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para pequenas propriedades
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descobrimos como seria possível iniciar esse cultivo”, relembra.
As primeiras experiências começaram em 2004 e, um ano depois, o plantio começou com cerca de 4 mil pés de uva vinífera – numa propriedade com vista para a Pedra do Baú. “Tudo era novo e desafiador. Em 2009, nós tivemos a primeira safra, pois esse é o tempo que a parreira precisa para ter sua maturação. E a surpresa foi maravilhosa. O terroir era ótimo para esse cultivo. Ficamos animados e fomos comprando mais terra e plantando mais uvas”, conta Celia.
O processo deu tão certo que a vinícola conquistou o primeiro prêmio internacional em 2013. Hoje, são quase 70 mil pés plantados e um amplo espaço para receber visitantes. O local conta com um restaurante e os interessados podem agendar uma visita guiada para conhecer os parreirais e participar de uma degustação.
O investimento no turismo rural começou em 2018. “Já tínhamos bastante vinho, e sempre acreditamos que a experiência de consumir o nosso produto dentro da nossa propriedade traria ao visitante uma experiência única. Seria muito mais do que escolher uma de nossas garrafas em uma prateleira cheia de rótulos. Fizemos um projeto adequado para receber bem as pessoas e transmitir um pouco da nossa história”, relata Celia.
Segundo a sócia da vinícola, o restaurante traz um resultado expressivo para o negócio e a estratégia é seguir com o processo de expansão com a construção de uma pousada no local.
Como o Sebrae-SP pode ajudar?
O Sebrae-SP tem uma forte atuação no agronegócio e no turismo por meio do Programa Sebrae de Turismo. De acordo com a gestora de turismo do Sebrae-SP, Aline Delmanto, as propriedades rurais com vocação turística podem buscar o auxílio da entidade a aprimorar a gestão do negócio por meio de projetos e consultorias.
O produtor rural ainda pode contar com uma série de ações e ferramentas para avaliação de potencial, melhoria da visitação e avaliação da qualidade. Os interessados podem entrar em contato com uma unidade do Sebrae-SP mais próxima ou ligar no telefone 0800 570 0800.
Oportunidade
A gestora do Sebrae-SP reforça a oportunidade do turismo rural como um meio de aumentar o faturamento em pequenas propriedades. Os produtores podem começar a trabalhar com a venda de ingressos para conhecer a propriedade e o processo produtivo e avançar para outros serviços, como a oferta de refeições e hospedagem nas propriedades.
Outra sugestão é investir na venda dos produtos in natura ou processado. “Alguns estudos sobre o comportamento do consumidor indicam que a fidelização à marca é um outro benefício oriundo da visitação turística. Há de se considerar também que a venda de produtos no fim do circuito de visitação permite às organizações reduzir os custos relativos à distribuição, na medida em que, ao vender diretamente aos consumi- dores, eliminam-se os intermediários”, afirma Aline.
Os produtores interessados em explorar o turismo rural e o turismo cultural como alternativa para diversificação e ampliação do negócio precisam se atentar a uma série de ajustes gerenciais e operacionais antes do processo de abertura à visitação.
Aline cita desde o investimento em infraestrutura básica, como adequação da estrutura para aumento do consumo de energia, melhoria de acesso, gerenciamento de resíduos sólidos, até investimentos em infraestrutura receptiva, como implementação de restaurante, hospedagem, embarque e desembarque de visitantes. Outros pontos fundamentais são o treinamento e aumento da mão de obra e a melhoria do sistema de comercialização dos produtos.
Barreiras culturais, preconceitos, dupla jornada e os desafios de montar o próprio negócio. Apesar dos obstáculos, cada vez mais as mulheres enxergam o empreendedorismo como forma de gerar renda, ter sua independência financeira e autonomia sobre suas vidas. De acordo com levantamento do Sebrae com base nos dados mais recentes do IBGE (do terceiro trimestre de 2022) existem 10,3 milhões de mulheres donas de negócio no Brasil, o que representa 34,4% do total de donos de negócios do País. Só no Estado de São Paulo, há 2,47 milhões de mulheres proprietárias de negócios, ou 37% do total no Estado.
Além disso, chama a atenção o número de mulheres donas de negócio que são chefes de domicilio ou contribuem ativamente na renda da família. No fim de 2019 (antes da pandemia), essa era a situação de 47% das empreendedoras no País. Já no terceiro trimestre de 2022, esse número aumentou para 51%.
Os dados refletem a realidade das empreendedoras atendidas no Sebrae em todo o Estado de São Paulo. A gestora estadual do Sebrae Delas, movimento do Sebrae-SP a favor das mulheres na liderança e no empreendedorismo, Camila Ribeiro, aponta que a grande maioria das empreendedoras que procura a instituição é chefe de família e formadora de opinião dentro de sua casa. “Elas estão sempre atentas às oportunidades