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Revista do Hospital

São Vicente de Paulo Ano 2 • Número 3 • Jun-Jul/2011

Ortopedia Medidas simples podem prevenir a fascite plantar Pág. 9

Parar de Fumar Conheça as dicas e a orientação do Serviço de Antitabagismo Pág. 10

Epidemia de Dengue Foco na assistência garante sucesso do tratamento

Informativo bimestral do Hospital São Vicente de Paulo


Prevenção e cuidado Prevista por especialistas para meados de abril, a queda nos casos de dengue infelizmente ainda não ocorreu. A doença vem vitimando mais e mais pessoas e os óbitos não param de aumentar no Rio de Janeiro. De 2 de janeiro a 14 de maio, foram 95.931 notificações, conforme relatório divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde. Por isso, essa terceira edição da Revista do HSVP traz como reportagem de capa as medidas adotadas por nosso staff médico para lidar com a epidemia. Nela, contamos que, além da prevenção à proliferação do mosquito transmissor, os cuidados básicos de atenção ao paciente são a melhor arma contra a doença. É nesse aspecto, principalmente, que o HSVP faz a diferença. Nossa congregação tem no humanismo a base de sua atuação seja na Saúde, na Educação ou no Serviço Social. Podemos afirmar na Saúde, mais ainda. Quem está doente que, fica frágil, sente dor. Por isso, o olhar humano, aliado à técnica médica, é a base da atuação de nosso corpo clínico, de enfermagem e de nossos colaboradores, amparados na Pastoral da Saúde. Em outra matéria de destaque, reforçamos os males do cigarro e mostramos um pouco do cotidiano do nosso ambulatório antitabagismo, que adota uma abordagem clínica e comportamental para garantir o sucesso do tratamento daqueles que realmente desejam parar de fumar. São informações importantes, complementadas pela entrevista do médico e diretor geral do INCA, Luiz Antonio Santini, nosso convidado para a coluna Personalidade, em comemoração ao Dia Mundial sem Tabaco (31 de maio). Você confere ainda a bela história de vida de um de nossos mais reconhecidos profissionais: o cirurgião oncológico Alemar Salomão. Referência em sua especialidade, ele conta as lutas e vitórias de quase meio século de dedicação incondicional a seus pacientes. Ao mesmo tempo que está atento às questões mais urgentes e importantes de Saúde, o HSVP não para. Estamos investindo em obras de infraestrutura que vão melhorar a sinalização, os acessos e a mobilidade dentro de nosso hospital e demos o pontapé inicial para a reestruturação do atendimento na Emergência. Tudo isso para fazer você se sentir ainda melhor e mais seguro dentro do HSVP. Desejo a você uma boa leitura. Irmã Marinete Tibério - Diretora Executiva


EXPEDIENTE

SUMÁRIO Combate ao tabagismo: um desafio de todos

Mobilização contra a dengue

‘Acorde’ seus pés

Uma força para parar de fumar

Vermelhidão nos olhos

Médico amigo

Glaucoma de pressão normal

Alice Romualdo

Notas

5 6 9 10 13 14 16 18 19

Errata Na matéria Espaço do Conhecimento (edição nº 2), o ano de abertura da Biblioteca do HSVP aos colaboradores foi 2008.

Hospital São Vicente de Paulo Rua Dr. Satamini, 333 - Tijuca - Rio de Janeiro - RJ Tel.: 21 2563-2121 FUNDADO EM 1930, pelas Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo Diretoria Médica Eliane Castelo Branco (CRM: 52 28752-5) Conselho Administrativo Ir. Marinete Tiberio, Ir. Custódia Gomes de Queiroz, Ir. Maria das Dores da Silva e Ir. Ercília de Jesus Bendine Conselho Editorial Irmã Custódia Gomes de Queiroz - Diretora de Enfermagem Irmã Ercília de Jesus Bendine - Diretora da Qualidade Irmã Josefa Lima - Coordenadora da Pastoral da Saúde Irmã Marinete Tibério - CEO do HSVP Martha Lima - Gerente da Qualidade Olga Oliveira - Gerente de Suprimentos Sandro Eloi - Gerente do Capital Humano PROJETO EDITORIAL e REDAÇÃO SB Comunicação – tel.: (21) 3798-4357 Edição: Simone Beja TEXTOS: Flávio Araújo DIAGRAMAÇÃO: Sumaya Cavalcanti e Jairo Alt APOIO EDITORIAL: Cláudia Bluvol Impressão: Sol Gráfica

COLABORE COM A REVISTA DO HSVP Envie suas dicas e sugestões de pauta para: jor@sbcom.com.br


aconteceu Mãos que cuidam merecem cuidado

De 7 de abril (Dia Mundial da Saúde) até 16 de maio, cerca de 900 pessoas, entre colaboradores do HSVP, pacientes e até crianças do Colégio Marista São José da Tijuca reforçaram seus conhecimentos sobre a forma correta de lavar as mãos. A campanha Saúde em Suas Mãos ressaltou a importância de uma medida tão simples na redução das altas taxas de infecção hospitalar que, no Brasil, incidem sobre 14% das internações, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). “O resultado da campanha foi muito positivo e já estamos pensando em novas ações”, contou Paula Bacco, enfermeira do Serviço de Controle de Infecção do HSVP e uma das coordenadoras da ação.

Semana da Enfermagem

A Semana da Enfermagem foi comemorada nos dias 11 e 12 de maio no HSVP. No dia 11, houve celebração eucarística e confraternização interna. No dia 12, houve o evento científico com o tema Acreditação Hospitalar. “Tivemos a participação de importantes profissionais do HSVP, trazendo informações relevantes para as discussões”, informou Adriana Costa (foto), gerente de Enfermagem. Os debates atraíram cerca de 200 pessoas entre profissionais de saúde do HSVP e de outros hospitais do Rio.

Prevenção é Saúde

Em comemoração ao Dia Mundial sem Tabaco (31 de maio), o projeto Prevenção É Saúde, do HSVP, levou ao público palestra sobre os males do cigarro, no sábado (28/5). A pneumologista Christina Pinho, que atende no Ambulatório Antitabagismo do hospital, reforçou que o tabagismo é uma doença, cujo tratamento depende diretamente da motivação do paciente. “Daí a importância de realizarmos cada vez mais eventos de conscientização”, ressaltou.

Benchmarking com a China

Um grupo de sete profissionais chineses da área da Saúde visitou o HSVP no dia 16 de maio. Através da Câmara de Comércio Brasil-China, os gestores vieram conhecer o hospital e se inteirar da proporção de hospitais públicos e privados na cidade, da remuneração do profissional médico, da produtividade da emergência e do ambulatório, dos processos de qualidade, da gestão financeira e dos indicadores, como taxas de ocupação e permanência e atuação dos convênios.

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Combate ao tabagismo: um desafio de todos Redes públicas e privadas de mãos dadas pela prevenção Luiz Antonio Santini Rodrigues da Silva, diretor geral do Instituto Nacional de Câncer (Inca)

Por Flávio Araújo

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esquisa recente do Ministério da Saúde mostrou que o Brasil avança na luta contra o tabagismo. Entre 2006 e 2010, a proporção de brasileiros fumantes caiu de 16,2% para 15,1%. O médico, mestre em cirurgia torácica, Luiz Antonio Santini Rodrigues da Silva, diretor geral do Instituto Nacional de Câncer (Inca), falou com exclusividade à Revista do HSVP sobre os avanços do combate ao tabagismo no Brasil. Santini frisou a importância de o Congresso Nacional aprovar o Projeto de Lei 315/2008, do exsenador Tião Viana, que proíbe os fumódromos em lugares fechados de uso coletivo. Revista do HSVP - A que o senhor atribui a queda no número de brasileiros fumantes? Luiz Santini - Desde 1989, o Programa Nacional de Controle do Tabagismo é articulado pelo Ministério da Saúde (MS) através do Inca e tem como objetivo geral reduzir a prevalência de tabagismo e a morbimortalidade por doenças relacionadas ao tabaco. Para esse fim, é articulado um conjunto de medidas legislativas, econômicas, educativas, de comunicação e atenção à saúde, para prevenir a iniciação de jovens no tabagismo, promover a cessação e proteger todos dos riscos do tabagismo passivo. Graças a essas ações, o tabagismo tem declinado no Brasil. Revista do HSVP - Onde a saúde privada pode atuar de forma mais efetiva no apoio à saúde pública em relação ao controle do câncer? LS - Por meio das orientações e campanhas de prevenção ao câncer, na divulgação - de modo amplo - dos modelos de atenção em práticas preventivas. Em caso de suspeita, a saúde privada permite à parcela da população que pode pagar iniciar o tratamento com agilidade, já que o câncer, quanto mais cedo for tratado, mais chance tem de ser

curado. Prevenção e detecção precoce são os pontos fundamentais nessa colaboração da saúde privada com o controle do câncer no país. Revista do HSVP - Essas medidas de prevenção, orientações e a consequente criação de uma “cultura saudável” já são disseminadas pelo diálogo entre as redes privadas e públicas de saúde? LS - Sim, o Inca recomenda a toda a população, através das redes privada e pública de saúde, que a combinação de alimentação saudável com a prática regular de atividade física e o controle do peso são capazes de prevenir 63% dos tumores de boca, faringe e laringe, 60% dos tumores de esôfago e 52% dos casos em que a doença atinge o endométrio. Revista do HSVP - No Dia Mundial sem Tabaco (31/5), que mensagem o senhor deixa para nossos leitores? LS - O tabagismo está relacionado a: 25% das mortes causadas por doença coronariana, 85% das mortes causadas por bronquite e enfisema; 90% dos casos de câncer no pulmão (entre os 10% restantes, 1/3 é de fumantes passivos); e 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer, como boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero. Por isso, a informação para prevenir a iniciação no tabagismo, promover a cessação e proteger contra o fumo passivo são tão importantes. São necessárias várias estratégias simultâneas, como campanhas de informação pública, implementação de leis para proteger os não fumantes da exposição passiva, aumento dos preços dos cigarros e, proibição de venda a menores. Algumas dessas estratégias têm avanços já conquistados, mas ainda é necessário perseverar nesse esforço.

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Mobilização contra a dengue Prevenção, treinamento, informação e cuidado são as melhores armas

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amosa por suas análises de crises econômicas, a jornalista Míriam Leitão, da Rede Globo, enfrentou uma crise diferente no início de março: a dengue. “Descobri com a dengue que cada caso é único e não há um padrão que ajude a pessoa a identificar a doença. Eu tive dor abdominal, seguida de uma pequena mancha vermelha no braço. A febre só veio depois”, relata a jornalista. Responsável pela Gerência Médica do HSVP, Cláudia Nastari explica que a dengue se manifesta de forma diferente em cada paciente. “Qualquer doença causada por agente microbiológico pode se comportar de forma distinta dependendo das condições entre o agente e hospedeiro. Há pessoas que vão ter dengue se apresentando nas formas leves e outras nas graves, podendo evoluir para óbito”, detalha a médica. Míriam estava em uma fazenda, em Minas Gerais, onde pretendia aproveitar uma pequena folga de carnaval de suas atribuições no rádio e na TV. Os planos eram revisar seu novo livro e preparar o prefácio de outro. No quarto dia, foi obrigada a voltar ao Rio e sua sorte foi que, instintivamente, ela parou com qualquer medicação, hidratou-se e procurou ajuda médica logo que chegou. “Tive dor em todo o corpo, até nas plantas dos pés. Fiquei

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Foto: divulgação

Jornalista da Rede Globo, Míriam Leitão foi uma das vítimas da dengue

prostrada, com uma coceira insuportável. Não me alimentava e a ressaca da doença me deixou mal por, pelo menos, 15 dias”, descreve a jornalista, que se diz traumatizada com a doença e, agora, é fã número 1 do repelente de mosquito. Para a médica Cláudia Nastari, “esse período de melhora do quadro é justamente o que requer maior atenção quanto aos sinais de alarme, como sangramentos, vômitos e dor abdominal persistentes, tonteiras, palidez, suor frio e manchas vermelhas no corpo, que indicam a necessidade de procurar assistência médica imediata”.


O paciente pode vir a ter o quadro piorado, sofrendo ameaça de choque porque o vírus da dengue transforma a parede do vaso em um filó, uma espécie de peneira. O líquido que está dentro do vaso sai. O doente perde líquido para dentro do próprio organismo. Para os médicos, a taxa de hematócrito no exame de sangue indica a perda desse líquido de dentro do vaso sanguíneo.

Mobilização e atendimento diferenciado De acordo com a Irmã Marinete Tibério, diretora executiva do hospital, em janeiro, 4.026 pessoas foram atendidas com suspeita de dengue no HSVP. Esse número veio crescendo ao longo dos meses e, em abril, atingiu 5.562. “Os exames sorológicos realizados nesse período nos dão uma ideia da epidemia que enfrentamos. Em janeiro, foram 98 e chegamos ao fim de abril com 514 testes de dengue realizados, um aumento de procedimentos acima de 400%”, enumera a Irmã Marinete, destacando ainda como o HSVP se preparou para dar conta dessa demanda. “Criamos um fluxo de atendimento para retorno do paciente, ou seja, ele já sai do atendimento com a solicitação de novo exame para 24 ou 48 horas depois. Recebe uma caderneta com o resultado dos exames e orientações gerais, além de um folheto informativo mais detalhado sobre a doença.” Outras medidas foram implantadas, como o encaminhamento do paciente com suspeita de dengue direto ao pré-atendimento para avaliar sinais de gravidade e, caso existam esses sinais, atendimento médico, hidratação imediata e atendimento laboratorial. “Instalamos no box seis da emergência, no lugar de um leito, cinco cadeiras r e c l i - náveis para hidratação e acompanhamento dos pacientes”, explica a Irmã Marinete. De janeiro a abril, 59 pessoas foram internadas no HSVP por causa da dengue. O alerta da doença foi acionado no hospital antes do verão, com o possível crescimento dos casos na cidade. O setor de Infec-

Cláudia Nastari, responsável pela Gerência Médica do HSVP

tologia, em trabalho conjunto com os órgãos da Prefeitura, acionou a Gerência Médica, que avisou à Emergência um reforço nos procedimentos. “Em setembro passado, a Secretaria Municipal de Saúde nos procurou, preocupada com possível epidemia da doença, e nos trouxe orientações para o atendimento e para a notificação da dengue”, conta o chefe da Emergência do HSVP, Celso Rodrigues. Ao mesmo tempo, o Ministério da Saúde investiu em treinamento e divulgação, disponibilizando um manual revisto e ampliado de protocolos contra a dengue para todos os médicos do Brasil. “No hospital, não tivemos nenhum caso grave por complicações de dengue. Duas pessoas foram para o CTI, mas porque já tinham outras doenças crônicas e a dengue piorou o quadro. Certamente, o cuidado no atendimento colaborou para esse cenário positivo”, avalia a médica infectologista Isabella Albuquerque.

Equipe experiente Para o próximo ano, a preocupação é a chegada do vírus tipo 4. “A dengue 4 já chegou. Na verdade, os tipos 1, 2 e 3 já circulam no Rio, mas o tipo 1 é o que vem se apresentando com maior frequência em 2011 e acometendo os mais jovens de forma mais severa. Além disso, os não expostos a qualquer tipo do vírus, em anos anteriores, correm risco de forma geral, considerando que a imunidade é específica para cada tipo. Quando a pessoa tem a infecção pelo tipo 1, por exemplo, ela nunca mais se repetirá. Ocorre que o tipo 4 é 100% novo”, relata Isabella. Para a diretora médica, Eliane Castelo Branco, o HSVP está preparado para enfrentar esse desafio. “Realmente, a nossa equipe de Emergência conta com profissionais bem experientes e já bem treinados em epidemias anteriores. A maioria dos nossos médicos já trabalha aqui há algum tempo e são capazes de prestar um aten-

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dimento de qualidade.” Cláudia Nastari explica a estratégia do hospital. “Nossos colaboradores estão treinados nos protocolos do Ministério da Saúde e o hospital se organiza estrategicamente num plano de contingência interno para atender essa demanda. De acordo com a diretora médica, novos leitos podem ser disponibilizados para atender a pacientes com dengue. “Em caso de emergência em saúde, com elevado número de casos, o hospital é responsável social: cirurgias eletivas podem ser adiadas para destinar leitos para as pessoas acometidas pela doença, e temos leitos que são utilizados para exames, como endoscopia, que também podem ser ocupados por pacientes com dengue”, acrescenta Eliane Castelo Branco.

Boa assistência é determinante para o sucesso do tratamento Com 28 anos de experiência na profissão, Cláudia Nastari acredita que, para vencer a dengue, é preciso trabalhar na prevenção, informação à população e qualificação da assistência em saúde. “Com o desenvolvimento tecnológico da ciência, alguns profissionais têm se afastado de conceitos básicos das ações em saúde: a escuta, o cuidado e a observação clínica; a dengue nos remete a uma reflexão sobre o resgate dessas boas práticas. É fundamental a capacitação dos profissionais nos protocolos clínicos para adequada classificação de risco e definição de conduta”, conclui Cláudia Nastari.

Dicas de prevenção A dengue é uma doença causada por um vírus e se manifesta por febre alta, dor de cabeça, dor nas juntas, fraqueza, falta de apetite, manchas vermelhas pelo corpo e, em casos graves, sangramento pela gengiva e nariz. Ela é transmitida através do mosquito Aedes aegypti, que se re-

produz em água parada. Ao identificar alguns dos sintomas, não se deve tomar nenhum remédio, mas procurar imediatamente atendimento médico e ingerir muito líquido: cerca de três litros por dia, para adultos e adolescentes.

Como evitar? Nunca deixar água parada em nenhum recipiente, como garrafas, copos, bacias, pneus, pratos de vasos de plantas e outros. Guardar garrafas vazias de cabeça para baixo, jogar no lixo copos descartáveis, tampinhas de garrafas e tudo que pode acumular água e manter o lixo fechado. Verificar caixas d’água, que precisam ficar bem fechadas. Limpar calhas de chuva e lajes para não haver acúmulo de água de chuva. Limpar bebedouros de animais domésticos esfregando com bucha ou escova dura e trocar a água diariamente. Regar plantas com a mistura de uma colher de chá de água sanitária por um litro de água. Água sanitária também é larvicida e pode ser colocada em ralos. Denúncias de lixo acumulado, imóveis abandonados, entulho ou qualquer informação sobre possíveis criadouros devem ser encaminhadas à Prefeitura do Rio pelo site www.saude.rio.rj.gov.br

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‘Acorde’ seus pés Fascite plantar pode ser evitada com o simples ato de espreguiçar-se pela manhã

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ode parecer estranho, mas você sabia que, ao despertar, a melhor forma de preservar a saúde dos seus pés é “avisá-los” que você acordou? Esse é o conselho de médicos e fisioterapeutas do HSVP para prevenir um problema que se tem tornado comum: a fascite plantar. “Quando dormimos, a tendência é ficarmos com os pés encurvados para baixo, relaxados, durante cerca de oito horas. Ao despertar, muitas pessoas simplesmente pulam da cama e esticam imediatamente os pés, causando distensão que, com o passar do tempo, inflama, originando a fascite plantar”, explica o ortopedista Mario Henrique Loureiro, orientando que a prevenção dessa doença se dá, primeiramente, movimentando os pés antes de levantar-se da cama. “É importante avisar os pés que o corpo vai mudar de posição. Vale espreguiçar-se, alongar. Ao acordar, sentar-se na cama e apoiar o pé no chão antes de se levantar ajuda muito”, detalha. Na Fisioterapia do HSVP, que tem um índice de cura da fascite plantar de cerca de 90%, a recomendação é a mesma. De acordo com a fisioterapeuta Denise Portugal, os pacientes são orientados a “acordar” o corpo depois de despertar-se. “Movimentar os pés para a frente e para trás, circularmente, mexer os dedos, são dicas importantes. Quando a pessoa já teve fascite, mes-

mo curada, deve fazer massagens nos pés, por exemplo, com um bastão ou bolas crespas de plástico”, orienta. O conjunto de nervos e músculos que formam os pés está ligado à chamada fascia plantar, uma membrana que recobre a planta dos pés. A falta de exercícios físicos, associada ao uso de calçados não apropriados, contribui para a inflamação da fascia. “A doença é mais comum em mulheres, pois elas não calçam com os pés, calçam com os olhos”, diz Mário Loureiro, referindo-se ao hábito de usar saltos muito altos. “Nesses casos, recomendamos ir baixando o salto aos poucos, pois, se trocar de uma só vez, terá dor.” Para Denise Portugal, a indicação do tratamento está diretamente ligada ao nível de dor do paciente, e uma avaliação do que o levou ao problema é fundamental. “É preciso avaliar como estão as condições dessa musculatura. Fazemos um histórico das atividades do paciente e uma avaliação dos calçados utilizados. Não adianta só tratar a dor do paciente, se ele voltar a incorrer no mesmo erro. Temos que tratar a dor, mas orientar para que o paciente não volte a ter a inflamação”, relata.

Ortopedia de ponta Com 14 profissionais, chefiados pelo ortopedista Ilídio Pinheiro, esse serviço no HSVP oferece atendimento para casos de baixa a alta complexidades, utilizando sempre equipamentos com tecnologia de ponta e material de primeira linha. Na opinião do especialista, no entanto, o diferencial fica por conta da equipe médica. “Somos o mesmo grupo desde a fundação do hospital, acrescido evidentemente de mais profissionais. Eu sou um dos primeiros membros da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos e muitos colegas aqui também o são, o que nos dá tranquilidade para trabalhar, seja nas emergências, com casos gravíssimos, seja na questão da reconstrução óssea, devido a tumores ou artroses”, conclui o médico.

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Uma força para parar de fumar Ambulatório antitabagismo trabalha com visão humanizada do paciente

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uas pesquisas, realizadas em um intervalo de pouco mais de 20 anos, revelaram um panorama otimista em relação à dependência do cigarro no Brasil. Se em 1989 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que 34,8% da população fumava, em 2010, o Ministério da Saúde identificou que essa taxa caiu para 15,1%. Para a médica pneumologista Christina Pinho, responsável pelo atendimento no Ambulatório Antitabagismo do HSVP, o resultado é explicado pelas ações de proibição da propaganda e mais informações sobre os malefícios do tabaco. “Certamente, as ações preventivas do governo, ao longo desses anos, vêm dando resultado na diminuição dos fumantes”, avalia. O cenário, entretanto, ainda não merece tantas comemorações. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o número de fumantes no mundo atingirá 1,6 bilhão em 2030 e que o número de mortes anuais atribuíveis ao tabagismo atingirá 10 milhões no mesmo ano, sendo que 70% ocorrerão nos países menos desenvolvidos. Baseada nos estudos sobre o cigarro e outras dependências, Christina Pinho tem um olhar humano sobre o tratamento do doente, que aplica no ambulatório do HSVP. “É preciso entender que aquele doente chegou até o ambulatório em busca de ajuda. Muitos pacientes me ligam envergonhados porque tiveram uma recaída. Prontamente, eu respondo que não tem problema, que eles devem voltar para conversarmos e bolarmos juntos uma nova estratégia. O ser humano tem altos e baixos e o meu papel de médica continua, independen-

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temente de eles conseguirem ou não abandonar o cigarro”, relata. A abordagem tradicional da medicina no caso de tabagistas não levava em consideração esse olhar mais próximo do doente. Para a médica, a pior estratégia no caso de recaídas é reprimir, brigar. Esse tipo de comportamento do médico só piora o quadro. “Os pacientes ficam com medo do fracasso e acabam faltando ou até desistindo do tratamento. ” A abordagem cognitivo-comportamental adequada a cada paciente é um dos diferenciais de atendimento de Christina. No dia a dia, a relação de confiança é estabelecida de tal forma que a médica se torna quase uma amiga ou confidente. “Uma das minhas pacientes falou com todas as letras que seu melhor amigo era o cigarro, pois ele estava com ela em todos os principais momentos de sua vida: acalmando quando brigava com o filho; relaxando, quando estava com o marido. Então, para muitas pessoas, o cigarro tem conotações emocionais importantes, às vezes vinculadas à adolescência, aos parentes distantes”, detalha a médica.

Ação facilitadora De acordo com Christina, existem vários tratamentos para auxiliar quem quer parar de fumar, como acupuntura, laser e homeopatia. Entretanto, no ambulatório do HSVP, ela aplica apenas os recomendados pela Sociedade Brasileira de Pneumologia: reposição de nicotina em adesivos,


chicletes ou pastilhas e outras drogas específicas. “O paciente sabe que parar depende muito mais dele do que de mim ou de qualquer outro médico. Eu sou uma facilitadora, identificando em que fase ele está, sua capacidade de abstinência e, a partir daí, prescrevendo o tratamento.” A literatura científica, de acordo com Christina, ensina que há cinco fases do paciente, em relação ao seu grau de motivação, para abandonar o tabaco. “Na pré- Christina Pinho é responsável contemplação, a pessoa não está realmente pelo Ambulatório interessada em se tratar. Ela vem ao ambu- Antitabagismo do HSVP latório por causa da pressão ou do pedido de um familiar mais próximo. A fase de contem- momento em que o paciente marca a data para paplação é quando a pessoa pensa em parar, mas rar. “Ao paciente que não está pronto para parar de tem medo das consequências. Essa pessoa vem fumar, proponho um exercício mental que vai leváao ambulatório se instrumentalizar melhor sobre lo a perceber o que o motiva a fumar e que emoa proposta. Quando o paciente realmente quer ções o cigarro pode estar substituindo em sua vida. se tratar, está na fase da ação e consegue parar Esse exercício o desperta para os gatilhos: aqueles de fumar, pelo menos, por um tempo. A partir daí, pontuais que o induzem a fumar, como o café com vem a quarta e mais difícil fase, que é a da ma- o pessoal do trabalho, o álcool com os amigos ou nutenção, quando precisa dia após dia se manter coisas até mais simples, como jogar cartas ou um sem o cigarro. Felizmente nem todos os pacientes anúncio de televisão”, explica Christina, ressaltando chegam à quinta fase, que é a da recaída. Cos- que, identificados os gatilhos, o trabalho procura intumo brincar com os pacientes dizendo que parar terferir na rotina do paciente, evitando as ações que de fumar é fácil. Difícil é não voltar.” estão associadas ao cigarro. De acordo com a médica, a motivação do paciente é o segredo para vencer o tabagismo e ele Gatilhos só tem essa motivação quando tem consciência de O paciente passa por consulta clínica, radio- seu problema e dos prejuízos que o cigarro traz. grafia de pulmão e prova de função pulmonar. De- “Quando vem a fissura, o paciente precisa saber pendendo do grau de dependência e do interesse exatamente o que está fazendo ao não acender do paciente, ela avança mais um pouco, explica os um cigarro. Precisa entender que, para largar o mecanismos da dependência e dos tratamentos e tabaco, terá que passar por alguns sacrifícios”, sugere iniciar a reposição de nicotina, a partir do conclui Christina Pinho.

Na conta do cigarro: uma em cada oito mortes Uma das principais causas de mortes prematuras e de incapacidades, o tabagismo representa um problema de saúde pública, não somente nos países desenvolvidos como também em países em desenvolvimento, como o Brasil. O tabaco, em todas as suas formas, aumenta o risco de mortes prematuras e limitações físicas por doença coronariana, hipertensão arterial, acidente vascular encefálico, bronquite, enfisema e

câncer. Entre os tipos de câncer relacionados ao uso do tabaco incluem-se os de pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, fígado, pâncreas, bexiga, rim e colo de útero. Atualmente, o tabaco é um dos principais responsáveis pela carga de doenças no mundo, causando cerca de uma em cada oito mortes. Um em cada três adolescentes fumantes morrerá prematuramente devido ao tabagismo. Fonte: Inca

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Nos momentos de estresse, quando perdemos alguém querido, passamos por dificuldades financeiras, problemas no trabalho ou, rompemos um relacionamento, a resposta automática pode ser o cigarro. Procure se acalmar e entender que momentos difíceis sempre vão ocorrer e fumar não vai resolver seus problemas. Se sentir muita vontade de fumar, para ajudar, você poderá chupar gelo, escovar os dentes a toda hora, beber água gelada ou comer uma fruta. Mantenha as mãos ocupadas com um elástico, pedaço de papel, rabisque alguma coisa ou manuseie objetos pequenos. Não fique parado converse com um amigo, faça algo diferente, dis-

traia sua atenção. Saiba que a vontade de fumar não dura mais que alguns minutos. A pessoa que fuma fica dependente da nicotina, que é considerada uma droga. E daquelas bastante poderosas, pois atinge o cérebro em apenas sete segundos. É normal, portanto, que os primeiros dias sem cigarro sejam os mais difíceis. O mais importante é escolher uma data para ser o seu primeiro dia sem cigarro. Esse dia não precisa ser um dia de sofrimento. Faça dele uma ocasião especial e procure programar algo que goste de fazer para se distrair e relaxar. Ao parar de fumar, você pode se sentir ansioso, com dificuldade de concentração, irritado, ter dores de cabeça e sentir aquela vontade intensa de fumar. Cada pessoa tem uma experiência diferente. Uns sentem mais desconforto, outros não sentem nada. Mas não desanime: tudo isso vai desaparecer, no máximo, em duas semanas.

Um estímulo a mais

Risco

Controlando a vontade O Instituto Nacional de Câncer disponibiliza dados e dicas importantes para parar de fumar. Confira.

Recompense sempre seu esforço. Diariamente, guarde o dinheiro que você gastaria com o cigarro e conte-o no final de cada semana. Pegue o dinheiro que economizou e compre um presente para você ou para quem gosta. Se preferir, saia para fazer um programa diferente. Se você não conseguiu se segurar e fumou, não desanime. A recaída não é um fracasso. Comece tudo novamente e procure ficar mais atento ao que fez você voltar a fumar. O mais importante é não usar a recaída como justificativa para continuar a fumar. Dê a si mesmo quantas chances forem necessárias até você conseguir.

Exercícios, um recurso saudável para relaxar

Respiração profunda: respire fundo pelo nariz e vá contando até 6. Depois deixe o ar sair lentamente pela boca até esvaziar totalmente os pulmões. Relaxamento muscular: você pode esticar seus braços e pernas até sentir os músculos relaxarem. Relaxamento mental: nas horas em que a vontade de fumar apertar, procure desviar o pensamento para situações boas que você tenha vivido ou queira que lhe aconteçam. Tente fechar os olhos e lembrar uma música de que você goste e que o acalme.

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Estatísticas revelam que os fumantes, comparados aos não fumantes, apresentam um risco dez vezes maior de adoecer de câncer de pulmão; cinco vezes maior de sofrer infarto; cinco vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar e duas vezes maior de sofrer derrame cerebral. Além desses riscos, as mulheres fumantes devem saber que o uso de anticoncepcionais associado ao cigarro aumenta em dez vezes o risco de sofrer derrame cerebral e infarto. Grávidas fumantes aumentam o risco de ter aborto espontâneo em 70%; perder o bebê próximo ou depois do parto em 30%; o bebê nascer prematuro em 40% e ter um bebê com baixo peso em 200%.

Mas...

Você pode argumentar... “Muitas pessoas fumam e não adoecem. Outras não fumam e adoecem.” O importante é entender o que é se expor a riscos. Por exemplo: se você atravessar uma rua movimentada de olhos fechados, poderá chegar ao outro lado sem se machucar - mas seu risco de ser atropelado é bem maior do que se você atravessar de olhos abertos na faixa de pedestres. Da mesma forma, se você fuma, está se arriscando mais do que aqueles que não fumam.


Vermelhidão nos olhos

Sintoma nem sempre é de conjuntivite

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ermelhidão nos olhos é sempre motivo de preocupação e muitas pessoas logo a associam à conjuntivite, seguindo o perigoso caminho da automedicação, com colírios e anestésicos. No entanto, fatores mais simples, como alergia à poeira, ao pólen, aos cosméticos e outras substâncias externas podem ocasionar esse mesmo sintoma. A recomendação é sempre procurar um especialista para fazer o exame e obter o diagnóstico correto. Conjuntiva é a membrana - normalmente transparente - que reveste a parte interna das pálpebras e a parte branca do olho, chamada esclera. Inflamações na conjuntiva e, até mesmo, em outras estruturas do olho podem deixar os olhos vermelhos, não oferecendo, necessariamente, risco de contágio. “Além das alergias, as uveítes (inflamação da úvea, que compreende a íris, o corpo ciliar e a coróide) e o glaucoma agudo são também causas da vermelhidão nos olhos, mas as conjuntivites é que estão mais associadas a esse sintoma”, explica o médico oftalmologista do HSVP, Flávio Rezende. Muito comum no verão do Rio de Janeiro, a conjuntivite viral atinge pessoas que estão com baixa de imunidade. Para evitar o contágio, é preciso lavar as mãos constantemente, evitar levar os dedos aos olhos e ter cuidado após cumprimentar pessoas ou

manipular objetos. “São vários tipos de vírus, mas o adenovírus e o endovírus são as duas classes que mais frequentemente causam a conjuntivite viral, que predominou este ano no nosso estado. Já no ano passado, a incidência maior foi do adenovírus, mais grave, mais violento e que requer tempo mais longo para ser curado”, detalha o médico, acrescentando que o adenovírus traz uma reação maior e pode apresentar complicações. “Uma membrana pode se formar em cima da conjuntiva e, nesses casos, precisa ser removida pelo médico, havendo ainda a possibilidade de infiltração na córnea.” O endovírus apresenta os mesmos sintomas, como edema da conjuntiva e lacrimejamento, mas não leva ao quadro de agravamento. “Após uma semana, aproximadamente, o paciente fica curado. Já com o adenovírus, tivemos casos de pessoas com conjuntivite durando dois meses ou por períodos superiores e com infiltrados na córnea por até dois anos”, alerta Flávio Rezende. Outra conjuntivite contagiosa é a causada por bactérias, que pode aparecer em qualquer época do ano, apresentando secreção purulenta. A conjuntivite pode ainda ser tóxica, ou seja, manifestar-se por reação adversa a algum medicamento. “Nesses casos, basta suspender o uso do remédio que gerou a intolerância”, explica o especialista.

Transplante de córnea e outros tratamentos Além do atendimento clínico, o Serviço de Oftalmologia do HSVP é um dos mais abrangentes do Rio de Janeiro e se destaca pela realização de transplante de córnea e cirurgias da catarata, retina e glaucoma. A córnea é o orgão do corpo humano com melhor resultado em transplante, porque a incidência de rejeição é muito baixa. “Para transplante de córnea, o paciente precisa ter as demais estruturas do olho em perfeito estado”, explica Flavio Rezende. O HSVP mantém uma parceria com o Banco de Olhos de Volta Redonda para o recebimento de córneas. “Diferentemente de órgãos mais complexos e vascularizados, a córnea resiste em bom estado para ser transplantada, por até sete dias, quando conservada em líquido específico. Com infraestrutura e procedimentos médicos adequados, as cirurgias costumam ser sempre bem-sucedidas”, comemora Flavio Rezende.

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Médico amigo

A trajetória de lutas e vitórias de Alemar Salomão, uma referência em cirurgia oncológica

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vocação – descoberta ainda menino –, o destino – que o pôs recém-formado como acompanhante de um tio que sofria de câncer – e a religiosidade construíram o perfil de um dos médicos de maior destaque do HSVP. Alemar Roge Salomão conta, em entrevista, por que escolheu a cirurgia oncológica como especialidade de fé. São histórias emocionantes de vidas salvas, de reconhecimento pelos seus pares e da satisfação de praticar a caridade cristã na medicina, há quase meio século.

Bom de prosa, esse mineiro de Uberaba, descendente de libaneses, encontrou no Rio de Janeiro seu grande mestre, o médico Ary Frauzino, pelas mãos de quem ingressou no Instituto Nacional deCâncer (Inca). Atualmente, Alemar é o médico mais antigo do Inca e atua com profissionais formados por ele. Em seu currículo, registramse ainda a chefia da emergência do Hospital do Andaraí por 30 anos e o título de destaque no Brasil, concedido pela Sociedade Internacional de Cirurgia Hepatobiliopancreática. Muito longe das dificuldades que enfrentou ao chegar à Cidade Maravilhosa, quando o salário não cobria as despesas, hoje em dia, o especialista declina de vários convites para seminários e congressos no Brasil e exterior. Na família, um orgulho a mais: os dois filhos médicos, que dividem com ele os desafios e as alegrias da profissão. Revista do HSVP: Como foi o início da sua carreira? Alemar Salomão: Minha formatura foi em 1966 e entrei no HSVP em 1970. Estou há 41 anos no São Vicente. Comecei na unidade antiga, com o médico Ary Frauzino e aqui sempre tivemos um ambiente maravilhoso, familiar. Participei da formação desse hospital. Além disso, trabalho no Inca desde 1967 e, durante 25 anos, fui chefe da cirurgia do

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instituto. Na unidade da Praça da Cruz Vermelha, sou o médico mais antigo em atividade. Todos os médicos do setor de abdômen foram meus residentes, foram criados por mim. Já poderia ter me aposentado há 14 anos no Inca, mas não me aposento porque lá posso dar um pouco mais de mim, sobretudo aos mais pobres, e posso transmitir conhecimento e ensinamentos.

plicar que para tudo nessa vida há esperança; que para Deus nada é impossível; que eles precisam ficar calmos, porque muita coisa pode ser feita. Eu sempre converso com meus pacientes e começo essa conversa com uma frase que li no Hospital Memorial dos EUA: “O sucesso da cura veio porque procurei um médico e encontrei um amigo.”

Revista do HSVP: A medicina, para o senhor, é uma vocação?

Revista do HSVP: O senhor falou de vencer batalhas e perder guerras, mas há guerras vencidas, não?

Alemar Salomão: Com sete anos de idade, eu já tinha fama como castrador de porcos. Com um canivetinho, eu retirava os ovários das porcas e fazia desinfecção com fumo embebido em urina. Desde então, eu já assinava no caderno da escola: doutor Alemar. Acho que isso é vocação, sim. (risos) Revista do HSVP: Por que o senhor escolheu a cirurgia oncológica? Alemar Salomão: Na vida, nada acontece por acaso. Entrei em oncologia quando, acabando a faculdade, meu tio teve câncer e vim para o Rio acompanhá-lo até o seu falecimento. Então, acabei me inspirando no cirurgião que cuidou dele, o doutor Ary Frauzino. Comecei a trabalhar com ele e, logo depois, ele me chamou para o Inca. Nessa especialidade, somos muitas vezes ganhadores de batalhas e perdedores de guerras, mas temos que lutar sempre. Agora mesmo, acabo de falar com a família de um paciente cujo abdômen estava tomado. Não foi possível fazer a cirurgia e falei para eles que é preciso manter a esperança. Para mim, não interessam longos dias, mas bons dias. Que eles me tenham como amigo, porque o que eu puder fazer pelo paciente vou fazer. Revista do HSVP: Nesse aspecto, sua fé ajuda seu trabalho? Alemar Salomão: O cirurgião precisa ser muito amigo do paciente e de sua família, porque trabalha com sofrimento. Quando um paciente descobre que tem câncer, é um sofrimento geral, todos choram. No meio desse desespero, entra o médico, que tenta colocar as coisas nos seus devidos lugares: acalmar a família e ex-

Alemar Salomão: Muitas guerras vencidas. Aqui mesmo no HSVP, operei uma garotinha que, aos 13 anos, tinha um câncer de intestino. Hoje, já se passaram 41 anos de sua operação, ela se tornou médica e ainda faz o acompanhamento comigo no consultório. Tenho inúmeras passagens na minha vida profissional em que minha mão foi guiada por Nossa Senhora. Certa vez, tirei a bacia de uma menina de 19 anos, uma cirurgia altamente mutiladora. Muitos anos depois, ela virou artista de cinema em um filme sobre deficientes físicos e o câncer não voltou. Fiz outra cirurgia, esta no Inca, com 15 horas de duração. O tumor da paciente atingia intestino, bexiga, veia e peritônio. Anos depois, ela estava me esperando na porta do instituto para me dar um presente. Sabe o que era? Uma garrafa de cerveja. Ela juntou seus recursos e queria me dar algum agrado. Eu guardo essa garrafa até hoje, fechadinha, com a cervejinha com que ela me presenteou. Revista do HSVP: Essas são as maiores alegrias? Alemar Salomão: Sim e não. São várias. Não tenho um único inimigo, posso afirmar sem medo de errar. Operei milhares de pessoas que não podiam pagar e sei que é dando que se recebe. Uma coisa interessante e que me dá uma alegria enorme é que eu operei nos últimos meses oito médicos. Isso me faz muito feliz, pois, quando um profissional me procura, está dando valor ao meu trabalho. Planto bondade e carinho e, na minha especialidade, lido diariamente com muito sofrimento, mas não levo esse sofrimento comigo. Levo apenas fé e a consciência de ter feito o melhor. No dia seguinte, certamente verei lágrimas, mas também verei um sorriso. E, assim, sigo em frente.

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Glaucoma de Pressão Normal Luisa Aguiar, médica oftalmologista Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro Residência médica em oftalmologia no Serviço de Oftalmologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho- UFRJ Research fellow em glaucoma pelo Cole Eye Institute – Cleveland Clinic Médica do Serviço de Oftalmologia do Hospital São Vicente de Paulo Médica do Departamento de Glaucoma do Serviço de Oftalmologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - UFRJ

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uando perguntamos ao paciente se ele sabe o que é glaucoma, ouvimos respostas como: “uma doença que cega”, “pressão alta nos olhos” ou então apenas uma resposta negativa e um ar de interrogação. Existe muita desinformação e muitos ainda pensam que pressão intraocular alta é sinônimo de glaucoma. Não é. E, realmente, o glaucoma pode levar à cegueira, mas o diagnóstico precoce, o acompanhamento e o tratamento corretos evitam esse desfecho na grande maioria dos pacientes. Glaucoma é uma neuropatia óptica decorrente da morte de células ganglionares da retina e uma das principais causas de cegueira irreversível no mundo. Calcula-se que a prevalência na população geral seja entre 1,5% e 2%, podendo chegar a 10% em populações de risco, como negros, idosos ou em pacientes com história familiar. Os principais fatores de risco são, portanto, hipertensão ocular, raça negra, idade avançada e história familiar de glaucoma, e o tratamento consiste na redução da pressão intraocular (PIO), através de colírios, laser ou cirurgia, com o objetivo de neutralizar a progressão da doença. O diagnóstico de glaucoma é feito através da observação do disco óptico durante exame de fundo de olho, pois a morte das células ganglionares no glaucoma segue um padrão típico, provocando o aumento progressivo da escavação do disco óptico, associado a defeitos de campo visual. Outros exames, como tomografia

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de coerência óptica (OCT) e HRT, podem ajudar no diagnóstico. O glaucoma primário de ângulo aberto é o mais prevalente, seguido do glaucoma crônico de ângulo estreito e dos glaucomas secundários, como o glaucoma cortisônico, glaucoma neovascular, glaucoma pós-traumático e outros. Entre os pacientes com diagnóstico de glaucoma primário de ângulo aberto nos grandes estudos realizados, de 40 a 75% apresentam pressão intraocular normal e são classificados como portadores de glaucoma de pressão normal, subgrupo cada vez mais estudado, devido à alta prevalência e dificuldade no diagnóstico. A definição do glaucoma de pressão normal é controversa, visto que a determinação da PIO normal é complexa. A definição ideal é: pressão normal é aquela que não provoca dano ao nervo óptico. No entanto, para cada paciente, essa pressão normal é diferente e estabeleceu-se, com base em estudo populacional, que PIO abaixo de 21 mmHg é considerada normal. Na prática, cada paciente tem um limiar próprio de PIO, a partir do qual ocorre morte celular. Exemplificando, uma pressão de 19 mmHg é considerada normal por critérios estatísticos, mas pode não ser normal para um determinado paciente, pois gera morte celular e determina o surgimento do glaucoma. Portanto, a presença de hipertensão ocular não é fundamental ao diagnóstico. Existe glaucoma sem pressão alta.


O mais típico é a concomitância de glaucoma e pressão alta, pois a hipertensão ocular é o principal fator de risco. No entanto, muitos pacientes apresentam hipertensão ocular com disco óptico e campo visual normal, assim como existem pacientes que, apesar da PIO dentro dos limites normais, desenvolvem glaucoma. Podemos fazer um paralelo com câncer de pulmão e tabagismo, simplificando em três grupos: câncer de pulmão em tabagistas (glaucoma em pacientes com pressão intraocular alta), tabagistas sem câncer (hipertensos oculares) e não tabagistas com câncer de pulmão (glaucoma de pressão normal). Desse paralelo podemos inferir, entre outras coisas, que o hipertenso ocular deve ser monitorado, pois pode desenvolver glaucoma, e que pacientes com pressão normal devem ser examinados com atenção, pois também podem apresentar glaucoma. O diagnóstico de glaucoma é feito com mais frequência no grupo dos hipertensos oculares, pois a detecção de hipertensão ocular em exame de rotina é suficiente para levantar a suspeita. Nos pacientes normotensos, a suspeita baseada na pressão intraocular não existe, sendo necessária uma avaliação mais cuidadosa do nervo óptico e análise criteriosa dos fatores de risco, tornando o diagnóstico mais difícil. O glaucoma de pressão normal apresenta algumas características, além dos valores da PIO, que o diferenciam do glaucoma primário. Há mais hemorragia de disco óptico, os defeitos de campo visual são mais centrais e profundos, é mais frequente em pacientes com enxaqueca, pacientes com hipotensão noturna, pacientes com apneia do sono e pacientes com carótidas comprometidas. Todas essas características estão relacionadas a uma regulação vascular anormal e à redução do fluxo sanguíneo no nervo óptico. Temos, portanto, no glaucoma de pressão normal, dois mecanismos determinantes para o aparecimento e a progressão do glaucoma: o fenômeno mecânico determinado pela pressão intraocular e o fenômeno vascular determinado pela redução do fluxo sanguíneo.

O estudo pioneiro sobre o glaucoma de pressão normal é o Normal Tension Glaucoma Study, publicado em 1998. Nesse estudo, 140 pacientes com diagnóstico de glaucoma de pressão normal foram divididos em dois grupos (um grupo tratado, através da redução da PIO por colírios ou cirurgia e outro grupo sem tratamento) e acompanhados por um tempo médio de 6 anos. Houve progressão em 12% dos pacientes tratados e em 35% dos pacientes não tratados (diferença estatisticamente significativa). A partir desse estudo, estabeleceu-se que o tratamento do glaucoma de pressão normal também consiste na redução da pressão intraocular. Observamos que muitos pacientes não tratados não progrediram, ou seja, podemos inferir que existem outros fatores, tanto de risco como de proteção a serem estudados e definidos. Os estudos mais recentes tentam definir esses fatores, e muito se fala sobre fatores de neuroproteção, como o uso de tartarato de brimonidina, e fatores de regulação do fluxo sanguíneo, como uso de ginko biloba (redução de vasoespasmo). Ao avaliar um paciente com glaucoma de pressão normal, devemos considerar os diagnósticos diferenciais, como neurite óptica isquêmica, neuropatia compressiva, coloboma ou drusas de disco óptico, entre outras. São sinais de alerta que indicam que a alteração do disco óptico não ocorre por glaucoma: presença de baixa acuidade visual (menor que 20/40), pois no glaucoma a visão central é preservada, mesmo em estágios muito avançados, palidez do disco óptico, idade menor que 50 anos e alterações de campo visual respeitando o meridiano vertical. Um caso clínico típico seria: mulher de 65 anos, com história de enxaqueca e hipertensão arterial sistêmica (descenso noturno exacerbado na monitorização ambulatorial da pressão arterial- MAPA), pressão intraocular entre 16 e 19 mmHg, aumento da escavação do disco óptico e defeito central em campo visual computadorizado. Enfim, o diagnóstico de glaucoma vai muito além da medida da pressão intraocular. O glaucoma de pressão normal é uma realidade e requer uma avaliação sistêmica e uma avaliação criteriosa do disco óptico. Recomenda-se que as pessoas, principalmente aquelas com fatores de risco, sejam avaliadas por um oftalmologista a partir dos 40 anos, independentemente da presença de sintomas oculares. Apesar de não haver tratamento curativo para o glaucoma, o diagnóstico precoce permite evitar a progressão e consiste na melhor medida preventiva existente.

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Alice Romualdo Do coma e risco de morte súbita para uma vida sem restrições

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á pouco mais de um ano, o HSVP passou a adotar o slogan “Vocação para Cuidar”. Muito mais do que uma estratégia de marketing, para boa parte dos integrantes do hospital, a frase espelha um cotidiano de atendimentos e cuidados incondicionais. Principalmente quando se trata do Serviço Social, que recebe diariamente cerca de 100 pacientes, com quadros emergenciais ou encaminhados por hospitais da rede pública de saúde. A equipe, coordenada pela assistente social Eliane Fernandes, coleciona centenas de histórias de superação e vitórias, como a da dona de casa, de 68 anos, Alice Romualdo. Em tratamento de hipertensão arterial há quase 20 anos, através do Serviço Social do HSVP, Alice Romualdo foi surpreendida, no fim do ano passado, com um quadro de pneumonia que a levou à Emergência, evoluindo para uma longa internação. “Quando cheguei ao hospital, tinha apenas uma febre alta, mas logo entrei em coma, paralisaram os rins e surgiram os problemas no coração”, recorda Alice. De acordo com a cardiologista Cristina Almeida, o quadro de saúde de Alice se agravou muito naquele período. “Ela ficou internada no CTI, necessitou de ventilação mecânica (respiração por aparelhos) e apresentou quadro de arritmia ventricular severa, sendo necessário choque elétrico para reversão”, descreve a médica. Alice apresentava ainda risco de morte súbita. “A morte súbita é um evento de grande impacto na sociedade. Porém, na atualidade, pode ser evitada com o implante de um marcapasso. Esse dis-

Acesso ao Serviço Social

positivo dispara um choque interno no coração no caso de haver arritmia ventricular, como a que Alice apresentou no CTI”, detalha Cristina Almeida, ressaltando que muitos outros procedimentos de alta complexidade foram realizados pela cardiologia do HSVP para garantir a recuperação da paciente. Seria pouco provável, àquela altura, que Alice sobrevivesse se não pudesse contar com um tratamento completo como o que recebeu no HSVP. “É muito gratificante ver que o paciente beneficiado pelo Serviço Social tem consciência da oportunidade que lhe está sendo oferecida. E assim aconteceu com a dona Alice e seus familiares. Ela sempre se empenhou no tratamento, segue as recomendações médicas à risca, e a família colabora em tudo. A dedicação do paciente é fundamental em qualquer caso médico”, avalia a coordenadora Eliane Fernandes. Atualmente, Alice leva uma vida normal e nem mesmo dieta precisa fazer. “Eu já como pouquinho mesmo, mas me alimento com tudo o que é saudável, pois sei que isso é muito bom para a saúde.” A cardiologista Cristina Almeida lembra que Alice usa medicamentos anti-hipertensivo e antiarrítmico, mas explica que ela está bem de saúde. “Atualmente, ela está assintomática e pode levar uma vida sem restrições.”

Pessoas interessadas em atendimento no HSVP pelo Serviço Social precisam procurar o setor, munidas de documentação completa. A partir daí, a equipe do Serviço Social vai preparar um estudo para identificar o perfil socioeconômico do candidato e saber, assim, se ele tem direito ao atendimento. É obrigatório que o paciente candidato a atendimento tenha indicação médica de alguma unidade pública de saúde. Somente com a referência do SUS sobre o caso clínico, o processo de atendimento será iniciado.

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Estamos em obras! Com um investimento de cerca de R$ 500 mil, o HSVP está em obras. As intervenções começam pelo muro da Rua Dr. Satamini - que está recebendo revestimento imune às indesejadas pichações – e incluem novas, iluminação e sinalização externa, até a reforma completa da entrada principal do hospital, com a instalação de nova cabine da GPark, guarita para os usuários do serviço gratuito de van e mudança da mão inglesa para a mão de trânsito usada no Brasil. “Nesta primeira fase, refizemos toda a pavimentação e concretagem de boa parte da rua. Compramos o software para a instalação da cancela eletrônica e estamos revendo e ampliando a iluminação da colina”, detalhou a diretora executiva do HSVP, Irmã Marinete Tibério. A próxima fase tratará do paisagismo nos jardins do hospital.

Novo aparelho de raios X O HSVP conta agora com um moderno aparelho de raios X, totalmente computadorizado, que permite, entre outras vantagens, trabalhar com pacientes politraumatizados, sem exigir grande movimentação do corpo. A máquina faz a angulação, sendo comandada tanto da mesa de controle quanto no aparelho e, dessa forma, possibilita exposições de coluna, pélvis, exames de contrastes e hemodinâmica. “Esse equipamento traz mais agilidade para a nossa radiologia, reduz a quantidade de radiação que incide no paciente e possibilita oferecer exames contrastados com ainda mais qualidade”, detalhou Denise Kineippe, a chefe da Radiologia. Para o médico radiologista Márcio Almeida, essa tecnologia torna mais precisa a avaliação de obstruções do trato digestivo superior, do intestino grosso e da extensão de área de comprometimento de tumor.

Mudanças no Serviço de Emergência Outra área do HSVP que sofrerá mudanças para melhor atender aos pacientes é o Serviço de Emergência. “Vamos reordenar o fluxo da Emergência, ampliando a ordem de atendimento por risco para 24 horas e criar espaços facilitadores para agilizar o atendimento desses pacientes que não estão em estado grave. Vamos criar um espaço de cuidados e de procedimentos de menor complexidade”, explica a gerente médica Cláudia Nastari. A obra de adequação da Emergência também atende a uma necessidade de trabalho dos médicos do HSVP, mas teve que ser adiada em razão do movimento gerado pelos casos de dengue. “Agora que os atendimentos estão normalizados, as obras começarão no início do segundo semestre”, afirma a gerente.

Fisioterapia para internados O Serviço de Fisioterapia do HSVP vem se destacando no atendimento aos pacientes internados, principalmente os que sofrem de síndrome de hipomobilidade. “Essas pessoas ficam por muito tempo acamadas e passam a ter complicações musculares, articulares, ósseas e respiratórias, além do risco de formação de escaras”, explica o fisioterapeuta do HSVP, Marcus Antônio Sena Pereira. O especialista reforça, ainda, que os exercícios fisioterápicos contribuem também para melhorar o estado psicológico do paciente, que se sente mais animado pela perspectiva de recuperar seus movimentos habituais. O HSVP mantém nove profissionais de fisioterapia atuando em benefício dos pacientes internados.

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