SALA 2EM 1
Os Livros Dourados Reportagem especial sobre Best-sellers de Bruna Tainá, Giovana Maíse, Samanhtha Gaspar e Yasmin Soares. [Digite texto]
2 Página 2 – Desenho sobre a Copa – Che Fan
Páginas 3 a 12 – Reportagem (CAPA)
Páginas 13 a 15 – Artigos de Opiniao
Páginas 16 e 17 – Cartas Abertas
Páginas 18 a 23 – Entrevistas
Página 24 – Texto Instrucional
Páginas 25 a 27 – Crônicas
Páginas 28 e 29 – Editorial
Páginas 30 e 31 – Desenhos Thayna
Página 32 – Redação [Digite texto]
Páginas 33 e 34 – Resenhas
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Desenho do Che Fan sobre a Copa.
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Os Livros Dourados As demandas literárias por parte da juventude do século XXI abriram espaço para a criação de livros com uma procura digna de joias e com igual lucratividade: os Best-sellers, os quais vêm ilustrando o perfil das novas gerações e incitando indagações dos motivos por serem tão desejados. 4
Não é de hoje o surgimento da literatura, na verdade as primeiras obras consideradas literárias são a Ilíada e a Odisséia, atribuídas a Homero, um poeta da Grécia Antiga, e datadas de aproximadamente 900 a.C. Há ainda alguns estudiosos que também consideram registros anteriores a essas epopeias. A escrita, contudo, como sendo parte da história humana e estando diretamente ligada ao contexto social em que se desenvolve, sofre incomensuráveis mudanças que acompanham os interesses do público leitor e as necessidades do momento em que surge. Não existem registros de números tão grandes de leitores quanto os que se têm hoje, isso porque os livros nunca foram tão acessíveis como são nessa era em que ler, aos poucos, tem deixado de ser um privilégio das elites e passado a se dispor para todo o tipo de massas. A alteração de acessibilidade que as obras sofreram, principalmente com a participação da tecnologia em sua divulgação, como por exemplo, a possibilidade de ler online e de usufruir dos E-books, nessa virada do séc. XX para o séc. XXI provoca, consequentemente, um aumento na sua produção e a formação de um público alvo marcante: os jovens e os adultos jovens. É cercado por essas características modernas que surge o conceito Best-seller. Literalmente traduzido do inglês, “Best-seller” significa mais vendido, e trata-se de uma expressão originária dos Estados Unidos que se espalhou para todo o mundo, designando, em uma análise mais aprofundada, as produções de maior sucesso na indústria [Digite texto] editorial e destinadas a um público geral, ou seja, é uma “literatura de massa”. È também por seu êxito nas livrarias que muitos desses livros dourados se transformam em febre e em adaptações cinematográficas, as quais costumam estourar as bilheterias e gerar muitos lucros.
A sociedade criou com os Best-sellers uma relação de amor e ódio: enquanto alguns se deliciam com eles e os devoram apaixonadamente, outros os criticam por não necessariamente possuírem qualidade em seu conteúdo e mesmo assim liderarem as listas de número de cópias vendidas. O editor da revista Época, Danilo Venticinque, defende que, apesar desse aspecto negativo, os livros de sucesso podem funcionar como uma porta de entrada para outros títulos mais clássicos: “A minha resposta é quase sempre a mesma: que bom. Que bom que as pessoas leem Cinquenta tons de cinza, Crepúsculo, Dan Brown e afins. O prazer da leitura começa pela liberdade para que cada um leia o que quiser. [...] se não fossem as algemas de E. L. James, talvez eles jamais tivessem pisado numa livraria.”.
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Outro aspecto das vendas em proporções colossais é a presença majoritária de compradores de 13 a 25 anos, de maneira tão marcante que o segmento juvenil liderou-as em 2013 e continua no pódio em 2014. Por isso a temática dos livros que dominam o mercado se encaixa tão bem na vida dos adolescentes e das pessoas que estão experimentando o início da vida adulta, passando pelas séries (trilogias e afins), pelos romances de ficção e de mitologia, pela autoajuda, pela literatura erótica e pela lista cobrada nos vestibulares, que, apesar de não serem Best-sellers propriamente ditos, são muito procurados por essa seção de leitores. Esses abordam, geralmente, as questões da insegurança, da dúvida, do sexo, das dificuldades, dos relacionamentos e da vida em sociedade.
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Best-seller
Autor(a)
Ano de publicação
Cópias vendidas
“A culpa é das estrelas”
John Green
2012
1,2 milhões
“Percy Jackson e os Olimpianos”
Rick Riordan
2005
1,2 milhões
Série- “Jogos Vorazes”
Suzanne Collins
2008
50 milhões
Série- “Divergente”
Veronica Roth
2011
Um milhão
“50 tons de cinza”
E.L. James
2011
40 milhões
Série- “Os imortais”
Alyson Noel
2009
2 milhões
Série- “As crônicas de gelo e fogo”
George R. R. Martin
1996
15 milhões
“ Eu me chamo Antônio”
Pedro Gabriel
2012
75 mil
*Alguns exemplos dos dourados que impressionaram as editoras.
A Onda de John Green
Exemplares de “A culpa é das estrelas”, “Cidades de Papel”, “Quem É você, Alasca?”, “O Teorema Katherine”, e “Will e Will” são encontrados em qualquer livraria e são vendidos aos montes. Todos eles apareceram ou continuam aparecendo nas pesquisas de livros mais vendidos, sendo que alguns vêm mantendo um espaço nessas listas por mais de um ano. Nos dados da revista VEJA, por exemplo, os títulos citados aparecem nas posições 1º, 2º, 3º, 5º e 16º lugar, respectivamente. O que as obras possuem em comum? O autor John Green, que constitui desde o ano passado uma onda, ou melhor, um Tsunami entre o público, principalmente, feminino. John Michael Green ou mais conhecido como John Green, nasceu no dia 24 de agosto de 1977 em [Digite texto] Indianápolis, Indiana, e teve como o livro mais reconhecido o grande best-seller A Culpa é das Estrelas que foi
lançado em janeiro de 2012 virando a nova grande sensação entre os jovens.
A obra demorou pouco mais de 10 anos para ser escrita e conta a história de uma menina com 16 anos, prestes a completar 17, que tem câncer desde seus 13 anos, chamada Hazel Grace, sem nunca querer sair de casa, seus pais a mandam para um grupo de apoio. Um dia entra no grupo Augustus Waters, que durante toda a palestra do grupo, não para de encará-la, e na saída eles conversam e se apaixonam um pelo outro. Mais tarde vão para Amsterdã para conhecer o escritor favorito de Hazel, e na viagem seu relacionamento se desenvolve enquanto realizam um jantar romântico e aproveitam a vida que ainda lhe restam. O nome do livro foi baseado na frase de uma peça de Shakespeare que falava ''A culpa, meu caro Brutus, não é das estrelas, mas de nós mesmos que consentimos em ser inferiores''. Para fazer o livro, Green se inspirou em uma garota chamada Esther Earl, a qual era grande fã de seus livros e do canal do YouTube onde ele e seu irmão postavam vídeos, se conheceram em uma conferência e foram amigos até Esther ter câncer e morrer em 2010.
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Essa obra cativou pessoas de todas as idades com suas frases inspiradoras e, por isso, foi lançado um filme totalmente fiel ao livro onde dois atores bem conceituados, Ansel Elgort e a Augustos e Hazel. Os críticos afirmam que Green não teve muita ‘’ousadia’’ em sua narrativa, entretanto os fãs dizem que foi retratada fielmente a adolescência. É justamente a esse retrato realista e “honesto”, de acordo com o próprio autor, que é atribuído seu enorme sucesso.
Distopias Futuristas A explosão das trilogias “Jogos vorazes”, de Suzanne Collins, “Maze runner- Correr ou morrer”, de James Dashner, e “Divergente”, de Veronica Roth, chamou a atenção de vários críticos e mídias, que compararam as três obras tendo como critério a semelhança, quase cópia, do assunto. Tal repetição não impediu que ambos fossem para a lista dos mais vendidos, muito pelo contrário, o sucesso de “jogos Vorazes” preparou o terreno para a ascensão dos outros dois livros e de outros.
As narrativas se estruturam sobre uma sociedade futurista que passou por uma destruição massiva e que se transformou em algo oposto às perfeições dos contos de fadas : um governo autoritário, segregacionista, opressivo e omissivo, uma verdadeira distopia. A trama envolve medidas de violência, romance e ação, contendo uma personagem principal que se opõe ao sistema e lidera uma revolução para derrubá-lo. [Digite texto]
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Em meio a várias discussões, é proposto que as produções construídas com essa fórmula mágica viraram febre em função da mistura de guerra, amor e desconhecido que atrai o adolescente, naturalmente necessitado de experimentar realidades diferentes da vida tediosa nos centros urbanos. Enquanto saciam essa necessidade, os livros sutilmente expressam uma visão contrária à ditadura e à censura das liberdades, impactam com a tristeza da guerra e da violência, e impulsionam a força jovem a participar das questões políticas da sociedade, e a reivindicar seus direitos. O autor de “Maze runner- Correr ou morrer” afirma que fez uma mistura de “Matrix” e “A Origem” para produzir sua criação, onde o protagonista, Thomas, acorda sem suas memórias em um labirinto, e ao longo da saga tenta descobrir o mal que ele e os “clareanos” estão enfrentando e uma forma de sair dessa prisão de muros. Divergente” acompanha Tris na sua luta contra um governo dividido em facções, nas quais ela não se encaixa. Foi inclusive chamado de o novo Jogos Vorazes. Suzanne Collins relata que tentou mesclar o tema das Guerras (como a do Irã e do Vietnã, para a qual perdeu o pai quando criança) com um reality show, inventando o país de Panem, governado autocraticamente com uma política de sacrifício de jovens em matanças apresentadas como shows. A atitude de Katniss, heroína da história, teve repercussões reais, como por exemplo, na Tailândia, país que sofreu um Golpe de Estado da junta militar tailandesa e que utiliza uma saudação do livro como forma de manifestação contra o abuso das forças armadas.
De semideuses a sereias
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Há alguns séculos, os principais leitores eram as mulheres, especialmente as que pertenciam à burguesia. Os temas mais tratados eram romances e dramas. A partir do século XX, os jovens começaram a ter interesse pela literatura, porém, esse manifesto só foi concretizado no século XXI. Esse fascínio foi intensificado com a literatura mística, que foi vista como uma escapatória de uma vida monótona, ou seja, em um mundo onde as pessoas são presas em sua rotina, ao menos na imaginação são todos livres, e com os livros, a imaginação corre solta, fazendo com que se possa ser o que imaginar, como por exemplo, semideuses e sereias.
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Atualmente esse fenômeno está sendo acentuado, pelo motivo de todas as crises que um jovem do século XXI passa, como a depressão, o divórcio dos pais, o “divórcio” dos pais com os filhos, isolamento, bullying, entre outras. A literatura mística é como se fosse uma nova dimensão, ao qual jovens “problemáticos” (na visão dos pais e da sociedade) tem acesso e nela são aceitos. Um mundo onde eles podem ser bruxos, e salvar seus amigos de forças do mal; ou, descobrirem que foram trocados na maternidade, e na verdade são príncipes e princesas trolls; ou quando sofrerem um acidente marítimo, então encontrar sereias e, consequentemente partilhar dessa maldição; ou participar de uma guerra, na qual o vencedor ganhará o Trono de Ferro; ou até mesmo descobrir que em outra vida, era o Pinóquio, e que suas memórias foram furtadas. Alguns dos livros muito conhecidos que trazem essa ficção mítica e mística são “Harry Potter”, “Once Upon a Time”, “O legado de Syrena”, “As Crônicas de Gelo e Fogo “ e “Percy Jackson e os Olimpianos”. O último conta a famosa história dos semideuses, inventada por um estadunidense conhecido por Rick Riordan, em uma série de cinco livros. Conta, no primeiro, a história de Percy: um garoto ''normal'' que tem dislexia e déficit de atenção e que já mudou de escola várias vezes. Ele possui um amigo e protetor chamado Grover que o ajuda a escapar de monstros, mas quando percebe que o protegido corre perigo, o leva para o acampamento meio-sangue, onde Percy descobre que é filho de Poseidon. A aventura se desenvolve quando Cronos, pai dos três maiores Deuses (Zeus, Poseidon e Hades), quer retornar do Tártaro destruir todos os semideuses e todo o Olimpo, lugar onde os Deuses ficam, e dominar o mundo.
Toda a história passa em volta da mitologia grega, e a série foi tão bem sucedida que existe uma continuação dela, chamada de Heróis do Olimpo, e nela é envolvida também a mitologia romana. Rick Riordian escreveu o livro inspirado no filho que também tinha dislexia e era hiperativo, quando o filho era pequeno, Riordan contava para o menino histórias de aventura onde o personagem principal sempre era disléxico e hiperativo. Mas mesmo sendo uma “escapatória” do mundo real, esse segmento literário está ligado a ele, fazendo – lhe críticas tanto à sociedade, quanto a maneira de governar. “Nada na vida deve ser temido, e sim compreendido” (Marie Curie).
Manual da felicidade O termo autoajuda pode se referir a qualquer caso onde um indivíduo ou um grupo (como um grupo de apoio) procura se aprimorar econômica, espiritual, intelectual ou emocionalmente. O termo costuma ser aplicado como uma panaceia em educação, negócios e psicologia, propagandeada através do lucrativo ramo [Digite texto] editorial de livros sobre o assunto, que por sinal está disputando primeiro lugar dos Best-sellers mais vendidos.
O primeiro livro no ramo foi intitulado "Autoajuda". Ele foi escrito por Samuel Smiles (1812-1904) e foi publicado em 1859. Sua frase de abertura é: "O Céu ajuda aqueles que ajudam a si mesmos", uma variação de "Deus ajuda aqueles que ajudam a si mesmos", uma máxima frequentemente citada no Poor Richard's Almanac de Benjamin Franklin.
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Um dos Best-sellers mais lidos da atualidade, no Brasil, é o livro “Eu me chamo Antônio” do autor Pedro Antônio Gabriel Anhorn, no qual ele reúne frases de impacto e autoajuda que escreveu em guardanapos. Várias pessoas utilizam essas frases para postarem em redes sociais.
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O livro Indomável, outro exemplo, conta a história de Nick Vujicic, um homem que nasceu sem pernas e sem braços e é considerado um dos livros mais vendidos de autoajuda, uma história de superação, onde o protagonista faz tudo que um ser humano sem a deficiência faz, inclusive surfar e saltar de paraquedas. Os livros dessa área estão sendo cada vez mais procurados, pois estamos vivendo em uma sociedade em que as pessoas são pressionadas integralmente pela rotina, pelo emprego, pelas obrigações e pela urbanização caótica, resultando em aumento dos casos de distúrbios psicológicos, dentre eles a depressão, a insônia e os transtornos de ansiedade. A saída que os indivíduos estão encontrando são nesses livros, que funcionam como manuais para se reaprender a viver. O consumo desse estilo é tão marcante hoje, que alguns pesquisadores da história da literatura o classificam como característica de uma escola literária contemporânea: o pós-modernismo. 11
“Pornô para Mamães”
Perdendo apenas para livros de autoajuda, atualmente os livros mais procurados pertencem à literatura adulta. Esse fato só pôde ser concretizado após o lançamento do tão aclamado e polêmico “50 Tons de Cinza”. Escrito pela britânica E. L. James, este foi lançado em junho de 2011 e hoje possui mais de 40 milhões de copias vendidas. O best seller conta a história da estudante de literatura ingênua Anastasia Steele e o empresário sadomasoquista Christian Grey. ‘’Temos que lembrar três coisas: que a escritora é britânica, que a Inglaterra gasta mais com pornografia do que com armas e que, a pornografia é uma das coisas que mais movimentam dinheiro no mundo, ao lado das armas, e das drogas. ’’ - LK Treinamento. Uma das principais consequências foi o surgimento de inúmeros livros com a mesma temática, não apenas livros, mas contos eróticos também fazem parte desse movimento. Hoje em 10 best sellers no mínimo 5 têm essa temática. O grande público alvo são as “donas de casa”, que são casadas, tem carreiras fixas e filhos para criar. Por este motivo livros deste estilo literário receberam o apelido de ‘’pornô de mamães’’. [Digite texto]
Muitos não sabem, mas essa literatura adulta não surgiu com “50 Tons de Cinza”. Há relatos de um livro famoso no século XV: um romance erótico, chamado ‘’Historia de duobus amantibus’’ (História de Dois Amantes). O romance é ambientado em Siena e gira em torno da história de amor de Lucretia, uma mulher casada, e Euríalo. Esse livro foi escrito por Aeneas Sylvius Piccolomini, que anos mais tarde se tornou o Papa Pio II. Atualmente essa obra ficou conhecida como “50 Tons de Cinza Medieval”.
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Entre os anos de 1680 até 1700 a literatura adulta era a mais requisitada, até mesmo os analfabetos procuravam esses livros, devido às inúmeras ilustrações, que exemplificavam algumas situações. O principal livro da época era “The Schoole os Venus” (A Escola de Vênus), de Michel Millot, que conta a historia de Katherine, “uma virgem de admirável beleza”, e Frances, uma prima da moça.
Em 1955 foi escrito um dos livros mais polêmicos da história. Antes de ser publicado esse livro foi rejeitado por muitas editoras, as quais disseram que era pornografia pura. A narração conta a história de Humbert professor de poesia francês quarentão que se apaixona por sua enteada de 12 anos e vive com ela uma relação amorosa e erótica. Esse livro é o famoso “Lolita”, que inspirou filmes, músicas e até mesmo a moda dos óculos vermelhos em formato de coração.
“Um” Machado de Assis ou “Meio” Machado de Assis?
Apresentado como gênio da literatura nacional, Machado de Assis contribuiu para o acervo intelectual do Brasil com seus fantásticos e inigualáveis trabalhos. Foi um prosador e contista muito renomado do século XIX que se imortalizou pelos títulos que produziu: “Memórias póstumas de Brás Cubas”, “Quincas Borba”, “O Alienista”, “Dom Casmurro”, entre outros. O último chegou a fazer com que fosse considerado o maior escritor brasileiro da história. A elevada importância das composições machadianas faz delas itens quase fixos das listas de leitura obrigatória dos vestibulares. Como efeito, Machado é perseguido pelos vestibulandos e pré-vestibulandos. A publicação de um modelo simplificado de “O Alienista” pela escritora Patricia Secco tem gerado, recentemente muita polêmica. Essa obra modificada é resultado da submissão a Lei Rouanet, de 2008, de forma que a nova versão possua vocabulário, pontuação e sentidos alterados. . O fato recebeu muitas críticas e dividiu os estudiosos literatos em duas vertentes contraditórias: a favor da simplificação, vista como ferramenta [Digite texto] de acesso, e contra esse ato, analisado como uma desqualificação e ultraje a literatura. No mês de Junho, o Instituto Brasil Leitor fará a distribuição gratuita dos 300 mil exemplares de quatro livros de autores diferentes que foram reescritos por Patricia.
Por um lado, é defendido que o projeto não tem grandes impactos no estilo literário, pois objetiva tornar mais fácil o acesso de indivíduos que não possuem hábito de leitura e que se sentem intimidados pela linguagem utilizada pelo autor, “A ideia do projeto não é facilitar os textos, mas facilitar o acesso à leitura. Fiz uma transposição da linguagem da época para a linguagem atual. Fiquei muito chateada com as reações, porque o projeto só visa levar Machado a quem não conhece. Não é fazer com que ele deixe de ser Machado, fazer grandes modificações. É para que o leitor não fique parado ou derrapando”, opina a própria autora do” novo alienista”, apoiada por Ronaldo Bressane “Eu acho que a gente acabou de ver uma pesquisa nacional que mostra que nos últimos seis meses 60% dos brasileiros não leram um livro, nada. Quanto mais Machado, melhor. Prefiro meio Machado do que zero Machado”. Na outra visão, o projeto vai destruir o verdadeiro Machado de Assis, empobrecê-lo e reduzir as oportunidades de quem o lê em aprimorar sua linguagem e provar a magnificência das palavras do autor, “Quando você mexe 13
na pontuação, na sintaxe, suprime palavras e corta parágrafos, você perdeu o ritmo, um elemento da maior importância da literatura. É vender gato por lebre, uma coisa grosseira”, afirma o professor Alcides Vilaça, e é completado por João César de Castro Rocha, professor de literatura comparada na UERJ “Nem toda “adaptação” é condenável. Contudo, o trabalho coordenado por Patrícia Engel Secco parece ser completamente alheio à literatura do autor de “O Alienista”.
Reportagem sobre Best-sellers. Grupo : Bruna Tainá Ribeiro Rodrigues, Giovana Maíse, Samantha Gaspar Augusto e Yasmin Soares Lázaro Pereira.
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Da Bizarrice ao Desrespeito As leis foram criadas com o intuito de nos manter civilizador, mas algumas leis são estranhas e bizarras. Essas leis são inúteis, servem para retirar a liberdade e em alguns casos, são criadas para proveito do governo. Na cidade de Barra do Garças, Mato Grosso, foi criado um projeto de lei com o objetivo de construir um aeroporto para Óvnis. Apesar de não ter saído do papel, ela é totalmente fútil e pode ter tido o intuito de superfaturamento. 14 No estado do Kentucky, EUA, é proibido que uma mulher ande no aeroporto do estado com traje de banho com exceção de estar sendo escoltada por dois policiais. Essa lei não vale se a mulher estiver armada com um cassetete, pesar mais de 200 libras ou menos de 98 e for uma égua. Depois de muita reflexão sobre essa lei, se conclui que ela não tem função ou sentido algum. Outra lei é a de que porcos não podem ser nomeado como Napoleão na França. Apesar de ser uma medida nacionalista em respeito ao grande conquistador, ela fere a liberdade de escolhas. Leis que deveriam ser totalmente sérias por se aplicar a milhões de pessoas se transformam em coisas estranhas e sem sentido algum, mostrando a falta de seriedade dos governantes que acabam criando e aceitando esse tipo de leis.
Artigo de Opinião. Grupo : Che Fan, Eduardo Lacerda, Iago Hashimoto, Marco Tamburus e Maurílio Eduardo.
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Controle de Qualidade Infantil “No final todos somos apenas mais um tijolo na parede”, com a música “Another Brick in The Wall”, Pink Floyd critica a escola inglesa de 1979 com base no seu papel para a extinção da criatividade das crianças. O mundo inteiro segue, ainda hoje, um modelo de ensino padronizado de tal forma que transforma seus alunos em robôs.
Devido às revoluções tecnológicas que ocorrem desde o século passado, o mundo encontra-se no ápice 15 do capitalismo, contextualizado pela globalização. A educação, como reflexo da sociedade, adaptou-se a esse sistema, dando luz à industrialização do sistema educacional. Dessa forma, as escolas começaram a seguir o padrão de uma fábrica: educação em massa, feita em estágios, com os alunos separados pela “data de fabricação”, usufruindo do mesmo uniforme, o mesmo material, os mesmos professores, que explicam da mesma forma para todos, em um mesmo espaço de tempo e aplicando a mesma forma de avaliação. Os alunos são encarados como produtos em preparação para o “mercado de trabalho”, cujo teste de qualidade final, no caso do Brasil, é o vestibular. A robotização dos estudantes, portanto, tem como consequência adultos sem criatividade.
É essencial, também, para a criatividade humana, a liberdade do erro, pois ideias originais saem da cabeça de indivíduos que não têm medo de errar. Não é incentivado, entretanto, “pensar fora da caixa”, que é um dos requisitos para invenções autênticas e necessárias para a humanidade. Pelo contrário, tudo na sala de aula intimida o jovem a não se manifestar: a diferença de postura entre professor e alunos, indicando a hierarquia existente; a posição das cadeiras, que impedem os estudantes de se comunicarem visualmente e até o grande número de alunos por classe pode conter quem quer se expressar. Quando a educação é voltada apenas para o vestibular, por exemplo, o princípio de “seguir a linha” é potencializado, já que o a única resposta aceitável é aquela que se encaixa no que é pedido pelas universidades, assim o aluno não tem a curiosidade de procurar conhecimentos novos. E, no ensino médio, há apenas uma chance no vestibular, porque errar e se submeter ao cursinho é repudiado.
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Além disso, a grade escolar aplicada em todos os países do mundo é empírica: no topo, encontram-se as exatas e as línguas; no centro, as biológicas e humanas; e posteriormente, as artes. A crescente desvalorização, como pode ser visto, de atividades que consistem na utilização do corpo, como a dança e o teatro, cria seres humanos que vivem em suas próprias cabeças, quando o ideal para a criatividade seria exercitar a expressão dos sentimentos de diversas maneiras. A negligência da arte está diretamente relacionada ao reconhecimento de profissões que movimentam capital, pois os estudantes são encorajados a seguir apenas as carreiras que garantem uma estabilidade econômica no futuro. Predomina, por isso, a visão superficial de que trabalhos artísticos são hobbies por fazerem parte do mundo do entretenimento.
16 É preciso, assim, humanizar os métodos de ensino de uma maneira que leve em conta as particularidades de cada indivíduo, suas preferências didáticas, suas dificuldades e seu ritmo e uma avaliação que respeite esses quesitos, além de dar liberdade para o aluno expressar sua personalidade no meio escolar. Já que o critério para o ingresso nas universidades é dono de uma cultura que extermina a criatividade da criança, estas devem adotar recursos alternativos para a entrada de novos estudantes. Nos EUA, por exemplo, são considerados histórico escolar, cartas de recomendação de professores, redações, atividades extracurriculares, entrevista sobre sonhos, expectativas e de que forma o jovem contribui para a sociedade; e uma prova chamada SAT, que ocorre sete vezes ao ano e pode ser repetida caso o resultado não seja satisfatório. É necessário, ainda, dar maior relevância para as artes em comparação às outras disciplinas e encorajar o direcionamento para carreiras artísticas.
Artigo de Opinião. Grupo : Anna Julia Canduz, Diovanna Rezende, Gabriela Griffo, Marianna Abbade, Raphaela Fusita e Victoria Meloni.
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CARTA ABERTA
17 São Paulo, 28 de maio de 2014. Prezado delegado Celso Cabossato, Atos imprudentes, ilícitos e descabidos vêm assustando e ridicularizando cidadãos brasileiros, principalmente no estado de São Paulo. Tais ações são caracterizadas por linchamentos feitos por civis, denominados vulgarmente como justiceiros, para com aqueles que, em suas visões, são julgados culpados por alguma depredação à sociedade. O problema é que trazem consigo muitas vítimas, muito caos, muita indignação, portanto, muitos inocentes atingidos. É com grande condenação que, hoje, sofro pela morte de minha amada esposa, a qual foi inocentemente assassinada, brutalmente por estes “justiceiros”. Que justiça é esta que mata inocentes? A verdade é simples. A polícia em geral não tem a eficácia necessária para proteger uma cidade inteira, quem dirá um país. Já que estes delinquentes se veem no direito de fazer justiça com as próprias mãos, burlando leis, pela falta de segurança legal proveniente da polícia, deve haver, então, alguma punição a estes. Se tais atitudes não cessarem, minha mulher será apenas uma vítima entre tantas outras por vir. Espero, encarecidamente, sua mobilização contra estes atos.
Atenciosamente, João Alves.
Carta Aberta. Grupo : Breno Castellucci, Gabriel Castellucci, Ingrid Mattiolli, Luanna Giória e Thaís Degani.
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CARTA ABERTA
Cara Darcy Vera, Sou um aluno do colegial de uma escola particular e me encontro com 16 no momento e como a maioria dos jovens eu gosto de sair, todavia se tratando de Ribeirão Preto não há muitas opções disponíveis. Destarte isso desencadeia meus 18 amigos a frequentarem lugares que não são direcionados para a idade deles, por exemplo, bares como Rumba, Nosso Boteco e até boates como a Kiss & Fly. Consequentemente tais ambientes influencia-os a adquirir hábitos inapropriados com, ingerir álcool. E os que não estão interessados em atividades do gênero, se trancam cada vez mais em suas casas e mergulham no mundo virtual, do qual tem dificuldade de se desprender no futuro. Ou em outros casos contentam-se com Shoppings devido à localização centralizada e a segurança. Jovens da minha idade normalmente acabam desenvolvendo a necessidade de “pular fase”, pois entretenimento direcionado para jovens de menoridade são mínimos, e os existentes possuem infraestrutura e segurança inaceitáveis. Teoricamente, o evento “Se vira Ribeirão” -que é baseado na virada cultural comumente feita em São Paulo- é bem elaborado, na prática, porém não podemos dizer o mesmo. Geralmente a prefeitura é negligente quando se trata de apoiar o evento financeiramente, causando uma falta monomérica de segurança acarretando assaltos e em alguns casos até homicídios. A estimulação do consumo de álcool vem também de empresas encarregadas de realizar alguns eventos no município. O maior interesse dessas está concentrado no lucro em cima desses espetáculos. Através de preços altos em bebidas e o demasiado atraso de atrações de seus eventos. Portanto, há a necessidade da criação de eventos ou instituições para que jovens saiam de suas casas, e assim, entrem em contato com outros jovens. Esses devem envolver musica, teatro, atividades artísticas são essenciais. Outrossim, a segurança por serem responsabilidade de seus pais ainda, é necessário um ambiente em que possa ser confiável. E por fim empresas particulares deviam visar o lucro criando lembrancinhas de seus shows, como camisetas, canecas e objetos do gênero. Agradeço pela atenção dada as minhas palavras. Anônimo.
[Digite texto] Carta Aberta. Grupo : Anna Julia Canduz, Diovanna Rezende, Gabriela Griffo, Marianna Abbade, Raphaela Fusita e Victoria Meloni.
Entre Vantagens e Desvantagens Bate-Papo
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Para debater um decorrente e grandioso acontecimento, foram entrevistados alguns professores do corpo docente do colégio SEBCOC Ribeirânia, para mostrarem suas divergentes opiniões sobre a Copa do Mundo no Brasil. A diferença entre as áreas de atuação de cada um contribuiu para a melhor compreensão de tal assunto polémico. São eles: Aluísio Brandão, professor de História, Leandro Belucci, Literatura, Fernanda Paganini, Química, Samuel Vieira, Matemática, Hérin Okano, Física, Gilson Bueno, Geografia e o diretor da unidade Ribeirânia, Rodrigo Morais. As respostas destes professores, para essas 5 perguntas foram:
1) Primeiramente, qual é a sua posição em relação à copa do mundo no Brasil? A.B: Contra. O mau uso do dinheiro dos impostos, da arrecadação destes para a copa, não deixam eu ser a favor. L.B: Sou a favor da Copa do Mundo no Brasil, apesar de todos os contras, comparar a copa com a situação política brasileira é, no mínimo, leviano. F.P: A partir do pressuposto que não fomos consultados sobre ser a favor ou contra, acredito que devemos ser a favor e torcer para que seja o melhor possível para nosso país. S.V: Sou contra pelo fato de que esses investimentos usados para produzir a copa teriam que ser destinados a causas sociais como saúde e educação. H.O: Sou completamente contra a copa do mundo ser sediada no Brasil. G.B: Sou a favor da copa no Brasil, porém o governo a moldou de maneira errada. R.M: Não sou contra. O evento, em si, não é um problema. [Digite texto]
2) Diante disto, reconhece vantagens e desvantagens acerca desta situação? A.B: Creio que, os estrangeiros conheceram de fato, com cordialidade os brasileiros, será algo bom, mesmo com minha desconfiança nos lucros que o Brasil terá, pois tal dinheiro deveria ser investido em educação, saúde e segurança. L.B: Sim. Houve uma modernização nos estádios do país, bem como uma melhoria na mobilidade urbana (embora muitas obras estejam atrasadas). F.P: As vantagens são os investimentos no turismo do país, e geração de empregos. Já as desvantagens são a corrupção das obras e a autopromoção do governo. S.V: As vantagens que vejo é a emoção que o futebol produz, além de despertar o nacionalismo de uma nação.
20 H.O: Como desvantagens enxergo o gasto abusivo e sem licitação, que eleva a corrupção. E o pior de tudo é a falta de cumprimento dos planejamentos para a copa, o que desanima o povo brasileiro. G.B: As vantagens que observo é em relação a infraestrutura (reformas nos estádios e aeroportos), e no turismo que traz adjacente a si, dinheiro para o país. Já a desvantagem, é única e simples, usou-se dinheiro público para proporcionar este evento. R.M: As vantagens seriam a visibilidade do Brasil e o turismo, em contrapartida a maneira que o órgão público manuseou o dinheiro para a construção de estádios, reformas de aeroportos, entre outros, foi desnecessário, já que o Brasil se encontra em uma situação crítica. O Jornal Britânico citou o Brasil como sendo uma democracia jovem, isso nos prova a visão que outros países possuem do nosso.
3) Em sua opinião, quais efeitos a copa causará no Brasil após sua realização? A.B: Se houver muitas dívidas, o governo terá capital dos impostos, assim como nas Olimpíadas Gregas, onde houve revolta por exploração para suprir os gastos. Já um outro fator é o caso de acelerar a queda da Dilma se o Brasil perder, agora, se ganhar, igual na Argentina, na ditadura militar, esta ganhou uma copa, e a sensação nacionalista inibiu protestos. L.B: Se o Brasil ganhar vai haver um sentimento de euforia nacionalista. Por outro lado, se perder o sentimento será o de que o país “não presta mesmo”. F.P: O país/governo não foi eficiente nos prazos de suas obras, deixará um legado de desorganização, fora as obras ainda não concluídas, e os aeroportos com funcionamento ineficiente. S.V: Ao meu ver, o governo está desesperado para que o Brasil vença, pois assim o povo acalmará, logo acabarão: protestos, reclamações e pedidos. H.O: Com a copa, o Brasil terá um alto no turismo, logo aumentando os lucros. Além disso houve melhorias nos estádios e no campo de trabalho, principalmente na construção civil, haverá, também, melhorias nos aeroportos e rodovias. G.B: Acredito que haverá influência diretamente se o Brasil ganhar ou perder, no governo depois. R.M: Acredito que além de deixar um gosto “amargo” do povo para com o governo, estes mesmos perceberão que o legado, que a copa deixaria se fosse bem organizada, não existe. A população deve, sim, apontar os problemas sociais, porém sem usufruir de meios violentos. Após a realização da copa, cério que independe o resultado, pois de qualquer maneira haverá uma grande exaltação sobre a realidade e a verdade virá à tona. [Digite texto]
4) Você acha que o Brasil suportará tal evento, em relação à infraestrutura? A.B: Pela pressão da FIFA, o Brasil vem mostrando melhorias em sua infraestrutura, e isto trará e já está trazendo mais empregos, desenvolvimento e melhores aeroportos, estádios, o que ficará para nós. L.B: Acredito que sim porque, afinal, a copa não movimenta um número muito maior de pessoas do que o Brasil está acostumado. F.P: Creio que melhorias na infraestrutura é também corrupção destas mesmas obras. S.V: Acredito que mesmo com todos os atuais problemas de infraestrutura do Brasil, será possível a realização da copa. H.O: 21 O Brasil ainda não tem uma infraestrutura capaz de suprir as necessidades de uma copa. “Visto que a copa será daqui menos de uma semana e os aeroportos só ficarão prontos em 2017”. G.B: A infraestrutura que o Brasil tem hoje, suporta uma copa, mas não de forma ideal. R.M: Não. Será um desastre a copa ser sediada no Brasil, pois escancarará uma realidade.
5) Sobre o superfaturamento nos estádios, qual a sua percepção? A.B: Corrupção. Muito dinheiro, muito gasto, mas condeno a falta de nacionalismo da população á não fiscalizar isto, como nos EUA, por exemplo. L.B: Deprimente. Infelizmente esta prática está arraigada na sociedade brasileira. F.P: O superfaturamento é um retrato da política do nosso país. S.V: Com o superfaturamento dos estádios, o governo brasileiro não terá desculpa para, então, não investir nos atuais problemas sociais. H.O: Condeno o superfaturamento em cima dos estádios, pois isto levará a mais corrupção e ilicitação. G.B: Querendo ou não, o superfaturamento dos estádios trará dinheiro de volta, em contrapartida essa ação não deixa de ser um roubo. R.M: Acredito que deve haver uma investigação e por ela procurar saber melhor, como, quem, quando e onde, ocorreu esse superfaturamento, já que o fato deste existir, é uma realidade. _________________________________________________________________________________
Uma pesquisa com jovens do Segundo Colegial da escola SEBCOC, foi realizada com o intuito de comparar opiniões em diferentes idades e fases da vida, já que adolescentes são marcados por emoção, impulsão e adultos por principalmente ponderação e racionalismo. Em contrapartida, mesmo subestimando os adolescentes, estes nos provaram a condenação ao governo brasileiro em relação a copa, quando 54% dos entrevistados se mostraram contrários ao tal evento.
Veja[Digite o gráfico texto] a seguir, o qual demonstra esta parcela de jovens:
OPNIÕES
[PORCENTAGEM]
A Favor
[PORCENTAGEM]
Contra Neutro
22 [PORCENTAGEM]
A partir de tantos depoimentos e variados argumentos, concluímos que o governo brasileiro é o grande culpado pelo desgosto do povo para que com a Copa do Mundo. Como está se aproxima, não adiantará muito tanta revolta. O melhor a se fazer, agora, é torcer para que a copa faça jus ao dinheiro envolvido e que o estado corrija tais erros políticos, em outubro nas eleições.
Entrevista. Grupo : Breno Castellucci, Gabriel Castellucci, Ingrid Mattiolli, Luanna Giória e Thaís Degani.
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Entrevista com Cicero Gomes da Silva
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Cicero Gomes Da Silva, vereador por 10 mandatos na Camara municipal de Ribeirão Preto, exerceu diversos cargos como o de secretario, Vice-Presidente e Presidente do Legislativo Municipal ,10 vezes. Ainda presidiu diversas comissões permanentes entre elas as de justiça e redação conheça um pouco mais desse politico professor de matematica
De professor a politico como ocorreu essa mudança e o que te motivou a entrar para politica? Na realidade eu sou politico desde pequeno eu fazia politica, eunasci politico costumo dizer que politico nato e aquele q traz em suas aptidões a vontade de fazer politica, professor evidentemente eu quando me formei em matemática foi para exercer a profissão para sobreviver mesmo mas a politica esta no sangue desde pequeno. Dizem que ser professor e um bem para a sociedade e o politico em que ajuda na sociedade e qual o seu papel? Depende do politico hoje o pessoal generaliza que todo politico e ladrão, corrupto, não presta, mente por que a amostragem que a população vê no radio e na televisão exercendo os cargos é desse jeito então a população tem essa ideia ruim, mas há muitos políticos corretos muitos políticos bons e que são bons para a sociedade evidentemente que não agrada a todos porque cada pessoa gostaria de ver seu problema resolvido e isso é impossível, entretanto o politico tem que ser correto e honesto com ele mesmo tem que prestar conta para ele mesmo então ele tem que tratar o dinheiro publico melhor do que como se fosse o dele no sentido de não desperdiçar de gastar no que é necessário e útil. E o vereador especificamente qual o seu papel? O vereador na realidade ele busca fazer a lei do município em via de consequência fiscalizar o executivo essas duas funções se entrelaçam porque na fiscalização você busca também fazer leis possam coibir abuso por parte do executivo.
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Como professor atuante se o senhor fosse ministro na educação o que mudaria ? Primeiro passo é acabar com a aprovação automática e exigir mais dos alunos não é possível a gente ter universitários mal formados quer dizer se formam universitários mas não tem o básico não sabem escrever, não sabem interpretar, nem ler , então a primeira coisa é acabar com essa aprovação automática remunerar bem professores que é muito importante você tem que dar prioridade pra educação remunerando bem professores e exigir tanto dos professores quanto dos alunos Você Cicero acha que a educação em ribeirão é de qualidade ? Se não é de qualidade é a melhor que nos temos na região talvez no país nos atingimos o IDEB (Índice de desenvolvimento na educação) em 2011 de 6,1 o Brasil esta preconizando o IDEB de 6,0 para 2017 24 então nos estamos bem a frente mas eu acho que tem que melhorar muito a educação no município. E sobre a desigualdade sobre o ensino privado e o ensino publico o senhor acha que ainda existe? Quando se fala em termo de ensino médio o ensino publico digamos assim da um vinte avos do conteúdo que deveria dar, o ensino privado é muito melhor não em todas as escolas as escolas que tem qualidade evidentemente Como vereador de ribeirão preto o senhor foi varias vezes presidente da câmara evidentemente como todo politico recebeu varias criticas como o senhor lidou com elas? Recebi criticas que eu diria que sempre positivas porque quando me criticam por alguma coisa que eu faço errada eu me corrijo e quando criticam e eu não tenho nada havero próprio algoz a própria pessoa que critica sabe que não é de minha responsabilidade. O que eu tenho orgulho de dizer é que passei pela câmara dez vezes como presidente e jamais houve uma acusação de corrupção de sequer um centavo. Desde o ano passado vem ocorrendo manifestações na câmara, vários grupos protestaram no plenário de modo ate considerado exagerado o que o você pensa sobre os manifestantes o senhor acha que as manifestações foram validas ou os próprios manifestantes não fizeram como deveriam? Na verdade as manifestações são validas tudo aquilo que eu não concordo eu tenho que me manifestar entretanto alguns partidos políticos aproveitam os manifestantes de boa índole e se infiltram no meio para fazer politica isso que é ruim quer dizer vão protestar não por querer algo melhor para o país e sim para fazer politica para tentar colocar a bandeira do seu partido no topo Como o senhor orienta jovens que completam dezesseis anos este ano a votar? Na realidade não ser levado ou seja não ser “Maria vai com as outras “ sempre que ouvir tentar se perguntar o porque aquela pessoa esta falando aquilo, se perguntar o que deveria fazer, procurar informar-se sobre os políticos, sobre a politica, sobre a economia do país em fim ter uma boa informação e uma formação para que você possa discernir bem o que você quer do seu país .
Entrevista. [Digite Grupo texto] : Arthur S., Caio A., Dhiego, Gustavo, Italo e Lucas N.
Instruções para o candidato do ENEM
25 No ano de 2014 será realizado mais uma prova do Enem que é um Exame Nacional em que ocorre todo ano e que pode definir uma carreira. No primeiro dia a prova tem duração de 4 horas e meia, pois tem 90 questões de “Ciência Humanas e suas Tecnologias e, Ciências da Natureza e suas Tecnologias”, e o segundo dia dura 5 horas e meia, pelo fato de ter mais 90 questões de “Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias” e ainda uma Redação. Dicas: 1° No decorrer do ano letivo a pessoa deverá estudar ao menos 2 horas por dia, fazendo assim com que reveja a matéria dada; 2° Ler o Edital no site do Exame para saber as regras; 3° Treinar o Gênero “Dissertação” pois é o qual cai na Redação; 4° O candidato deve manter-se bem informado sobre as notícias por que terá testes sobre Atualidades; 5° Na véspera o vestibulando poderá organizar tudo o que for necessário para a prova (documentos, como RG, canetas, transparente de cor preta ou azul, e comidas leves, por exemplo barras de cereal); 6° Não sair na noite anterior da prova, pois a prova e muito cansativa; 7° Não passar a madrugada anterior a prova estudando, pois o cérebro precisa de tempo para descasar 8° Um dia antes a pessoa terá de ver aonde irá fazer a prova, e ir achar o local para não chegar no dia e ficar perdido; 9° No dia da prova ele deverá verificar o horário para não perder a prova e não chegar atrasado; 10° Quando receber a prova leia atentamente as instruções e todas as questões;
[Digite texto]
Entrevista. Grupo : Arthur S., Caio A., Dhiego, Gustavo, Italo e Lucas N.
“Ei,
‘cê’ sabe que dia é hoje?”
Olhos vidrados correspondiam-se. Estavam paralisados. Atônitos. Nenhum músculo era capaz de realizar qualquer movimento brusco. Ele apenas colocava os cabelos dela atrás dos ombros. Ela deslizava suavemente as mãos por entre o rosto dele. Carinho. Cuidado. – Sentimentos que fazem dos seres, humanos -. Ele escorregou o polegar para os lábios dela. Foi de uma ponta à outra algumas vezes. Uma despedida sofrida. Ela fechou os olhos. Tinha consciência de que não aguentaria por muito tempo o nó que lhe atormentava na garganta. Ele sabia disso. O que ele não sabia sobre ela? (Contradizendo as vazias relações contemporâneas, estritamente superficiais). “O último vai.” Ele pediu desejando que aquilo não fosse verdade. Ela era incapaz de soar qualquer som. 26 Aproximaram-se. O beijo. Seus corpos entraram na sintonia que já era prevista. Comunicavam-se como ninguém. Todo o abismo de diferenças que os separava, desaparecia. Nenhuma ciência seria capaz de explicar como isso funciona. Dessa vez, no entanto, os pensamentos e sensações eram diferentes. Visualmente, apenas lágrimas. Lágrimas que se cruzaram. E se misturaram. E se perderam. Ela via o casal de filhos caindo em uma imensidão escura e sem fim, com os rostos desesperados como se pedissem ajuda. Pedro e Mariana. Ele imaginava a casa que tanto almejaram desfazendo-se em pó. Pó que foi levado pelo vento. Acabou. Doeu. Ela saiu primeiro. Foi estranho caminhar. Era como se o chão ficasse mais distante de seus pés a cada passo. Uma brisa causou-lhe certo arrepio. Estava frio. Frio na barriga. Não aquele de “borboletas no estômago”. Uma espécie de refluxo. Enjoo. Desamparo. Vazio. Vazio... Como preencher o vazio que ficou? Não existia companheirismo maior que o deles. Não existia cumplicidade maior que a deles. Não existia ela sem ele. Lágrimas. Entendia perfeitamente que aquela era a atitude necessária. Não conseguia lembrar quando ou por que, mas eles se perderam de tal forma que não encontraram o caminho de volta - não por falta de vontade ou perda de interesse como nos relacionamento atuais -. Essa consciência, no entanto, não deixou a situação mais fácil. Era difícil perder mais uma pessoa amada. Com o tempo, alguns dias pareciam mais longos que outros. A tortura estava em vê-lo. Tratavam-se como estranhos porque acreditavam que seria menos pior do que como “apenas amigos”. A saudade apertava forte. Ela se culpava por alguma briguinha que poderia ter sido evitada. Ele, por algum agrado poupado. Ambos sabiam que não era nada disso. Ambos sabiam que isso não era suficiente para separá-los. Na verdade, o amor é que não parecia mais suficiente. Essa era a grande porcaria. Amaram mais que o “fogo que arde sem se ver”. Mais que a “ferida que dói e não se sente”. Mais que o “descontentamento descontente”. Um amor “apesar de”. Um amor de alma. Um amor concreto. Um amor que durou o infinito deles. Amaram. Não conseguiam imaginar o dia que não amariam mais.
[Digite texto]: Fernando Calvo, Gabriel Diniz, Marcelo Motta, Matheus Ruivo, Rafael Cainelli e Victória Ulian. Crônica. Grupo
Queda útil
Fracassado era como eu me sentia. "Filho gay não é filho meu" era o que meu pai dizia. "Querido, você já conheceu Isadora (Isabella, Fernanda, Amélia, Rita, Teresa, Bruna)? Ela é adorável, por que não tenta algo com ela?" Era o que minha 27 mãe dizia. "Ser gay é ser contra Deus" era o que meu irmão, de apenas oito anos, dizia. O topo de um prédio era onde eu me encontrava. O asfalto, a centenas de metros, era para onde o meu campo de visão se direcionava. Suicídio era o que na minha mente estava. Continuava a olhar a imensidão em baixo dos meus pés enquanto pensava se deveria mesmo me jogar. Pensando se deveria mesmo acabar com tudo, tudo pelo simples "defeito" de amar alguém do mesmo sexo. Via as pessoas andando tranquilas pela calçada, sem a menor ideia de que eu estava prestes a derramar um rio de sangue... Meu. Umas escutavam músicas em seus fones de ouvido - alienando-se do mundo-, outras conversando ao telefone distraídas, outras acompanhadas e outras apenas simples passantes. O que me chamou a atenção foi um velho floricultor subindo a rua com a sua desgastada carriola quase vazia, sobravam apenas pequenos vasos com rosas vermelhas, as mais feias e murchas, as rejeitadas e, de algum modo, identifiquei-me com aqueles brotos mortos mais do que com qualquer ser humano que já tenha visto. Uma mulher em seus vinte anos parou o floricultor, conversaram por vários minutos até que ela leva o vaso. Alguém tinha que escolher o excluído, afinal. Recordou-me de quando me aceitaram pelo o que eu sou. Apenas uma vez, nada de mais. Eu estava na casa da minha "namorada" e seu pai não permitiu a minha presença no quarto de sua doce filha, mandoume, então, para o dormitório de seu irmão, mal ele sabia. Essa história, porém, não possui um bom término, já que, quando o pai dele -para desgraça do meu ser- descobriu sobre o ocorrido, além de proibir-me de ir em sua casa, esmurrou-me até cada fibra do meu corpo gritar. No final das contas, valeu a pena apanhar para ter uma noite com Ricardo. Seu pai homofóbico podia alterar meu físico com hematomas, arranhões e roxos, mas nunca alterar a opção do seu próprio filho. Isso, de alguma forma, fez-me rir. Não pense que apenas possuo memórias ruins. Como qualquer outro, já tive meus momentos, entretanto eles não vêm em minha cabeça agora. Veja bem, estou à beira de cometer um suicídio, imagens felizes não fazem parte desse cenário. Jogue-se, jogue-se, jogue-se! Diziam as vozes da minha cabeça em uníssono. Recuei alguns passos. Talvez para repensar e perceber como tudo era ridículo, ou, talvez, para pegar impulso. Respirei fundo. Uma vez. Duas vezes. Três vezes. Depois segurei o fôlego - dizem que quando nos jogamos de lugares extremamente altos, nossas vias aéreas são obstruídas, queria saber a sensação antes de senti-la -, desmaiei. [Digiteao texto] Acordei som de um megafone. Levantei-me para ver o porquê de tanta algazarra. Quando chego ao mesmo ponto do começo dessa crônica, vejo, ao chão, um mar de pessoas separadas da entrada do prédio por um faixa colocada pelos bombeiros. Ah! Tinha um enorme carro de bombeiro lá também. Tudo o que eu precisava nesse momento...
-Senhor, está tudo bem, tudo o que tem que fazer é recuar e descer pela escada de incêndio – diziam um dos vários bombeiros presentes. Você tem de concordar comigo nessa, se eu estava ali, o tempo todo, com o objetivo de acabar aos pedaços no chão daquela rua, por que recuaria agora? Só por que alguém me pediu com educação? Porque isso mudaria tudo, claro... Deixei meu olhar cair sobre aqueles curiosos –desocupados, diria- e dentre eles, vi a minha ex-professora de literatura, a primeira professora que mudou minha maneira de pensar, de viver, até de respirar. “Somos apenas passantes nesse mundo. Temos de aproveitar ao máximos, pois não sabemos quando teremos a dádiva da vida de novo, se tivermos. Alguns reclamam da vida e eu não os entendo, sempre há uma saída, garotos, sempre há” – dizia ela num tom doce que me fazia derreter. Essa foi a primeira fala sua no primeiro dia de aula do colegial e a frase que nunca esquecerei, jamais.
28Ao seu lado, estava o meu ex-professor de história, o primeiro em que eu me abri para falar de coisas que nunca dantes havia falado, como a minha sexualidade, por exemplo, sabe o que ele me respondeu? “Garoto, você se preocupa demais. Ser homossexual não o inferioriza em relação a um hetero. Cá entre nós, a gente sabe o que os espartanos faziam antes de guerrear.” Reviver o momento em que aquelas palavras foram ditas fez-me sentir bem, ainda assim, não foi o suficiente para tirar a ideia inicial da queda. Ao lado do meu ex-professor de história estava a minha ex-professora de filosofia. Era uma convenção de professores? Era isso? Pois não era possível que todos os que me inspiraram e ajudaram estarem ali. Talvez seja uma ilusão da minha pobre mente, que na busca desesperada de lembranças alegres e acolhedoras, tenha forçado rostos de professores em simplórios curiosos. Uma pequena lágrima escorreu do meu olho esquerdo e percorreu a minha face até desgrudar-se dela e cair quinze andares até o solo. Os bombeiros tentavam se comunicar comigo através do megafone, mas nenhuma resposta minha foi dada, nenhuma palavra, nenhuma expressão, nenhum movimento. Aproximaram, então, a sua gigante escada e encostaram-na na superfície do prédio. Alguém estava subindo. Era agora ou nunca. Jogo ou não me jogo? Jogo ou não me jogo? Jogo ou não me jogo? Joguei-me. Senti o ar bater na minha pele machucada, senti-o curar cada ferida aberta, senti-o deixar uma paz dentro de mim, uma paz que nunca dantes possuí. Mas algo dentro de mim provocava um sentimento ruim, o pior já sentido. É isso? É assim? É o fim mesmo? Não. Agarrei-me a uma haste, pequeno pedaço de metal que saía da parede, e segurei firme, desta vez, não iria solta-lo. O bombeiro entendeu a mensagem. Diminuiu a escada e posicionou-a do meu lado. Subiu. Deu-me sua mão. Neguei o pedido. Estava aterrorizado demais para arriscar um deslize que acabaria me mantando –contraditório, eu sei- ele, assim, envolveu sua mão esquerda ao redor do meu abdômen e puxou-me até que meus pés estivessem tocando os degraus da escada. Descemos e a multidão se dissipou. Agradeci o bombeiro sarado que havia me salvado. Ia andando, derrotado, de volta para minha casa quando ele, meu salvador de uniforme, agarrou meu braço e perguntou: - Tá afim de sair um dia desses? [Digite texto]
Crônica. Grupo : Francielle Franzoni, Letícia Furlan, Luan Passini, Pedro Benzii e Thayna Thaysa
EDITORIAL Desde sempre no mundo, a mulher é inferiorizada e discriminada em suas atitudes, cargos ou posições. A luta nas ruas, no entanto, vem ganhando força, como o movimento de sufrágio universal e a revolução da pílula anticoncepcional. Com a “Marcha das vadias” não é diferente. Em 2011, um policial canadense, falando sobre segurança e prevenção ao crime, disse que “as mulheres deveriam evitar se vestir como vadias, para não serem alvos de ataque”. Uma intensa repugnância reuniu três mil pessoas nas ruas da cidade de Toronto no que foi chamado “Slutwalk”, traduzido para o português como “marcha das vadias” , para protestar contra essa “culpabilização” das vítimas. 29
O termo “vadia”, além da repulsa aos dizeres do policial, é utilizado na tentativa de ressignificação da palavra. Palavra que é frequentemente associada à mulheres que simplesmente sentem-se e exercem livremente sua sexualidade. Desse modo, “se ser livre é ser vadia, então somos todas vadias” tornou-se o lema da marcha. Colocando em xeque os valores da sociedade moralista e machista, o grupo busca a maior igualdade entre os gêneros – tão necessária e justa. Sendo assim, uma das bandeiras levantadas é diferença de salários entre os gêneros nos mesmos cargos. Uma pesquisa realizada pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mostrou que, em 2012, o rendimento das mulheres chegava a apenas 73% do rendimento dos homens. Conforme o grau de escolaridade aumenta, essa diferença é maior ainda. Com 12 ou mais anos de estudo, o rendimento feminino é 66% o masculino, ou seja, mesmo que a mulher estude para ser digna de um cargo de chefia, ainda ganhará menos que o homem simplesmente por ser mulher. Outro dos maiores ideais defendidos é a laicidade do Estado. De acordo com a Bíblia, em, por exemplo, 1 Timóteo 2.12, "... não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem...", a Igreja limita os direitos da mulher, a começar pelos cargos eclesiásticos, na sua síndrome de inferiorização . Além disso, toda e qualquer liberdade feminina é condenada pela Igreja através da reprovação ao uso da camisinha, da pílula anticoncepcional e do aborto, o que vai totalmente contra a outro ideal da marcha, a autonomia sexual.
Outrossim, a violência contra a mulher é fortemente abordada nos protestos. No começo deste ano, os casos de abusos sexuais nos transportes coletivos brasileiros foram absurdos. Homens combinavam, em uma página do Facebook chamada “o clube dos encoxadores”, os melhores horários e locais para “encoxar” mulheres indefesas. O caso mais famoso foi o de uma jornalista que chegou à delegacia para prestar queixa, com a calça rasgada, os braços machucados e suja de sêmen. [Digite texto]
Após essa onda de atrocidades que chegam a ser animalescas, o IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, divulgou uma pesquisa em que 58,5% dos entrevistados acreditavam que “se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros”. Mais uma vez, a culpa foi transferida para as vítimas. Além disso, casos de violência doméstica também são questionados pelas feministas, o Brasil é o 7° país que mais mata mulheres no mundo. Um exemplo é a menina chamada Eloá, de 15 anos, morta pelo seu exnamorado que não aceitava o fim do namoro.
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A abordagem adotada pela marcha baseia-se na nudez, pois acreditam que essa é a forma de chocar a população na tentativa de ganhar atenção. Conseguindo, assim, que desnaturalizem a realidade vigente em busca de mudanças: “É a nossa força de reação e o nosso poder de mobilização. Nossos polêmicos corpos à mostra escancaram a busca pelo fim da opressão”. Questionam, também, a hierarquia dos fatos, “por que nossa nudez é mais chocante do que os números da violência contra a mulher?”. Diante disso, é óbvio que fazem-se necessárias algumas reformas. Primeiramente, a presidente Dilma Rousseff deve sancionar a lei que dará multas às empresas que pagarem salários menores para mulheres nos mesmos cargos que homens. Não menos importante, é seguir, de fato, a laicidade do Estado, que, assim, parará de ser influenciado por dogmas religiosos que tanto atrapalham decisões significativas. Outro ponto é aumentar a fiscalização nos transportes públicos. Se flagrada alguma situação como as já citadas, julgar e punir devidamente os culpados, já que evita-las é quase impossível em uma sociedade em que a boa educação e o senso ético parecem valores um tanto quanto utópicos. Por fim, a Lei Maria da Penha e a delegacia da mulher devem ser mais divulgadas para que mulheres vítimas de violências tomem conhecimento e coragem para denunciar.
Editorial. Grupo : Fernando Calvo, Gabriel Diniz, Marcelo Motta, Matheus Ruivo, Rafael Cainelli e Victória Ulian.
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Desenho – Thayna Thaysa
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Desenho – Thayna Thaysa
O peso do exterior
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O fisiculturismo na infância é algo cada vez mais comum. Muito desse interesse em um físico bonito, que se encaixe nos padrões, vem pela interferência da sociedade e pela importância dada ao exterior pela mídia, ou por que as crianças já sabem, desde já, que malhar talvez ajude na saúde? Acreditamos na primeira opção.
A idade ideia para começar a malhar é aos 17 anos, mas mesmo assim, é necessário que procuremos um médico. Seremos, assim, avaliados e orientados de forma correta a fazer tais exercícios. Caso contrário se iniciado com uma idade menor, ocasiona a interrupção do crescimento, fazendo mal à saúde.
Quando éramos crianças, e isso não faz muito tempo, nós brincávamos, diversões saudáveis. Subíamos em arvores, jogávamos bola, por exemplo, e, alem de nos manter sadios melhorávamos nossa agilidade convivência.
Agora, as crianças, indo à academia, só desenvolvem a preocupação com o corpo, além de perder a infância, a capacidade de brincar e de socializar.
Sem contar também que, quem engata em uma academia, com a querer sempre mais e mais o corpo perfeito, iniciando, então, o uso de anabolizantes, que fazem mal até para adultos, imaginemos se utilizado por criança, o mal será ainda maior.
Dessa forma, chegamos à conclusão de que academia não é um lugar para ser frequentado por jovens com idade inferior a 17 anos, lancemo-nas as brincadeiras.
Redação. Grupo : Ana Beatriz, Bárbara Favati, Beatriz Henares, Bruna Teles, Iasmin Carvalho e Maria Gabriela
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Resenha Wall-e
Planeta lixo
34Fantástico e admirável, Wall-e, dirigido por Andrew Stanton e escrito pelo mesmo, com a parceria de Jim Reardon, foi lançado em 2008 com o orçamento de 180 milhões de dólares. A animação da Disney-Pixar, que comoveu milhões de corações ao redor do mundo, conta com grandes dubladores e atores, tais como Ben Burtt (Wall-e), Elissa Knight (Eva), Jeff Garlin (capitão) e Fred Willard (presidente). O filme retrata o ano de 2802, o qual mostra a Terra devastada (cheia de lixo, inabitável), onde os únicos moradores são um robô chamado Wall-e (Waste Allocation Load Lifter Earth-Class, que pode ser pobremente traduzido para transportador de lixos da Terra) e sua amiga, uma barata. O trabalho de Wall-e consiste em compactar o lixo em pequenos quadrados e posiciona-los para formar grandes prédios. Durante seu expediente, o robô encontrava objetos humanos, que para ele eram estranhos, e guardava-os. Um certo dia, ele se depara com uma planta e, por acha-la curiosa, guarda-a perto de si. Todos os humanos foram relocados para uma nave, onde tornaram-se obesos devido a comodidade proporcionada, (por exemplo: não andavam, locomoviam-se através de cadeiras voadoras) com a promessa de que voltariam em poucos anos, o que não ocorreu. Até que uma outra nave aparece na Terra, trazendo consigo, um robô chamado Eva, pela qual Wall-e se apaixona. Assim que Eva acha o que estava procurando, um resquício de um organismo vegetal que provasse que a Terra poderia ser habitada novamente começa uma batalha entre homens e maquinas sobre o poder. Os humanos acabam vencendo e retornando à Terra.
A obra, espetacularmente, aborda a temática do comodismo e da alienação do ser humano no momento em que tudo está ao seu dispor (nave) e a sua inquietação pela mudança quando adquirem informação com consequências ao seu favor (descoberta da planta e batalha contra as maquinas para retornar à Terra). O filme consegue transpor a realidade para o mundo fictício, e com isso obtém sucesso no quesito de causar impacto. A tecnologia utilizada para construir a animação tem um papel fundamental para a introdução do espectador na trama, junto com expressões corporais dos robôs criadas por Ben Burtt. Wall-e resultou em um Oscar e em uma receita de 521 milhões de dólares, teve uma aprovação de 96% das resenhas e, também, foi a 6º maior bilheteria da Pixar. Divertindo tanto crianças como adultos, a obra busca conscientizar o telespectador sobre a importância do planeta. Se você aprecia [Digite texto]filmes dinâmicos que trazem reflexões sobre a condição dos seres humanos de uma maneira divertida e simples, esse é o filme certo para você. Resenha. Grupo : Francielle Franzoni, Letícia Furlan, Luan Passini, Pedro Benzii e Thayna Thaysa.
Resenha: filme “A Onda”
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Como? Rainer Wenger (Jürgen Vogel) um ótimo professor estaria prestes a iniciar um pequeno projeto tradicional da escola, em que cada professor aborda diferentes formas de governos em suas classes, durando apenas uma semana, para Wenger sobrou apenas à autocracia, como o fascismo. O filme de Dennis Gansel é inspirado no livro de Fodd Strasser que produziu o livro ‘’A Onda’’ onde a história é baseada em um acontecimento da Califórnia, em 1967 onde o professor Ron Jones impõe o nazismo em sua sala de aula. Deve-se relembrar a licença poética de Gansel que transportou uma história norte-americana para costumes alemães, de forma brilhante para o tema “A onda”. Quando Wenger começa com o projeto chamado ‘’A Onda’’ –como se autodenominam- só se apresenta aspectos positivos dos alunos como bom comportamento na escola e em casa. Aparentemente tudo que os rebeldes querem é disciplina e fazer parte de algo, como família, pode ser perigosamente tentador. Toda equipe de atores é excelente, desde o time principal até os coadjuvantes. O diretor conseguiu tirar tudo deles, a entrega foi máxima, até perturbadora, mas sem credibilidade a obra seria em vão. Fotografia impecável, cenas bem estruturadas, texto profundo e bem argumentado. A edição é contemporânea, carregada de elementos pop e muitas cores. O filme foi lançado em 2008. O principal motivo do professor Wenger - assim como Jones na vida real – de iniciar este processo perigoso foi devido aos argumentos dos alunos que diziam não conseguir entender como tantos alemães foram coadjuvantes de algo terrível. Um filme espetacular no qual qualquer um deveria assistir, entendendo-o.
Resenha. Grupo : Ana Beatriz, Bárbara Favati, Beatriz Henares, Bruna Teles, Iasmin Carvalho e Maria Gabriela [Digite texto]