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ISSN 1984-0004 Publicação bimestral do Sindicato Rural de Guarapuava Ano VI- Nº 33 - Set/Out 2012 Distribuição gratuita



[índice] 10

Triticultura

Fórum Nacional reuniu lideranças em prol do trigo

Trigo e Cevada

WinterShow 2012: o maior evento de cereais de inverno do país

14 18

Meio ambiente e produção agrícola A FAEP e os desafios do Código Florestal

Viagem técnica

Rumo a Moçambique

22 28

Campanha Imposto Beneficente Socorro aos idosos

Homenagem

Sindicato Rural e AEAGRO promoveram confraternização do Dia do Agrônomo

Pesquisa Validação da tecnologia de melhoramento de pastagens naturais no Planalto Sul de Santa Catarina

36

67 72 78

Lavoura-PecuáriaFloresta Mais de 150 pessoas participaram do Dia de Campo ILPF na Fazenda Capão Redondo

Programa de Desenvolvimento Florestal

I Dia de Campo Florestal supera expectativas

Campanha

Novembro é mês de vacinação contra febre aftosa

92 96

Ciências agropecuária

Feira do Colégio Agrícola apresenta projetos para o pequeno produtor


Eventos técnicos = ISSN 1984-0004

[expediente] DIRETORIA: Presidente: Rodolpho Luiz Werneck Botelho 1º Vice presidente: Anton Gora 1º Secretário: Roberto Hyczy Ribeiro 2º Secretário: Gibran Thives Araújo 1º Tesoureiro: João Arthur Barbosa Lima 2º Tesoureiro: Herbert Schlafner Delegado Representante: Anton Gora Conselho Fiscal: Luiz Carlos Colferai, Lincoln Campello, Ernesto Stock Suplentes: Luiz Carlos Sbardelotto, Nilcéia Veigantes, Denilson Baitala Endereço: Rua Afonso Botelho, 58 - Trianon CEP 85070-165 - Guarapuava - PR Fone/Fax: (42) 3623-1115 Email: comunicacao@srgpuava.com.br Site: www.srgpuava.com.br Extensão de Base Candói Rua XV de Novembro, 2687 Fone: (42) 3638-1721 Extensão de Base Cantagalo Rua Olavo Bilac, 59 - Sala 2 Fone: (42) 3636-1529 Editora: Luciana de Queiroga Bren (Registro Profissional - 4333)

Colaboração: Helena Krüger Barreto Fotos: Assessoria de Comunicação SRG / Luciana de Queiroga Bren / Helena Krüger Barreto / Manoel Godoy Fotos capa: Helena Krüger / Manoel Godoy Diagramação: Prêmio|Arkétipo Agência de Propaganda Impressão: Gráfica Positiva Tiragem: 3.400 exemplares

diversificação, produtividade e rentabilidade

O

que o produtor rural de Guarapuava e região não pode reclamar é da ausência de eventos técnicos sobre diversas áreas do setor agropecuário. No mês de outubro, pelo menos três eventos destacaram-se no cenário regional como difusores de tecnologia e informação técnica de qualidade: o I Dia de Campo Florestal, promovido pelo Sindicato Rural em parceria com a Unicentro e diversas empresas do setor; o Dia de Campo Lavoura-Pecuária-Floresta, promovido pelo Sistema FAEP/SENAR; e o já consagrado WinterShow, o maior evento de cereais de inverno do país, promovido pelo Cooperativa Agrária. Dias de campo como esses trazem inúmeros benefícios: contribuem para o desenvolvimento da economia como um todo, em especial do setor agropecuário; colocam em evidência a produção rural da região; aproximam produtores rurais e potenciais compradores, dinamizando as transações comerciais durante e após os eventos. A disseminação de novas tecnologias de produção também tem efeitos na produtividade rural. Além disso, feiras e dias de campo movimentam outros tipos de comércio, que lucram com logística para atender expositores e visitantes; sem falar do setor de hotelaria. Por tudo isso, o Sindicato Rural continuará realizando, apoiando ou patrocinando eventos técnicos, visando a diversificação na propriedade rural, o aumento de produtividade e rentabilidade para o produtor rural. Nessa edição, confira a cobertura completa desses eventos e ainda, artigos técnicos de empresas parceiras. A todos, uma ótima leitura e uma excelente safra de verã!

Os artigos assinados não expressam, necessariamente, a opinião da REVISTA DO PRODUTOR RURAL ou da diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava. É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte.

Rodolpho Luiz Werneck Botelho Presidente do Sindicato Rural de Guarapuava

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[Caixa de Entrada]

Para: Revista do Produtor Rural Para: Revista do Produtor Rural De: Fabiano Pacentchuk, acadêmico de Agronomia da Unicentro - via Facebook “Li a matéria sobre o intercâmbio, publicada na página 40 da última edição. Fico bem jóia a reportagem! Muito bom mesmo. Obrigado Sindicato Rural de Guarapuava, pelo força e apoio em nossos trabalhos!”

Para: Sindicato Rural De: Pedro Luiz de Araújo e Campos (Jacaré) , engenheiro agrônomo Biogene “Agradeço as homenagens prestadas aos Profissionais de Agronomia pelo Sindicato e o CAFÉ DA MANHÃ a nós oferecido”

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Para: Sindicato Rural/Revista do Produtor Rural De: Itacir Sandini, professor do Departamento de Agronomia da Unicentro “Parabenizo a equipe do Sindicato Rural de Guarapuava pela qualidade e conteúdo da Revista do Produtor Rural. Agradeço a Luciana e a Helena, pela redação e veiculação da matéria “Acadêmicos de Agronomia da UNICENTRO vão estudar no Exterior pelo Programa Ciência Sem Fronteiras”, publicada na última edição”

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De: Luiz A. C. Lucchesi, presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná “Sobre a Revista do Produtor Rural, o que mais se destaca, na minha avaliação como leitor, é o conteúdo a partir de situações reais, com visão de negócio e o respaldo técnico-científico de profissionais não apenas das Ciências Agrárias, mas também de outras, fazendo do agronegócio algo sustentável. O posicionamento político dos dirigentes é elogiável e é essa integração que nós precisamos na região de Guarapuava. Através do Papi, presidente da AEAGRO, esse trabalho do Rodolpho e Gora precisa ser divulgado para as demais entidades de engenheiros agrônomos do Paraná. É um trabalho elogiável. Podem contar conosco sempre”

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[Artigo]

Anton Gora Produtor rural, presidente do Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Centro do Paraná, vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, diretor suplente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e presidente do Conselho Fiscal da Agrária

A eficiência da agropecuária guarapuavana

N

a edição passada falamos da eficiência da agricultura brasileira, com números que impressionam. Hoje queremos falar um pouco da eficiência e da contribuição da agropecuária de Guarapuava. Voltando um pouco na história, quando os Suábios aqui chegaram, os campos de Guarapuava eram nativos, com exploração da pecuária extensiva. Quando se falou que o objetivo era plantar trigo, os mais otimistas falaram que os Suábios iriam morrer de fome, porque os campos eram pobres em nutrientes. E foi quase isso que aconteceu. Metade dos Suábios deixaram Guarapuava, só ficaram aqui os que não tinham condições financeiras de voltar para a Europa. Mas os que ficaram tiveram que sobreviver e fizeram da dificuldade a oportunidade. Na verdade, as primeiras tentativas de se plantar trigo foram um fracasso, mas apareceram outras opções, como o arroz que começou a dar novas perspectivas aos Suábios. A grande virada aconteceu quando o Sr. Mathias Leh assumiu a presidência da Cooperativa Agrária. A sua primeira decisão foi investir em pesquisa, trazendo técnicos da Alemanha e fazendo convênios com instituições de pesquisa brasileira, como o IPEAME. As dificuldades foram vencidas por etapas e uma nova grande virada aconteceu com a introdução do plantio direto. A ideia nasceu nos Estados

Unidos, foi trazida para o Brasil por Herbert Barz, trabalhada e adaptada nos Campos Gerais pelas cooperativas holandesas e da Agrária. Mas Entre Rios contribuiu, em especial, com o desenvolvimento de máquinas para o plantio direto. A primeira tentativa foi feita com uma máquina FNI Howard, trazida da Inglaterra, com enxada rotativa, que não se adaptou na região. Pessoas de Entre Rios começaram a se envolver no desenvolvimento de máquinas, principalmente os irmãos Josef e Peter Scherer. O primeiro com a visão de produtor, o segundo com a visão de mecânico. A partir daí começaram a se fazer adaptações em plantadeiras convencionais, principalmente na Rogowski e Jumil. Começou-se a introduzir a ideia do disco duplo, mais tarde o desencontrado, foi o impulso inicial da concepção de máquinas para plantio direto. A partir dessa ideia, os grandes fabricantes copiaram a ideia e continuaram o seu desenvolvimento. Essa foi a contribuição de Entre Rios para a consolidação definitiva do plantio direto. O segundo passo foi desenvolver, com a ajuda dos órgãos de pesquisa, um sistema de rotação de culturas o que consolidou o plantio direto. Ainda como consequência, o Sr. Mathias implantou a industrialização, também pela necessidade, porque a cevada tinha um mercado restrito, e só

a indústria poderia consolidar a cultura, necessária para o sistema, onde já tínhamos o exemplo do trigo com o moinho. O Sr. Mathias tinha como filosofia de, em primeiro lugar, fomentar a produção para o desenvolvimento e crescimento do cooperado e depois a industrialização dessa produção para agregar valor. A terceira etapa planejada pelo Sr. Mathias foi o desenvolvimento da diversificação. O projeto foi iniciado, mas ele não teve tempo de concluí-lo e até hoje a região sente falta dessa terceira etapa. Hoje a agropecuária de Guarapuava é uma das mais eficientes do Brasil e do mundo, alcançando produtividades que superam os melhores do mundo, como no caso do milho. Os campos nativos foram transformados pelas dificuldades em oportunidade, mas para que isso acontecesse foi necessário a visão de pessoas, algumas aqui já citadas, que fizeram a diferença. Precisamos valorizar essas pessoas, tirar delas o exemplo, para que esse desenvolvimento não pare nunca. É dele que depende o nosso futuro e a continuidade do crescimento das tecnologias que darão rumos para assegurar o nosso futuro. O Sr. Mathias sempre dizia “precisamos sempre estar um passo a frente dos outros, pois esse passo a frente vai fazer a diferença”. Sentimento atual até hoje.


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Revista do Produtor Rural

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[Triticultura]

Fórum Nacional reuniu lideranças em prol do trigo

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ideranças da cadeia produtiva do trigo discutiram e levantaram propostas que resgatem a importância do cereal no cenário nacional, durante o Fórum Nacional do Trigo, no dia 16 de outubro. A lista de demandas foi entregue ao MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) durante o WinterShow, também realizado no distrito de Entre Rios, em Guarapuava, nos últimos dias 17 e 18 de outubro. Realizado em parceria entre a Cooperativa Agrária, a Embrapa Trigo e a Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná), o Fórum Nacional do Trigo foi realizado pela primeira vez fora do Rio Grande do Sul, atualmente o maior produtor tritícola do Brasil. Em

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Revista do Produtor Rural

sua sétima edição, o evento tinha o tema “Oportunidades para o trigo brasileiro”, abordado por dirigentes de cooperativas, pesquisadores, traders de trigo, representantes do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e da Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo), bem como secretários estaduais de Agricultura. As discussões tinham como objetivo elencar as demandas de toda a cadeia tritícola e direcioná-las ao MAPA. Durante o WinterShow, o documento elaborado foi entregue pelo presidente da Agrária, Jorge Karl, juntamente com autoridades da cadeia produtiva, como o presidente da Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria de Trigo), Sérgio


Amaral, e o presidente da Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná), João Paulo Koslovski. “Toda a cadeia do trigo discutiu sobre esse importante cereal e elaborou-se o documento entregue ao MAPA. Infelizmente o ministro da Agricultura não pode comparecer por motivos de saúde, mas o documento, com solicitações da

cadeia de produção do trigo, certamente chegará às mãos dele”, frisou o presidente da Agrária, Jorge Karl. O fato de uma cooperativa fora do Rio Grande do Sul ter recebido o evento foi destacado pelo chefe geral da Embrapa Trigo, Sergio Dotto. “Decidimos convidar uma cooperativa fora do Rio Grande para que haja convergência sobre as dis-

cussões”, destacou. “Sinto-me um jovem formando, porque conseguimos reunir toda a cadeia produtiva dos três estados do Sul do Brasil”, acrescentou. Por meio de palestras e debates, o Fórum Nacional do Trigo discutiu assuntos relacionados à comercialização, tributação e a pós-colheita de trigo no Brasil. Texto e fotos: Assessoria de Comunicação Agrária

Cenário do trigo no Mercosul A primeira palestra do Fórum Nacional de Trigo foi ministrada por Walter Von Muhlen Filho, agente de mercado na Trader Serra Morena. Ele comentou sobre o cenário internacional e nacional de trigo. Sobre o mercado argentino, ele falou sobre a substituição atual do plantio de trigo pela cevada, função direta da não cobrança de exportações neste segundo cereal (trigo teria imposto de 23% para vendas externas na Argentina). Com isso espera-se um máximo de 5 milhões para exportação desta origem, sendo o potencial de 4 milhões destas enviadas ao Brasil, segundo Von Muhlen. Paraguai é vista pelo palestrante como uma origem emergente, e confirmando o excelente potencial de qualidade. Este prêmio de qualidade faz com que o produto do país vizinho seja demandado em outras origens que não o Brasil. Segundo Von Muhlen Filho, este país tem um excedente exportável de 800 mil toneladas, com provável envio de 500 mil toneladas ao mercado brasileiro. Uruguai, como tem sido comentado por fontes locais, apresenta certa dificuldade quanto a qualidade e quantidade, devendo possuir um excedente exportável de no máximo 600 mil toneladas. Finalmente o Brasil é visto com uma produção de 5 milhões de toneladas (ou talvez menos). Quanto ao mercado, o palestrante confirma a ideia de vendas a bons preços para ração animal (feed wheat), com o trigo para moagem concorrendo principalmente com a Ucrânia e França (além dos demais países do MERCOSUL). Sobre as estratégias de comerciali-

zação, ele orienta a venda de parte da produção nos preços atuais, contrastando com o ritmo baixo de negócios atualmente mesmo com bons preços. Para exemplificar o comportamento esperado, o palestrante disse que “as árvores não crescem até o céu”. Sob o aspecto técnico e detalhado, o palestrante deu show de conhecimento sobre a cadeia do trigo. Instrumentos de comercialização Um representante do Ministério da Agricultura indicou que este ano a reduzida oferta mundial implicará em uma menor intervenção do governo, principalmente para garantia dos preços mínimos. Além disso, enumerou o estoque disponível de posse do governo em 461 mil toneladas, a disponibilidade de recursos para aquisições por AGF e por PEP, caso seja necessário. As linhas de crédito para financiamento de compras por parte dos moinhos seria de 40 milhões de reais por comprador, sendo cobrado o juro de 1,5% ao ano. O agente do governo apresentou que a lentidão do governo em muitos casos se dá pela necessidade de se passar os orçamentos e necessidades do mercado por 3 Ministérios, apontando que o PEP tem sido o preferido, não descartando a realização de PEPs com destino ao Nordeste no futuro. Já o representante dos moinhos do Paraná, Marcelo Vosnika (presidente SINDITRIGO-PR), sob forma geral, apresentou-se descontente com as intervenções do governo no mercado, já que prejudicam o livre funcionamento do mercado e impede previsões de negócios futuros,uma vez que o padrão de

preços pode se alterar durante o caminhar dos negócios. Ainda assim, diante da necessidade dos produtores, acredita que é algo necessário. O palestrante levanta a questão de que a morosidade e políticas de apoio à comercialização devam ser discutidas neste ano, já que não devem ser realizadas intervenções governamentais. Isso traz as discussões ao campo da razão e não da emoção (necessidade de venda, ou pressão popular pelo não pagamento de custos, etc). O mesmo defendeu o mecanismo de LEC (Linha Especial de Crédito) e as opções de venda, por parecer-se com o mercado futuro de trigo. O agente comentou a necessidade de intervenção no custo de produção do trigo, algo que realmente é um dos maiores empecilhos à liquidez do mercado nacional de trigo em anos de oferta mais abundante ou normal. Argemiro Luis Brum falou em nome das cooperativas gaúchas, apontando que não há política do trigo consistente porque o governo não defende o produto (no caso o trigo) e os moinhos visam a importação. O mesmo ainda apontou como maléfica a nova classificação do trigo. Sobre os instrumentos de comercialização, relatou que o PEP seria melhor se corrigidas: a burocracia; o atraso nos pagamentos e as exigências de qualidade. Na visão de Brum, o LEC não é um bom mecanismo para melhorar a comercialização de trigo no seu Estado porque a maioria das cooperativas gaúchas não tem moinhos. Para concluir, o palestrante apontou que o trigo gaúcho no futuro será exclusivamente para exportação (função das exigências do mercado interno) e no quadro atual o trigo gaúcho não terá competição. Revista do Produtor Rural

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Em seguida, o presidente da Cooperativa Batavo (Carambeí-PR/Campos Gerais) Renato Greidanus se restringiu a comentar sobre o movimento de sua empresa quanto à verticalização (está construindo um moinho em parceria com cooperativas vizinhas), algo que com a garantia de comercialização deste modelo, deve fomentar a produção de trigo em sua região e com lucratividade aos seus cooperados. A Cooperativa Integrada, representada por Carlos Yoshio Murate apontou estar contornando a falta de estrutura física para a segregação de trigo, através do zoneamento da produção. Algo como instruir qual cultivar o produtor deve plantar em cada região de influência da sua cooperativa, concentrando-se na produção de trigo pão. Isso seria um facilitador à comercialização do seu produto e incentivo aos triticultores seguirem na sua atividade. Além disso, o dirigente questionou como o Brasil ainda não é autossuficiente em trigo após tantos anos de pesquisa e discussão em torno da cadeia. Comentou também sobre o risco de diminuição na produção de trigo na sua região (norte do PR), em função da competição por área com o milho safrinha. Finalmente o dirigente da Coopercampos-SC, Clebi Renato Dias, levantou o risco climático da cultura do trigo em sua região, ainda que o mercado catarinense seja de boa colocação do produto no mercado interno. Questionou a realização de leilões de PEP para exportação como ocorreu no último ano

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(diante de um mercado interno deficitário). Levantou ainda a questão do seguro agrícola, importante instrumento não de comercialização, mas que garante segurança aos triticultores. Tributação da cadeia do trigo Os responsáveis pela área de tributação no Paraná e em Santa Catarina esclareceram as alíquotas de trigo, farinhas e farelos de trigo. Luiz Carlos Hauly (PR) disse que, segundo decisão do Supremo Tribunal Federal, a guerra fiscal não só dos derivados de trigo terá fim em breve. Esta decisão de abolir diferenças de alíquotas e créditos presumidos já foi tomada há algum tempo, porém os Estados aguardam que o governo defina se serão cobrados créditos indevidos ou mesmo que sejam chamados todos os Estados para um definição do padrão de tributos. O representante paranaense defende que no novo padrão de cobrança de ICMS se decida pela cobrança de pequenas alíquotas como, por exemplo, 4% aos derivados de trigo em negociações interestaduais, função da confusão da política de créditos e das perdas de arrecadação. Oportunidades ao trigo brasileiro no mercado internacional O representante da JF Corretora Gaúcha, Antônio Cardoso Garcia também ressaltou o grande número de países importadores de trigo, diante

de um menor número de exportadores. Ainda que os volumes acabem sendo equivalentes, isso traz, segundo o agente, uma maior chance de negócios a novos entrantes no mercado de exportações de trigo. Como é bem sabido, os possíveis clientes do trigo nacional são, predominantemente, os países árabes e africanos, que tem menor exigência em falling number e proteína para uso nos seus mercados internos. O palestrante também destacou que o melhoramento e a produção nacional tem de focar no trigo com maior número de aptidões e não as demandas específicas, devendo estas continuarem sendo importadas. Segundo Garcia, os gargalos e soluções do trigo nacional para exportação são: 1) a necessidade de melhoria da qualidade. 2) desistir de modelos que não deram certo 3) ações em conjunto nos diferentes elos da cadeia 4) regionalização da produção de trigo, com cada localidade produzindo a cultivar e a classificação que pode regularmente produzir 5) melhoria da logística 6) Armazenagem no interior e nos portos (segregação) 7) Remuneração por qualidade (pagar o investimento) Segundo o palestrante, deve-se observar para onde está indo a cadeia do trigo, para se corrigir a rota.


Armazenagem e pós-colheita do trigo Irineu Lorini, pesquisador da EMBRAPA e presidente da ABRAPÓS, comentou que pelo cadastro de armazenadoras, o déficit de armazenagem no país não é tão grande, com capacidade de armazenamento em 142 milhões de toneladas contra 182 milhões de toneladas de produção. Porém, na prática, 30% das unidades não atende o total da capacidade prevista, fora problemas de cadastro que impedem unidades de receberem grãos. Norte, Nordeste e Centro-Oeste apresentam os maiores déficits. Região Sudeste tem capacidade excedente para armazenamento de grãos e Região Sul pequeno déficit (maior área de influência da produção de trigo). O palestrante enumerou algumas demandas para o setor de armazenagem: 1) Segregação, porém custo fixo é grande por conta da ociosidade de capacidade deste processo. 2) Técnicas que levem à ausência de contaminantes (pragas, micotoxinas, pesticidas), algo que segundo Lorini, não é visto na importação de trigo. 3) Identidade e rastreabilidade A legislação atual prevê a certificação das unidades armazenadoras, a partir da IN 41/2010 (MAPA), com certificação gradual até 2017, chegando a exigência de um mínimo 25% da estrutura de cada unidade armazenadora. No futuro, para armazenagem seria

desejado: utilização de silos de menor capacidade (menor custo para segregação), utilização de sistemas para medição da capacidade de gás de expurgo (assim é possível medir qualidade do expurgo). Alcemir Chiodelli, da Cooperativa C-Vale, comentou a aptidão e os investimentos atualmente feitos para estruturas de armazenagem. Há atualmente dois programas basicamente de financiamentos o MODERINFRA e PRODECOOP, ambos com 12 anos de prazo de pagamento e com taxas de juros entre 5,5% a.a. até 11% a.a. O palestrante identificou os seguintes pontos críticos abaixo para a armazenagem de grãos: 1) falta programa de financiamento com prazo e juro adequado 2) déficit em 50 milhões de toneladas 3) inadequação da logística de escoamento(algo que sacrifica a armazenagem) 4) baixa rentabilidade dos investimentos em armazenagem 5) capacidade pública insuficiente, porém no trigo há capacidade atualmente 6) Aumento de produtos diferenciados (transgênicos, segregação no caso do trigo) 7) armazéns antigos e mal localizados 8) fronteiras agrícolas novas exigem mais armazéns Diante disso, Chiodelli afirmou que necessita-se: 1) Menor juros, algo em torno de 2%, bem como mais tempo para pagar, algo em torno de 18 anos - Incentivos fiscais seriam bem vindos. 2) Financiamento para modernização das unidades já existentes, principalmente as localizadas em área urbana. 3) Investimento em pesquisa e desenvolvimento junto às universidades Para finalizar, Rudolf Gerber falou sobre as vantagens em se segregar o trigo, diante de um cenário de grande exigência de qualidade por parte dos compradores. Para isso, o palestrante mostrou as diferentes características de trigos duros e moles (básicos ou brancos), com a diferença de extração e de processos para estas diferentes características. Esta diferença dos trigos interfere

diretamente na qualidade do produto final, como cor, tamanho da embalagem, tempo para secagem (exemplo biscoitos), dureza, shelf life etc. Por isso, o agente mostra que não se deve misturar trigos sem conhecimento. Um exemplo da tabela de misturas de falling number (tabela teórica) mostra que a mescla de trigos com alto falling number (acima 300s) 50% com trigo de baixo falling number reduz demais este valor, ou seja, estraga-se um lote misturando-o. Segundo Gerber, é caro segregar trigo, porém há alternativas como silos-bolsa e o plantio de uma só cultivar em determinada região, esta última sendo realizada pela Cooperativa Integrada, segundo relato de seu presidente, função da ausência de estrutura física. De acordo com Gerber, os vendedores muitas vezes não conhecem seus produtos e com isso depreciam seu produto e não conseguem melhores preços. Esta rastreabilidade é uma garantia desde o produtor que venderá seu produto, até a indústria de biscoitos ou massas. Houve grande discussão em torno da micotoxina DON, com legislação mais restritiva a partir do início de 2012. Questionou-se sobre o que fazer com lotes acima do permitido, com um dos palestrantes levantando que costumeiramente se dilui em lotes com volume dentro do permitido e utilização para ração bovina, menos sensível do que aves e suínos. Questionou-se também a operacionalização das análises, algo caro e de difícil operação. Sobre isto apontou-se que há testes rápidos no mercado. Vale ressaltar que estas análises já são feitas por diversos moinhos para fornecedores específicos (em geral multinacionais do ramo de alimentação infantil ou alimentos em geral), com alguns moinhos incluindo o custo de análise no preço das farinhas. O problema da micotoxina, segundo um dos participantes, é que não há resistência vertical nas cultivares e a doença é altamente presente nas regiões produtoras brasileiras. Isso faz com que o limite previsto para ser atingido até 2014 e 2016 não possa ser atendidos pela produção nacional na maioria dos anos-safra. Texto: AF News Análises

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[Trigo e cevada]

WinterShow 2012: o maior evento de cereais de inverno do país

A

pré-abertura do WinterShow 2012 aconteceu no dia 16 de outubro, com o tradicional desfile de máquinas antigas, que interrompeu por alguns instantes a tranquilidade do distrito de Entre Rios e inaugurou a programação do maior evento de cereais de inverno do Brasil. A 8ª edição do WinterShow levou milhares de pessoas aos campos experimentais da Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (FAPA) da Cooperativa Agrária, Colônia Vitória, distrito de Entre Rios/Guarapuava-PR nos dias 17 e 18 de outubro. Com o tema, Inovação e Tecnologia em Cereais de Inverno, o evento atraiu mais de 2.280 visitantes e contou com uma programação bastante diversificada, incluindo palestras técnicas com pesquisadores da FAPA e convidados; dinâmica de máquinas; test drives; desfile de máquinas antigas e mais de 40 expositores. “O público principal dos eventos da

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Revista do Produtor Rural

Agrária é o cooperado. Ele é a nossa base e tem de estar satisfeito com o nosso trabalho e com o que geramos de benefícios a ele”, avaliou o gerente agrícola da Agrária, André Spitzner. Além dos cooperados, clientes e fornecedores da Agrária, produtores, agrônomos, pesquisadores, professores e estudantes visitaram a maior das oito edições do evento. “Estamos muito satisfeitos, tivemos um grande público, bastante seleto”, analisou o presidente da Cooperativa Agrária, Jorge Karl. “Percebe-se que o WinterShow está crescendo e a cada ano ganha maior reconhecimento, sendo referência em culturas de trigo e cevada”, acrescentou. “O WinterShow alcançou as expectativas. Conseguimos atrair os nossos clientes e todo o ciclo produtivo dos cereais de inverno”, analisou o coordenador da assistência técnica da Agrária, Leandro Bren. A programação contemplou tam-

bém as esposas de cooperados, através de um bem frequentado curso de culinária com produtos Agrária. O evento paralelo teve como objetivo ampliar ainda mais a participação da mulher junto à Cooperativa. “Pretendemos atrair cada vez mais a família do cooperado para a Agrária”, frisou Bren. Segundo o coordenador, a grande inovação do WinterShow 2012 esteve na dinamicidade da programação. “Cada visitante poderia montar a forma como pretenderia assistir às palestras, visitar as atrações, pois em um dia não conseguiria ver todas”, salientou. De acordo com Leandro Bren, o fato de ser considerado o maior evento relativo a cereais de inverno do Brasil é um reconhecimento do trabalho desenvolvido pela Agrária. “O WinterShow vem presentear a seus cooperados pelo belo trabalho realizado nesses 61 anos de existência da Cooperativa Agrária”, destacou. Conforme sublinhou Jorge Karl, o


WinterShow é a evolução do Dia de Campo de inverno e tem despertado a atenção aos cereais de inverno. “Existem outras feiras, mas somente o WinterShow é voltado às culturas de cevada e do trigo. Temos esse reconhecimento e queremos continuar crescendo”, sublinhou o presidente da Agrária. O secretário de Estado da Agricultura, Norberto Ortigara, parabenizou a Cooperativa Agrária pela repercussão da oitava edição do evento. “O espaço se consagra como um importante local de pesquisa, soluções para agricultura. Esse mecanismo de difusão de tecnologia, em termos práticos, é muito importante”. Além das palestras técnicas, o evento contou com a apresentação de José Luis Tejon, da TCA Internacional, que falou sobre “Os sete desafios do agronegócio para 2022”. Com informações da Assessoria de Imprensa da Cooperativa Agrária

Jorge Karl, presidente Agrária

Eduardo Sciarra, deputado federal

Norberto Ortigara, secretário de Estado da Agricultura

Leandro Bren, coordenador da FAPA

Demandas e propostas

Visão dos moageiros No primeiro dia, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Trigo (Abitrigo), Sergio Amaral, falou sobre o futuro do trigo no Brasil na visão dos moageiros. Ele defendeu uma eficiente articulação entre produtores, moinhos e indústrias, em busca de trigo de maior qualidade, diversidade e valor agregado. Amaral destacou o Paraná pelo poder produtivo e a qualidade do cereal do estado. “O Paraná está caminhando na direção correta, com trigo de qualidade e maior diversidade. A Cooperativa Agrária é um exemplo disso: produz uma série de trigos especiais para demandas específicas para setor da panificação, da indústria”, sublinhou.

“Algumas questões precisam ser melhoradas e uma delas é a logística. O custo de transporte é elevado. Para o trigo viajar do Rio Grande do Sul para o NE, custa mais do que o cereal vir da Argentina. É um problema que precisa ser equacionado de modo que facilite o escoamento da produção”, salientou Amaral.

Sergio Amaral, presidente da Abitrigo

Na manhã do dia 17, o presidente da Agrária, Jorge Karl, e líderes do setor tritícola entregaram documento oficial a João Salomão, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A lista com as demandas e propostas da cadeia produtiva do trigo foram elaborada na véspera, durante o Fórum Nacional do Trigo. O documento oficial do VII Fórum Nacional do Trigo está disponível no site da Embrapa Trigo, em http://www.cnpt. embrapa.br/eventos/2012/forum_trigo. html. Entre os pleitos apontados estão mudanças na política de cabotagem (transporte marítimo na costa brasileira), facilitar a importação de insumos agrícolas, melhoria nos instrumentos de apoio governamental para reduzir preços de seguro agrícola, facilitar investimentos na infraestrutura de logística e armazenagem. Outro item de discussão, registrado no documento, foi a solicitação para que o MAPA coordene o processo de equalização do ICMS nas importações e no comércio interestadual, tornando o trigo brasileiro mais competitivo em relação aos concorrentes, em especial do Mercosul. Ainda, um pleito levantado na Câmara Setorial do Trigo do PR, visa atribuir ao MAPA a coordenação de um programa de validação de cultivares de trigo, de forma a assegurar aos produ-

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Documento oficial do VII Fórum Nacional do Trigo encaminhado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Nos dias 15 e 16 de outubro de 2012, foi realizada em Guarapuava (PR) a sétima edição do Fórum Nacional do Trigo. Esse evento reuniu produtores de trigo, suas representações sindicais, dirigentes de cooperativas, indústria e diversos órgãos do governo, ligados à triticultura bras ileira. Destaca-se, neste Fórum, o entendimento comum de que qualquer medida política em busca de incrementar a cadeia tritícola precisa ter como base o entendimento das peculiaridades dessa cadeia produti va, dentre elas: a) O trigo é cultura estratégica e de segurança alimentar; b) A atomização da produção agrícola; c) A sazonalidade da produção agrícola; d) O aumento dos custos de produção do trigo de qualidade; e) A incapacidade da agricultura em regular a oferta em função do clima; f) A dificuldade de segregação e atendimento às exigências de padrões de qualidade em função de déficit de armazenagem; g) A incapacidade do triticultor em regular preço, invocando a intervenção estatal; h) A menor participação da matéria-prima (grão) no preço final ao consumidor. O presente documento apresenta uma visão integrada dos produtores de trigo, das entidades de representação e dos órgãos de governo quanto às necessidades da triticultura nacional. Ao longo do evento, foram discutidas as demandas para fortalecer a cadeia produtiva do trigo no Brasil e que podem ser trabalhadas pelo Governo Federal, de forma especial pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA. Dessa· maneira, foram identificadas e transcritas as seguintes constatações e pleitos: '.

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Há dificuldades logísticas no Brasil, em especial nos portos e nas rodovias, onerando os custos da cadeia produtiva do trigo. Há necessidade de ampliar e atualizar os portos nacionais para terem maior velocidade e capacidade de atuação com navios maiores, reduzindo diretamente os custos. Há Necessidade de mudanças na política de cabotagem. Hoje apenas navios com bandeira brasileira podem atuar neste modal no país, o que aumenta os custos e o tempo de transporte dos produtos, dificultando o escoamento do trigo. Facilitar o processo de importação de insumos agrícolas. Criar linha de financiamento, com juros menores (2% ao ano) e prazos de até 18 anos, a fim de ampliar a capacidade de armazenagem brasileira e modernizar os armazéns existentes, em linha com o programa de certificação de unidades armazenadoras. Há grande necessidade na redução dos preços de fertilizantes. No Brasil, os feltilizantes apresentam dois custos: o custo da matéria prima e o custo nos portos (especificamente o custo de sobre-estadia), dado o tempo de espera que esses produtos apresentam. Isso aumenta os custos dos insumos aos produtores e reduz a competitividade nacional do trigo.

O EGF para o trigo deve ser baseado no preço mínimo ou de mercado, dos dois o maior, tornando-o mais atrativo. Reforçar a utilização da LEC para financiamento às indústrias moageiras, que consomem o trigo nacionaL

Entrega de documento à João Salomão, do MAPA

tores rurais e à indústria a validade das características qualitativas informadas pelos obtentores das cultivares. O documento deverá ser apresentado na próxima reunião ordinária da Câmara Setorial de Culturas de Inverno do MAPA.

Visão das Cooperativas O presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, falou sobre o Futuro do Trigo no Brasil na Visão das Cooperativas. “Nós precisamos que o governo coloque o trigo na pauta do agronegócio. Nos últimos anos, a redução da área plantada no Paraná reflete a necessidade de uma discussão mais profunda. Precisamos que haja um relacionamento no Mercosul, para que possamos definir estratégias de comercialização. Não é possível deixarmos liberada a entrada de trigo em plena colheita da safra brasileira. Isso daria segurança e estabilidade ao setor. Temos desafios dentro da cadeia, em relação à pesquisa de variedades, segregação, entre outros. Precisamos de

uma política agrícola do trigo, envolvendo parlamentares, Congresso Nacional, setor industrial e os produtores”.

Visão do governo O Futuro do Trigo no Brasil na Visão do Governo foi apresentado por João Salomão, coordenador geral para pecuária e culturas permanentes da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), já que o ministro da Agricultura, Jorge Ribeiro Mendes Filho não pode comparecer ao evento.

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eventos como esse são importantes para que o Ministério, em Brasília, possa fazer contatos com outros órgãos envolvidos para buscar soluções para as demandas que foram apresentadas”.

História do trigo Macarrão, Biscoitos e Pão na História da Alimentação Humana foi o tema da palestra ministrada por Dr. Mauro Fisberg, UNIFESP. Segundo o médico, o trigo é, provavelmente, o alimento humano mais antigo. “Foi o alimento que garantiu a preservação da espécie; foi a base de muitos alimentos da alimentação humana, como pão, macarrão, biscoitos, que tem sofrido grandes modificações ao longo dos anos”. Segundo Fisberg, existe uma desinformação na mídia. “A divulgação que produtos a base de cereais engorda não é correta. Temos que avaliar o volume

João Salomão, representante do MAPA

João Paulo Koslovski, presidente da Ocepar

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Segundo Salomão, as demandas feitas serão estudadas. “Algumas reivindicações feitas aqui não dependem exclusivamente do Ministério da Agricultura. Tributação, por exemplo, envolve outros ministérios. O MAPA, por ser o Ministério do produtor rural, está a disposição do setor para buscar as respostas que o setor demanda. Temos mecanismos para isso, precisamos de alguns ajustes, mas

Dr. Mauro Fisberg, da UNIFESP


sugerido. Consumir massa não é o problema e sim a falta de atividade física. A tentativa de retirar o glúten - um dos componentes do trigo, aveia e cevada da alimentação também é um absurdo. Só podemos tirar o glúten se houver uma doença, que é uma alergia”.

Melhoramento de cevada O diretor de pesquisa da AB InBev, Gary Hanning, falou sobre Expectativas do Melhoramento de Cevada da AmBev na América Latina. Em sua palestra, o diretor disse que é preciso não ter medo das novas tecnologias para melhorar a cevada. “Não queremos ser os únicos em melhoramento de cevada no mundo. Estamos agilizando os processos e padronizando-os. Temos que unificar os dados. São feitos 1.000 melhoramentos para se chegar a uma variedade. Precisamos fazer mais melhoramentos, avaliar mais produtos. Estamos trabalhando também com os marcadores moleculares. Estamos estudando como evitar o florescimento antes da hora, entre outros. O mundo da agricultura mudou e temos que fazer mais pesquisa para que a cevada seja mais competitiva”, comentou.

Gary Hanning, diretor da AB Inbev

Palestras simultâneas e dinâmicas de máquinas As tradicionais palestras simultâneas com pesquisadores da FAPA e convidados atraíram centenas de produtores rurais, técnicos , agrônomos, professores e estudantes. As dinâmicas de máquinas também foram um show a parte, com a participação das principais revendas de máquinas agrícolas do município.

Estande do Sindicato Rural atraiu centenas de produtores rurais no WinterShow 2012 Mais de 1 mil produtores rurais passaram pelo estande do Sindicato Rural de Guarapuava no WinterShow 2012. “Recebemos muitos produtores rurais, técnicos e agrônomos parceiros da entidade. Foram dois dias muito válidos, onde toda a nossa equipe esteve presente divulgando o sindicato, esclarecendo dúvidas e associando produtores. Também fizemos a cobertura jornalística para a Revista do Produtor Rural do Paraná. O Sindicato Rural orgulha-se de fazer parte deste evento técnico, como apoiador e expositor. Todos estão de parabéns”, comentou o presidente Rodolpho Luiz Werneck Botelho.

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[Viagem técnica]

Rumo à África

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Sindicato Rural de Guarapuava promoveu no dia 29 de outubro, reunião com produtores rurais sobre uma viagem técnica à Moçambique e África do Sul. O diretor da Câmara de Comércio, Indústria e Agropecuária Brasil-Moçambique (CCIABM), Paulo Rage, apresentou informações sobre Moçambique e o seu potencial de agronegócio. “O país está enfrentando um dos maiores crescimentos econômicos do mundo na última década e continuará nos próximos anos, com muitos projetos agropecuários em andamento e grande potencial. O governo brasileiro está bastante envolvido no programa Pró Savana, que visa o desenvolvimento da savana africana. Ele é baseado no programa de desenvolvimento do Cerrado, que aconteceu na década de 70 e 80 no Brasil. O clima, vegetação e

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solos do Cerrado são bastante parecidos com a savana africana. Esse programa é trilateral; envolve o governo do Brasil, Japão e Moçambique”. Um grande atrativo de Moçambique é o regime de concessão de terras por 50 anos. “O produtor não precisa pagar pela terra. Além disso, o imposto similar ao ITR no Brasil, equivale a 1 dólar o hectare anual. Também existem incentivos tributários para compra de equipamentos e insumos”. Representantes da empresa Terra Nova Turismo (TNT) apresentaram um roteiro, incluindo a participação no Congresso Mundial de Soja, que acontece em Durban, na África do Sul. A viagem está prevista para acontecer de 09 a 22 de fevereiro de 2013. Outras informações pelos telefones (42) 3623-1115 ou (43) 3323-8745.

Paulo Rage, diretor da Câmara de Comércio, Indústria e Agropecuária Brasil-Moçambique


[Adubação foliar]

Efeito da aplicação de doses de nitrogênio complementar em dois estádios fenológicos da cultura da soja Jackson Huzar Novakowiski, Jaqueline Huzar Novakowiski, Alex Natã Bazzanezi, Valmiler Vidal, Fabiano Pacentchuk, Acadêmicos de Agronomia da UNICENTRO, Itacir Eloi Sandini, Prof. UNICENTRO.

Introdução No Brasil, na safra 2010/11 o cultivo de soja ocupou uma área estimada em 24,2 milhões de hectares, com produtividade média de 3115 kg ha-1 (CONAB, 2012), fazendo que o país seja um dos maiores produtores mundiais. No desenvolvimento da cultura, um importante nutriente é o nitrogênio (N), que pode ser obtido do solo, a partir da decomposição da matéria orgânica, de fertilizantes nitrogenados e da associação simbiótica com bactérias do gênero Bradyrhizobium através da fixação do nitrogênio atmosférico (CAMPOS, 1999). O fato de o Brasil ser um dos principais produtores de soja é em função do suprimento das necessidades da cultura pelo N através da fixação simbiótica por bactérias. De acordo com Ritchie et al. (1997) a bactéria infecta as raízes da planta ocasionando a produção de nódulos logo no estádio V1. Ao longo dos estádios vegetativos de desenvolvimento, o número de nódulos aumenta juntamente com a taxa de fixação do N2. Por volta do estádio de florescimento (R2) a taxa de fixação do N2 aumenta significativamente, atingindo o seu pico no estádio de enchimento de grãos (R5), e decresce rapidamente a seguir. Entretanto, fatores como o avanço da semeadura direta na Região do Cerrado, o lançamento de cultivares com teto elevado de produtividade e resultados de pesquisa, obtidos nos Estados Unidos (WESLEY et al., 1998; LAMOND e WESLEY, 2001), com resposta da soja à aplicação tardia de N, no pré-florescimento e no início do enchimento de grãos, voltaram a gerar dúvidas sobre a necessidade de se adubar a soja brasileira com fertilizantes nitrogenados.

Cabe considerar que quando se utiliza a ureia, podem ocorrer perdas elevadas de N por volatilização (BARBOSA FILHO e SILVA, 2001), especialmente quando a aplicação é feita sobre a palhada, como ocorre no sistema de semeadura direta, o que reduz a eficiência da adubação nitrogenada sobre a cultura. Contudo, atualmente existem no mercado fertilizantes de liberação lenta e controlada que atrasam a disponibilidade inicial dos elementos nutrientes ou incrementam a sua disponibilidade no tempo através de diferentes mecanismos. Boaretto e Rosolem (1987) preconizaram a adubação foliar na cultura do feijoeiro como complemento à adubação tradicional, principalmente de nitrogênio, com o objetivo de reduzir o efeito das perdas do nutriente no solo. Desta forma o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de doses de nitrogênio em complementação via foliar na cultura da soja.

Material e Métodos O experimento foi conduzido na fazenda Galo Vermelho durante a safra agrícola 2011/2012 no município de Guarapuava (PR). A área experimental apresenta altitude aproximada de 1100 m e o seu solo é do tipo Latossolo Brno Distroférrico típico. O clima da região, segundo a classificação de Köppen, é do tipo Cfb. O experimento foi implantado em blocos ao acaso com parcelas subdivididas. Na parcela principal dois diferentes estádios de aplicação R1 e R5, nas subparcelas, 5 doses do produto Nitamin® (0, 5, 10, 15 e 20 L ha-1). O Nitamin® é um produto comercializado na forma liquida, apresentando concentração de

33% de nitrogênio (p/v), e comercializado pela empresa Agrichem. Cada unidade experimental foi constituída de quatro linhas com espaçamento entre linhas de 0,40 metros e comprimento de 4,5 metros, sendo avaliadas as duas linhas centrais. O experimento foi implantado em sistema de plantio direto onde a área no período de inverno foi utilizada por pastagem de aveia + azevém e pastoreada por bovinos de corte. A cultivar foi utilizada foi AFS 110 RR com semeadura efetuada no dia 10/12/2012. No momento da semeadura foi realizada a inoculação das sementes com a bactéria Bradyrhizobium japonicum. A adubação de base foi realizada com 60 e 40 kg ha-1 de P2O5 e K2O, respectivamente. As variáveis avaliadas foram produtividade e massa de mil grãos. A produtividade foi obtida a partir da colheita das duas linhas centrais de cada parcela, posteriormente foi realizada a pesagem e determinação do teor de umidade, sendo assim corrigido a 13% e estimada a produtividade em kg ha-1. A massa de mil grãos foi realizada pela contagem e pesagem de 300 sementes, expressando-se os valores em gramas. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância por meio do programa estatístico Sisvar e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade para o fator qualitativo (estádio de aplicação) e por regressão polinomial para o fator quantitativo (doses de Nitamin®), buscando-se o modelo que melhor expressasse a relação entre a variável independente (doses de Nitamin®). Foram testados modelos lineares e quadráticos e a escolha foi baseada na significância (menor que 5%).

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Resultados e Discussões Na Tabela 1 estão apresentados os dados comparando os dois diferentes estádios para produtividade e massa de mil grãos. Não houve diferença significativa para produtividade, no entanto para massa de mil grãos houve diferença significativa, onde a aplicação do Nitamin® em R1 apresentou ganho na massa de grãos de 1,67% (2,51 g) em relação a aplicação em estádio R5.

Tabela 1: Produtividade e massa de mil grãos de soja com aplicação de Nitamin® no estádio fenológico R1 e R5. Guarapuava, PR, 2012.

Estádio

Produtividade (kg ha-1)

Massa de mil grãos (g)

R1

3842 a

152,58 a

R5

3807 a

150,07 b

Média

3825

151,33

Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Figura 1. Produtividade de grãos de soja com a aplicação de doses crescentes de Nitamin® aplicado em diferentes estádios de desenvolvimento da cultura da soja. Guarapuava, PR, 2012.

Com base na Figura 1, foi verificado resposta quadrática a 1% de probabilidade. A aplicação realizada em R1 para produtividade teve a máxima eficiência técnica de 3944 kg ha-1 obtida com a utilização de 11,7 L ha-1 do Nitamin® tendo-se um incremento na produtividade de 265 kg ha-1. Enquanto que, no estádio R5 a máxima eficiência técnica de 3893 kg ha-1 seria obtida com a aplicação de 13,0 L ha-1 do Nitamin® proporcionando incremento na produtividade de 249 kg ha-1. Com relação à massa de mil grãos (Figura 2), foi verificado resposta quadrática a 1%. Os maiores ganhos em incremento da massa de grãos foi obtido com aplicação do Nitamin® em R1, e o estádio de R5 seguiu a mesma tendência mas com menor expressividade. Assim, verificou-se que a aplicação do fertilizante Nitamin® complementar em R1, proporcionou as maiores alterações na massa de grãos e como conseqüência provável na produtividade.

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Figura 2. Massa de grãos com a aplicação de doses crescentes de Nitamin® aplicado em diferentes estádios de desenvolvimento da cultura da soja. Guarapuava, PR, 2012.

Conclusões A adubação complementar de nitrogênio mostra-se como uma alternativa viável para incrementar a produtividade da cultura da soja, buscando explorar o potencial produtivo da cultura. A aplicação complementar de nitrogênio apresenta resposta mais efetiva quando aplicado no estádio de R1 na dose de 11,7 L ha-1 do Nitamin®.

Agradecimentos Agradecemos ao produtor rural Sr. Cláudio Marques de Azevedo pelo apoio logístico, a empresa Agrichem pelo fornecimento dos produtos, a UNICENTRO pela carga horária destinada a pesquisa, a toda equipe envolvida pelo comprometimento na execução do trabalho e ao Sindicato Rural de Guarapuava pela veiculação dos resultados através da Revista do Produtor Rural. Muito obrigado a todos.

Referências BARBOSA FILHO, M. P.; SILVA, O. F. Adubação de cobertura do feijoeiro irrigado com uréia fertilizante em plantio direto: um ótimo negócio, Informativo Agronômico, v. 93, 2001. p.1-5. BOARETTO, A. E.; ROSOLEM, C. A. Adubação foliar: conceituação prática. In: II Simpósio Brasileiro de Adubação Foliar, Anais, Botucatu: Fundação de Estudos Agrícolas Florestais, 1987. CAMPOS, B. C. Dose de inoculante turfoso para soja em plantio direto. Ciência Rural, Santa Maria, v. 29, n. 3, p. 423-426, 1999. CONAB. Companhia Nacional de Abastecimento. Disponível em <http://www.conab.gov.br/conabweb/index.php?PAG=1312010> acesso em 21 de agosto de 2012. LAMOND, R.E.; WESLEY, T.L. Adubação nitrogenada no momento certo para soja de alta produtividade. Informações Agronômicas, v.95, p.6-7, 2001. RITCHIE, S.W.; HANWAY, J.J.; THOMPSON, H.E. & BENSON, G.O. Como a planta de soja se desenvolve. Traduzido do original: Hoe a soybean plant develops. Special Report n.53 (Reprinted June, 1997). Ames,Iowa State University of Science and Technology Cooperative Extension Service, 1997.(POTAFOS. Arquivo do Agronômico, 11). WESLEY, T.L.; LAMOND, R.E.; MARTIN, V.L.; DUNCAN, S.R. Effects of late-season nitrogen fertilizer on irrigated soybean yield and composition. Journal of Production Agriculture, v.11, p.331-336, 1998.


[Soja]

Recordista de produtividade da CESB realiza palestra em Guarapuava

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oi realizada no dia 31 de agosto uma palestra sobre “Manejo de lavouras de altas produtividades”, proferida pelo Ivo Frare, diretor técnico da Fazenda Mutuca, localizada em Arapoti – PR. O evento foi uma iniciativa da empresa Agrichem S/A em parceria com a Agropantanal, canal de distribuição da Agrichem em Guarapuava. Durante duas horas e meia, foi discutido o manejo realizado na Fazenda Mutuca, que na safra passada atingiu a produtividade de 103 scs/ha em um talhão inscrito no concurso de produtividade da CESB, Comitê Estratégico Soja Brasil, que visa difundir as boas práticas agrícolas adotadas nas lavouras que atingem alta produtividade. Com essa marca, a Fazenda Mutuca ficou em segundo lugar no ranking da CESB a nível nacional e em primeiro na região Sul do país. Os pontos ressaltados na palestra foram o manejo adequado das variedades atuais de soja, fertilidade do solo em profundidade e nutrição adequada das plantas. Vale a pena lembrar que a Fazenda Mutuca adota o uso do PAM Nutri (Programa Agronômico de Monitoramento Nutricional), ferramenta disponibilizada pela Agrichem para cálculo de adubação equilibrada, além de realizar todo o tratamento de sementes e aplicações foliares com os produtos do portfólio da empresa.

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[Meio ambiente e produção agrícola]

A FAEP e os desafios do Código Florestal Ágide Meneguette, presidente do Sistema FAEP

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os últimos anos, nossa Federação se mobilizou na defesa dos produtores em busca de um Código Florestal justo e racional. Foram sucessivos desafios e batalhas acentuados com um decreto presidencial, em 2008, que regulamentava crimes ambientais e colocava na ilegalidade 90% dos produtores rurais do país. Prevíamos que seriam enfrentados no horizonte sucessivos embates, na medida que o comportamento de ambientalistas radicais se acirrassem. A FAEP, em 2009, organizou em oito cidades do interior do Estado reuniões com cerca de 25 mil produtores no primeiro grande alerta sobre as mudanças que iriam ocorrer no novo Código Florestal. Desses encontros surgiram propostas encaminhadas ao Congresso Nacional. Era, porém, apenas o início da caminhada. Depois de acompanhar com nossos técnicos, lideranças e parlamentares a Comissão Especial do Código Florestal presidida pelo deputado Moacir Micheletto e que tinha como relator o deputado Aldo Rabelo, tivemos o grande evento na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A FAEP e os Sindicatos organizaram e levaram à capital federal 4.500 produtores que, juntos a outros milhares de todos o país, deram um recado à Nação sobre a importância da agropecuária na economia brasileira e a necessidade de existir, sim, uma nova legislação ambiental, mas adequada e responsável. No ano passado e neste 2012 centramos nossas atividades junto à Câmara e ao Senado Federal acompanhando a tramitação legislativa do novo Código. Queremos agradecer a mobilização incansável dos nossos Sindicatos e dos produtores rurais, e a compreensão e a consciência da maioria das nossas representações naquelas Casas ao votarem

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em favor dos interesses do produtor e do nosso Estado. Paralelamente a essas atividades, fizemos uma série de publicações e documentos emitidos nesse período. E agora a FAEP distribuirá - via Sindicatos Rurais - uma cartilha com os principais artigos do novo Código aos produtores paranaenses. No dia 18 de outubro, a presidente Dilma Roussef mediante decreto presidencial alterou a medida provisória aprovada pelo Congresso Nacional, com nove vetos. O texto aprovado, julgamos, não atende totalmente os interesses da produção, mas no caso específico do Paraná, onde 92% das propriedades rurais tem até 4 módulos fiscais (72 hectares), os vetos praticamente não as atingem. O comportamento da presidente ao impor os vetos, porém, feriu pela segunda vez decisões soberanas do Congresso, sem que os dispositivos afetados agredissem a Constituição Federal. Tanto o Senado que representa a vontade dos estados da Federação como a Câmara que interpreta as aspirações do povo, tiveram seus papéis substituídos por meio de decreto, numa decisão pouco democrática. De qualquer forma, A FAEP orgulha-se de ter participado desse importante momento histórico, representando, o produtor paranaense em todo o longo e difícil processo de negociação no Congresso Nacional, além de ter se empenhado no esclarecimento dos parlamentares, dos formadores de opinião e também da comunidade sobre as implicações econômicas e ambientais do Novo Código. E continuará atenta, com aos desdobramentos e impactos que poderão ocorrer com a regulamentação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa de Recuperação Ambiental (PRA).


Presidente da CNA destaca avanços do novo Código Florestal, mas defende que Congresso Nacional analise vetos do Executivo A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, disse que, apesar dos vetos da presidente Dilma Rousseff a alguns itens da Medida Provisória (MP) que complementa o novo Código Florestal, houve vários avanços na legislação ambiental durante as discussões no Congresso Nacional. Um dos pontos positivos destacados por ela foi a segurança jurídica que os produtores rurais terão a partir de agora. “O pior dos mundos é você não saber onde está e como está sua situação. Agora os produtores rurais saberão seus direitos e suas obrigações em relação à questão ambiental”, justificou a senadora. Outro fator importante, na sua avaliação, é que a nova lei pôs fim à hegemonia das ONGs (Organizações Não-Governamentais) sobre o Ministério do Meio Ambiente e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos recursos Naturais Renováveis). “Isso chegou ao fim e esses

órgãos tornam-se republicanos novamente”, enfatizou. Ao avaliar os vetos da presidente a alguns pontos da MP, publicados no dia 18 de outubro no Diário Oficial da União, ela afirmou que não discorda de todos. Um dos vetos defendidos por ela diz respeito ao plantio de árvores frutíferas na beira dos rios para a recomposição de Áreas de Preservação Permanente (APPs). “Pode trazer riscos para a água, porque sem a aplicação de defensivos na fruticultura, não há produtividade e competitividade”, explicou. Defendeu, no entanto, a reavaliação de outros itens barrados pela presidente. “A discussão ainda não acabou. Temos a possibilidade constitucional de avaliar esses vetos”, completou a senadora. Disse que, democraticamente, os vetos são “uma prerrogativa da Presidência da República, mas esperamos que o Congresso Nacional também exerça sua obrigação de colocar os vetos à prova. Tenho

certeza que o Congresso votará, de forma unânime, como votou nas outras oportunidades”, disse a presidente da CNA, negando que a decisão da presidente Dilma represente uma derrota aos parlamentares ligados ao setor agropecuário. “Se existe uma derrota, só se for derrota de Pirro, porque tivemos muitas conquistas ao longo deste processo. Se como produtora rural eu não estou 100% satisfeita, me considero 100% contemplada como cidadã”, enfatizou. Segundo a senadora, um dos vetos que devem ser analisados pelo Legislativo é o que trata do fim da obrigatoriedade de averbação das áreas de reserva legal em cartório. Com esta decisão do Executivo, o registro da área averbada volta a ser condicionante para que o produtor obtenha financiamento junto aos bancos oficiais. “Temos todos os mecanismos tecnológicos para identificar onde há reserva legal, e a averbação trará uma enorme burocracia neste processo”, completou.

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[Cultura]

Música erudita e popular no Sindicato Rural

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Fotos: Manoel Godoy/SRG

Sindicato Rural de Guarapuava sediou, no dia 25 de outubro, a apresentação do Quarteto de Cordas Iguaçu. A apresentação faz parte do Circuito Cultural - Música - do SESI. Conhecido pela aproximação com o público durante suas apresentações, o grupo tocou um repertório que uniu música erudita e popular de uma forma didática para a plateia. O repertório incluiu vários estilos musicais, com clássicos internacionais e brasileiros. Em 28 anos de atividades, o grupo já executou cerca de 800 concertos e possui cinco discos. O Quarteto Iguaçu é formado pelos músicos Faisal Hussein (violoncelo), José Maria Magalhães Silva (viola), Rafael Stefanichen Ferronato (violino) e Waleska Sieczwoska (violino).

Maria N. Camacho, Tede W. G. Camacho (Gerente do Sesi), Faisau Hussein, Waleska Sieczwoska, Rafael Stefanichen e José Maria M. Silva (Quarteto de cordas), Adriane e Cláudio Azevedo, Neuza e Anton Gora, Luciana Q. Bren (Sindicato Rural)

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[Direito]

SANDER & RUSCHEL SANDER ADVOGADOS ASSOCIADOS, OAB/PR 3.255 CID MARCELO SANDER, Advogado, OAB/PR 41.010 FERNANDA RUSCHEL SANDER, Advogada, OAB/PR 50.991 TED MARCO SANDER, Advogado, OAB/PR 41.106

Funrural: Último round

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s amigos produtores rurais, por intermédio deste conceituado periódico puderam acompanhar alguns artigos de nossa autoria, pertinentes à discussão jurídica pela exoneração do pagamento do Funrural pelos empregadores rurais pessoas físicas. Apenas para relembrar, o ápice da controvérsia ocorreu no dia 03/02/2010, quando a Suprema Corte brasileira proferiu a decisão unânime, nos autos do Recurso Extraordinário nº 363.852/MG (conhecido como “processo do Frigorífico Mataboi”). Após a publicação dessa decisão paradigma que, em síntese, desobrigou os empregadores rurais pessoas físicas do pagamento do Funrural, milhares de ações foram protocoladas no Judiciário Federal brasileiro, buscando a mesma solução jurídica. Dentre algumas dúvidas que permeavam os atuantes nesses processos judiciais, duas ganharam relevo e passaram por longos debates jurídicos. O primeiro deles foi quanto a possibilidade de requerer a restituição do Funrural dos últimos 10 ou 5 anos, contados do ajuizamento da ação. Havia um entendimento de que as ações ajuizadas até o dia 8 de junho de 2010, possibilitariam ao produtor rural requerer a restituição dos valores pagos a título de Funrural, referente aos últimos 10 anos. Tal entendimento era em decorrência de jurisprudência firme do Superior Tribunal de Justiça, que fez sua interpretação sobre a Lei Complementar Federal nº 118/2005. Contudo, no dia 04/08/2011, o Supremo Tribunal Federal proferiu decisão sobre o mesmo assunto, e alterou o entendimen-

to que antes prevalecia. Assim, restou por este Tribunal Superior pacificado que somente as ações ajuizadas até 120 dias após a publicação da Lei Complementar nº 118/2005, ou seja, precisamente até o dia 09/06/2005, é que possibilitariam requerer a restituição dos valores pagos nos últimos 10 anos. Assim, em resumo, todas as ações que foram ajuizadas após o dia 09/06/2005 só podem requerer a restituição do Funrural pago nos últimos 5 anos. O segundo assunto que nos referimos ter ganhado destaque nas discussões jurídicas nos autos de restituição do Funrural e ainda não definitivamente resolvido, é com relação ao retorno imediato e retroativo da tributação de 20% + SAT (que varia de 1% a 3%) sobre o total da remuneração paga aos empregados rurais, bem como a apuração desse valor e sua compensação com o valor a restituir ao produtor rural que judicialmente está buscando a devolução do Funrural. Essa tese, favorável aos cofres do Governo Federal, passou a ser repetida em todas as defesas processuais oferecidas pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, nos processos ajuizados pelos produtores rurais requerendo a restituição do Funrural e, em parcela considerável, foi acolhida pelos Juízes e Desembargadores Federais, especialmente do nosso Tribunal Regional Federal da 4ª Região (2ª instância da Justiça Federal para os estados do PR, SC e RS). Ocorre que, como haviam centenas de processos tratando do mesmo assunto, o Tribunal local selecionou alguns processos sobre o tema discutido, alçando-os como representativos da controvérsia, e

remeteu-os aos Tribunais Superiores em Brasília para que estas Cortes manifestassem o seu entendimento sobre o assunto. Pois bem, estamos acompanhando o deslinde da discussão e, nestes últimos dois meses (setembro e outubro de 2012) o Superior Tribunal de Justiça vem decidindo sobre o assunto a que nos referimos e, infelizmente, ao que tudo indica, está confirmando a tese do retorno imediato e retroativo da tributação de 20% + SAT sobre o total da remuneração paga aos empregados rurais, bem como a compensação desse valor com o montante a restituir ao produtor rural que judicialmente está buscando a devolução do Funrural. Para os menos afeitos com a linguagem jurídica, fica simples de entender: se um produtor rural que ajuizou ação de restituição do Funrural, e apurou que o valor seria de R$ 100.000,00 pago nos últimos 5 anos, caso a tese defendida pelo Governo Federal obtenha êxito, não mais receberá esse montante integral, mas tão somente, esse valor descontado do valor apurado pela aplicação da alíquota de 20% + SAT sobre o total da remuneração paga aos seus empregados rurais nos últimos 5 anos. Possivelmente este assunto seja o último embate jurídico com relação ao Funrural, salvo uma reviravolta inesperada do Supremo Tribunal Federal com relação a constitucionalidade do Funrural por meio da Lei nº 10.256/2001, objeto de análise no Recurso Extraordinário nº 596.177/RS ainda não transitado em julgado. No mais, os trâmites processuais serão para liquidação de valores e demais procedimentos para recebimento dos mesmos. Revista do Produtor Rural

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[Câncer de mama]

Outubro Rosa

conscientiza sobre a prevenção de câncer do colo de útero e de mama Como surgiu o Outubro Rosa? O movimento começou nos Estados Unidos, na década de 90, onde vários Estados tinham ações próprias ligadas ao câncer de mama e a mamografia no mês de outubro. A seguir, o Congresso Americano aprovou o mês de outubro como mês nacional (americano) de prevenção do câncer de mama. Posteriormente em 1997, entidades das cidades de Yuba e Lodi nos Estados Unidos, começaram a comemorar e promover ações voltadas à prevenção do câncer de mama, chamado Outubro Rosa. Você sabe o que é o Outubro Rosa e qual seu objetivo? É um movimento popular muito conhecido e comemorado em todo o mundo. O nome remete à cor do laço rosa, símbolo mundial da luta contra o câncer de mama. O objetivo desse movimento mundial é aumentar a cada ano a união das pessoas pelo Outubro Rosa, chamando atenção do público para a realidade atual do câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce. Por ser um grande movimento, estimula a participação da população, empresas e entidades. Por isso, é essencial conscientizar todas as mulheres, a partir dos 40 anos, da necessidade de reservar um dia por ano para o exame de mamografia. Curiosidade Outubro Rosa: Monumentos iluminados de rosa? Iluminar monumentos de rosa é uma das grandes ações desse movimento. São iluminados prédios públicos, pontes, teatros, e famosos monumentos como a Tor-

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Revista do Produtor Rural

re de Pisa na Itália e o Arco do Triunfo na França. É uma forma prática de expandir e divulgar o Outubro Rosa para a população, e pode ser feita em qualquer lugar, bastando apenas adequar a iluminação já existente. A popularidade do Outubro Rosa alcançou o mundo de forma bonita e feminina, motivando todos em torno de uma boa causa. Por isso, a iluminação em rosa é importante, pois se tornou uma leitura visual, compreendida em qualquer lugar do mundo. Dúvidas sobre os exames clínicos das mamas? Veja aqui: As mulheres, a partir dos 40 anos, devem realizar o exame clínico das mamas anualmente. Além disso, toda mulher, entre 50 e 69 anos, deve fazer uma mamografia a cada dois anos. As mulheres com caso de câncer de mama na família (mãe, irmã, filha diagnosticadas antes dos 50 anos) ou aquelas que tiverem câncer de ovário ou câncer em uma das mamas, em

qualquer idade, devem realizar o exame clínico e mamografia, a partir dos 35 anos de idade, diariamente. Conheça os principais sintomas do câncer de mama Os sintomas do câncer de mama palpável são o nódulo ou tumor no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como contrações ou um aspecto semelhante à casca de uma laranja. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila.

O diagnóstico precoce, se identificado no início,possibilita a cura em até 90 % dos casos.

Portanto não deixe pra depois, escolha agora o seu DIA ROSA.

Campanha em prol do Câncer de Mama mobiliza entidades e empresas em Guarapuava Durante todo o mês de outubro em Guarapuava, empresas e entidades realizaram ações de conscientização sobre a importância da prevenção do câncer de mama e do colo de útero. A Secretaria de Saúde de Guarapuava em conjunto com as Farmácias Trajano, Clube Soroptimistas de Guarapuava e Conselho da Mulher Executiva da ACIG (Ceme) realizaram uma caminhada no Centro da cidade no dia 20 de outubro para mobilizar a população pela causa. Outras instituições como a Associação do Centro-Oeste do Paraná de Estudos e Combate ao Câncer (Acopecc), Unimed, Grupo Diário e Faculdade Campo Real colaboraram na divulgação da campanha Outubro Rosa.


[Fitossanidade]

A importância da Tecnologia de Aplicação para o Trato Cultural

Jeferson Luís Rezende

É RTV da INQUIMA. Membro voluntário de pesquisas do NATA/PR-UNICENTRO. Foi piloto agrícola.

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correto manejo das lavouras vem se mostrando como um dos “gargalos” operacionais mais importantes da atividade agropecuária. Muito tem se falado de tecnologia de aplicação fitossanitária e, das diversas opções de tratamentos existentes: Pontas – Volumes de Vazões – etc. Porém, passa safra, entra safra e, as dúvidas continuam. O pesquisador da UNESP/Botucatu, Dr. Ulisses Antuniassi, disse durante um treinamento promovido para técnicos e produtores, de uma Cooperativa da região de Guarapuava, que fica aflito quando um produtor pergunta para ele: “qual o bico melhor para realizar as suas aplicações?” Como ele disse: não é qual o bico, mas, quais “os” bicos (pontas) devem existir disponíveis na barra de pulverização da máquina. Isso porque, não existe uma ponta perfeita que contemple todas as necessidades operacionais e todas as condições ambientais. Dito isso, gostaríamos de ressaltar alguns pontos a respeito da tecnologia de aplicação e das possibilidades de recursos disponíveis. 1º ) Os pulverizadores devem ser revisados regularmente. Precisam conter manômetro funcionando e, todas as pontas devem estar em bom estado; 2º ) Preferencialmente, deve-se possuir pelo menos dois jogos de pontas na

barra (no mínimo!): sendo um para gerar gotas médias/finas e o outro para gotas médias/grossas. Desta forma, o operador terá condição de trabalhar ao longo do dia, com qualidade – eficácia e, segurança ambiental; 3º ) Existem no Brasil ADJUVANTES que colaboram com o aumento da deposição no dossel foliar, eliminam espumas e borras, reduzem perdas por evaporação/fotodecomposição e deriva, minimizam e até erradicam a presença de fitotoxidade. Bem posicionados, são ferramentas de apoio estratégicas para uma aplicação fitossanitária sem problemas; 4º ) Horário de aplicação é algo que precisa ser respeitado. As aplicações realizadas no período da manhã, até as 11h, conseguem obter um ótimo desempenho, principalmente porque a planta possui uma capacidade de absorção melhor, quando comparada com as aplicações entre as 12h até as 15h. Estas, pelo estresse causado pela alta temperatura e baixa umidade, são afetadas pela baixa ou muito pouca capacidade de absorção. Com isso, parte do ativo depositado acaba se deteriorando pela ação da luz do sol e da temperatura. Aplicações noturnas são muito interessantes para alguns produtos/ativos, como os fungicidas. 5º ) Pontas: tipo Leque Simples – sem indução de ar ou, Duplo Leque – sem indução de ar, são as que conseguem alcançar o melhor espectro de gotas. No nosso entendimento, pontas com Indução de Ar

são muito específicas: para uso em dessecações, por exemplo. Não geram gotas de boa qualidade e possuem grande dificuldade para realizar uma boa deposição no baixeiro. Isso, mesmo em regiões com presença de ventos mais intensos. Observa-se que o trato cultural em si, não é tão complexo ou difícil. Exige sim, respeito a questões técnicas e as condições ambientais. Mas tudo isso é plenamente factível. É uma questão de normatização e padronização dos serviços na propriedade.

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[Campanha Imposto Beneficente]

Socorro aos idosos Sueli Karling Engenheira agrônoma, Mestre em Economia, Doutora em Agronomia pela Universidade Federal do Paraná

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dia começa às sete horas com um banho bem quentinho, seguido do café da manhã, que é a primeira das seis refeições do dia. Refeições estas que são intercaladas por atividades concernentes à idade e que visam a manutenção das capacidades físicas e mentais das pessoas ali recebidas. Estamos falando dos idosos atendidos pelo Serviço de Obras Sociais “Airton Haenisch”, S.O.S. Guarapuava. Esta tradicional instituição, reconhecidamente eficiente atende idosos desamparados há 46 anos. Por idosos desamparados entende-se aqueles que tenham idade superior a 60 anos, que não apresentam qualquer tipo de doença mental e que realmente não tenham nenhum responsável. As atividades desenvolvidas com os idosos abrangem as necessidades básicas, os cuidados com a saúde, as questões psicossociais, religiosas e ainda todos os cuidados para um final de vida digno de todo ser humano. Os vovozinhos contam com enfermeiras, fisioterapeutas, cabeleireiro, barbeiro e manicure, se socializam em festas, bailes e passeios. Tudo promovido com muito carinho pela equipe envolvida. A capacidade de atendimento é de 60 idosos. O eficiente funcionamento desta casa conta com a ajuda de 11 funcionários, 3 irmãs de caridade da Congregação Sagrada Família e ainda inúmeros voluntários. Voluntários que ao longo do ano participam do dia-a-dia do asilo e também nas diversas promoções para captação de recursos. Recurso, este e o nosso foco. Segundo o coordenador da instituição Leônidas Marcondes Ribas, o S.O.S. é mantido basicamente por doações, promoções e uma pequena parcela pelo governo municipal (aproximadamente 7% dos custos mensais e os honorários de uma fisioterapeuta). As doações são das mais diversas formas: roupas usadas que geram um bazar, esporádicas cestas básicas, doações de produtos de pequenos agri-

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cultores através do Programa Mesa Brasil, do SESC e também de doações em dinheiro. Esta última conta com a facilidade da equipe do S.O.S. buscar em domicílio, mediante apresentação de identificação e de recibo da instituição. Doadores nesta modalidade são tidos como associados. Como vimos em edições anteriores, a Lei 12.213/2010 permitiu que se destine parte (6% pessoa física, 1% pessoa jurídica) do imposto de renda também para o Fundo para o Idoso. Uma vez arrecadado, este montante é repassado às instituições que atendem aos idosos, desde que estejam devidamente cadastrados no Conselho Municipal do Idoso, mediante projeto comprovando o uso deste recurso e sempre fiscalizado pelo Tribunal de Contas da União. Em Guarapuava existem muitas entidades que atendem aos interesses dos idosos que poderão receber estes recursos assim que providenciarem os devidos cadastramentos, o que deve ocorrer num futuro bem próximo. Atualmente somente o S.O.S. Guarapuava está cadastrado no Conselho Municipal do Idoso. Lembrando ainda que a Lei 8.069/1990 sofreu alterações através da Lei Ordinária 12.594. Mudou o prazo para a destinação, ou seja, pode coincidir com o pagamento do imposto de renda, porém, somente 3% do total a ser pago, e ainda caso a soma com os demais valores destinados ao longo do ano anterior não ultrapasse os 6% de dedução. Assim os 3% restantes devem ser pago até o último dia útil do ano anterior. Portanto, além de todas as entidades assistenciais voltadas ao bem estar da criança e do adolescente foi aberta mais um possibilidade de fazer o bem a quem realmente necessita. Então, caro leitor, se você já é um contribuinte que destina parte do seu imposto de renda a estas entidades comprovadamente carentes, ótimo e por favor divulgue com afinco esta atitude. Se não, junte-se a nós na busca de melhoria da vida destas pessoas tão desprovidas de recursos.


Agenda de leilões: 25/11/2012 Domingo - 15h

Leilão de Gado Geral

Pitanga

02/12/2012 Domingo - 15h

Leilão de Gado Geral

Turvo

08/12/2012 Sábado - 20h

Leilão Fim de Ano Gado Geral

Guarapuava


[Serviços]

Sindicato Rural emite 830 declarações de ITR

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erminou no dia 28 de setembro, o prazo para os proprietários rurais apresentarem a declaração do Imposto Territorial Rural (ITR). O Sindicato Rural preencheu e entregou 830 declarações do imposto em Guarapuava e nas Extensões de Base Candói/Foz do Jordão e Cantagalo. Neste ano, os produtores rurais tiveram 29 dias úteis para emitir o documento, mas quem perdeu o prazo, ainda pode declarar. No entanto, terá que pagar multa, além de juros e correção monetária. Enquanto não colocar o imposto em dia, o proprietário fica impedido de obter a Certidão Negativa de Débitos (CND) da Secretaria da Receita Federal (SRF), indispensável nas transações imobiliárias. O atraso na entrega do ITR também impede o proprietário de obter financiamentos ou crédito junto a instituições financeiras oficiais. O associado Jaciel do Valle conta que sempre recorre ao Sindicato para fazer a declaração por confiar no serviço prestado. “Faço aqui há uns 15 anos porque é mais prático e tenho confiança no pessoal. Já é de praxe, todo ano estamos aqui para fazer o ITR”. Ele também comenta que a entidade avisa o associado para que não deixe de declarar. “Recebo tanto no e-mail quanto no celular os avisos. Assim, não tem como esquecer”.

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Guarapuava

Candói


[Tratamento de semente]

CERTEZA da IHARA, é uma importante ferramenta no bloqueio ao Mofo Branco (Sclerotinia sclerotiorum). Único fungicida registrado para controle de mofo branco na semente de soja e feijão Por Engº Agr. Fábio Gomes Nascimento Engº Agr. Leendert C. de Geus Neto

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ão é de hoje que o tratamento de sementes de soja e feijão é indispensável para o manejo e estabelecimento inicial das culturas, principalmente por garantir “stand”, vigor germinativo, controle de doenças sendo fundamental para não disseminação de mofo branco. “A doença é um dos principais problemas enfrentados pelos produtores de soja e feijão no mundo, pois o fungo se prolifera de forma fácil e rápida nos campos resultando em difícil controle. Muitos produtores brasileiros já foram atingidos pelo mofo branco e registraram prejuízos na produção em decorrência da doença”, afirma o Engº Agrônomo da IHARA, Leendert C. de Geus Neto. Já foi comprovado que a principal forma de disseminação da doença é via semente, não pelo escleródio (facilmente

Adesividade Fundamental para proteção da semente.

eliminado pelo beneficiamento), mas sim pelo micélio do fungo dormente dentro da semente, o qual não é eliminado através do beneficiamento. A taxa de disseminação é variável conforme a opinião dos fitopatologistas, variando entre 9, 1 e 0,1%. Se considerarmos 0,1%, teremos 300 novos focos por hectare para uma população de 300 mil plantas/ha. Em aproximadamente um ano, a área afetada pela doença cresceu de 2,5 milhões de hectares em 2011 para 3,9 milhões em 2012, com estimativas de 6 milhões de hectares para os próximos anos, conforme foi abordado por pesquisadores no Encontro Internacional de Mofo Branco, realizado em Ponta Grossa – PR, no mês julho deste ano. Além do mofo branco, outras doenças também podem ser transmitidas via semente, como Fusarium, Phomopsis,

*Sementes infectadas e tratadas

Cercospora, Colletotrichum, Rizoctonia, as quais também são controladas pelo CERTEZA. Vários órgãos de pesquisas, como FAPA e Fundação ABC, já submeteram o produto a testes e sempre obtiveram resultados positivos. Além desses resultados, pode-se observar outras características, como boa aderência na semente; velocidade de germinação; sanidade de cotilédones e desenvolvimento radicular. CERTEZA é um fungicida com dois ingredientes ativos que juntos possuem três mecanismos de ação. O produto é hoje o mais completo no mercado para tratamento de sementes, propiciando melhor estabelecimento para a soja e feijão. O CERTEZA é fruto dos investimentos da IHARA na busca por melhores condições para o desenvolvimento da agricultura brasileira.

*Sementes infectadas e tratadas, germinando em caixa de areia.

*Desenvolvimento inicial de sementes tratadas.

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[Pecuária de corte]

Manejo, prevenção e controle das doenças reprodutivas

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As principais doenças reprodutivas infecciosas implicam em prejuízos econômicos devido aos problemas que acarretam. A principal ocorrência é o aborto e junto com ele ocorrem retenções de placenta que desencadeiam diversos fatores, por exemplo, as endometrites, responsáveis por causar menores taxas de concepção, menos bezerros; repetição de cio, maior custo com inseminação artificial (IA) ou touros; e aumento na taxa de descarte, bem como maior necessidade de reposição. Sendo assim, com aborto, retenção de placenta e endometrites temos como consequência a infertilidade, temporária ou definitiva. A infertilidade se caracteriza por aumento dos dias vazios da vacada, do intervalo entre partos (IEP),da taxa de serviço e da relação serviços/prenhes; também ocorre a diminuição da taxa de concepção e consequente queda da taxa de prenhez. Todos estes índices estão in-

terligados e estão incluídos nos cálculos das doenças da reprodução. Existe uma gama de doenças que acometem as matrizes e os touros, dentre elas campilobacteriose, leptospirose, histofilose, IBR e BVD. Conheça um pouco de cada uma delas: •

Campilobacteriose: É uma doença causada pelo agente Campylobacterfetus veneralis, normalmente transmitido pelo touro contaminado, no momento da monta. Essa bactéria pode causar infertilidade temporária e morte embrionária precoce, sendo possíveis também abortos esporádicos do 4º ao 8º mês de prenhez. Os sinais comumente incluem alta porcentagem de retorno ao estro ou fêmeas não prenhes depois da estação de cobertura. Nos touros é assintomática. Um agente bastante similar, Cam-

Foto: Manoel Godoy/SRG

aspecto sanitário dentro da propriedade agropecuária vem passando por uma constante evolução. São três as palavras de ordem: prevenção, controle e manejo. Estes aspectos atuam de forma conjunta e propiciam amplo desenvolvimento da atividade pecuária, buscando sua máxima eficiência. O manejo estratégico contempla o gerenciamento da fazenda, dos funcionários, e dos animais, através da planificação de ações preventivas e corretivas para manter a sanidade do rebanho. Para podermos implantar medidas preventivas e de controle, devemos primeiramente conhecer as doenças que os animais estão suscetíveis, como as doenças reprodutivas, presentes em maior parte do rebanho brasileiro, muitas vezes de forma assintomática, mas que servem como fonte de infecção para outros animais.

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pylobacter fetus fetus infecta bovinos por via oral, dissemina-se pelo trato gastrointestinal e é eliminado nas fezes. Em vacas prenhes podem ocasionar bacteremia, infecções oportunistas e abortos. •

Leptospirose: é uma zoonose economicamente importante, causada por bactérias, mais especificamente a Leptospira interrogans com mais de 200 diferentes sorovares, que acomete principalmente bovinos, suínos, equinos e cães. É endêmica no Brasil, sendo frequente no rebanho bovino, podendo determinar abortos, distúrbios reprodutivos (retenção de placenta e natimortos), alterações congênitas, ou infecções inaparentes capazes de comprometer a eficiência reprodutiva do animal, levando-o à subfertilidade, além de perdas na produção de leite e problemas com mastites, tais alterações são normalmente associadas com os sorovares hardjo e pomona, que determina a síndrome da queda do leite ou “milkdropsyndrome”. Embora a taxa de mortalidade nesta espécie seja baixa (5%), a contaminação geralmente é alta de acordo com as apresentações clínicas. Para controle realizar exames sorológicos, tratamento com estreptomicina e vacinação semestral.

Histofilose: O Haemophilus sommus é associado à vulvite, vaginite, endometrites e abortos em bovinos, alojado nos tratos genital e respiratório de animais saudáveis é uma bactéria de extrema importância devido a possibilidade de causar septicemia e sinais nervosos nos animais.

Rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR): Causada por um herpes vírus, acarreta perdas econômicas, como abortos, morte de bezerros recém-nascidos ou nascimento de bezerros fracos e infecções vaginais. Após a infecção, o vírus se mantém no animal de forma latente e pode ser reativado periodicamente após estresse ou tratamento com corticóides. Esses animais são também fonte de infecção, sendo a transmissão por contato com secreções, através do coito e por sêmen congelado.

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Silvieri 2011

Controle

Vacina

Taxa de concepção 30 dias

42,7 % (58/136)

53,8% (71/132)

Taxa de concepção 60 dias

41,2% (56/136)

51,5% (68/132)

Taxa de perda gestacional

3,5% (2/42)

4,2% (3/42)

36,3% (29/80)

43,8% (28/64)

62,5% (85/136)

72,7% (96/132)

Taxa de concepção touro 1° repasse Taxa de prenhez após a IATF + 1° repasse do touro •

Diarreia viral bovina (BVD): É uma doença causada por um peste vírus (BVDV) e transmitida por via placentária e/ou contato direto entre os animais, fezes, fetos abortados. No caso dos touros, além das secreções gerais, como corrimento nasal, saliva e urina, o sêmen também pode contribuir para a contaminação das vacas durante a estação de monta. A BVD provoca abortos, principalmente durante os primeiros três ou quatro meses de gestação, infertilidade, fetos mumificados, defeitos congênitos e atraso no desenvolvimento dos animais infectados. A diarreia aparece como sintoma geralmente em rebanhos contaminados, na faixa etária de seis meses a um ano de idade. Quando infectadas no período de 40 a 120 dias de prenhez as vacas podem parir bezerros persistentemente infectados (PI), que disseminam o vírus pela vida toda. Um dos principais efeitos negativos da BVD em um rebanho é a imunodepressão que compromete o programa sanitário e favorece a manifestação de outras enfermidades.

Essas doenças são transmitidas através de secreções, da monta natural e sêmen contaminado. Se tivermos conhecimento das doenças que acometem nosso rebanho podemos controlá-las e aumentar o lucro e a produtividade dos animais. O manejo correto auxilia os animais a manterem sua imunidade alta, protegidos naturalmente. Outra estratégia importante é aumentar a resistência dos animais

frente a estes agentes, através de programas sanitários que utilizam a vacinação. Em estudo realizado para avaliar os resultados da vacinação com Bioabortogen® H e Bioleptogen® para aumentar os índices reprodutivos em vacas de corte que foram submetidas à IATF, foram obtidos os seguintes resultados: Os resultados (melhora na taxa de concepção) são sugestivos de que é importante adotar condutas de controle e profilaxia das doenças reprodutivas em épocas de monta, incluindo a instituição de programas de vacinação. Foi demonstrado que com a vacinação o lote tratado teve maior taxa de prenhez aos 30 e 60 dias pós IA e manteve a diferença após o repasse com touros. A vacinação é uma ferramenta que confere a estes animais a capacidade de reconhecimento dos agentes aumentando a resposta a estes desafios e consequentemente fazendo que naturalmente os animais consigam se defender. As perdas devido às doenças reprodutivas são importantes e merecem atenção. O controle só é alcançado por meio de um programa sanitário eficiente. Para prevenção das doenças reprodutivas IBR, BVD, Campilobacteriose e Histofilose (Bioabortogen H) deve-se aplicar uma dose e reforço com intervalo de 30 dias e depois anualmente, nas novilhas e vacas que nunca foram vacinadas, de preferência na pré-estação de monta, bem como os touros. No caso de vacas já vacinadas o manejo é através de dose anual pré-estação de monta. Para o controle da leptospirose deve-se fazer uma dose e reforço semestral (Bioleptogen).


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[Homenagem]

Sindicato Rural e AEAGRO promoveram confraternização do Dia do Agrônomo

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Sindicato Rural de Guarapuava e a Associação dos Engenheiros Agrônomos de Guarapuava (AEAGRO) promoveram no dia 11 de outubro, a quarta edição do Café da Manhã em homenagem ao Dia do Agrônomo (12 de outubro). O evento, que aconteceu no salão de festas do Sindicato, reuniu 57 engenheiros agrônomos de Guarapuava e região. Durante a manhã de confraternização foram realizadas brincadeiras com perguntas referentes a conhecimentos

Diretores do Sindicato Rural e da Aeagro

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agrícolas, com distribuição de brindes. O presidente da AEGRO, José Roberto Papi falou da importância do evento e sobre a parceria entre as duas instituições. “Agradecemos ao Sindicato e parabenizamos nossos engenheiros agrônomos. O evento já está consagrado e nós podemos fazer essa homenagem de uma forma rápida e simples. Acredito que a parceria e o entrosamento entre as duas entidades é sempre muito positivo”, comentou. Papi ainda falou sobre o objetivo do

evento que a cada ano supera as expectativas. “A intenção, em primeiro lugar, é reunir os profissionais, mas isso se transforma em outras ações e desdobramentos, inclusive para nós da Associação é uma forma de divulgação do nosso trabalho e dos engenheiros terem acesso e conhecimento sobre nosso trabalho”. O engenheiro agrônomo da Bayer CropScience, Julien Wietzel esteve presente no café da manhã e disse que o evento é uma oportunidade de reencontro com outros profissionais. “´É muito importante porque a gente acaba conhecendo outros agrônomos da cidade que trabalham e atuam em diferentes áreas da profissão. Hoje o sindicato está dando todo o apoio ao profissional. Não só com confraternizações, mas com difusão de conhecimento, palestras técnicas e cursos. Tudo isso valoriza a nossa profissão”. A engenheira agrônoma da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Rosmari Fátima de Ré participou pela primeira vez do café da manhã e disse ter adorado a iniciativa. “Eu encontrei muitos colegas, achei muito bom e me senti muito honrada pelo convite. Agradecemos o Sindicato que tem sido sempre nosso parceiro. Eu me senti muito em casa aqui”, observou. O engenheiro agrônomo Edson Bastos parabenizou a ação do Sindicato Rural não só neste evento, mas toda a sua atuação em Guarapuava. “Nós tivemos no passado uma época de ausência de atividades nessa entidade, para os produtores. De uns anos para cá, o Sindicato vestiu a camisa e está cada dia mais atuante nas diferentes áreas, principalmente, hoje no que diz respeito a treinamento e capacitação. Assim, o Sindicato hoje está de parabéns. Pode-se dizer que ele está numa fase áurea”.


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[Sindicato Rural de Pitanga]

Diversificar é o segredo Para aumentar a receita, os produtores rurais Celso Coghetto e Clarídio Luis Zanetti investiram na prestação de serviços de Agricultura de Precisão

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o município de Boa Ventura de São Roque a família de Adelaide Maria Coghetto é exemplo de união e parceria na gestão da propriedade rural. Seu filho Celso Coghetto e o genro Cladirio Luis Zanetti são sócios na atividade agrícola, leiteira e na prestação de serviços no ramo de Agricultura de Precisão (AP). Há 24 anos, a família veio do Rio Grande do Sul, município de Campinas do Sul, em busca de terras melhores e hoje desenvolve com sucesso as três explorações em mais de 530 alqueires. Os filhos de Adelaide, Celso e Siloe constituíram a família próximos da mãe e passaram a trabalhar com empenho para aprimorar as atividades tanto na agricultura quanto na pecuária. Segundo Zanetti, desde os mais novos até os mais velhos desempenham alguma atividade na propriedade. “São sete pessoas da família que residem na mes-

ma fazenda e estão envolvidas no empreendimento. Hoje, nossos filhos já trabalham ou estão se preparando para atuar aqui. É realmente uma empresa familiar”, declara. Coghetto conta que quando chegaram ao Paraná adquiriram uma propriedade de 15 alqueires e, aos poucos, conseguiram ampliar a área e melhorar a qualidade da produção. “Nós chegamos aqui e começamos a trabalhar em terras arrendadas. Todos esses anos foram de luta para adquirirmos tudo o que temos”.

Hoje a família trabalha em quatro áreas, três delas em Boa Ventura de São Roque e em Pitanga. Recentemente, o novo investimento da família é uma empresa de Agricultura de Precisão.

AP – O novo empreendimento presta serviço no ramo da Agricultura de Precisão, já atua em várias cidades no Estado.“Temos clientes pequenos e grandes em Guarapuava, Londrina, Maringá, Ivaiporã, entre outros. Este ano acredito que chegaremos a prestar serviço em cerca de 9 mil hectares”. Conforme Zanetti, a ideia surgiu após um treinamento que foi realizado na região e que propôs a AP como novidade tecnológica para sistemas produtivos. “Por enquanFelipe Coghetto, Clarídio Zanetti e Celso Coghetto to, prestamos ser-

Desde 2009, a família decidiu apostar em uma nova forma de diversificar a propriedade. Assim foi criada a Solos Agricultura de Precisão. A empresa, que

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viço apenas no setor de aplicação. Nós somos responsáveis por aplicar os nutrientes e produtos no local adequado, por meio de equipamentos de tecnologia de ponta, com isso tanto o pequeno ou o grande agricultor consegue otimizar sua propriedade e, principalmente, economizar”, opina. Felipe Coghetto tem 25 anos, é formado em agronegócios e trabalha junto com o pai e o tio para aprimorar o novo investimento. “Nós observamos que uma empresa de AP era uma necessidade da região e, assim, vimos uma oportunidade de mercado. É impressionante como a tecnologia dá resultado. Em nossa propriedade, tivemos um aumento no rendimento de 20 sacos por alqueire, tanto na soja quanto no milho. O produtor não deve ter medo de investir, pois realmente dá resultado”.


Leiteria Santa Luzia Outra atividade da família é a leiteria que fica localizada na propriedade Santo Antônio e São Miguel, que possui áreas de pastagem e agricultura. Siloe conta que está com 110 vacas na ordenha, mas possui um rebanho no total de 220 cabeças entre novilhas e bezerras da raça Holandesa e Jersey. “ Temos uma produção, em média, de 2.200 litros por dia ou 66 mil litros por mês. A nutrição das vacas é a base de silagem e pastagem”, conta Siloe. Coghetto explica de que forma a bovinocultura de leite progrediu na propriedade. “Começamos na atividade com cinco vacas. No início conseguíamos pagar apenas um funcionário. Aos poucos, fomos ampliando a estrutura física e também a qualidade genética dos animais”.

Grecimara Coghetto, Celso Coghetto e Siloe C. Zanetti

História

Do Rio Grande do Sul para Boa Ventura

Notas 2.500 declarações de ITR

Felipe Coghetto, Celso Coghetto, Grecimara Coghetto, Adelaide Coghetto, Leisiane Coghetto, Clarídio Zanetti, Ana Paula Zanetti e Siloe Zanetti

Adelaide conta que antes de venderem a propriedade no Rio Grande do Sul, a família procurou comprar terras em outros estados, mas seu filho optou por adquirir uma área em Boaventura. “No Rio Grande tínhamos apenas 10 alqueires de terra e como Celso sempre quis trabalhar na agricultura, eu pensava que com a área que tínhamos não seria possível nos manter. Fomos até para o Mato Grosso ver terra, mas ele veio para cá e gostou muito”. Após 20 anos, a família que veio com o propósito de se desenvolver na agropecuária, comemora o sucesso. Segundo Adelaide, o que a deixa mais feliz é que a família, em nenhum momento, se separou. “Foi muito trabalho. Depois de uns anos conseguimos comprar mais 50 alqueires, e assim devagar nossa vida começou a melhorar”.

Em 1992, Zanetti casou com Siloe e também passou a fazer parte da família e dos negócios. “É muito bom trabalharmos juntos. Conseguimos o que temos hoje com muito esforço, envolvendo toda a família no trabalho”. Dona Adelaide conta que ficou viúva e precisou cuidar de dois filhos. “Para mim é uma alegria e uma satisfação ver todos juntos. Estou com 72 anos e fiquei viúva aos 33 anos. Sempre ajudei meus filhos, até hoje vou para os acampamentos junto com Celso e os funcionários para cozinhar. Enfim, sempre lutamos muito, sou uma pessoa que não tenho medo de trabalho”. Coghetto diz que a parceria com a família também dá mais resultado nos negócios. “É mais fácil, cada um cuida de um setor e assim fica mais fácil gerir a propriedade”.

Durante o mês de setembro, o Sindicato Rural de Pitanga realizou 2.500 declarações do Imposto Territorial Rural de produtores rurais de Pitanga e Extensões de Base. O sindicato possui uma equipe capacitada para prestar esse serviço aos produtores.

Inclusão digital da comunidade rural O Sindicato Rural de Pitanga promove aulas de informática básica para produtores e trabalhadores rurais de segunda a sexta-feira, exceto quarta-feira. A entidade presta o serviço para comunidade rural que nunca teve contato com computadores, promovendo assim a inclusão digital na região.

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[Controle de pragas]

FMC apresenta duas novas soluções para controle de pragas nas culturas de soja e milho

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FMC Agricultural Produts promoveu duas palestras para apresentar novas soluções tecnológicas para o controle de pragas: Rocks e Talisman. O evento, realizado no dia 20 de setembro, no Küster Hotel, teve como objetivo mostrar ao produtor rural da região as novidades da FMC e, também, realizar uma aproximação da empresa com seus clientes. Mais de 140 pessoas, entre produtores rurais, técnicos e acadêmicos participaram do evento. Os palestrantes foram o representante técnico comercial (RTC), Giovani Scortegagna, que atende as Cooperativas ABC, Agrária, Camp e C. Vale e o representante de desenvolvimento de mercado (RDM) Ralph Sahd Jobbins. Estavam presentes a equipe regional da FMC, entre eles a RTC Lorena Duda, o RTC Rodrigo Singh, e o gerente regional Claudinei Goi. As palestras causaram interesse por apresentarem produtos que vem para atender uma demanda do mercado e, também, porque já existiam para outras culturas e agora podem ser utilizados para soja e milho. “Nós queremos abranger a região de Guarapuava, que é importantíssima para a FMC, e mostrar para ela dois produtos interessantes que vem de encontro com a necessidade do campo em relação à pragas, por exemplo, a pressão de lagartas e percevejo, que é cada dia maior. Buscamos ferramentas para auxiliar o produtor no controle de pragas”. O representante de desenvolvimento de mercado também comenta sobre o novo foco de atuação da FMC, que é líder de mercado do Brasil nas culturas de algodão e cana de açúcar, mas hoje pretende ampliar o seu portfólio de produtos para atender mais a região sul do País. “É uma empresa que tem toda uma estrutura de diferenciação de acesso ao cliente, portfólio e

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Ralph Jobbins (RDM), Rodrigo Singh, Claudinei Goi , Giovani Scortegagna, Feliphe Dalchiavon e Lorena Duda

acompanhamento, enfim nós não vendemos somente o produto, mas prestamos um serviço. A ideia neste momento é trazer esse conceito para cereais e não só em novos produtos porque isso depende inclusive de pessoas. Nossa regional que até então tinha nove pessoas hoje tem 21. Existe muito investimento nesse mercado Sul de cereais e estamos aqui para apresentar a Guarapuava o que temos de melhor no mercado”, observa Jobbins. Scortegagna também destacou sobre a importância do evento para a região. “Esse evento faz parte de uma série que está sendo realizada no Paraná, nos principais pólos produtivos, como Ponta Grossa, Pato Branco, Londrina e Maringá”. Rocks e Talisman Ambos comentaram sobre as vantagens e diferenciais dos dois produtos. Jobbins falou sobre o Rocks, que é um inseticida, exclusivamente para o tratamento de sementes e que, se-

gundo a empresa, o produto protege contra pragas iniciais. “É um produto para soja e milho que já tem cadastro no Paraná e se diferencia pelo amplo espectro de controle e baixa classe toxicológica. É um produto que entra no mercado para controle de sugadores e mastigadores”explica Jobbins. Sobre o Talisman, foi o representante técnico comercial, Scortegagna que abordou as vantagens da tecnologia. “É um inseticida para cultura de soja e milho, destinado para o controle de percevejos e lagartas. Ele vem para o mercado para suprir a falta de ferramentas para o controle de pragas nas cultura de soja e milho”, comenta. Jobbins falou sobre o foco da empresa no mercado brasileiro e na região Sul. “O maior negócio da FMC está no Brasil, é uma multinacional americana, uma das maiores empresas dos EUA, mas tem foco no Brasil. Então temos produtos específicos e voltados para o mercado brasileiro, para a necessidade da agricultura brasileira”.


[História]

A origem do feijão

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feijoeiro comum (Phaeseolus vulgaris L.) é uma planta cultivada há milhares de anos pelo homem. Sua origem até hoje, constitui fonte de divergência entre os pesquisadores. Diversas teorias tentam explicar não somente a origem da planta, mas também de quando teria o homem começado a utilizá-la como uma cultura doméstica. Algumas evidências levam à hipótese de que o centro de origem da planta e sua domesticação como cultura teriam ocorrido na região da Mesoamérica, por volta de 7000 anos a.C., uma vez que cultivares selvagens, similares a variedades crioulas, foram encontrados nessa região, mais especificamente no México, Supõe-se que a partir dessa região, a cultura teria, posteriormente, disseminado para toda a América do Sul. Há uma outra corrente de pesquisadores que, baseada em achados arqueológicos que remontam a 10.000 A.C., sustentam a hipótese de que a origem da planta e sua domesticação seria a América do Sul, mais especificamente no Peru. Dali teria a sua cultura sido disseminada para a parte norte do continente. Pesquisas com base em padrões eletroforéticos de faseolina, uma proteína do feijão que possui pequenas diferenças de acordo com o cultivar do qual foi extraído, sugerem a existência de três centros primários de diversidade genética, tanto para espécies silvestres como para as cultivadas: 1) o mesoamericano, que se estende desde o Sudeste dos Estados Unidos até o Panamá, tendo como

zonas principais o México e a Guatemala. Nessa região, teriam surgido as variedades de grãos pequenos, por exemplo, o feijão “Carioca”; 2) o Sul dos Andes, que abrange desde o norte do Peru até as províncias do Noroeste da Argentina. Aí teriam sido originadas as variedades de sementes grandes, como o feijão-jalo, que é muito conhecido em Minas Gerais; e 3) o Norte dos Andes, que abrange desde a Colômbia e Venezuela até o Norte do Peru. Nessa região, teriam sido originados cultivares com características intermediárias entre as outras duas. Não há consenso sobre essas origens. Mas, há, no entanto, o senso comum entre os pesquisadores, atualmente, de que realmente a origem do feijoeiro é o Continente Americano, mas em outros continentes como a Ásia, África e Europa, existem variedades consideradas secundárias. A importância do feijão na alimentação humana é comprovada em relatos que remontam aos primeiros registros históricos de que se tem notícia. O feijoeiro era cultivado no Antigo Egito e na Grécia, onde recebiam cultos em sua homenagem, por serem considerados símbolo da vida. Já os antigos romanos usavam o feijão em suas festas e até mesmo como forma de pagamento para apostas. Grande número de estudiosos atribui a disseminação dos feijoeiros pelo mundo às grandes guerras, pois o feijão era de fundamental importância na dieta dos guerreiros. As grandes explorações ajudaram a disseminar estes hábitos ali-

mentares, levando a cultura do feijoeiro para as mais diversas partes do mundo. No Brasil, o cultivo do feijoeiro data de mais de 2000 anos atrás. Sementes de feijão escondidas em cavernas desse período são as mais fortes evidências disso.

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Tel. (42)Revista 3622-5754 / 8825-9595 - Guarapuava - PR do Produtor Rural


[Notas]

FAEP repassa informações sobre Contribuição Sindical Os advogados da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Klauss Dias Kuhnen e Rebeca Beyer repassaram informações sobre procedimentos jurídicos ligados à cobrança da Contribuição Sindical Rural aos advogados credenciados para prestar o serviço na região. A reunião aconteceu no dia 29 de setembro, no Sindicato Rural de Guarapuava.

Klauss Dias Kuhnen

Homenagem Sócio Remido O associado Clodoaldo Marcondes Diniz, 84 anos, recebeu do colaborador responsável pelo atendimento aos associados, Murilo Lustosa Ribas, a placa de sócio remido no dia 26 de outubro. Ele não pode participar do evento alusivo ao Dia do Agricultor em 2011, quando foi lançado o projeto “sócios remidos” e feita a entrega das placas aos sócios com mais de 80 anos. Desde então, todos os sócios com idade acima de 80 anos são isentos do pagamento das anuidades.

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Artistas locais tiveram destaque nos shows da 37ª Expogua Os shows Pratas da Casa foram uma realização em parceria da rádio 92 FM com a Sociedade Rural. Durante a programação da XXXVII Exposição-Feira Agropecuária e Industrial de Guarapuava (Expogua) duplas sertanejas e bandas da cidade e da região tiveram a oportunidade de se apresentar durante a Feira. A série de shows com artistas locais foi chamada de Pratas da Casa, Segundo um dos organizadores dos shows locais, Julio César Santos conta que a rádio ficou responsável por organizar esta parte do evento. “Acredito que é uma maneira de valorizar os artistas da região e proporcionar uma oportunidade de se apresentarem no maior evento da cidade”. Os show foram promovidos em parceria com a Sociedade Rural de Guarapuava e a rádio 92 Fm. Os artistas que se apresentaram foram a dupla Thiago Mello e Kleber Viola, Diney & Alex, Dian e Deniam, Daniel Chaia, Felipe e Cauã, Grupo Contemplação e o cantor Bruno Bento, do município de Candói, que animou o público durante o show de encerramento da Expogua 2012.


[Destaque AgCelence ]

Sojicultores de Ponta Grossa e Castro (PR) atingem maior produtividade na safra 2011/12 Durante o Destaque AgCelence®, a BASF anunciou os produtores rurais que atingiram as melhores marcas em produtividade durante a última safra

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Unidade de Proteção de Cultivos da BASF anunciou os três produtores rurais inscritos no concurso intitulado Destaque AgCelence que obtiveram os melhores índices de produtividade em soja na safra 2011/12 nas regiões de Ponta Grossa e Castro (PR). Em Ponta Grossa (PR) o primeiro colocado foi o agricultor João Eduardo Carachenski, com a marca de 92,4 sacas por hectare. O segundo lugar ficou com Marcelo Dalzoto, que obteve a marca de 83,7 sacas por hectares. Já o terceiro lugar ficou com Maurício Menarin, com a marca de 83,4 sacas por hectare. Já na região de Castro (PR) o primeiro colocado foi o agricultor Geraldo H. Morsink, do município de Piraí do Sul (PR), com a marca de 81,5 sacas por hectare. O segundo lugar ficou com Gilberto L. C. Teixeira, do município de Tibagi (PR) que obteve a marca de 74,1 sacas por hectares. O terceiro lugar ficou com Ricardo Sleutjes, de Castro (PR) com a marca de 73,5 sacas por hectare. “Embora tenhamos passado por um período difícil em razão da forte estiagem em algumas regiões do Rio Grande do Sul e Bahia, bem como alta incidência de pragas, doenças e plantas daninhas em outras regiões, de forma geral os produtores brasileiros continuaram investindo

pesado em tecnologia, o que colaborou para que alcançassem excelentes índices de produtividade como esses”, elogiou o gerente de Marketing de Cultivos da BASF para o Brasil, Fernando Abreu. A BASF premiou os produtores que utilizaram o Sistema AgCelence® Soja Produtividade TOP. O modelo de manejo com características únicas foi inteiramente desenvolvido pela empresa no Brasil. Além do melhor controle fitossanitário, o programa de manejo com os produtos fungicida e inseticida Standak® Top utilizado no tratamento de sementes, e os fungicidas Comet®, Opera® e Opera Ultra®, proporcionam melhor relação de transformação da água, luz e nutrientes em energia e grãos. O sistema produtivo de manejo proposto pela BASF é o único que combina práticas desde o plantio até a colheita. Já na fase inicial é possível perceber melhor desenvolvimento e vigor nas plantas. Na fase intermediária as plantas já estão mais verdes e com mais folhas e ramos. Na terceira etapa, há um alto nível de sanidade permitindo a manutenção da área foliar da planta, mais vagens e consequente aumento em produtividade. “A BASF realizou estudos sobre a eficácia do Sistema AgCelence® Soja e os resultados apontaram um aumento de até 10% na produtividade, quando todos os proce-

dimentos técnicos recomendados são seguidos. Esse evento nasceu para celebrar as conquistas e superações do agricultor brasileiro”, finaliza Fernando. Pelo Brasil – O Destaque AgCelence percorreu 27 municípios de diferentes estados do Brasil. Em Mato Grosso do Sul, os eventos aconteceram em Amambaí, Dourados e Chapadão do Sul. Na região Sudeste de São Paulo foram contemplados os produtores dos municípios de Assis e Itapeva, em Minas Gerais, os produtores de Uberlândia. No Estado goiano, os agricultores de Jataí, Rio Verde e Formosa conheceram os produtores que obtiveram as melhores produtividades. Ainda na região Centro-Oeste, o Destaque AgCelence® ocorreu em Primavera do Leste, Rondonópolis, Campo Novo do Parecis, Lucas do Rio Verde, Canaranã e Sorriso, em Mato Grosso. As regiões Norte e Nordeste também fizeram parte da programação. O evento foi realizado na cidade de Balsas, no Maranhão, Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, e Palmas, estado do Tocantins. No Sul do Brasil, foram considerados os produtores de soja de Passo Fundo e Santa Maria no Rio Grande do Sul. Já no Paraná, os eventos ocorreram em Cascavel, Cafelândia, Campo Mourão, Londrina, Castro, Ponta Grossa e Pato Branco. Confira os premiados de Ponta Grossa e Castro na p. 44

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Equipe BASF e premiados Marcelo Dalzoto – 2º Colocado João Eduardo Carachenski – 1º Colocado Maurício Menarin – 3º Colocado

Equipe BASF e premiados Ricardo Sleutjes – 3º Colocado Geraldo Morsink – 1º Colocado e o Gilberto L. C. Teixeira (Gerente da Fazenda João Maria) - 2º Colocado

Restrição no Estado do Paraná: - O Produto Opera está temporariamente restrito para o alvo Septoria tritici no trigo e para a cultura da cana-de-açúcar não podendo ser vendido ou receitado. - O Produto Comet está temporariamente restrito para os alvos Ceratocystis paradoxa na cultura da cana-de-açúcar, Peronospora destructor na cultura da cebola, Elsinoe australis na cultura de citrus, Septoria tritici na cultura do trigo e para a cultura da manga, não podendo ser vendido ou receitado. - O Produto Opera ultra está temporariamente restrito para o alvo Myrothecium roridum em algodão, Corynespora cassicola em soja e Puccinia graminis f.sp. tritici e Fusarium graminearum em trigo ptoria tritici no trigo não podendo ser vendido ou receitado. Os produtos Standak Top, Comet e Opera e Opera Ultra estão devidamente registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sob os nº 9210, 01209, 8801, 8601 e 9310, respectivamente. - Aplique somente as doses solicitadas. Descarte corretamente as embalagens e restos de produtos. Incluir outros métodos de controle de doenças/pragas/plantas infestantes (ex: controle cultural, biológico, etc) dentro do programa do Manejo Integrado de Pragas (MIP) quando disponíveis e apropriados. Para maiores informações referente às recomendações de uso do produto e ao descarte correto de embalagens, leia atentamente o rótulo, a bula e o receituário agronômico do produto.

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[Top Ciência]

Estudante de Agronomia da Unicentro recebe prêmio da BASF

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Unidade de Proteção de Cultivos da BASF realizou no dia 04 de outubro, em Campinas, no interior paulista, a sétima edição do Top Ciência. O objetivo do evento é promover o engajamento da comunidade científica em relação à proteção de cultivos e selecionar os melhores trabalhos, desenvolvidos no último ano, que indicaram alternativas para o aumento da produtividade no campo, com rentabilidade e de forma responsável. Na ocasião, foram anunciadas cinco novas patentes, fruto do conceito do próprio evento: a inovação aberta, por meio do qual a BASF é contatada por pesquisadores e instituições de pesquisa para estabelecer parcerias em estudos focados no aumento da produtividade agrícola. Quatro patentes derivaram de uma patente submetida em 2011, tendo

como inventores pesquisadores de quatro universidades na busca da sinergia entre diferentes herbicidas e fungicidas em diversas culturas. A quinta patente submetida refere-se ao efeito sinérgico fungicida e inseticida da composição de específicos extratos de plantas. Desde a primeira edição do Top Ciência, em 2006, já foram estabelecidas nove parcerias de estudos conjuntos. “Os desafios na agricultura estão ficando cada vez mais complexos. Para continuar atuante nesse cenário, é preciso focar em uma abordagem abrangente da agricultura. Pesquisas como estas nos auxiliam e apontam caminhos para se conquistar uma maior produtividade e soluções inovadoras para o campo. Para que se tenha uma ideia, só em 2011 a BASF investiu de forma global €412 milhões , ou seja, mais de R$ 1 bilhão , na Sirlei Cunha

Evento da BASF reuniu mais de 400 especialistas em agricultura no interior de São Paulo

Maurício Russomanno - Vice-presidente da Unidade de Proteção de Cultivos da BASF para o Brasil (esquerda), Itacir Sandini (centro) e Leandro Martins (Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Unidade de Proteção de Cultivos da BASF para a América Latina (direita)

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Sirlei Cunha

Premiados no Top Ciência 2012

busca por inovações voltadas à agricultura. Isso representa 26% do total de investimento do grupo BASF em pesquisa e desenvolvimento”, explica Leandro Martins, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Unidade de Proteção de Cultivos da BASF para a América Latina. Conectividade no campo Além de provedora de produtos, a BASF oferece serviços complementares que auxiliam os produtores rurais a terem acesso as informações qualificadas e diagnósticos que proporcionem melhores soluções. Prova disso foram os lançamentos de dois novos serviços ligados à tecnologia que favorecem a conectivida-

de no campo: o aplicativo para smartphone AgroNews e duas novidades para o já consagrado Digilab. AgroNews consiste num aplicativo para smartphone que oferece de forma atualizada e constante informações sobre clima e notícias do mercado agrícola, permitindo mobilidade aos usuários. Com ele é possível identificar tendências e oportunidades para que os agricultores não percam bons negócios. Já o Digilab apresentou três novidades: na primeira, o serviço foi estendido aos tablets, no qual vai dispor de uma de lupa conectada via wireless (sem fio) que proporciona um aumento de até 200 vezes para a visualização de pragas, doenças e ervas daninhas na lavoura. Dessa forma,

também favorece a mobilidade dos diagnósticos no campo. Já as outras duas – ambas voltadas para computador – referem-se à ampliação da cobertura: o serviço engloba a partir de agora a identificação de nematóides – parasitas das plantas que vivem no solo e na água e causam danos. Além disso, também foi estendido à área de Non Crop da BASF, que concentra soluções para o controle de pragas e doenças em ambientes não agrícolas. Soluções Funcionais para a Agricultura A BASF aproveitou a ocasião ainda para anunciar o estabelecimento de uma nova área dentro de seu negócio agríco-

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la. Trata-se de “Soluções Funcionais para a Agricultura”. A área estará focada no desenvolvimento de tecnologias que vão além da proteção de cultivos. Com o apelo e a necessidade de se produzir mais e de forma sustentável, faz-se importante explorar outras formas de otimizar a produção, que consideram aspectos como a escassez de água, fertilidade do solo, otimização do uso de fertilizantes e fatores de estresse às plantas, como calor, seca, frio ou má nutrição. “Queremos trazer as melhores tecnologias aos nossos clientes. Para isso precisamos ampliar nossa oferta de soluções”, afirmou Maurício Russomanno, vice-presidente da Unidade de Proteção de Cultivos da BASF para o Brasil. Com o advento da área a BASF espera atender de forma mais completa as necessidades de seus clientes em mercados estratégicos para o seu negócio, especialmente os focados na produção de cereais, oleaginosas como milho e soja, além dos que concentrem a produção em culturas de especialidades, como hortifruti e cana-de-açúcar. O evento Anualmente, o negócio agrícola da empresa realiza o Top Ciência. O evento já figura como um dos mais importantes

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fóruns internacionais de aprendizado e desenvolvimento técnico e científico na agricultura. Dele participam pesquisadores, cientistas, agricultores e consultores de diversos países da América Latina que se destacaram com trabalhos científicos inovadores em prol da agricultura sustentável na região. Em 2012 o prêmio já passou pela Argentina (12 e 13 de julho), pelo México (23 e 24 de agosto), pela Colômbia (6 de setembro) e encerrou-se no Brasil no dia 4 de outubro, onde os melhores trabalhos de toda região foram apresentados e avaliados. A comissão julgadora elegeu as melhores pesquisas em cerca de 20 cultivos pesquisados, entre eles: soja, milho, arroz, feijão, trigo, girassol, café, algodão, cana-de-açúcar, citros, amendoim e hortifruti (tomate, batata, uva, melão, manga e maçã) e também da área de Non Crop. “O Top Ciência é uma das iniciativas mais importantes da BASF no que se refere ao fomento de pesquisa com aplicação prática. Visamos com o evento elevar o conhecimento sobre as ferramentas necessárias para o aumento de produtividade de forma sustentável, assegurando a competitividade de nossa agricultura”, afirma Eduardo Leduc, vice-Presidente Sênior da Unidade de Proteção de Cultivos da BASF para a América

Latina, Fundação Espaço ECO e Sustentabilidade para a América do Sul. Esta edição do evento está atrelada ao conceito da campanha multimídia “Um Planeta Faminto e a Agricultura Brasileira”, lançada pela BASF em 2010 e que já impactou cerca de três milhões de pessoas, tornando-se uma referência no mercado agrícola. Nas diversas ações dessa campanha, a intenção é levar informação qualificada sobre o segmento agrícola à sociedade, bem como desmistificar a visão, por vezes distorcida, existente em relação ao papel do agricultor - um dos principais responsáveis pelo abastecimento de alimentos no País e gerador de divisas pela exportação dos excedentes de produção. Foram reconhecidos 23 pesquisadores, entre eles, Jaqueline Huzar Novakowiski, estudante de Agronomia da Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro), com o trabalho “Posicionamento da Aplicação do fungicida Opera® como forma de maximizar a produtividade e rentabildiade econômica da cultura do milho”. Ela é orientada do professor Dr. Itacir Sandini, que recebeu o prêmio em nome de Jaqueline, já que a acadêmica está estudando no exterior atualmente, pelo Programa Ciência Sem Fronteiras.


[Ciência Sem Fronteiras]

Acadêmica de Agronomia da Unicentro compartilha experiência de intercâmbio no Canadá

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á quase dois meses morando na cidade de Winnipeg, Província de Manitoba, no Canadá, a acadêmica do 5º ano de Agronomia da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Jaqueline Huzar Novakowiski conta sobre a agropecuária canadense e como é a experiência de viver em outro país com hábitos e culturas diferentes. Jaqueline foi aprovada no programa de intercâmbio do Governo Federal - Ciência Sem Fronteiras e hoje dá continuidade a sua graduação na Uni-

versidade de Manitoba. O foco de sua pesquisa é na área de fitopatologia, relacionado ao manejo de doenças como mofo branco e canela preta em canola. Jaqueline afirma que sua experiência acadêmica no país será dividida em três etapas, cada uma com duração de quatro meses. A primeira etapa é um curso de inglês intensivo, a segunda etapa corresponde a algumas disciplinas na Faculdade de Agricultura e a terceira etapa é um estágio em pesquisa. “Até então, a experiência está sendo fantástica. Estou aprendendo muita

coisa e conhecendo diferentes pessoas, e isso está contribuindo para meu crescimento não apenas profissional, mas também pessoal”. A acadêmica fala sobre algumas das características da cidade em que reside e conta que sua primeira surpresa em relação ao local foi em relação à topografia da região, que é extremamente plana, semelhante a região Centro-Oeste do Brasil. “Winnipeg possui uma amplitude térmica grande, variando de 30º C no verão a -35º C no inverno. No outono, é uma cidade que lembra mui-

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to o clima de Guarapuava no que diz respeito à oscilação térmica ao longo do dia e pelas fortes rajadas de vento, embora esteja localizada a apenas 238 metros acima do nível do mar”. Em relação à agricultura, Jaqueline descreve que como o clima canadense limita muito a produção, os sistemas produtivos possuem características muito diferentes do Brasil. “Quando cheguei no início de setembro ainda era possível ver alguns campos de soja e milho a ser colhidos. Porém, o país se destaca mesmo é na produção de canola e trigo. Os solos do Canadá são bastante férteis, tendo o predomínio de Chernossolos e Vertissolos na região das Pradarias. Em função do clima frio, há grande acúmulo de matéria orgânica nos horizontes superficiais, o que proporciona coloração escura e estrutura granular bastante característica destes tipos de solos. A baixa umidade relativa do ar influenciada pela seca constatada nos Estados Unidos perdurou até o início de outubro, quando começou a nevar e a umidade do ar se elevou”, explica a acadêmica. A Universidade que Jaqueline estuda foi fundada em 1877 e possui a Faculdade de Agricultura e Ciência de Alimentos (Faculty of Agricultural and Food Sciences), que hoje apresenta diferentes linhas de pesquisa como melhoramento genético, proteção de plantas, ciência de solos, ciência animal, ciência de alimentos, dentre outras. A Universidade conta ainda com um centro nacional de pesquisa em cereais de inverno, Cereal Research

Jaqueline Huzar Novacowiski

Centre – Agriculture and Agri-Food Canada, cujo principal foco é o melhoramento genético, principalmente de trigo e aveia. Além disso, segundo Jaqueline, a universidade possui forte incentivo à pesquisa. Ela fala sobre algumas curiosidades que chamaram a atenção dela sobre o país, principalmente, em relação à alimentação. “Certamente, quem costuma comer muito no almoço sentirá uma grande diferença quando vier ao Canadá, porque para os canadenses a principal refeição é o jantar, que por sinal é bem mais cedo que no Brasil, cerca de 17 a 18 horas da tarde. Há predominância de alimentos industrializados a base de cereais e molhos apimentados, mas o consumo de hortaliças e frutas é muito comum também. Muitas frutas são importadas, principalmente

Solos férteis, com predomínio de chernossolos e vertissolos na região das Pradarias, no Canadá

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dos Estados Unidos, México e Chile. No entanto, o Canadá tem algumas frutas típicas como maçã e os famosos “berries” (amoras e mirtilo)”. Segundo Jaqueline, no Canadá a carne, geralmente, é muito cara, e os churrascos canadenses muitas vezes se restringem a alguns hambúrgueres.“Quem gosta de experimentar coisas novas deveria tentar a carne de bisão, que é mais seca do que a carne de gado, mas é um dos grandes símbolos da Província de Manitoba”. Jaqueline agradece o apoio do orientador e de outras entidades no seu desenvolvimento acadêmico e que de acordo com ela, foram fundamentais para ser aprovada no programa de intercâmbio “A minha participação em um grupo de pesquisa durante meu período de graduação com certeza contribuiu e muito para que eu conseguisse a bolsa, por isso sou grata a todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para a minha formação. Em especial a minha família, meus grandes amigos do Laboratório de Plantas e Lavouras da Unicentro, a coordenação do Prof. Itacir Sandini, ao grupo Agrass pelo apoio em nossas pesquisas e, é claro, ao Sindicato Rural de Guarapuava pelo auxílio na divulgação dos resultados. Espero poder retribuir toda a ajuda que recebi e contribuir o máximo possível para o desenvolvimento de pesquisas que auxiliem o produtor rural a obter maiores rendimentos, com melhor qualidade e maior rentabilidade econômica”.


[Nutrição vegetal]

Nutricitores® na proteção e Router® & Sinker® no dreno de fotoassimilados, a 4ª geração de produtos de nutrição de plantas chega ao Brasil Eng. Agr. Dr. Tadeu T. Inoue – Prof. UEM Eng. Agr. MSc. Leonardo R. Pereira - FortGreen Eng. Agr. Flavio Mattarazzo – Agronutrition/De Sangosse

Nutrição Em busca de atingir o pleno potencial genético produtivo de espécies cultivadas, como a soja, milho, trigo, arroz, de grande importância alimentar e econômica, vem sendo desenvolvidas novas formas de manejo. Entre os fatores que atuam com maior intensidade reduzindo a produtividade das culturas estão os estresses bióticos e abióticos. Segundo estudos, os estresses bióticos são responsáveis por 10% de redução da safra, enquanto os abióticos chegam até a 60%, sendo estes os principais desafios da produtividade. Visando reduzir estas perdas, empresas do setor de defensivos agrícolas vêm desenvolvendo novas moléculas e aperfeiçoando as formulações já existentes, obtendo grande êxito no controle das pragas (insetos e patógenos). Por sua vez, os avanços no combate aos estresses abióticos têm resultado em menor impacto, ainda que não menos importantes. Uma das principais linhas de pesquisa atualmente desenvolvidas, busca o crescimento de produtos que atuem na redução do efeito dos estresses sobre a produtividade das culturas através da melhora do equilíbrio nutricional das plantas. Assim, hoje no mercado podem ser encontrados produtos formulados não somente com nutrientes, mas também contendo várias substâncias que atuam em rotas metabólicas distintas do vegetal, possibilitando sua ativação, o que resulta em exemplares mais tolerantes às mudanças em seu ambiente de crescimento. O desenvolvimento dessas novas formulações é sedimentado em aprofundados estudos que agregam o conheci-

mento conjunto dos diferentes métodos possíveis para a inserção destes elementos na cultura, seja na forma de sais como os sulfatos, cloretos nitratos, óxidos e/ou de complexos com compostos aminados (aminoácidos, EDTA, EDDHA), ácidos fúlvicos, húmicos, polifosfatos, ácidos orgânicos entre outros. Atentam, também, para sua mistura com diferentes substâncias como os reguladores de crescimento (auxinas, citocininas, giberelinas, jasmonatos, ácido salicílico, etileno e etc.) e com a fisiologia vegetal e demais áreas envolvidas na produção agrícola, tais como a fitopatologia e entomologia. Este foco na produção de conhecimento propicia o desenvolvimento de técnicas de aplicação que promovam mudanças tanto estruturais (Ex.: elevação da rigidez da parede celular, através da produção de maior quantidade de lignina) quanto químicas (Ex.: síntese de compostos de defesa como as fitoalexinas ou substancias antioxidantes como os flavonóides). Como exemplo pode-se citar o fornecimento de Zn, o qual, em determinadas condições do meio de crescimento, mostrou-se capaz de elevar a síntese de auxina, promovendo o crescimento do vegetal, ou ativar enzimas de defesa como as superóxido dismutases, responsáveis pela detoxicação das espécies reativas de oxigênio no interior das células. Outros elementos como Cu e Fe também atuam no processo de detoxicação celular ativando enzimas como as peroxidases, catalases. O Mn pode agir diretamente sobre a atividade enzimática do patógeno dificultando sua entrada no corpo do hospedeiro, por inibir as pectidases. Por outro lado notou-se a importância de macronutrientes como o Mg, que atua diretamente

no metabolismo do N, ativando a enzima glutamina sintetase, principal responsável pela incorporação do N amoniacal nos esqueletos carbônicos provenientes do processo respiratório. Quanto ao Ca, ficou constatado sua relevância na manutenção da estabilidade das membranas celulares e consequentemente envolvido diretamente no processo de permeabilidade seletiva das mesmas. O K eleva a capacidade de transporte de fotoassimilados dos órgãos fonte para os drenos, aumenta a síntese de proteínas e reduz os efeitos do déficit hídrico por reduzir o potencial de água das células em conjunto com o Cl. Desta forma, como os nutrientes não realizam somente uma função no corpo do vegetal, estes também não atuam sozinhos. Sendo assim, a busca pelo equilíbrio nutricional através de formulações onde os elementos químicos estejam mais disponíveis e facilmente assimiláveis tem sido prioridade nas pesquisas científicas, visando reduzir as perdas pelos estresses bióticos e/ou abióticos. Elicitação Quando um corpo é atacado por agentes estranhos em nível intracelular, receptores presentes nas membranas celulares liberam sinais para o interior das células ativando genes responsáveis pela produção de substâncias de defesa. Estes sinais fazem parte de um grupo de substâncias conhecidas como elicitores, podendo ser de origem mineral ou microbiana. Estes ativam as defesas naturais das células vegetais a fim de conservar o potencial produtivo das plantas e minimizar impacto das agressões do meio sobre a qualidade e o rendimento da produção.

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Através de pesquisas biotecnológicas de vanguarda, resultantes dos esforços envidados por mais de 10 anos em laboratórios e instituições de pesquisa da França, obteve-se um complexo elicitor protéico (CEP) de composição única. A composição específica do CEP ativa os mecanismos naturais de defesa contra bioagressores. Os elementos elicitores presentes no produto possuem formas e características exclusivas e são produzidos em laboratório com base em fungos de ocorrência natural no solo, os quais são isolados, recebendo tratamento devido. Esta tecnologia concentra proteínas derivadas de fungos específicos e isolados, cuja composição e estrutura faz com que atuem como elicitores. Esta tecnologia é patenteada pela Agronutrition e distribuída pela FortGreen no Brasil. 1. Aplicação do produto: O produto é aplicado via foliar nas culturas antecipadamente as épocas de ocorrência das doenças e ou estresses; 2. Entrada do produto: O Complexo Elicitor Protéico (CEP) mais os nutrien-

tes são absorvidos pelas células; 3. Reconhecimento da proteína elicitora: A forma molecular específica dos elicitores no CEP é reconhecida (pelos receptores celulares) como uma chave ativando reações fisiológicas naturais em série capazes de reagir a uma agressão; 4. Sinalização ou Elicitação: As células vegetais amplificam o sinal para as células vizinhas. Substâncias como o ácido jasmônico, etileno e o ácido salicílico asseguram esta missão e permitem que a planta reaja mais ou menos intensamente ao agressor; 5. Modulação das barreiras físicas e químicas: Mediante indução de diferentes genes de defesa pelo elicitor, as respostas (vias de defesas utilizadas) serão de intensidade variável. No caso específico dos NUTRICITORES® as resposta acontecem com mais intensidade via etileno e ácido jasmônico e com menor efeito via ácido salicílico. Sabe-se que esta última via induz respostas tipo RH (Resposta de hipersensibilidade) levando a morte celular e necrose se-

vera localizada próximo ao ponto de ataque do patógeno; Obs.: Entre as principais reações da planta pode-se destacar: Produção de peroxidases que impedem a progressão do agressor e rompimento das células; Espessamento das paredes (produção de lignina) = barreira mecânica; Estabelecimento do escudo biológico (fitoalexinas, proteínas de defesa PR.). 6. Ativação fisiológica da planta: Uma planta “elicitada” é uma planta natural e inteiramente mobilizada (ativada) contra as agressões: Em situação de risco, a planta está reforçada para manter todo seu potencial de crescimento e produção tanto em termos de quantidade quanto de qualidade. Esta mobilização é variável podendo ter duração entre 10 e 15 dias, período durante o qual a planta reduzirá ao mínimo os efeitos negativos do estresse. A mobilização imunológica de cada célula vegetal demanda uma nutrição equilibrada e completa. As necessidades nutricionais são muito importantes neste processo.

Informe Técnico

Descrição esquemática da ação dos nutricitores® (nutrientes + elicitores) nas plantas

O vigor de uma planta depende da disponibilidade dos elementos nutrientes e de seu potencial para resistir aos estresses. Os nutricitores garantem, portanto um estado de sanidade otimizado.

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Eng. Agr. Dr. Tadeu T. Inoue – Professor Univ. Estadual de Maringá Eng. Agr. MSc. Leonardo R. Pereira - FortGreen Eng. Agr. Luciano Lucero – Loveland/Agrium

Router® (Roteador) & Sinker® (Drenador) A busca diária dos agricultores pela alta produtividade com alta rentabilidade em curto espaço de tempo tem modificado e movimentado a área de P&D (Pesquisa & Desenvolvimento) das empresas privadas de insumos agrícolas. Uma grande demanda técnica na área de fisiologia e nutrição de plantas está atrelada à necessidade de aumentar a quantidade e a velocidade dos transportadores de fotoassimilados na época de pré-colheita, promovendo maior produtividade e maior rentabilidade aos agricultores. O sistema produtivo das culturas pode ser caracterizado através do seu crescimento, o qual é definido a partir da produção e distribuição da matéria seca e fresca entre os diferentes órgãos da planta. Esta distribuição é o resultado final de um conjunto de processos metabólicos e de transporte, que governam o fluxo de assimilados através de um sistema fonte-dreno. Os órgãos fonte são responsáveis pela produção de assimilados a partir da fotossíntese e são representados


principalmente pelas folhas. Os assimilados tanto podem ser usados como fonte energética necessária ao funcionamento da planta, através da respiração, como serem transportados e armazenados temporariamente em órgãos de reserva ou nos drenos, representados pelas raízes, meristemas, frutos das plantas, ou seja, novos órgãos que são gerados plantas. A força de fonte não é considerada, como exercendo efeito direto na distribuição de matéria seca, mas atua indiretamente, via formação de órgãos drenos. Os agricultores têm interesse em que à máxima proporção de assimilados seja destinada aos frutos. Não obstante, existem limites para a fração de assimilados que pode ser desviada para esses, já que as plantas necessitam destinar quantidade suficiente para os órgãos vegetativos, a fim de manter a sua capacidade produtiva futura. Com isso, o balanço apropriado entre o aporte e a demanda de assimilados da planta tem grande importância para maximizar a produção, e pode ser obtido através de adequada relação fonte: dreno. Nas plantas os compostos conhecidos transportadores de fotoassimilados

são alguns açúcares (oligossacarídeos) que tem papel fundamental no processo de drenar ou carrear as reservas para os grãos ou frutos. Neste contexto, produtos desenvol-

vidos com alta tecnologia e que possuam alguns desses açúcares específicos contidos em sua formulação podem “ativar” as plantas e aumentar sua velocidade fonte: dreno.

ATENÇÃO Este(s) produto(s) é(são) perigoso(s) a saúde humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no(s) rótulo(s), na(s) bula(s) e na(s) receita(s). Utilize sempre equipamento de proteção individual. Nunca permita a utilização do(s) produto(s) por menores de idade. Faça a tríplice lavagem das embalagens. Descarte corretamente as embalagens e restos de produto(s).

Produto de Uso Agrícola Consulte sempre um Engenheiro Agrônomo. Venda sob Receituário Agronômico

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[Meteorologia ]

Condições climáticas ocorridas e tendências para os próximos meses Luiz Renato Lazinski Meteorologista - INMET/MAPA

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urante o mês de outubro, as precipitações apresentaram volumes entre a média e ligeiramente acima da média no Paraná. Nas áreas mais ao sul do estado foram observados os maiores volumes de precipitação, enquanto, nas regiões mais ao norte as precipitações ficaram entre e média e ligeiramente abaixo da normal para a época do ano. As precipitações também apresentaram dois comportamentos diferentes ao longo do mês, na primeira quinzena, as chuvas ficaram abaixo da média em todo o estado, além de apresentarem uma distribuição muito irregular, já na segunda quinzena as precipitações apresentaram volumes bem mais abundantes com uma melhor distribuição. Na região Sul do Brasil, o R. Grande do Sul, foi o estado que registrou os maiores volumes de precipitação, ficando bem acima da média histórica. A regularidade das chuvas na região Sul ao longo do mês, vem contribuindo para manter em bons níveis a umidade do solo, favorecendo o bom desenvolvimento das lavouras na região. Nas regiões Sudeste, Centro-oeste e nas áreas produtoras de grãos do Nordeste, as chuvas continuam muito atrasadas e abaixo da média na maior parte destas áreas, acentuando a deficiência hídrica no solo e consequentemente, atrasando o início do plantio da safra de verão. As temperaturas mantiveram-se ligeiramente acima da média na maior parte de outubro, em todo estado do Paraná e centro-sul do Brasil. O comportamento da temperatura, intercalando períodos quentes com quedas bruscas de temperatura, é típico de primavera. Vale ressaltar a onda de calor que atingiu a região Sul do Brasil no final do mês, onde em algumas localidades foram observados recordes de temperatura máxima. Durante o último mês, observamos uma mudança no padrão do comportamento da evolução das temperaturas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Estas temperaturas superficiais que vinham numa tendência de aquecimento, mudaram o padrão no último mês e apresentaram uma pequena queda, mostrando assim uma diminuição das condições para o desenvolvimento do “El Nino”. Como podemos observar na figura 01, ainda há um predomínio de águas mais quentes, no Oceano Pacífico Equatorial, mas já começam a aparecer alguns núcleos com águas mais frias nesta região. Estas condições, aliadas a outras

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variáveis climatológicas, continuam indicando uma situação de neutralidade climática (nem “El Nino” e nem “La Nina”). Os prognósticos dos modelos climáticos globais, mudaram um pouco a tendência que vinham mantendo nos últimos meses, que era o desenvolvimento de um fenômeno climático “El Nino” de fraca intensidade, para uma condição de neutralidade climática nos próximos meses, como podemos observar na figura 02. Conforme a análise dos modelos de prognóstico climáticos, continua tendência de precipitações com volumes dentro da média histórica para o centro-sul do Brasil, durante a primavera, porém, a distribuição das precipitações deve ocorrer de forma irregular, intercalando períodos curtos com muita chuva com períodos maiores com pouca ou nenhuma precipitação, devido a continuidade de uma situação de neutralidade climática. A umidade no solo, que recuperou a capacidade hídrica ao longo do último mês, deve manter as condições normais no decorrer do próximo mês, favorecendo o bom desenvolvimento das lavouras. Para as regiões Centro-oeste, Sudeste e áreas produtivas do Nordeste, as chuvas que estão muito atrasadas e irregulares, devem voltar ao normal, no próximo mês de novembro. Com relação às temperaturas, os prognósticos indicam que devemos continuar observando estas variações ocorridas nos últimos meses, intercalando períodos um pouco mais quentes, com quedas acentuadas de temperatura, devido a incursões de massas de ar frio, principalmente no centro-sul do Brasil.

Figura 01 - Anomalia da temp. da superfície do mar, durante o período de 02.09.2012 a 29.09.2012. (Fonte: CPC/NOAA).

Figura 02 - Prognóstico da anomalia da temperatura da superfície do mar. (fonte: CPC/NOAA).


[Maquinário]

TratorCase expõe máquinas no WinterShow 2012 Lançamentos, dinâmica de máquinas e inovação marcaram a participação da empresa no evento

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os dias 17 e 18 de outubro, a TratorCase participou do maior evento de cereais de inverno do Brasil, o WinterShow em Entre Rios, Guarapuava (PR). A revenda da Case IH expôs alguns dos lançamentos em maquinários, como a plantadeira Case by Semeato, o trator Puma 205-225 e Farmall 60, que apresentam uma tecnologia avançada. A Tratorcase também participou da dinâmica das máquinas que fazia parte da programação do evento, onde demonstrou como funciona o sinal RTK, com um trator se movimentando no piloto automático. No estande da Tratorcase, além dos colaboradores, esteve presente o diretor da matriz em Ponta Grossa, Sérgio Luiz Valentim (Biro), que elogiou o evento promovido pela Agrária. “Acredito que o foco seja expor inovação e tecnologia para um público específico, que busca por novidade tecnológica. O foco aqui não é realizar negócios, mas sim apresentar tecnologia”. O produtor rural Manfred Becker esteve no WinterShow e contou que recentemente adquiriu uma colhedeira da empresa, pois pretendia sair do sistema convencional para o axial. “Eu optei pelo fato da máquina oferecer alta tecnologia e ao mesmo tempo ser simples, na questão de operação e até mesmo na manutenção, pois na maioria das vezes a gente

Dinâmica de Máquinas, piloto automático

mesmo pode resolver um possível problema. Assim, pretendo permanecer na linha da Case quando for adquirir outras máquinas”.

Nova gerência da TratorCase A TratorCase em Guarapuava está com nova gerência. Quem assumiu foi André Luiz Savoldi, que representava uma multimarcas em Pitanga e foi chamado pelo grupo para gerenciar a empresa na região. Segundo Savoldi, o grupo busca melhorar a unidade de Guarapuava e a intenção agora é aprimorar os serviços e atendimento. “Temos um mercado bem promissor aqui e eu cheguei para somar com essa equipe. O produtor pode estar confiante na TratorCase, pois somos uma empresa sólida e que investe muito no pós venda. Teremos várias mudanças na filial e acredito que o agricultor vai perceber. Queremos nos colocar a frente no mercado aqui em Guarapuava”. O diretor avaliou a importância da exposição de máquinas no WinterShow e falou sobre a participação da TratorCase. “O evento, que a cada ano está melhor, é uma vitrine de tecnologias e novidades para a região, pois aqui passam um grande número de produtores rurais. Isso é bom para o produtor como também, comercialmente falando, para as revendas”.

André Luiz Savoldi

Manfred Becker adquiriu colheitadeira da Tratorcase

Thiago, Mireilli, Sérgio (Biro), Eleandro Pilati e Henrique

FONE: (42) 3629-8900 Rua Antônio Gaudi, 85 - BR 277 Km 341,7 - Guarapuava - PR

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[Sindicato Rural de Pinhão]

IAFT - Uma ferramenta para bovinocultura de sucesso O agropecuarista de Pinhão, Francisco Serpa, conta como a tecnologia é de fácil implantação e acessível tanto para pequenas quanto para grandes propriedades.

A

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O produtor conta que antes de implantar a IATF acreditava que era um processo longo e de difícil implantação. “Na verdade, não alterou praticamente nada na forma como eu conduzia a propriedade”, comenta Serpa.

Produtividade

Francisco Serpa

Outro motivo que impulsionou Serpa a investir na tecnologia foi a criação da Cooperaliança, devido à oportunidade de mercado. “Observei que ampliou a possibilidade de comercialização e surgiu a possibilidade de fornecer animais com cruzas de raças britânicas e zebuínas para obtenção do novilho precoce. Assim, hoje produzo bezerros precoces e forneço para terminadores da Cooperativa”.

Segundo o veterinário, a técnica oferece muitos benefícios tanto para a produção leiteira quanto a de corte. “Um dos principais fatores é que se consegue atingir um nível excelente de aproveitamento de reprodução das vacas. Então nós conseguimos através da técnica, aumentar tanto as taxas de prenhez quanto de natalidade e desmame”. Faria explica que a IAFT faz com que a estação de monta seja mais curta e que, no caso da propriedade de Serpa, o resultado está sendo ótimo. Serpa exemplifica os resultados com alguns índices. “Em 2008, fotos: Manoel Godoy/SRG

técnica de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) é cada vez mais utilizada na bovinocultura de leite e de corte para o desenvolvimento produtivo e genético das propriedades. O produtor rural Francisco Serpa conta que nos últimos cinco anos, após a implantação do sistema, sua propriedade passou por significativas mudanças em relação ao incremento de produtividade e, consequentemente, rentabilidade. A propriedade de Serpa, administrada em parceria com o filho, fica localizada no munícipio de Pinhão e tem 220 hectares. Nesta área, ele investe tanto na pecuária como na agricultura. “A área é utilizada para a pastagem e para plantio de soja e milho, além da criação de equinos”. Em 2007, o produtor resolveu investir em melhoramento genético do rebanho de bovinos, a partir da técnica de IATF. Serpa afirma que a sua intenção foi otimizar a produção já que possui uma área pequena. “Vi que precisava aplicar tecnologias mais avançadas e tentar buscar atingir o máximo que a minha área oferece”. O produtor conta que para a implantação da inseminação precisou de auxílio técnico, e assim, a partir de 2007, o veterinário Vinícius Aquino Alves Faria se tornou responsável pela reprodução e sanidade do rebanho. “O nosso projeto visa inseminar 100 vacas por ano e chegar em 300 matrizes de ovinos até 2014; hoje temos 200”, declara o produtor. Segundo o veterinário, a IATF é uma técnica que tem como principal foco sincronizar o cio do rebanho, o que ocasiona uma série de vantagens. De acordo com o produtor, o foco da propriedade também modificou após a implantação do sistema. “Eu fazia cria e recria e nós tínhamos bezerros e bezerras para reprodução da raça Canchim. Há cinco anos, optamos por inseminar as vacas com sêmen do touro Angus. E agora o nosso foco é apenas bovinocultura de cria”.

Francisco Serpa e o veterinário Vinicius Faria


tínhamos um índice de natalidade em torno de 50%; em 2010 passamos para 90% e este ano já estamos com 95,3% e, por enquanto, sem nenhuma baixa”. Além do aumento dos índices de prenhez e natalidade, o peso também é uma das características que apresentou evolução após a técnica. “Antes a média era de e 200 kg e hoje estamos entregando na faixa de 245 kg”, afirma Serpa. O produtor revela que estes números o incentivam a continuar na atividade, pois fazem com que o rendimento financeiro também aumente. De acordo com Serpa, estes resultados também são decorrentes de um manejo adequado na propriedade.“Não adianta você ter uma excelente taxa de natalidade e o bezerro não chegar até a desmama por falta de outros cuidados. O acompanhamento técnico faz com que o investimento seja mais seguro”.

Nutrição A nutrição, segundo o veterinário, é um dos fatores importantes para a implantação da IATF, no entanto Faria comenta que na propriedade de Serpa não foi necessário realizar muitas modificações neste quesito. “Ele já tinha um manejo nutricional adequado, com utilização das pastagens. Isso é fundamental, porque a nutrição da vaca é um dos fatores primor-

diais para começar a inseminação e ele já tinha esse pré-requisito, com os animais com uma boa condição corporal”, alega. Serpa diz que não há segredo para implantação da IATF e que precisou alterar a forma como realizava o manejo nutricional de seus animais. “Utilizo pastagem normal e no inverno aveia e azevém.O que fazemos de diferente apenas é o Creep-feeding, que é a técnica de suplementação dos bezerros”.

Genética A escolha do cruzamento artificial entre as raças Angus e Canchim foi sugerida pelo veterinário, que explica as principais características do touro.“Nesse cruzamento com Canchim, uma raça adaptada à região, foi incorporado o Angus para termos animais mais pesados e com uma precocidade de terminação maior, além de oferecer uma das melhores carnes de qualidade do mundo”, explica Faria. Serpa declara que o investimento valeu a pena. “O resultado desse cruzamento vem se mostrando excelente e eu não pretendo experimentar outro, porque estou muito satisfeito com esse sistema”. O produtor ainda destaca que após o sucesso da implantação em bovinos, pretende expandir o projeto para os cordeiros. “Possivelmente, vamos fazer a inseminação de um lote de ovelhas nesse

Vinicius manipulando o tanque de inseminação

processo, também para otimizar a criação e oferecer mais cordeiros à Cooperaliança. Está provado que o caminho é este mesmo. Você otimiza a sua exploração e melhora os índices. Com isso, a rentabilidade, certamente, vai melhorar. A IATF é um incentivo para continuar”.

Dia de Campo sobre IATF

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o dia 27 de setembro foi realizado na propriedade do produtor rural Francisco Serpa o Dia de Campo sobre os benefícios da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). O evento promovido pela loja veterinária AgroCampo, em parceria com a Biogenesis Bagó, teve como objetivo repassar a produtores do município de Pinhão as técnicas para implantação e desmistificar as dificuldades da aplicação da IATF. As palestras foram ministradas pelo veterinário Vinicius Faria, o zootecnista conveniado da Cooperaliança, Roberto Motta Junior e os representantes da AgroCampo, Crisler Soares e da Biogenesis Bagó, Henry. O dia de campo contou com o apoio do Sindicato Rural de Pinhão e reuniu 50 produtores.

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Produtores rurais visitam o Porto de Paranaguá

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o dia 16 de setembro, a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) levou 40 produtores de todo Estado para o Porto de Paranaguá. O objetivo da viagem foi conhecer o funcionamento do Porto, bem como novos projetos e como a produção agropecuária paranaense é escoada. O vice-presidente do Sindicato Rural, Anton Gora, esteve em Paranaguá e comentou sobre a visita. “A intenção foi observar como é funcionamento do Porto, quais são os custos, as perspectivas para o futuro, investimentos, entre outros”. Gora também atentou sobre a importância do produtor estar informado sobre a logística dos meios de escoamento da produção e como são operacionalizados os custos. “Foi interessante entender de que forma funciona o Porto, porque esse

é um importante fator na formação dos preços para o produtor, principalmente de soja e milho, que são o maior volume de exportação. E quanto maior o custo da infraestrutura da fazenda até o Porto, menor a rentabilidade do produtor”. O vice-presidente ainda destacou o atraso tecnológico que vinha passando o Porto nos últimos anos, mas observa que há mudanças e as perspectivas são de melhora. “A gente viu que o Porto estava bastante atrasado tecnologicamente. Nos últimos anos, houve pouquíssimo investimento, então há muito trabalho a se fazer. Alguns dos problemas, por exemplo, é que os navios de grande porte não conseguiam encostar no porto, precisavam dragar e existe um certo congestionamento. Mas por outro lado, vimos que essa administração está bem consciente des-

Asscom/ Appa

[Visita técnica]

ses problemas e vai trabalhar no sentido de resolvê-los. É claro que é um trabalho longo, de médio prazo, mas é preciso que seja feito para que haja uma atualização no porto”, opina Gora. Ele ainda comenta sobre a necessidade do produtor atentar para os gargalos que fazem com que seu produto perca valor fora da porteira. “Isso nos afeta diretamente”. Além da visita ao Porto, os produtores também foram ao terminal da COAMO em Paranaguá, que exporta diretamente soja e farelo de soja.

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[Direito Trabalhista]

Decker, De Rocco Bastos Advogados Associados Fábio Farés Decker (OAB/PR nº 26.745) Tânia Nunes De Rocco Bastos (OAB/PR nº 20.655) Vivian Albernaz (OAB/PR nº41.281) Maybi F. P. Brogliatto Moreira (OAB/PR nº 40.541)

Responsabilidade do tomador de serviços na terceirização

A

terceirização é uma ferramenta cada vez mais utilizada para a contratação de mão de obra, com o objetivo de reduzir custos e aumentar a qualidade do serviço. Esse tipo de contrato surgiu da necessidade de transformações dos meios produtivos, a fim de economizar e aproveitar melhor os recursos, visando o aumento da competitividade e buscando redução de despesas, especialmente de mão de obra, onde é possível a substituição pela de terceiros. Mas para que essa forma de contratação de serviços tenha êxito, é conveniente o exame de alguns procedimentos e regras básicas. Inicialmente, esse tipo de contrato provoca a formação de uma relação trilateral: o obreiro, prestador de serviço; a empresa terceirizante, que contrata este obreiro, firmando com ele os vínculos jurídicos trabalhistas pertinentes; e empresa tomadora de serviços, que recebe a prestação de labor, mas não assume a posição clássica de empregadora desse trabalhador envolvido. O vínculo empregatício é estabelecido entre o trabalhador e a empresa prestadora de serviços, sendo que a tomadora, a princípio fica isenta de qualquer responsabilidade, salvo se reconhecida na esfera judicial que o trabalhador executava atividade-fim, ou se demonstrar que a contratação realizada foi uma maneira de fraudar os direitos trabalhistas. Dessa forma os tomadores de serviços terceirizados são co-responsáveis pela mão de obra terceirizada em suas propriedades no âmbito trabalhista. Logo, caso a prestadora de serviço não cumpra com as obrigações junto ao trabalhador, tornando-se inadimplente no que tange as questões trabalhistas, o tomador de serviço terá responsabilidade subsidiária, desde que figure no polo passivo da reclamação trabalhista e esteja expressamente no título executivo judicial. Por isso, a escolha do terceirizado é de fundamental importância para que o tomador não tenha contratempos trabalhistas, os quais não são inevitáveis, mas podem ser reduzidos ao contratar uma empresa idônea. A sugestão ao tomador de serviço terceirizado é de sempre solicitar a empresa contratada a cada pagamento, cópias das guias de INSS e FGTS do mês anterior ao pagamento, devidamente quitada, dos empregados que lhe prestam serviços. Ainda, que solicite todas as certidões fiscais do intermediário, analise sua capacidade financeira, sua idoneidade, exija garantias, e, que até mesmo seja contratando um profissional especializado no assunto para tentar evitar qualquer tipo de responsabilidade por uma obrigação trabalhista não cumprida pelo prestador. O processo de terceirização é cada vez mais realidade também no meio rural, podendo ser utilizado como uma ferramenta importante para o crescimento da atividade, e mais, se bem administrado é vantajoso por reduzir significativamente os custos, tendo em vista a diminuição dos encargos sociais, além da elevada especificidade da mão de obra. Num ambiente globalizado, temos que a terceirização feita de forma correta é uma edificante alternativa nos dias atuais, entretanto deve-se escolher bem os contratados, seja quanto à experiência, idoneidade e segurança, pois o tomador dos serviços poderá vir a ser responsabilizado no caso de descumprimento de obrigações para com o obreiro terceirizado.



[Sorteio]

Sicredi premia associado de Pitanga com caminhonete 0Km da Promoção Cooperação Premiada O Sorteio realizado no dia 27 de setembro em Curitiba também distribuiu 5 motos e mais 4 carros.

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associado da unidade de atendimento do Sicredi de Pitanga, Rafael Augusto Simão, é o ganhador do principal prêmio da Promoção Cooperação Premiada: uma Mitsubishi L200 Triton 0Km. O sorteio aconteceu no Hotel Pestana, em Curitiba e teve transmissão ao vivo pela internet. A Promoção que iniciou em fevereiro desse ano, distribuiu 10 motos e 10 carros, em dois sorteios, um em junho e outro dia 27 de setembro. Participaram da campanha os associados das cooperativas afiliadas à Central Sicredi PR/SP que utilizaram produtos e serviços de suas cooperativas de crédito. Cada va-

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lor específico em operações financeiras realizadas por meio desses produtos gerou um cupom para concorrer. O presidente da cooperativa Sicredi Terceiro Planalto, Adilson Primo Fiorentin, comentou estar muito feliz com a promoção, que auxiliou no resultado das cooperativas do Paraná no primeiro semestre e em contrapartida distribuiu bons prêmios aos seus associados, como foi o caso do Rafael. Além de Rafael, mais 9 associados do Paraná foram contemplados neste último sorteio com cinco motocicletas Honda Biz 125cc e quatro carros: 1ª Moto, Milton Bussler – Santa

Helena/PR; 2ª Moto, Susette M. Bulla Ronco – Mandaguaçú/PR; 3ª Moto, Comércio de Confecções Gomes e Coelho – Abelardo Luz/SC; 4ª Moto, Irma Miqueleto – Maringá/PR; 5ª Moto, Max R. Theobald – Quatro Pontes/PR; Ford Fiesta, Jandira Zanetti – Maripá/PR; Citroen C3, Osvaldo Balini – Ângulo/PR; Fiat Strada, Francieli Valério BiniZielinski – Braganey/PR; Chevrolet Ágile, Anselmo Luiz Uguline – Santo Antonio do Sudoeste/PR; O resultado da premiação pode ser obtido nas unidades de atendimento do Sicredi ou no hotsite www.cooperacaopremiadasicredi.com.br.


Sobre a Sicredi Terceiro Planalto

Os Poupedis estão de volta na campanha para o Mês das Crianças Para comemorar o Mês das Crianças, o Sicredi apresenta uma campanha com ações que visam conscientizar os pais sobre a importância de investir para garantir o futuro dos filhos, além de estimular a educação financeira. A influência dos super-heróis na vida de crianças e adultos foi o mote utilizado para trazer de volta os Poupedis, personagens que representam, desde 2009, a poupança do Sicredi. Desenvolvida pela agência Morya, a campanha apresenta os Poupedis como os guardiões do futuro, os heróis que ensinam a poupar. Os Poupedis são representados pelos personagens Din, Pixx, Bludi, Zup e Nina que salvam a cidade do vilão “Gastador”. A estratégia da Morya, a partir da utilização de desenhos animados e efeitos especiais, conta essa história de um jeito lúdico e divertido. Além disso, há cinco modelos de bonecos-cofre, um para cada Poupedi, que serão entregues mediante aportes em poupança. Em todo o Brasil, serão distribuídos mais de 120 mil bonecos, em cinco cores. Na Cooperativa Sicredi Terceiro Planalto, o boneco-cofre será entregue a cada R$ 200,00 aplicado no produto. Para saber mais sobre os Poupedis acesse: poupedisicredi.com.br

A Sicredi Terceiro Planalto está presente em 8 municípios com 10 unidades de atendimento (3 em Guarapuava) e tem como sede a cidade de Guarapuava PR. Municípios da cooperativa com unidades de atendimento: Guarapuava, Pinhão, Candói, Pitanga, Manoel Ribas, Santa Maria do Oeste, Palmital e Turvo.

Sobre o Sicredi O Sicredi é um sistema composto por 113 cooperativas de crédito, integradas horizontal e verticalmente. A integração horizontal representa a rede de atendimento (mais de 1.100 pontos), distribuídas em 10 Estados* - 905 municípios. No processo de integração vertical, as cooperativas estão organizadas em quatro Cooperativas Centrais, uma Confederação, uma Fundação e um Banco Cooperativo, que controla empresas específicas que atuam na disponibilização de produtos e serviços aos associados, compreendendo seguros, administração de cartões e de consórcios. Mais informações no site sicredi.com.br. * Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Pará, Rondônia e Goiás.

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[Dia da Secretária]

Encontro de Secretárias

reuniu 150 profissionais do setor agropecuário e do comércio

C

om objetivo de celebrar o Dia da Secretária e reunir profissionais para um dia de confraternização e aprendizado, o Sindicato Rural de Guarapuava, em parceria com o Conselho da Mulher Executiva da ACIG (CEME), promoveu na tarde do dia 28 de setembro, o Encontro das Secretárias de Guarapuava. O evento que já é tradição nas entidades de classe, a cada ano se consolida e atrai mais profissionais. Neste ano, o Encontro, que está na 11ª edição realizada pela ACIG e 5º pelo Sindicato Rural, reuniu cerca de

Marcia Bittar (ACIG)

150 profissionais, entre elas secretárias executivas, assistentes administrativas e telefonistas tanto do setor agropecuário quanto da indústria e do comércio. A gerente comercial da ACIG, Márcia Bittar comentou sobre o evento. “Para nós é muito importante essa parceria no sentido de unir esforços para incentivar que outras pessoas busquem capacitação. Acredito que esta união de forças faz com que as duas entidades somem e nós consigamos proporcionar um momento de lazer, descontração e algumas dicas para estas profissionais”, observa.

Adriana Botelho (Sindicato Rural)

Iris Previatti (Expressiva)

Maria Inês Guiné (CEME)

Priscila Flauzino (Bella Diva)

Rubens Unger (Stúdio Personal)

Cleuza Meira (Estética Bela Forma)

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Valorização A cerimonialista e presidente do CEME, Maria Inês Guiné abriu o evento e destacou a importância de se valorizar a profissão da secretária na cidade. Em seguida o presidente da Acig, Eloi Mamcasz também falou do papel da Associação

Comercial e da importância da secretária no cotidiano das organizações. E ainda a esposa do presidente do Sindicato Rural, Adriane Botelho e conselheira do CEME, Elaine Scartezini Meirelles falaram sobre a realização do evento. Adriana destacou

que o dia da secretária proporciona momentos de reflexão, auto análise pessoal e profissional, além de troca de experiências e confraternização. “Queremos agradecer, reconhecer e valorizar as secretárias nesta data”, disse.

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Proatividade A programação foi bem variada, desde dicas profissionais a questões de moda e sensualidade. A primeira palestra foi com a gerente comercial da ACIG, Marcia Bittar que abordou sobre postura, conduta e comportamentos que são adequados para a profissão de secretária. Em seguida, a empresária Iris Previatti repassou as novas tendências da moda. Logo após, a conselheira do CEME e esteticista, Cleuza Meira fez uma demonstração de como preparar uma maquiagem básica para o trabalho e para o dia a dia. Ainda o personal traineer e educador físico, Rubens Unger fez uma pequena

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aula de ginástica que entusiasmou a plateia e a vendedora Priscila Flauzino falou sobre sensualidade. Márcia destacou em sua palestra que muitas vezes o que falta não é capacitação profissional, mas proatividade e iniciativa. “Tenho 35 anos de experiência e considero que o mais complicado na área de secretariado se resume na área comportamental, a maneira como se age em determinadas situações, falta de controle, sigilo, e a questão de confiança no profissional, mas o mais grave se resume na falta de iniciativa. Eu acho que não basta ter muito conhecimento se não se tem atitude”.

O Encontro contou com apoio e patrocínio de várias empresas, com distribuição de brindes e coquetel de confraternização.


[Lavoura-Pecuária-Floresta ]

Mais de 150 pessoas participaram do Dia de Campo ILPF na Fazenda Capão Redondo O Sistema FAEP/SENAR-PR, com o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava, promoveu na manhã do dia 24 de outubro, um Dia de Campo sobre Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF) na Fazenda Capão Redondo, em Candói. Através de painéis teóricos e práticos foram demonstrados os benefícios da ILPF para as cadeias produtivas (corte, leite, ovino e caprino) e otimização da produção de grãos.

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Planejamento de forma sistêmica No primeiro painel, o professor Paulo Carvalho, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, apresentou as propriedades da tecnologia. “A ILPF é uma boa alternativa, que está ao alcance dos produtores e é uma tecnologia sustentável. O governo brasileiro está apostando bastante nessa tecnologia, que inclui a rotação de culturas, plantio direto, conservação dos solos e diversificação na propriedade. A rotação agrícola e pecuária proporciona um sinergismo entre atividades, que resulta em mais produção, rentabilidade e sistemas mais sustentáveis a longo prazo”. Segundo Carvalho, a ILPF ainda não é comum no Brasil. “A gente observa muito rotações de agricultura com pastagem, mas não necessariamente dentro da concepção de integração. Ainda que exista a rotação, a integração do sistema é a combinação de grãos, pecuária e árvores”. A ILPF, de acordo com o professor, inclui, por exemplo, um planejamento de adubação. “Quando o produtor trabalha com culturas em associação, ele planeja a adubação na soja, no milho, eventualmente para pastagem. Quando o objetivo é fazer integração, o produtor deve observar quando há saídas de nutrientes no sistema e quando é preciso entrar com nutrientes. O produtor deixa de fazer fertilizações específicas para cada cultura e passa a adubar o sistema, ou seja, pode haver sistemas com rotação soja-pastagem em que o momento de adubar o sistema é na fase pastagem, e não na lavoura. O planejamento passa a ser

Paulo Carvalho

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feito de uma forma sistêmica. Isso é integração”, explica. De acordo com ele, geralmente o produtor trabalha a sequência, ou seja, “quando chega a época da soja, ele pensa na soja e não na soja como um sistema integrado. Nesse sentido, é preciso evoluir. Não só o produtor, como as pesquisas e a academia. Essas combinações são complexas e influenciam na ciclagem de nutrientes”.

estão colhendo os frutos comprovados pela pesquisa. No Paraná, apenas cerca de 5% das áreas de agricultura estão integradas, pensando no conceito geral de integração”.

“É preciso acabar com a resistência de técnicos e produtores” No segundo painel, o professor da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) Sebastião Brasil, apresentou o que foi feito na região de Guarapuava nos últimos 20 anos com relação à integração lavoura e pecuária. “Essa integração iniciou em 1995 e temos hoje uma situação privilegiada na região. A pesquisa conseguiu solucionar diversos problemas levantados pelos produtores rurais ao longo desses anos, como compactação do solo, transferência de fertilidade e sistemas de rotações que atendessem os interesses da classe, reduzindo riscos econômicos da propriedade. O que falta é acabar com a resistência (quanto à adoção do sistema) dos técnicos - agrônomos, zootecnistas e veterinários e, principalmente, do produtor. É aIgo complexo porque a integração necessita de uma boa gestão. Por isso, estamos focando no planejamento da propriedade e a organização da porteira para fora. Temos um apoio muito grande do Sistema FAEP nessa capacitação para formar núcleos de produtores visando implantar essa tecnologia, que gera diversidade dentro da propriedade, renda e estabilidade econômica. Tudo é possível com organização e planejamento”. Quanto à ILPF na região de Guarapuava, Brasil considera que poucas propriedades estão dentro do princípio da integração, ou seja, com os componentes interagindo entre eles. “Não dá mais para enxergar a agricultura como atividade principal, a pecuária como atividade secundária e a floresta ou outras, como terciária. É preciso avançar. Aqueles que já adotam o sistema

Sebastião Brasil

Dias de campo e Empreendedor Rural Esse foi o quarto dia de campo de difusão de estratégias sobre ILPF no Paraná. Ao todo, o evento será realizado em 11 municípios do Estado, reunindo dirigentes sindicais e produtores rurais. Segundo o superintendente do Senar, Ronei Volpi, o dia de campo pretende fazer a difusão e quebrar paradigmas sobre a integração lavoura, pecuária e floresta e ainda, desafiar os produtores para a criação, em 2013, de pelo menos 30 grupos de interesse para o programa Empreendedor Rural adaptado à ILPF, dividido em pecuária de corte, pecuária de leite e ovino-

Ronei Volpi


-caprinocultura. “A ideia é trabalhar, além da integração, rastreabilidade, qualidade total, controle zootécnico e econômico, dando todo o suporte para os produtores se profissionalizarem, reduzindo custos de produção e riscos na atividade “. Para Volpi, o dia de campo em Guarapuava superou as expectativas. “Estou muito satisfeito porque tivemos mais de 100mm de chuva ontem, quase cancelamos o evento, mas tivemos um dia excepcional. Os produtores tiveram a oportunidade de participar desse dia de campo maravilhoso, nessa fazenda excepcional da família Botelho, que nós agradecemos muito a disponibilidade porque sabemos o transtorno que um dia de campo traz para uma fazenda. O evento também superou o número de pessoas previsto e isso nos traz muita alegria e reconhecimento pelo nosso trabalho”.

Cenário ideal Além da informação técnica de qualidade, a centenária Fazenda Capão Redondo deu um toque especial ao evento. Belas paisagens e a integração lavoura, pecuária e floresta implantada na propriedade chamaram a atenção dos participantes. O produtor rural Carlos Eduardo dos Santos Luhm elogiou o dia de campo. “Foi muito bom porque apresentou novas perspectivas para a agropecuária da região, principalmente visando o inverno, porque aqui só temos a opção de trigo, cevada, triticale e aveia. Essa integração de lavoura, pecuária e agora floresta é mais uma alternativa de conservação de terra e também de remuneração”, disse. O produtor rural Edgard Szabo também aproveitou a oportunidade para obter informações. “Foi ótimo.

Agora temos que colocar em prática. Pretendemos implantar a integração lavoura, pecuária e floresta na propriedade”. Com o término do dia de campo, o Sindicato Rural de Guarapuava está recebendo inscrições de produtores rurais interessados em participar de grupos de interesse dos segmentos corte, leite, ovino e caprino para a realização do Projeto de Empreendedor Rural em 2013. São parceiros do Dia de Campo Integração Lavoura, Pecuária e Floresta: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), Embrapa, Instituto Agronômico do Paraná (Iapar),Universidade Federal do Paraná (UFPR), Emater, Banco do Brasil, Núcleo de Inovação Tecnológica em Agropecuária (Nita), Unicentro e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

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[Sanidade]

Adapar discute taxas de fiscalização A Agência de Defesa Agropecuária pretende ampliar o volume e valor das exportações dos produtores agropecuários no Paraná

A

Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) reuniu fiscais para repassar procedimentos sobre as taxas de fiscalização sanitária tanto animal quanto vegetal, relacionadas à vigilância, fiscalização, inspeção, controle, rastreabilidade e certificação de saúde animal. O encontro aconteceu no dia 20 de setembro, no Sindicato Rural de Guarapuava. As taxas que começaram a ser cobradas a partir de julho deste ano, estão previstas pela Lei 17.044, sancionada no dia 30 de dezembro de 2011, com objetivo de gerar uma nova política administrativa da área de sanidade no estado do Paraná. O diretor de defesa agropecuária da Adapar, Adriano Luiz Ceni Riesemberg, falou sobre o objetivo da reunião. “Passamos pelas nossas unidades regionais para detalhar, e tirar as dúvidas dos fiscais sobre os procedimentos de cobrança. Nós só estamos fazendo uma adequação de operações para todo Estado agir da mesma forma”. Entre os serviços cobrados estão, por exemplo, o registro de agrotóxicos, frigoríficos no Sistema de Inspeção do Paraná (SIP) e a emissão de Guias de Trânsito Animal (GTAs). Vale destacar que a Adapar poupou as taxas dos agricultores familiares.

Adriano Riesemberg, diretor de defesa agropecuária da ADAPAR

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As cobranças foram divididas em taxas de fiscalização animal, fiscalização vegetal, serviços de laboratório e taxa de serviço administrativo, como vacinações brucelose, compulsória, taxas de emissão de GTA ou de abate de animais, incluindo as espécies de expressão zootécnicas, bovinos, equideos, bubalinos, suínos e aves, caprinos e ovinos, entre outros. O diretor de Defesa Agropecuária explicou o que muda e o motivo das taxas. “A Agência é uma autarquia que tem que prover seus recursos de manutenção e assim passou a cobrar por alguns serviços que não eram cobrados. Tudo isso implica em fiscalização e gastos com pessoal. No entanto, destaco que o produtor ou o comerciante exija que os serviços sejam prestados com qualidade, pois as taxas só se justificam se a Adapar entregar em contrapartida um bom serviço”. O fiscal de defesa sanitária agropecuária da ADAPAR e componente da gerência de apoio técnico no Setor de Sistemas de Informação em Curitiba, Antônio Minoro Tachibana explicou sobre o amparo legal e as condições de existência das cobranças. “Inicialmente sobre a questão legal, a cobrança dessas taxas é amparada por lei e foi um consenso

entre o setor produtivo organizado que tínhamos que criar a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná”. O fiscal explica que a agência pre-

Antonio M. Tachibana, fiscal de defesa agropecuária da ADAPA

tende fazer do Paraná um maior exportador. “O nosso foco está no mercado interno e externo, independente de sua exigência. Pretendemos atingir o mercado europeu que paga bem e que quer qualidade, sem perder o foco e os olhos no mercado africano e asiático, que quer quantidade. Então estamos focados na qualidade, sem perder em quantidade”. Além disso, Tachibana comenta que a Agência quer proporcionar uma nova realidade para questão sanitária no


ANEXO III-­‐ TAXA DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS-­‐ ADAPAR

Taxas de Serviços Administrativos - ADAPAR

Item

Fato Gerador

Quem emite do boleto

Quem paga o boleto

Sobre o que é cobrado

Quando é emitido o boleto ULSA: no momento do fornecimento da GTA; Produtor: a qualquer momento, antes da emissão da GTA.

Valor de referencia

4

BOVINOS E BUBALINOS

Serviço Oficial ou Produtor

Produtor/Indústria

Por GTA + quantidade de animais.

Item

Fato Gerador

Quem emite do boleto

Quem paga o boleto

Sobre o que é cobrado

Quando é emitido o boleto

Valor de referencia

Produtor

Por GTA + quantidade de animais.

ULSA: no momento do fornecimento da GTA; Produtor: a qualquer momento, antes da emissão da GTA.

R$2,00 por GTA + R$ 0,30 por animal (até no máximo R$ 32,00)

Indústria

Por animal

Serviço Oficial: na ULSA uma vez por mês.

R$ 0,30 por animal

Quem paga o boleto

Sobre o que é cobrado

Quando é emitido o boleto

Valor de referencia

5

SUÍNOS

Serviço Oficial ou Produtor

Item

Fato Gerador

Quem emite do boleto

6

OVINOS E CAPRINOS

Serviço Oficial ou Produtor

Item

Fato Gerador

Quem emite do boleto

7

EQUÍDEOS

Serviço Oficial ou Produtor

8

AVES DE CORTE -­‐ ABATE

Serviço Oficial

Item

Fato Gerador

Quem emite do boleto

9

AVES – MATRIZES ALOJADAS

Serviço Oficial

10

AVES DE POSTURA COMERCIAL

Serviço Oficial ou Produtor

Observações

. Independentemente do número de animais a serem transportados, a cobrança máxima é de R$ 32,00 por GTA; R$2,00 por GTA + . Cobrança apenas quando a finalidade da GTA é abate ou para R$ 1,50 por animal trânsito interestadual. (até no máximo R$ . Emissão pelo Serviço Oficial .Emissão pelo produtor 32,00) no site da SEAB (www.agricultura.pr.gov.br) ou http://www.adapar.pr.gov.br/ Observações . Independentemente do número de animais a serem transportados, a cobrança máxima é de R$ 32,00 por GTA; . Cobrança apenas quando a finalidade da GTA é para trânsito interestadual. . Quando da finalidade de abate as taxas serão cobradas da indústria em conformidade com o mapa de abate. . Emissão pelo Serviço Oficial .Emissão pelo produtor no site . A ULSA que possuir abatedouros em sua jurisdição deverá uma vez por mês emitir o boleto, em conformidade ao Mapa de abate; . Emissão pelo Serviço Oficial Observações

ULSA: no momento do . Independentemente do número de animais a serem fornecimento da GTA; R$2,00 por GTA + transportados, a cobrança máxima é de R$ 32,00 por GTA; R$ 0,30 por animal . Cobrança apenas quando a finalidade da GTA é abate ou para Produtor/Indústria Produtor: a qualquer (até no máximo R$ trânsito interestadual. momento, antes da 32,00) . Emissão pelo Serviço Oficial, Emissão pelo produtor emissão da GTA. Sobre o que é Quando é emitido o Quem paga o boleto Valor de referencia Observações cobrado boleto ULSA: no momento do . Independentemente do número de animais a serem fornecimento da GTA; R$2,00 por GTA + transportados, a cobrança máxima é de R$ 32,00 por GTA; Por GTA + R$ 0,30 por animal . Cobrança apenas quando a finalidade da GTA é abate ou para quantidade de DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS-­‐ ADAPAR Produtor/Indústria ANEXO III-­‐ TAXA Produtor: a qualquer (até no máximo R$ animais. trânsito interestadual. momento, antes da 32,00) emissão da GTA. . Emissão de boleto para indústria através de mapa de abate ou Serviço Oficial: pelas emissões de GTAs recebidas (mensalmente); na ULSA uma vez por A cada 1000 R$ 0,40 a cada mês. Produtor / Industria . Emissão pelo Serviço Oficial aves abatidas 1000 aves. . Incluí-­‐se o descarte de Matrizes pesadas (corte) (Portaria 07 de 05/07/12, art8º, §2º). Sobre o que é Quando é emitido o Quem paga o boleto Valor de referencia Observações cobrado boleto Fiscal de Regional de Produtor / Empresa / Sanidade Avícola -­‐ FRSA A cada 1000 R$ 7,00 a cada Estabelecimentos de . Emissão pelo Serviço Oficial ou ULSA, uma vez por aves alojadas 1000 aves alojadas Reprodução avícola mês. . Emissão de boleto para indústria através de mapa de abate ou ULSA: no momento do pelas emissões de GTAs emitidas para a indústria (cobrança fornecimento da GTA; mensal); Produtor / Industria Por GTA R$ 7,00 por GTA .Emissão pelo produtor Produtor: a qualquer . Incluí-­‐se o descarte de Matrizes leves (postura) (Portaria 07 de momento, antes da 05/07/12, art8º, §2º). emissão da GTA. Por GTA + quantidade de animais.

Paraná. “Agregar valor a médio e longo prazo em todos os produtos. Pedimos que a sociedade confie em nós, pois vamos saber conduzir a Adapar com autonomia e quadro próprio para executar as ações de defesa sanitária que vão se traduzir em quebras de barreiras e até de paradigmas”, opina o fiscal. Alguns dos serviços prestados pela Adapar podem ser gerados pelo site da Adapar www.adapar.gov.pr ou da Secretária de Agricultura e do Abastecimento (Seab) www.seab.pr.gov.br.

A Adapar

Riesemberg explica que a Agência não modificou ou interrompeu serviços

que eram prestados pelo DEFIS. “Nós ainda estamos em fase de estruturação, por exemplo, está para se realizar um concurso para repor pessoal, também escrevendo projetos e preparando a Adapar para termos, em 2013, uma outra estrutura e condição de trabalhar e prestar serviços de forma mais eficiente”, explica. O diretor de defesa agropecuáriatambém falou sobre as pretensões sanitárias do Estado e como a Adapar pretende agir para atingir a sanidade plena. “O Paraná quer ser, por exemplo, livre de Febre Aftosa sem vacinação porque isso vai trazer um valor maior para nossa carne. A mesma coisa com outras culturas e explorações, na medida em que você consegue ser reconhecido como um Estado

sanitariamente elevado em qualidade, os mercados se abrem. O propósito da Adapar é fazer com que nossos produtos não tenham nenhuma restrição de mercado, seja no Brasil e principalmente no exterior”, observa Riesemberg. O fiscal da Adapar, Tachibana, explica que a atuação da Adapar é de extrema importância para melhorar a qualidade não só para exportação de produtos agropecuários, mas para a população paranaense. “O nosso serviço é derrubar barreiras não tarifárias escondidas como barreiras sanitárias, preparando todos os nossos produtos para exportação e também garantindo a maior qualidade dos produtos para o consumidor paranaense e brasileiro”.

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[Pesquisa ]

Validação da tecnologia de melhoramento de pastagens naturais no Planalto Sul de Santa Catarina

1

Ulisses de Arruda Córdova2 Nelson Eduardo Prestes3 Osvaldo Vieira dos Santos4 César Itaqui Ramos5

Resumo – O melhoramento de pastagens naturais foi consolidado na Serra Catarinense a partir da segunda metade da década de 90. Nesta época já existia uma grande área implantada, como resultado da adoção por diversos produtores, em função do aumento da produção de forragem, da elevação da capacidade de suporte, além dos custos de implantação serem inferiores aos praticados em cultivos convencionais. Apesar da dimensão existente, esta tecnologia ainda necessitava de avaliação e acompanhamento mais rigorosos. Assim, conduziu-se três ensaios de validação no município de Campo Belo do Sul, por um período de três anos, nos quais avaliou-se a produção e qualidade da forragem, o rendimento animal e a rentabilidade econômica. Os resultados médios obtidos foram: 511,63 kg PV/ha/ano, sendo o GMD de 0,789 kg/an/dia e carga animal de 648 kg de PV/ha. A DIVMO foi de 66,1; 62,6; 72,4 e 66,5 %, no verão, outono, inverno e primavera, respectivamente. O teor de proteína bruta foi de 14,7; 19,7; 22,0 e 14,4 % para a mesma ordem das estações do ano. A margem bruta foi de R$ 811,10/ha. Termos para indexação: campo nativo, melhoramento, produção animal. Abstract – The improvement of natural pastures was consolidated in the

highlands of Santa Catarina State only recently when a great area of improved natural pastures already existed, technology adopted by farmers due to its increase in fodder production and stocking capacity. Besides, this technology presented costs inferior to the ones for the conventional pasture cultivation. However, this technology still needs a more rigorous evaluation, which is to be achieved by three on farm experiments, conducted in Campo Belo do Sul county. It was evaluated forage production and quality, animal liveweight gain (LWG) and the profitability of the native pasture improvement technology. The average results were as follows: the pastures showed an in vitro OMD of 66.1; 62.6; 72.4 and 66.5 %, during summer, autumn, winter and spring season, respectively. The crude protein content was of 14.7; 19.7; 22.0 and 14.4 % for the same season order. Animal LWG of 511, 63 kg/ha/ year, with a daily animal LWG of 0.789 kg/animal/day and animal load of 648 kg of LW/ha. Finally, the system showed an economic gross margin of R$ 811,10/ha (U$ 477,00/ha). Index Terms: natural pasture, animal production

Introdução A Região Serrana de Santa Catarina

(Brasil), que compreende os Campos de Lages e Curitibanos, possuía em 1995 aproximadamente 900.000 hectares de pastagens naturais (Censo Agropecuário, 1995-96). Nas últimas décadas, grande parte deste recurso forrageiro, ainda não dimensionada, tem sido substituída por monoculturas de atividades diversas. No período entre 1970 e 1995 aproximadamente 338.000 hectares foram substituídos por outras culturas (Córdova, 1997). Essa situação certamente tem se agravado nos últimos anos com a intensificação do plantio de monoculturas como: Pinus, eucalipto, grãos (principalmente soja e milho), maçã, batata e alho. Estima-se que a área de pastagens naturais substituídas já ultrapassa 400.000 hectares na referida região. A principal razão para essa situação é a baixa produtividade obtida pelos sistemas tradicionais de produção pecuária, baseados em pastagens naturais, nos quais o rendimento animal dificilmente ultrapassa valores de 60 a 70 kg de peso vivo (PV)/ha/ano (Carvalho et al., 2006). Esse resultado inviabiliza a pequena ou média propriedade que tenha na pecuária de corte a principal fonte de renda. Uma das alternativas que pode reverter essa situação é a adoção da tecnologia de melhoramento de pastagens naturais, que através da introdução de espécies de estação fria, tem como objetivo atenuar a

1 Projeto realizado através de convênio técnico/financeiro firmado entre Epagri e Florestal Gateados Ltda. de Campo Belo do Sul, SC. 2 Eng. agr., M.Sc, Epagri/Estação Experimental de Lages, C.P. 181, 88.502-970, Lages, SC, fone/fax: (49) 3224-4400, e-mail: ulisses@epagri.rct-sc.br; 3 Eng. agr., M.Sc, Epagri/Estação Experimental de Lages, C.P. 181, 88.502-970, Lages, SC, fone/fax: (49) 3224-4400, e-mail: prestes@epagri.rct-sc.br; 4 Eng. agr., M.Sc, Epagri/Cepa, C.P. 1587, 88.034-001, Florianópolis, SC, fone: (48) 3229-3900, e-mail: osvaldo@epagri.rct-sc.br; 5 Méd. vet., M.Sc,

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flutuação estacional da oferta de alimentos, para reduzir ou até eliminar os prejuízos provocados durante o período de outono-inverno (Prestes & Córdova, 2004). Além de elevar a produtividade dos campos naturais reveste-se de importância por diversas razões, como: a manutenção da estrutura física do solo, a preservação das espécies nativas e os baixos custos praticados (Barreto et al., 1978). Diversos autores (Nabinger, 1980; Gonçalves, 1980; Vincenzi, 1987; Jacques, 1993; Córdova, 1997) afirmam que a única possibilidade de preservação das pastagens naturais é através do uso de novas tecnologias, como o melhoramento das mesmas, pela introdução de espécies de estação fria, que tenham crescimento no período de outono-inverno e bom valor nutritivo, além de práticas de manejo que permitam o estabelecimento, a manutenção e a elevação de produtividade dessas pastagens. Em Santa Catarina os primeiros resultados animal obtidos pelo melhoramento de campo nativo foram publicados por Ritter & Sorrenson (1985), a partir de ensaio conduzido na Estação Experimental de Lages (EEL), no qual o rendimento animal obtido foi de 299 kg PV/ha/ano. No município de Urupema, em uma área de 11,5 ha, com aplicação à lanço de calcário e fertilizantes, e sobressemeadura manual, 32 novilhos permaneceram por 293 dias, resultando em um rendimento de 540 kg de PV/ha, com ganho médio diário (GMD) de 0,662 kg, incluindo o período de outono-inverno (Santos, 2004). Vale destacar que esse município está entre aqueles em que ocorrem as menores temperaturas do Brasil. Em acompanhamento de 15 propriedades, localizadas no Planalto Catarinense, que adotaram a tecnologia de melhoramento de campo nativo, Andrade (2001), em seu trabalho de conclusão de curso, registrou 356,64 kg PV/ha/ano como resultado médio destas propriedades, sendo que a amplitude verificada se situou de 208,0 a 628,6 kg PV/ha. Este resultado do limite superior equivale a aproximadamente 9 vezes a produtividade média do campo nativo, em regime extensivo de uso, sendo que o valor menor é ainda 3 vezes superior a mesma. Nos municípios de Urupema, São Joaquim e Painel, ou seja, na região mais fria e de maior altitude da Serra Catarinense,

em quatro propriedades que implantaram o melhoramento de campo nativo de diferentes maneiras, foram obtidos resultados que variaram de 520 a 672 kg de PV/ha/ ano (Prestes & Córdova, 2004). Em São Francisco de Paula – RS, município localizado na região dos Campos de Cima da Serra, em uma área de 18 ha, a engorda de 20 vacas de descarte, em 79 dias de pastejo, resultou em um rendimento de 187,11 kg PV/ha (Messias, 2004).

Material e métodos A definição das propriedades onde foram implantadas as áreas de melhoramento de campo nativo foi de responsabilidade das instituições que atuam, lideram e/ou representam o setor agropecuário de Campo Belo do Sul. As áreas totais, assim como suas subdivisões, foram dimensionadas através de medição com GPS de precisão, realizada por empresa especializada. A totalização das três unidades de validação foi de 29,67ha.

Momento da entrada dos novilhos em um dos piquetes experimentais

A época de implantação foi entre junho e julho de 2004. A adequação das condições químicas, a partir de interpretação de laudo de análise de solo, se constitui da aplicação de 4 t/ha de calcário dolomítico e 255 kg/ha de fertilizantes da fórmula comercial 03-30-15, como dosagens médias utilizadas nas três propriedades. O calcário foi distribuído a lanço, três meses antes do plantio, e o fertilizante quando da implantação do melhoramento. A mistura forrageira utilizada foi: trevo-branco (Trifolium repens L.) cv. Zapican; trevo-vermelho (Trifolium pratense L.) cv. E-116; cornichão (Lotus corniculatus L.) cv. São Gabriel; azevém anual (Lolium multiflorum L.) cv. comum e capim-lanudo (Holcus lanatus L.) cv. La Magnólia, nas densidades de 3, 5, 5, 30 e 6 kg/ha,

respectivamente.Em um hectare de cada unidade foi testado o dátilo (Dactylis glomerata L.) cv. Amba e Lótus-serrano (Lotus uliginosus Schkuhr) SCS 313 Serrano, nas densidades de 8 e 2 kg/ha, respectivamente. Antes do plantio foi promovido um pastejo intenso e roçada mecanizada e/ou manual com a finalidade de reduzir a competição exercida pela flora original e facilitar o contato da semente com o solo. A semeadura e adubação foram realizadas através do uso de renovadora de pastagens com cinco linhas de plantio. Após a implantação, todas as áreas foram subdivididas com cerca eletrificada em piquetes com tamanho médio de aproximadamente 1,75 ha. Os animais utilizaram as pastagens em pastejo rotativo. A carga animal foi ajustada sempre que necessário, de acordo com a disponibilidade de forragem. No primeiro ano as áreas foram diferidas para ressemeadura natural durante 4 meses. No início de cada outono foi realizada uma roçada e aplicado 150 kg/ha da fórmula 09-33-12 como adubação de manutenção. O período de avaliação, compreendido desde a implantação do melhoramento do campo nativo até o último corte da pastagem e pesagem dos animais, foi de três anos, 10 meses e 25 dias para a unidade 1, do Sr. Osni do Amaral Antunes; de três anos, 9 meses e 24 dias para a unidade 2, do Sr. Irineu Pereira Branco; e de um ano, sete meses e 21 dias para a unidade 3, do Sr. José Sólon Furtado. Para avaliação da produção de matéria seca (MS) e ganho de peso vivo (PV) foi considerado um período de 305 dias no ano, sendo os 60 dias restantes destinados à preparação da pastagem como a realização da adubação, da roçada e o diferimento, para o período mais crítico de outono e inverno. As avaliações dos rendimentos de MS e de PV ocorreram a cada 28 dias. A produção forrageira foi quan-

Novilhos em pastejo rotativo numa das áreas experimentais

Revista do Produtor Rural

73


tificada através de cortes da pastagem a 5 cm acima do nível do solo, feitos com tesoura de tosar, em quadrados com 0,25 m² colocados dentro de gaiolas de exclusão ao pastejo. As gaiolas, em número de uma por piquete, eram móveis, sendo sempre colocadas em locais que melhor representassem a condição da pastagem naquele momento. Depois de definido o local, foi efetuado corte emparelhamento para permitir a quantificação do crescimento subsequente. Os animais, sem jejum prévio, foram pesados individualmente. As amostras da pastagem foram submetidas à separação botânica em seus diversos componentes: nativos, introduzidos, plantas indesejáveis e material morto. Logo após, estes componentes devidamente embalados e identificados, foram colocados em estufa de ar forçado a 60°C, até atingirem peso constante. Para avaliar a qualidade da forragem, estes mesmos componentes foram reagrupados em uma única amostra, representando cada uma das estações do ano. A digestibilidade in vitro da matéria orgânica (DIVMO), os nutrientes digestíveis totais (NDT) e o teor de proteína bruta (PB), foram determinados pelo Laboratório de Nutrição Animal (LNA) da EEL. Foram utilizadas as categorias animais de novilhos e novilhas desma-

Situação da pastagem no momento da entrada dos animais

mados de 6 a 12 meses. Durante os períodos de avaliação, anteriormente mencionados, nas unidades 1 e 2 foram analisados os resultados de quatro lotes de animais, sendo na unidade 3, apenas dois lotes. Nesta última unidade não houve o prosseguimento das avaliações em função de que o produtor, apesar dos resultados obtidos, não mais se dispôs a seguir a metodologia apregoada. Antes do ingresso dos animais na pastagem foi retirado material para exame de fezes (OPG), contagem de carrapatos e moscas do chifre, e realizada conseqüente medicação. A cada 56 dias, período equivalente ao intervalo de duas pesagens, todos os animais foram everminados. O pastejo rotativo foi conduzido sempre no sentido de privilegiar o uso do piquete que estivesse em melhores condições. A análise financeira considerou os custos de implantação e manutenção da pastagem, assim como o custeio com os animais e conseqüente rentabilidade.

Resultados e discussão A produção acumulada de MS, desde a implantação do melhoramento até o início das avaliações com animais, podendo assim ser considerada como forragem disponível no momento do primeiro pastejo, assim como as produções de MS verificadas ao longo do período de permanência de cada um dos lotes de animais, estão expressas na Tabela 1. As produções acumuladas, e assim disponíveis ao 1º pastejo, totalizadas às obtidas ao final da avaliação do primeiro lote de animais, foram de 6.262,92; 5.275,20 e 4.094,00 kg MS/ha, nas unidades 1, 2 e 3, respectivamente. Estes valores situam-se, com exceção da unidade 3, acima dos apresentados pelo campo nativo em seu

estado original, que situa-se de 4.000 a 4.500 kg MS/ha (Zardo, 2004). Entretanto, a partir deste primeiro intervalo de 9 a 13 meses, período este que serviu também para a adaptação e estabelecimento das espécies introduzidas, as produções se elevaram até o 3º lote de animais, nas unidades 1 e 2, estabilizando-se em cerca de 11.000 e 9.000 kg MS/ha, respectivamente. Este comportamento confirma as informações de Jacques (1993) e os resultados obtidos por Brasil et al. (1987), em que as produções de forragem, em sistemas de cultivo reduzido, podem, a partir do 2º ano, ser similares e até mesmo superiores aos resultados obtidos com o cultivo convencional. A qualidade da forragem, levando-se em conta a digestibilidade in vitro da matéria orgânica (DIVMO), os nutrientes digestíveis totais (NDT) e o teor proteína bruta (PB) estão expressos na Figura 1. Verifica-se que, mesmo no verão, época em que a qualidade se reduz em função das espécies introduzidas estarem em estádio reprodutivo e as espécies nativas próximas do final de ciclo, os valores de 66,1; 61,8 e 14,7% para DIVMO, NDT e PB, respectivamente, mantiveram-se altos. Estes valores estão dentro das amplitudes numéricas determinadas pelo LNA da EELages, a partir de inúmeras amostras de campo nativo melhorado, relatadas por Freitas et al. (1994). Considerando que o teor de 7 a 8% de PB na dieta diária apenas proporciona a mantença de um bovino adulto, então os níveis verificados ao longo do ano foram suficientes para além de suprir as necessidades nutricionais mínimas, promover ganhos em todas as estações do ano. No mesmo trabalho de Freitas et al. (1994), o campo nativo ‘tipo palha fina’, assim denominado pelo predomínio de

Tabela 1 – Produção acumulada de MS, desde a implantação do melhoramento da pastagem natural até o início do uso com o 1º lote de animais, e produção de MS por período de permanência de cada um dos lotes avaliados, nas três unidades de Campo Belo do Sul-SC.

Produção de MS/lote de animais (kg/ha)

Período de acúmulo até 1º pastejo (dias)

Produção acumulada de MS (kg/ha)

1 - Osni do Amaral Antunes

152

2.652,00

3.610,92

9.222,00

11.310,67

11.207,33

7.600,58

2 - Irineu Pereira Branco

180

2.076,67

3.198,53

6.632,10

8.797,60

8.972,72

5.935,52

3 - José Sólon O. Furtado

148

1.003,33

3.090.67

6.021,87

*

*

3.371,96

-

1.910,66

3.300,04

7.291,99

10.054,13

10,090,02

5.636,02

Produtor

Média

74

Revista do Produtor Rural

Média (kg MS /ha)


capim mimoso (Schizachyrium tenerum), apresentou valores percentuais médios, por estação do ano, para PB de 8,11, 7,60, 7,79 e 9,27 no verão, outono, inverno e primavera, respectivamente; para DIVMO de 45,45, 37,45, 34,88 e 46,69, na mesma ordem das estações do ano, respectivamente, e de 42,26, 34,53, 31,81 e 42,85 para NDT. Sendo assim, teria-se valores médios anuais de 8,2% para PB, 41,1% para DIVMO e 37,8% para NDT, os quais são superados pelos resultados demonstrados na Figura 1 em 125,0, 62,8 e 64,0%, para PB, DIVMO e NDT, respectivamente. 80,0

Percentagem

70,0 60,0 50,0

Tanto o dátilo como o lótus-serrano se estabeleceram perfeitamente nos piquetes que foram introduzidos, sem necessidade de ressemeadura durante os três anos de condução do experimento. A produtividade média das três unidades foi de 511,64 kg de PV/ha em um período de 305 dias de pastejo (Tabela 2). Embora superior à média de 15 propriedades verificada por Andrade (2001), é semelhante a outros resultados já aferidos em várias unidades da Serra Catarinense, com produtividades atingindo entre 520 a 672 kg de PV/ha/ano (Andrade,

72,4

66,1

66,5

62,6

61,8

66,4

57,9

61,8

40,0 30,0 20,0

14,7

19,7

22,0

Outono

Inverno

17,4

10,0 0,0

Verão

Primavera

Estações PB

DIVMO

NDT

Figura 1 – Qualidade da forragem por estação do ano, média das três propriedades.

Tabela 2 – Rendimento animal médio das unidades avaliadas em Campo Belo do Sul-SC.

Período Pastejo (dias)

Área (ha)

1 - Osni do Amaral Antunes

305

2 - Irineu Pereira Branco 3 - José Sólon O. Furtado

Produtor

Média

Rend. Animal Médio (kg PV/ha) 1º ano

2º ano

3º ano

Média (kg PV/ ha)

8,89

535,10

491,67

466,37

497,71

305

9,72

503,90

467,91

487,14

486,32

305

11,06

550,90

*

*

550,90

-

9,89

529,97

479,79

476,74

511,64

* - Não houve avaliação no segundo e terceiros anos.

2001; Santos, 2004: e Prestes & Córdova, 2004). É importante salientar que estes resultados foram obtidos mesmo ocorrendo períodos de déficit hídrico durante os verões dos três anos de avaliação, que prejudicaram a produção de forragem e consequentemente a resposta em rendimento animal de ambas as áreas. Além disso ocorreram geadas intensas nos períodos de outono-inverno, que em diversas ocasiões crestaram a parte aérea, principalmente dos trevos introduzidos. A lotação média, obtida através de média ponderal, como função do número de animais, da área e do período de permanência , foi de 2,19 animais (an)/ ha (Tabela 3), valor esse próximo ao diagnosticado por Andrade (2001) de 2,01 an/ha, trabalho no qual não houve distinção das categorias animais utilizadas. Também na Tabela 3 é possível observar que a carga animal, obtida a partir da média de todas as pesagens do ano, foi de 648 kg PV/ha, o que corresponde a 1,39 UA (1 UA=450 kg PV). Salienta-se que essa carga é superior à normalmente utilizada no campo nativo manejado no sistema tradicional de uso que fica em torno de 180 kg de PV/ha. O ganho médio diário (GMD) atingiu 0,789 kg/an (Tabela 3), considerando todas as estações do ano, sendo que nos períodos de primavera-verão, em várias pesagens, esse valor ficou acima de 1,0 kg/an/dia. O ganho de 0,789 kg foi 19% superior ao reportado por Santos (2004). A avaliação financeira (Tabela 4), realizada considerando a média das áreas implantadas, das produtividades e das lotações, demonstrou que a rentabilidade, incluindo os custos de implantação, de manutenção da pastagem e da construção de cerca fixa e eletrificada, atingiu R$ 811,10/ha de margem bruta.

Tabela 3 – Valores médios de lotação, carga animal e GMD das unidades avaliadas em Campo Belo do Sul-SC.

Produtor

Produção de MS/lote de animais (kg/ha)

Carga Animal (kg de PV/ha)

GMD (kg /an/dia)

1º ano

2º ano

3º ano

1º ano

2º ano

3º ano

1º ano

2º ano

3º ano

1 - Osni do Amaral Antunes

2,90

2,70

2,32

625

627

735

0,733

0,640

0,797

2 - Irineu Pereira Branco

2,30

1,70

1,60

712

590

591

0,703

0,916

0,890

3 - José Sólon O. Furtado

2,00

*

*

679

*

*

0,805

*

*

2,40

2,20

1,96

672

608

663

0,747

0,778

0,843

Média Média

2,19

648

0,789

Revista do Produtor Rural

75


Tabela 4 – Avaliação da rentabilidade considerando amortização de 1/5 da pastagem e 1/10 das cercas das unidades avaliadas em Campo Belo do Sul-SC. Valores atualizados para junho de 2008. Desembolso e receita

Produção (Kg PV)

Preço (R$)

Total ano (R$)

Resultado (R$/ha)

5.709,41

577,29

Construção de cerca eletrificada

625,00

63,19

Custeio com animais

318,12

32,17

6.652,53

672,65

14.674,35

1.483,75

8.021,82

811,10

Melhoramento de campo nativo (implantação + custeio anuala)

Total despesas Produção animal (Receita bruta)

5.060,12

Margem Bruta (Receita bruta – Total despesas)

2,90b

a - Adubação e roçada anual e reaplicação de calcário. b - Valor sem considerar os seguintes incentivos (R$/kg PV): retorno de 3,5% do ICMS (0,101); rastreabilidade (0,087); rendimento de carcaça de 52% (0,058). Total dos incentivos: 0,246. Preço final adicionando os incentivos (R$/kg PV): R$ 3,15. - Valor real recebido: R$ 5.060, 12 x R$ 3,15 = 15.939,38 (Diferença: R$ 1.265,03)

Isto equivale aproximadamente a 280 kg PV/ha, tomando como base o preço de R$ 2,90/kg PV (preço de mercado praticado em junho de 2008). Conforme Santos et al. (2006), essa margem bruta permite uma taxa de retorno mensal superior a algumas culturas tradicionais de grãos como soja, milho e trigo e inferior a de feijão, medida através de uma série de preços históricos de 1995 a 2005 atualizados monetariamente pelo IGD-di, da Fundação Getúlio Vargas.

Conclusões A tecnologia de melhoramento de campo nativo permite elevar de forma significativa os indicadores avaliados, como produtividade (kg PV/ha/período), lotação (an/ha ou UA/ha), carga animal (kg PV/ha) e ganho médio diário (kg/an/dia). A introdução de espécies de alto valor forrageiro sobre a pastagem natural eleva a qualidade da dieta alimentar em 124,3, 62,8% e 64,0% para o teor de PB, DIVMO e NDT, respectivamente, em comparação aos mesmos atributos do campo nativo tipo ‘palha fina’. A taxa de retorno financeiro mensal é superior a diversas culturas de grãos como milho, soja e trigo, sendo somente inferior a do feijão. Desde que implantada e manejada conforme as exigências técnicas, a tecnologia de melhoramento de campo nativo pode contribuir para viabilizar a atividade pecuária, inclusive na pequena e média propriedade.

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Revista do Produtor Rural

Grande do Sul. In: Seminário Sobre Pastagens - “De que pastagens precisamos”, 1980, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: FARSUL, 1980. p. 59-73 (233 p.). 9. JACQUES, A. V. A. Melhoramento de pastagens naturais; introdução de espécies de estação fria. In: Campo nativo, melhoramento e manejo. FEDERACITE, Porto Alegre, 1993. p. 25- 31 (111 p.). 10. MESSIAS, L. G. P. Melhoramento de campo nativo em São Francisco de Paula – Sistematização da Experiência. In: PRÁTICAS PARA AUMENTAR A EFICIÊNCIA DOS CAMPOS NATURAIS DO PLANALTO CATARINENSE. Epagri/Amures/Faesc-Senar, Lages, SC, 2004, p. 109 – 118. (Apostila do 3º Curso sobre Melhoramento de Campo Nativo para Técnicos.)

Literatura citada

11. NABINGER, C. Técnicas de melhoramento de pastagens naturais no Rio Grande do Sul. In: Seminário Sobre Pastagens - “De que pastagens precisamos”, 1980, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: FARSUL, 1980. p. 28-58. (233 p.).

1. ANDRADE, A. S. B. de. Os efeitos da técnica de melhoramento de campo nativo na pecuária de corte na região da Amures. Lages: Uniplac, 2001. Monografia de conclusão de curso - Economia, 39 p.

12. PRESTES, N. E. & CÓRDOVA, U. A. Introdução de espécies em campos naturais. In: MELHORAMENTO E MANEJO DE PASTAGENS NATURAIS NO PLANALTO CATARINENSE. Epagri, Florianópolis, 2004. 274 p.

2. BARRETO, I. L. ; VINCENZI, M. L. ; NABINGER, C. Melhoramento e renovação de pastagens. In: Simpósio sobre manejo de pastagens, 5. 1978, Piracicaba. Anais... Piracicaba, SP, p. 28-63.

13. RITTER, W. & SORRENSON, W. J. Produção de bovinos no Planalto Catarinense, Brasil: situação atual e perspectivas. 1985. Eschborn, Alemanha, GTZ, 172 p.

3. BRASIL, N. E. T. ; GONÇALVES, J. O. N. ; MACEDO, dos S. L. de. Sistemas de implantação com forrageiras de inverno. In: EMBRAPA/ CNPO. Forrageiras: coletânea das pesquisas, 1987, Bagé, RS, v. 1, p. 405-409.

14. SANTOS, O. V. dos. Custos de implantação do melhoramento de pastagens naturais. In: MELHORAMENTO E MANEJO DE PASTAGENS NATURAIS NO PLANALTO CATARINENSE. Epagri, Florianópolis, 2004. 274 p.

4. CARVALHO, P. C. de F.; FISHER, V.; SANTOS, D. T. dos; RIBEIRO, A. M. L.; QUADROS, F. L. F. de; CASTILHOS, Z. M. S.; POLI, C. H. E. C.; MONTEIRO, A. L. G.; NABINGER, C.; GENRO, T. C. M.; JACQUES, A. V. A.; Produção animal no bioma campos sulinos. In: Simpósios da 43ª Reunião Anual da SBZ – Anais – João Pessoa – PB, 2006. p. 125 – 164. 5. CENSO AGROPECUÁRIO DE SC 1995-1996. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Rio de Janeiro: IBGE, 1996. 6. CÓRDOVA, U. de. A. O Agroecossistema Campos Naturais do Planalto Catarinense: origens, características e alternativas para evitar a sua extinção. 1997. Faculdade de Agronomia. UFSC. 214 p. Tese Mestrado. 7. FREITAS, E.A.G. de; DUFLOTH, J.H.; GREINER, L.C. 1994. Tabela de Composição Químico-Bromatológica e Energética dos Alimentos para Animais Ruminantes em Santa Catarina. Epagri. Florianópolis, 1994. 333 p (Documentos, 155). 8. GONÇALVES, J. O. N. As principais forrageiras de ocorrência natural no Rio

15. SANTOS, O. V. dos. Análise econômica e custos de implantação de pastagens nativas melhoradas. In: PRÁTICAS PARA AUMENTAR A EFICIÊNCIA DOS CAMPOS NATURAIS DO PLANALTO CATARINENSE. Epagri/Amures/Faesc-Senar, Lages, SC, 2004, p. 88 – 90. (Apostila do 3º Curso sobre Melhoramento de Campo Nativo para Técnicos.) 16. SANTOS, O. V. dos et al. Projeto validação da tecnologia de melhoramento de campo nativo – resultados parciais do rendimento animal, produção e forragem e retorno econômico. (Palestra proferida em julho de 2006 na Reunião Anual do Projeto de Pecuária – Epagri). 17. VINCENZI, M. L. Pastagens nativas. In: I Curso de atualização em bovinocultura de leite. Rio do Sul - SC, 1987. p. 37 - 59 (184 p.). 18. ZARDO, V. F. Suplementação proteinada de inverno. In: MELHORAMENTO E MANEJO DE PASTAGENS NATURAIS NO PLANALTO CATARINENSE. Epagri, Florianópolis, 2004. 274 p.


[Sustentabilidade]

A cultura da batata com tratamento natural Com o manejo correto, é possível ter uma lavoura saudável

A

titudes sustentáveis são cada vez mais comuns, principalmente na agricultura. Hoje em dia é corriqueiro encontrar um produtor que esteja disposto a utilizar técnicas onde a saúde dele próprio, dos colaboradores e principalmente, do alimento produzido, sejam naturais e seguras. Na cultura da batata isso já é realidade. Muitos produtores principalmente aqueles localizados no sul de Minas Gerais, utilizam produtos naturais para nutrir, proteger e aumentar o desempenho dos tubérculos. É o caso do Sr. Vladimir Amaral, produtor de batata desde 1988, na região de Ipuiuna, MG. Sua propriedade possui 300 hectares, com uma média de produtividade de 700 sacas por hectare. “Uso os produtos da Alltech Crop Science há 1 ano e meio, principalmente o Soil-Set™ no início do plantio, como uso preventivo”. Ele conta que a utilização do produto preventivamente fortalece a planta ajudando no manejo e controle de doenças, como aquelas causadas pelas “Erwinias apodrecedoras”, como a Canela Preta. Sr. Vladimir ainda destaca o grande uso que ele faz do CopperCrop™, “a grande vantagem dele em relação aos outros é que ele não é incompa-

tível com outros produtos, e não é tóxico. O que significa saúde para a lavoura e para o operador”. Leonardo Porpino Alves, Engenheiro Agrônomo e Gerente Técnico da Alltech Crop Science, explica que a Erwinia, hoje denominada de Pectobacterium, é uma bactéria causadora de problemas conhecidos como “Podridão-mole”, “Canela-preta” e “Talo-oco”. “Essas doenças consistem em um dos principais problemas que ocorrem na cultura da batata”. Condições ambientais como a umidade do solo do ar e a temperatura são fundamentais para agravamento destes problemas. “Em sua sintomatologia as características e comprometem desde a parte aérea até os tubérculos. Quando a doença chega a parte comercial os danos são irreparáveis e os prejuízos são certos”, explica Leonardo. A partir do momento em que se tem uma planta bem nutrida, é possível fazer um tratamento preventivo, como explica Leonardo: “o tratamento Alltech Crop Science consiste na aplicação de 1 litro de Soil-Set™ e 400 mL CopperCrop™ no período da amonta. Na segunda aplicação será administrado 1 quilo de Compost-Aid® antes do fechamento da leira e, após uma semana, será realizada ou-

tra aplicação de 1 litro de Soil-Set™ e 400 mL de CopperCrop™. No final outra uma aplicação de 1 litro de Soil-Set™ e 400 mL CopperCrop™”.

Histórico de sucesso Outro grande entusiasta na utilização dos produtos da Alltech Crop Science é o pesquisador Pedro Hayashi. Ele foi um dos primeiros a testar o Crop-Set™ na batata, ainda na década de 90. “Na primeira vez que testei o Soil-Set™ foi possível verificar o maior tempo que as plantas ficavam vivas, pois a incidência de Canela Preta era visivelmente menor que a área não tratada. No final isto significou maior produtividade”, conta. Pedro conclui dizendo que uma planta com o sistema radicular bem desenvolvido “consegue absorver mais nutrientes e se torna equilibrada com todos seus hormônios e mecanismos de defesa ativos. Isto significa que a planta se torna mais resistente a vários tipos de patógenos facilitando o controle das principais doenças da batata”.

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[Programa de Desenvolvimento Florestal ]

I Dia de Campo Florestal supera expectativas

O

I Dia de Campo Florestal, realizado no dia 05 de outubro, no Campus Cedeteg/Unicentro, atraiu mais de 300 pessoas, entre produtores rurais, técnicos, estudantes e professores da região de Guarapuava. Promovido pelo Sindicato Rural de Guarapuava, com o apoio de empresas do setor florestal, o evento superou a expectativa dos organizadores. “O dia de campo foi muito positivo. Queremos agradecer a participação e o apoio de todos os parceiros, principalmente a direção do Campus Cedeteg e o Departamento de Agronomia da Unicentro, que nos forneceu sua área experimental de floresta para sediarmos o evento”, disse o presidente do Sindicato Rural, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, lembrando que a entidade desenvolve o Programa de Desenvolvimento Florestal porque acredita na floresta integrada com a agricultura e a pecuária como alternativa de diversificação da produção agrícola, mais uma fonte de renda e aproveitamen-

BASF

Boutin Fertilizantes

Prof. Farinha, Prof. Sebastião Brasil, Pedro Francio Filho e Rodolpho Luiz Werneck Botelho

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to de áreas ociosas. “Para a primeira edição do evento, todos estão de parabéns. Esse dia de campo florestal deve entrar para o calendário de eventos da entidade”, observou. Treze empresas participaram com estandes no campo, difundindo tecnologias de silvicultura, com apresentações teóricas e demonstrações práticas. Em cada estande, os participantes receberam informações técnicas sobre coleta de solos, implantação florestal, condução e manejo, corte manual com motosserras, poda e desrama florestal. O ponto alto do evento foi a palestra sobre Sistemas Integrados de Produção Agropecuária de Baixo Carbono, ministrada pelo professor Sebastião Brasil Campos Lustosa, do Departamento de Agronomia da Unicentro. Brasil avaliou positivamente o I Dia de Campo Florestal. “Nós temos um área dentro do CEDETEG com floresta - pinus, eucalipto e árvores nativas. Essa área foi

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Santa Maria

pensada para parte didática do curso de agronomia e pode ser utilizado também para outros departamentos, mas é voltada a ações de extensão. A universidade, além de gerar pesquisa, tem que gerar extensão. E se extensão não for pensada com o ambiente produtivo, como a Sociedade Rural, Sindicatos Rurais, Sistema FAEP e SENAR e o Sistema Cooperativo, dificilmente ele vai ser alavancado do ponto de vista didático” O I Dia de Campo Florestal faz parte do Programa de Desenvolvimento Florestal, que tem como parceiros Fertilizantes Heringer, Golden Tree Reflorestadora, Santa Maria Cia. de Papel e Celulose, Agrária, Reflorestadora Schram, Syngenta, Unicentro, Viveiros Pitol e Zico Motosserras. Também participaram do evento como expositores as empresas Compo do Brasil, Futuragro, Boutin Fertilizantes e BASF. O Dia de Campo ainda contou com o apoio da Sanepar, Eletrotrafo e Erva Mate 81.

Rodolpho Luiz Werneck Botelho

Fertilizantes Heringer


Viveiros Pitol e nozes pecã A empresa Viveiros Pitol, de Anta Gorda - RS, marcou presença no Dia de Campo Florestal em Guarapuava. No estante, a família Pitol, com sua equipe técnica, apresentou sobre a nogueira pecã como alternativa de diversificação na propriedade.

Equipe Viveiros Pitol e Pedro Francio Filho

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Sistemas Integrados de Produção Agropecuária de Baixo Carbono

Prof. Sebastião Brasil

No I Dia de Campo Florestal, o professor Sebastião Brasil Campos Lustosa, do Departamento de Agronomia da Unicentro - licenciado para pós-doutorado em Sistemas Integrados, ministrou palestra sobre os sistemas de integração da agricultura e pecuária, na perspectiva do baixo carbono. “São sistemas sustentáveis, sistemas que nasceram na década de 80. Antes eles eram isolados, pouco

se falava sobre os sistemas silviagrícolas, silvipastoris e agrosilvipastoris. Nos últimos 10 anos esses sistemas acabaram ganhando ênfase, principalmente pelo apelo agroecológico, mas dentro de uma perspectiva de uso de insumos, principalmente do uso do conhecimento científico e das interações entre os componentes solo, planta, animal e clima, que permitem a vida dentro do nosso planeta”.

Agrônomo comenta sobre projetos ABC O engenheiro agrônomo Paulo Fernando Luz Marques, doutorando em Sistemas Integrados, trabalha com consultoria em Curitiba desde 1980. Sobre o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), ele orienta o produtor rural a procurar um engenheiro agrônomo que conheça a sistemática do Banco do Brasil, que tenha acesso ao Banco de Brasil e que, ao mesmo tempo, tenha feito o curso sobre o ABC que o SENAR/ FAEP proporcionaram ao longo desse ano. Esses engenheiros agrônomos estão preparados para elaborar um projeto com os requisitos que o Banco do Brasil e principalmente, o BNDES exige: área de integração lavoura e pecuária, recuperação de áreas degradadas, utilização de dejetos e a própria floresta nestes sistemas integrados. O agrônomo precisa dominar a planilha de cálculos do banco, porque ali vai ficar o fluxo do dinheiro durante oito anos

para os projetos simples, 12 anos para os projetos que envolvem o ambiente florestal e 15 anos quando entra a recuperação de preservação permanente. Hoje tem três anos de carência e um juro que era 5,5% e a partir de setembro, baixou para 5% ao ano, sem correção monetária. É um dinheiro bem dirigido; 60% pode ser aplicado na aquisição de máquinas e recuperação de pastagens, correção de solo, inclusive com fertilizantes nesta concepção de correção”. Marques lembra que esse é um dinheiro barato e tem que ser aproveitado. “Vai permitir a reversão das propriedades que estão somente em sistemas agrícolas com plantio convencional para o plantio direto, que é um dos sistemas que são financiáveis pelo banco. Numa segunda etapa, de maior sofisticação, a utilização da integração da lavoura com a pecuária e numa terceira etapa, que envolve mais

Paulo Fernando Marques

conhecimento técnico, a lavoura, a pecuária e a floresta num mesmo elemento. Quanto mais intensivo é esta utilização da terra, mais respostas se tem ao meio, mais ganho em carbono. Essa é proposta do governo com essa oportunidade de financiamento”.

Futuragro Compo do Brasil Syngenta

Reflorestadora Schram

Zico Motosserras


Golden Tree e mudas de qualidade O estande da Golden Tree Reflorestadora atraiu centenas de pessoas no I Dia de Campo Florestal. A equipe técnica da empresa apresentou informações sobre a produção de mudas de pinus e eucalipto.

Equipe técnica

Luis Carlos Valtrin

Revista do Produtor Rural (42) 3624-1096 - www.goldentreereflorestadora.com.br 81


“A avaliação é extremamente otimista. Na realidade, só tivemos elogios dos produtores rurais que passaram por aqui hoje. É lógico que o Dia de Campo pode melhorar, já estamos pensando algumas novidades para o ano que vem, mas foi um momento de muito aprendizado. Nossa intenção era atrair de 200 a 300 pessoas. Ultrapassamos 300 pessoas. Os parceiros ficaram satisfeitos com a dinâmica dos estandes; os participantes também gostaram das apresentações. O espaço cedido pela Unicentro ficou perfeito”. Pedro Francio Filho

Depoimentos de produtores rurais no I Dia de Campo Florestal: “Comecei a investir em silvicultura há pouco tempo, no entanto pretendo apostar em um sistema produtivo que alie cada vez mais lavoura-floresta. Achei muito interessante o Dia de Campo, acompanhei a palestra do professor Sebastião e gostei muito, o bom dos eventos realizados pelo Sindicato é que sempre aprendemos alguma coisa nova”. Paulo Rodolfo Schulze, produtor rural do distrito de Entre Rios/Guarapuava-PR “ Valeu muito a pena ter vindo, gostei do que foi apresentado. Aproveitei a oportunidade para adquirir um cabo de poda. Esse serrote é uma tecnologia nova e vai ser muito útil”. Lucélia Ratuchinski Pires do Prado, produtora rural de Turvo/PR

“Participei de todos os módulos do Programa de Desenvolvimento Florestal promovido pelo Sindicato Rural. O I Dia de Campo Florestal foi uma ótima maneira de repassar aos produtores da região uma visão prática de como funciona a silvicultura. Nos três módulos do programa vimos desde a coleta de solo até a colheita da madeira. Hoje, o diferencial é que os parceiros do Sindicato estão expondo, em que além de termos acesso aos seus produtos e serviços, temos a oportunidade de ouvir uma explanação com detalhes técnicos. O evento foi excelente, parabenizo toda a organização. Hoje também encontramos várias pessoas conhecidas e amigos, trocamos ideias, experiências e informações sobre floresta. Além disso, foram demonstrados vários equipamentos que eu não conhecia. Foi uma ótima maneira de aliar a teoria com a prática. O evento contribui para mudar uma visão que o cultivo de floresta deve ser feito em áreas ruins. Aprendemos aqui a olhar para a silvicultura como uma forma de agregar valor ou de diversificar a propriedade. O produtor deve buscar produtividade e não apenas a produção da floresta”. Valmor Bellato, produtor rural de Guarapuava-PR

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“Decidi investir em silvicultura há dois anos, mas adiei o plantio para ir em busca de mais informação sobre florestas. Nos sentimos inseguros pelo fato de ser uma cultura de longo prazo. Achamos melhor aguardar e perder mais um ano do que perder 10 anos nesta cultura. Participamos do Programa de Desenvolvimento Florestal e do Dia de Campo para depois realizar o plantio. Achamos muito interessante a iniciativa do Sindicato, uma vez que queremos entrar nesse ramo de diversificação. Para nós, foi a base do nosso futuro empreendimento e vamos começar agora de forma mais profissional. O Dia de Campo contribuiu para desmistificar algumas informações sobre silvicultura. A floresta não cresce sozinha como muitos falam, é preciso de muita informação. A dedicação para as florestas é como em qualquer outra cultura, pois hoje em dia tudo é tecnificado”. Hermann e Irene Scherer, produtores rurais do distrito de Entre Rios/Guarapuava-PR

“Já produzo erva mate e noz pecã e achei o dia de campo florestal ótimo. Eventos como esse precisam continuar. Quem participou teve informação desde o plantio da muda até o abate da floresta. Adquiri a tesoura neozolandeza de poda Pro Pruner e confesso que muitos itens de ferramentas para silvicultura eu não conhecia. São tecnologias que vão facilitar. Acredito que um evento deste é importante e pode mudar na prática as propriedades. São momentos como estes que fazem com que nós, produtores rurais, possamos refletir e buscar cada vez mais atualização”. Valdemar Geteski, produtor rural de Guarapuava-PR


[Unidade armazenadora]

Caçambas Plásticas para Elevador de Cereais Engº. Marcio Geraldo Schäfer marciogeraldo@ymail.com Paraná Silos Representações Ltda.

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s elevadores são em número os transportadores mais utilizados em uma unidade armazenadora. Neste equipamento temos as caçambas para elevador de cereais, que sofreram nestes últimos anos uma série de modificações, e merecem melhor entendimento. As caçambas que até 2008 normalmente vinham de fábrica em material metálico, ou aço carbono soldado, sofreram mudanças em sua matéria prima, em seu formato e preço.

Hoje produzidas em polietileno de alta densidade, as caçambas ou comumente também conhecidas como canecas plásticas, conferem resistência a corrosão e ao impacto, maior vida útil e sanitariedade. Ainda contém aditivos anti-estática em sua matéria prima, minimizando os perigos de faiscamento mais comuns em caçambas de metal. Embora mais leves, não conferem economia de energia como comumente divulgado, pois o mesmo peso que está

na parte ascendente está na descendente do elevador. Mas as diferenças de peso e a melhoria em processos de fabricação conferem redução de custos na ordem de 70%. Sobre o formato das caçambas, houve um grande avanço. As novas caçambas chamadas de alta capacidade, em um produto novo de fábrica permitiu um aumento em torno de 30% na capacidade de transporte para um mesmo modelo de elevador. E com um ângulo de saída de cereal que permitiu redução de velocidade em torno de 20%. Como a descarga do cereal é centrífuga, a redução de velocidade propicia menor dano ao cereal na carga e na descarga minimizando a quebra técnica, que diminui os lucros e competitividade da unidade de beneficiamento. Outro item que vale a pena discor-

rer é sobre a troca de caçambas chamadas comuns por caçambas furadas (HF). Estas quando projetadas de fábrica chegam a dobrar a capacidade de transporte no elevador. Mas a troca pura e simplesmente em um elevador existente, de uma caçamba normal por uma HF tecnicamente é incorreta e não confere melhora de performance. Pois é necessária a duplicação da potência elétrica do elevador, podendo inclusive piorar o rendimento e diminuir a vida útil da correia e do elevador. O elevador com caçambas deste modelo não permite a partida com carga, sendo sempre necessário o esvaziamento do elevador para nova partida.

Espero ter colaborado com o leitor neste ínterim, caso o interesse seja mais profundo, sugiro a solicitação de informativos mais específicos que podem ser providos através de solicitação pelo meu e-mail: marciogeraldo@ymail.com

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[Equinos]

Curso de equideocultura com nova abordagem atrai mais participantes

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Sindicato Rural de Guarapuava, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), realizou o curso “Trabalhador na Equideocultura – Avaliação de aprumos, casqueamento e ferrageamento equino” de 18 a 21 de setembro, no Rancho Cristal em Guarapuava. O treinamento, que contou com a participação de dez pessoas, passou por uma reformulação neste ano e segundo o instrutor Paulo Santos Schwab Filho, a demanda aumentou. “Há um ano o Senar modificou as diretrizes do curso, que tinha um enfoque na parte de correção e manutenção do casco e da ferradura. Hoje, com a nova roupagem e carga horária de oito horas, foi incluída a avaliação de aprumos, fazendo com que o curso tenha um caráter mais técnico”, explica. Schwab Filho comenta sobre os benefícios da mudança. “Esta nova abordagem faz com que o próprio produtor avalie e identifique possíveis problemas no cavalo relativos a aprumos. Por exemplo,

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saber o ângulo de paleta correta, alinhamento e direcionamento dos membros. Tudo isso é feito por meio de uma ficha desenvolvida pelo Senar, onde se identifica o problema do cavalo e pode criar um histórico da evolução do animal o que permite, principalmente, fazer um acompanhamento adequado. O curso também dá mais suporte para que o aluno trabalhe profissionalmente com ferrageamento”, conta. Essa foi a 9ª edição do curso durante o ano e há mais três marcados em 2012. “Vamos fechar 12 cursos de casqueamanto no ano e já temos propostas para ano que vem, por falta de agenda”. Conforme Schwab Filho, um dos prováveis motivos para o maior interesse, além da mudança no conteúdo, é o aumento do valor dos cavalos no mercado. “Hoje a gente vive um mercado muito bom, tanto para o cavalo de trabalho na fazenda quanto para um cavalo de esporte, que está com o preço acima da média”. O objetivo do treinamento, segundo

Schwab Filho, é aparar e ferrar os cascos dos equídeos com as técnicas corretas de avaliação de aprumos e de ferrageamento. “A intenção é abordar casqueamento e ferrageamento, com uma ênfase também em avaliação de aprumos e da conformação de cavalos, visando realmente fazer um balanceamento e correção, tanto para o cavalo que apresenta algum defeito ou para aquele que é bem conformado e bem angulado”. O treinamento tem enfoque teórico e prático. “Iniciamos com a teoria no primeiro dia, subdivida na avaliação, conhecimento da anatomia geral dos membros para uma parte mais focada no casco. É uma mesclagem da teoria e da prática, onde o aluno executa em seguida o trabalho de correção diretamente no animal”. O trabalhador rural Juarez de Souza Santos disse que foi em busca do curso para aperfeiçoar seu trabalho no dia a dia e também porque viu a necessidade de se aprimorar na área. “Faço casqueamento de gado e cavalos, foi muito bom para aprender, o curso é excelente”, opina.


Problemas A importância do curso está em se conhecer as técnicas para manutenção e correção de problemas do cavalo relacionados a aprumos. O instrutor Schwab Filho comenta a origem de algumas deformidades no animal. “Existem duas possibilidades: ou o cavalo já nasceu com algo congênito ou adquiriu isso por excesso de peso, erro na alimentação, lesão do esporte ou o casco não foi amparado nunca, foi crescendo se desgastando, por exemplo. E o objetivo da parte de casqueamento é alinhar e deixar que o cavalo trabalhe de forma mais confortável. O ferrageamento é a manutenção dessa correção e também uma forma de proteger e dar mais capacidade de trabalho a esse animal”.

Núcleo de Cavalos Crioulos tem nova diretoria Em setembro foi empossada a nova diretoria do Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos de Guarapuava-PR. Ficando assim constituída: Presidente, médico veterinário Rodrigo Córdova Silva, Vice-Presidente Felipe Vitorassi Teixeira, 1° e 2° Secretários Karime Silvestre Fortkamp, Leandro Guidelli, 1° e 2° Tesoureiros João Carlos Alves Pires e Davi de Aguiar Andrade, Diretores Sociais Rodrigo Fortkamp e Felipe Scartezini, Comissão de provas funcionais Vinicius Virmond Kruger, Marcelo Cunha e Luiz Flavio Lacerda. O mandato segue até 1º de outubro de 2014. Outras informações pelo site: cavalocriouloguarapuava@hotmail.com

Rodrigo Córdova com a esposa Graziella Portes Silva e a filha Lívia Portes Cordova Silva

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[Campanha Produtor Solidário]

Comunidade rural de Guarapuava e Pastoral da Criança de Cantagalo recebem brinquedos

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o dia 11 de outubro, o Sindicato Rural de Guarapuava entregou os brinquedos arrecadados na Campanha Produtor Solidário - Dia das Crianças . Ao todo, 250 brinquedos foram destinados a crianças da comunidade rural Paiol de Telhas e à Pastoral da Criança no município de Cantagalo. Em Guarapuava, a entrega foi feita pela gerente da entidade, Luciana Queiroga, para o presidente da Associação dos Produtores Rurais do Paiol de Telhas, João Maria Carvalho, que agradeceu as doações

Doação na comunidade Paiol de Telhas

e a iniciativa do Sindicato Rural. “Nós estávamos precisando, ficamos muito satisfeitos e contentes pelos produtores rurais terem feito essa caridade para as crianças”. Em Cantagalo, a colaboradora da entidade, Eliane dos Santos entregou os brinquedos para a coordenadora do ramo Imaculada Conceição da Pastoral da Criança, Janete Aparecida Baltazar. “Os brinquedos vão ser entregues às crianças da comunidade Cinderela. Agradecemos todos os produtores rurais, que estão contribuindo para a alegria das crianças”.

João Maria Carvalho e Luciana Bren

A Campanha Produtor Solidário é realizada durante o ano todo e já arrecadou alimentos, brinquedos, fraldas e cobertores.

Agradecimento especial

O Sindicato Rural agradece as doações enviadas pelos associados e parceiros Osmar Kloster, Alceu Araújo, José Augusto M. Barros, Ernesto Stock, Adriana Botelho, Roberto Zastavny, Rodolpho Tavares Botelho, Wilson Pavoski, Andeas Keller e Fábio Lustosa.

Eliane dos Santos e Janete Baltazar

Alimentos para Candói

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Sindicato Rural de Guarapuava - Extensão de Base Candói doou no dia 04 de outubro, 280 quilos de alimentos à Secretaria de Promoção Social de Candói. A entrega foi realizada pelo diretor da Extensão de Base Candói, Luiz Carlos Colferai para a secretária municipal de Promoção Social, Andreia Savoldi Teixeira. Os alimentos foram doados por produtores rurais em agosto, no 3º módulo do Programa de Desenvolvimento Florestal, evento promovido pelo Sindicato. A iniciativa faz parte da Campanha Produtor Solidário, realizada durante todo o ano, beneficiando entidades sociais em Guarapuava, Candói e Cantagalo. A secretária da Promoção Social do município agradeceu as doações e parabenizou o Sindicato pela Campanha. “O município vem parabenizar a iniciativa, e a doação vai beneficiar várias pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social. Acredito que essa parceria só vem a somar. Agradeço ao Sindicato pela atitude em nos procurar para realizar a doação e por colaborar com a assistência social”. Entre as entidades que serão beneficiadas estão a Casa Lar de Candói, Comunidades Quilombolas, Centro de Referência de Assistência Social (Cras), e outras que ainda serão definidas pela Secretaria do município.

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Andreia Savoldi e Luiz Carlos Colferai


[Boletim AEAGRO]

Receituário Agronômico e suas implicações são debatidos pela categoria Fotos: Manoel Godoy/SRG

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Receituário Agronômico, apesar de ser no nosso entendimento apenas uma ferramenta de trabalho, está sempre no centro das discussões e cria as maiores polêmicas entre os profissionais e a sociedade. No intuito de discutir e propor idéias para a questão, a AEAGRO participou do evento organizado pela FEAP - Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná, o “Agrosul 2012 – Encontro Sul Brasileiro de Engenheiros Agrônomos”, onde se aprofundou a discussão sobre o tema “Alimento, Saúde & Agricultura – Os agrotóxicos e o papel dos Engenheiros Agrônomos na Produção de Alimentos Seguros e Sustentabilidade Ambiental”, no qual foi elaborada e encaminhada às autoridades competentes a “Carta de Curitiba – Agrosul 2012”, com os posicionamentos da categoria que estão abaixo relacionados: 1) Exigência que as propriedades rurais possuam Engenheiro Agrônomo responsável técnico. 2) Restituição de plena Autonomia Técnica e Autoridade Profissional aos Engenheiros Agrônomos. 3) Mudanças na forma de registro/ cadastro de agrotóxicos. 4) Aprimoramento dos Cursos de Agronomia para garantir qualidade na formação dos Engenheiros Agrônomos. 5) Promoção de políticas que garantam capacitação, treinamento e habilitação de aplicadores. 6) Otimização da Receita Agronômica com vistas a facilitar sua adoção. 7) Restrição da propaganda e Marketing de Agrotóxicos diretamente aos agricultores 8) Adequação do tamanho de embalagens de agrotóxicos para as diferentes necessidades. 9) Aprimoramento do processo de Fiscalização de Agrotóxicos priorizando a fiscalização do uso. 10) Discussão do termo agrotóxico. 11) Análise rotineira de resíduos de agrotóxicos em produtos agrícolas e implementação de políticas que garantam rastreabilidade. 12) Fomento ao desenvolvimento de tecnologias de produção integrada para todas as culturas. 13) Aprimoramento da representatividade política dos Engenheiros Agrônomos no plano federal. É um documento extenso que relata e sugere mudanças para as questões do seu dia a dia. A associação recomenda a quem não tem conhecimento acessar o site da AEAGRO www.aeagroguarapuava.com.br no ícone downloads e se interar do seu conteúdo.

Comemorando a profissão No dia 11 de outubro comemoramos mais um ano do DECRETO Nº 23.196 de 12 de Outubro de 1933 que “Regula o exercício da profissão agronômica e dá outras providências”. Assinado por Getúlio Vargas, o ato emanado da vontade da sociedade de garantir a sua segurança alimentar mesmo que à época não se entendesse toda a complexidade do assunto, nos deram o direito e a responsabilidade de atuar com exclusividade na área técnica e científica da agricultura. Hoje nos sentimos orgulhosos de ver que estamos correspondendo às expectativas da sociedade, elevando os índices de produtividades, produzindo mais e melhor. A AEAGRO agradece a todos pelas homenagens recebidas, principalmente ao Sindicato Rural e ao CREA, as entidades representantes dos setores que complementam e dão vida a nossa profissão.

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[Extensão de Base Candói]

Últimos cursos do Senar realizados em Candói:

Jovem Agricultor Aprendiz (JAA) Realizado de 13/08 a 04/12, em parceria com o Colégio Estadual de Lagoa Seca/Candói Instrutora: Joseane Luzia Granemann Visita à Coamo - Candói

Colhedoras Automotrizes - Regulagem de Colhedora Realizado nos dias 15 e 16/10 Local: Agrícola Casa Verde Instrutor: Pedro Felipe Kastel

Beneficiamento e Transformação de Mandioca Básico de Mandioca Realizado nos dias 26 e 27/10, em parceria com a Secretaria de Assistência Social de Candói Local: Centro Social de Candói Instrutor: Sérgio Kazuo Kawakami

Produção Artesanal de Alimentos - Panificação Realizado nos dias 28 e 19/10, em parceria com a Secretaria de Promoção Social de Candói Local: Assentamento Matas do Cavernoso Instrutor: Sergio Kazuo Kawakami

Culinária Básica Realizado nos dias 19 e 20/09, em parceria com a Santa Maria Cia. de Papel e Celulose Local: Fazenda Limoeiro Instrutora: Denise Bubniak

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[Canola - Safra 2012]

Lucrativa, canola ganha espaço no inverno

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canola foi a cultura de inverno que mais trouxe resultado ao produtor nesta safra 12/12. Apesar da estiagem prolongada em algumas regiões, chegando a 60 dias sem chuvas, confirmando sua rusticidade os produtores de canola comemoram os resultados obtidos com a cultura, com uma média de produtividade de 1.500 kg por ha e um custo de 600 kg por ha. Lembramos que vários produtores colheram mais de 2.200 kg/ha. Mostrando que, em breve, os produtores poderão chegar nas médias mundiais, que são de 4.500 por ha. Com sede em Candói/PR, o Grupo AG Teixeira fomentou nesta safra, através de parcerias com empresas e produtores, 11.000 ha nos estados do PR, MS e SP. Segundo Sebastião Hollandini, o Grupo AG Teixeira adquire toda a produção através de contrato com preços pré-fixados onde a extração de óleo e farelo é realizada em sua moderna indústria em Candói/PR. Para os próximos anos, a cultura terá um aumento de área constante, baseando-se em cinco pontos principais: 1) dificuldade em produzir e comercializar outras culturas de inverno com altos custos de produção. 2) Rentabilidade em áreas que ficam somente com coberturas, aguardando outras culturas, principalmente milho. 3) Aumento de produtividade das próximas culturas. 4) Baixo investimento. 5) Garantia de compra. Paulo Tetsuo Ouchi, produtor em São Sebastião da Amoreira - PR (próximo a

Cornélio Procópio – PR) apostou na cultura pela primeira vez e colheu 1.685 kg por ha. Ele lembra que facilidade de comercialização, custo de produção reduzido, fácil manejo e benefícios agronômicos no sistema de rotação de culturas fazem da canola uma alternativa de cultivo de inverno cada vez mais procurada pelos produtores. Ele afirma que a área a ser plantada na safra 2013 será aumentada. O engenheiro agrônomo Fernando Eiji Nonomura, que dá assistência ao produtor, disse que o custo da lavoura ficou em 768 kg por ha e fez questão de lembrar que o produtor fez investimento bastante alto, pensando no residual que irá deixar para cultura do milho.

Helmuth Milla, produtor em Candói-PR, plantou 101 ha da cultura, obtendo uma produção de 1.580 kg por ha. Helmuth afirma que a cultura é rentável e com bom potencial. Ele ressalta que além dos ganhos diretos, a cultura traz ganhos significativos às culturas subsequentes, caso específico do milho, que nesta safra obteve ganho de 1.100 kg por ha em comparação ao milho produzido pós outras culturas de inverno. O presidente da Associação Paranaense de Produtores de Canola (APR CANOLA) Geovani de Col Teixeira é produtor da oleaginosa há seis anos em Candói-PR e MS. A área de 1.100 ha já foi colhida e a estimativa é de um rendimento de 1.500 kg/ha. “Com o preço baseado na soja, a rentabilidade foi acima do esperado, melhor do que a do trigo. Comecei com 50 ha, mas fui aumentando a área ao ver o desempenho da lavoura e também pelos ganhos indiretos na produtividade das culturas subsequentes”, comenta.

Paulo Tetsuo Ouchi

sebastiao@agteixeira.com.br

Com informações da Correpar Revista do Produtor Rural

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[Extensão de Base Cantagalo]

Últimos cursos do Senar realizados em Cantagalo:

Trabalhador na Operação e Manutenção de Tratores Agrícolas - Operação de implementos - Semeadeira e plantadeira Realizado no dia 10/08 Local: Coamo - Cantagalo Instrutor: Domingos Carlos Basso

Trabalhador na Aplicação de Agrotóxicos - Tratorizado em Barras - NR 31 Realizado de 03 a 05/09, em parceria com a Souza Cruz Local: Porto Janjão Instrutor: Miguel Luiz Severino Alves

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Trabalhador na Operação e Manutenção de Tratores Agrícolas - Operação de implementos - Semeadeira e plantadeira Realizado no dia 14/08 Local: Porto Janjão Instrutor: Luiz Augusto Burei

Trabalhador na Operação e Manutenção de Tratores Agrícolas - operação de implementos - semeadeira e plantadeira Realizado no dia 05/10 Local: Cavaco Instrutor: Pedro Felipe Kastel


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[Campanha]

Novembro é mês de vacinação contra febre aftosa Todo o rebanho de bovinos e bubalinos deve ser vacinado no período de 1º a 30 de novembro

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omeça no mês de novembro a segunda etapa da vacinação de Febre Aftosa no estado do Paraná. Os pecuaristas devem vacinar todo o rebanho de bovinos e bubalinos durante o período de 1º a 30 de novembro. A primeira etapa da campanha foi realizada em maio e o índice de vacinação em Guarapuava foi de 97%. A médica veterinária da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Márcia Maria Zago destaca que a vacinação é obrigatória e o produtor que não comprovar fica sujeito a penalidades e multas. “O produtor precisa vacinar 100% do rebanho, recém-nascidos, bovinos e bubalinos”. Durante esse período, os agropecuaristas devem se dirigir a casas veterinárias e adquirir a vacina contra febre aftosa. Após a vacinação do rebanho, o produtor deve levar a nota fiscal da compra da vacina e comprovante de vacinação com todos os campos preenchidos corretamente nas unidades locais de sanidade agropecuária da Adapar . Márcia alerta sobre os cuidados na hora da vacinação. “Para que a vacina

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tenha uma boa resposta é necessário ter cuidados com o manejo, por exemplo, manter em uma caixa isotérmica, refrigerada, também é importante fazer a esterilização do material de aplicação, como as pistolas e agulhas”, recomenda. Além disso, a veterinária lembra também da importância do bem estar animal durante a aplicação. “Não se deve desprezar as condições e o local onde vai ser aplicada a vacina, de preferência vacinar nos horários mais frescos e que os animais estejam descansados. Qualquer dúvida que o produtor tiver pode entrar em contato com a Adapar”. Para auxiliar no trabalho de conscientização e apoio à campanha de vacinação da aftosa, Márcia destaca o papel dos Conselhos Municipais de Sanidade Animal (CSA´s). “O objetivo principal no Conselho na campanha é a conscientização e disseminação de informações sobre a doença. Assim ele colabora para que o produtor mude de atitude, e realmente tenha práticas que ajudem a combater e controlar a enfermidade. Assim, o Conselho é um parceiro e nos auxilia a disseminar sobre a importância de vacinar e declarar corretamente”, opina. Segundo a supervisora da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), Ana Lúcia Menon a conscientização dos produtores pode representar um avanço sanitário no estado do Paraná para que se almeje alcançar mais mercado para a carne paranaense no exterior. “A expectativa nossa é sempre que se vacine 100% do rebanho para que não haja riscos. Os produtores devem estar atentos no período da campanha para que possamos atingir essa meta e sermos um Estado livre de aftosa sem precisar de vacinação”, comenta.

Recadastramento e GTA Novembro também é o momento do produtor atualizar seus dados com a Adapar sobre todo rebanho existente, explica Márcia. “É necessário recadastrar também outras espécies como suínos, caprinos, ovinos entre outros, conforme as informações solicitadas no comprovante de vacinação. E também se alguma propriedade não estiver regularizada, é o momento do produtor atualizar seu cadastro”. Os documentos necessários para o recadastramento é a identidade, CPF rural o produtor deve levar o INCRA ou CAD/PRO, CCIR ou contrato de arrendamento. A Adapar informa que durante a campanha de vacinação, a Guia de Trânsito Animal (GTA) fica condicionada ao comprovante de vacinação. Assim, a movimentação e transporte de animais só é autorizada depois da vacinação e quando o cadastro estiver em dia, e assim aguardar o prazo previsto para movimentação. O prazo de carência previsto para movimentação dos animais após a vacinação do rebanho é segundo a Adapar, animais com uma vacinação devem aguardar 15 dias para a emissão da GTA, com duas vacinações são 07 dias e com três vacinações não precisam de prazo de carência para serem movimentados.


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[Pecuária de corte]

Análise conjuntural do mercado do boi gordo no estado do Paraná Setembro/outubro 2012 Caroline Bastos Balbinot / Thiago Augusto Cruz Paulo Rossi Junior / João Batista Padilha Junior LAPBOV/UFPR www.lapbov.ufpr.br

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omo já era esperado, os preços da @ do boi gordo alcançaram valores mais elevados nos meses de setembro e outubro de 2012 e continua em tendência de alta. Para o produtor essa alta é positiva principalmente para aqueles que utilizam confinamento na entressafra para terminar seus animais. Essa afirmação baseia-se nos custos mais elevados com a alimentação observados nesse ano, quando comparados com anos anteriores. As cotações dos preços de soja e milho (base de alimentos concentrados) alcançaram valores historicamente elevados e causaram preocupações quanto à utilização na alimentação. Essa alta dos preços dos grãos onerou de maneira significativa a produção e, portanto, a alta observada nos preços pagos aos produtores pela @ do boi gordo é muito bem vinda. O indicador de preços LAPBOV/UFPR para o boi gordo apresentou reação de alta na segunda semana de setembro, e registrou seu maior preço no décimo dia do mês de outubro, no valor correspondente a R$97,67. A partir daí os preços oscilaram pouco, resultando em uma estabilidade no acumulado da segunda quinzena de outubro. Os meses de setembro e outubro juntos apresentaram média de preço para arroba do boi gordo no valor de R$ 96,76, sendo que o menor valor observado foi de R$ 94,41 na primeira semana de setembro. Para a vaca gorda o indicador oscilou, seguiu em alta durante a 2° e 3º semana de setembro, e apresentou queda na

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Variação na cotação da arroba do BOI GORDO / LAPBOV Setembro/Outubro 2012

Variação na cotação da arroba da VACA GORDA / LAPBOV Setembro/Outubro 2012


última semana do mês. Houve reação de ligeiras altas e quedas nas semanas subsequentes de outubro. Para a cotação da arroba da vaca gorda, outubro e setembro apresentaram preço médio de R$ 87,18, sendo o maior valor observado R$ 88,47 na segunda quinzena de setembro. E o menor valor observado foi R$ 84,62 no início do mês de setembro. Como citado anteriormente, o impacto dos preços da soja e milho nos custos de produção são bastante elevados, diante disso, foram feitas análises de relações de troca entre o preço da @ do boi gordo e o preço da saca de soja e entre o preço da @ do boi gordo e o preço da saca de milho para os meses de setembro e outubro. Entende-se por relação de troca (Também conhecida como índice de paridade) como sendo um indicador

Análise de Relação de Troca entre o Preço da @ do Boi Gordo e o Preço da Saca de Soja e Saca de Milho

da evolução do preço de determinado produto em relação ao preço de um importante insumo. Esta é calculada através da razão, multiplicada por 100, entre os preços recebidos e os preços pagos pelos produtores. A relação de troca entre a @ boi gordo e a saca de soja apresentou grande variação durante o período analisado, o que demonstra a importância de se planejar a compra dos insumos para garantir maior lucratividade da produção. A maior relação observada foi no dia 04/09, quando alcançou 0,83 e a menor relação foi observada nos dias 15, 16 e 17/10 apresentando 0,69. Em média, são necessárias 0,74 arrobas de boi gordo para comprar uma saca de soja. Já para a saca de milho, foi observada maior estabilidade na relação de troca, em média, são necessárias 0,26 arrobas de boi gordo para comprar uma saca.

Acontecimentos Relevantes na Pecuária de Corte Paranaense O atual secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, fez uma declaração no ultimo mês valorizando os resultados da agropecuária paranaense. Esse bom desempenho, segundo ele, é uma demonstração de que o Estado reúne mais condições de produzir alimentos do que em qualquer outra região do País, o que faz com que o Estado atraia mais investimentos, inclusive estrangeiros, gerando mais motivação para os pecuaristas paranaenses. Previsão para os Próximos Meses A série mensal analisada se apresentou com tendência de alta e deve continuar na mesma tendência, pode-se esperar que os preços continuem subindo de maneira pouco expressiva, porém no acumulado em dezembro os preços podem chegar aos mais altos valores do ano.


[Ciências Agropecuária]

Feira do Colégio Agrícola apresenta projetos para o pequeno produtor

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Centro Estadual de Educação Profissional Arlindo Ribeiro (Colégio Agrícola) vem ano a ano estimulando jovens ainda no Ensino Médio a desenvolver pesquisas que auxiliem, na prática, as atividades do campo. Tal iniciativa é concretizada há quase 20 anos na Feira de Ciências Agropecuárias. O evento, que está em sua 17ª edição, foi realizado nos dias 27 e 28 de setembro e reuniu alunos, produtores rurais, profissionais e universitários. Segundo a diretora do Colégio Arlindo Ribeiro, Maria Aparecida Cordeiro da Silva, a feira é de extrema importância tanto para os alunos quanto para a comunidade, pois apresenta projetos e novidades que tem aplicabilidade, principalmente, em pequenas propriedades. “É sempre um desafio fazer a feira agropecuária no colégio, a cada ano a gente procura aperfeiçoar. Assim, o evento é uma oportunidade que os alunos têm de fazer pesquisa e de mostrar os seus resultados e, sobretudo, a viabilidade de muitos dos trabalhos em pequenas propriedades. É o colégio caminhando junto com o pequeno produtor”. No primeiro dia de feira, os alunos passaram por uma banca composta por três membros que avaliou os projetos pela apresentação oral. No dia 28, foi aberta a visitação ao público. A feira recebeu também a visita de colégios agrícolas de outros munícipios. A professora e coordenadora de projetos do colégio, Luciana Stremel, conta que 40 projetos foram expostos no evento. “Ficamos felizes que este ano recebemos a visita de outros colégios agrícolas como o de Apucarana, Clevelândia e Rio Negro. Completamos 60 anos e ficamos muito contentes em observar a repercussão, a receptividade e a credibilidade que os trabalhos adquiriram nesses 17 anos, isso nos deixa muito feliz”. Segundo a coordenadora, a feira é o

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principal projeto da instituição. “O evento é o carro chefe do colégio, passam por aqui cerca de 500 pessoas. Para a escola, isso é muito importante, pois é uma oportunidade dos alunos desenvolverem trabalhos científicos direcionados à aplicação na propriedade rural. Os temas são bem variados na área de agricultura e pecuária”. Para dar continuidade ao evento, no sábado, dia 29, foi realizado outro projeto do colégio que é o Dia da Família, em que os alunos apresentam seus projetos aos pais e familiares.

Projetos

Entre os projetos expostos durante a feira, todos mostraram bom desenvolvimento técnico e aplicabilidade na prática. Um deles, desenvolvido por quatro alunos do 1º ano do Ensino Médio, apresentou uma incubadora de ovos. Segundo Bruno

Guilherme Monteiro Silva, Juliano Ribas, Diovanni Miotto e Guilherme Antônio Marcansoni, a iniciativa diminui o custo da produção e pode aumentar a produtividade. Silva disse que a feira é uma ótima oportunidade de capacitação para o mercado de trabalho. “O evento é um divulgador de tecnologias para agricultura e pecuária e um treinamento para nós, uma chance de aprendizado. Os professores auxiliam e dão todo o apoio, por isso é gratificante para gente realizar esse projeto. Os produtores também gostaram muito e querem aplicar o projeto na fazenda, por ser um baixo investimento e que pode aumentar o lucro”. Marcansoni comentou sobre a exclusividade de projetos deste porte em colégios agrícolas. “Poucos tem uma feira como essa, somos privilegiados porque estamos aprendendo muito”. Miotto

Incubadora de Ovos: Bruno Guilherme Monteiro Silva, Diovanni Miotto, Juliano Ribas e Guilherme Antonio Marcansoni.


Sindicato no evento

Pulverizador para Bovinos: Marcelo da Rosa, Carlos Eduardo Sluzala, Lisandro Vacelechen, Anderson Gomes dos Santos, Alisson Emanuel Ribas Mineiri.

também acrescenta que o conhecimento adquirido não se restringe ao aspecto profissional. “É interessante porque lá fora vamos saber desenvolver projetos, pesquisas e os professores apoiam muito. É uma forma da gente aprender a se virar na vida”. Outro projeto exposto foi o de pulverizador para bovinos, desenvolvido por cinco alunos do 2º ano do Ensino Médio, Marcelo da Rosa, Carlos Eduardo Sluzala, Lisandro Vacelechen, Anderson Gomes dos Santos, Alisson Emanuel Ribas Mineiri. Sluzala conta as vantagens do sistema pulverizador reproduzido por eles. “Nosso projeto é para combater os parasitas externos, carrapato, berne do boi com um pulverizador versátil e rápido, e que atinge o animal mais homogeneamente, por um custo de R$ 350, mas a maioria tem essas peças na própria propriedade, como cano, mangueira, bomba de poço, entre outros. Além disso, o cerco de contenção já pode servir para vacinar o animal”. Santos comentou sobre o apoio que receberam do colégio no desenvolvimento do projeto. “Os professores incentivaram e nos ajudaram. O projeto pode ajudar o produtor e também já pode contar no nosso currículo escolar”.

de preparar tecnicamente os alunos, para que tenham uma formação com qualidade e que torne os jovens aptos a trabalhar no campo. “Nosso diferencial é a profissionalização. Então eles já saem daqui com algo a mais do que o Ensino Médio. O nosso foco é que os alunos voltem para casa e apliquem o que aprenderam aqui, pois a maioria vive na área rural”, observa.

O Sindicato Rural de Guarapuava apoiou o evento e participou com um estande. A diretora Maria Aparecida Cordeiro da Silva falou sobre a importância de parcerias como essa para a concretização da feira. “Temos grandes parceiros, isso faz com que a gente não se sinta sozinho, somos apoiados por empresas e entidades que estão sempre juntos com o Colégio Agrícola e que acreditam no nosso trabalho. Essas parcerias são essenciais para realização de um evento deste tamanho. O Sindicato Rural é um parceiro que sempre está colaborando conosco e esse apoio nos dá um respaldo técnico perante a comunidade”.

Colégio Arlindo Ribeiro

A coordenadora de cursos também falou sobre objetivo do Colégio Agrícola

Estande do Sindicato: Murilo Lustosa Ribas, Juliano Ribas, Gabriel Paganin, José Rodrigo Dubiela e Maria Aparecida Cordeiro da Silva

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[Fertilizante mineral]

Calcário líquido: uma resposta rápida, aliada a uma solução inteligente Ander Vinícus Possan Assistente Técnico Comercial da Agrícola AGP

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Foto: Manoel Godoy/SRG

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constante busca pela eficiência no uso dos fertilizantes, regulação do pH do solo, e consequentemente o aumento da produtividade é uma preocupação antiga dos agricultores brasileiros. As inovações do meio, tais como biotecnologia, agricultura de precisão e aplicação de fertilizantes em taxa variável exploram o potencial das culturas, fazendo com que atinjam um novo patamar de produtividade, necessitando assim de uma nutrição adequada para estas plantas. Segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (ABRACAL), para uma correção ideal do solo, o Brasil deveria consumir, em média, 63 milhões de toneladas de calcário por ano, mas em 2011 usou apenas 30 milhões. A ABRACAL ainda enfatiza que se a quantidade ideal estimada fosse usada, a agricultura brasileira aumentaria em 65% a produção de grãos. Observando esta necessidade crescente do mercado, a Agrícola AGP, além de fornecer fertilizantes de qualidade superior, tanto macro como micronutrientes, passa tam-

Calcário líquido pode ser aplicado sobre a palhada

bém a oferecer calcário líquido. O calcário líquido é um fertilizante mineral misto, com alto teor corretivo de acidez, para uso nos mais variados solos que necessitem de calagem. Este corretivo foi desenvolvido com fontes nobres de cálcio e magnésio equilibradas em um único produto, facilitando assim sua aplicação. É um produto revolucionário, constituído de nanopartículas de cálcio e magnésio, assim reagindo com maior rapidez. (Laudo de nanopartículas emitido pela EMBRAPA). Aplicação mais fácil e completa

absorção do produto diretamente pela raiz, graças à nanotecnologia que permite que as partículas, infinitamente menores que as células, sejam absorvidas pela planta e, principalmente, a preservação de substâncias não renováveis na natureza, o que torna o produto totalmente sustentável. Com estas vantagens, o calcário líquido é uma das apostas para revolucionar de uma maneira econômica e positiva a agricultura brasileira. Enquanto o calcário normal leva de três a seis meses para dar início


ao efeito de neutralização à fitotoxidez do alumínio, por se tratar de um produto à base de carbonato de cálcio (CaCO3), o calcário líquido age de forma mais rápida e eficiente. Isso deve-se pincipalmente à alta concentração de óxido de cálcio (CaO) presente em sua composição. Segundo pesquisas realizadas com o calcário líquido, comprovou-se a eficiência e equivalência no uso de 5 litros do produto substituindo 1 tonelada de calcário convencional. Por estar em formulação fluida, sua aplicação é facilitada, em pulverização no sulco de plantio, ou em área total, podendo ainda ser aplicado através de sistemas de irrigação. Tem como principais vantagens e diferenciais: • Fácil aplicação e absorção rápida pelas plantas; • Nutrição das plantas com cálcio e magnésio; • Neutralização do efeito fitotóxico do alumínio;

• Potencialização do efeito dos fertilizantes e consequentemente maior eficiência e produtividade; • Solução líquida com a tecnologia de nanopartículas; • Após chuva de 30 mm a ação do produto é imediata; O calcário líquido pode ser aplicado sobre a palhada em sistemas de plantio direto sem nenhum atraso ou complicação quanto à sua eficiência, visto que sua ação se dará através da água das chuvas, que irão incorporar o mesmo à solução do solo. O calcário líquido possui eficiência de 100% e pode ser aplicado em qualquer época do ano. Isto ocorre porque é um produto com a tecnologia de nanopartículas, com ação imediata, e que fica disponível para ser absorvido diretamente pela raiz. Além disso, a solução acaba com a poeira criada na lavoura pela aplicação do calcário em pó. O uso do calcário líquido diminui significativamente os custos

Ander Vinícus Possan

logísticos e de aplicação, tornando a calagem uma tarefa simples e prática. Essa tecnologia já se encontra à disposição dos produtores que buscam maior rendimento de sua lavoura, aliada à máxima lucratividade de seu negócio.

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[Pulverizadores ]

Cereal participa da dinâmica de máquinas com autopropelidos PLA

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urante o WinterShow 2012, a CEREAL Concessionária Autorizada PLA foi um dos destaques na demonstração de pulverizadores. Durante a dinâmica de máquinas, a empresa apresentou dois autopropelidos de alta tecnologia. Um deles é o pulverizador H3000i barra 25mt dianteira com túnel de vento e torre de fertilização, motor Mercedes Benz 220cv 04 cilindro, piloto hidráulico Trimble e giro nas quatro rodas; o segundo é o modelo H3000i barra 28mt dianteira, motor Mercedes Benz 180cv 04 cilindro, piloto elétrico Trimble e giro nas quatro rodas. O proprietário José Augusto de Moraes Barros apresentou as principais características dos autopropelidos da PLA nos dias 18 e 19 de outubro. “As máquinas que nós apresentamos são as versões mais avançadas e mais adequadas a nossa região. Destacam-se em áreas com topografia acidentada, pois possuem transmissão com bombas duplas e acionamento em X, suspensão pneumática ativa, cabine e banco do operador com suspensão pneumática, proporcionando conforto ao operador e ótima estabilidade das barras mesmo em terrenos mais acidentados. As barras dianteiras permitem ao operador melhor visualização da pulverização, o túnel de vento aumenta a eficiência da aplicação dos produtos. O giro nas quatro rodas permite fazer voltas em menores raios de giro, sendo que a roda traseira passa no mesmo rastro da roda dianteira reduzindo o amassamento da cultura. As máquinas possuem bitola variável, com acionamento hidráulico podendo chegar a 3,50 m de largura, vão livre do solo de 1,65 m a 1,79 m o que permite pulverizações na cultura do milho em pré pendoamento. A Torre de Fertilização traseira permite instalar distribuidor

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Piterson Viana, Carlos Correa dos Santos, José Augusto de Moraes Barros, Jaqueline Geier de Moraes Barros, José Dejalmo de Moraes Júnior, Edson Karaz de Lima e Felipe Olavo Manente

centrífugo, para aplicação de produtos sólidos (sementes, fertilizantes, etc.) simultaneamente ou não, devido a altura do equipamento do solo consegue se distribuição dos produtos a distâncias maiores com uma ótima uniformidade permitido a utilização do mesmo rasto da pulverização. A CEREAL apresentou também a linha de GPS TRIMBLE, o CFX-750 e o FMX que podem ser acoplados aos pulverizadores bem como a outros equipa-

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mentos como colheitadeiras, tratores, plantadeiras, etc. O GPS é preparado para instalação de Piloto Hidráulico ou Elétrico, com aquisição do sinal RTX similar ao RTK obtém se repetibilidade de 3 cm de variação. Destacando-se o CFX750 da Trimble, o mais novo monitor com tela touchscreen de 8” possibilitando, com um custo acessível, orientação, direção e funcionalidade na Agricultura de Precisão. Use o CFX-750 em conjunto com o sistema de controle Field-IQ da

Trimble para maximizar sua eficiência no plantio, aplicação a lanço, pulverização e preparo de solo. Permite ainda atualização para receber sinais dos satélites GLONASS. Suas principais vantagens e características são: - Possibilidade de centralizar várias funções em uma única tela. - Controle de seção: Redução nos custos e economia de defensivos ao controlar até 48 linhas individuais de pulverização com o sistema de controle Field-IQ. - Controle de taxa: Controle sua taxa de aplicação variável ou fixa no plantio, pulverização e aplicações a lanço com o sistema de controle Field-IQ. Adicione a solução integrada de taxa variável para o plantio e obtenha a máxima precisão no controle de fertilizantes e/ou sementes. - Orientação visual, 27 LEDs fornecem uma rápida e eficiente orientação em quaisquer condições de iluminação - Compatibilidade com câmera. Visualize até 2 imagens ao vivo na tela e monitore partes do seu implemento que não são visíveis da cabine. - Relatórios: Transfira sua aplicação diária para seu computador usando a porta USB para pen-drive ou através do Connected Farm sem-fio da Farm Works.


Comercializa cereais, fertilizantes, implementos e insumos agrĂ­colas

Autopropelido H3000I com barra pulverizadora dianteira e suspensĂŁo pneumĂĄtica ativa

Cereal, revenda autorizada

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[Capacitação]

Agricultura de Precisão em pauta

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os dias 8, 9 e 10 de outubro, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) promoveu, em parceria com o Sindicato Rural de Guarapuava, o Seminário de Agricultura de Precisão (AP). O curso foi ministrado pelo engenheiro agrônomo especialista em AP, André Luiz Fabri, que repassou aos participantes os conceitos básicos e o ciclo completo dessa ferramenta. “Assim, foi abordado desde a parte de amostragem, fertilidade, aplicação e colheita. Conseguimos repassar o básico de todas as etapas e acredito que atingimos nosso objetivo”, declarou. Segundo Fabri, o objetivo do seminário foi gerar informação sobre um tema que é atual e importante para regiões essencialmente agrícolas, como Guarapuava. “A intenção foi difundir novas tecnologias e desmistificar que a implantação é muito difícil, por falta de informação. O curso veio para quebrar esse tabu. Espero que os participantes ajudem a repassar esse conhecimento a outros produtores”. No primeiro dia, o curso abordou uma parte introdutória da agricultura de precisão, desde o histórico, técnicas básicas e a viabilização da AP na realidade paranaense. No segundo dia, o instrutor

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abordou mapas de aplicação, plantio em 3D e zonas de manejo. E por fim, o palestrante falou sobre análise de correlação – formas de fazer o cruzamento de mapas; avaliar a influência de fatores sobre a produtividade; como produzir relatórios; os guias e prática de campo. O engenheiro agrônomo que presta serviços relacionados à AP para o Grupo Reinhofer, Pelisson Kaminski disse ter gostado do seminário e acredita que este primeiro treinamento deve ter continuidade na região.“O seminário foi uma excelente forma de começar a divulgar alguns conceitos básicos da tecnologia e, principalmente, de tentar quebrar alguns paradigmas que existem na área. Seria interessante que este mesmo treinamento fosse segmentado em níveis, em função do volume de informação que se tem dentro da AP. Segundo o engenheiro agrônomo Márcio Ferreira Rickli, o seminário foi importante para atualização tanto de produtores quanto de técnicos. “Vim para aprender sobre os equipamentos e também para trocar experiências com produtores e profissionais da área”. O engenheiro agrônomo de Entre Rios Rafael Majowski sugeriu que o Senar promova mais cursos relacionados ao tema e comentou sobre a aplicação

André Luiz Fabri

da AP em sua propriedade. “Acredito que seja pertinente, por exemplo, um treinamento para operadores de máquinas, pois há um déficit grande de mão de obra. Em nossa propriedade trabalhamos o ciclo completo de AP. É algo novo e cheio de desafios. O produtor precisa pensar a longo prazo, pois o próprio retorno não é imediato. A Agricultura de Precisão é, sobretudo, uma nova maneira de se gerenciar a propriedade”. O produtor rural Andreas Keller também implantou a AP em sua fazenda há cerca de um ano e comenta que o curso veio em boa hora. “Eu comecei a investir em equipamentos ano passado, agora esse curso veio numa época boa para que eu possa trabalhar com mais informação. No seminário vi que não é só comprar o equipamento e deixar na máquina, o mais importante é saber processar os dados”. Os seminários de Agricultura de Precisão foram promovidos pelo Senar em parceira com o Sistema de Gestão da Qualidade Certificado NBR – ISO 9001 e a Agro Tecnologia- Soluções inovadoras para o Campo. No Paraná, o evento também ocorreu nos municípios de Mandaguaçu, Ponta Grossa e Toledo.


[Produção de carne]

“O melhoramento genético do rebanho só depende de você” Ricardo Arantes Ricardo Arantes é administrador de empresas e um dos proprietários da Agropecuária Nova Vida, com sede em Ariquemes (RO) e filial em Comodoro (MT)

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ntre janeiro e outubro, as exportações de carne bovina renderam US$ 1,798 bilhão, com a comercialização de 1,33 milhão de toneladas de equivalente-carcaça, 43% a mais que no mesmo período do ano anterior. É um excelente desempenho e, ao mesmo tempo, reflete nossa competência na produção. Mas os números exponenciais não nos eximem da responsabilidade em investir um pouco mais na genética do plantel, que tanto contribui para esse cenário. Foi graças a ela que conseguimos reduzir o ciclo de abate de seis para três anos, dois ou até menos - em alguns casos específicos. Estima-se que cerca de 50% de nossa pecuária ainda é “pré-histórica”, ou seja: sem controle ou aporte tecnológico ao tripé sanidade/genética/nutrição. Entretanto, é um cenário que está mudando aos poucos. Não há mais espaço para touros de produção duvidosa, escolhidos a olho. Para desempenhar o papel de reprodutor, o animal deve passar por uma malha fina que comprove sua produtividade. Falamos aqui das Diferenças Esperadas na Progênie (DEPs), uma avaliação das características genéticas economicamente mais importantes à produção. Antes, eram animais restritos ao meio científico ou a uma parcela mais elitizada de pecuaristas. Hoje, já é mais comum vê-los nos pequenos rebanhos. E para quem duvida, o retorno do investimento em genética avaliada acontece logo na primeira safra de bezerros, gerando um gado mais homogêneo, precoce, com melhor rendimento de carcaça e qualidade de carne. Eis

aí um grande mercado ainda inexplorado. A carne brasileira ganha espaço no exterior, mas é porque forcemos um produto barato e não por ser mais macio e saboroso. Veja por exemplo a famosa Cota Hilton, do mercado europeu, que remunera até três vezes mais por cortes nobres do quarto traseiro do novilho precoce. A fatia do Brasil é quase insignificante em volume e mesmo assim não somos capazes de atender a demanda. A tão sonhada remuneração superior só virá a partir do momento que produzirmos animais com a qualidade necessária e em maior escala. Independentemente de qualquer crise econômica, a população mundial vem crescendo desenfreadamente e é fato que toda ela precisará se alimentar. Imaginem a gigantesca população da China. Lá, o consumo per capta de carne bovina gira em torno de 5 quilos/habitante/ano, ao contrário do Brasil, onde essa média sobe para 28 quilos. Se eles apenas dobrassem o consumo, acabariam com a carne bovina do planeta inteiro. E mais: teríamos de vender arroba de bezerro aos invés de boi gordo. É por esse e outros motivos que devemos apostar em uma pecuária cada vez mais produtiva e sustentável. Sou grande defensor do cruzamento industrial, por permitir a produção de carne superior em menos tempo. A técnica exige um pouco mais de investimento no manejo, mas os ganhos são compensadores, especialmente, no que se refere ao relacionamento com a indústria, que passa a enxergar os forne-

cedores com maior confiabilidade. Erros cometidos pelos pecuaristas no passado foram corrigidos e, atualmente, a carcaça do gado cruzado é cobiçada pelos frigoríficos, que pagam prêmios para obtê-la. É também uma evolução que decorre das atuais biotecnologias reprodutivas. Em especial, a inseminação artificial convencional e em tempo fixo, com preços mais acessíveis. Um pecuarista com um rebanho de 100 fêmeas possui perfeitas condições financeiras para comprar um botijão de sêmen de touros provados por até R$ 3.000,00, os quais possibilitarão índices de fertilidade cada vez mais altos. Com apenas algumas semanas de treinamento, o próprio funcionário pode fazer a inseminação das vacas da propriedade. Para adeptos da monta natural, também existem várias opções de touros avaliados, que desempenham bem em regiões de clima quente e estão agradando pecuaristas brasileiros. Eles respondem à criação extensiva e produzem uma carne com a qualidade desejada. A frase que intitula esse artigo era uma das preferidas de meu pai, um homem visionário e que levou o desenvolvimento à pecuária de Rondônia por meio do melhoramento genético. É por este motivo que enxergo para o futuro uma cadeia produtiva mais integrada e também uma participação mais atuante do Brasil em mercados de maior valor agregado. Algo possível se enxergarmos as tecnologias e melhoramento genético com maior clareza.

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[Empreendedorismo]

Empresários do campo Curso promovido pelo Senar desenvolve competências empresariais para o produtor rural e incentiva o empreendedorismo. Enxergar e administrar a propriedade rural com uma visão empresarial vem se tornando imprescindível para ser competitivo no mercado atual. O agronegócio faz com que o agricultor precise cada vez mais ser um empresário do campo. Para capacitar e instigar o espírito empreendedor dos produtores rurais, o Sindicato Rural de Guarapuava e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) estão promovendo, mais uma vez, o curso “Trabalhador na Administração de Empresas Agrossilvipastoris – Empreendedor Rural”. Duas turmas estão andamento, uma delas com colaboradores do Instituto Emater e outra com produtores rurais e técnicos. Segundo o instrutor Luiz Augusto Burei, gestor em agronegócios, especialista em administração financeira e planejamento estratégico, o objetivo do curso é desenvolver o poder pessoal dos empreendedores do agronegócio e ampliar sua capacidade influenciadora nas transformações do setor e da sociedade. “É preciso que o produtor rural desenvolva competências empresariais, para que ele possa planejar onde quer ir e como alcançar suas metas”. Burei avalia o desenvolvimento das turmas do curso, uma delas com 19 alunos, que iniciou no dia 13 de julho e vai concluir no dia 09 de novembro e outra, com 13 participantes, que teve início em 11 de agosto e completa suas atividades no dia 24 de novembro. “Cada turma tem uma característica. A primeira, da Emater, observei que todos têm experiencia na área, formação técnica e isso ajuda muito na elaboração de projetos. Já o grupo de produtores também é muito interessante, pois eles tem muita vivência prática. Assim, conseguem visualizar com maior facilidade de que forma pode aprimorar a gestão da propriedade no dia a dia”.

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Turmas de Empreendedor Rural 2012 durante aulas no Sindnicato Rural

De acordo com Burei, o curso segue três diretrizes: a gestão de conhecimento; elaboração do projeto e desenvolvimento humano. Entre os conteúdos abordados no treinamento estão: fundamentos econômicos; especificidade do setor agropecuário; planejamento participativo das empresas, legislação agrária, estratégias de comercialização e funções da administração rural. Além da parte teórica, os alunos precisam apresentar no final do curso um projeto

voltado para o desenvolvimento de uma propriedade rural, com metas e ações futuras. “O programa ajuda o produtor a compreender sua atuação produtiva e também a refletir como ele age no âmbito não só profissional, mas social. Dessa forma, ele desenvolve um outro tipo de competência que pode auxiliá-lo a tomar decisões sobre o seu próprio negócio. É importante que a propriedade rural seja cada vez mais vista e gerida como uma empresa”, ressalta.


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[Suinocultura ]

Biossegurança na Produção de Suínos Coordenador Prof. Dr. Paulo Roberto Ost Acadêmicos: Leandro Klimionte Rozana Wendler da Rocha Marjury Maronezi Jacqueline Midori Ono Janaina Colecha Rocha

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acentuado crescimento e modernização mundial da indústria suinícola, nas últimas duas décadas, tornaram clara e evidente a necessidade de uma maior e mais detalhada atenção à saúde dos plantéis. A maneira mais efetiva de manter rebanhos comerciais livres ou controlados em relação a agentes de enfermidades de impacto econômico e evitar efeitos negativos à produtividade e/ou saúde pública (zoonoses) é através da utilização de programas de biossegurança. Na suinocultura, esta é considerada como um conjunto de medidas que visa ter um rebanho mais livre possível de doenças, dando proteção à saúde e ao bem estar animal, bem como diminuir a incidência de zoonoses que pode ocorrer de forma direta ou através do consumo da carne. Sendo assim, a preocupação com a biossegurança na suinocultura é uma necessidade eminente para suprir as exigências Dos consumidores cada vez mais globalizados e bem informados, e garantir a saúde animal e humana. As principais causas de enfermidades transmissíveis dentro do plantel são as bactérias, os vírus, os parasitas e os fungos. Esses agentes patogênicos podem ser levados para a granja através de diferentes elementos que os transportam. No caso da via direta, podemos citar como principal meio a entrada de animais doentes ou mesmo portadores sadios. Pela via indireta,

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pode-se mencionar os fômites como principais meios. A água de bebida consumida pelos animais representa fator significativo na disseminação de doenças parasitárias e infecciosas. As aves que entram nas granjas dos suínos, em busca de alimento, com patógenos presentes em suas patas e fezes podem contaminar os alimentos, solo, animais e em especial podem transmitir a sarna, a tuberculose e até mesmo as gripes causadoras de pandemias. Já as moscas que viajam até 3 km por dia e podem atuar como vetores de vírus, bactérias e fungos e ainda sendo um importante agente na transmissão de doenças como a meningite mais conhecida como a encefalite em suínos. A ração também pode ser uma fonte efetiva de contaminação de rebanhos suínos. Os roedores domésticos (ratos e camundongos) representam problemas importantes, por causarem perdas que incluem danos à estrutura das instalações e sistema de abastecimento de água, consumo da ração dos animais e contaminação microbiana dos suínos e do meio ambiente, como é o caso da leptospirose. Embora na maioria das vezes as evidências sejam indiretas, atribui-se aos animais domésticos ou selvagens, importância na transmissão natural de agentes virais para suínos. Portanto, para impedir o ingresso e a disseminação de enfermidades, devem-se aplicar medidas de biossegurança na estrutura física, no controle

das entradas e saídas e dos movimentos internos da granja. A localização da granja pode influenciar a ocorrência de doenças, principalmente as transmitidas pelo ar. Devem ser consideradas as atividades que são desenvolvidas nas propriedades vizinhas, a densidade de suínos na área, o tamanho da granja de suínos mais próxima, os padrões de temperatura e umidade da região, a direção dos ventos predominantes, a disponibilidade de água em quantidade e qualidade adequadas e a quantidade de dejetos gerados pelo sistema de produção de suínos na própria granja ou na vizinhança e após entender tudo isso, isolar a granja com uma barreira de árvores. Nesse aspecto, a quarentena é o isolamento e observação concomitante dos animais numa instalação separada (isolada), antes da introdução no rebanho destino. O objetivo é o de proteger o rebanho comprador contra a introdução de novos agentes infecciosos que possam causar doenças com impacto e significação econômica. A adaptação ou aclimatação tem por objetivo tornar equivalente o status sanitário dos animais recém-adquiridos e os presentes no plantel de destino, visando garantir que os animais introduzidos venham a desenvolver todo o seu potencial produtivo e reprodutivo, sem alterar o status microbiológico do plantel de destino. Aliado a isso, é necessário utili-


zar placas junto à entrada de acesso à granja, com avisos expressando claramente que a propriedade aloja suínos. Devem existir cercas delimitando o perímetro externo da granja, de modo a evitar a entrada de pessoas, animais silvestres ou domésticos. A entrada da granja deverá contar com um rodolúvio e um arco de desinfecção ou um equipamento de aspersão, para desinfetar os veículos que entram e saem. Veículos e pessoas constituem um risco potencial para as granjas, uma vez que podem estar contaminados e transmitir agentes patogênicos. Uma barreira efetiva para reduzir o risco da veiculação de patógenos de humanos para suínos é a troca de roupa e banho e a proibição da entrada na granja com objetos pessoais. Em relação a veículos utilizados para acessar a granja, recomenda-se que sejam estacionados fora do núcleo de produção. Todo e qualquer veículo usado para transporte de animais, equipamentos e produtos de origem animal, rações e dejetos devem ser considerados fatores de alto risco para a disseminação de doenças. Os caminhões que transportam os suínos devem ser lavados e desinfetados sempre que terminar o descarregamento dos animais, em locais especificamente selecionados e preparados para tal. Toda granja deverá ter uma rampa para carga e descarga instalada fora da cerca periférica, para que os suínos possam ser embarcados ou desembarcados sem a necessidade dos caminhões entrarem nas granjas. A transmissão de doenças por vetores como roedores e moscas deve ser evitada ao máximo. Entre as medidas gerais de controle estão: destino adequado do lixo, dos animais mortos, de restos de parição e de dejetos; a limpeza e organização da fábrica, depósito de rações e insumos e dos galpões e arredores, além de um continuo controle dos roedores com raticidas de ultima geração visto que gatos são transmissores de doenças e não devem ser utilizados para o controle de ratos. As carcaças de animais mortos por doenças infecciosas, em geral, apresentam, títulos altos dos agentes causadores da morte, com significativo risco de difusão e possibilidade de contaminação humana durante a sua

Equipamento de aspersão para desinfetar veículos que entram e saem da granja

movimentação e eliminação. Para proteger a saúde dos animais e do pessoal da granja, evitar a poluição ambiental, prevenir problemas com o mau cheiro, proliferação de moscas e a contaminação de populações urbanas em áreas próximas às criações, tornam-se necessários processos adequados de eliminação desses detritos orgânicos, implantando os decompositores de cadáver e envoltórios fetais na granja. Outro fator importante de contaminação é a água, pois se houver agentes patológicos, toda ou grande parte da granja será afetada. Sua procedência e qualidade, tanto em termos microbiológicos como químicos, devem ser obedecidos com rigor. Poços do tipo semi-artesianos ou similares devem ser implantados no projeto de modo que atenda as exigências citadas, além do fator quantitativo, é claro, pois os animais devem ter água não só em qualidade, mas, em quantidades suficientes em todas as épocas do ano. Ainda nesse contexto, o vazio sanitário é o período em que a instalação permanece vazia após ser realizada a limpeza seguida de desinfecção, ocorre do desalojamento de um lote de animais e antes do ingresso de um novo lote. A prática é um complemento à desinfecção e permite a destruição de microorganismos não atingidos pela

mesma, mas que se tornam sensíveis à ação das pressões físicas naturais. Além disso, o vazio sanitário permite a secagem das instalações. Sua eficiência somente será possível se o local permanecer fechado, não permitindo a passagem de animais ou pessoas. Em síntese pode-se concluir que a responsabilidade da cadeia de produção da carne suína é garantir que, em todos os processos envolvidos em sua obtenção, haja um controle rígido de todas as operações, de forma a evitar qualquer possibilidade de contaminação, seja por zoonoses ou agentes biológicos. Do ponto de vista de garantia de obtenção dos resultados zootécnicos e econômicos, é fundamental que o sistema de produção de suínos adote um programa de biossegurança personalizado para sua realidade. Afinal, um único deslize em termos sanitários pode significar impactos econômicos e desastrosos, uma vez que doenças podem aumentar em até 20% os custos de produçao o que é decisivo em uma atividade cuja amargem dificilmente passa dos 6%. A aplicação correta das normas de biossegurança aliada a um manejo eficiente e uma assessoria veterinária responsável, assegura ao consumidor um produto final de excelente qualidade, e ao produtor rentabilidade e viabilidade. Revista do Produtor Rural

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[Profissionais em destaque]

Carlos Solarevicz, vendedor Seven Mitsubishi Entre Rios/ Guarapuava

AG Teixeira - Sebastião Hollandini e Geovani Teixeira

OR Sementes - Aroldo Linhares, Luciana Quetheman, Rodrigo Oliboni e Fabio Ceccon

Chemtura - Mateus Chaves

Agrária - Solange Maria Schmidt e Mariza de Fatima Fostim

Biogenesis Bagó - Sérgio Barros, Rodolpho L. W. Botelho e Henry Gomes

Agrária - Arival Ribas Kramer

Fertilizantes Heringer - Rogerio Modesto, João Fernando Ratti, Thiago Menezes, Augusto Krüger Filho, Marcelo Previete e Leticia Caloy

Anton Gora e Prof. Luciano Guaglia

Sicredi e BRDE - Ataídes Marconato, Luis Werlang, Pedro Paulo Tadra, Maria Inês Kusznir e Tatiana Valer

Felipe Dalchiavon estagiário da FMC

Manah - Mario Monferdini, Amarildo R. dos Santos, Roberto Satler, Robertinho, Cleber Bin e Odacir Kobs

Nova mestre

Prof. Celso Roloff

Prof. Marcelo Cruz e Anton Gora

Diretores da Agrária com equipe do Banco do Brasil

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Revista do Produtor Rural

Luiz Lucchesi, presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná e José Roberto Papi, presidente da AEAGRO

Camila Bastos Ribeiro defendeu sua dissertação de mestrado no dia 6 de setembro, na UFLA (Universidade Federal de Lavras) em Lavras - MG. “Caracteres que explicam a heterose na produtividade de grãos de milho” é o título de sua dissertação. Ela foi orientada do Dr. Magno Antônio Patto Ramalho.


[Espaço Rural Kids & Teens]

Heloise, filha de Maria Fernanda e Murilo Lustosa Ribas Junior na Fazenda Boa Sorte. Maysa Ribeiro Alves no WinterShow 2012

Kauan Leuch, 6 anos, filho de Pablo Leuch. Lanna Moser, 3 anos, filha de Robert Moser e Michele Leuch Moser

As primas Lívia e Ana Teresa no Sítio Paiol das Telhas. Lívia é filha de Ted Sander e Sandra Mara Schlafner Sander; Ana Teresa é filha de Cid Marcelo Sander e Edith Leh Sander.

Lucca, filho de Tábata Stock e Ricardo Marchetti Lívia, filha de Ted Sander e Sandra Mara Schlafner Sander, na Fazenda Parentinho. Ela é neta de Edio Sander e Terezinha Ruschel Sander; Herbert Schlafner e Rosa Maria Schlafner

ail: to para o E-m .br Envie sua fo o .c a m o@srgpuav comunicaca

Rodrigo Mariotti Nunes (12 anos) e Gustavo Mariotti Nunes (14 anos), filhos de Marco Aurélio Nunes e Andréia O. Mariotti Nunes na Fazenda Palmar, em Candói/PR

Revista do Produtor Rural

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[Produtores em Destaque]

Alberto Jaeger

Alexandre Marath

Ana e Antonio Hertz

Anton Gora, Neusa Vier e Hildegard Abt Roth

Helmut Milla, Cícero Kuntz e Adalberto Xavier

José Carlos Karpinski, José Borges Filho e José Rosaldo Lima

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Revista do Produtor Rural

Roberto Keller e Helmuth Seitz

Andreas Keller Junior

Gibran Thives Araújo

Jair Clemente Zart

Anton Gora e Macedo Nunes Machado

Manfred Spieler e Sueli Karling

Maria e Stefan Fassbinder

Ilze Wilk, Gerhard Wilk e Roberto Keller

José Carlos Karpinski, José Borges Filho e José Rosaldo Lima

Lucimari Keller, Hildegardt V. Reinhofer e Rosa Karolina Becker

Maria Milla e Renate Milla

Ivo Arnt

Siegfried Milla

Waltrautt Niedermaier


Patricia Santos, Joneri Santos e Gabriel Santos

Ricardo Marchetti e Ernesto Stock Regina Seitz, Anelise Buhali e Elli Stecher

Deodoro Araújo Marcondes

Sindicato Rural de Tibagi - Paulo Gomes,Casemiro Pagano, Joyce Rocha, João Arthur Barbosa Lima - SRG, Fabiano Carneiro,Sandro Chinzini, Gilmar Silva

Alunos do Colégio Imperatriz

[Novos Sócios]

Ana Paula Ferreira Ransolin

Angelo Muzzolon

Edina Aparecida Pinto Alberti

Eduardo Osvaldo Garais

João Vasconcelos Schimidt

Jorge dos Santos

Maria Danieli dos Reis

Soeli Flizicoski Mariani

Valmir Silveira Gonçalves

Vanderley Kuachinhak

Vilmar Silveira Gonçalves

Jovina Jacy Lopes Serpa

• Lucindo Zanco • Luiz Manoel Oliveira Martins

Revista do Produtor Rural

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Confira a agenda de eventos agropecuários:

Dezembro

Novembro

[Aniversariantes]

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01/11 01/11 01/11 01/11 02/11 02/11 02/11 02/11 03/11 03/11 03/11 04/11 04/11 04/11 04/11 05/11 05/11 05/11 05/11 06/11 06/11 06/11 07/11 08/11 08/11 08/11 09/11 09/11 10/11 11/11 11/11 11/11 11/11 12/11 12/11 13/11 13/11 13/11 14/11 14/11

01/12 01/12 01/12 01/12 01/12 01/12 02/12 02/12 02/12 02/12 02/12 03/12 03/12 04/12 05/12 05/12 05/12 05/12 05/12 05/12 07/12 07/12 07/12 08/12 08/12 08/12 08/12 08/12 10/12 10/12 10/12 10/12 11/12 11/12 12/12 12/12 13/12 13/12 13/12 14/12 15/12 15/12 15/12 15/12

Egon Heirich Milla Helmuth Mayer Raimundo Gartner Rodrigo Schneider Gunter Winkler Johann Wolbert Laura Marlene Bastos Alves Theresia Jungert Dionisio Burak Evaldo Anton Klein Karl Keller Ana Celia de Araujo Antonio Schramm Cleverson Atalibe Martins Fernanda Margot R. Virmond Antonio Carlos Ribeiro Burko Carlos Alberto Dipp de Castro Hermann Oster Rubens Lopes de Araujo Egon Winkler Franz Weicher Junior Jocelim A. das Neves Luiz Carlos Mendes de Oliveira Anderson Lineu Martins Irene Elisabeth Remlimger Josef Spieler Osmar Antonio Dalanora Vinícius Rocha Camargo Mariana Martins Marcondes Alaor Lopes Fritz Cesar Pedro Zambenedetti Ribas Gilberto Baroni Sidinei Denardi Harry Mayer Rachel Maria Naiverth Cicero Passos de Lacerda Heinrich Vollweiter Rozeli Araujo Oliveira Deodoro Araujo Marcondes Walter Winkler

Allan Kardec Oliveira Lopes Filho João Afonso Fontoura Bilek Klaus Kratz Luciane Werneck Botelho Maria Danieli dos Reis Maria de Lourdes Scheidt Mader Arion Mendes Teixeira Claraci Borges Cláudia Scherer Korpasch Gilson Schimim Mendes Roselinda de Fatima Nunes Chiaro Elcio Dobgenski Odacir Antonelli Ruy Laureci Alves Teixeira Blacardini Fritz Gadotti Erna Teresa Milla Jefferson José Martins João Paz França Siegbert Nauy Telcio Granemann Fritz Anton Egles Ewald Mullerleily Franz Milla II Daniel Peruzzo Everton Roosevelt Bernini Ludmila Eder Solange Maria Schmidt Valdomiro Bodenar Anderson Mendes de Araujo Irene Fernandes Silvério Filiposki José Canestraro Rodolpho Luiz Werneck Botelho Eliseu Schuaigert Marcos Tiago Geier Pedro de Paula Xavier Valdir Cesar de Moraes Lima Carlos Alberto Abreu Alves Filho Nelci Terezinha Mendes do Valle Newton Schneider Alexandre Utri Elmar Remlimger Francisco Seitz Johann Reinhofer Osmar Karly

Revista do Produtor Rural

15/11 15/11 15/11 15/11 16/11 16/11 17/11 17/11 17/11 17/11 17/11 18/11 18/11 19/11 20/11 20/11 20/11 20/11 21/11 21/11 21/11 22/11 23/11 23/11 24/11 25/11 25/11 25/11 26/11 26/11 26/11 27/11 28/11 28/11 28/11 29/11 29/11 30/11 30/11 30/11 30/11

Jaime Tonon Leonardo Obal Otto Martin Ritter Vicente Mamcasz Bruno Armstrong de Araujo Valério Tomaselli Aldoino Goldoni Filho Alfredo Szabo Antonio Cassol Miguel Wild Ronald Oster Alexandre Seitz João Pfaff Pertschy Luciano Koloda Cilton Ribas Edson José Mazurechen Etelvino Romano Portolan Francisco dos Santos Daniel Giorno Nascimento Mário Losso Kluber Ruy Jorge Naiverth José Carlos Lustosa André Szendela Aristheu Rieckel Edemar Balkau Albert Stock Anton Gottfried Egles Rodolfo Wolbert Antonio Lineu Martins João Maria Siqueira Ribas Maria Aparecida Lacerda Araújo Ozias Schineider Alfredo Jungert Raimund Helleis Vania Elisabeth Cherem Fabrício de Melo Karl Heinz Laubert Filip Priscila Klein George Karam Joarez Santana Nunes de Oliveira Joicimar Antonio Centofante Josef Dettinger

15/12 16/12 17/12 18/12 19/12 19/12 19/12 19/12 20/12 20/12 20/12 20/12 20/12 21/12 21/12 21/12 21/12 22/12 22/12 23/12 23/12 23/12 23/12 23/12 24/12 25/12 25/12 25/12 25/12 25/12 25/12 26/12 26/12 27/12 28/12 28/12 29/12 29/12 29/12 31/12 31/12 31/12 31/12

Roland Milla Francisco Jose Martins Roberto Satler João Sueke Sobrinho Alberto Stock Eva Becker Jamil Alves de Souza Luciano Chiott Erich Egles Joao Francisco Abreu Ribas Josef Duhatschek Tiago Pacheco Stadler Ulrich Thomas Leh Edson Rodrigues de Bastos Felipe Martins de Almeida Gerhard Temari Josef Emanuel Buhali Herold Pertschy Luiz Carlos Sbardelotto Caroline Lustoza Wolbert Elevir Antonio Negrello Fabiano Rovani Geraldo Natal Ceccon Nilso Granoski Zanoni Camargo Buzzi Emanoel N. Silvestrin José Augusto de Moraes Barros Josef Wild Sebastião Elon Cavalheiro Stefan Fassbinder Wendelin Hering Filho Guilherme de Paula Neto Rafaela Mayer Wilmar Schneider Cleber Dall’ Agnol Elton Thives Araujo Egon Scheidt Eponina Werneck Ceneviva Karin Katharina Leh Adelheid Klein Knesowtsch Arno Silvestre Muller Márcio Mendes Araújo Rosita Praetorius de Lima Malinoski

33ª Expovel- Exposição Feira Agropecuária Industrial e Comercial de Cascavel 29 a 18 de novembro Parque de Exposições Celso Garcia Cascavel - PR Informações: (45) 3228-2526 / 3228-1211 www.expovel.com.br

15ª EXPOPATO - Exposição Feira Agropecuária Industrial e Comercial de Pato Branco 10 a 19 de novembro Local: Parque de Exposições Pato Branco - PR Informações: (46) 3225-1237 www.expopato.com.br

III Conferência Internacional de Medicina Veterinária do Coletivo 23 a 25 de novembro Campus de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná (UFPR)Curitiba - PR www.itecbr.org/

XI Congresso sobre Manejo e Nutrição de Bovinos do CBNA 27 e 28 de novembro Auditório do IAC - Campinas - SP Informações: (19) 3232 7518 www.cbna.com.br

II Dia de Campo da Fruticultura dos Campos Gerais

30 de novembro Fazenda Escola Capão da Onça da UEPG Universidade Estadual de Ponta Grossa Informações: (42) 3220-3088 - (42) 3220-3072 http://eventos.uepg.br/diadecampo/inscricoes.php

Show dos 45 anos do Sindicato Rural de Guarapuava e 5 anos da REVISTA DO PRODUTOR RURAL Lizando Amaral e Marcelo Oliveira 05 de dezembro - 19h30 Anfiteatro do Sindicato Rural de Guarapuava Informações: (42) 3623-1115

Leilão Gado Geral - Fim de ano

08 de dezembro Parque de Exposições Lacerda Werneck Guarapuava - PR Informações: (42) 3623-3084 www.gralhaazulremates.com.br

Palestra sobre esclarecimentos do novo Código Florestal - “O que pode e o que não pode”- Último módulo do Programa de Desenvolvimento Florestal 2012 12 de dezembro - 19h Sindicato Rural de Guarapuava Informações: (42) 3623-1115

I Ovinotec - Cooperaliança 13 de dezembro Sindicato Rural de Guarapuava Informações: (42) 3622-2443


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