaster and environmental educator. reginaitamambuca@gmail.com
A análise de DNA desse exemplar, descoberto em 2008, esclareceu que se trata de uma espécie nova, cuja descoberta ganhou as manchetes de noticiários do mundo todo.
Photo: David Hall
The DNA analysis of this specimen, discovered in 2008, determined that it was a new species whose discovery made headlines around the world.
Venha fazer um passeio inesquecível pela costa de Ubatuba
The earth is home to 8.7 Million species A new study published last August in the journal PLoS Biology of the Public Science Library estimates the total number of species of animals, plants, fungi and protozoa existing on the planet is 8.7 million, of which 6.5 million inhabit land areas and 2.2 million the oceans. The new estimate is based on a new technique of taxonomical analysis and ends the disparities of previous estimations, which varied from 3 million to 100 million species. In addition to settling on a more precise number, this study presents the surprising affirmation that 91% of marine species and 86% of terrestrial species are yet to be discovered, described and catalogued. The issue of how many species exist has intrigued scientists for centuries and the answer becomes even more important now, when human activity has influenced and accelerated the pace of extinctions. According to the study’s author, the University of Hawaii’s Colombian scientist, Camilo Mora, many species may disappear even before we get to know them, understand their particular role in the ecosystem, and discover their potential for increasing human wellbeing. The study’s co-author, Canada’s Dalhousie University researcher, Boris Worm, highlights the importance of knowing at least one order of magnitude (1 million? 10 million? 100 million?) of the total number in order to be able to plan for the future. He reminds us that the recent Red List published by the International Union for Nature Conservancy classifies 19,625 species as being at risk of extinction, out of a total of 50,508 listed species. Hew points out that “this means the most advanced study of this nature is monitoring less than 1% of the world’s life.” To these scientists, it is important to think that such biodiversity is a lot more than just a wonderful thing. It’s what sustains the benefits provided by nature without which man cannot survive. U
SETEMBRO/OUTUBRO 2011
ba 45 Ubatu em revista
É diferente de tudo o que você já viu!
Fácil acesso. Embarque e desembarque na praia.
Diversão com segu rança para toda família!
Saída da baía do Itaguá, contornando a costeira até a Ponta Grossa. Pytter (12) 7812-6272 ID 82*56811- Thais (12) 9112-4610 visaosubaquatica@gmail.com
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Canto do Itaguá - próximo ao pier do Iate Clube Tamoios
GUIA DE HOSPEDAGEM Verifique as facilidades de cada meio de hospedagem: Check the facilities over every lodge:
Meia Pensão
Sábado Verde!
Acesse: www.gruposantarita.com.br Blog: www.grupo-santarita.blogspot.com
Pensão Completa
Quartos com facilidades para defincientes físicos
Wireless
Ar Condicionado
Cartão de Crédito
Sauna
Sala de Internet
TV
TV a Cabo
Frigobar
Observação de Aves
Restaurante
Manobrista
Serviço de Praia
Tênis
Estacionamento
Garagem
Área para Camping
Piscina
Ofurô
Hidromassagem
Fitness
Mini-golf
Telefone
Salão de Jogos
Piscina aquecida
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Pesca
Aceita animais de pequeno porte
SETEMBRO/OUTUBRO 2011
Cavalgada
Playground
Guias para passeios
Book Your Trip Hotel Coquille O Hotel Coquille está a poucos metros da Praia Grande, uma das mais frequentadas de Ubatuba. Aqui você estará em contato com a exuberante Mata Atlântica, hospedado em um hotel com uma das melhores infraestruturas da cidade. Contamos ainda com: Aluguel de bicicletas, aulas de surf e cozinha da mamãe. Onde: Rua Praia Grande, 405 - Reservas: (12) 3835-1970 www.hotelcoquille.com.br - reservas@hotelcoquille.com.br Aceita: American Express Mastercard / Dinners
Pousada Vivenda do Flamboyant Pousada à 40 metros da praia do Lázaro. Lugar aconchegante e com todo conforto que você tem em casa. Venha com sua família. Onde: Rua João Glorioso da Cruz, 1122 - Praia do Lázaro - Ubatuba - SP Reservas: (12) 3842-0836 www.vivendadoflamboyant.com.br - pflamboyant1@uol.com.br Aceita todos os cartões de crédito
Itamambuca Eco Resort O Itamambuca Eco Resort oferece infraestrutura diferenciada, unindo todo o charme e a simplicidade típicos da praia, com serviços e acomodações que prezam pelo requinte e o alto profissionalismo. O hotel conta com três categorias de apartamentos: Master, Luxo e Bangalô. Onde: Rod. Rio-Santos km36 (BR101) - Reservas: (12) 3834-3000 www.itamambuca.com.br - info@itamambuca.com.br Aceita: Visa / American Express / Mastercard / Dinners
Morada do Sol Aluguel de casas para temporada. Suítes, kits e casas com 1 e 2 dormitórios. Tratar com Edson ou Nísora. Onde: Rua Liberdade, 410 - Centro - Ubatuba / SP Reservas: (12) 3832-1275
Pousada Viva Mar A pousada Viva Mar tem um ambiente calmo e aconchegante, atendimento personalizado, localização privilegiada, próxima aos melhores cafés, bares e restaurantes de Ubatuba. Suites completas, arejadas e antialérgicas. Onde: Rua Borba Gato, 50 - Parque Vivamar Reservas: (12) 3833-8998 - (12) 38331868 www.pousadavivamar.com.br pousadavivamar@pousadavivamar.com.br Aceita: Visa / Mastercard / Diners
Chalés Concha do Mar Chalés com 1 dormitório. Excelente localização, próximo a praia de Itamambuca. Ambiente agradável e tranqüilo. Muito verde, rios e cachoeiras. Com serviço de quarto e café da manhã. Ao lado do restaurante Concha do Mar. Onde: Rodovia BR 101, Km 37 - Itamambuca/SP - Reservas: (12) 3845-3316 www.restauranteconchadomar.com.br Aceita: Visa Mastercard
Um grupo de artistas e simpatizantes das Artes, de Ubatuba, reuniu-se para pensar o que acreditam que seja positivo para a política pública de cultura, na próxima gestão municipal. A partir das reuniões que realizou, esse grupo criou uma carta, destinada aos pretendentes ao cargo executivo, nas próximas eleições. O conteúdo dessa carta foi divulgado, pela primeira vez, na rede social facebook, no perfil “Carta Cultura Ubatuba”. A partir dessa divulgação, muitos segmentos da sociedade tomaram conhecimento de seu conteúdo. Considerando a importância de ampliarmos essa divulgação, abaixo segue o conteúdo da carta:
Carta aos Postulantes à Prefeitura de Ubatuba com Propostas de Políticas Públicas Culturais Durante quatro semanas consecutivas, do dia 16 de maio até o dia 8 de junho, reuniram-se, com o ideal de produzir esta carta, os senhores Alex Sander Quadra Rosa, Aries Marioto Ferreira, Bruno Vitale, Camila Marujo, Caio da Silva Ferreira, Daniel Carelli Grilo, Fernando José Vasques Gradim, Heitor Barsalini, Isabelle Inglese Prado, Kleber Pacheco, Marcelo Barmak Besada, Michel Martins de Araujo, João Roberto Magalhães, Sylvia Garcia e Taíssa Ribeiro de Almeida Araujo. Todas as pessoas acima mencionadas tem alguma ligação com as artes ou fazem delas o seu meio de sustento. Por esse motivo, pensam que apenas uma política pública cultural forte para o nosso Município poderá não só melhorar os seus meios de sustento, mas, principalmente, melhorar a qualidade intelectual do nosso povo. Sabem que estamos nos aproximando de um período eleitoral e, por esse motivo, antes que os postulantes aos Cargos Públicos do nosso Município prometam coisas que nem sempre sabem como cumprir, colocam-se, essas pessoa como proponentes do conteúdo desta carta. Nossa proposta está baseada em três pontos, com as suas devidas ramificações: 1. Criação do Conselho Municipal de Cultura - O Poder Público deverá se mostrar com atitudes para a criação do Conselho, composto por representantes da sociedade civil e do poder público, exercendo suas devidas funções. Seguindo as orientações do Ministério da Cultura. 2. Criação da Escola de Artes de Ubatuba - De gestão compartilhada entre a Fundart e a Secretaria Municipal de Educação, - Com a fiscalização de seus trabalhos pela sociedade civil, por meio do Conselho Municipal de Cultura, a partir do momento que o mesmo for criado. - Com ênfase no fortalecimento da Cultura Caiçara, - Cultura e Educação – Formando arte-educadores para a Rede Pública, - Cultura e Turismo – formando mão de obra especializada no receptivo turístico local, - Capacitadora técnica dos funcionários dos aparelhos públicos de cultura, - Cursos continuados de, no mínimo dois anos, - Presença obrigatória de um coordenador pedagógico, - Possuir uma assessoria de comunicação própria, - Buscar, num segundo momento, reconhecimentos nos órgãos competentes para formação profissionalizante, - Fazer com que, em no máximo quatro anos, vários núcleos da Escola de Artes de Ubatuba sejam abertos em pontos longínquos da cidade. 3. Leis de preservação das manifestações artísticas locais - Um trabalho conjunto do Poder Executivo, do Poder Legislativo e do Conselho Municipal de Cultura (a partir do momento em que este seja criado) criando as seguintes leis: v Lei de obrigatoriedade de contratação de artistas locais em eventos particulares, provenientes de empresas sediadas em outras cidades, que venham a se realizar em Ubatuba, independentemente dos mesmos terem ou não cunho religioso, com faixas de público definidas para as contratações, v Lei de fomento municipal às artes, criando um edital para contemplação das produções locais, usando como molde o Fundo de Investimentos Culturais de Campinas (FICC), visto que, as cidades, tem assinada uma lei que as define como “Cidades Irmãs”. v Lei de obrigatoriedade de apresentações artísticas contínuas nos bairros da cidade. v Lei que cria o orçamento participativo para as políticas culturais de nosso Município. Acreditamos que se essas propostas forem praticadas, teremos um salto qualitativo do desenvolvimento cultural de nosso Município, fazendo com que os ganhos para os governos não se resumam apenas a votos e sim a um visível aumento do bem estar, proporcionado pela possibilidade contínua de atrativos culturais que prezam pelo enriquecimento da auto-estima do nosso povo, além de aumentar significativamente a quantidade e a qualidade dos eventos locais, ponto sempre tocado por todos que sabem dos potenciais de nossa cidade e reconhecem neste quesito, um dos principais pontos fracos na estratégia de aumento da captação de renda pela nossa cidade. Colocamo-nos à disposição dos postulantes aos cargos públicos para as devidas explicações a respeito dos itens supra-citados e assinamos aos 9 dias do mês de junho de dois mil e onze. 48
ba Ubatu em revista
SETEMBRO/OUTUBRO 2011
INFORMAÇÕES ÚTEIS Photo: Emílio Campi
AEROPORTO DE UBATUBA Administração: DAESP Endereço: Avenida Guarani nº 194 - Centro - Ubatuba/SP Fone: (12) 3832-1992 - Fax: (12) 3832-4339 Horário de Funcionamento: Horário Diurno (do nascer ao pôr-do-sol) ICAO: SDUB Latitude: 23º 26’ 29’’ S - Longitude: 045º 04’ 34’’ W Código de Pista: 2 Tipo de Operação: VFR diurno Altitude: 4m/13 ft Categoria Contra Incêndio disponível: 2 Pista Dimensões (m): 940 x 30 Designação da cabeceira: 09 - 27 - Cabeceira Predominante: 09 Declividade máxima: 0,028% - Declividade Efetiva: 0,27% Tipo de Piso: ASPH (asfalto) Resistência do Piso (PCN): 24/F/B/X/T Abastecimento: Combustível disponível: AVGAS-100 e JET A-1 Auxílios operacionais Frequência do Aeroporto: 124,52 NDB: 295 - Sinais de Guia de Táxi - Biruta Sinais de Eixo de Pista - Sinais Indicadores de Pista Sinais de Cabeceira de Pista Circuito de Tráfego Aéreo: Padrão Helicharter Helicópteros (12) 3833-2471 - (12) 9149-4695 Câmeras ao vivo pelo site: http://www.helpjet.com.br/
Emergência: 190 - Polícia Militar 153 - Guarda Municipal 191 - Polícia Rodoviária Federal 198 - Polícia Rodoviária Estadual 192 - Ambulância 193 - Corpo de Bombeiros 199 - Defesa Civil Telefones Úteis: Hospital Santa Casa - (12) 3832-7266 e 3832-7262 Corpo de Bombeiros - (12) 3833-2250 ou 3832-1290 Defesa Civil - (12) 3832-5349 Polícia Militar - (12) 3832-3598 Delegacia da Mulher - (12) 3832-5260 Polícia Ambiental - (12) 3832-2876 ou 3832-6088 Delegacia de Polícia - (12) 3832-1333 Guarda Municipal - (12) 3833-3949 ou 3833-6707 Policia Rodoviária Estadual - (12) 3832-0287 Polícia Rodoviária Federal - (12) 3845-1226 Forum - (12) 3832-1318 Centro de Informações Turísticas - (12) 3833-9123 Secretaria de Turismo - (12) 3833-9007 Prefeitura Municipal - (12) 3834-1000 Câmara Municipal - (12) 3834-1500
Associação Comercial - (12) 3834-1449 Elektro (luz e energia) - 0800-7010102 Sabesp (água e esgoto) - 0800-550195 ou (12) 3833-3349 ou 3832-2288 ou 3832-6091 Cetesb – 0800-113560 ou (12) 3832-3816 Bancos: Banco do Brasil - (12) 3832-3956 Santander- (12) 3834-3301 Bradesco - (12) 3832-3499 Caixa Econômica Federal - (12) 3834-1600 HSBC - (12) 3834-4500 Itaú - (12) 3832-5321 Pontos de Táxi: Rodoviária - (12) 3832-1085 Praça Nóbrega - (12) 3832-1157 Praça 13 de Maio - (12) 3832-1235 Ônibus: Terminal Urbano - (12) 3833-4002 Viação São José - (12) 3833-1003 Viação Litorânea / Pássaro Marrom - (12) 3832-3622 Viação Reunidas Paulista – 0300-210-3000
SETEMBRO/OUTUBRO 2011
ba 49 Ubatu em revista
Caraguatatuba / SP
Taubaté / SP
Pico do Corcovado
Ubatuba / SP 01 11 12 13 14 10 15 09 16 08 17
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Ilha Anchieta
Praias de Ubatuba Beachs of Ubatuba
Ilha Vitória
01 - das Galhetas 02 - da Figueira 03 - da Ponta Aguda 04 - Mansa 05 - da Lagoa 06 - Brava do Frade 07 - da Raposa 08 - da Caçandoquinha 09 - da Caçandoca 10 - do Pulso 11 - Maranduba 12 - do Sapê 13 - Lagoinha 14 - Oeste 15 - Peres 16 - Bonete 17 - Bonete Grande 18 - Deserto 19 - Cedro 20 - Fortaleza 21 - Brava da Fortaleza 22 - da Costa 23 - Vermelha do Sul 24 - Brava do Sul 25 - Dura
26 - Barra ou Palmira 27 - Domingas Dias 28 - Lázaro 29 - Sununga 30 - Sete Fontes 31 - Flamenguinho 32 - Flamengo 33 - Dionísia 34 - da Ribeira 35 - Saco da Ribeira 36 - Lamberto 37 - Pereque Mirim 38 - Santa Rita 39 - Enseada 40 - Praia de Fora 41 - Prainha 42 - Itapecerica 43 - do Godoi 44 - Toninhas 45 - Praia Grande 46 - Tenório 47 - Vermelha do Centro 48 - Cedro 49 - Itaguá 50 - Iperoíg ou Cruzeiro
51 - Matarazo 52 - Pereque Açu 53 - Barra Seca 54 - Saco da Mãe Maria 55 - Vermelha do Norte 56 - do Alto 57 - Itamambuca 58 - do Português 59 - Félix 60 - das Conchas 61 - Prumirim 62 - do Léo 63 - do Meio 64 - Puruba 65 - da Justa 66 - Ubatumirim 67 - Estaleiro do Padre 68 - Almada 69 - Engenho 70 - Brava da Almada 71 - Fazenda 72 - das Bicas 73 - Picinguaba 74 - Brava 75 - Camburí
75
Angra dos Reis / RJ
Cunha / SP
36
37 38
35 34
40
33
Paraty / RJ
39 41
32 31
29
42
43 44
Ilha do Araújo
30
28 27 26 25
24
23 22 21
20 19 18 17 16
15 14
Saco do Mamanguá
05 02 01
04 03
06
13 07 08 09
Ilha Grande / RJ
10 11 12
Praias de Paraty Beachs of Paraty 01 - Cachadaço 02 - da Figueira 03 - do Cachadaço 04 - do Meio 05 - de Fora 06 - do Cepilho 07 - Brava 08 - Laranjeiras 09 - do Sono 10 - do Furado 11 - da Ponta Negra 12 - Martim de Sá 13 - Pouso da Cajaíba 14 - do Sobrado 15 - Paraty Mirim 16 - Saco da Velha 17 - da Conceição 18 - da Lula 19 - Vermelha 20 - de Santa Rita 21 - do Baré 22 - do Engenho D’Água
23 - do Jurumirim 24 - Bom Jardim 25 - do Joaninho 26 - Boa Vista 27 - do Pontal 28 - Jabaquara 29 - Corumbê 30 - Barra Grande do Corumbê 31 - Grande 32 - Prainha 33 - do Engenho Velho 34 - da Graúna 35 - Jundiaquara 36 - da Barra Grande 37 - São Roque 38 - Taquarí 39 - Humaitá 40 - São Gonçalo 41 - São Gonçalinho 42 - Tarituba 43 - Batanguera 44 - Mambucaba