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Branco Janeiro

Quem cuida da mente, cuida da vida

JANEIRO BRANCO A vida pede equilíbrio!

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Janeiro é o início de um novo ciclo, traz em si a simbologia de recomeço, de novos sonhos, projetos e metas. Dentro desse contexto, foi escolhido como o mês da campanha Janeiro Branco, que tem como um dos principais objetivos chamar a atenção para a importância do cuidado com a saúde mental, contribuindo para facilitar falar sobre saúde mental em todos os âmbitos. Além disso, a campanha busca, através do conhecimento e da informação, quebrar estigmas e preconceitos a respeito de transtornos ou doenças mentais, permitindo que as pessoas se sintam acolhidas e encorajadas para procurar ajuda em relação a sua saúde mental quando for necessário.

A campanha Janeiro Branco foi idealizada e criada pelo psicólogo mineiro Leonardo Abrahão, em 2014, e desde então tornou-se um marco do calendário de saúde no Brasil.

A saúde mental define o nosso bem-estar emocional, psicológico e social, uma vez que afeta a maneira como pensamos, sentimos e agimos quando enfrentamos a vida. Também ajuda a determinar como lidamos com o estresse, como nos relacionar de forma intrapessoal e interpessoal.

Lidar com os desafios do dia a dia requer habilidades como equilíbrio, resiliência, empatia, gestão das emoções. Por isso, investir em saúde mental é investir na vida, dessa forma, buscar ajuda profissional médica e psicológica é importante para uma adequada avaliação e direcionamento. A terapia é uma ferramenta importantíssima, permite pois lidar melhor com as emoções, traz uma significativa expansão da consciência, mudanças de comportamentos, trabalha o autoamor, desenvolve inteligência emocional e a capacidade de lidar com as adversidades da vida desenvolvendo resiliência. Terapia é um ato de auto amor. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, publicados em 2022, quase um bilhão de pessoas, incluindo 14% dos adolescentes em todo o mun- do, vivem com algum transtorno mental, situação agravada pela pandemia da Covid-19, que expôs todas as pessoas a situações de estresse, perdas, incertezas e temores.

Este ano o tema da campanha Janeiro Branco traz a reflexão sobre equilíbrio: A vida pede equilíbrio. Ao falar sobre saúde mental, precisamos expandir a nossa consciência e compreender que somos uma tríade; corpo, mente e espírito. E todas essas partes precisam estar em equilíbrio, o cuidado com esse ser triúno precisa ser integrativo dando a devida atenção a todas as partes. Assim, buscar o equilíbrio entre todas as partes possibilita-nos viver com qualidade de vida e plenitude. É preciso investir no cuidado e prevenção em cada parte da tríade, para promoção da saúde e bem estar.

1. Corpo: Nossa matéria física, foi feito para o movimento. O movimento é o combustível para um corpo saudável. Para cuidar do nosso corpo precisamos ter hábitos saudáveis como a prática de exercício físico. Alimentar-se bem, ingerir água de acordo com suas necessidades e descansar são formas de manter seu corpo em equilíbrio. Quanto mais precoce entendermos os benefícios de uma alimentação saudável e exercício físico e pô-los em nossa rotina, não como obrigação, mas como um ato de autocuidado, nos possibilitará desfrutar da vida com saúde e bem estar.

2. Alma: Nossa alma é nossa mente. A busca pelo autoconhecimento expande sua mente, ativa seu poder pessoal, tira-lhe da escassez mental, gera em você recursos internos e mostra novos horizontes. A inteligência emocional deve ser desenvolvida e fortalecida no dia a dia como uma importante ferramenta interna para superação das adversidades da vida. Ter gestão das emoções, das suas atitudes e entender bem os seus sentimentos requer treino para se tornar um hábito, por isso, dedique tempo para você se conhecer melhor e entenda seus pensamentos, sentimentos e gatilhos emocionais, pois eles conduzem seu comportamento. Poder pessoal é quando você cuida da sua saúde mental, desenvolve e fortalece sua inteligência emocional e tem gestão do seu mundo interno, independente de qual seja a situação desafiadora que esteja enfrentando.

3. Espírito: Todos nós temos necessidade de ter conexão espiritual, não importa sua religião. Ter um contato com algo maior que proporciona a você satisfação, que irá acalmar sua mente e trazer paz de espírito trará o equilíbrio espiritual.

Procurar fazer o bem, ajudar o outro de alguma forma, seja doando conhecimento, recursos financeiros, tempo ou o que traz para você experiência de sentidos, ter pensamentos e um olhar mais positivo frente à vida são meios de trazer equilíbrio ao espírito. Além desses, ao enfrentar desafios do cotidiano, se nutrir de esperança e tirar o foco do problema e buscar a expansão da sua inteligência para encontrar as soluções necessárias. Olhar para os desafio como forma de aprendizagem e não como um problema interminável. Ter um propósito de vida elevado contribuiu para ter entusiasmo e buscar as realizações pessoais. Comece o dia agradecendo pela oportunidade de mais uma dia de vida. Conectar-se com a gratidão traz elevação do nível de consciência e permite a compreensão de que não é ter para ser grato, mas ser grato para ter materializado os sonhos.

Portanto buscar o equilíbrio requer atenção em todas as partes, estar em congruência corpo, mente e espírito te proporciona saúde e bem estar.

Quem cuida da mente... Cuida da vida... Cuide- se e se ame de janeiro a janeiro!

Daiane Silveira CRP 04/63977

Psicóloga e especialista em tratamento com foco no trauma.

A primeira edição do Secovi entrevista do ano traz Lucian Teixeira, síndico do Condomínio Residencial Parque Humanitá, localizado no bairro Umuarama. Vamos conhecer um pouco mais sobre o dia a dia de um síndico que encara seu primeiro mandato, como ele tem se adaptado e vem trabalhando para trazer o condomínio para atualidade. Com certeza alguns dos desafios vividos por ele, são os mesmos encontrados por vários(as) síndicos(as) que também estão começado sua sindicância.

Secovi Entrevista: Lucian, há quanto tempo exerce o cargo de síndico e o que te motivou a assumir a função?

Lucian: Sou síndico há menos de um ano, comecei em março do ano passado. Eu morei neste condomínio por dez anos e nos, últimos três anos, eu ajudava muito o síndico anterior. Como ele não queria continuar a exercer o cargo e ninguém quis assumir ou apresentava interesse e como eu já estava auxiliando-o, decidi que no mandato seguinte eu me candidataria, já que eu estava inteirado e via formas de o condomínio melhorar e só conseguiria fazer isso se eu fosse síndico.

S.E.: Como tem sido essa nova experiência?

L.: Muitos desafios. São muitas coi- sas para serem resolvidas com pouco orçamento. Eu acho que a maior dificuldade é conciliar tudo que o condomínio precisa dentro do orçamento limitado porque se tivesse um caixa maior, daria para fazer tudo e todo mundo ficaria feliz. Mas seguimos com muita vontade e pouco orçamento, essa tem sido minha maior dificuldade.

S.E.: O que você tem feito para lidar com essa dificuldade específica?

L.: Reduzi alguns gastos. Tive sorte porque entrou um valor alto de um débito que foi quitado um mês antes de eu assumir e que reforçou o cai- xa, o que me possibilitou fazer várias melhorias no condomínio sem ter que fazer nenhum aumento nas taxas dos condôminos ou outras medidas. Também, para reduzir os custos, estou negociando taxas e serviços que antes eram caros e agora estou buscando esses fornecedores com um valor mais acessível.

S.E.: E nesse período como síndico, você tem conseguido alguma ajuda no processo?

L.: Tenho sim. Hoje tenho uma administradora de condomínio que me ajuda, ela faz toda a parte contábil. Isso já é um trabalho a menos para se preocupar, porque para eu mesmo fazer é complicado, demanda tempo e conhecimento que eu ainda preciso buscar. Como tenho uma empresa que cuida da burocracia e da papelada, isso me ajuda muito. Eles cuidam da contratação e demissão, cuidam dos contratos, fazem o fechamento de caixa e conciliação, me auxiliam bastante nessas demandas.

S.E.: Você percebe alguma diferença que a sua gestão está trazendo de melhora para o condomínio?

L.: Sim. O que acontece: quando você fica muito tempo como síndico, como por exemplo o último síndico, o qual ficou dez anos exercendo a função, o condomínio apenas existia. Não era um condominio ruim, mas também não avançava, parou no tempo. Duas coisas que, quando eu assumi, eu passei a fazer foi melhorar a iluminação e as condições dos funcionários. Mês a mês tentei implementar alguma coisa diferente mas, ainda tem muita coisa para ser feito. Alguns moradores hoje agradecem, por exemplo, a questão da melhora na iluminação que antes era fraca e agora está mais clara, além da revitalização das entradas dos blocos.

S.E.: Você tem inserido ações de sustentabilidade com o objetivo de reduzir o impacto socioambiental?

L.: Infelizmente muito pouco. Temos um galão para coletar óleo de cozinha e tivemos também um espaço para separação de lixos úmidos e lixos secos. Mas lidar com pessoas é difícil. Alguns faziam, outros não e, no final, acabou que essas medidas não vingaram. Uma grande dificuldade que temos no condomínio é a rotatividade: muita gente mora de aluguel e são estudantes. Quando você está começando a educar o morador, fazendo-o se adaptar as normas do condomínio, aí troca o morador e precisa começar tudo de novo. Essa rotatividade dificulta muito manter a cultura, mas estou com um projeto para mudar um pouco esse problema e fazer, mais efetivamente, uma separação de lixo úmido e seco. Além disso, as lâmpadas eram incandescentes e agora todas são Leds, o que diminui muito o consumo, não gastando tanta energia desnecessária.

S.E.: Você identifica algum diferencial no seu condomínio que você percebe que possa servir de exemplo para outros?

L.: Uma coisa que já ouvi de quem mora em condomínio é que os síndicos conduzem sua administração como se fossem os donos do condomínio, como se fosse a cidade deles, de forma monárquica. Aqui temos uma convivência pacífica e sensível, com bastante diálogo, tentando entender as demandas de cada um, evitando esse autoritarismo de forma amistosa.

S.E.: E como você avalia sua experiência como síndico?

L.: É uma experiência boa. Até participei de algumas reuniões que as empresas fazem para o síndico, percebi que pode até ser uma área para se seguir e se tornar síndico profissional. Tive outra visão do que é ser síndico A questão é que o síndico é uma pessoa que gera qualidade de vida para outras pessoas. Eu antes achava que síndico era alguém que tinha um tra- balho regular e fazia bico como síndico, mas hoje vejo que não. É uma profissão.

S.E.: O Secovi tem te ajudando de alguma forma, no seu dia a dia como síndico?

L.: Eu tive uma experiência muito boa com o Secovi por causa do atendimento deles. Ano passado, aqui em Uberlândia, tivemos um problema de mudança de sindicato que quiseram empurrar à força um outro serviço que não queríamos e o Secovi me prestou uma assessoria muito boa, com muita atenção, me auxiliou bastante com esse processo, ainda mais eu sendo um síndico novo. Eles fizeram a diferença, o que me ajudou bastante nessa turbulência que aconteceu de uma possível troca de sindicato. O novo sindicato queria nos obrigar a trocar o plano de saúde dos funcionários para um plano deles. De início, era colocado como opcional, mas ao ler todas as normativas, era quase obrigatório, no entanto, esse novo plano não trazia nenhum benefício e nem era melhor para o funcionário. O Secovi ajudou nisso, era muita coisa burocrática, prestou muita ajuda nesse período de incerteza.

S.E.: Para finalizar nossa entrevista, tem alguma mensagem que você gostaria de nos deixar?

L.: Eu acho que tinha que ter algum evento para síndico. Eu fui recentemente em um evento que uma administradora de condomínio promoveu. Foi onde mudei minha visão como síndico, mas em Uberlândia eu não vejo muito evento como esse. Queria ver algo que envolvesse mais essa profissão. Talvez eu desconheça por ser novo, mas queria ver mais eventos mensalmente ou trimestralmente nos quais possamos nos encontrar, nos ajudar, compartilhando experiências e dicas. Eu acho que isso traria mais crescimento para gente.

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