Edição 1 - Dezembro 2014
BAIXINHO SEM FRONTEIRAS Senador reina muito longe do Brasil
FALAMOS COM MEDINA
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Baixinho atuou por cinco temporadas no PSV e virou um dos maiores ídolos da torcida local
Moral, peixe! Senador, Romário é rei na Holanda Campeão de votos para o Senado Federal pelo Rio, Baixinho reina muito longe do Brasil, na pacata cidade de Eindhoven, onde brilhou com a camisa do PSV Carlos Eduardo Sangenetto c.sangenetto@gmail.com
Senador eleito em outubro com 4,6 milhões de votos (o mais votado da história do Rio de Janeiro), Romário provou que faz sucesso mesmo após o término da sua carreira fora dos campos, conquistando a confiança da população brasileira para um dos mais altos cargos da República. Mas bem longe do Brasil, na Holanda, onde há uma monarquia constitucional, o Baixinho é tratado como um verdadeiro rei. E tem motivo para isso. A Revista Campeões foi ao seu reinado, em Eindhoven, onde Romário brilhou com a camisa do PSV, time que defendeu por cinco temporadas (1988 até 1993) antes de receber os primeiros holofotes do futebol mundial ao se transferir para o poderoso Barcelona. Depois de encantar a torcida local, o clube holandês, no qual o atacante teve sua melhor média de gols da carreira, se rendeu ao craque da grande área e homenageou o camisa 9 no Philips Stadion. Sim, antes do famoso número 11, praticamente uma marca pessoal, o Baixinho carregou a 9 nas costas - algarismo que
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costuma ser o preferido dos centroavantes. Mas vamos voltar ao que interessa aqui- o reinado na Holanda. Em visita ao estádio do PSV Eindhoven, a reportagem conheceu a elegante Casa Romário, um espaço refinado, com visão centralizada do campo, especialmente reservado para patrocinadores e convidados do clube. Um “camarote de respeito”, podemos dizer assim. São mais de 300 metros quadrados para os vips, que possuem acesso para temporada inteira. São dois bares, dezenas de mesas, um grande piano, além de acesso privilegiado à arquibancada. Romário, primeiro brasileiro a jogar no clube, é homenageado com pinturas na parede e com um grande quadro no qual aparece comemorando um gol com a camisa do PSV no início da carreira. O espaço refinado comporta 250 pessoas com conforto. - Romário é um dos nossos maiores ídolos, sem dúvida - disse uma simpática funcionária do PSV ao mostrar o local para a Revista Campeões. Apesar da homenagem, o Baixinho não chegou a co-
Atacante encara o inverno europeu no início da carreira Action Images
Baixinho atuou por cinco temporadas no PSV
Reprodução
Romário em ação contra ADO Den Haag
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Carlos Eduardo Sangenetto
Mural na Casa Romário apresenta os números do Baixinho pelo PSV: 127 gols marcados em 143 partidas oficiais disputadas
nhecer a Casa Romário, que foi inaugurada em agosto de 2010. A última visita do ex-atacante a Eindhoven foi em 2006, quando foi pé-quente ao assistir à vitória, de virada, da Holanda sobre o México por 2 a 1 em amistoso preparatório para Copa na Alemanha. Na ocasião, ele, que defendia o Miami FC, dos EUA, ainda teve a chance de conferir uma lista
Carlos Eduardo Sangenetto
de gols marcados pelo clube durante a jornada do milésimo gol, que só foi sair em maio de 2008, com a camisa do Vasco, contra o Sport, em São Januário. O PSV informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que pretende convidar Romário para conhecer a homenagem no Philips Stadion. Vai perder a oportunidade, Baixinho?
Portal da Casa Romário no centro do Philips Stadion
Ronaldo também é eternizado em Eindhoven O Fenômeno não tem o espaço de luxo de Romário, mas também é considerado um jogador lendário do clube. E por isso foi escolhido para nomear a sala de imprensa do PSV Eindhoven no Philips Stadion desde o início de 2000. O ambiente, que abre três horas antes do início doas partidas para os jornalistas, tem internet sem fio (wi-fi) e o nome completo do segundo maior artilheiro da história das Copas do Mundo na parede: “Ronaldo Luís
Nazário de Lima”. Ronaldo desembarcou na Holanda depois da conquista do tetra com a Seleção nos Estados Unidos, em 1994, e, assim como Romário, foi artilheiro do campeonato nacional logo no primeiro ano. Na segunda metade da temporada 1995/96, o atacante ex-Cruzeiro teve problemas e precisou passar pela sua primeira cirurgia no joelho, o que atrapalhou a passagem pelo time da Philips. Mas mesmo assim deixou o clube com incrí-
veis números - 54 gols em 57 partidas disputadas para seguir o mesmo rumo de Romário, o Barça, após a Olimpíada de Atlanta-1996. Scala Photography
Sala comporta mais de cem profissionais
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