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O que vem dentro de uma mala?

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A Torá

A Torá

Vem o que cabe. Apenas o mais importante, escolhido pelo nosso coração.

Partindo de terras distantes, as pessoas levavam dentro de algumas malas ou baús o mínimo necessário para começar uma vida nova.

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Apressadamente, quem partia se deparava com a difícil decisão: quais pertences encaixar em sua reduzida bagagem? Documentos, objetos religiosos, utensílios para culinária, ou instrumentos e ferramentas de trabalho, somente o essencial.

Muita coisa foi deixada para trás, mas alguns objetos chegaram ao Brasil e, hoje, nos ajudam a montar retratos e paisagens de outras épocas, como peças de um quebra-cabeça.

Há um tempo, se pensava que apenas a vida dos “grandes homens” – imperadores, artistas famosos, navegadores – dava origem aos acontecimentos valiosos da linha do tempo da humanidade. Esse pensamento mudou, agora sabemos que a História é feita por todos e todas. E pode ser narrada por uma menina. Débora vai abrir as portas do Museu Judaico de São Paulo e contar histórias inspiradas por objetos e documentos da coleção desse museu, que celebra as tradições e a cultura judaica, conecta histórias e cria tranças entre um passado, um presente e um futuro partilhados coletivamente.

Então, vire a página, boa leitura e boa visita!

Moro na maior metrópole do Brasil, São Paulo, que em seus mais de 460 anos, já acolheu imigrantes que vieram do mundo todo. Meus antepassados também viajaram um bocado até desembarcarem nesta cidade.

Me chamo Débora em homenagem a uma juíza e profetisa do Povo de Israel. Débora significa, em hebraico, “aquela que fala”. Acho que esse nome combina bem comigo!

Os imigrantes judeus vindos da Europa, do norte da África e do Oriente Médio fugiam da fome, de guerras, da falta de trabalho. Muitos eram perseguidos devido a suas crenças religiosas e seus costumes. Buscavam novas oportunidades de vida e um lugar onde pudessem criar seus filhos, estudar, trabalhar e viver em paz.

Muitas vezes as viagens eram feitas às pressas e, para cruzar o oceano, não era possível levar muitos pertences, não cabia tanta coisa na bagagem, então, além de documentos, cada um escolhia algo precioso para trazer: fotografias, roupas, livros, utensílios da casa, de trabalho, além de objetos religiosos, como candelabros e xales de orações.

Passeando pelo

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