juntos faremos
a
C
diferença
om esse pensamento, um grupo de empresários decidiu somar forças, conhecimentos e serviços em prol do crescimento e da profissionalização do setor de locação de automóveis. Reunidos em uma pequena sala, em um dos endereços mais conhecidos da capital paulista, a Praça Roosevelt, fundaram em 1977, a Associação
Brasileira das Empresas Locadoras de AutoVeículos, mais tarde denominada Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis. Já se foram 35 anos, desde que a vontade de fazer a diferença transformou-se em uma Associação atuante, respeitada pelo setor e pelos órgãos governamentais. A soma de inteligência e de esforços, aliada a uma gestão profissional focada em resultados, vem contribuindo ao longo de mais de três décadas para o crescimento contínuo da economia do pais. Mais do que isso, as ações da ABLA buscam incessantemente defender os interesses do setor de locação e disseminar a cultura do aluguel de carros no Brasil, um mercado que ainda tem muito a crescer. Ao longo das 160 páginas deste livro histórico estão retratados os esforços de cada um que contribuiu para o crescimento não só da ABLA, mas principalmente pela profissionalização e respeito do setor de locação no Brasil. Parabéns e o meu muito obrigado a todos que somaram suas forças, seus conhecimentos e seus sonhos para ajudar a construir um segmento, um setor, um país.
Paulo Gaba Jr. (Presidente do Conselho Nacional da ABLA)
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS
A
prefácio A ABLA completa 35 anos, não são 35 dias. São mais de três décadas construindo não só a trajetória do setor de locação de automóveis no país, mas, principalmente, ajudando a construir a história e a economia do Brasil através de aluguel de carros. No início mais timidamente, com seus Fuscas – pau para toda obra – rasgando as estradas de Norte a Sul. Mais adiante, com uma
presença mais efetiva no dia a dia das famílias, das empresas, da política, da economia. Ao ler as 160 páginas de “ABLA 35 anos de Movimento” você vai descobrir que o carro alugado não só participou da história, como ajudou a fazer a história. Transportou chefes de estado em visitas ao país, assistiu de perto a posse de vários presidentes, teve a honra de transportar outros tantos, esteve ao lado do estádio enquanto a torcida gritava gol, foi estrela em desfiles pelas cidades, não só nos áureos tempos do carnaval de rua, desfrutou da agitação dos sets de filmagem de muitos filmes e novelas, equipou importantes frotas de segurança tanto da polícia militar quanto de guardas privadas, povoou e ainda povoa o pátio das grandes indústrias, acompanhou de perto coberturas jornalísticas de peso como os Comícios das Diretas Já, o enterro o ex-presidente eleito Tancredo Neves e de ídolos como Airton Senna. Esteve presente nas turnês de grandes astros da música internacional pelo Brasil, marcou espaço dos desfiles de moda. Enfim, 160 páginas não são suficientes para descrever o tanto que o setor fez (e ainda vem fazendo) para o crescimento da economia do Brasil. Hoje, estão em atividade nada menos do que 2.083 locadoras distribuídas pelo país, com uma frota de 445.470 veículos, que, juntas, faturaram R$ 5,67 bilhões em 2011, 11% a mais do que no anterior. O setor de locação também cumpre o seu papel social, gera empregos e renda para a sociedade, além de ser um dos grandes pagadores de tributos diretos e indiretos para todas as esferas do governo. No campo do trabalho, gerou direta e indiretamente 277.943 mil profissionais, além de contribuir com R$ 1,86 bilhões em impostos. Em 35 anos de história, conquistamos espaço junto aos setores turístico e automobilístico, nos firmamos como principal cliente das montadoras e preparamos nossos associados para um mercado cada vez mais competitivo. Cada gestor que pela entidade passou contribuiu para multiplicar a sabedoria do setor. Cada uma das diretorias trouxe uma novidade para a associação, mas sem deixar de dar continuidade aos trabalhos iniciados. E está aí o segredo da boa performance da entidade no decorrer de mais de três décadas. O futuro da ABLA está diretamente ligado ao futuro da locação. Temos muito o que trabalhar, principalmente em razão da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 que já batem à nossa porta. Por isso, mais uma vez, é preciso somar forças, conhecimentos e serviços a fim de construir mais e mais décadas sólidas como essas que estamos agora comemorando. Boa leitura.
Paulo Gaba Jr. (Presidente do Conselho Nacional da ABLA)
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De símbolo de status a motor da economia nacional
De símbolo de status a
motor
da economia nacional
O
ano era o de 1891. O lugar pouco glamouroso: o Porto de Santos, onde atracou o Navio Portugal, recémchegado da Europa. Foi ali, em meio aos estivadores e a
uns poucos representantes da aristocracia da época, que o jovem Alberto Santos Dumont, então com 18 anos, viu desembarcar um automóvel Peugeot, com motor Daimler à gasolina, comprado por 1.200 francos pela família, quando ainda residiam na França. A novidade chamou a atenção não só dos moradores da pacata cidade de Santos, mas também de quem, tempos mais tarde, circulava pelo centro de São Paulo, mais precisamente pela Rua Direita. Esse era o destino preferido em suas voltas pela cidade do engenheiro Henrique Dumont, milionário produtor de café da região de Ribeirão Preto, São Paulo, pai do jovem Alberto.
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Distante 430 quilômetros da capital paulista, a cidade do Rio de Janeiro também conheceu o barulho dos automóveis cedo, por volta de 1895. Um dos primeiros ilustres proprietários da novidade foi o jornalista José do Patrocínio, que circulava pelas estreitas ruas cariocas à bordo de um modelo francês, movido à vapor, com fornalha, caldeira e chaminé. Diz a lenda que, em uma tarde, Olavo Bilac, que aprendia com Patrocínio a difícil arte de dirigir, perdeu a direção e se chocou contra uma árvore, na Estrada Velha da Tijuca, inutilizando o veículo. Patrocínio ficou desolado; Bilac, ao contrário, gabava-se de ser o precursor dos desastres de automóvel no Brasil. Na mesma época, o estudante de engenharia Fernando Guerra Duval provocava inveja aos moços da época ao cruzar a cidade com seu Decauville, com motor a gasolina, dois cilindros. Na falta de combustível, Guerra Duval ia às farmácias e comprova benzina. O carro era aberto, sem capota e com escapamento livre, o que provocava muito barulho. O carro andou também em Petrópolis, para onde foi em uma prancha da Estrada de Ferro, pois não havia estrada ligando a cidade imperial ao Rio de Janeiro. Se os carros da família Dumont e do jornalista Patrocínio causaram espanto em São Paulo e Rio de Janeiro, o autêntico “Clement”, com motor Penhard & Levassor, fabricado em 1895, importado por José Henrique Lonat, não provocou menos comentários na
ANTIGUIDADE O veículo Benz, ano 1913, utilizado por Rui Barbosa, é considerado o carro mais antigo da empresa Mercedes Benz existente no Brasil. O veículo está exposto na casa de Rui Barbosa, transformada em museu, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro.
A Volkswagen importa o primeiro Fusca para testar sua aceitação no Brasil. Com motor 1.200 e alavanca de câmbio no painel com três marchas, o carro foi comprado pelo paulistano Rodolfo Maerz, por CR$ 59,7 mil, mais CR$ 1.493 em selos.
“FENEMÊS” NA ESTRADA A Fábrica Nacional de Motores – FNM, criada por Getúlio Vargas, em 1938, para produzir motores de avião, passa a montar o caminhão D-9500, da italiana Alfa Romeo. Os “Fenemês” caíram no gosto popular e fizeram história, algumas folclóricas.
1953
1950
1913
UM CLÁSSICO
1951
Salvador nos idos de 1900.
CURIOSIDADES
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LÁ VEM A KOMBI Com capital de CR$ 60 milhões e 12 funcionários, é fundada na Rua do Manifesto, no bairro paulistano do Ipiranga, a fábrica da Volkswagen. Ali a montadora deu início à montagem da Kombi e do Sedan 1.200.
De símbolo de status a motor da economia nacional
Mas, foi mesmo em São Paulo que os automóveis se multiplicaram. Doze anos depois do desembarque do primeiro automóvel em solo brasileiro, a cidade já contava com seis carros, um ano depois, em 1904, já eram 84 registrados na Inspetoria de Veículos por figuras ilustres da sociedade paulista, como Antonio Prado Junior, Ermelino Matarazzo, Ramos de Azevedo, José Martinelli e Menotti Falchi, dono da Fábrica de Chocolates Falchi, portador da primeira carteira de motorista nacional, expedida no mesmo ano. Foi, também, em 1904, que a próspera Manaus, capital da borracha, viu circular por suas ruas um modelo francês, da marca Renault, tipo Double-phaeton. O dono era o engenheiro Dr. Antonio de Lavandeyra, diretor-presidente local da Manaus Harbour Limited, a companhia inglesa que construía o porto flutuante da capital do Amazonas. Bem distante dali, Minas Gerais via nascer sua primeira estrada rodoviária, entre os municípios de Caeté e Sabará. O empresário João Pinheiro comprou um carro e fez a estrada para transportar a produção da Cerâmica Nacional de Caeté para Sabará, em uma distância de 20 quilômetros, percorridos em quatro horas, a uma média de 5 quilômetros por hora. A paixão pelos automóveis era comum entre os jovens abastados da época, a ponto de, em 26 de junho de 1908, a cidade abrigar a primeira corrida automobilística realizada
No dia 3 de janeiro de 1959, o presidente Juscelino Kubitschek assiste ao lançamento do primeiro Fusca Made in Brazil. Para marcar a data, JK passeia pela fábrica de São Bernardo do Campo a bordo de um sedan conversível. O Fusca é reconhecidamente o primeiro automóvel de baixo custo do país, o preferido de milhões de brasileiros por muitos anos. O primeiro Fusca comercializado tinha 95% de nacionalização e foi vendido ao paulistano Eduardo Andrea Matarazzo, por CR$ 471,5 mil, pela concessionária Marcas Famosas.
NA VITRINE É inaugurado, no Pavilhão de Exposições do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o I Salão do Automóvel, ainda hoje uma das principais vitrines do setor. Ao longo de seis décadas, o Salão foi palco de lançamentos de modelos que fizeram a cabeça dos jovens e que, ainda, circulam pelas ruas em mãos de colecionadores, a exemplo do Simca Chambord, Dodge Charger, Karmann-Ghia, Corcel GT, Ford Maverick, Puma GT, Fuscão 1.600, além do Ford Landau, do Passat e da Caravan.
1964
PAIXÃO NACIONAL
1960
1959
no Brasil. No Parque Antarctica, uma verdadeira “multidão”, capaz de desembolsar
SUPER ESPORTIVO A história do Puma começou em 1964, em Matão, interior de São Paulo, quando o empresário Rino Malzoni resolveu criar um carro esportivo. Em 1965, apresentou o protótipo GT Malzoni. Em 1967, o modelo rebatizado de Puma entra em produção. Entre 1971 e 1984, foram lançados os modelos GTS (conversível) e o GTE (cupê). O carro deixou de ser fabricado em 1993.
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2.000 réis em US$ pelo ingresso, aplaudiu o grande vencedor do rally,
crescente, a Ford decide, em 1919, trazer a empresa para o Brasil, com
o paulistano Sylvio Penteado. Com um Fiat de 40 cavalos, ele cumpriu
o aval do próprio Henry Ford:
o trajeto de 70 quilômetros em 1 hora e 30 minutos. Nesse mesmo ano,
-O automóvel está destinado a fazer do Brasil uma grande nação.
o conde francês Lesdain, realiza a pioneira travessia Rio-São Paulo –
Disposta a crescer com o país, a montadora instalou o escritório e a
700 quilômetros de estradas tortuosas, que ele percorreu em 33 dias,
sua primeira linha de montagem na Rua Florêncio de Abreu, no centro
em um carro Brasier, de 16 cavalos. As aventuras não pararam por aí.
da cidade de São Paulo. Ali passou a produzir o Modelo T, o famoso Ford
Antonio Prado Junior organizou pouco tempo depois uma caravana de
“Bigode”, cujas peças eram importadas do exterior em caixas de madeira.
“bandeirantes sobre rodas de borracha”, com destino a Santos, no litoral
Os imponentes “fordinhos” circulavam pelas ruas de uma São
paulista, pelo perigoso Caminho do Mar. A brincadeira durou 36 horas.
Paulo que começava a se verticalizar. A própria legislação municipal
O movimento de automóveis pelas ruas da capital paulista no
passou a obrigar que novas construções instaladas nas ruas Xavier de
início do Séc. XX não chamava a atenção apenas dos usuários, mas
Toledo, Sete de Abril, Conselheiro Crispiniano e Vinte e Quatro de
também dos grandes fabricantes. De olho no mercado cada vez mais
Maio tivessem, no mínimo, 10 andares. Com uma população de 240
O automóvel está destinado a fazeer do brasil
UMA GRANDE NAÇão
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1967
UM LUXO SÓ A Ford lança o Galaxie 500, carro de luxo com motor V8, que se tornou, por muito tempo o transporte oficial das noivas a caminho da igreja. No final desse mesmo ano, sai da linha de produção o último DKW Vemag
NOVIDADES PODEROSAS A Ford coloca no mercado o Corcel 4 Portas e o Galaxie LTD, enquanto a GM lança o Opala, seu primeiro carro de passageiros fabricado no Brasil. A Toyota, por sua vez, apresenta o Bandeirante, com produção 100% nacional
1970
1968
HENRY FORD
NO EMBALO DO TRICAMPEONATO Enquanto o Brasil festeja o Tri-Campeonato de Futebol no México, a Volkswagen produz seu carro de número 1 milhão em território nacional e lança o Fuscão 1.600. Foi com o clássico Fusca, fabricado pela montadora, que o então prefeito Paulo Maluf presenteou a seleção brasileira, iniciativa que, mais tarde, custou-lhe muitas justificativas. O político foi processado por gastar o dinheiro público.
De símbolo de status a motor da economia nacional
mil habitantes, a cidade conheceu os primeiros auto-ônibus, como uma oferta alternativa aos bondes. Em 1925, foi a vez da General Motors se instalar por aqui, com a inauguração de uma fábrica no bairro paulistano do Ipiranga, de onde, dois anos depois, saiu o primeiro Chevrolet que circulou pela cidade. Em 1929, a GM iniciou a construção de mais uma unidade fabril, desta vez, no município de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, onde está até hoje. Com as montadoras investindo na produção e as vendas aumentando
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sensivelmente, São Paulo começa a sofrer as consequências do progresso.
a Av. Anhangabaú (hoje Av. Prestes Maia) e a Av. Itororó (a conhecida Av.
As ruas estreitas já não absorviam com facilidade o trânsito de veículos
23 de Maio). A década, indiscutivelmente, mudou a geografia da cidade.
e bondes. Entre 1920 e 1939, só no estado de São Paulo, o número de
Em 1938, foi inaugurado o túnel 9 de Julho, com 460 metros de extensão,
carros de passeio saltou de 5.596 para 43.657, uma frota suficiente para
construído na Avenida do mesmo nome, projetado pelo engenheiro
provocar reclamações da população em relação ao barulho estridente
italiano Domingos Marchetti, para unir o centro da cidade aos bairros.
das buzinas, do ronco dos motores e do trânsito que já se formava nas principais ruas e avenidas da cidade.
Mas, se a cidade crescia em direção aos bairros, era mesmo no centro que aconteciam as principais manifestações populares. Em 1935,
Em 1930, Prestes Maia, ainda como secretário de obras da cidade de
jovens da sociedade paulistana, entre elas, Cordélia de Salles Penteado
São Paulo, e mais tarde como prefeito, deu início ao seu Plano de Avenidas,
de Brito, Maria Salles Penteado Teixeira, Purificação Rabelo da Silva
que previa a remodelação do sistema viário de grandes avenidas do centro:
e Wanda Arouche, esbanjavam animação em um Chevrollet 1933,
1974
MOVIDO À ENERGIA O primeiro carro elétrico brasileiro foi o Itaipu, fabricado pela Gurgel. Tinha apenas dois lugares e precisava de aproximadamente 10 horas para recarregar completamente suas baterias, que pesavam 320 Kg, dando uma autonomia de 60 a 80 quilômetros. Equipado com motor elétrico de 120 volts, 3.000 wats e potência de 4,2 CV.
SOTAQUE MINEIRO A Fiat formaliza junto ao governo de Minas Gerais a construção de uma fábrica e define o modelo Fiat 127 como base para produzir seu primeiro carro no país. Com motor mais potente e suspensão reforçada, o modelo dá origem ao Fiat 147.
1974
1973
REFRIGERAÇÃO À ÁGUA Chega às revendedoras Volkswagen o Passat, primeiro carro brasileiro refrigerado à água e com tração dianteira. Nesse mesmo ano, Percival Lafer inicia a produção em série do MP Lafer, ao lado da fábrica de móveis da família, em São Paulo. Foram fabricados 4.300 unidades do modelo durante 16 anos.
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alugado, 4 portas, de placas A-11334, fantasiadas de soldados Flit, em alusão a um personagem da propaganda do inseticida em bomba spray Flit. Era terça-feira gorda do Carnaval de 1935 e ninguém sonhava perder o Corso na Avenida São João. Se as décadas de 1920 e 1930 foram de grande crescimento para a indústria do automóvel no país, os anos 1940 foram responsáveis pelo envelhecimento da frota. Com o início da II Guerra Mundial, as importações tornaram-se impraticáveis. Como as fábricas montavam seus carros aqui, mas não produziam as peças, os automóveis outrora muito cobiçados foram, aos poucos, tornando-se ultrapassados. Enquanto a frota envelhecia, a cidade continuava a ganhar novos contornos, com a conclusão da Ponte das Bandeiras sobre o Rio Tietê, _arquivo de família
de réis em US$ e facilitou o ir e vir de quem morava na zona norte da
da Praia, em Santos, faz parte da memória do paulistano Américo
cidade. Bem longe dali, era inaugurada, em 1947, a Via Anchieta, com 67
Lopes Simões, de 79 anos.
capacidade prevista para comportar de 16 mil a 18 mil veículos por dia.
1979
Percorrer a estrada recém-inaugurada para um almoço na Ponta
O primeiro Miura, com motor 1.600 cilindradas, surgiu em 1975, resultado do sonho dos empresários Aldo Besson e Itelmar Gobbi, diretores da empresa Aldo Auto Capas, de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Nos 17 anos seguintes, foram mais de 6.000 unidades com importantes inovações. Além do design, o Miura contava com computador de bordo, freios ABS, trio elétrico e injeção eletrônica. A produção foi encerrada em 1991.
1978
FRUTO DE UM SONHO
- Viajamos em seis automóveis Ford novinhos. Embora a velocidade fosse baixa, descer a Serra do Mar naquela época era uma aventura de dar frio na barriga.
ANISTIA POLÍTICA O general João Batista Figueiredo promulga a anistia política pelo regime militar. O fim da década seria marcado pela campanha do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, com greves lideradas pelo seu, então, presidente Luiz Inácio “Lula” da Silva. O movimento se espalha a outros setores. Cerca de 3,2 milhões de trabalhadores entram em greve.
GREVES O setor produz mais de 1 milhão de veículos, em um ano marcado por ondas de greves dos metalúrgicos do ABC, sede das principais fabricantes do setor. As paralisações atingiram tanto as montadoras quanto o segmento de autopeças.
1981
quilômetros, ligando a cidade de São Paulo ao município de Santos, com
1975
16
no eixo da futura Av. Tiradentes, que custou à prefeitura 4.500 contos
MAIOR SEGURANÇA Nesse ano, a Ford lança o Del Rey, primeiro carro médio brasileiro e pioneiro na oferta de travas e vidros elétricos. Em 1982 chega ao mercado o utilitário Pampa e, em 1983, o Ford Escort, primeiro carro com motor transversal da montadora no Brasil.
De símbolo de status a motor da economia nacional
Simões lembra, ainda, que tirar carteira de motorista no início dos anos 1950 exigia mais do que habilidade, pedia uma boa dose de sorte. - O exame era feito na ladeira da Rua Silva Pinto, no centro da cidade, em um Ford Perfect, com motor 4 cilíndros. No banco, ao lado do motorista, sentava-se um examinador de físico avantajado e, no banco de trás, outro do mesmo porte. A ordem era parar o carro na ladeira e dar a saída sem amassar uma caixa de fósforos, colocada a poucos centímetros do pneu traseiro. Para ajudar, o carro não tinha potência alguma vazio, que dirá cheio. Foi com a chegada de Juscelino Kubitschek à presidência da República, em janeiro de 1955, que o setor começou a respirar novos ares. JK, como o presidente era chamado, deu o impulso necessário à implantação da indústria automobilística nacional. Em 16 de junho de 1956, ele assinou o Decreto 39.412, que criou o Grupo Executivo da Indústria Automobilística (Geia), exatos 29 dias após a fundação da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A data é considerada o marco oficial do nascimento da
Sem novidades e impactadas pelas incertezas da economia, as associadas da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) não participaram da 14ª edição do Salão do Automóvel, que mostrou apenas veículos importados, fora de séries e modificados.
MERCADO ABERTO O presidente Fernando Collor de Mello dá início à abertura das importações forçando a competitividade da indústria nacional, até, então, protegida por reservas de mercado. Efetiva-se a Autolatina, que se tornou a maior indústria automotiva do país, com 47 mil empregados e investimentos de US$ 2,5 bilhões entre 1994 e 1998.
1993
A Fiat lança o Uno, modelo que se desdobrou em várias versões e que entrou para a história como pioneiro no segmento de “carros populares” uma década mais tarde.
1990
PIONEIRISMO
SÓ ESTRANGEIROS
1986
1984
indústria automobilística no Brasil.
POPULARIZAÇÃO É criado o Programa do Carro Popular, com motor 1.0 e preço equivalente a US$ 7,2 mil. O primeiro modelo lançado pela Ford foi o Scort Hobby, com fila de espera nas concessionárias para compra.
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Em 5 de setembro do mesmo ano, sai da linha de montagem da fábrica Máquinas Agrícolas Romi, instalada em Santa Bárbara do Oeste, no interior de São Paulo, a RomiIsetta, primeiro carro de passageiros com 70% de índice de nacionalidade. Dois meses depois, é apresentada a perua DKW-Vemag, de duas portas e 60% de componentes nacionais. O lançamento foi em alto estilo, no Rio de Janeiro, com festa de gala no Hotel Copacabana Palace e presença do Presidente da República. Estava dada a largada para o fortalecimento de uma nova indústria no país. No final dos anos 1960, o Brasil somava 65.755.000 habitantes e comemorava a produção de 2 milhões de carros no país. Com isso, os congestionamentos tornavam-se
DKW OU COPACABANA PALACE
cada vez mais evidentes. Os bondes, que até então eram usados para transporte público, em 1968 foram desativados, multiplicando-se os ônibus e os automóveis. O sistema viário de Prestes Maia, ideal para uma população de um a dois milhões de pessoas, tornou-se impraticável para uma metrópole de cinco a seis milhões de habitantes. A solução encontrada foi construir as marginais dos rios Tietê e Pinheiros que, como o esperado, desafogaram em parte o obsoleto sistema viário paulista. As duas décadas seguintes, anos 1970 e 1980, foram marcadas por uma forte retração econômica, que culminou com a redução da fabricação de veículos e uma
1996
leva de demissões da indústria automobilística. Enquanto Roberto Carlos estrelava
1995
PARA NÃO DEIXAR NINGUÉM A PÉ Em setembro desse ano é lançado no país o serviço de carro reserva, que, em 1996, já representava 15% do faturamento de algumas empresas locadoras. Dois anos antes, nos Estados Unidos, foram movimentados US$ 3,7 bilhões com o serviço de “replacemente” (substituição).
1996
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CARRO DE PASSEIO A Toyota inaugura sua fábrica em Indaiatuba, interior de São Paulo, primeira planta de automóveis de passeio, em uma área de 23 mil m². Entre 1996 e 1998 foram investidos US$ 150 milhões na produção de 15 mil unidades/ano. O Projeto Corolla foi considerado um dos mais audaciosos da montadora no país.
EXPANSÃO Das 11 mil locadoras em operação no Brasil, 680 integravam uma das 14 redes de franquias do setor, das quais, 575 eram administradas por franqueados, um aumento de 30% em relação ao ano anterior. O setor de locação cresceu 15% ao ano, entre 1993 e 1995, embalado, principalmente, pelo processo de terceirização de frotas.
De símbolo de status a motor da economia nacional
nas telas dos cinemas o filme “Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora”, pilotando um Dodge Charger 1971, a cidade ganhava um dos seus projetos mais polêmicos, a via elevada Presidente Costa e Silva, mais conhecida como “Minhocão”. Oito anos mais tarde, o ex-campeão mundial de Fórmula I, Jackie Stewart, rodou por São Paulo pilotando um Fusquinha da Telesp, o primeiro carro convertido para álcool como combustível. Os anos 1980 registraram uma forte instabilidade econômica e política do país. Em 1986, a Volkswagen decide descontinuar a produção do Fusca, que virou objeto de desejo dos colecionadores. No mesmo período, a montadora intensifica suas exportações, principalmente do Passat, que até hoje é visto nas ruas do Iraque. Cerca de 170 mil carros foram exportados para o país, entre 1983 e 1988. Conhecidos por lá como Brazili, os veículos traziam no vidro os dizeres “Made in Brazil”. Com uma frota de 18,3 milhões de veículos em 1990, a indústria automobilística foi surpreendida em 1993, com a retomada da produção do Fusca, a pedido do presidente da República. Em 23 de agosto daquele ano, Itamar Franco reinaugurou a linha do Fusca, na fábrica da Anchieta, da Volkswagen,
2004
EM PROL DO MEIO AMBIENTE É instituído na cidade de São Paulo o rodízio municipal de veículos, com horário restrito de circulação de carros de acordo com o final das placas. A medida vigora até hoje.
TECNOLOGIA TRIFLEX A General Motors colocou à disposição dos consumidores a tecnologia do carro triflex, ou seja, veículos equipados com motores que podem funcionar a álcool, gasolina ou gás natural veicular. O primeiro a rodar com a novidade foi o Astra Sedan, desenvolvido em parceria com a Bosch, Powertrain e Rodogás.
2006
2005
a bordo de um conversível azul-claro, repetindo a clássica cena de Juscelino
PARA NÃO PERDER O RUMO Depois de oito anos de proibição, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) regulamentou o uso de equipamentos que geram imagens no painel dos carros, como telas de DVD ou aparelhos que orientam os motoristas com mapas, os chamados GPS (Sistema de Posicionamento Global). A medida autorizava o uso das telas pelos passageiros da frente e motoristas, desde que possuíssem sistemas que as tornassem inoperantes caso o carro estivesse em movimento.
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ITAMAR NO FUSCA FOLHA PRESS
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De símbolo de status a motor da economia nacional
Kubitschek, em 1959, durante a inauguração da mesma fábrica. Foi nessa década, também, que os brasileiros fizeram fila na porta das concessionárias à espera do carro popular. Do popular aos primeiros modelos estrangeiros de luxo se passaram quase dez anos. Na primeira década dos anos 2000, instalaram fábricas por aqui, entre outras, as montadoras Renault, Honda, PSA Peugeot Citroen, Nissan e Mitsubishi. Mas foi a Volkswagen que, em 2003, lançou no Brasil os carros com tecnologia total flex, que, dois anos depois, já superavam em vendas os modelos à gasolina. Hoje, 121 anos depois do desembarque do primeiro automóvel no Brasil, a indústria automobilística nacional é a 6º maior produtora de carros do mundo perdendo apenas para os Estados Unidos, Japão, Coréia do Sul, Alemanha e China. Em 2011, foram 3.406.150 unidades fabricadas, contra 3.381.728 no ano anterior. A frota em circulação pelas ruas alcançou 34,6 milhões de veículos, desses 27,4
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milhões de automóveis. E, assim como no início da industrialização, São Paulo abriga 34,7% do total de carros, somando índices de
NADA DE ESCURINHO Nesse ano, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) passou a exigir que o uso de insulfilme no vidro dos carros fosse fiscalizado com maior rigor, a partir de aparelhos que medem o índice de transparência do vidro. A legislação determina 75% de visibilidade no para-brisa, 70% nos vidros laterais dianteiros e 50% em todos os vidros traseiros. O índice de visibilidade deve constar em marcação visível do lado de fora do vidro.
2007
2006
SEXTO LUGAR O Brasil tornou-se o sexto maior produtor mundial de automóveis, com 3 milhões de veículos, porém, é o único membro do grupo de países emergentes, BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), a não possuir uma montadora genuinamente nacional.
2011
congestionamento cada vez mais elevados.
QUATRO É DEMAIS Chega ao mercado nacional, o Veloster, da Hyundai, primeiro carro a rodar com apenas três portas e não com as quatro convencionais.
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Tudo começou na região central de São Paulo
Tudo começou na
São Paulo
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A
o assumir a Presidência da República, em 1955,o mineiro Juscelino Kubitschek colocou em prática o Plano de Metas, 50 anos de progresso em 5 anos de realizações, que na
década seguinte, em conjunto com as obras já realizadas por Getúlio Vargas, deram origem ao chamado Milagre Econômico. Foram investimentos em todos os setores da economia, principalmente, em infraestrutura. Como consequência, a paisagem urbana de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo foi, aos poucos, ganhando novos contornos, com a construção de grandes edifícios e de casas de arquitetura menos opulenta e mais funcional.
ABLA | 35 anos
Nas ruas, o movimento de automóveis crescia a olhos vistos. Fuscas, Dauphines, DKWs, Aero-Willes, Simcas e Romi-Isettas, os primeiros a circular, também, pelas rodovias que se multiplicavam em todas as direções. Consolidava-se, assim, a sociedade urbanoindustrial brasileira, sustentada por uma política desenvolvimentista e um novo estilo de vida difundido pelas revistas, pelo cinema, pelo rádio e pela televisão, introduzida no país em 1950. Nessa época, aos 30 anos de idade, o comerciante Adalberto Camargo, nascido em Araraquara, no interior de São Paulo, já ganhava dinheiro com a revenda de automóveis usados na região central da capital paulista. Adalberto chegou à cidade em 1939, aos 16 anos, sem profissão definida. Trabalhou com marceneiro, atendente de armazém, vendedor de lingerie e auxiliar de tabelião até entrar no ramo de automóveis. Começou lavando carros para observar como funcionava o negócio de carros usados e, com o dinheiro acumulado, montou a própria revenda. Empreendedor perspicaz, Adalberto decidiu gastar suas economias com uma viagem aos Estados Unidos. O que para a maioria dos
LADO A LADO COM OS AVIÕES A primeira locadora de automóveis instalou-se dentro de um aeroporto, em 1932, em Chicago. Além da proximidade com os viajantes, oferecia o sistema flydrive, combinando o uso do carro alugado com uma viagem de avião.
ALUGUEL DE CARROS NO PÓS-GUERRA Na década de 1950, o mercado europeu se recupera da II Guerra Mundial e a locação de automóveis tem grande impulso. No Brasil, na região central de São Paulo, alguns empresários de revendas de carros usados começam a alugar seus veículos como atividade complementar.
1970
1950
concorrentes soou como um desperdício do dinheiro em lazer, para ele
1932
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FINANCIAMENTO A LONGO PRAZO Nessa década, aparecem as primeiras empresas de leasing mercantil, com as quais foi possível alavancar o desenvolvimento das locadoras de veículos, com financiamentos a longo prazo.
Tudo começou na região central de São Paulo
significava mergulhar em um novo tipo de negócio, ainda desconhecido no Brasil: a locação de automóveis. E Adalberto não poderia ter escolhido destino melhor. O hábito de alugar carros era bem antigo entre os consumidores americanos, datava do início do Século XX. O primeiro registro de aluguel de veículos que se tem notícia na América data de 1916, quando Joe Saunders, de Omaha, em Nebraska, Estados Unidos, alugou um Ford Modelo T por US$ 0,10 a milha. Quatro anos depois, ele já operava em 21 estados americanos. Foi, contudo, Walter L. Jacobs, o responsável, em setembro de 1918, pela abertura do primeiro negócio de locação de automóveis em Chicago. Com 12 carros modelo Ford T, que ele mesmo pintou e consertou, expandiu suas operações rapidamente. Em cinco anos, sua receita anual chegou a US$ 1 milhão. Em 1923, Jacobs vendeu seus negócios ao austríaco John Hertz, presidente da empresa de táxi Yellow Cab, continuando como executivo do grupo. Nessa data, a empresa passou a chamar Hertz Drive-UrSelf System e adotou a sua tradicional cor amarela. Três anos depois,
O Programa Nacional de Álcool (Proálcool) teve início em 14 de janeiro de 1975 durante o governo do general Ernesto Geisel, com o objetivo de incentivar a produção de álcool de qualquer insumo, por meio da oferta de matérias-primas e aumento da produção agrícola. O governo investiu no programa US$ 7 bilhões até 1989, em subsídios e pesquisas. A Petrobrás arcou com a responsabilidade da compra de toda a produção, transporte, armazenamento, distribuição e mistura do álcool à gasolina. O Brasil foi o país que mais se destacou na busca do álcool como combustível renovável. Em 1979, o Governo e a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) assinaram protocolo exigindo que os fabricantes de automóveis buscassem novas tecnologias para produção em série de veículos à álcool hidratado. O preço do litro do álcool foi fixado em 64,5% do preço da gasolina. Também foi reduzido o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros movidos a álcool. O Projeto entrou em colapso nos anos 1990 e a produção praticamente zerou no início dos anos 2000. Em março de 2003, contudo, as montadoras iniciaram a fabricação de motores flex movidos a etanol hidratado, gasolina ou a qualquer mistura desses combustíveis.
FLY AND DRIVE O ano trouxe uma inovação para os brasileiros. A Varig-Cruzeiro em parceria com a Volkswagen inaugurou um novo serviço de aluguel de automóveis nos aeroportos de Belém, Curitiba e Porto Alegre. O sistema, do tipo “Fly and Drive”, permitia que o passageiro fizesse a reserva prévia do carro, em qualquer agente de turismo ou nas lojas da Varig-Cruzeiro, junto com a reserva da passagem. O veículo estaria disponível no aeroporto indicado.
1982
PROÁLCOOL
1981
1975
foi adquirida pela General Motors e apresentou uma das ideias mais
UM MONSTRO CHAMADO INFLAÇÃO Desde o ano anterior, o PIB do Brasil revelou queda média de 1,6% e em 1982 instala-se no país o que os economistas passaram a chamar de estagflação, união de estagnação da economia com inflação. Dois anos depois, o índice inflacionário chega a 223,8%, saltando para 1.764% em 1989 e em abril de 1990 sobe para 6.584%.
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ABLA | 35 anos
importantes do merchandising da locação de veículos – uma espécie de cartão de crédito chamado National Credential. Embora a literatura aponte Saunders como o pioneiro no universo da locação de automóveis no mundo, o serviço já era colocado em prática desde 1912, na Bavária. Nesse ano, em uma pequena garagem, localizada no centro de Munique, Martin Sixt fundou a “Martin Sixt Autofahrten”, serviço de aluguel de carros, que operava com apenas três veículos: um Deutz Laundaulet de Luxe e dois Dailers. Paralelamente, Martin oferecia às celebridades da época os serviços de locação de Limousines para circular pela Europa. Em 1914, com o início da I Guerra Mundial todos os carros foram confiscados para o serviço militar e o empreendedor perdeu sua principal fonte de trabalho. O conflito se arrastou por mais tempo do que o esperado e, mesmo diante da desolação do pós-guerra, a esposa de Martin decidiu abrir uma cafeteria que, mais tarde, foi vendida e deu origem à nova locadora da família, a ‘Sixt Autofahrten’. O negócio foi mais uma vez interrompido com o início da II Guerra Mundial. O que Martin não sabia é que seu
O ministro Luiz Carlos Bresser Pereira lança o Plano Bresser, que manteve o congelamento de preços, salários e aluguéis. As tarifas públicas aumentam e o gatilho salarial é extinto. O consumidor conhece a Unidade de Reposição de Preços (URP).
1989
O presidente José Sarney anuncia o Plano Cruzado, com corte de três zeros da moeda, que passa de cruzeiro para cruzado; os preços e salários são congelados, a correção monetária é extinta e o governo cria o seguro-desemprego e o gatilho salarial – reajuste automático de salários cada vez que a inflação atingisse determinado nível. Foi decretada a moratória e a suspensão do pagamento da dívida externa.
O PLANO BRESSER O PLANO VERÃO Lançado em 15 de janeiro, o novo Plano visa segurar a inflação pelo controle do déficit público, privatização das estatais, novo congelamento de preços, desindexação da
1988
O PLANO CRUZADO
1987
filho, Hans, contrariando a ordem dos oficiais, havia escondido três
1986
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NOVA CONSTITUIÇÃO Foi promulgada em 5 de outubro de 1988 pelo presidente da Câmara Ulysses Guimarães a Nova Constituição do Brasil. Segundo o próprio Ulysses, a carta magma ficou conhecida como a “constituição cidadã”, em alusão às suas diversas conquistas nos campos da liberdade individual e os direitos de natureza social e política.
economia. É o fim da URP e o início do Cruzado Novo e do dólar turismo.
Tudo começou na região central de São Paulo
automóveis em um estábulo. Foram exatamente esses veículos que ajudaram a família a reavivar o negócio no pós-guerra. No final da década de 1940, eles operavam com mais de 1.700 Export Taxis, pagos em dólares pelos soldados americanos. Sem contar o serviço de aluguel de Limousines à estrelas como Greta Garbo e Marlene Dietrich. Hoje, a Sixt está presente em 105 países, entre eles, o Brasil. Foi com o propósito de mergulhar nesse universo e conhecer mais a fundo como funcionava o negócio que o brasileiro Adalberto Camargo rumou para os Estados Unidos, em 1958. Lá, teve a certeza de que estava diante de um ramo promissor no Brasil, afinal o momento era favorável com o crescimento das atividades econômicas e a necessidade de novos meios de transporte. De volta a São Paulo, o empresário inaugurou, em 1959, a AutoDrive Indústria e Comércio, inspirada na experiência americana, considerada a primeira empresa criada exclusivamente com a finalidade de alugar automóveis no Brasil. O negócio foi possível graças à associação de Adalberto com empresários de outros setores em busca de financiamento. Em pouco tempo, ele somou a maior
O PLANO COLLOR O presidente Fernando Collor de Mello, para quem os carros brasileiros mais pareciam carroças, anuncia um choque econômico radical. No dia de sua posse, confisca 80% dos depósitos bancários e aplicações financeiras, adota o Cruzeiro como moeda, congela os preços, acaba com a indexação, privatiza estatais, fecha órgãos públicos e dá início à abertura da economia à competição internacional. Em sua curta gestão foi criada, também, a Câmara Setorial da Indústria Automobilística, reunindo representantes de montadoras, autopeças, componentes, revendas, trabalhadores e representantes dos governos federais e estaduais.
1990
1990
DEFESA DO CONSUMIDOR Foi instituído por meio da Lei Federal nº 8078, de 11 de setembro de 1990, o Código de Defesa do Consumidor (CDC), que estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social. Uma das principais conquistas do CDC foi permitir que os abusos de empresas fossem vistos como um prejuízo coletivo. Até, então, os problemas eram tratados como questão individual. Em seus 20 anos de existência, o Código mudou a visão do consumidor e das empresas como observa José Geraldo Brito Filomeno, ex-procurador geral de Justiça de São Paulo e um dos criadores do código. “No início, o CDC foi visto como um perigo à ordem econômica, mas hoje é aplaudido. Até porque, com a globalização da economia, o código tem sido encarado como indutor da qualidade dos produtos colocados no mercado nacional e internacional”. Como todos os demais segmentos, o de locação de automóveis teve de passar por um processo de adequação às novas exigências, que trouxe um novo marco às relações de consumo.
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ABLA | 35 anos
frota de carros particulares do país, com 100 Volkswagen Sedãs. A partir da locadora, fundou e comandou outros empreendimentos, como a Mecanova S.A, a Afro-America Importação e Exportação e a Táxi Amarelinho, uma das pioneiras no ramo no Brasil, responsável pela consagração do uso do Fusca como carro de aluguel. Na esteira da Auto-Drive, outras revendas de carros começaram a entrar no ramo de locação, embora as dificuldades se multiplicassem na época. A concorrência predatória e o desgaste dos veículos com as péssimas estradas eram os maiores desafios. Mais uma vez tomando por base a experiência americana, o perfil do segmento de aluguel de carros mudou no Brasil. Em meados dos anos 1960, a locação de automóveis deixou de ser exclusivamente transitória e efêmera para incluir, também, contratos feitos para atender as frotas das empresas, surgindo o aluguel de longos períodos. Nos anos 1970, foram criadas as empresas de leasing financeiro, com as quais foi possível alavancar o desenvolvimento das locadoras de veículos, já que as operações de financiamento ganharam prazos maiores. No final da década, surge o carro a álcool, logo presente em larga escala na frota das locadoras em todo o país. Assim como acontecera em outros países, as redes internacionais começaram a se interessar pelo mercado brasileiro de locação e a se instalar por aqui, enquanto as empresas
1994
No início da década de 1990, foi criado em São Paulo, o Marriage Service para transporte de noivas no dia do casamento. O objetivo era atender a um público diferenciado e exigente, além de oferecer uma opção original de presente para os noivos. Inicialmente, eram 60 veículos, entre os modelos Ford Landau, Opala Diplomata e Mercedes SL-380 e SL-500. O aluguel de um Landau, por exemplo, saía pelo preço de CR$ 17.900,00, por um período de quatro horas.
1994
VIVA A NOIVA
O PLANO REAL O novo plano promove a décima mudança da moeda com a adoção do Real, fixa a taxa de câmbio na paridade de R$ 1,00 para US$ 1,00, acelera as privatizações, eleva os juros, facilita as importações, prevê o controle dos gastos públicos, mantém o processo de abertura econômica e busca medidas de apoio à modernização das empresas.
REDE BRASIL Com o objetivo de unir as principais locadoras em busca de qualidade e de um trabalho em parceria, o mercado de locação de veículos criou, em São Paulo, a Rede Brasil. Um ano depois, o grupo já somava 16 locadoras, distribuídas em 12 estados e uma frota de 16.000 carros, 10% veículos importados.
1996
nacionais passaram a formar redes, utilizando o sistema de franquia. Com isto, a locação de
1991
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LIGADO NA TOMADA Em março de 1996, no lugar de comercializar seu novo carro elétrico, o EVI, a General Motors norteamericana optou por alugá-lo a fim de divulgar o lançamento. O aluguel mensal foi fixado entre US$ 450 e US$ 600. Se fosse comercializado, o veículo custaria US$ 35 mil.
Tudo começou na região central de São Paulo
veículos ganhou novo fôlego e as pequenas empresas se multiplicaram no setor. Com o setor já consolidado e em busca de representatividade junto ao Governo e às montadoras, tornou-se essencial a criação de uma associação que defendesse os interesses das empresas do setor, profissionalizasse a atividade e a divulgasse junto à sociedade. Nascia, então, em 30 de março de 1977, a Associação Brasileira das Empresas de Auto-Veículos, mais tarde denominada Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Automóveis (ABLA). A década seguinte foi marcada pela implantação de vários planos econômicos, altas taxas de inflação e mudanças políticas e sociais. Apesar da chamada “década perdida”, o setor de locação ganhou musculatura, cresceu, rumou para o interior e chegou aos anos 1990 com muitos desafios e novas oportunidades. A abertura da economia, a criação do Código de Defesa do Consumidor, o estímulo à produção de carros populares e a estabilidade da moeda levaram à expansão dos negócios e ao crescimento do número de empresas especializadas no ramo. A abertura trouxe para o setor a possibilidade de diversificar a frota com carros importados, para agradar o
29
consumidor que passou a exigir maior qualidade. A explosão dos cartões de crédito, principalmente após o Plano Real, também foi
1996
SONHO DE CINEMA No Brasil, o setor de locação assiste ao crescimento da demanda por Limousines, alugadas a R$ 150 a hora.
O novo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) foi criado em 1997, mas só entrou em vigor no dia 22 de janeiro de 1998. Em 2009, sofreu alterações significativas em 53 artigos e ganhou 15 outros, envolvendo pontos como o uso de celular, o teste do bafômetro e a licença provisória de um ano para jovens motoristas.
$
NOVA FASE DO REAL É adotada a livre flutuação do câmbio e a redução das taxas de juros domésticas. Nesse mesmo ano, o setor via surgir uma nova oportunidade de negócios: o aluguel de utilitários para frotas de empresas e, também, para pessoas físicas.
$
$ $
2004
NOVO CÓDIGO DE TRÂNSITO
1999
1997
positiva para o setor ao ampliar a base de potenciais consumidores. O momento exigia à
A FORÇA DOS NICHOS Cresce a procura por serviços de locação segmentada, como aluguel de carros blindados, automáticos, adaptados para deficientes físicos, automóveis especiais para casamentos, veículos off-roads não só por parte das empresas, como também de executivos e profissionais liberais, além de carros sob medida para pessoas especiais.
ABLA | 35 anos
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LOCADORAS OU AEROPORTO COM LOCADORAS
Tudo começou na região central de São Paulo
adaptação da administração dos negócios à nova ordem econômica, sem
Nos dois últimos anos, porém, o setor teve seus melhores resultados
inflação. Mas, ao contrário do que se previa, a estabilidade dos preços não
com recuperação dos preços. Em 2011, o faturamento do segmento
se verificou nos automóveis. Os modelos populares saltaram de R$ 7,3 mil
alcançou a cifra de R$ 5,6 bilhões, um incremento de 11 % em relação
em 1994 para cerca de R$ 13 mil em 1999. Enquanto isso, a concorrência
a 2010. Só no ano passado, a participação das locadoras na compra e
entre as locadoras aumentou o que, aliado ao ganho de produtividade e
venda de automóveis chegou a 8,7 %, consolidando o segmento como
redução de custos, resultou na queda dos preços da diária, ao redor de 30%.
o principal cliente das 23 montadoras instaladas no país. Apesar do
Os anos 2000 revelaram mudanças significativas no perfil da economia
contexto internacional, o ano foi bastante positivo, com um crescimento
mundial, principalmente na última década. Os países integrantes do
e faturamento acima da média de muitos outros segmentos da economia.
BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – agora estão no foco
Desempenho comemorado pelo presidente do Conselho da ABLA.
do crescimento e o Brasil, sobretudo, está no centro das atenções globais.
- De 2010 para 2011, a frota cresceu 7,51%, somando 445.470 veículos,
O setor de aluguel de veículos não passou imune a essas mudanças, como
o número de locadoras também aumentou, saltando de 2.008 para 2.083,
bem lembra Paulo Gaba Júnior, presidente do Conselho Nacional da
em uma demonstração clara de que o conceito de aluguel de carros está
Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA).
cada vez mais presente na vida dos brasileiros. A terceirização de frotas continua a responder por 55% dos
Eu escutava incansavelmente críticas a outras empresas que praticavam
negócios, como ocorreu na última década. Porém, a realização no país
concorrência predatória de tarifas. O valor era formado pela oferta
da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, deverá mudar
da concorrência, sem qualquer outro critério. A inflação mascarava
esse panorama, refletindo em um crescimento da participação do
resultados e o foco estava no preço.
turismo de negócios e de lazer.
ECOFROTAS Começam a operar em Londres as primeiras “Locadoras Verdes”, especializadas no aluguel de ecocarros, automóveis movidos a biocombustível, biodiesel ou células de hidrogênio, ou, até mesmo, híbridos, com motores elétrico e convencional.
São Paulo torna-se a milésima cidade no mundo a oferecer o sistema de Car Sharing, um processo que começou na Suíça, na década de 1980, e se espalhou pelo mundo. Na prática, o carro alugado aguarda pelo cliente, que o reservou pela internet, em um estacionamento 24 horas. Para retirá-lo, basta encostar um smart card em uma espécie de código de barras. As chaves estão no porta-luvas e a ignição só é liberada após o cliente responder ao check list no computador de bordo. O bilhete do estacionamento pago também fica no porta-luvas. O carro deve ser deixado no mesmo local e no horário estabelecido.
2011
CAR SHARING
2010
2009
2009
- Há 20 anos, nosso maior desafio era combater a guerra dos preços.
RESPONSABILIDADE SOCIAL O setor de locação de veículos gera emprego e renda para a sociedade, além de ser um dos grandes pagadores de tributos diretos e indiretos para todas as esferas do governo. Em 2011, as empresas geraram 277.943 empregos diretos e indiretos, 5% a mais do que no ano anterior.
GRINGO AO VOLANTE Foi publicada em março de 2010, no Diário Oficial da União, a Resolução 345 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que permite que o estrangeiro que desejar, ou necessitar, alugar um carro no Brasil não tenha de obrigatoriamente apresentar a tradução juramentada de sua carteira original de habilitação. Basta apresentar a carteira original, dentro do prazo de validade e um documento de identificação, que pode ser o passaporte.
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ABLA | 35 anos
PRAÇA ROOSEVELT
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Setor aposta na união para ganhar força
setor aposta
na união para ganhar força
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A
história da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA) começou em 1977, quando, os empresários Marco Antonio Ghiberti e Alberto Moraes
Barros Filho, que representava uma das maiores empresas internacionais da área no Brasil, decidiram reunir um grupo de proprietários de locadoras para criar uma entidade para o segmento, que começava a ganhar porte. O objetivo era promover a profissionalização do setor, divulgar a atividade e permitir a troca de experiências entre as poucas empresas da época.
ABLA | 35 anos
Depois de dois dias de reuniões, 11 empresários aceitaram a empreitada, representando os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Bahia. O primeiro presidente foi José Kurc, que cedeu o próprio escritório, na região central da capital
ELES AJUDARAM A CONSTRUIR A NOSSA HISTÓRIA
paulista, para sediar a nova associação. A primeira sede oficial da ABLA ficava na Praça Roosevelt, onde a entidade permaneceu até
a entidade registrava uma centena de associadas. Duas décadas
“No momento em que os fabricantes adotarem as locadoras como parceiras - e não apenas como canal de vendas -, o setor tenderá a crescer muito. A ABLA trabalha para isso.”
depois, em 1997, nada menos do que 550 locadoras ligadas à
JOÃO CLAUDIO BOURG
entidade respondiam por 85% do mercado. Hoje, ao completar
PRESIDENTE EXECUTIVO
1992, quando, passou para um escritório na Vila Olímpia e, em 1999, para a sede própria, na zona sul da capital paulista. Dois anos depois da sua fundação, a ABLA já contava com 40 empresas. Em 1987, quando comemorou seu 10º aniversário,
35 anos, a Associação representa mais de 2.083 locadoras em todo o País, que respondem por 8,7% das vendas do setor e
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faturaram R$ 5,67 bilhões em 2011. Registrada como Associação Brasileira das Empresas de Auto-Veículos, a ABLA ganhou novo nome em 31 de outubro de 1996, passando a se chamar Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis. Nessa época, já adotava um modelo participativo profissional e autossustentável, baseado em parcerias, que além de trazer benefícios às locadoras, também gera
“A ABLA trabalhou para profissionalizar o setor e levar cada locadora a entender as reais necessidades de cada um dos seus clientes.”
JORGE LUIZ MACHADO DIRETOR ADMINISTRATIVO
recursos para a entidade. Entre elas, a do Cadastro Nacional de Veículos
MISSÃO INTEGRAR e representar as associadas, promovendo o desenvolvimento e a divulgação da atividade, visando o fortalecimento do setor.
“A ABLA possibilitou aos empresários do setor ter maior firmeza e tranquilidade na tomada das decisões.”
ALBERTO FARIA CONSELHEIRO NACIONAL - BAHIA
Setor aposta na união para ganhar força
Roubados CNVR, por meio da qual as locadoras associadas recebem auxílio na averiguação de veículos eventualmente desaparecidos; da Serasa (centralização dos serviços dos bancos), com redução de até 70% no preço das consultas e de montadoras, que passaram a oferecer descontos na renovação da frota. Desde 1998, a estrutura administrativa é descentralizada, com representatividade em todo o território nacional, através dos seus 28 diretores regionais e seus respectivos adjuntos, que executam um importante trabalho de aproximação dos associados e da comunidade às ações da entidade, além de garantir maior agilidade na tomada de decisões. Disposta a desenvolver no empresariado a consciência de que o segmento de locação de automóveis é dinâmico e exige aperfeiçoamento tecnológico constante, a ABLA, ao longo dessas mais de três décadas, acompanhou de perto as questões que envolvem o setor no Brasil, tais como o Código de Trânsito Brasileiro, impostos incidentes, Planos Econômicos e os relacionamentos com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além da integração cada vez maior das locadoras de automóveis na infraestrutura turística do país. Entre 1995 e 1999, a Associação abraçou o Projeto Frota Verde, que transformaria toda a frota das locadoras em carros movidos a álcool, com redução de impostos. Mas, uma das primeiras das mais importantes ações da entidade
“Um dos grande marcos da ABLA foi a abertura do escritório regional em Brasília, que inseriu o setor no cenário político nacional.”
CÉLIO FONSECA DIRETOR REGIONAL – RORAIMA
foi obter junto à Infraero mudança nas regras de licitação, para que as locadoras pudessem abrir lojas nos aeroportos. A liberação,
como a instituição do empréstimo compulsório na aquisição
“Tenho saudades dos tempos em que o maior desafio era popularizar a cultura da locação no país e profissionalizar o setor.”
de veículos e combustíveis, o Plano Cruzado I, que instituiu o
CARLOS ROBERTO FAUSTINO
juntamente com o surgimento do leasing, que possibilitou às locadoras a compra de um volume maior de carros, foi de grande importância para o crescimento do setor no país ainda no final da década de 1970. A década de 1980 trouxe dificuldades às locadoras,
congelamento de preços e o Cruzado II, que elevou em 80% os
SUPLENTE CONSELHO NACIONAL
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ABLA | 35 anos
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2009
O Aluguel d e Automóv eis
Encarte especi
al traz tudo so
bre o Progra
• Análises Set oriais • Turism o • Terceirizaç • Opinião: Aut ão de Frota • oridades, For necedores e • Dirigentes Parceiros • da ABLA • Ind icadores de Des empenho •
no Brasil
ma de Capacit
ação ABLA
ABL
Setor aposta na união para ganhar força
ano VIII l nº 43 l janeiro - fevereiro l 2012
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS
ano VIII l nº 44 l 2012
A copa
já começou! ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS
O setor se prepara para aumento na demanda em 2014
NOVA SEDE EM BRASÍLIA
ABLA e FENALOC inauguram escritório na capital do país
Esta revista tem suas emissões compensadas por restauro florestal em mata ciliar
ano VIII
35
anos de história
Foco na tradição com olhar para o futuro | Pág. 12
Esta revista tem suas emissões compensadas por restauro florestal em mata ciliar
LA
ASSOCI
AÇÃO BR
ASILEIRA
l
nº 45 l
No cam inho do crescim ento Locado
DAS LO CA
DORAS
DE AUTO
MÓVEIS
ras alca
nçam fa tura 278 mil mento de R$ empreg 5, os dire 6 bilhões em tos e in diretos 2011 e criam quas
e
Conve ABLA nção da rumos discute do seto r Esta revis compensata tem suas emissões florestal das por resta uro em mata ciliar
Pro Qualifigrama de cação en em nova tr fase a
Citroën aposta no desem design e penho do DS3
2012
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ABLA | 35 anos
A ABLA posicionou o setor de locação no mapa econômico e político do Brasil. Foi muito gratificante ter contribuído para o início deste processo.
LUIZ CABRAL EX-DIRETOR SUPERINTENDENTE
OS PRINCÍPOS 38
ÉTICA:
A conduta ética das empresas atuantes no
VALORIZAÇÃO DAS ASSOCIADAS:
A ABLA
setor de locação de veículos, em seus relacionamentos
está determinada a atender às necessidades e reivindicações das
internos e externos, possibilita à ABLA sua melhor
empresas sob sua representação. A busca de profissionalismo e
representatividade. A atuação da entidade deverá ser
reconhecimento do setor em todas as esferas são atitudes que
condizente com esta postura.
fortalecem a Entidade e suas associadas.
IGUALDADE:
Todas as empresas associadas devem
ZELO PELA IMAGEM:
A imagem do setor é
receber o mesmo tratamento, independentemente de seu
formada pela atitude isolada de cada uma de suas empresas
porte ou localização geográfica. É assim que a ABLA considera
e pelo seu conjunto representado pela ABLA. Cabe a cada
suas associadas.
associada zelar pela boa imagem de sua empresa e da
LIVRE CONCORRÊNCIA:
Entidade que a representa. Cabe à ABLA defender as suas A ABLA é a favor do
livre mercado. Não existindo reservas no setor de aluguel de carros, todas as empresas devem ter liberdade para concorrer, de forma ética, em um ambiente de competição.
associadas e trabalhar a boa imagem do setor.
Setor aposta na união para ganhar força
“A ABLA, com seu trabalho de formiguinha, ajudou as regiões mais distantes do país a adotar a cultura do aluguel de carros.”
ANTONIO DA SILVA DIRETOR REGIONAL ACRE – RONDÔNIA
preços dos veículos e em 20% o custo das peças e acessórios. Todas essas medidas levaram a ABLA a mobilizar-se em defesa do setor, buscando isentar as locadoras do compulsório e discutindo amplamente com as associadas as formas de adaptarse à realidade econômica e administrar as dificuldades sem transferi-las aos clientes. O relacionamento com o governo e com parceiros do setor privado sempre fez parte da conduta da ABLA. Nos anos
“Uma vara quebra com facilidade, mas um feixe de varas não quebra. Precisamos estar unidos em torno da ABLA, porque ninguém faz nada sozinho.”
FELLIX PETER DIRETOR REGIONAL – RIO GRANDE DO SUL
1990, a Associação mobilizou-se mais uma vez em defesa de suas associadas para enfrentar um novo desafio: a dificuldade para comprar veículos, devido ao ágio que sucedeu as medidas econômicas do governo Collor. Buscando uma solução para este problema, a entidade levou à então ministra da Indústria, Comércio e Turismo, Dorothéa Werneck, as reivindicações das locadoras. A iniciativa gerou o convite da ministra para que a associação representasse os consumidores na Câmara Setorial criada para discutir a indústria automobilística. As discussões
“A ABLA trabalha duro para que as pequenas empresas não fechem e se tornem cada vez mais competitivas.”
resultaram no incentivo, por parte do governo, à produção do carro popular, em 1993. Atualmente, estes modelos são os mais utilizados pelas locadoras e respondem por 64% da demanda. Para facilitar o dia-a-dia das centenas de locadoras, a
SAULO FRÓES
associação criou tabelas de conversão dos valores dos aluguéis
TITULAR – CONSELHO NACIONAL
na transição de Cruzeiro para Cruzados Novos e, mais adiante, ajudou seus associados a entenderem as URVs. Com o objetivo
“Com a ajuda da ABLA, as locadoras se tornaram parceiras das montadoras e, atualmente, acabam interferindo nas mudanças de alguns modelos lançados.”
JOADES DE SOUZA CONSELHEIRO FISCAL – GOIÁS
de elevar os níveis de profissionalização do setor em todo o país, foram criados cursos, seminários, congressos e discussões temáticas de interesse da classe. Paralelamente, um grupo de assessores nas áreas jurídica, econômica, empresarial, comercial, securitária e de comunicação, passou a apoiar os associados em tempo integral. Ao longo destas mais de três décadas, a contestação da Súmula 492 do Supremo Tribunal Federal, que prevê a responsabilidade civil das locadoras por danos causados
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ABLA | 35 anos
A associação trouxe um maior profissionalismo à atividade e ajudou o segmento a ser mais respeitado e ouvido por parte do governo.
PAULO ROBERTO DO VAL NEMER
“Eu sempre tive disposição para encarar os desafios e tentar resolver tudo sozinha. Mas, sem dúvida, o trabalho na ABLA ajudou a aprimorar essa disposição e a lidar com pessoas.”
VANDA ALVES MARTINS EX-FUNCIONÁRIA
VICE PRESIDENTE
a terceiros por clientes, no uso do carro alugado, foi um dos assuntos mais discutidos pelo Conselho Jurídico. Com base nos princípios da ética, igualdade, livre concorrência, valorização da associada e zelo pela imagem do setor, a ABLA
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desenvolveu em 1993, e reeditou em 1997, um Código de Ética para
“A passagem pela ABLA me proporcionou um crescimento profissional e pessoal. Só tenho boas lembranças.”
ELIANE RODRIGUES EX-FUNCIONÁRIA
nortear as atuações das locadoras associadas. A postura foi decisiva para a imagem de seriedade e respeito que a atividade alcançou no país. Contribuiu, também, para o fortalecimento do setor, a implantação do Programa Nacional de Capacitação e Qualificação ABLA, conhecido como PQA, que desde 2007 aplicou mais de 4,5 mil capacitações em cursos ministrados à distância ou presenciais, por meio de palestras, seminários e minicursos. No início da segunda década dos anos 2000, a ABLA reforça o seu papel para orientar os empreendedores para que o ramo continue sendo
“A minha passagem pela ABLA foi muito positiva. De lá, eu levei para a vida a lição de que o maior patrimônio de um profissional é sua credibilidade.”
APARECIDA PARLATO DE LIMA EX-FUNCIONÁRIA
visto como promissor e profissional. Em 2011, a entidade deu início a um trabalho de identificação do potencial de um novo negócio para as locadoras de veículos de todo o país – a locação de veículos pesados, ônibus e caminhões. A nova modalidade poderá impulsionar ainda mais o mercado de terceirização de frota, que já corresponde a 55% do faturamento do setor. A tendência já é realidade nos Estados Unidos, Austrália e de alguns países da Europa, como Alemanha, França e Itália.
“A ABLA trouxe estrutura gerencial e profissionalização para o setor, além de representação política e comercial.”
ALVANI MANOEL LAURINDO DIRETOR REGIONAL – MATO GROSSO
Setor aposta na união para ganhar força
OS OBJETIVOS CONGREGAR
as empresas locadoras de automóveis
REPRESENTAR o setor junto à sociedade e autoridades,
que operam ou venham a operar no país, promovendo o
defendendo os princípios da livre iniciativa, da leal concorrência
aperfeiçoamento do setor.
e da liberdade da atividade econômica.
DESENVOLVER
e estimular em seus sócios o
MANTER
intercâmbio com sindicatos, associações e
espírito associativo, a franca e efetiva colaboração e exigir o
outras entidades nacionais e estrangeiras ligadas direta ou
cumprimento do Código de Ética da Associação.
indiretamente à locação de veículos.
DEFENDER os direitos inerentes a seus associados bem como sua representação em juízo ou fora dele, na forma e nos
SERVIR
como órgão de consultoria, assessoria e
informação em assuntos ligados ao setor de locação de veículos.
casos em que a Assembleia Geral autorizar.
REALIZAR
ATUAR na condição de Juízo Arbitral com a finalidade estudos, pesquisas e elaborar projetos
destinados ao aperfeiçoamento das condições de trabalho
de dirimir litígios entre as empresas locadoras de veículos, sejam elas associadas ou não.
dos associados e da categoria.
BUSCAR
a realização de convênio com entidades
públicas e particulares que exerçam atividades de interesse do setor de locação de automóveis.
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ABLA | 35 anos
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A terceirização de frotas vira realidade
a
terceirização de frotas vira realidade
A
história da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA) começou em 1977, quando, os empresários Marco Antonio Ghiberti e Alberto Moraes Barros
Filho, que representava uma das maiores empresas internacionais da área no Brasil, decidiram reunir um grupo de proprietários de locadoras para criar uma entidade para o segmento, que começava a ganhar porte. O objetivo era promover a profissionalização do setor, divulgar a atividade e permitir a troca de experiências entre as poucas empresas da época.
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ABLA | 35 anos
CURIOSIDADES 44
1993 - ECONOMIA NA PONTA DO LÁPIS
2002 - RUMO AO CENTRO-OESTE
Os carros da frota própria da Prefeitura do Rio de Janeiro
A Companhia de Saneamento Básico do Distrito Federal
gastam o dobro do combustível consumido pelos veículos
(Caesb) substitui sua frota própria por veículos terceirizados,
alugados. Em média, são US$ 0,70 por quilômetro rodado
sendo uma das primeiras a adotar o novo sistema para redução
contra US$ 0,34. Essa foi a conclusão do estudo encomendado
de custos no setor.
pela Prefeitura que levou o governo municipal a usar cada vez mais carros alugados. Nessa época, a Guarda Municipal, por
2007 - A SERVIÇO DA SEGURANÇA
exemplo, contava com seis Kombis locadas.
No final de 2007, as polícias dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Goiás, além da Guarda Metropolitana de
1997 - OLHO NO ALUGUEL
São Paulo, já estavam aparelhadas ou, em vias de serem
Dados da empresa RHS Licitações revelam que entre
equipadas, com viaturas terceirizadas. Em Goiás, a Secretaria
1996 e 1997, as licitações para aluguel de carros cresceu de
de Segurança Pública do Estado contava com 800 viaturas.
2,06% para 4,21%. Das 122.375 licitações públicas realizadas
O primeiro contrato foi firmado em junho de 2007 e os
naquele ano, 3.150 foram de locação de veículos. De acordo
veículos alugados passaram a atuar nas operações móveis das
com o levantamento, os estados que mais realizaram
polícias militar, civil e técnica-científica. Em Minas Gerais, a
licitações no setor de transporte foram São Paulo (919), Rio
terceirização aumentou de 60% para 97% a disponibilidade
de Janeiro (409), Minas Gerais (372), Rio Grande do Sul
de viaturas para uso da corporação.
(341) e Bahia (136).
A terceirização de frotas vira realidade
até que, em 1998, começou a funcionar por aqui a primeira locadora especializada em aluguel de frotas a longo prazo para o segmento empresarial. “Ao implantarem filiais no Brasil, as multinacionais contribuíram para a disseminação da cultura da terceirização de frotas como instrumento para redução de custos, inclusive em termos fiscais e tributários”, lembra Alberto de Camargo Vidigal, ex-presidente a ABLA. Na esfera pública, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), em vigor desde 4 de maio de 2000, contribuiu para a solidificação do aluguel de carros para o setor. Isso porque os Estados passaram a concentrar esforços em suas atividades-fim como saúde, educação, segurança e infraestrutura, deixando a atividade-meio a cargo de empresas especializadas. Ano a ano, as empresas nacionais foram assimilando o novo conceito No Brasil, entretanto, a atividade só se consolidou entre os anos 1980
até que, em 2006, a terceirização de frotas passou a ser o principal negócio
e 1990, quando os contratos passaram de transitórios a de longo prazo.
das locadoras brasileiras e virou prática também das pequenas empresas.
Primeiro aderiram às novas condições as empreiteiras e construtoras,
De acordo com o Instituto de Certificação, Empresabilidade e Adequação
depois as empresas de serviço, segurança e distribuição. Não é errado
da Terceirização (ICEAT), a locação de automóveis figurava em 11º lugar
dizer que a terceirização de frotas começava a despontar como o mais
entre as atividades mais terceirizadas pelas empresas. Atualmente, figura
promissor segmento do mercado para as locadoras, já que 20% das
entre os três serviços mais adotados. Em 2011, a terceirização de veículos
empresas brasileiras que operavam com frotas acima de 50 veículos
respondeu por 55 % dos negócios do segmento, tendo na indústria e no
decidiram terceirizar seus departamentos de transportes.
setor de serviços 70% de seus clientes. O número de veículos alugados
Pesquisa realizada pela Manager Assessoria em Recursos Humanos,
gira em torno de 200 mil unidades, com possibilidades de crescimento
no segundo semestre de 1992, indicava que a maior parte das empresas
exponencial de até 20 vezes nos próximos anos, considerando-se que
brasileiras já havia passado para terceiros, pelo menos uma de suas
existem 6 milhões de veículos licenciados em nome de pessoas jurídicas.
atividades consideradas não essenciais. Em 90% dos negócios, o serviço
Apenas na renovação da frota para contratos de terceirização, o setor
de refeição industrial já foi, estava sendo ou seria terceirizado; mais de
investe anualmente algo em torno de R$ 6 milhões.
50% das empresas já faziam o mesmo com o trabalho de limpeza; 41%
Estima-se que a economia alcançada com a adoção de uma frota
operavam com parceiros na área de transporte de funcionários e 30%
terceirizada no lugar de veículos próprios gire em torno de 25% a 30% por
estavam em vias de adotar a terceirização da frota de veículos.
ano, período em que vigora a maioria dos contratos. Entre as vantagens
O final da década de 1990 foi de grande importância para a
apontadas pelos usuários figuram maior agilidade e flexibilidade no
redução do preço da locação de frotas e disseminação do serviço. Com
processo de ampliação ou diminuição de carros usados, a transformação
a globalização, as grandes empresas internacionais, especializadas
de custos fixos em variáveis, dimensionamento da frota pelo mínimo e
em terceirização de frotas, começaram a estudar o mercado brasileiro
não pela média prevista.
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Em busca da eficiência e da qualidade
em busca da
eficiência
e da qualidade
O
cliente não aluga mais um carro. Ele aluga o carro de uma empresa que, se satisfizer a sua necessidade e encantálo, fará com que ele a divulgue para todo o mercado. Na
teoria, a nova forma de trabalhar parece simples, mas na prática exige uma mudança completa do modo de tocar os negócios. Foi diante do novo comportamento, divulgado pelos especialistas, como um dos alicerces da chamada era da competência, que a ABLA deu início, em 2007, ao Programa Nacional de Capacitação e Qualificação do Setor de Locação de Veículos (PQA), em parceria com o Ministério do Turismo (MTur/Programa Bem Receber Copa) e o Sebrae Nacional.
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ABLA | 35 anos
A iniciativa surgiu da necessidade de atualização e acompanhamento das mudanças no turismo, relacionadas ao advento do Brasil como destino internacional, à modernização e ao aumento da competitividade nos serviços. O Projeto, com duração de dois anos, aplicação a partir de 2009 e totalmente gratuito, foi dividido em quatro grandes blocos: Competências Gerais (Histórico da locação, diversidade cultural, ética e cidadania, responsabilidade civil das locadoras, Código de Defesa de Consumidor, sustentabilidade e associativismo), Gestão em Mercado e Marketing (análise do mercado consumidor, marca, comunicação integrada, estratégias de determinação de preço, relacionamento com o cliente e marketing verde), Gestão em Administração e Finanças (Sociedades empresariais, contabilidade e administração financeira, estrutura de capital, formação de preços e avaliação econômica de investimentos
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na empresa) e Gestão Empresarial com Ênfase em Gestão (Gestão de frotas, previsão e controle de custos operacionais, manutenção e renovação e frotas). Desde a sua criação, o PQA capacitou mais de 4.500 profissionais, por meio de cursos ministrados à distância, seminários, palestras presenciais e quatro teleconferências. Com o Programa, - desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, responsável pela elaboração dos conteúdos das disciplinas - pequenos e médios empresários ganharam maior preparo para a gestão de suas locadoras em um universo cada vez mais competitivo e, suas equipes, um nível de capacitação compatível com a nova realidade turística do mercado brasileiro. Além do serviço eficiente de aluguel de automóveis, funcionários e gestores do segmento têm, cada vez mais, a função de agentes de informação turística dos destinos em que se encontram, com uma atuação que se expande para todo o setor turístico.
Em busca da eficiência e da qualidade
ETAPAS DO PROCESSO DIVULGAÇÃO: Realização de encontros de mobilização e articulação, em locais estratégicos, envolvendo
INSTRUTORES – REDE ABLA: Formação de instrutores máster.
prioritariamente gestores, empreendedores e trabalhadores no segmento de locação. Elaboração e distribuição de folhetos, cartazes, adesivos e outros instrumentos de divulgação.
CERTIFICAÇÃO DE QUALIDADE PROFISSIONAL: Desenvolvimento de processo de avaliação diagnóstica e certificação; avaliação de profissionais e avaliação para
PESQUISA: Realização da pesquisa nacional, apuração e
certificação.
aplicação de seus resultados.
FORMAÇÃO : Nas áreas estratégicas, financeira e
de acordo com os cursos desenvolvidos.
fiscal/contábil.
ELABORAÇÃO DE NORMAS:
CURSO DE GESTÃO DE ENTIDADES ASSOCIATIVAS/COOPERATIVISMO: Gestores treinados
Mapeamento de
competências, normas brasileiras em comissões de estudos.
CERTIFICAÇÃO DE EMPRESAS (PROJETO-PILOTO): Empresas certificadas pelo modelo de avaliação desenvolvido e validado.
DESENVOLVIMENTO E FORMATAÇÃO DO PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO: Programas e treinamento desenvolvidos e realizados de acordo com NBR.
CAPACITAÇÃO DE PARCEIROS: Produção de material informativo.
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ABLA | 35 anos
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Com os olhos voltados para o futuro
com os olhos voldados para
N
o futuro
ovas concepções de produtos e processos, tecnologias inovadoras, aumento da competição e sobra de capacidade instalada nos tradicionais países fabricantes
de automóveis têm provocado profundas transformações no cenário automotivo internacional, tanto nos mercados consumidores quanto nos produtores. A grande mudança, contudo, está diretamente ligada ao redirecionamento de investimentos para países emergentes que lideram e, deverão liderar na próxima década, o crescimento da demanda de consumo mundial. O Brasil está entre eles, ao lado, da Rússia, Índia, China e África do Sul. Até 2020, a produção nacional alcançará uma média de 6 milhões de veículos ao ano, conforme destaca Cledorvino Belini, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea):
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ABLA | 35 anos
- Sustentam essas expectativas o baixo índice de motorização do País, com um veículo para cada 6,4 habitantes, diante de 1 por 1 nos Estados Unidos; 1 por 1,2 na Europa e 1 por 4 na Argentina. A frota circulante em 2012, de cerca de 32 milhões de veículos, tem muito espaço para crescer. Até 2015, as montadoras deverão investir mais US$ 22 bilhões em capacidade de produção, produtos e processos, tecnologia e inovação. Uma quantia considerável, se comparado ao volume aplicado no período compreendido entre 1980 e 2011, cerca de US$ 80 bilhões, representando 23% do PIB industrial e 5% do PIB nacional. Principais parceiras da indústria automobilística, respondendo por 8,7% das vendas do setor, as locadoras têm grandes oportunidades de crescimento nos próximos
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anos, não só como alternativa para o transporte público deficiente, mas também como opção cada vez mais eficaz para os serviços de terceirização de frotas, destaca Fred Carvalho, diretor da Autodata, empresa de comunicação especializada no setor automotivo: - A economia brasileira está mudando para melhor. A redução das taxas de juros e a queda do IPI estão transformando o Brasil em um país de primeiro mundo. Está mais fácil comprar carros tanto por parte do
A economia brasileira está mudando para melhor. A redução das taxas de juros e a queda do IPI estão transformando o Brasil em um país de primeiro mundo... FRED CARVALHO
Com os olhos voltados para o futuro
Paulo Gaba Jr., presidente da ABLA. A preocupação com o meio ambiente tende a crescer continuamente não só em relação à escolha dos combustíveis das frotas como também na forma de pensar e conduzir o negócio da locação, com índices de desperdícios cada vez mais baixos, instalações ecologicamente corretas e preocupação com os impactos provocados pelo setor na vida da sociedade. Embora as fusões e aquisições devam ainda acontecer em um futuro próximo, no Brasil as expectativas para a próxima década são bem diferentes. Tendo em vista que a boa administração do negócio de aluguel de carros exige uma gestão presente e intensa, a ABLA acredita muito no crescimento dos empreendedores locais e regionais, tanto com marcas próprias quanto na qualidade de franqueados de redes de locação. As locadoras regionais crescem, em média, o dobro das unidades dos grandes centros, tanto em frota quanto em clientes e faturamento, devido à popularização da atividade em todas as regiões do país. Para o setor crescer ainda mais em um futuro próximo, a parceria dos bancos e das montadoras será fundamental. O futuro da ABLA, na visão de seus dirigentes, está diretamente ligado ao futuro do mercado de locação, como diz o vice-presidente Paulo Roberto do Val Nemer: - É nossa função sensibilizar o governo para as consumidor final, quanto pelas locadoras. Com isso, as empresas de aluguel podem
necessidades do setor, principalmente, sobre o peso
oferecer serviços a preços mais convidativos. Assim, alugar um carro pode se tornar cada
da carga tributária, que absorve 50% do faturamento
vez mais interessante do que comprá-lo.
quando analisados em cadeia, ou seja, dos insumos aos
O crescimento do setor também passa pela adoção de condutas ecológicas e
veículos, mão de obra e combustível. Em contrapartida, o
socialmente corretas, como o uso de carros cada vez menos poluentes. “Eu não sei
investimento em renovação de frotas nos próximos quatro
como será o futuro dos carros que alugaremos, mas existe uma tendência muito
anos chegará a R$ 60 bilhões, valor altamente significativo
grande para a circulação de carros elétricos e para políticas ligadas ao verde”, afirma
e digno de melhores condições tributárias.
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ABLA | 35 anos
Ilustração carros do futuro 54
Com os olhos voltados para o futuro
FROTA DO FUTURO MOVIDO A AR COMPRIMIDO Fruto de um acordo
CONCEITO FUTURISTA
Com um empurrãozinho
de licenciamento de tecnologia da Motor Development
dos chineses, a Volkswagen promete colocar nas ruas dois
International (MDI), de Luxemburgo, a indiana Tata
novos conceitos de veículos: o Hover Car e o Music Car.
Motors deverá produzir nos próximos anos o Mini Cat, o
O primeiro é inofensivo ao meio ambiente, pois não emite
primeiro carro movido a ar comprimido. A novidade está
nenhum tipo de resíduo, não possui pneus e flutua graças a
em sua segunda fase de projeto, que detalhará as tecnologias
uma rede eletromagnética localizada sob o carro. Já o Music
e os processos industriais necessários para a fabricação do
Car possui design externo que muda de acordo com a música
veículo em escala. O carro terá velocidade máxima entre
que o motorista escuta. O efeito é resultado de diodos de luz.
80 e 105 quilômetros por hora, autonomia entre 130 e 300 quilômetros, dependendo do número de tanques de ar
EM BREVE
No Brasil, as frotas contarão com
instalados. A licença da Tata para a utilização dos motores
tecnologias como novos sistemas e componentes periféricos
de ar comprimido, em 2012, era restrita apenas à Índia.
para os motores flex; novo sistema de partida a frio, que dispensa o reservatório extra de gasolina, redução
PARA OS PRÓXIMOS CINCO ANOS
A Ford
do tamanho, peso e número de cilindros de motores
Motors anunciou que lançará cinco modelos de carros
compactos, além da adoção de pneus de baixo atrito com
elétricos e híbridos nos próximos cinco anos. A estratégia
o solo; turbocompressor e itens de segurança como airbags,
faz parte da política de redução de consumo e emissão de
sistema de freios ABS e controle de estabilidade.
gases poluentes, adotada como uma das principais metas da empresa para a próxima década.
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ABLA | 35 anos
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Tecnologia garante agilidade à locação
Tecnologia garante
agilidade
à locação
57
O
setor brasileiro de Tecnologia da Informação (TI) movimentou mais de R$ 74 bilhões em 2011, sendo 80% representado pelo mercado corporativo (R$ 59,3 bilhões) e 20% pelo
doméstico (R$ 14,7 bilhões), de acordo com a Associação Brasileira dos Distribuidores de Tecnologia da Informação. Segundo o levantamento, os investimentos em TI vêm crescendo na casa dos 10% ao ano, o que representa o dobro da média mundial. Só para o segmento de locação são investidos cerca de US$ 15 bilhões por ano.
ABLA | 35 anos
Para as locadoras de automóveis, a TI garante cada vez mais agilidade
para cada mercado. No caso da locação, já eram comercializados
no atendimento e controle de gestão da empresa. Com a terceirização
programas de software para abertura e fechamento de contratos,
da frota representando grande parte da fatia do negócio, as locadoras
administração de frotas e relatórios de gestão. Eram programas
aceleram a tomada de decisões e reduzem os seus esforços. As atenções
independentes, chamados de pacotes, que resolviam os problemas
dos empreendedores se voltaram exclusivamente para o negócio, isso
de cada setor da empresa. Naquele ano, já era possível, por exemplo,
porque a tecnologia oferece às empresas de aluguel de carros uma
ter toda a vida do veículo registrada via sistema: quando o carro
série de funcionalidades que passam por sistemas de gestão de locação,
deu entrada na locadora, a quilometragem, manutenção preventiva
busca de mão de obra, rastreamento de frota, controle de manutenção,
e corretiva, número de acidentes, multas e quantias de vezes que o
venda e reserva online, além de controle de locações, multas, avarias,
veículo foi alugado.
manutenção e licenciamento. É um sistema integrado que assegura, via internet, conhecimento integral das operações.
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Em meados dos anos 90, a internet transformou-se em uma nova mídia para as locadoras divulgarem seus negócios, suas marcas e suas
Mas, nem sempre foi assim. Durante anos, toda a administração
promoções. Além do valor da reserva, os clientes podiam consultar
do negócio foi feita à mão, com pilhas e pilhas de papéis arquivados. Foi
informações sobre terceirização de frotas e aquisição de veículos, por
apenas em 1987 que a ABLA adquiriu seu primeiro microcomputador
exemplo. Em 1997, a ABLA mais uma vez saiu na dianteira e colocou
– um modelo Itautec. A preocupação com a informatização do setor,
no ar seu site (www.abla.com.br), disposta a atingir dois perfis de
contudo, era tão grande que levou a entidade a criar, em meados da
público: as locadoras de veículos e o consumidor final do serviço.
década de 1990, uma comissão responsável pelo desenvolvimento de
Entre os temas abordados destaque para a história do aluguel de
aplicativos básicos para aluguel de carros.
carros no Brasil, a fundação da Associação e o desenvolvimento
Antes de realizar um levantamento dos softwares disponíveis
do setor desde o início da entidade, além do perfil do mercado de
para o setor, a Associação decidiu fazer um inventário sobre os
locação no país. Como incentivo à informatização, as locadoras
equipamentos adotados nas locadoras. A pesquisa, realizada no
associadas receberam um desconto de até 25% sobre o valor de
primeiro semestre de 1996, revelou que 92,45% das empresas
implantação e treinamento, envolvendo abertura de contrato,
contavam com computadores, sendo 71,43% máquinas 486; 54,8% de
controle de operação, manutenção da frota, de operações financeiras
8 MB, consideradas ótimos hardwares para a época. O levantamento
e estatísticas. O abatimento do custo era proporcional ao número de
destacou, ainda, que 77,55% das locadoras tinham fax modem, sendo
veículos disponíveis para aluguel. Para a implantação do sistema era
63,16% de velocidade padrão – 14.400. Entre as empresas, 69,39%
necessário que a locadora tivesse, no mínimo, um computador 486
possuíam algum software de gerenciamento utilizado principalmente
com 8 megas de memória e uma impressora.
na área operacional (79,41%), administrativa (76,4%), financeira (75%) e Comercial (57,35%).
O início dos anos 2000 foi marcado pelo avanço da internet no setor de aluguel de automóveis. Foi, também, a data do
Três anos depois, o então gerente de desenvolvimento de mercado
desenvolvimento do primeiro software para simulação de Formação
da IBM do Brasil, Mauro D’Angelo, afirmava que algumas empresas de
de Preços de Aluguel de Automóveis, que facilitou a rotina das
software e hardware estavam se unindo para gerar soluções específicas
locadoras, principalmente as de pequeno porte instaladas em
Tecnologia garante agilidade à locação
CURIOSIDADES 1996 - RESERVAS ONLINE As grandes redes de locadoras do mundo colocaram seus sites no ar, permitindo que o consumidor fizesse reserva online do veículo a ser alugado.
2001 - NAVEGANDO PELA REDE A internet ganha espaço no setor de aluguel de automóveis, facilitando o intercâmbio entre as empresas locadoras, seus clientes e fornecedores. Nessa época, a internet não era, ainda, responsável pela transformação dos negócios no setor, o que viria a acontecer mais tarde quando, para permanecer no mercado, as locadoras necessariamente deveriam estar presentes na rede mundial de computadores.
2003 - TUDO PELO COMPUTADOR municípios remotos do país. O software foi reeditado em 2004 e,
Nesse ano foram criados, a pedido da ABLA, dois novos
em 2012, por demanda dos próprios usuários. Porém, foi apenas em
softwares para o setor: o Programa de Terceirização de Frotas,
2003, quando a ABLA lançou o seu próprio portal, um canal para o
um simulador que permitia comparações entre as modalidades
consumidor ter acesso aos benefícios do “Aluguel Para Todos”, - parte
de leasing, compra à vista e locação. Já o Programa Informatize
integrante do Plano Nacional de Turismo, além de informações sobre
sua Locadora, distribuído gratuitamente aos associados,
locadoras instaladas em qualquer cidade do país e onde encontrar
ajudou as locadoras a aperfeiçoar a organização e o controle
aluguéis diferenciados, como carros blindados e adaptados -, que as
da frota, bem como cadastrar os clientes nas categorias de
associadas passaram a integrar a tecnologia como parte do negócio.
pessoa física e pessoa jurídica.
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ABLA | 35 anos
Muita
história para contar
P
á e picareta na mão, 100.000 homens entraram na selva amazônica nos anos 80 para cavar um buraco equivalente à área de dois estádios do Maracanã. Na busca do sonho
dourado de Serra Pelada, eles acabaram retirando da terra uma riqueza de US$ 1 bilhão, deixando para trás histórias de vida que viraram lendas do garimpo. Com baixo grau de instrução, documentos duvidosos, sem conta no banco ou cartão de crédito, a moeda de troca para o garimpeiro era mesmo a pedra e a pepita. Não foi uma, mas centenas de vezes que eles depositaram sobre o balcão do varejo local, dezenas de diamantes ou sacolas de papel cheias de dinheiro, fruto da troca do ouro descoberto. Nas poucas locadoras de veículos em operação na região a conduta não era diferente.
Muita história para contar
Na falta de documentos confiáveis ou cartão de crédito, o garimpeiro deixou como garantia um chifre de boi cheio de pedras dediamante e saiu pilotando o carro de aluguel.
Vestindo apenas um short e um par de chinelos de borracha, um
também. Muitos eram semi-analfabetos, não possuíam conta em
conhecido garimpeiro chegou à locadora para alugar um carro. O
banco, mas exibiam no pasto mais de 20.000 cabeças de gado. Locavam
destino era fazer bonito no ‘brega’, também conhecido como casa da
quantos carros desejavam, sempre na confiança. Não dava nem para
luz vermelha. Na falta de documentos confiáveis e de um valor em
pedir um boi em troca, as fazendas ficavam a centenas de quilômetros
cheque exigido como caução, ele deixou como garantia um chifre de
de distância e, muitas vezes, só podiam ser acessadas de barco ou
boi cheio de pequenas pedras de brilho exuberante. A garantia preciosa
pequenos aviões.
valia muito mais do que o veículo locado e permaneceu dentro de um
Como em muitos segmentos de prestação de serviços, o de locação
armário de madeira até o regresso do dono, que saiu pilotando o carro
de automóveis tem de primar pela discrição. Assim, os olhos não
de aluguel. A história se repetia em todas as capitais da Amazônia e em
enxergam e os ouvidos não escutam. Entre uma risada e outra, os donos
muitas cidades do centro-oeste. Outro, feliz da vida porque havia sido
de locadoras revelam que muitos romances começaram e acabaram nos
“tratado como gente” pela moça da locadora, acabou por presentear-
bancos de suas frotas. Afirmam que, com os objetos esquecidos dentro
lhe como um anel de puro diamante.
dos carros – alguns impublicáveis – daria para abrir um grande bazar.
E, ao contrário do que se possa pensar, não eram apenas os
No início era regra confirmar os dados do locador em um telefone
garimpeiros que tinham suas próprias moedas de troca, os fazendeiros,
fixo, que podia ser o do trabalho ou o da residência. Telefonema dado,
ABLA | 35 anos
problema comprado. Nem sempre a dona patroa sabia da viagem do
automóvel, sem sucesso, decidiu fazer justiça com as próprias mãos.
marido. Hoje, como tudo funciona via telefone celular ficou menos
Pegou a chave reserva e roubou o próprio carro, deixando-o em uma
arriscado para ambos os lados.
rua qualquer de Florianópolis. O cliente fez o boletim de ocorrência e
Há, contudo, passagens menos comprometedoras e, nem por isso, menos surpreendentes, a exemplo do casal apaixonado de Boa Vista,
a polícia encontrou o automóvel, devolvendo-o à locadora. O aprendiz de vigarista está até hoje aguardando o retorno do carro roubado.
que decidiu prolongar o aluguel por conta própria e não devolveu o
Se a clientela deixa rastro e alimenta boatos e divertidas passagens,
carro para a locadora. Depois de a polícia rodoviária fechar as principais
os próprios empresários do setor têm muito o que revelar de suas
saídas da cidade, o caso ir parar na delegacia, o casal foi encontrado
próprias experiências. Uma das principais locadoras de Salvador,
na residência do rapaz, no “maior love”, conforme relatou o advogado
na Bahia, por exemplo, nasceu depois de seu dono abandonar o
contratado pela locadora. Bem longe de Roraima, na capital de Santa
funcionalismo público, uma fazenda com 800 bodes e ser fisgado por
Catarina, a história se repetiu, porém com um desfecho bem diferente.
um anúncio de revista. Isso mesmo, a propaganda questionava: “O que
Não havia nada que fizesse o cliente devolver o carro alugado. O
rende mais um coelho ou uma Kombi? Para ter um coelho, você precisa
dono da locadora, que já havia pedido repetidas vezes a devolução do
de dois. Para você ter uma frota, só precisa de uma Kombi”. Resultado, a Kombi, comprada de segunda mão, deu origem a uma frota que, em 2011, somava 250 veículos. Considerada um carro de estimação, um verdadeiro pé de coelho, a Kombi foi roubada em um fim de semana. Depois de 15 dias, seu dono avistou-a estacionada em um shopping center. Chamou a polícia que prendeu o ladrão e levou o meliante para a delegacia. Depois de apanhar e dormir no xadrez, o rapaz pediu apenas uma gentileza: recolher da Kombi a placa – fria, é claro -, o extintor de incêndio e os bancos que ele havia reformado.
Muita história para contar
Casos de roubos sempre garantem boas risadas depois que tudo
Escolher a melhor é tarefa difícil. Algumas são capazes de provocar
se resolve. Certa vez, o dono de uma locadora do Nordeste teve um
uma “saia justa” até mesmo entre países. Certa feita, uma comitiva da
dos Gols de sua frota furtado. Depois de fazer uma batida minuciosa
Argélia em visita ao Brasil solicitou os serviços de uma locadora para
em toda a cidade, encontrou o veículo. Na madrugada, com a ajuda
transportar seus integrantes até um dos mais badalados hotéis da capital
de um funcionário, ambos armados com um revólver na cintura, ele
paulista, o Maksoud Plaza. O motorista, temeroso por não reconhecer
montou guarda a fim de recuperar o carro. Nada feito. Horas mais
os ‘inconfundíveis’ visitantes, pediu ao chefe que lhe descrevesse
tarde, entretanto, o funcionário ligou dizendo que havia ocorrido um
os trajes dos passageiros e o local exato onde os três seriam pegos.
pequeno acidente. Quando foi urinar, ele, sem querer, deu um tiro no
Roupas típicas coloridas, chapeuzinho na cabeça e o porte típico dos
próprio pé. O patrão, porém, não precisava se preocupar. Ele já havia
homens africanos, recomendou o chefe, lembrando que o trio estaria
ido ao pronto socorro e prestado conta na delegacia sobre o porte da
parado diante de uma floricultura. E lá sei foi o motorista. Na volta,
arma. No final das contas, a locadora assumiu um prejuízo duplo:
certo de que a tarefa tinha sido realizada com sucesso, ele ligou para
ficou sem o carro e sem o funcionário, que foi afastado do trabalho
a chefia confirmando o transporte dos argelianos. O que o chefe não
por um bom tempo.
poderia imaginar é que o motorista, por uma dessas coincidências que
Atrás de uma caminhonete novinha, outro dono de locadora
ninguém é capaz de explicar, havia transportado os indivíduos errados.
rumou para a Bolívia. Fez às vezes de detetive e conseguiu localizar a
No saguão do hotel estrelado estavam três africanos atordoados, sem
quadrilha especializada em roubar carros de aluguel na fronteira com
saber o que estavam fazendo ali. Na frente da floricultura, sob o sol e há
o Brasil. Qual não foi a sua surpresa, quando constatou que um dos
horas, permaneciam os três membros da comitiva, sem que ninguém
chefes do bando era nada menos do que o dono do cartório da pequena
lhes desse qualquer satisfação.
cidade boliviana, uma das pessoas mais influentes da região e com
Sem o envolvimento de clientes estrangeiros, mas não menos
quem, gente de juízo, não se arriscaria a comprar briga. “Antes perder a
divertido foi a troca de apenas uma letra na solicitação de transporte por
caminhonete do que a vida”, afirmou resignado.
parte do atendente da locadora. O telefone tocou bem cedo e do outro
Já em Rio Branco, capital do Acre, a recuperação de um carro
lado da linha o cliente solicitava um veículo que pudesse transportar
alugado das mãos de um jovem bêbado e inconsequente poderia ter
rena. O dono da locadora achou estranho, mas o endereço de destino
acabado em tragédia. Avisado que o motorista fazia cavalos de pau com
era próximo ao zoológico e nada mais justo que o animal fosse levado
o carro da locadora, o empresário correu para o local. Assim que o
à nova casa com dignidade. Com medo de que a Kombi novinha
mocinho parou a exibição, abordou-o junto à porta e sacou a chave da
fosse avariada pelo animal indócil, ele removeu os bancos da perua e
ignição. Mesmo esbravejando muito, o inconsequente motorista aceitou
comprou cordas novas. Instruiu o funcionário a dirigir com cuidado,
descer do carro. De volta ao pátio da locadora qual não foi o susto do
sempre acariciando o animal para que ele ficasse mais tranquilo e não
funcionário que fazia a limpeza de veículo, ao encontrar debaixo do
desse coices dentro da Kombi. Quando chegou ao endereço de retirada
banco um trabucão novinho. Nada menos do que um revólver calibre
do bicho, o funcionário caiu na gargalhada. O pedido nem de longe
38 carregado, pronto para ser usado.
lembrava qualquer tipo de animal. Eram fardos e mais fardos de henas,
As confusões que povoam o dia-a-dia das locadoras são inúmeras.
ou seja, de tintura natural para colorir os cabelos.
ABLA | 35 anos
64
Presidentes | Josef Kurc
depois da criação da ABLA, o setor passou a ser visto com mais respeito e profissionalismo
JOSEF KURC GESTÃO 1977-1980
E
mpresário no setor desde meados dos anos1960, Josef Kurc lembra que aluguel de carros naquela época era sinônimo de algo caro e desnecessário para o mercado corporativo. O
setor crescia com as locações diárias. Cada empresário “se virava” como dava para dar credibilidade ao negócio, negociar descontos com as montadoras e administrar a questão das multas. Foi quando um grupo de empresários se reuniu para criar uma associação que representasse os interesses do setor.
65
ABLA | 35 anos
ILUSTRAÇÃO COMPOSIÇÃO COM FUSCA, DKW.... OPÇÃO: FRASES E PALVRAS SOBRE FATOS E MOMENTOS IMPORTANTES
66
ANOS 70
Presidentes | Josef Kurc
BOM PARA ALUGAR O clássico Fusca, da Volkswagen, era considerado o veículo ideal para o perfil de locadores mais comuns no Brasil daquela década – fazendeiros que preferiam veículos alugados para enfrentar as estradas ruins de suas propriedades e turistas que se aventuravam pelos caminhos esburacados, devolvendo os carros extremamente danificados.
67
- Nossos encontros eram no bairro da Consolação, próximo a um dos restaurantes mais tradicionais da capital paulista, o Baiúca. Fui eleito direitos das locadoras, criar ferramentas que ajudassem as empresas a se desenvolver internamente, além de buscar soluções para problemas comuns, como a falta de conhecimento técnico de relacionamento com o governo e com as montadoras. Os primeiros anos à frente da ABLA foram difíceis, com altas taxas de juros cobradas pelos bancos, inadimplência e falta de união entre as locadoras. Aos poucos, os empresários foram percebendo que ao unir forças ganhavam não só o respeito do mercado, do governo e dos consumidores, como também eram mais fortes para transformar em realidade suas reivindicações. A Associação, que nasceu com 11 locadoras, dois anos mais tarde já contava com 40 associadas. “Depois da criação da ABLA, o setor passou a ser visto com mais respeito e profissionalismo”. Quando deixou a presidência, Kurc integrou o Conselho da entidade por vários anos, tendo deixado o setor de locação em 1994.
DIVERSIFICAÇÃO DA FROTA
ANOS 70
o primeiro presidente da ABLA com a responsabilidade de defender os
Além do Fusca, novos carros começaram a ser alugados, entre eles, Gordini, Dauphine e DKW, esse último em menor escala por causa da necessidade de se adicionar óleo no combustível de seu motor de dois tempos, tarefa nem sempre realizada pelos usuários. Os Aero Willys e o Itamaraty também ganharam espaço nas frotas como veículos de luxo.
ABLA | 35 anos
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Presidentes | Alberto Moraes Barros Filho
De ferrenhos concorrentes a companheiros de profissão
ALBERTO MORAES BARROS FILHO
GESTÃO 1981/1983 E 1986/1987
P
ublicitário de formação, Alberto Moraes Barros Filho nasceu em 1927 e apenas em meados da década de 1970 decidiu enveredar pelo mundo do empreendedorismo, um caminho
que o levou a ser um dos criadores da ABLA e, mais tarde, presidente da entidade por dois mandatos, entre os anos de 1981 e 1987.
69
ABLA | 35 anos
O primeiro veículo criado com a finalidade de estabelecer uma comunicação eficaz com os associados, parceiros, governo e imprensa foi o ABLA Notícias. A primeira edição circulou em
1982
QUEM NÃO SE COMUNICA...
NOVIDADES NO PÁTIO Apesar da instabilidade econômica e a alta da inflação, as locadoras brasileiras ganharam novas opções para suas frotas, como o Ford Del Rey, primeiro carro médio brasileiro e pioneiro a instalar travar e vidros elétricos; o Ford Escort; o utilitário Saveiro, da Volkswagen, e o Santana, que levou a montadora a entrar no segmento de carros de luxo.
1981-1983
setembro de 1982, com periodicidade trimestral.
70
- Em meados de 1976, eu fui procurado pelo advogado Marco Antonio Ghiberti, sócio da Clean Car, com a ideia de criar a associação.
Foi nesse ano que a Fiat lançou no mercado nacional o Fiat
Abracei a proposta ao lado de outros 10 empresários e, em 1977,
Uno, o pioneiro no segmento de carros populares no país. Desde, então, os chamados modelos econômicos são os preferidos pelos brasileiros na hora de alugar um carro. No final dos anos 90,
1984
NASCE O CARRO POPULAR
constituímos oficialmente a ABLA. A criação da entidade nasceu da necessidade de transformar ferrenhos concorrentes em companheiros
respondiam por 65,1% do volume de locações, em 2007, por nada
de profissão. Eram tempos difíceis. Para não perder dinheiro com a
menos do que 72,0% e, em 2011, por 64,0%.
apropriação indébita dos carros, pintávamos as peças mais fáceis de serem removidas. Até 1990, ele esteve ligado diretamente ao negócio locação de automóveis. Em 1992, abriu a A. M. Barros Consultoria e Serviços, com
A ABLA contabiliza 162 filiadas, entre redes nacionais e independentes, 68,75% mais do que em 1985. Nesse mesmo ano, o leasing é considerado um bom negócio para as locadoras que,
1985
OLHA O JORNAL!
ênfase em locação de veículos e formatação de franquias. Foi em 1982, contudo, que Alberto enfrentou um dos maiores desafios de seu período à frente da ABLA, o que ele chamou de
na época, somaram 35 mil veículos adquiridos por meio desse
“piratas do mercado”. Ele se referia à abertura pelas revendedoras de
tipo de financiamento.
departamentos voltados à locação de carros. Em entrevista concedida na época, o presidente dizia: “No geral, essas revendedoras não pagam
1986
Presidentes | Alberto Moraes Barros Filho
FORÇA LATINO-AMERICANA No congresso da Cotal, realizado em Recife, Pernambuco, a ABLA, junto com presidentes de várias associações de locadoras de países latino-americanos decide lançar o embrião da Federação Latino-Americana das Associações de Locadoras de Auto-Veículos.
1987
CRESCIMENTO REAL A ABLA contabiliza 162 filiadas, entre redes nacionais e independentes, 68,75% mais do que em 1985. Nesse mesmo ano,
71
o leasing é considerado um bom negócio para as locadoras que, na época, somaram 35 mil veículos adquiridos por meio desse tipo
impostos como as locadoras, têm poder maior de barganha na compra e
de financiamento.
venda de automóveis, os custos de manutenção dos carros são pequenos, em razão das oficinas locais, não têm pessoal especializado, treinando seus próprios funcionários para o atendimento ao público, gozam
POLÍTICA ENCONÔMICA
de benefícios do ICM e com todas essas vantagens, oferecem uma
As locadoras foram surpreendidas com a criação do
de perguntar a eles, como se sentiriam caso as montadoras de veículos
Empréstimo Compulsório sobre Comercialização de Veículos e
resolvessem vender seus próprios automóveis sem as revendedoras?” Quase cinco anos depois, ao terminar o seu segundo mandado
1987
concorrência desigual e desleal”. E finaliza em tom incisivo: “Eu gostaria
Combustíveis, o que provou a eliminação do capital de giro das empresas de aluguel. Além disso, houve um excepcional “turn over” de mão de obra, o que elevou em 50% o custo da folha de
à frente da presidência da ABLA, Alberto dizia-se orgulhoso de ter
pagamento a fim de manter e treinar os novos funcionários. Por
enfrentado muitos desafios e de seu principal feito. “Conseguimos
fim, o Plano Cruzado II elevou em 80% o custo dos veículos e, em
conquistar a confiabilidade do usuário e do público em geral. Atualmente, é muito comum um cliente, antes de fazer negócio com qualquer locadora, entrar em contato com a ABLA para saber se a empresa é associada. Isso significa uma garantia para o usuário e é motivo de orgulho para nós.”
20%, o preço das peças e dos acessórios.
ABLA | 35 anos
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Presidentes | Vitório D’Amico
O mercado de locação entrou para o sistema de franchising, com a abertura da primeira franquia no ano de 1984
VITÓRIO GESTÃO D’AMICO 1984-1985
F
oi no final da gestão de Vitório D’Amico que a ABLA criou um novo informe, agora denominado Jornal da ABLA. O veículo de comunicação foi editado a cada dois meses
até o final de 1987. Um ano antes, o setor havia assistido a um novo marco na expansão do serviço de aluguel de carros no país. A locação entrava para o sistema de franchising, com a inauguração da primeira unidade franqueada em meados de 1984.
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ABLA | 35 anos
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Presidentes | Alberto Moraes Barros Filho
A respeitabilidade conquistada pelas locadoras através da ABLA garantiu a liberação de preços para o setor durante a vigência do Plano Verão, no início de 1989
UDO STELLFELD GESTÃO 1988-1989 E 1990-1991
F
amiliarizado com o universo automotivo desde 1966, quando ingressou na Volkswagen, Udo Stellfeld fez carreira na montadora, onde atuou por mais de duas décadas, até
chegar ao mercado de locação. Em 1988, foi eleito presidente da ABLA pela primeira vez, quando deu início ao processo de interiorização da entidade. Foi um dos principais responsáveis pela criação das Diretorias Regionais, o que fez da associação uma entidade nacional.
75
ABLA | 35 anos
Do início de 1988 até dezembro de 1992, a entidade teve como veículo de comunicação o Informativo ABLA, um boletim editado em preto e branco, com tamanho variado, dependendo do volume de informações a serem transmitidas. Nesse período, as novidades ainda eram enviadas e recebidas via telex.
1988
NOTÍCIAS DO SETOR
Acontece a I Convenção e Salão Nacional das Empresas Locadoras de Auto-Veículos (Conauto), nos dias 8 e 9 de março, em São Paulo. No mesmo ano, a ABLA encomenda a primeira pesquisa sobre o setor com o objetivo de conhecer o perfil a origem de seus consumidores.
QUAL O MELHOR CAMINHO?
A falta de sinalização nas estradas e cidades brasileiras aliada às péssimas condições das vias transformou-se em um fator de intimidação da locação de veículos por parte do turista que, muitas vezes, acabavam optando por outras alternativas de transporte. Para suprir essa deficiência, as locadoras passaram a fornecer, por conta própria, mapas
1990
76
1988
VITRINE
Ao assumir seu segundo mandato à frente da entidade, em 1990, as locadoras respondiam por 8% da produção da indústria nacional de automóveis e movimentavam US$ 600 milhões, bem abaixo dos US$ 20 bilhões registrados pela indústria de aluguel de carros nos Estados Unidos. Acostumado a alugar carro em suas viagens ao exterior,
detalhados aos turistas.
sobretudo em Miami, o consumidor brasileiro reclamava dos altos preços praticados pelas locadoras no Brasil quando comparados aos adotados nos Estados Unidos. Mais do que reclamar, muitos proclamavam o não
CHEGAM OS RUSSOS
uso do serviço para provocar a queda nos preços. Como justificativa para tamanha diferença, os representantes do setor apontavam o tempo
1990
Representantes da montadora russa Lada apresentaram sua linha de veículos à ABLA, a situação de suas revendas e as garantias de serviços ofertados. A entidade, por sua vez, solicitou aos recém-chegados ao mercado brasileiro, um estudo sobre a possibilidade de renovação da frota do setor, quantidades de carros disponíveis, condições especiais de compra, de preço de revenda e garantia de recompra. Apesar do avanço das negociações, a montadora não vingou no território brasileiro.
de maturação da atividade nos dois países, as diferenças de preço na compra dos veículos, os altos custos financeiros enfrentados no Brasil e as despesas com mão de obra. Em entrevista dada na época, Stellfeld observava que, diante do impacto dos Planos de Estabilização Econômica, as empresas do setor revisaram suas políticas operacionais, enxugaram seus custos e diminuíram o efetivo
Presidentes Presidentes | Alberto Moraes | Francisco Barros da Filho Silva
1990
CRUZADOS NOVOS OU CRUZEIROS? Com a implantação do Plano Collor, a ABLA criou uma cartilha para auxiliar suas associadas na cobrança de contratos de locação. Por 60 dias, foram recebidos em Cruzados Novos, embora a nova moeda fosse o Cruzeiro. A moeda também foi preservada nos pagamentos de leasing nos 180 dias seguintes ao plano.
1990
DE OLHO NOS IMPORTADOS Na maioria das 500 locadoras em atividade no país, a vida útil das frotas saltou de 12 para 14 meses, em decorrência da política econômica adotada nos últimos anos da década de 80. Por isso, o setor passou a observar com mais atenção o segmento de carros importados. Com preços mais atraentes, a compra esbarrava, porém, em um obstáculo decisivo: a falta de financiamento, uma vez que a Receita Federal proibia a criação de consórcios para carros importados. Além disso, não havia linhas de crédito específicas ou leasing disponível, o que determinava que todas as transações fossem feitas à vista.
77
de pessoal empregado na tentativa de praticar preços mais competitivos e se manter na ativa. “Para fazer caixa e honrar os compromissos financeiros, muitas locadoras passaram a vender automóveis, um processo pernicioso de descapitalização e enfraquecimento das empresas, com sérias consequências previsíveis a médio e longo prazo.”
FALTAM CARROS
Os desafios não paravam por aí. Um dos principais problemas do setor na época eram os roubos, furtos e apropriações indébitas vários rombos nos caixas das locadoras. Foi um dos períodos em que a união do setor, por meio da Associação, fez-se mais necessária. “A respeitabilidade conquistada pelas locadoras através da ABLA garantiu a liberação de preços para o setor durante a vigência do Plano Verão, no início de 1989”, costumava comentar Stellfeld. No ano seguinte, pela primeira vez, a ABLA participa da posse de um presidente da república, um reconhecimento público das novas autoridades à entidade que completava pouco mais de dez anos.
1991
dos veículos, além do alto índice de inadimplência, que deixavam
Os principais jornais do país, entre eles, Gazeta Mercantil e DCI, relatavam o atraso de entrega dos carros pelas montadoras. Com 250 locadoras associadas, em 150 cidades e mais de 400 pontos em cidades e aeroportos, o setor de locação registrava uma defasagem de 30 mil veículos, o que restringia o potencial de expansão. Os veículos, aguardados pelas locadoras, seriam destinados à reposição e ampliação das frotas. Para compensar o atraso, uma das maiores redes de aluguel de carros do país investiu Cr$ 300 milhões na aquisição de 150 veículos da marca Lada, nos modelos Niva, Samaro e Laika. Nessa época, da frota de 60 mil carros disponíveis para locação no país, apenas 400 eram importados.
ABLA | 35 anos
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Presidentes | Francisco da Silva
Nosso maior orgulho foi ter elaborado o Código de Ética da ABLA
FRANCISCO DA SILVA GESTÃO 1992-1993
Q
uando Francisco José da Silva assumiu a presidência da ABLA, o setor contava com 900 empresas em operação, 300 delas associadas à entidade. Um percentual de adesão
considerado bastante satisfatório, a ponto de a Associação realizar a II Convenção e Salão Nacional das Empresas Locadoras de AutoVeículos (Conauto), em agosto de 1992, em São Paulo, e lançar o Guia Oficial das Empresas de Aluguel de Auto-Veículos, com 250 empresas participantes, com 600 pontos de locação espalhados pelo país.
79
ABLA | 35 anos
A convite da, então, secretária da economia, Dorothéa Wernec, a ABLA passou a integrar a Câmara Setorial da Indústria Automobilística, criada com a proposta de auxiliar o governo na solução de problemas do setor e na formação de políticas específicas para o segmento. Em sua primeira apresentação na Câmara, a diretoria da ABLA apresentou a realidade do cenário nacional do mercado de locação: 30% de capacidade ociosa, carga tributária elevada, ausência de uma política financeira adequada ao setor, baixa produtividade e atraso na adoção de novas tecnologias.
1992
POSIÇÃO ESTRATÉGICA
GASTOS COM VIAGENS
Mas, se por um lado a entidade investia no conhecimento mais
80A American Express realizou o “Estudo sobre Despesas
resolver questões práticas como parcelamento do pagamento do IPVA,
1992
com Viagens e Representação”, envolvendo 480 empresas. O levantamento mostrou que os gastos na área são de US$ 3 bilhões por ano, 5% desse total refere-se às despesas com locação de automóveis, sendo 18% pagos com cartão empresarial. O estudo constatou, também, que 25% das empresas têm regras definidas para a locação de veículos, principalmente as companhias de grande porte, que adotam como critérios de escolha das locadoras o custo (52%), qualidade dos serviços (40%) e localização (16%).
profundo do setor, por outro, enfrentava grandes dificuldades para prorrogação dos prazos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto sobre Circulação de Mercadoria (ICM). Naquele ano, as altas taxas de juros e a inflação foram os grandes fantasmas do setor, em um dos piores anos do segmento. A retração atingiu quase 25% e o volume de aluguel diário, antes a grande força da locação, passou a responder por apenas 20% dos negócios, como lembrou Silva em entrevista na época. - Foram dois anos de economia recessiva, com a entrada de novos concorrentes na atividade, o que provocou uma acirrada guerra de
Carlos Roberto Azzoni, professor associado do Departamento de Economia da FEA/USP concluiu, a pedido da ABLA, o Estudo Setorial-Locação de Veículos.
1992
RAIO X DE PESO
preços e levou o setor a enfrentar muitas dificuldades. Nessa fase, muitas pequenas, e até grandes locadoras, fecharam as portas. Os que permaneceram na ativa viram a lucratividade despencar, tendo de trabalhar praticamente de graça. Silva era o porta-voz do setor na ampliação da produção nacional de carros básicos por parte das montadoras, sendo esse um fator fundamental para a sobrevivência do setor, que tinha nos populares 400% da demanda
Presidentes | Francisco da Silva
CONSELHO EXPERIENTE
1993
Durante a realização do I Fórum e Salão da Indústria de Aluguel de Automóveis, Charles Parker, publisher da revista Auto Rental News, principal veículo da área nos Estados Unidos, afirmou que, naquela data, o setor de locação no Brasil revelava um cenário semelhante ao vivido pelo mercado americano 30 anos atrás. “O caminho para crescer está na adoção do conceito de Centrais de Transporte, que aproxima locadoras, montadoras e revendedoras”.
ALUGUE UMA BOA IDEIA. ALUGUE UM CARRO.
Essa é a saída para muitos problemas da área automobilística no Brasil”. Outro desafio da ABLA naquele período era a diminuição dos roubos, que afetavam diretamente as empresas e o custo da locação. A preocupação
1993
de aluguel. “Ou a indústria nos atende, ou vamos partir para a importação.
aumentava diante da criação do Mercosul, que deixava as fronteiras com os países vizinhos, sobretudo, com o Paraguai, mais vulneráveis. - “Em um cenário econômico difícil, nosso grande orgulho foi ter
81
Pela primeira vez desde a sua função, a ABLA investiu US$ 2 milhões em uma campanha de publicidade, de âmbito nacional, com 12 meses de duração, criada pela MPM Lintas, com o slogan: Alugue uma boa ideia. Alugue um Carro. O objetivo era chamar a atenção e ampliar o nível de conhecimento dos consumidores das classes A/B a respeito das facilidades e vantagens da locação.
elaborado o Código de Ética da ABLA, o que deu ao setor ainda mais respeito e profissionalismo”, afirmou Silva ao passar a presidência da
DESEMBARQUE
entidade a seu sucessor. Conselho Nacional da entidade em 19 de novembro de 1992, sendo registrado no II Cartório de Ofícios e Registros de Pessoas Jurídicas da Comarca da Capital do Estado de São Paulo, sob o número 39.236, em 7 de janeiro de 1993. Na ocasião, Silva lembrou, ainda, o aumento das parcerias e, consequentemente, estreitamento das relações com as operadoras de cartões de crédito, montadoras de automóveis e instituições financeiras.
1993
O manual de bom comportamento ético foi aprovado pelo
As locadoras reclamavam muito do alto custo para a manutenção de suas estruturas nos aeroportos nacionais. Em Cumbica, Congonhas, Santos Dumont e Galeão pagava-se um aluguel de CR$ 300 mil, corrigidos pelo IGPM + 5% do faturamento local. Nos estacionamentos, a vaga por carro custava cerca de US$ 100.
ABLA | 35 anos
ILUSTRA
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Presidentes | Francisco da Silva
1993
CASO DE POLÍCIA O problema dos roubos de carros de aluguel se agravava em todas as regiões. No Rio de Janeiro, por exemplo, eram roubados anualmente 14% da frota, com taxa de recuperação de apenas 3% dos veículos, que eram encontrados completamente depenados. Em São Paulo, 2% da frota era roubada, com 40% de índice de recuperação e, em Belém do Pará, 2,5% dos carros eram objeto de roubos e 60% deles resgatados, mas em péssimas condições. Para diminuir os incidentes, a ABLA criou um folheto de orientação aos motoristas para que não trafegassem em ruas e avenidas pouco movimentadas e iluminadas, acionassem os dispositivos de segurança e só solicitassem informações à equipe da locadora, à polícia, aos estabelecimentos comerciais ou postos de gasolina bem iluminados.
1993
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TREINAMENTO A entidade promoveu cursos de Gerenciamento de Frotas e Cálculo de Preços para Locadoras, com o objetivo de melhorar a qualidade e a eficácia das empresas.
ABLA | 35 anos
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Presidentes | Nicolau Rezé
Acreditar e trabalhar pela ABLA é investir no nosso próprio negócio
NICOLAU REZÉ GESTÃO 1994-1995
Q
uando assumiu a presidência, Nicolau Rezé encontrou o setor de locação envolto em um cenário desafiador: falta de veículos populares, prática do ágio, fechamento do leasing,
dificuldades de renovação da frota, principalmente. Para enfrentar essa realidade, a Associação promoveu um estreitamento das relações das locadoras com as montadoras, que passaram a enxergar o setor como vitrine de seus produtos, e com os agentes de viagens, para expandir a atuação na área de turismo. Paralelamente, investiu em cursos de vendas para as associadas.
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ABLA | 35 anos
Em 1994, os roubos de carros aumentaram 25% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com a Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo. Os carros mais visados eram: Gol, Kombi e Fiat Uno, exatamente os
1994
OS MAIS VISADOS
veículos usados pelo mercado de locação.
Em cerimônia realizada no dia 16 de maio, na Galeria Nara Roester, em São Paulo, foram premiados os vencedores nas categorias Ponto de Vendas, Rede e Flagrante, da Campanha “Loucação”, promovida pela ABLA, Credicard e Autolatina - Divisão Volkswagen.
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1994
“LOUCAÇÃO”
Durante o II Fórum Nacional do Setor de Aluguel de Automóveis, Ottoni Fernandes Júnior, diretor do Invest News, boletim eletrônico, alertava o setor para uma invasão importante e irreversível: a dos microcomputadores. “Em 1994, nos Estados Unidos foram vendidos mais micros do que aparelhos de TV. Cerca de 26% dos norte-americanos têm microcomputadores e 9,6% pretendem comprar o equipamento nos próximos seis meses; 3,9% dos americanos já assinam serviços de informação eletrônica e 6% pretendem fazê-lo em um semestre”, afirmava em sua apresentação.
1995
INVASÃO TECNOLÓGICA
- Os desafios foram grandes, mas os resultados foram positivos. Lutamos pela reabertura das operações de leasing quando, pela primeira vez, o setor de locação de automóveis foi reconhecido oficialmente e, portanto, ganhou mais respeito. Uma prova do trabalho de bastidores que desenvolvemos. Foi no biênio 1994/1995, que a Associação ganhou um Conselho Jurídico, formado por advogados das associadas que passaram a trabalhar em prol do setor. Como bem lembra Rezé, pela primeira vez
Presidentes | Nicolau Rezé
1995
POLÍTICAS ECONÔMICAS X IMPORTADOS Naquele ano, Emílio Julianelli, presidente da Associação Brasileira de Empresas Importadora de Veículos AutoMotores (Abeiva) dizia que a presença de importados no setor de locação de veículos nunca atingiu patamares significativos no Brasil em decorrência da política econômica do país. “A participação poderia ser bem maior na frota, caso o governo não promovesse tantas mudanças nas regras de importação de carros. Em cinco anos, o setor investiu US$ 3 bilhões no país, gerou 25 mil empregos diretos e instalou 741 concessionárias”.
MERCADO AMERICANO
o setor de locação pode encontrar um denominador comum entre o que é juridicamente correto e o que é comercialmente viável para a operação das locadoras. Rezé deixou o setor de locação há vários anos. Partiu para o mercado financeiro, vivendo entre os Estados Unidos e o Brasil, sem, contudo, deixar de acompanhar, mesmo que de longe as mudanças sofridas no segmento de aluguel de veículos.
1995
1995
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Na metade da década de 90, a frota para locação nos Estados Unidos era de 1,4 milhão de veículos, enquanto no Brasil não passava de 80 mil carros. Em visita ao país, Stephen Guy, presidente da American Car Rental Association (Acra) salientou que o mercado norte-americano contava com 2.000 locadoras que, devido à alta concorrência, cobravam entre US$ 30 e US$ 40 a diária, com quilometragem livre. No Brasil, a locação de um carro popular não saía por menos de US$ 70.
DINHEIRO DE PLÁSTICO O faturamento do mercado de cartões de crédito em 1995 foi de R$ 22 bilhões no Brasil, com um total de 300 operações pagas com o chamado dinheiro de plástico. As locadoras contribuíram com nada menos do que R$ 200 milhões.
ABLA | 35 anos
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Presidentes | Antonio Cláudio Rezende
As locadoras podem contribuir para a promoção da indústria automobilística
ANTONIO CLÁUDIO REZENDE GESTÃO 1996-1997
A
estabilidade da moeda e a abertura do mercado colocaram o Brasil na rota dos investimentos estrangeiros, provocando mudanças profundas na forma de conduzir os
negócios. As empresas nacionais foram obrigadas a se reestruturar rapidamente para acompanhar a globalização. Não havia mais espaço para a miopia empresarial e para amadores. Foi nesse contexto que Antonio Cláudio Rezende assumiu a presidência da ABLA com o desafio de dar ênfase à profissionalização do setor e apontar caminhos para que as locadoras somassem mais serviços às suas operações a preços cada vez mais enxutos.
89
ABLA | 35 anos
Graças ao convênio com a Serasa (Centralização dos Serviços dos Bancos), as associadas da ABLA passaram a realizar consultas cadastrais de pessoas físicas e jurídicas 24 horas por dia, com preços especiais. Por meio deste convênio, as locadoras tiveram acesso, também, ao Sistema ABLA de Lista de Alerta (Sala), com informações de ocorrências de roubo, furto ou apropriação indébita exclusivo do setor.
1996
CONVÊNIO COM A SERASA
Quando o computador ainda não fazia parte da realidade da maioria das empresas integrantes do setor, as informações eram distribuídas por fax. Assim nasceu o Via Fax, uma comunicação rápida e eventual recebida pelas associadas. Uma vez ao mês, as locadoras conferiam as novidades, também, no Boletim ABLA impresso.
90
1996
VIA FAX
- Quando assumi a ABLA, apenas 300 empresas eram associadas
QUADRILHA ATACA LOCADORAS
e o principal foco da entidade era representar o setor de aluguel junto ao governo, na defesa do interesse das locadoras. Trabalhamos duro em torno da Súmula 492, que previa a responsabilidade civil e solidária da locadora por
1996
O comunicado distribuído às associadas dizia: “temos notícia de que uma quadrilha está furtando carros de locadoras. Os bandidos alugam os carros em nome de diversas empresas tradicionais, inclusive agências de viagens. A quadrilha utiliza-se de autorizações falsas para retirar os veículos no próprio balcão da locadora sem deixar suspeitas”. Diante desse quadro, a ABLA alertava as locadoras sobre a necessidade de confirmação das reservas junto às empresas solicitantes, além de consulta à Serasa, onde os casos de roubos eram cadastrados no Sistema ABLA de Lista de Alerta (Sala).
danos causados a terceiros pelos clientes no uso do carro locado. Além disso, criamos uma comissão de associados para trabalhar ao lado do Governo nos estudos da criação da “Frota Verde”, com o objetivo de incentivar o uso do álcool como combustível. Paralelamente às mudanças de gestão das locadoras, o setor lutava para aculturar o consumidor brasileiro a organizar todo o seu programa de viagem. Ou seja, fazer uma única reserva junto ao agente de viagem, que inclua passagem, hospedagem e aluguel de carro, como acontecia
Presidentes | Antonio Cláudio Rezende
1996
NOVA IDENTIDADE A ABLA passou a chamar Associação Brasileira das Indústrias de Automóveis em substituição a Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Auto-Veículos. Acompanhando a mudança da razão social veio, também, a modernização do logotipo.
1996
PROFISSIONALIZAÇÃO
no exterior. Também buscava afinar cada vez mais a parceria com as
A partir da análise das necessidades do mercado, a ABLA selecionou 10 cursos a serem ministrados às locadoras associadas, com duração de 15 a 20 horas – Atendimento ao cliente, Técnicas de vendas, Matemática financeira, Desenvolvimento e relações interpessoais, Desenvolvimento de Equipes, Praticando Qualidade, Estratégia e Marketing ao seu alcance, Locadoras: Como vender o negócio eficazmente, Aumentando a produtividade da locadora através das pessoas e Gerenciamento de frota e formação de preços para locação de veículos. As aulas foram ministradas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campo Grande, Goiânia, Vitória, Brasília, Manaus, Fortaleza, Recife, Salvador, Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba.
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montadoras, defendendo a tese de que as locadoras serviam (e ainda servem) de test drive para os fabricantes de veículos. Resende em meio
A VEZ DA CPMF
no início da década de 80, nos Estados Unidos: uma montadora desistiu
Vista pela ABLA como um retrocesso na modernização da economia do país, a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) produziu um aumento de custos na cadeia produtiva, de acordo com a Associação. As locadoras de veículos, que até então, vinham mantendo seus preços estáveis apesar do aumento dos custos, como os preços dos carros populares, ficaram atentas ao novo tributo.
de fabricar um prestigiado modelo. Antes de encerrar a produção, porém, a fábrica destinou várias unidades para uma locadora com preço promocional. A locadora também praticou um preço especial na locação do veículo. O sucesso foi tão grande ao ponto da produção ser retomada, permanecendo por muitos anos. E concluía: - É um exemplo clássico que serve para mostrar com clareza como as locadoras podem contribuir para a promoção da indústria automobilística.
1997
a uma negociação e outra, costumava lembrar de uma história ocorrida
ABLA | 35 anos
ILUSTRA 92
Presidentes | Antonio Cláudio Rezende
1997
CAMPANHA TURÍSTICA “Viva o seu País. É o seu Brasil Brasileiro”. Esse foi o slogan da campanha lançada pela Embratur com o objetivo de incentivar o turismo no Brasil, que contou com a participação da ABLA. As associadas ofereceram 50% de desconto sobre a diária mais quilômetro rodado ou 20% sobre as diárias.
1997
FÓRUM E SALÃO “A Conquista do Futuro” foi o tema central do III Fórum e I Salão Nacional da Indústria do Aluguel de Automóveis, abertos pelo governador Mário Covas, que reuniu cerca de 300 participantes. Na ocasião, Covas ressaltou que o setor tem um passado significativo na história de São Paulo e do país pela qualidade e a confiabilidade dos serviços que presta à população.
93
1997
APROXIMAÇÃO COM AS MONTADORAS Neste ano, o setor comemorou a queda de resistência das montadoras em negociar diretamente com as locadoras, primeiramente com a assinatura do convênio com a General Motors e, em seguida, com a Ford e a Volkswagen.
ABLA | 35 anos
94
Presidentes | José Zuquim
Saímos de uma sede alugada para uma própria, paga à vista
JOSÉ GESTÃO ZUQUIM 1998-2001
A
os 60 anos, 27deles no mercado de locação, José Zuquim Militerno comandou a ABLA por quatro anos, em um período de grandes desafios econômicos. Em 1999, quando todos os contratos foram indexados
ao dólar, muitas empresas fecharam as portas por não suportar o baque. - Nosso maior desafio, na época, foi negociar com os banco se colocar as cartas na mesa com clareza, mostrando o que era possível pagar e como faríamos para fechar a conta.
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ABLA | 35 anos
A redução do IPI adotada pelo governo como estímulo às vendas de automóveis teve um impacto positivo no mercado de locação. As locadoras deram início à renovação de suas frotas. A GM negociou 15% mais pedidos, a Volkswagen cerca de 10% e a Ford em torno de 50%. Com a queda do IPI, o preço do Corsa Wind caiu de R$ 12.645,00 para R$ 12.019,00.
1998
QUEDA DE IMPOSTO
A 43º edição da Festa do Peão Boiadeiro de Barretos, interior de São Paulo, movimentou em 1998 cerca de R$ 150 milhões e atraiu 1milhão de pessoas. Por conta do volume de visitantes, as locadoras da região registraram aumento de pelo menos 30% no volume de locações. Outros eventos importantes para o setor são: Oktoberfest, Festival de Cinema de Gramado,Fórmula I, Carnaval e Festas Juninas no Nordeste.
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1998
FESTA É SINÔNIMO DE LUCRO
PESO DO IPVA - Nosso maior desafio, na época, foi negociar com os banco se colocar
1998
O pagamento do IPVA era, na época, um dos itens que mais oneravam os caixas das locadoras. Por isso, as diretorias regionais da ABLA trabalhavam firme para reduzir os cursos das empresas do setor em cada região.No Paraná, por exemplo, onde a alíquota era de 2% e o pagamento feito pelo final da placa, sofreu queda de 50% para veículos das locadoras ou para contratos de leasing. Em Minas Gerais, a alíquota foi reduzida para 2% e o pagamento do imposto parcelado, enquanto no Rio Grande do Sul, a quitação podia ser feita em até seis vezes.
as cartas na mesa com clareza, mostrando o que era possível pagar e como faríamos para fechar a conta. Ao negociar em bloco, as locadoras perceberam que era importante contar com uma representante de respeito, o que elevou o número de locadoras afiliadas à entidade. Mais sólido, o setor assistiu nesse período, à instalação da sede própria da entidade, em agosto de 1999, e ao fortalecimento das parcerias com as montadoras, que passaram a oferecer descontos representativos para a renovação das frotas.
Presidentes | José Zuquim
1998
CAMPANHA NACIONAL 445 locadoras participaram da campanha de incentivo ao turismo interno na baixa temporada, tendo como tema: “Viva seu País. Onde você chega, está em casa”. As reservas efetuadas com 10 dias de antecedência, com duração mínima de três dias, tinham 20% de desconto sobre as tarifas de diária e kms rodados ou, de 50%, apenas sobre o valor da diária.
1998
SURGE A CIA Em junho de 1998, a ABLA lançou um novo serviço a seus associados, a CIA-Cooperação Informal. O canal oferecia informações que serviam de apoio para as locadoras em situações de emergência, como por exemplo, endereços de oficinas e seus respectivos preços, telefones de despachantes e de empresas de guinchos.
97
“Saltamos de 300 sócios para 1.200 associados; de uma sede alugada, para uma própria, paga à vista”. Paralelamente, foram surgindo os sindicatos locais (Sindlocs), que se transformaram em representantes legais da categoria em suas regiões e ajudaram o setor a trabalhar como um bloco único em todo o Brasil. - Mas, o grande marco do período foi o crescimento do aluguel de frotas para empresas, que começaram a se conscientizar que não deveriam gastar energia com administração de carros, o que alavancou o crescimento do setor de locação.
1998
MOVIDO A GÁS Neste ano, a ABLA avaliou o uso do carro a gás como uma alternativa para as 212 locadoras afiliadas e afetadas diretamente peça adoção do rodízio de veículos em São Paulo. Isso porque, os automóveis movidos a gás natural eram excluídos da medida que suspendia a circulação de veículos em determinados horários no centro expandido da capital paulista. Levantamento feito pela entidade na época revelava que o prejuízo conjunto das locadoras chegava a R$ 10,8 milhões por mês, com a paralisação de 42,9% da frota de 24 mil carros.
ABLA | 35 anos
NO UNIVERSO DO TURISMO Associação Brasileira dos Agentes de Viagem (ABAV), em Curitiba, Paraná. Neste mesmo ano, a entidade foi declarada como órgão delegado da EMBRATUR, sendo
1999
Pela primeira vez, a ABLA participou do Congresso da
esse o caminho para a ABLA fortalecer a necessidade de participação exclusiva das locadoras em licitações para aluguel de veículos.
“Preço Certo ABLA” assim foi batizado o curso e, assim,
98foi denominado um software criado sob-medida para
os associados, com o objetivo de facilitar a composição
1999
TECNOLOGIA SOB-MEDIDA
de custos e formação de preços. Distribuição gratuita.
A Entidade criou o Prêmio ABLA “Destaque Regional do Semestre”, a fim de valorizar as ações de suas diretorias regionais. Entre os dias 24 e 26 de novembro do mesmo ano, foram realizados, em São Paulo, o IV Fórum e o II Salão Regional da Indústria de Aluguel de Automóveis.
1999
PRÊMIO
Presidentes | José Zuquim
1999
CNVR Com o objetivo de oferecer às associadas, de forma gratuita, a inclusão de seus veículos eventualmente roubados para pesquisa em todo o território nacional, a ABLA firmou parceria com o Cadastro Nacional de
2000
Veículos Roubados (CNVR).
BOAS MANEIRAS Falar a mesma linguagem. Esta foi a proposta da entidade ao criar, em junho deste ano, o Manual de Atendimento à Imprensa.
PARCERIA INTERNACIONAL
2000
A presidência da ABLA assinou um Protocolo de Cooperação entre a entidade nacional e a Associação Portuguesa das Locadoras de Automóveis, visando o intercâmbio nas diversas áreas ligadas direta ou indiretamente ao setor – questões tecnológicas, operacionais, comerciais e formação profissional.
99
ABLA | 35 anos
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Presidentes | Alberto Vidigal
O governo Lula foi positivo para o setor de turismo como um todo e para o aluguel de carro também
ALBERTOGESTÃO VIDIGAL 2002-2005
U
m ano depois de assumir a presidência, Alberto Vidigal, hoje com 55 anos, defendia o Programa Aluguel Para Todos, um instrumento que disponibilizaria para diversas camadas da população o acesso aos serviços
prestados pelas empresas do setor. O objetivo era atender aos usuários tradicionais, assim como a cadeia produtiva do turismo, passando pela indústria hoteleira, companhias aéreas, agências de viagem, indústria automobilística, entidades de classe e organismos oficiais. “Para isso, encontramos no crescimento da internet a aliada ideal para viabilizarmos essa democratização de dados, informações e serviços com a dimensão e agilidade necessárias. O Brasil já conta com 7,5 milhões de internautas e o crescimento de usuários está próximo de 3% ao mês”, afirmava Vidigal na época.
101
ABLA | 35 anos
Esse era o nome do programa criado pelo Ministério do Esporte e Turismo em parceria com a EMBRATUR, com o objetivo de oferecer aos consumidores de produtos e serviços turísticos o melhor aproveitamento, em decorrência de um acordo de cooperação entre todos os elos da cadeia turística. A ABLA apoiou a iniciativa. As locadoras que aderiram ao programa ofereciam descontos de 20% sobre a tarifa de diária e kms rodados, ou 50% sobrea diária. Os descontos exigiam um mínimo de três diárias e reservas com 10 dias de antecedência, pagamento à vista ou cartão, e garantia de no show no valor de uma diária.
2002
DIAS AZUIS
102
A ABLA juntamente com a ABAV, hotéis, companhias aéreas, emissoras de cartão de crédito e seus pares argentinos criaram a Câmara Permanente de Turismo Brasil-Argentina, uma espécie de fórum responsável por prevenir quaisquer emergências ao fluxo de negócios entre os países.
2002
HARMONIA ENTRE VIZINHOS
Paralelamente, a diretoria da ABLA, sob o comando de Vidigal, trabalhou no estreitamento da relação do setor com
RETRAÇÃO MUNDIAL
as montadoras que, ainda insistiam em colocar nos pátios de aluguel apenas veículos lançados seis meses antes. Aos poucos,
2002
O setor de locação de veículos no mundo teve uma queda de 1,6% em 2002 com relação a 2001, registrando cifras da ordem de US$ 18,4bilhões. De acordo com o relatório do Euromonitor International, o segmento tem enfrentado grandes dificuldades em função dos efeitos da recessão global desencadeada pelo 11 de setembro de 2001. As locadoras reduziram suas frotas entre 20% e 25% durante 2002 para compensar as mudanças de cenário. No Brasil, ao contrário, o setor cresceu 19,58% no mesmo período, somando um faturamento de R$ 2,26 bilhões.
contudo, a cultura foi mudando e, como já acontecia nos Estados Unidos, as locadoras passaram a respeitar o mesmo tempo das concessionárias. O Gol 2003, por exemplo, teve uma apresentação de lançamento especial para o setor de aluguel de carros.
2004
Presidentes | Alberto Vidigal
NA ARGENTINA Associadas da ABLA participaram da Feira Internacional do Turismo, que aconteceu de 27 a 30 de novembro de 2004, em Buenos Aires, Argentina.
2004
NA COMPANHIA DE LULA Pela primeira vez, a diretoria da ABLA acompanhou um presidente da república em visita ao exterior. A associação fez parte da missão empresarial que viajou à China com o presidente Luis Inácio Lula da Silva, em maio daquele ano. Na época, a ABLA reunia empresas que, juntas, faturavam US$ 780 milhões.
- Não foi só o respeito das montadoras que conseguimos
2005
103
conquistar, mas também desfrutamos do incentivo dado ao
RUMO AO ORIENTE Representantes da ABLA participam da Missão Empresarial Brasil-Coréia do Sul e Japão, entre os dias 23 e 28 de maio de 2005.
segmento de turismo com a criação do Ministério do Turismo. O governo Lula foi positivo para o setor do turismo como um segmento de todo o trade.
2005
todo e também para o aluguel de carros, porque aproximou nosso
CONVÊNIO A entidade firmou convênio com a Caixa Econômica Federal para que seus associados sejam credenciados para aceitação do Cartão Turismo Caixa, nas bandeiras Visa e Mastercard.
ABLA | 35 anos
A Tríade Auditores e Freire Advogados firmaram parceria coma ABLA para realizar clínicas tributárias aos associados envolvendo os temas Imposto de Renda Pessoa Jurídica, PIS, COFINS e outros impostos que geram dúvidas aos empresários do setor.
2005
ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL
104
2005
l
nº 43 l
janeiro - fevereiro l
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sidente
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2012
Turismo
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Acompanhar de perto as evoluções do setor. Com esse objetivo foram implantados a Revista Locação ABLA, o ABLA News, o informativo eletrônico ABLA Express e a III Edição do Anuário ABLA.
Entrevista ano VIII
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O SETOR EM DADOS
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ano VIII
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nº 45 l
2012
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Presidentes | Alberto Vidigal
2005
MARCA BRASIL Criada para representar a imagem do turismo brasileiro no exterior, a Marca Brasil foi utilizada por diferentes segmentos e empresas como símbolo de produtos e serviços tipicamente brasileiros. A ABLA aderiu oficialmente à iniciativa, tornando-se uma das primeiras entidades a demonstrar interesse em usar e divulgar a Marca Brasil entre suas associadas.
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PARTICIPAÇÃO ATIVA
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2005
Entrevista ano VIII
A fim de divulgar a cultura da locação, a ABLA participou das principais feiras de turismo do país, além de apoiar encontros e palestras do setor, além de firmar parceria com o ICCABAV para inclusão de cursos de locação de automóveis para agentes de viagens. Paralelamente, a entidade formalizou acordo com a ABAV para divulgação dos números do segmento na revista Turismo em Números, de circulação nacional.
ABLA | 35 anos
106
Presidentes | Adriano Donzelli
No ramo da locação de automóveis, ter carros novos à disposição dos clientes é uma necessidade, não uma escolha
ADRIANO DONZELLI GESTÃO 2006-2009
C
om larga experiência no ramo, Adriano Donzelli assumiu a presidência da ABLA disposto a investir na qualificação dos serviços prestados, tendo dado início à estruturação do que, mais tarde, veio a ser chamado de Programa
Nacional de Capacitação e Qualificação ABLA (PQA), que já preparou mais de 3 mil profissionais. Naquela época, o cliente de carro alugado já tinha consciência de que ao dirigir cuidadosamente o automóvel, ele não apenas estava conservando o bem da locadora, mas, também, cuidando da sua própria segurança e de terceiros que circulam nas ruas e avenidas.
107
ABLA | 35 anos
Foi incentivada a parceria com o Sindiloc, visto pela gestão nacional da ABLA como uma continuidade da associação nos diversos estados. “Apesar de terem vida própria, os sindicatos precisam estar alinhados com os pensamentos da ABLA para fortalecer a representatividade do setor”, reforçava o presidente Adriano Donzelli.
2006
FORÇA REGIONAL
O novo site da ABLA foi apresentado nas versões português, inglês e espanhol. Também o anuário 2006 ganhou versão eletrônica. O objetivo era fazer do site não apenas um canal de divulgação do setor e das realizações da entidade, mas também um instrumento de interação e de trabalho.
2006
POLIGLOTA
EXPOSIÇÃO Entre os dias 20 e 22 de junho, a ABLA participou do Lacime 2006 – Exposição de Turismo de Incentivo, Eventos e Negócios da América Latina e Caribe.
2006
108
Em abril, a ABLA aderiu ao Projeto Vai Brasil, lançado oficialmente durante o Salão de Turismo-Roteiros do Brasil, realizado em São Paulo. O projeto visava aumentar a comercialização de produtos turísticos nos períodos de baixa estação em diversos destinos nacionais.
2006
VAI BRASIL Ciente de que o comportamento do consumidor não era mais o mesmo e de que a economia globalizada penalizaria quem não apresentasse serviços de qualidade e muito profissionalismo, Donzelli lembrava constantemente a todos os associados que ‘no ramo da locação de automóveis, ter carros novos à disposição dos clientes é uma necessidade, não uma escolha’
Presidentes | Adriano Donzelli
2006
CAUSA SOCIAL A ABLA abraça a Campanha Nacional de Enfrentamento e Prevenção à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Turismo, lançada pelo Programa Turismo Sustentável e Infância, com a distribuição de 22 mil saquinhos de lixo com motivos da campanha, além da disponibilização de uma cartilha confeccionada pela Universidade de Brasília.
2007
PARTICIPAÇÃO EXPRESSIVA De acordo com o estudo Indicadores Econômicos das Viagens Corporastivas, em 2007, as viagens de negócios representavam 17% do volume de transações das locadoras, um percentual três vezes superior ao registrado no ano anterior.
2007
DE OLHO NA PLACA
- Foi um tempo de consolidação da ABLA como um dos principais
A ABLA se posicionou contra a operação “De Olho na Placa”, realizada em São Paulo, que exigia o pagamento do IPVA no estado, mesmo que o carro fosse de outro domicílio de origem, que provocou recordes de engarrafamento no trânsito, constrangendo motoristas e turistas. Na ocasião, Octo Steiner, da assessoria jurídica da entidade, afirmou: “Não há nada na lei que impeça a continuidade do uso de veículos locados normalmente, pois são licenciados e regularizados com todas as taxas e impostos pagos em dia”.
players do turismo nacional, com o reconhecimento e o respeito Nacional de Transporte e o reconhecimento por parte da sua direção sobre a importância do setor de locação foi de extrema importância para todo o segmento.
2008
das entidades congêneres. Nosso alinhamento com a Confederação
PROFISSIONALIZAÇÃO Paulo Saab é nomeado o primeiro presidente executivo contratado pela ABLA.
109
ABLA | 35 anos
Com a inauguração de seu escritório em Brasília, em 2008, a ABLA passou a dispor de um local apropriado para ampliar e solidificar seu relacionamento com as lideranças públicas e da iniciativa privada. O escritório fica no edifício-sede da CNT (Confederação Nacional dos Transportes).
2008
INAUGURAÇÃO DO ESCRITÓRIO DE BRASILIA
CAPACITAÇÃO Entre os meses de fevereiro e março deste ano, o Programa Nacional ABLA de Capacitação em Gestão e Recursos Humanos deu início à etapa de informação presencial, com a realização de seminários regionais de apresentação em todo o país. O programa, realizado em parceria com o Ministério do Turismo, visava aperfeiçoar e desenvolver o setor de locação de automóveis.
2008
110
Para o biênio 2008-2009, foi criado o Conselho Nacional Gestor (CNG) e um Conselho Fiscal, tendo como responsabilidades a deliberação sobre prioridades executivas, plano de trabalho, metas, orçamento financeiro e aplicações patrimoniais. O CNG contava com 12 titulares e 12 suplentes. O Conselho Fiscal, por sua vez, com 6 titulares e 6 suplentes, tinha por função a análise de prestação de contas, emissão de opinião sobre orçamentos, situação financeira e patrimonial da associação.
2008
NOVOS CONSELHOS
Presidentes | Adriano Donzelli
PROGRAMA NACIONAL ABLA DE CAPACITAÇÃO
GESTÃO E RECURSOS HUMANOS
NASCE O CNG Conselho Nacional Gestor
DE OLHO NA PLACA
PROFISSIONALIZAÇÃO 111
JOÃO CLAUDIO BOURG
1 PRESIDENTE EXECUTIVO 0
PARCERIA FORTALECIDA
SINDILOC
INAUGURAÇÃO DA NOVA SEDE EM BRASÍLIA Sa lão de Tur is mo- R ot e i r o s d o B r a si l
PROJETO VAI BRASIL
ABLA | 35 anos
112
Presidentes | Paulo Gaba Jr.
2010 foi o melhor dos últimos 20 anos para o setor, e o investimento no capital humano foi fundamental para esse resultado
PAULO GABA JR. GESTÃO 2010-2013
O
mais jovem presidente empossado da ABLA, o empresário Paulo Gaba Jr. não é um novato na área. Pelo contrário, está no setor há muito tempo e acompanhou de perto a evolução da profissionalização do segmento de locação e o importante
papel exercído por seus antecessores no comando da entidade. Entrou no ramo em 1989, na Abla em 1993, foi conselheiro de 1995 até 2010 quando assumiu a presidência.
113
ABLA | 35 anos
Com o objetivo de preencher uma lacuna de representação legal no setor foi criada, em março de 2010, a Federação Nacional das Empresas Locadoras de Veículos Automotivos (Fenaloc), única entidade sindical que representa a indústria
2010
NASCE A FENALOC
de locação de veículos nacional, com dirigentes regionais eleitos em todo o território nacional.
Durante a realização da 13º Assembléia Ordinária da Câmara Interamericana de Transportes (CIT), em Medelin, na Colômbia, a ABLA passou a fazer parte da CIT, considerada
2010
INTEGRAÇÃO DE PESO
o principal fórum de discussão sobre o desenvolvimento dos transportes no continente americano.
114
Levantamento realizado pela ABLA revelou que, pelo menos, 1.000 carros de cerca de 1,2 mil associadas encontram-se na Bolívia. Por isso, a entidade lançou um programa de recuperação dos veículos furtados. O principal
2011
DIRETO DA BOLÍVIA
destino é San Mathias, cidade com 10 mil habitantes, que faz fronteira com o estado de Mato Grosso.
IPI presidencial Nº 7.567, que regulamenta as mudanças na cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados de fora do Mercosul e do México.
2011
Entrou em vigor em setembro deste ano o decreto
- Uma das grandes vitórias da ABLA foi, sem dúvida, a mudança da regulamentação da habilitação de estrangeiros. Depois de muita luta, em 2010, o Conselho Nacional de Trânsito publicou uma resolução que permite que o estrangeiro que desejar alugar um carro no Brasil não tenha de obrigatoriamente apresentar a tradução juramentada de sua carteira original de habilitação.
Presidentes | Paulo Gaba Jr.
NOVA SEDE EM BRASÍLIA
2011
A ABLA e a Federação Nacional das Empresas Locadoras de Veículos Automotivos (Fenaloc) inauguraram sua nova sede em Brasília. O escritório ocupa uma área de 200 m2 no prédio da Confederação Nacional do Transporte (CNT) com salas e equipamentos para proporcionar maior interatividade das reuniões. O complexo administrativo recebeu o nome de Erozaldo Nascimento, em homenagem póstuma ao membro do Conselho Nacional eleito no biênio 2010/2011.
PQA Neste ano, a entidade retomou as atividades do Programa de Qualificação ABLA-Bem Receber Copa, com as
115
2011
teleconferências Eixo de Qualidade e Eixo de Gestão
Empresarial. Organizado pelo Ministério do Turismo, em parceria com entidades setoriais, o programa espera beneficiar 306 mil profissionais nas áreas de atendimento, transportes e hospedagem. A ABLA deu início a treinamentos a distância, com o apoio da Universidade de Santa Catarina, com foco na área de vendas. O Programa ganhou peso ainda maior com a ajuda da Rádio ABLA, que foi ao ar em 2010, com canal aberto por dois anos.
O presidente destacou, ainda, que 2010 foi o melhor dos últimos 20 para esse resultado. Foi a partir da melhoria da qualidade dos serviços prestados que a ABLA ganhou ainda mais respeito e credibilidade. Mais do que isso, ganhou força e importância na cadeia produtiva, a ponto de ter voz ativa e fazer parte do Conselho de Serviços do Plano Brasil Maior.
PRÊMIO ESTUDANTES
2011
anos para o setor, e o investimento no capital humano foi fundamental
Com o objetivo de integrar a universidade com o setor de locação de veículos, a ABLA realizou, durante o X Fórum e Salão da Indústria do Aluguel de Automóveis, a edição do Prêmio ABLA 2011 para Estudantes de nível superior.
ABLA | 35 anos
O faturamento do setor atingiu R$ 5,11 bilhões, um crescimento de 17% em relação a 2010. A ABLA passou a congregar 2008 locadoras em todo o país e a
2011
BOM DESEMPENHO
frota superou, pela primeira vez, os 400 mil veículos, crescendo 14%.
NO PARANÁ têm de contar com um percentual de carros com câmbio automático, destinados a pessoas portadoras de necessidades especiais. Para frotas de até 200 carros, o
2012
Desde maio, todas as locadoras da capital paranaense
percentual de automáticos deve ser de 10%; entre 201 a 500 automóveis, a cota passa a ser de 5% e, acima de 501 carros, 2% devem seguir a exigência.
PLANO BRASIL MAIOR ‘Inovar para Competir. Competir para Crescer’. Esse é o lema do Plano Brasil Maior, lançado em abril deste ano, em Brasília, que contará com 19 conselhos de competitividade. Formados por 600 representantes do governo federal, empresários e trabalhadores, os conselhos têm por objetivo discutir temas setoriais e a organização de agendas estratégias. Uma das cadeiras foi ocupada por Paulo Gaba Jr, então presidente da ABLA. Durante o lançamento do novo Plano, Gaba observou que a criação destes conselhos só agregou valor à cadeia produtiva,fomentando a profissionalização da cadeia produtiva do país. “A presença da ABLA no lançamento de um programa desse porte reforçou a representatividade que o setor conquistou n decorrer dos anos.”
2012
116
Agradecimentos Especiais EROZALTO NASCIMENTO 1953-2010
C
inquenta e sete anos bem vividos. Trinta e cinco
de atuação no mercado de locação de carros.
Centenas de automóveis. Uma rede com mais
de 80 franquias. São ótimos números, mas não é possível
traduzir Erozalto Nascimento em números, porque a sua marca são os seus inúmeros amigos. Casado com Margareth, Nascimento foi um homem
EROZALTO NASCIMENTO
de opinião. Sem medo de defendê-la, e com uma
1953-2010
argumentação lógica e nunca simplória, transformava sua visão das coisas em algo contundentemente simples. Pai de Rafael e Daniel, Nascimento foi também um homem de ação. Muitas vezes o mentor e incentivador de grandes mudanças que impactaram não só no seu negócio mas, também, em todo o setor. Hoje, ele vive na memória daqueles que tiveram a alegria de conhecê-lo.
C
inquenta e sete anos bem vividos. Trinta e cinco de atuação no mercado de locação de carros. Centenas de automóveis. Uma rede com mais
de 80 franquias. São ótimos números, mas não é possível traduzir Erozalto Nascimento em números, porque a sua marca são os seus inúmeros amigos. Casado com Margareth, Nascimento foi um homem de opinião. Sem medo de defendê-la, e com uma argumentação lógica e nunca simplória, transformava sua visão das coisas em algo contundentemente simples. Pai de Rafael e Daniel, Nascimento foi também um homem de ação. Muitas vezes o mentor e incentivador de grandes mudanças que impactaram não só no seu negócio mas, também, em todo o setor. Hoje, ele vive na memória daqueles que tiveram a alegria de conhecê-lo.
117
ABLA | 35 anos
L
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118
BOM NEGÓCIO PARA O BRASIL Só nos últimos três anos o setor de locação recolheu R$ 4,9 bilhões em tributos
ANO
RECOLHIMENTO
REAIS
2011
1,86 Bi
2010
1,69 BI
2009
1,44 BI
2008
1,27 BI
2007
1,06 BI
2006 2005
0,94 BI 0,87 BI
2004
0,79 BI
2003
0,69 BI
2002
0,67 BI
2001
0,58 BI
2000
0,48 BI
1999
0,41 BI
1998
0,40 BI
$$
De símbolo de status a motor daIndicadores economia nacional do Setor
UM SETOR BILIONÁRIO Entre 1997 e 2011 faturamento do setor cresceu cerca de cinco vezes e impactou de forma direta a indústria de automóveis
ANO
FATURAMENTO
REAIS
2011
5,67 BI
2010
5,11 BI
2009
4,37 BI
2008
3,99 BI
2006
3,17 BI
2005
2,91 BI
2004
2,68 BI
2003
2,34 BI
2002
2,26 BI
2001
1,89 BI
2000
1,63 BI
1999
1,39 BI
1998
1,34 BI
1997
1,30 BI
119
EXÉRCITO PODEROSO No início dos anos 2000 eram 133 mil veículos, hoje são mais de 445 mil
ANO
QUANTIDADE
VEÍCULOS
2011
445.470
2010
414.340
2009
363.456
2008
318.865
2007
283.562
2006
250.204
2005
223.811
2004
203.650
2003
181.900
2002
178.000
2001
155.000
2000
133.000
1999
116.000
1998
112.000
1997
90.000
ABLA | 35 anos
AUMENTO DA DEMANDA
Cresce o número de brasileiros que usam os serviços de locação
120
ANO
LOCAÇÃO
BRASILEIROS
2011
18,6 MI
2010
17,7 MI
2009
16,8 MI
2008
16, 2 MI
2007
15,1 MI
2006
14,1 MI
2005
12,2 MI
2003
8,7 MI
2002
8,3 MI
2001
7,1 MI
2000
6,2 MI
1999
5,5 MI
1998
5,1 MI
1997
3,8 MI
( GERAÇÃO DE EMPREGOS DIRETOS E INDIRETOS O setor entrou na segunda década dos anos 2000 como mais de 277 mil vagas ocupadas
ANO
EMPREGOS
PESSOAS
2011
277.943
2010
264.708
2009
240.644
2008
209.061
2007
194.838
2006
185.560
2005
178.240
2004
168.200
2003
165.500
2002
165.000
2001
144.000
2000
123.000
1999
107.000
1998
104.000
1997
64.000
De símbolo de status a motor daIndicadores economia nacional do Setor
O MAPA DAS LOCADORAS A região sudeste abriga o maior número de locadoras no país
(N) (NE)
REGIÃO NORTE (N)
ACRE AMAPÁ AMAZONAS PARÁ RONDÔNIA RORAIMA TOCANTINS
CENTRO-OESTE (CO)
DISTRITO FEDERAL GOIÁS MATO GROSSO DO SUL MATO GROSSO
LOJAS
8 28 22 56 10 19 14
LOJAS
57 45 23 15
NORDESTE (NE)
ALAGOAS BAHIA CEARÁ MARANHÃO PARAÍBA PERNAMBUCO PIAUÍ RIO GRANDE DO NORTE SERGIPE SUDESTE (SE)
ESPÍRITO SANTO MINAS GERAIS RIO DE JANEIRO GRANDE SÃO PAULO ESTADO DE SÃO PAULO
LOJAS
121
(CO)
37 189 92 38 39 85 17 80
(SE)
30 LOJAS
108 225 125 216 161
LOJAS
SUL (S)
(S)
PARANÁ RIO GRANDE DO SUL SANTA CATARINA
121 126 97
TOTAL GERAL:2.083 FONTE: ABLA
ABLA | 35 anos
Diretorias 2010 A 2013 Diretoria Executiva
Presidente
Vice-presidente
Presidente Executivo
Paulo Gaba Jr.
Paulo Roberto do Val Nemer
João Claudio Bourg
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS
Suplente
122
Titular
Diretoria Nacional
Alberto de Camargo Vidigal
Alberto Faria da Silva
Carlos César Rigolino Junior
José Adriano Donzelli
Luiz Lopes Mendonça
Nildo Pedrosa
Roberto Bacelar Portugal Filho
Saulo Tomaz Froes
Walmor Emílio Weiss
Alberto Nemer Neto
Carlos Benedito Adão Teixeira
Carlos Roberto Pinto Faustino
Cássio Lemmertz
Eládio Paniágua Jr.
João Carlos de Abreu Silveira
Luiz Carlos Lang
Marcelo Ribeiro Fernandes
Nelma Cavalcanti
Paulo Miguel Jr.
Reinaldo Tedesco Petrone
Diretorias ABLA
Conselho Fiscal
Titular Antonio Pimentel Eduardo Corrêa da Silva Flávio Gerduto
Suplente Jacqueline Moraes de Melo Paulo H. Bonilha Junior Raimundo Nonato de Castro Teixeira
Joades Alves de Souza Félix Peter João Regueira de Souza Filho
Emerson Ciotto José Zuquim Militerno Marco Antonio de Almeida Lemos
Amazonas
José Emílio Houat Pará/Amapá
Alagoas
Marconi José de M. Dutra Bahia
Simone Pino
Márcio Castelo Branco Gonçalves Espírito Santo
Leonardo Soares Nogueira Silva Minas Gerais
Mauro Roberto Alves Ribeiro
Tocantins
Bahia
Minas Gerais
Antonio da Silva
Aleksander Rodrigues Rangel
Gustavo do Carmo Azevedo
Rondônia/Acre
Ceará/Piauí
Rio de Janeiro
Célio Fonseca
Antonio Cesar de Araujo Freitas
Eládio Paniagua Jr.
Roraima
Maranhão
São Paulo
Valdir Laurindo
Flavio Gerdulo
Maranhão
São Paulo
Olavo Bilac Cruz Neto
Marcello Ribeiro Fernandes
Paraíba
São Paulo
Rodrigo Flávio Sá Roriz Distrito Federal
Joades Alves de Souza Goiás
Alvani Manoel Laurindo Mato Grosso
Marco Antonio de Almeida Lemos Mato Grosso do Sul
Antonio Pimentel Pernambuco
Alberto Jorge Alves de Queiroz Pernambuco
João Bosco da Silva Rio Grande do Norte
Otávio Meira Lins Neto Sergipe
Sul
Centro-Oeste
Fabio Bertozzi
Lusirlei Albertini
Sudeste
Victor Simões da Silva
Nordeste
Norte
Dirigentes Regionais
Valmor Weiss Paraná
Félix Peter Rio Grande do Sul
Marco Antonio Ramos Gomes Santa Catarina
123
ABLA | 35 anos
1977 A 1980
1984 A 1985
1988 A 1991
Presidente Josef Kurc
Presidente Vitório D’Amico Neto
Presidente Udo Stellfeld
Diretor Secretário Alberto Lutaif
Diretor Secretário Udo Stellfeld
Vice Presidente Nelson Colaferro Junior
Diretor Tesoureiro Paulo Batista Pereira
Diretor Tesoureiro Fernando Antonio Barbosa Tamassia
Diretor Secretário Abel Augusto Ferreira
Conselho Fiscal Gilson Benzota Carvalho Yeno Severo José Carlos Pimparel
Assessor Econômico Alfio Fernando Giancoli
Diretor Tesoureiro Lineu Nassif
Conselho Fiscal Sérgio Luiz Arnt Cristina Stroebele Norberto Poci
Conselho Fiscal Anito José Werner Fernando Antonio Barbosa Tamassia João Batista Parreira
Presidente Alberto Moares Barros Filho
1986 A 1987
19901991
Vice Presidente Udo Stellfeld
Presidente Alberto Moares Barros Filho
Conselho Nacional
Diretor Secretário Damião Bianchi
Vice Presidente Udo Stellfeld
Diretor Tesoureiro Fernando Antonio Barbosa Tamassia
Diretor Secretário Damião Bianchi
Diretor Conselheiro Josef Kurc
Diretor Tesoureiro Fernando Antonio Barbosa Tamassia
Diretor Conselheiro Vitório D’Amico Neto
Diretor Conselheiro Josef Kurc
Conselho Fiscal Sérgio Luiz Arnt Cristina Stroebele Norberto Poci
Diretor Conselheiro Vitório D’Amico Neto
1981 A 1983 124
Conselho Fiscal Sérgio Luiz Arnt Cristina Stroebele Norberto Poci
Presidente J. Salim Mattar Jr. Vice-presidente AlbertoMoraes Barros Filho Membros UdoSteffeld OtavioL. Franco Antonor Figueira Vittorio E. Primo Rossi Sérgio Passos Carlos Faustino Dener Mallard Juarez Xavier de Azevedo Izabel Monteiro Humberto Carneiro Damião Bianchi Roberto Nobre Orlando da Silva Júnior José Américo Huertas Francisco José da Silva Moysés Aguiar
Diretorias ABLA
19941995
19941996
19961997
Diretor presidente Nicolau Rezé
Conselho Nacional Patrícia Duprat Vittorio E. Primo Rossi Mônica Rossi Nicolau Rezé Marco A. Ghibert Tomaz Silveira Guimaraes Marisa Machado Silva Carlos Alberto de Almeida Luiz Fernando Magnabosco Piro Manini Moacir Werner Filho J. Salim Mattar Jr. Célio Macedo da Fonseca Antonio Cláudio B. Resende Fábio Colaferro Remi João Zarth José Eduardo Pontes Alceu Tomaz Pereira Amílcar Pereira Ramos Luiz Reinaldo Zanon Dener Mallard Paulo Ribeiro Martins Netto Hélio Ribeiro Martins Luiz Ernesto Bley Jr. Fábio Paiva Guimarães Udo Stellfeld Luiz Jorge Ribeiro Jorge Luiz Bomfim A. Marcio Cerqueira Gonçalves
Presidente do Conselho Nacional Francisco José da Silva
Vice-presidente Antonio Cláudio Resende Diretor Tesoureiro Fernando Antonio Tamassia Diretor Secretário Luiz Antonio Cabral Diretores regionais Região 3 - PE, PB, RN e AL André Luiz da Silva Leitão Região4 - BA-SE Francisco de Assis de Jesus Região 5 - AC, RO, MT e MS Alvani Manoel Laurindo Região 6 – GO e TO Dener Arthur Gomes Mallard Região 7 – MG Saulo Tomaz Fróes Região 8 – RJ e ES Adaury Maia Dantas Região 9 – SP Antonio Carlos Batista Ataíde Região10 – PR, SC e RS Luiz Reinaldo Zanon Região11- DF Renato Sant’Anna Mattos
Suplentes Francisco Assis de Jesus Antonio Expedito de Aguiar A.C.B Ataíde
Vice-presidente do Conselho Nacional Nicolau Rezé Conselho Nacional Luiz Jorge Ribeiro da Silva Antonio Cássio dos Santos Paulo César Figueiredo Soares Álvaro Silveira Júnior Vittório Emanuelle Primo Rossi Mônica Rossi Marco Antonio Ghiberti José Rozendo de Almeida Júnior João Alexandre Celane Pinto Hector Nunez Ivete Maggiuzzo Carlos Alberto de Almeida Damião Bianchi Moacir Werner Filho Cacildo G. Macedo Jr. Valdir Gadelha Ivan de Souza Zaqueu de Oliveira Antonio Cláudio Rezende José Salim Mattar Jr. Beatriz Pereira Carneiro Cunha José Eduardo Arnhold Remi João Zarth Alceu Tomaz Pereira Luiz Antonio de Oliveira Cabral José Zuquim Militerno Antonio Carlos Batista Ataíde Hilton Ahiran da Silveira Filho Dener Artur Gomes Mallard Saulo Tomaz Fróes Antonio Márcio Cerqueira Gonçalves Simone de Oliveira Pino Antonio da Silva Conselheiro Emérito Alberto Moraes Barros Filho Udo Stellfeld
125
ABLA | 35 anos
19981999 Presidente José Zuquim Militerno
Região10 – SC Erozaldo do Nascimento
Presidente José Zuquim Militerno
Vice-presidente Pedro Dogani
Região11 – DF Álvaro Silveira Júnior
Vice-presidente Pedro Degani
Diretor tesoureiro Carlos Roberto Pinto Faustino Diretores Alberto Vidigal José Ricardo Braga de Camargo Raimundo Nonato de Castro Teixeira Diretoria Regional Região 1– AM Maria Julia Lucena da Costa e Silva Região 2 – MA, PI e CE Diosito Morais Cavalcante
126
20002001
Região 3 – PE e AL André Luiz da Silva Leitão Região 4 – BA e SE Paulo César Figueiredo Soares Região 5 – MT Alvani Manoel Laurindo Região6 - GO José Adriano Donzelli Região 7 – MG Ennio Dráuzio de Castro Região 8 – RJ João Carlos A. Silveira Região 9 – SP Melhem Yaryd Jr.
Região12 - AC e RO Antonio da Silva Região13 - ES Paulo Roberto do Val Nemer Região14 - TO Cleide Brandão Honorato Região15 - RR Célio Fonseca Região16- RN Celso Macedo Região 17 – PA Juvenil Morais da Silva Região18 – PB Fernando José Reis Meira Região19 – RS Cássio Gilberto Lemmertz Região 20 – PR Walmor Weiss Região 21- MS Edson Lazarotto Região 22 – AP Gilberto Laurindo Região 23 – SP (interior) Sidney Vanuchi
Diretores Afonso Celso de Barros Santos Carlos Roberto Pinto Faustino José Ricardo Braga de Camargo Melhem Yaryd Júnior Júlio Maria Gontijo Saulo Tomaz Fróes Diretor Executivo Luiz Antonio de Oliveira Cabral Regional Norte Antonio da Silva – RO Célio Fonseca – RR Juvenil Morais da Silva – PA Carlos Benedito A. Teixeira - PA Francisco Antonio Freitas de Souza - PI Regional Nordeste Diosito Moraes Cavalcante – CE Pedro Manuel Oliveira N. Brandão – CE Nildo da Silva Machado Pedrosa - PE André Luiz da Silva Leitão – PE Alberto Fatia da Silva – BA Marconi José de M. Dutra – BA Celso Macedo – RN José Maria Curralo - RN Fernando José Reis Meira – PB Olavo Bilac Cruz Neto - PB Valdir Laurindo – MA Osvaldo Antonio Pinto Sarmento – AL Sérgio Castro de Amorim – AL Eduardo Correia Teixeira – SE Paulo Roberto da Silveira Jr - SE Regional Centro-Oeste Alvani Manoel Laurindo - MT Wanderley Viriato – MT José Adriano Donzelli – GO Joades Alves de Souza – GO
Diretorias ABLA
Dilton Castro Junqueira Barbosa – DF Dácio Marta de Lacerda – DF Ademar Ferreira - MS
20062009
Mato Grosso do Sul Marco Antonio de Almeida Lemos
Diretoria Executiva
Regional Sudeste Raimundo Nonato de Castro Teixeira – MG Luiz Fernando M. Porto – MG João Carlos A. Silveira – RJ Adilson Rodrigues Sampaio – RJ Alberto de Camargo Vidigal – SP Benedito de Oliveira – SP Paulo Roberto do Val Nemer – ES Eduardo Corrêa da Silva Fernando Albertine Cornelio – SP (interior) Ramiro Ferreira Júnior – SP (interior)
Presidente José Adriano Donzelli
Distrito Federal e Tocantins Weber de Oliveira Mesquita
Regional Sul Erozaldo do Nascimento – SC Marco Antonio Ramos Gomes – SC Lúcio Bugin - RS Rodrigo Selbach da Silva – RS Valmor Weiss – PR Paulo Celso Barbosa - PR
20022005
Diretores Nacionais 2006/2007 Alberto Faria Cássio Lemmertz Luiz Branco Nildo Pedrosa Paulo Roberto do Val Nemer Carlos Teixeira Erozaldo Nascimento Mauro Ribeiro Paulo Gaba Jr. Sergio Amalfi
Diretoria Executiva
Diretorias Regionais do Norte
Presidente Alberto de Camargo Vidigal
Amazonas Lucas Marques Pinheiro Sobrinho
Pernambuco Antonio Pimentel Alberto Jorge Alves de Queiroz
Roraima Célio Fonseca
Rio Grande do Norte Israel José Protásio de Lima
Pará e Amapá José Emílio Housat
Sergipe Otávio Meira Lins Neto
Vice-presidente Afonso Celso de Barros Santos Diretor superintendente Luiz Antonio Cabral Diretores Nacionais Alberto Faria Carlos Benedito Teixeira Eládio Paniagua Nildo Pedrosa Adriano Donzelli Carlos Roberto Pinto Faustino Cássio Lemmertz Marco Aurélio Galvão Paulo Roberto Val Nemer
Vice-presidente Marcello Wallace Simonsen Presidente do Conselho Nacional Afonso Celso de Barros Santos Vice-presidente do Conselho Nacional Alberto de Camargo Vidigal Diretor Executivo Carlos Roberto Pinto Faustino
Rondônia e Acre Antonio da Silva
Goiás Joades Alves de Souza Diretorias Regionais Nordeste Alagoas Oswaldo Antonio Pinto Sarmento Bahia Marconi José Dutra Bahia Simone Pino Ceará e Piauí Pedro Manuel Oliveira Netto Brandão Eduardo Alencar Porto Lima Maranhão Valdir Laurindo Paraíba Olavo Bilac Cruz Neto
Diretoria Regionais do Sul
Diretorias Regionais Centro-Oeste
Paraná Valmor Weiss
Mato Grosso Alvani Manoel Laurindo
Rio Grande do Sul Cássio Lemmertz Santa Catarina Daniel Nascimento
127
SAUS Quadra 1, Bloco J, Edifício CNT, na sala 510 - 5º andar - Torre A. CEP 70070-010 Telefone: (61) 3225-6728 Fax: (61) 3226-0048 Coordenação Paulo Gaba Jr. Presidente Nacional da ABLA Pesquisa, seleção de material, edição e redação Kátia Simões kassimoes@terra.com.br Tel. (11) 2909-2993 Suporte à pesquisa João Claudio Bourg Jorge Machado Cibele Cambuí Supervisão geral Paulo Piratininga Eduardo Graboski Scritta - Serviço de Imprensa Ltda. Divisão de Publicações scritta@scritta.com.br Tel. (11) 5561-6650 Projeto gráfico e produção Claudio Lenci Ocre – oficina di creatività ocre@ocre.com.br (11) 3224-8544 Fotos Revisão Júlio Yamamoto Impressão
Direitos Autorais ABLA - Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis Os textos desta publicação foram baseados em pesquisas em documentos, material promocional, mídia impressa e entrevistas com funcionários, diretores, conselheiros e ex-presidentes da entidade. Apresentamos nossas desculpas àqueles que participaram desta história e, involuntariamente, não foram incluídas no conteúdo do livro.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS
ABLA 35 ANOS EM MOVIMENTO Uma publicação da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA) Rua Estela, 515 – Bloco A – 5º andar - CEP 04011-904 – São Paulo/SP Telefone: (11) 5087-4100 Fax: (11) 5082-1392 E-mail: abla@abla.com.br Site: www.abla.com.br