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DÉCADA DE 80

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DÉCADA DE 70

DÉCADA DE 70

1979

n DERMATOLOGIA Primeira edição do Journal of the American Academy of Dermatology.

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CONJUNTURA

Nova crise do petróleo. No Brasil, a alta no preço dos combustíveis provocou aumento da inflação.

n SAÚDE No segundo semestre, o Center for Disease (CDC), com

sede nos Estados Unidos, notificou a comunidade médica sobre a AIDS.

DECADA 1980 ´

1980

CONJUNTURA

Os anos 80 entraram para a história como a “década perdida”, devido ao baixo crescimento econômico do país no período. A partir de 1986, foram sete planos econômicos e seis mudanças de moeda até chegarmos ao real de hoje.

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RESP

Além dos eventos científicos que, este ano, vêm reforçados com novidades 1981 que só se vê nos melhores congressos dermatológicos do mundo, a Diretoria da RESP está preparando várias ações para comemorar as cinco décadas da entidade. n SAÚDE Introdução do

Cetoconazol para o tratamento da paracoccidiodomicose.

1983

John Parish

n SAÚDE Cinquentenário da Escola Paulista de Medicina que foi criada em 1933 e teve a aula inaugural em 15 de julho do mesmo ano.

Rox Anderson

n DERMATOLOGIA Rox Anderson e John Parish publicam o trabalho Fototermólise Seletiva: Microcirurgia Precisa por Meio da Absorção Seletiva da Radiação Pulsada.

CONJUNTURA Entre 1983 e 1984, o movimento Diretas Já leva milhões de pessoas às ruas de todo o país para exigir eleições presidenciais diretas.

1982

n DERMATOLOGIA FDA aprova o uso de

isotretinoína para tratamento de acne severa.

1984

JD: A VOZ DA RESP Lançado no início de 1984, sob a gestão do Dr. Fernando Augusto de Almeida, o Jornal Dermatológico impulsionou não apenas a comunicação da entidade com seus associados, como também representou uma importante ferramenta de divulgação científica. Os artigos, produzidos pelos próprios médicos, abordavam temas diversos da especialidade. Com periodicidade bimestral e tiragem de 2.500 exemplares, o JD também divulgava eventos estaduais. E funcionava como plataforma de atração de patrocínio da indústria farmacêutica, a fim de garantir a sustentabilidade financeira da RESP. Os primeiros anunciantes a aderir ao projeto foram: Alcon, Bayer, Berlimed, Biogalênica, Drogaderma, Eli Lilly, Pfizer, Richardson Merrell e Syntex.

Todas as edições do Jornal Dermatológico estão encadernadas e à disposição na biblioteca da SBD-RESP, além de disponíveis para download a partir do site da entidade.

Dr. Sebastião d e Almeida Prado Sampaio Presidente da SBD-RESP (1971 A 1973)

Entre alguns aspectos novos em desenvolvimento, poderia citar o uso de computadores, o emprego dos raios laser. Porém, o que mais me impressionou foi a metamorfose que ocorreu nos últimos anos. De especialidade eminentemente clínica tornou-se hoje clínico-cirúrgica. Vimos cursos sobre cirurgia cutânea básica e criocirurgia, seminários e simpósios sobre cirurgias cutâneas eletivas. (...) De especialidade clínica de recursos limitados do passado, tornou-se a Dermatologia clínica, cirúrgica e plástica do presente e futuro.

Artigo publicado na seção Cirurgia Dermatológica, JD nº1 (1984)

n DERMATOLOGIA USP e Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, se uniram para formar o Grupo Cooperativo para Estudo do Fogo Selvagem. O Prof. Sampaio teve ativa participação na iniciativa.

n Primeira Campanha de Prevenção e Combate ao Câncer Cutâneo com divulgação em diversos meios de comunicação (televisão, jornal e rádio).

n DERMATOLOGIA Criação e oficialização da Comissão de Ética e Defesa Profissional pelo Conselho da Sociedade Brasileira de Dermatologia, durante o XXXIX Congresso Brasileiro de Dermatologia.

OS DISTRITOS DERMATOLÓGICOS Eles foram criados na gestão do Dr. Fernando Augusto de Almeida (1984/1985), tendo como base as Regiões Administrativas da APM. No início, eram 14 Distritos. Vários começaram a funcionar depois disso e, com o passar dos anos, alguns deixaram de existir e outros se reorganizaram. Atualmente, a SBD-RESP conta com estes Distritos:

2º Distrito – Santos (Santos e Guarujá) PRESIDENTE: Drª Helena Engelbrecht Zantut

3º Distrito – São José dos Campos

(São José dos Campos, Taubaté, Guaratinguetá, Cruzeiro, Lorena, Ubatuba, Caraguatatuba, Jacareí e Caçapava) PRESIDENTE: Dr. Marcelo Caldeira Guimarães Wieser

4º Distrito – Sorocaba

(Sorocaba, Salto, São Roque, Itapetininga e Avaré) PRESIDENTE: Drª Ângela Valéria Tozzi de Oliveira Mendes

5º Distrito – Campinas (Campinas, Americana, Amparo, Capivari, Itapira, Mogi Guaçu, Mogi-Mirim, Piracicaba, Santa Bárbara D’Oeste, Limeira, Araras, Pirassununga, Rio Claro, São João da Boa Vista, Pinhal, Mococa, São José do Rio Pardo, Jundiaí, Bragança Paulista) PRESIDENTE: Drª Luiza Helena Urso Pitassi

6º Distrito – Ribeirão Preto

(Ribeirão Preto, Batatais, Franca, Ituverava, São Joaquim da Barra, Jaboticabal, Araraquara e São Carlos) PRESIDENTE: Dr. Moyses Costa Lemos

7º Distrito – Botucatu – Bauru (Botucatu, Bauru, Jaú e Lins) PRESIDENTE: Dr. Jaison Antônio Barreto

8º Distrito – São José do Rio Preto (São José do Rio Preto, Jales, Fernandópolis, Votuporanga e Catanduva) PRESIDENTE: Dr. João Roberto Antonio

9º Distrito – Presidente Prudente

(Presidente Prudente, Dracena e Adamantina) PRESIDENTE: Drª Ângela Marques Barbosa

11º Distrito – Marília (Marília, Garça, Assis, Ourinhos, Piraju, Santa Cruz do Rio Pardo e Tupã) PRESIDENTE: Dr. Miguel Ângelo De Marchi

Com a criação do Jornal Dermatológico, a Diretoria eleita para o biênio 1984-1985 pretende imprimir uma nova dinâmica à atuação da Sociedade, tendo representação efetiva em todo o estado de São Paulo. Hoje, somos 437 sócios, e fazem parte de seu quadro associativo, praticamente, todos os professores e colegas que exercem funções em serviços universitários e serviços afins nas áreas municipal, estadual e federal.

Editorial, JD nº1 (1984)

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RESP

1985

n Criado plano de viagem sem fins lucrativos para facilitar a participação dos associados em congressos internacionais em Madrid e Berlim.

n Inauguração da biblioteca na sede da SBD-RESP.

cerca de 500 ASSOCIADOS

tiragem de 3.000 exemplares por edição

n DERMATOLOGIA Foram lançados os primeiros equipamentos avançados de microdermoabrasão.

CONJUNTURA Fim do regime militar no Brasil. Tancredo Neves foi eleito presidente. Internado às pressas, na véspera da posse, no dia 15 de março, faleceu pouco mais de um mês depois. O vice, José Sarney, assumiu em seu lugar.

CONJUNTURA O festival de rock Live Aid, que arrecadou fundos para o combate à fome na Etiópia, é visto por cerca de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo.

Creio que o grande desafio para a Medicina do futuro, especialmente para a Dermatologia – pois tão frequentes são as genodermatoses, de tão graves malefícios – será a prevenção ou mesmo a cura dessas doenças genéticas, por intermédio da bioquímica, da engenharia genética. Tenho plena convicção de que os médicos do futuro poderão evitar ou curar aqueles graves e tristes casos de ictioses, xerodermas, epidermólises, ceratodermias e tantos outros. (...) Terminando, formulo aos jovens dermatologistas um voto de confiança no futuro. Embora a luta seja dura, jamais desanimar, pois colherão os frutos do trabalho, dedicação e amor ao doente. A vida de médico é bela. Sedare dolorem divinum opus est [aliviar a dor é obra divina, em tradução livre].

Dr. Vinício de Arruda Zamith, sobre sua atuação como médico adjunto efetivo da Santa Casa de São Paulo na década de 1940, JD nº 10 (1985)

Dr. Fernando Augusto de Almeida Presidente da SBD-RESP (1984/1985)

O início do segundo ano de nossa gestão à frente da SBD – Seção Regional de São Paulo coincide com um momento importante para todos nós, brasileiros, o da abertura política em nosso país. Acreditamos em instituições democráticas, livres, íntegras e atuantes, dando oportunidades efetivas a todos seus membros. A Sociedade Brasileira de Dermatologia e suas seções regionais não podem e nem devem ficar à margem dessa jornada democrática.

Editorial, JD nº 7 (1985)

n DERMATOLOGIA Cirurgia Dermatológica foi incluída no curriculum vitae para a obtenção do Título de Especialista.

1986

n JD passou a ser disbribuído para todas as universidades da América do Sul.

É nosso dever procurar sempre esclarecer muito bem nossos pacientes em relação a todas essas propagandas que surgem pelos diversos meios de comunicação, pois não temos o poderio econômico para poder combatê-las com a intensidade que seria necessária.

Dr. José Alexandre de Souza Sittart, Editorial, JD nº 16 (1986)

Dr. Silvio Alencar Marques

n Criação dos Grupos de Estudo, sendo o primeiro de Paracoccidioidomicose, sob coordenação do Dr. Silvio Alencar Marques, da Faculdade de Medicina de Botucatu. n Programa do XLI Congresso Brasileiro de Dermatologia, em São Paulo, publicado JD nº 15 (1986)

Os recursos de divulgação estão à disposição, desde um simples papel até computadores os mais sofisticados de nossos tempos, porém necessário é que deles lancemos mão, e urgente. (...) Tais recursos (papel e computador) são, por outro lado, inadequados, o primeiro por ser pouco dinâmico e o segundo, privilégio de poucos. Restam-nos, então, os recursos intermediários audiovisuais, excelentes, práticos e acessíveis aos cientistas para suas comunicações, principalmente em congressos como os de hoje.

Dr. Waltênio Vasconcelos,Maneira prática de fazer um slide e como se conduzir na apresentação de um trabalho ou como conferencista , seção Ilustração Científica, JD nª 17 (1986)

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RESP

1987

n Superlotação nas Jornadas Dermatológicas paulistas.

Assim, pode-se concluir que a terapia dermatológica pelo Laser é uma expansão relativa de métodos curativos, mas de emprego crítico e limitado.

Dr. Ney Romiti, Atualização: O que você espera do Laser , JD nº 23 (1987)

n DERMATOLOGIA Os biólogos Brad Amos [esq.] e John White, juntamente com o engenheiro eletrônico Michal Fordham, desenvolvem a tecnologia que permite a criação do primeiro microscópio confocal.

n DERMATOLOGIA Os médicos canadenses Jean [esq.] e Alastair Carruthers iniciam a o uso de toxina botulínica na Cosmiatria.

Dr. Jayme de Oliveira Filho Presidente da SBD-RESP (1998)

Utilizo um computador TRS-80 e uma impressora Grafix T80, que permite a mudança de folhas do receituário comum, trocadas facilmente uma a uma. Há um mês, foi introduzida no serviço de Dermatologia da F.M.S.A. [Faculdade de Medicina de Santo Amaro], do Prof. Luis Carlos Cucé, o início da informatização dos dados de nossa disciplina em sistema de computadores. Com certeza, em breve, colheremos bons resultados desta iniciativa, que a priori parece ousada, mas, na verdade, é muito mais simples do que podemos imaginar. Resultados: fizemos com que um consultório dermatológico entrasse na era da informática, fazendo-o ser mais prático e eficiente, ainda com grande vantagem de manter-se com um lay out bem moderno, do modo que o mundo atual requer. Anteriormente, saber algo de informática era a mais. Ignorá-la, hoje, é a menos.

Informática para o Dermatologista , JD nª 20 (1987)

Dr. José Alexandre de Souza Sittart Presidente da SBD-RESP (1986/1987)

A Dermatologia tem sido invadida por outras especialidades, assim como tem perdido terreno para pseudoclínicas de ‘tratamento’ que utilizam diversas modalidades de terapêutica, inclusive algumas usadas rotineiramente pelo dermatologista. É o momento do colega se conscientizar de que o aprendizado da Cirurgia Dermatológica é de extrema necessidade para reforçarmos ainda mais a nossa especialidade.

Editorial, JD nº 21(1987)

1988

n I Reunião de Cirurgia Dermatológica, sob a coordenação do Dr. Ival Peres Rosa, chefe da Clínica Dermatológica do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo.

n Criada a videoteca da SBD-RESP na gestão do Dr. Maurício Mota de Avelar Alchorne. n SBD ganha sede própria na Avenida Rio Branco, Rio de Janeiro.

CONJUNTURA

No dia 5 de outubro é promulgada a Constituição, que ficou conhecida como “Constituição Cidadã” por ter sido concebida no processo de redemocratização do país, que ocorreu com o fim da Ditadura.

n Médicas residentes e estagiárias que arremataram o primeiro e o segundo lugares dos prêmios “Luiz Augusto Nunes Teixeira” e “Avelino Miguel Alonso”, na Jornada do Dermatologista Jovem, realizada no XLII Congresso Brasileiro de Dermatologia, no Rio de Janeiro, em setembro de 1988.

O perfil da assistência médica no Brasil, na década de 80, caracteriza-se por ser o de um período de transição, no qual predominam três aspectos básicos: incerteza, competição e marketing, este último provavelmente como consequência dos dois primeiros e, sem dúvida, o mais controvertido.

Dr. Paulo Eduardo Trindade Filho e Dr. José Agenor Mei Silveira, Estratégias de marketing utilizadas em Medicina, JD nº 27 (1988)

Dr. Maurício Mota de Avelar Alchorne Presidente da SBD-RESP (1988/1989)

Estamos cientes da grande responsabilidade que assumimos e não mediremos esforços nem sacrifícios para corresponder à confiança demonstrada.O saldo financeiro que nos foi repassado pela diretoria anterior é diminuto. O momento é de dificuldade geral. Todos se queixam da falta de recursos financeiros. Não nos assustaremos. Temos certeza de que contaremos com a colaboração dos colegas da Diretoria e com o apoio de todos os sócios para que a Regional cresça cada vez mais e continue ocupando o lugar de destaque que sempre mereceu.

Editorial, JD nº 25 (1988)

n DERMATOLOGIA Fundação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), em 9 de maio de 1988, sob a liderança do Prof. Sampaio e do Dr. Luiz Henrique de Camargo Paschoal.

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RESP

1989

n JD passou a ser editado com patrocínio exclusivo do laboratório Schering – foi a alternativa encontrada pela Diretoria da SBD-RESP diante da baixa adesão de outros laboratórios devido às dificuldades econômicas enfrentadas no país.

n DERMATOLOGIA I Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

n DERMATOLOGIA JD nº 32 (1989)

Da minha turma de 80 alunos na USP, saíram dois dermatologistas – um colega e eu. Naquela época, não era uma especialidade tão procurada como atualmente. Eu não me arrependo nem um pouco da escolha que fiz. A Dermatologia é muito bonita. Uma das coisas que mais admiro é sua interação com outras especialidades. Também é uma especialidade muito objetiva, porque você olha e consegue fazer o diagnóstico.

Drª Alice de Oliveira de Avelar Alchorne, Presidente da SBD-RESP (2003)

A maioria das reuniões da diretoria da SBD-RESP, no início, acontecia no Hospital das Clínicas, e algumas na Santa Casa. A secretária da Regional era a Neusa, a própria secretária do Sampaio. Quando assumi, nossa diretoria contratou uma equipe própria. Também formalizamos, no papel, a relação da Regional São Paulo com os laboratórios.

Dr. Fernando Augusto de Almeida, Presidente da SBD-RESP (1984-1985)

Com o aumento do número de dermatologistas em nosso país, os médicos paulistas, que sempre representaram pelo menos 1/3 do volume global, decidiram fazer uma forte regional, que estabelecesse uma fonte de troca de estudos e relatos entre as diversas faculdades de Medicina do estado.

Dr. Jayme de Oliveira Filho, Presidente da SBD-RESP (1998)

Conhecendo a clínica, a etiopatogenia e o quadro histopatológico correspondente, ninguém melhor do que o próprio dermatologista para atuar cirurgicamente, quando isso se faz necessário. Ultimamente, tem sido grande o destaque dado à Cirurgia Dermatológica, praticamente em todos os eventos da especialidade, sendo incluída na forma de cursos, simpósios ou outros modos de estudá-la.

Dr. Maurício Mota de Avelar Alchorne, Presidente da SBD-RESP (1988/1989)

A partir de meados da década de 70, houve um incremento muito grande da Dermatologia. Com isso, ela deixou de ser uma especialidade puramente clínica, e começou a se desenvolver na parte cirúrgica e na estética, com a Cosmiatria. A especialidade foi crescendo a ponto de se tornar uma das mais procuradas atualmente, o que não acontecia na época em que fiz Residência. Na minha turma, por exemplo, éramos dois: Lorivaldo Minelli e eu.

Dr. Mario Grinblat, pioneiro na introdução do uso do laser no Brasil na área de Dermatologia

Quando o Professor Sampaio decidiu criar a primeira Regional da SBD do país, em 1970, junto a um grupo de pioneiros, convocou-me para ser seu Vice-Presidente nessa primeira diretoria e determinou que a segunda Jornada da nova entidade, depois de São Paulo, seria em São Jose do Rio Preto. Queria um professor do interior para que o sentido da Regional fosse realmente inclusivo. A primeira Jornada Dermatológica do interior paulista em São José do Rio Preto, em 5 e 6 de novembro de 1971, a segunda da SBD-RESP, foi um marco importante na linha do tempo da especialidade na região, com repercussão em outros estados. O Professor Sampaio trouxe toda a sua equipe da Faculdade de Medicina da USP. O ‘jantar de gala’ que oferecemos para professores e palestrantes aconteceu em minha casa e foi preparado por minha esposa, um suculento estrogonofe muito apreciado por todos.

Dr. João Roberto Antonio, Presidente da SBD-RESP (2009)

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