CATALOGO TCC

INSTALAÇÕES SANITÁRIAS PARA A POPULAÇÃO EM SITuAÇÃO DE RUA SARAH REGINA DE MOURA FERNANDES ORIENTADORES: Prof. Rejane Magiag Loura Prof. Marcelo Pinto

INSTALAÇÕES SANITÁRIAS PARA A POPULAÇÃO EM SITuAÇÃO DE RUA SARAH REGINA DE MOURA FERNANDES Trabalho final de conclusão de curso Escola de Arquitetura e Design Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte UFMG Julho de 2017

Dedico esse trabalho a todos as pessoas que se envolveram de alguma forma ou que me envolveram de conhecimento, amor e incentivo, À queridissíma professora Rejane Magiag Loura, por acolher e abraçar comigo esse desafio, pelo carinho e sensibilidade.

Ao professor Marcelo Pinto, por todo incentivo e disponibilidade de partilhar um novo saber, me levando a conhecer caminhos ainda não explorados. Às professoras Natcha Rena e Karine Gonçalves, que se dispuseram em participar e colaborar com seus conhecimentos para o crescimento desde trabalho.

Aos familiares e amigos, que foram importantes fontes de incentivo e motivição.

Em especial , ao meu pai e minha mãe, que são as minhas maiores inspirações.

Deborah e Lucas, à vocês, sempre ! À Escola de Arquitetura e Design da UFMG, que cria condições de explorar temas e abordagens como esta.

Foto: Henry Milleo/Gazeta

“Tira os pobre do centro, faz um cartão postal. É o governo trampando, Photoshop social” (Inquérito – Eu só peço a Deus)

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RESUMO FERNANDES, Sarah Regina de Moura. Instalações sanitárias para a população em situação de rua. Belo Horizonte, 2016. XX p. Relatório de TCC apresentado à Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, como requisito para obtenção do título de Graduado em Arquitetura e Urbanismo,2017.

Este trabalho teve início na percepção social e urbana da cidade de Belo Horizonte e os conflitos vividos no cotidiano pela população em situação de rua.

Foi apartir de uma análise critica, que se levandou os desafios e dificuldades de uma vida citadina com as poucas infraestrutras nos espaços públicos, por fim, o trabalho apresenta como solução a instalações de sanitários modulares nos espaços nos vazios urbanos.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO Pag. 10

METODOLOGIA METODOLOGIA DE PROJETO Pág. 18 INSPIRAÇÕES Pág.20

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PROJETO A P R E S E N TAÇ ÃO P á g . 2 4 DIMENSIONAMENTO Pág. 30 FASES Pág. 38 TELA URBANA Pág. 40 MANUTENÇÃO Pág. 42 I N S TA L AÇ ÃO P á g . 4 4

CONCLUSÃO Pág. 46

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INTRO DUÇÃO

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O morador de rua é um sujeito urbano, presente em quase todas as cidades, desde o surgimento dessas mesmas. Por conta disso, sua participação está envolvida com a própria criação da história e da identidade urbana, tomando para si um caráter de ator e autor de mudanças e ocupações dos espaços públicos.

Porém, sua posição se torna questionada e problematizada, quando se tem uma visão que de este grupo compreende a um desvio padrão do correto modo de se viver na cidade. Justificado pelas condições que sua maioria se encontra, sem alimentação, sem higienização, sem acompanhamento médico, além de uma associação feito com usuários e drogas e bandidos. Sendo assim, são considerados um problema urbano e social, que deve rapidamento ser resolvido e banido, dentro da lógica higienista e anti-assistencialista que invade nossos sistemas e sociedades.

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Foto: Lee Jeffries

HISTÓRICO Portanto, é de suma importância conhecer a fundo quem são esses moradores de rua e quais seus problemas, necessidade e vontade, reconhecer como pessoas tão importantes como qualquer outro cidadão e entender quais políticas públicas de fato ajudam esses moradores. Diferente da vontade de simplesmente apaga-los como um Photoshop Social.

Belo Horizonte, por ser a primeira cidade criada e planejada da republica, carrega, desde sua criação uma lógica higienista e cientifica sobre a “manutenção da higiene sanitária e ao prosseguimento regular dos trabalhos técnicos” deixada claramente explicita no oficio endereçado por Aarão Reis ao Governador do Estado. (AARÃO REIS apud BARRETO, 1936, p.241). Sendo assim, havia uma real preocupação dentre os governantes de não deixarem os “indesejáveis” ocuparem a cidade moderna de Belo Horizonte.

Desde então, a cidade de Belo Horizonte, vem crescendo, acompanhando o desenvolvimento industrial.

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Com isso, houve uma grande massa imigratória para a cidade, sendo necessária a ampliação das relações espaciais e geográficas do território.

Belo Horizonte, desde de sua origem rejeita e nega a figura do morador de rua, o tendo como um problema a ser resolvido e escondido. Para o entendimento desse “problema” o governo de Belo Horizonte cria um Censo, que colhe dados, visando entender como é a vida dessa população. Veremos a baixo os dados coletados por esse mecanismo.

De acordo com o “Terceiro Censo de População em situação de Rua e Migrantes de Belo Horizonte”, realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte em 2014, estima-se que a população de rua em Belo Horizonte seja de aproximadamente 1827 pessoas.

Os dados destacam que quase 87% dessa população seja do sexo masculino e apresente faixa etária entre 30 e 40 anos. É a partir desses dados coletados que são elaboradas as políticas assistencialista, porem como pode-se perceber são dados empíricos, que não coletam o comportamento e necessidades pessoais desse grupo.

Imagem: Plano Diretor Aarão Reis (1895).

Portanto, nem sempre as medidas adotam são corretas e eficazes. As soluções propostas pelo governo giram entorno de instituições de abrigos, porem a temática de retirada dessa população da rua é bem mais complexa, tendo como resposta uma baixa aceitação por parte dessa população aos abrigos existentes.

A decisão por viver nas ruas culmina em muitos desafios diários, como a busca por abrigo ou materiais que auxiliem na proteção de intempéries, principalmente durante as noites. Os moradores das ruas conseguem também, roupas e cobertores por meio de doações, na maioria das vezes por pessoas físicas que se voluntariam em prol desses habitantes.

Os moradores de rua carregam sobre si entendimento de ser problema urbano a ser solucionado e ao fim, eliminado.

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Por que a limpeza da área, a potencializa e valoriza, uma vez que estamos inseridos em uma lógica que o empreendedorismo urbano neoliberal é baseado em investimentos em infraestrutura, aliado à megaprojetos e dinâmicas de acumulação de capital impulsionadas pelo Estado e por setores privados. É isso que presenciamos com frequência nas cidades, que fogem do nosso entendimento e da nossa visão de cidadão e nesse abismo moral, a visão humanista, não existe. É um público, que vive diversas situações onde seus direitos são violados e não respeitados, tendo assim, sua condição de cidadão é comprometida ou até mesmo negada. É necessário então que o poder público, assim como a sociedade voltem os olhos para essa negligencia e que se faça necessário diagnósticos mais claros e profundos a cerca dessa população. Tendo em vista essa dinâmica, é importante então, reconhecer de uma nova maneira quem são esses atores urbanos, como são sua relação com a cidade e com os espaços públicos, uma vez que compreendem a uma espacialidade urbana.

Por isso, a intenção é conduzir um olhar a PESSOAS que compõe, vivem, (r)existem, sobrevivem, pertencem ao espaço público urbano. Não como um problema, mas como atores (autores) de um modelo urbano de vida, de comportamento, capaz de produzir saberes e espaços heterotrópicos na cidade.

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Foto: Júlia Rodrigues.

Este estudo teve como recorte a cidade de Belo Horizonte, uma cidade de porte grande, com uma grande população e logo, intensas atividades cotidianas e urbanas. Possui um considerável número de pessoas em situação de rua, se torna um ponto importante de atuação social e urbana. Esse trabalho objetiva o estudo e análise das atividades realizadas pelos moradores de rua em seu cotidiano. Assim como verificar as suas reais necessidades e dificuldades na realização das atividades diárias. Entendendo a dinâmica do uso do espaço público para as atividades pessoais, logo, este estudo se finaliza em uma proposta, que une conceitos da arquitetura, urbanismo e design, a fim de contribuir para o dia-a-dia dos moradores de rua.

O interesse pelo tema proposto, parte da consideração de toda uma problemática social e urbana, que envolve as pessoas que se encontram em situação de rua e a cidade como um todo. A sociedade, no geral, pautada em classes econômicas, enxergam esses moradores de rua de uma maneira essencialmente ideológica, reproduzindo uma a relação de dominação vigente, onde esse grupo marginalizado se encontra na base dessa pirâmide. Sendo assim, tem-se uma visão de um desvio padrão do correto modo de se viver na cidade, sendo negados e generalizados como “problema” urbano.

Com tudo isso, esse estudo é importante por que busca nas necessidades observadas, uma maneira de tornar as atividades diárias e citidina dessa população mais simples e de fácil acesso.

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M E TO D O LO G I A

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METODOLOGIA DE PROJETO O estudo desenvolvido foi realizado a partir do uso de diversos métodos de pesquisa. Primeiramente, foi pesquisado nas instituições públicas, como Prefeitura de Belo Horizonte e suas secretárias, quais informações já haviam sido levantadas sobre a população em situação de rua (levantamento bibliográfico). A principal referência sobre esse tema é A partir de então, que se teve acesso aos resultados do último “Censo de População em situação de Rua e Migrantes de Belo Horizonte” realizado em 2014.

O segundo passo é levantamento de dados primários por meio de entrevistas realizadas com grupos que oferecem apoio e doações aos moradores de rua.

O objetivo é levantar informações sobre: (i) quais objetos os moradores de rua portam, (ii) quais as condições que este grupo dorme durante as noites. Tais informações serão associadas a registros fotográficos realizados pela autora em diversas situações e em diferentes pontos da cidade, apontando situações reais e corriqueiras da situação que estes se encontram.

Para organização deste material foi usado as ferramentas que o Human-Centered Design (HCD) apontam. Esse é um processo de concepção e gestão, envolvendo a perspectiva humana nas etapas de processo de resolução de diversos problemas. Baseando-se na observação da adversidade dentro do contexto, seguido da sua conceituação, desenvolvimento e implementação da solução.

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Foto: A autora.

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INSPIRAÇÕES

Uma cidade pode oferecer aos seus moradores de rua, uma maneira de se viver melhor, utilizando especialmente a infraestrutura urbana já existente. É o que o propõe um de Los Angeles, que se quis criar um serviço a aqueles que não têm acesso aos direitos básicos como banho e saneamento básico.

Lava Mae é um projeto iniciado por Doniece Sandoval, em Los Angeles.

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Sua proposta consiste em utilizar ônibus de transporte público velhos em banheiros sobre rodas. Teve início em 2014, quando foi construído o primeiro protótipo, logo após houve uma série de pedidos em dezenas de comunidades como Silicon Valley,Gana, Mongólia, Sydney, e São Paulo, todos inspirados por Lava Mae para criar seu próprio serviço de higiene móvel. Em 2015 foram mais de 25.000 banhos proporcionados.

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Foto: A autora.

22 Imagem: Autor desconhecido.

O cubo, forma tridimensional formada por seis faces quadradas, é associado ao domínio da racionalidade e da neutralidade. Traz no seu significado firmeza e organização além de estabilidade e ordem. De tal maneira que se faz relação com a cidade progressista e organizada, Belo Horizonte é um cubo transformado em cidade, urbanizado.

Mas assim como traz em si uma vivacidade e espontaneidade pouco percebida, assim pode ser o cubo, que em seu interior se carrega de vida e vivência. Por conta disso, essa geometria foi um ponto de partida de inspiração para a criação da volumetria e desenvolvimento do projeto.

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PRO J E TO A P R E S E N TA Ç Ã O

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Imagem: Autora.

Devido a uma demanda real existente, a proposta do projeto visa a criação de módulos acoplavéis de instalações sanitárias para a fixação em áreas urbanas sub-utilizadas, Oferecendo assim, a oportunidade de acesso a banhos e serviços pouco ofertados na cidade, além da geração de áreas de reintegração social. É importante ressaltar que o uso do banheiro se estende a todos os moradores de Belo Horizonte, não exclusivos a moradores de rua, mas destacando a necessidade dessa população. São diversos módulos, contendo sanitários, lavatórios, estrutura para banho, manutenção e mais de mobiliários de apoio, como banco, lixeira e bebedouro.

A criação dos módulos partiu de conceitos estabelecidos como requisitos, a fim de direcionar o produto. São esses os requisitos: fácil montagem e instalação, adaptabilidade a qualquer terreno na inclinação máxima de 10%, baixo custo de instalação e manutenção, garantia de acessibilidade em módulos sanitários específicos e no módulo de banho e economia dos recursos hídricos.

Os módulos foram todos pensados em estrutura de steel frame, garantindo facilidade e rapidez na montagem, com fechamento interno e externo de placas de concreto, dando a rigidez necessária.

Essa placas, foram exclusivamente desenvolvidas com perfurações em ambos os lados, afim de permitir a penetração da luz solar, sem gerar o desconforto da permeabilidade visual, por conta da posição desencontrada e a densidade dos furos, que se difere conforme a altura. Cada módulo conta com um reservatório de água proprio, que garante a idependencia hidrica de cada objeto individualmente.

Para diminuição de custo, foi projetada a descarga a vácuo, na qual, é necessário apena 1L de água para a cada uso. Além de bomba de calor, que garante o aquecimento da água utilizada no banho.

São no total cinco módulo: Módulo sanitário simples, módulo sanitário PNE, módulo lavatório, módulo banho e módulo manutenção.

Somados a estes, há também os equipamentos de apoio: módulo comercial, bebedouro, bicicletário, lixeira, módulo de segurança e bancos.

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Imagem: Autora.

MÓDULO SANITÁRIO SIMPLES O módulo sanitário simples é composto por 3 cabines de uso indivual, contendo em cada uma: bacia sanitária, cabideiro, papeleira e lixeira. Este conta com uma descarga a vácuo acionada por sensores.

Seu reservatório conta com uma capacidade de 1.000L de água, assegurando assim o uso diário do módulo.

MÓDULO SANITÁRIO PNE O módulo sanitário PNE (portadores de necessidades especiais) foi desenvilvido para atender a uma parcela da população que necessita de uma área maior para se locomover. Contém apenar uma cabine individual equipada com bácia sanitária, cabideiro, papeleira e lixeira, além das barras de apoio e descarga a vácuo acionada por sensores. O módulo ainda conta com um lavatório próprio, permitindo assim, a garantia de acessibilidade. Seu reservatório conta com uma capacidade de 1.000L de água, assegurando assim o uso diário do módulo.

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MÓDULO LAVATÓRIO O módulo lavatório foi pensado para se acoplar aos módulos sanitários, possui quatro estruturas de lavagem individual. A torneira é de ciclo fixo, o que evita o desperdicio de água, uma vez que esta só é liberada após o botão ser pressionado e solto.

Seu reservatório conta com uma capacidade de 1.000L de água, assegurando assim o uso diário do módulo.

MÓDULO BANHO O módulo banho possui duas cabines individuais, que contam com uma área de apoio com banco e armário, além do espaço com o chuveiro, barras de apoio e banco, garantindo assim a acessibilidade do módulo. Seu reservatório garante o armazenamento de 2.000L de água e somado ao arejador, garante 50 banhos sem necessidade de reposição da água.

O banho tem duração máxima de 5 minutos, quando ocorre a interrupção da água e a permanencia do usuário não deve ultrapassar de 20 minutos. O aquecimento da água, ocorre por bomba de calor, sistema que gera economia energética de até 75%.

Sugere-se que o módulo tenha um funcionamento de 8 a 12 horas por dia e que seja acompanhado pelo Módulo de Manutenção, o qual armazena a casa de bomba e realiza o controle de acesso.

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MÓDULO MANUTENÇÃO O módulo manutenção é de uso exclusivo de funcionários e possui quatro compartimentos internos, que são: DML, copa, vestiário e casa de bomba.

Sua associação aos demais módulos são indispensaveis, pois estão contidos na casa de bomba, o gerador de vácuo das descargas e a bomba de calor, que aquece a água utilizada nos chuveiros.

Além disso, é atraves dele que é possível fazer o controle de acesso do módulo banho, garantindo o uso correto do equipamento.

DEMAIS EQUIPAMENTOS Outros equipamentos foram projetos de forma a complementar a instalação dos módulos sanitários, criando um mobiliário urbano completo e com diversas possibilidades de uso.

São estes: módulo comercial, que visa a instalação de pequenas formas de comercio no local; módulo segurança, cabine policial para a realização da vigilancia durante o tempo de uso das instalações; peça de fixação, que corrige a inclinação do terreno de até 10%, garantindo o bom funcionamento dos módulos; bebedouro, lixeira, bicicletário e bancos.

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DIMENSIONAMENTO

PLANTA MÓDULO SANITÁRIO

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PERSPECTIVA MÓDULO SANITÁRIO

PLANTA MÓDULO SANITÁRIO PNE

PERSPECTIVA MÓDULO SANITÁRIO PNE

PLANTA MÓDULO LAVATÓRIO PERSPECTIVA MÓDULO LAVATÓRIO

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PLANTA MÓDULO BANHO

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PERSPECTIVA MÓDULO BANHO

PERSPECTIVA MÓDULO MANUTENÇÃO

PLANTA MÓDULO MANUTENÇÃO

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PLANTA MOD. COMERCIAL

PLANTA

VISTA MOD. COMERCIAL

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CORTE MOD. COMERCIAL

PERSPECTIVA MOD. COMERCIAL

PLANTA MOD. SEGURANÇA PERSPECTIVA MOD. SEGURANÇA

VISTA MOD. SEGURANÇA

CORTE MOD. SEGURANÇA

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PLANTA BEBEDOURO CORTE BEBEDOURO

VISTA BEBEDOURO

PERSPECTIVA BEBEDOURO

PLANTA BICICLETÁRIO

VISTA BICICLETÁRIO

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CORTE BICICLETÁRIO

PERSPECTIVA BICICLETÁRIO

PLANTA LIXEIRA PERSPECTIVA LIXEIRA PLANTA BANCO

VISTA BANCO

VISTA LIXEIRA CORTE LIXEIRA

PERSPECTIVA BANCO

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FA S E S 38

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TELA URBANA O uso do concreto nas fachadas dos módulos foi uma alternativa encontrada para garantir a rigidez e segurança necessária, mas também abre a possibilidade de surgimento de uma “tela urbana”, espaço de apropriação artística da rua, vitrine de formas de expressões, de maneira a ganhar a identidade dos usuários.

As fachadas dos módulo se tornam então, parte de uma cidade organica e viva, que muda sua paisagem constantemente, adapatando ao seu entorno.

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Imagem: Autora.

MANUTENÇÃO A manutenção dos módulos foi um critério pensado e elaborado, a fim de colaborar para a redução dos gastos na sua realização. Sendo assim, diversos fatores e artificios foram pensados para diminuir o vandalismo e garantir a preservação.

As quinas externas dos módulos são abauladas, acabadas com uma cantoneira de concreto, artificio usado para eliminar um ponto fragil no encontro das placas. Já no interior do módulo, a quina abaulada surge como uma estratégia para evitar o acumulo de sujeira, facilitando a limpeza diária.

As placas de concreto internas podem ser removidas, caso seja necessária a manutenção hidraulica, sendo assim, é necessária a desparafusação da placa, para acesso interno e logo após o término, a sua reparafusação. Como as placas possuem 50 cm de altura, no caso de quebra de uma delas ou manutenção, não é necessário a troca do fechamento por inteiro, mas apenas das placas afetadas.

Para realizar manutenção no reservatório, indicada a cada 6 meses, deve-se fazer o acesso por cima do módulo, deslocando a tampa superior, que se encontra fixada por parafusos. É válido ressaltar a importancia do módulo de manutenção, que conta com um DML, espaço prório para armazenamento de produtos de limpeza e equipamentos de manutenção, além das casas de bombas, onde se concentram os equipamentos de geração de vácuo e bomba de calor.

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Imagem: Autora.

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I N S TA L A Ç Ã O Ao pensar na escolha do local para instalação dos módulos, é importante considerar algumas diretrizes, para o seu bom funcionamento.

O entorno deve conter uma boa iluminação pública durante a noite, onde haja um número consideravel de pessoas, comércios e equipamentos públicos.

Quanto ao local de instalação, este deve este deve possuir uma inclinação máxima de 8,33% ( para a locação do módulo sanitário acessível) e de até 10%( para os demais módulos), lembrando que em casos de inclinação, deve-se utilizar a peça de correção e nivelamento do módulo, garantindo que o mesmo esteja sempre aprumado verticalmente.

Além disso, a área escolhida deve possuir alguma forma de acesso a água canalizada, esgoto e luz. É indicado a sua instalações em locais públicos, como praças e parques e vazios urbanos, como baixios de viadutos e áreas residuais entre edificações.

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Imagem: Autora.

C O N C LU SÃO

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Foto: Lee Jeffries

A premissa deste tralho partiu de um síncero desejo de contribuir para a mudança do olhar da população de Belo Horizonte, em relação aos moradores de rua que aqui habitam.

A intenção parte do pressuposto que os habitantes da capital mineira possam enxergar essa população vulnerável como parte orgânica e viva da cidade, trazendo a ideia de um mobiliário urbano e uma infraestrutura que seja de fato pública a qualquer cidadão.

Sendo assim, foi encontrada a solução das instalações sanitárias como forma de suprir, as necessidades identificadas no cotidiano da população em situação de rua.

O trabalho deixa uma satisfação de uma experiência enriquecedora, que culminou em um crescimento próprio. É de profundo querer que este venha contribuir de alguma maneira para os leitores, e que em um futuro próximo, a populção de rua seja vista com mais estima e apreço. Gerando assim, soluções urbanas mais humanas.

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BARROS,

Ricardo

Paes

de;

HENRIQUES,

Ricardo;

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Desigualdade e Pobreza no Brasil: retrato de uma estabilidade inaceitável.

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HORIZONTE.

Região

Metropolitana

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Cuida.do

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Encontros

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moradores de rua, espacialidade e biopoder em Belo Horizonte e Bogotá.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE ARQUITETURA 2017/01