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As telefonistas

A profissão marcou a entrada das mulheres no mercado de trabalho em uma época em que elas raramente podiam trabalhar fora de casa. Essa função as obrigava a se organizar em turnos, da manhã até a noite. Para falar com alguém, primeiro era necessário contactar a central telefônica. “Alô, telefonista. Gostaria de falar com a Senhora…”. E a telefonista perguntava: “Número, por favor?”. Após uma conversa breve, era a profissional quem completava a ligação, conectando os cabos de um contato para o outro. O tempo de espera para a transferência dependia da distância. Poderia durar minutos, horas, dias ou até semanas. Se a ligação era para um vizinho, rapidamente, estava transferida. Mas se fosse para outra cidade, a coisa complicava. A telefonista tinha de ligar para outro intermediário, ponto a ponto no mapa, de central a central, até chegar ao destino.

Bip! Bip! Trimmm!

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Por pouco tempo na História uma outra profissão existiu, inspirada nas telefonistas: os operadores de pager, pequenos aparelhos que passavam mensagens, mas de forma eletrônica. Também conhecido como bip, era um dispositivo que teve seu auge na década de 1990, pouco antes da popularização dos telefones celulares. Cada um tinha um número e, para mandar um recado, nós tínhamos que ligar para uma central e ditar o conteúdo para um atendente. O aparelho, que funcionava por ondas de rádio, vibrava e fazia um triiiim para chamar a atenção de seu proprietário. Outro detalhe é que a mensagem tinha que ser bem curtinha, pois o espaço não comportava muitos caracteres.

Datilografia

O datilógrafo era o profissional que manuseava a máquina de escrever que estava em todos os escritórios. Feita de metal, era bem pesada. Tinha um teclado, como o do computador, e uma bobina, para posicionar o papel. Datilografar nem sempre foi fácil. Era preciso aprender em um curso que consistia em exercícios de memorização do posicionamento das letras no teclado para dominar a técnica. A meta era digitar sem olhar e decorar o lugar certo de cada tecla para garantir uma escrita rápida e perfeita. Se houvesse um erro, a folha tinha de ser jogada fora, e o documento, digitado novamente. Às vezes dava para usar uma borracha especial, mas mesmo assim era um trabalhão, se comparado às facilidades do computador, que permite apagar qualquer texto na tela com alguns cliques.

Perfuradoras de cartão

Lá pelos idos de 1960, chegaram os primeiros computadores nas empresas. Bem diferentes dos nossos pequenos laptops, ocupavam salas inteiras, e a entrada de dados era feita por um sistema de pontinhos, com cartões ou fitas de papel perfuradas. Parecido com uma ficha de loteria, cada furo representava um código, com sequências específicas para números e outras, para letras. Já pensou escrever uma frase inteira só com furinhos? Diferentes das datilógrafas, as perfuradoras pressionavam as teclas, mas em vez de gravar cada caractere como na máquina de escrever, elas faziam furos no cartão de papel. Com o tempo, os computadores pessoais chegaram, e os datilógrafos e perfuradores tiveram as profissões reinventadas: poderiam ser digitadores. E as máquinas de datilografia e perfuração, hoje, são peças de museu que contam a história do avanço da tecnologia.

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