Revista Produtor Rural ed. 72

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ISSN 1984-0004 Publicação bimestral do Sindicato Rural de Guarapuava Ano XII - Nº 72 - Abr/Mai 2019 Distribuição gratuita

REVI STA DO PRO D UTO R RURA L DO PA RA N Á

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Última vacinação contra febre aftosa no Paraná MAIO 19

Vacinar animais até 24 meses

ATENÇÃO: A dose é de 2 ml INFORMAÇÕES: WWW.ADAPAR.PR.GOV.BR

Na foto, a associada Adriana do Rocio Passos de Lacerda Martins


índice Turismo rural

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Secretaria apresenta projeto Caminho de São Francisco

NCCCG

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Expocrioulo reafirma qualidade do cavalo crioulo

Tradicionalismo

Manchete Sindicato Rural realiza AGO e eleição de diretoria

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Sindicato Rural e SENAR promovem curso de drone

36 56 64

Representatividade rural FAEP realiza Encontro Regional de Lideranças Rurais

2ª Festa Campeira: laços de amizade

Tecnologia

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Fazenda-Escola

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Unicentro Rural divulga pesquisas

Dia da Mulher Matilde Schneider: Mulher Cidadã do setor rural

Defesa Agropecuária ADAPAR realiza reuniões regionais

Flores Palestra abordou o cultivo de micro-orquídeas


DIRETORIA:

expediente Rodolpho Luiz Werneck Botelho

Josef Pfann Filho

Gibran Thives Araújo

PRESIDENTE

1º VICE PRESIDENTE

2º VICE PRESIDENTE

Cícero Passos de Lacerda

Anton Gora

1º SECRETÁRIO

2º SECRETÁRIO

REDAÇÃO/FOTOGRAFIA:

Luciana de Queiroga Bren

Manoel Godoy

Geyssica Reis

Diretora de Redação e Editora-Chefe Reg. Prof. 4333

Jornalista

Jornalista

PRÉ DISTRIBUIÇÃO:

Anton Gora DELEGADO REPRESENTANTE

Jairo Luiz Ramos Neto

Carlos Eduardo dos Santos Luhm

1º TESOUREIRO

2º TESOUREIRO

DISTRIBUIÇÃO: Guarapuava, Candói e Cantagalo: Adilson Penteado Mundial Exprex

Equipe Sindicato Rural

Distrito de Entre Rios: André Zentner

NOSSA CAPA CONSELHO FISCAL: TITULARES:

Anton Gottfried Egles

Lincoln Campello

SUPLENTES:

Roberto Eduardo Nascimento da Cunha

Endereço: Rua Afonso Botelho, 58 - Trianon - CEP 85070-165 - Guarapuava - PR Fone/Fax: (42) 3623-1115 Email: comunicacao@srgpuava.com.br Site: www.portaldoprodutor.agr.br Extensão de Base Candói Rua XV de Novembro, 2687 - Fone: (42) 3638-1721 - Candói - PR Projeto gráfico e diagramação: Mynd's Design Editorial Impressão: Gráfica Positiva e Editora - Cascavel/PR Tiragem: 2.500 exemplares

Sueli Karling

Gabriel Gerster

Hildegard Abt

Os artigos assinados não expressam, necessariamente, a opinião da REVISTA DO PRODUTOR RURAL ou da diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava. É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte.


editorial “Que possamos juntos, construir uma bela história”

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ssumimos mais um mandato no Sindicato Rural de Guarapuava. Isso não estava em meus planos em 2010, quando aceitei o convite para presidir a entidade. Mas com o apoio dos diretores e associados, aceitei o desafio de continuar por mais três anos, à frente dessa legítima entidade representativa da classe produtora rural. Ser presidente de uma entidade de classe é conseguir representar de forma imparcial os interesses de todo o setor. É ter a capacidade de enxergar além dos interesses individuais, para que o resultado no âmbito coletivo seja satisfatório. No nosso caso, é representar 1.000 produtores rurais da região. Pretendemos usar a experiência acumulada para inovar, com dedicação e entusiasmo, mas reassumimos a direção da entidade em um momento de grande desafios. Com o fim da obrigatoriedade da Contribuição Sindical Rural, nossa receita caiu 70%. Sendo assim, estamos colocando em prática um projeto de sustentabilidade sindical, que visa mostrar aos sócios que, mais do que nunca, precisamos deles para darmos sequência ao importante trabalho de representá-los. Muito mais importante do que os eventos técnicos que organizamos, é a certeza de que temos entidades e pessoas nos representando e nos defendendo em todas as esferas do setor. São muitas reuniões, discussões e projetos que, se não fosse o Sistema como um todo - e isso inclui Sindicato Rural, FAEP, SENAR e CNA - estaríamos com sérios problemas. Apesar de realizarmos um bom trabalho de divulgação das nossas ações, ainda precisamos avançar nessa área, alcançando todos os associados e principalmente, a sociedade urbana. Nosso desafio agora é ter a certeza de que todos têm o conhecimento da importância da entidade e que não nos chegue mais a pergunta: o que o Sindicato Rural ou o que o Sistema CNA e FAEP fazem?

Concordamos que nenhuma entidade é perfeita. Mas é preciso separar o joio do trigo. É preciso reconhecer a importância de resultados concretos advindos do nosso Sistema. É preciso entender que não podemos ficar desunidos e sem representatividade política de classe. Também, junto ao setor urbano, precisamos divulgar, por meio de palestras, discussões e entrevistas, que o agronegócio não é o vilão do meio ambiente. A nossa batalha é para mostrar que o nosso setor é um dos principais da economia brasileira, com produção capaz de abastecer grande parte do mercado interno e ter desempenhos de destaque no mercado externo - e com sustentabilidade, continua. Continuaremos focados na capacitação profissional e informação técnica de qualidade, visando rentabilidade, altas produtividades, qualidade e segurança no campo. Agradeço a confiança dos associados e espero retribuí-la nos próximos anos. Não medirei esforços para cumprir o meu dever, com o apoio dos diretores, associados, autoridades e parceiros do Sindicato. Para quem não sabe, esse é um trabalho totalmente voluntário, que demanda tempo para reuniões, viagens, eventos, discussões, responsabilidade e preocupações em nome da classe. Seguiremos neste caminho de respeito e representatividade, conquistados com o trabalho da diretoria e funcionários que aqui estão diariamente, a serviço dos produtores rurais. Aos associados, meus sinceros agradecimentos! Que possamos juntos, construir uma bela história. Muito obrigado e que Deus nos proteja!

Rodolpho Luiz Werneck Botelho Presidente do Sindicato Rural de Guarapuava

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E S PA Ç O D O D I R E T O R

Anton Gora Produtor rural, diretor da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), diretor do Sindicato Rural de Guarapuava e presidente do Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Centro-Sul do Paraná

Produtos orgânicos nem sempre são saudáveis! Os cuidados que o consumidor precisa ter

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onceito: desde que o homem começou a praticar a agricultura, começou a desequilibrar a natureza. O simples fato de se plantar uma alface já desequilibra o meio ambiente, pela interferência da pessoa humana. Plantar não é uma coisa natural. Lembramos que nos tempos primitivos o homem vivia da caça e pesca. O homem começou a plantar depois de deixar de ser nômade e se fixar em lugares por ele escolhidos. Quando se cultiva uma planta, se desequilibra a natureza. Ela reage tentando matar essa planta, através do ataque de fungos, bactérias e/ou pragas. O fungo não consegue se instalar em matéria verde, tecidos vegetais vivos, por ser saprófito. Por isso, o fungo tem que primeiro matar o tecido verde da planta para depois se instalar e se alimentar. Quando o esporo do fungo chega na planta, através do vento, chuva, ele emite uma toxina para matar a parte verde da planta e depois se instala no tecido morto. No entanto, essa toxina permanece na planta e quando essa é consumida pelo homem, a pessoa ingere também a toxina, que pode ser muito prejudicial à saúde. Falamos aqui de folhosas, como alface ou frutos como o tomate e frutas de todas as espécies. Por isso, devemos ter o maior cuidado no consumo de produtos orgânicos. Precisamos saber a sua origem, sua forma de cultivo, ver se tem lesões provocadas por microrganismos. A ciência até hoje não conhece totalmente o funcionamento de todas as toxinas. Não conseguindo mensurar os danos causados ao homem. Mesmo porque o estudo em pessoas é complexo e muitas vezes os problemas não se manifestam, ou seja, os

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sintomas não são percebidos. Sabemos que as micotoxinas causam grandes prejuízos quando presentes em rações, onde são encontradas, muitas vezes, em grande quantidade, podendo causar desde intoxicação até problemas sérios de reprodução. Pelo contrário, quando se usa defensivos agrícolas, as plantas ficam livres desses fungos e bactérias, sendo totalmente saudáveis ao serem consumidos. Sobre os defensivos agrícolas, existe um vasto conhecimento sobre a fórmula, a forma de atuação, o resíduo na planta, a degradação, a sua decomposição e também, em caso de acidente, o tratamento médico adequado. Novos defensivos são pouco tóxicos e podem até ser naturais. Os defensivos agrícolas até hoje só trouxeram benefícios ao homem, desde que bem usados. Antes do evento dos defensivos, a idade média dos homens não passava dos 40 anos. Hoje o homem vive praticamente o dobro. No Japão, país que mais consome defensivos no mundo, tanto em termos nominais como percapita, a idade média das pessoas já passa dos 100 anos. O Brasil fica apenas em sétimo lugar no consumo de defensivos, apesar de ser um país tropical e ser um dos maiores produtores de grãos do mundo, sem falar na produção de proteínas, animais e frutas. Além disso o Brasil tem a legislação mais rígida do mundo para o registro de defensivos, aplicação e preservação do meio ambiente. Os países que mais con-

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somem defensivos são Japão, Estados Unidos, França, Alemanha, Rússia, Holanda e depois Brasil. Os defensivos agrícolas são os remédios das plantas. Imaginem se fossem proibidos os remédios no mundo. Estima-se que 90% da população iria perecer. A mesma coisa ocorreria se fossem eliminados os defensivos agrícolas. Estima-se que 90% da população morreria de fome, pela falta de alimentos. É impossível a produção em grande escala de hortaliças e grãos sem defensivos. Os defensivos agrícolas podem ser aplicados de diversas formas, mas sempre é necessário que um técnico especializado identifique o problema, faça uma recomendação através de receita e o produtor aplique o defensivo dentro das melhores técnicas de aplicação. As técnicas podem ser facilmente aprendidas através de cursos de especialização. A aplicação pode ser feita de diversas formas. Assim como se aplicam remédios nas pessoas, via oral, via intravenosa, podem ser aplicados os defensivos, via terrestre ou via aérea. O defensivo agrícola junto com o remédio é hoje o maior aliado do homem. Nem orgânico, nem químico, o meio termo e o bom senso são o melhor caminho.


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PRODUSHOW

Mostra de tecnologia e novidades para o produtor rural

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Producerta realizou mais uma edição do Produshow dos dias 10 a 12 de abril, na Unidade Cereais da empresa, em Pitanga/PR. A feira é um dos eventos técnicos mais importantes para o agronegócio realizados na região do município. Tecnologias para implementos, plantio, pulverização, colheita, veículos, sementes, cultivares de soja, híbridos de milho, insumos e animais para criação comercial, como bovinos (angus, brangus, brahman e nelore), ovinos (Texel) e equinos (Quarto de milha), foram alguns dos produtos que os participantes puderam encontrar no Produshow, além de instituições bancárias oferecendo melhores linhas de créditos para o meio rural. “Uma das grandes novidades desta edição é que o evento se estendeu de dois para três dias. O objetivo é dar mais tranquilidade a quem visita e a quem atende”, afirmou o sócio proprietário da Producerta, Luiz Carlos Zampier. Nesta edição, foram 72 empresas participantes no evento, a grande maioria, parceiras da Producerta. “No Produshow, o produtor tem a oportu-

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nidade de ter um contato mais próximo com essas empresas, conhecendo os serviços e produtos, conversando com especialistas no assunto”. A evolução do evento é constante e cada vez mais influencia diretamente na realidade dos produtores rurais de região de Pitanga. “Hoje é o maior evento de transferência de tecnologia da nossa região. A última safra aqui em Pitanga e nas cidades próximas foi ótima. E muitos dos resultados foram escolhas oriundas do Produshow. Tivemos, por exemplo, muito recordes de produtividade, resultados de escolha de sementes apresentadas aqui no Produshow. Estamos realizando o evento justamente em abril, para que o produtor avalie as escolhas da última safra, venha no Produshow e se programe melhor para a próxima safra”. O produtor rural Raul Iwersem comentou sobre esta evolução. “A feira vem evoluindo muito e percebemos que está se estendendo cada vez mais em nível de região, em número de visitantes e também participantes como empresa. É uma concentração muito boa de oferta e tecnologia, uma diversificação grande em termos de


Sempre observamos os tipos de sementes que se adequam a nossa propriedade, insumos com uso de herbicidas e inseticidas, controle biológico do solo e as tecnologias para controle de plantio e colheita. Participamos de feiras em outros lugares, mas a meu ver, nada melhor do que ter uma feira na nossa cidade, culturas e produtos de acordo com a nossa realidade”. Os sócios proprietários da Producerta, Carlos Alberto Brandalise e Luiz Carlos Zampier

equipamentos, insumos, sementes, grãos, animais, tanto gado como ovinos. Vem marcando muito pela competência, organização e atendimento que vem prestando aos produtores rurais”, elogiou. Para a produtora rural Maria Holanda Nunes Bonfim de Lara, um dos grandes fatores que faz os produtores terem uma melhor rentabilidade é conhecimento e acesso as informações e tecnologias. “Eu acho que o Produshow tem essa grande importância para o produtor. Conhecer o que tem de novo no mercado e poder utilizar dentro da sua área, independente se ele é grande ou pequeno produtor.

Maria Holanda Nunes Bonfim de Lara, produtora rural em Pitanga

SINDICATO RURAL DE PITANGA

O Sindicato Rural de Pitanga por mais um ano participou do Produshow. “O Sindicato tem uma das maiores barracas e está presente desde a primeira edição do Produshow. O objetivo da participação da entidade é ser o ponto de encontro dos produtores no evento”, ressaltou Zampier, que também é presidente do Sindicato Rural. Dentro do estande, os participantes tiveram acesso à informações sobre os serviços do Sistema FAEP/SENAR, realizar teste de glicose e aferição de pressão, com estudantes de enfermagem, adquirir produtos com a Associação dos Feirantes de Pitanga, Associação dos Artesãos e ainda mudas gratuitas de árvores nativas do Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

Raul Iwersem, produtor rural

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INTE RNAC IONAL

Agricultura e clima em Nebraska - EUA

Por Evandro Santana de Souza, engenheiro agrônomo, trainee na área de confinamento e agricultura Nome do entrevistado: Jack N. Função: gerente de commodities Empresa: Niehowner Farms Atividades: confinamento de 70 mil animais (novilhos e novilhas da raça angus, hereford, charolês), lavoura de milho e soja (15 000 acres). Localização: Albion, estado de Nebraska Estados Unidos

Em relação a chuvas, neve e frio: houve muitas perdas na região e em estados vizinhos? As inundações trouxeram problemas para os animais confinados, perda de parte da alimentação, problemas com os solos que já estavam preparados para receber milho (com isso, perdemos o Nitrogênio, que aplicamos antecipadamente). O rompimento de rodovias trouxe transtornos à alimentação e a produção de etanol foi interrompida durante um período. Em relação ao plantio de milho e de soja, houve atraso? Quando começou? Estamos atrasados com o plantio de milho, em alguns locais, por conta da Primavera mais fria e chuvosa que a média. Mas em função da quantidade de maquinário que temos, assim que o tempo melhorar, parte desse atraso será recuperado. As áreas já estavam programadas (com aumento de milho e redução de soja) e, mesmo com o atraso no plantio de milho, isso não deve ser alterado em função de troca de sementes e logística. O produtor não vai aumentar soja devido ao preço que está baixo.

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Quem puder, ainda vai plantar milho mais tarde, mas não plantará soja. Isso muito mais em função do preço do que do clima. Quais as perspectivas para a próxima safra a ser plantada nos Estados Unidos? Haverá aumento de área ou redução? Em algumas áreas terá que ser aplicado mais Nitrogênio, por causa de inundações e erosão. As áreas de plantio de milho ainda aumentarão, enquanto as de soja diminuirão por causa dos preços. Soja normalmente é plantada no final de abril em diante. Os preços internacionais estão baixos e, por isso, o produtor não vai arriscar em plantar, até porque a América do Sul é competitiva com relação à soja. Em que a neve e o frio intenso influenciaram no planejamento dos produtores rurais? Provavelmente será usado mais nitrogênio seco, porque pode ser aplicado mais rapidamente do que NH3 ou depois do plantio. Mais NH3 será aplicado como ‘side-dress’ (aplicação no solo, em meio às linhas de plantio) também.

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PECUÁRIA

Qual o peso dos animais que saem para abate? Em média o peso da fêmeas para finalização fica na faixa dos 1250 a 1400 pounds. Dos machos varia entre 1400 a 1550 pounds, em média. Quais são as principais doenças que ocorrem nos animais? As principais doenças nos animais são respiratórias, pneumonia, diphtheria. Problemas com bloat também são encontrados mas diminuíram bastante nos últimos meses. Problemas com foot root vai começar a ser mais comuns agora com a mudança de clima. Muitos casos de gado cripple podem ser encontrados, quando o gado sofre algum tipo de lesão e não consegue se locomover muito bem.


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S OJA E F E IJÃO

Agro10 e Agrisus Brasil realizam 1ª Tarde de Campo

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rodutores e consultores de propriedades rurais do centro-sul do Paraná tiveram, dia 28 de março, oportunidade de visitar a primeira edição da Tarde de Campo das empresas Agro10 e Agrisus Brasil, de Guarapuava. Realizado numa área situada à margem do km 338 da BR 277 (saída para Curitiba), em parceria com empresas de insumos, o evento destacou as culturas de soja e feijão. Das 14h às 18h, a programação incluiu um circuito por várias estações, onde ocorreram mini palestras e um giro no campo com explicações técnicas, em parcelas experimentais que totalizaram em torno de dois hectares, dos cerca de 12 da área total do local. Na soja, o evento mostrou ensaios de eficiência de fungicida, inseticida e bactérias (bradyrhizobium + azospirillum) em 78 cultivares, com quatro repetições. No feijão, também foram apresentadas parcelas experimentais. Em entrevista, um dos organizadores da Tarde de Campo, o agrônomo e professor Itacir Sandini, da Agrisus Brasil, destacou que os experimentos incluíram também o uso de biotecnologia: “Na cultura da soja, está se verificando um efeito sinérgico entre alguns microrganismos, especialmente os bacilos, as pseudomonas, associados ao que tradicionalmente se utiliza para fazer a fixação biológica do nitrogênio, de tal forma que temos vários

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trabalhos conduzidos nesse propósito e com esse objetivo”. Ele destacou que o trabalho visa a geração de informação, nos experimentos e, após a colheita, a difusão dos dados, em uma reunião já prevista com os participantes do evento. A Tarde de Campo que acontecia naquele dia, explicou, concretizava uma das etapas de um cronograma que teve início no segundo semestre de 2018: “Nós implantamos as áreas aqui entre os dias 15 e 25 de outubro e no final do mês de novembro. A nossa expectativa é estarmos colhendo nos próximos dias. Já colhemos algumas parcelas de soja mais precoce. Estamos esperando que as cultivares de ciclo mais longo atinjam a sua maturidade para fazermos as suas colheitas. Mas provavelmente até por volta do dia 10 de abril as atividades já estarão sendo concluídas aqui na nossa unidade de pesquisa”. Da Agro10, o agrônomo Leandro Bren ressaltou que o conhecimento, para uma escolha assertiva das cultivares a serem utilizadas, é hoje ainda mais importante, já que a todo momento surgem mais inovações no campo. “Sempre há o que aprender. Hoje estamos vivendo uma nova revolução no tempo, uma transição na agricultura. Estamos tendo materiais em soja que estão entregando acima de cinco mil quilos por hectare”, exemplificou. Bren também antecipou que a

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Leandro Bren e Itacir Sandini

Abertura: detalhes técnicos sobre as parcelas implantadas no local

Equipe Augustin: apoiadores do evento


divulgação dos dados obtidos no local do evento deverá acontecer em breve: “Estamos definindo uma data. Possivelmente entre julho e agosto teremos uma reunião de apresentação de resultados para retornar para a sociedade o que foi gerado, porque a pesquisa é muito dinâmica”. Entre os visitantes da Tarde de Campo, o produtor rural, agrônomo e consultor de produtores rurais, Paulo Henrique Martins do Nascimento, disse ter gostado do evento e espera novas edições: “Sempre esses eventos somam muito em nível de produtor rural e de consultor, que é o meu caso. É uma iniciativa do professor Itacir e do Leandro. É a primeira vez que eles estão fazendo

Giro de campo: foco em cultivares de soja

Paulo Henrique Martins do Nascimento

Amauri Pissaia

isso e espero que venham muitos pela frente, porque, sem dúvida, agrega no nosso dia a dia”, declarou. Outro participante, o agricultor Amauri Pissaia, que se dedica ao feijão em áreas na região central do Paraná, ressaltou, em sua avaliação, a linha de trabalho do evento: “Essa é uma iniciativa muito boa para a nossa região, principalmente se tratando de um centro de pesquisa que não é vinculado a nenhuma instituição, ou seja, de pesquisa particular e com o único objetivo, a meu ver, de realmente atender à necessidade do produtor, oferecendo respaldo técnico, sem nenhuma intenção comercial”, disse. Produtor rural voltado ao cultivo de sementes em Guarapuava, Sérgio

Sérgio Veit

Veit afirmou ter se surpreendido: “Foi muito boa a programação, com diversos técnicos nos dando informações importantes e variedades de soja que são muito interessantes para a região. Acredito que, como primeiro evento, está excepcional. Não esperava tanto. Vou sair daqui com mais conhecimento, com toda certeza”, afirmou. Nas próximas semanas, as empresas organizadoras da Tarde de Campo definirão e anunciarão data, local e horário da apresentação de resultados. Apoiaram o evento Timac Agro, Oro Agri, Agrichem, Augustin, Ihara, Aquilino Agricultura de Precisão, Nufarm, Basf, Adama, Total Biotecnologia, HO Genética, Simbiose, FMC e Sindicato Rural de Guarapuava.

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TURISMO RURAL

Secretaria apresenta projeto Caminho de São Francisco a entidades parceiras

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Secretaria Municipal de Turismo promoveu no dia 05 de abril uma reunião para apresentação do projeto Caminho de São Francisco, que integra o programa Guarapuava Turística 2026. O encontro aconteceu no Café Colonial Rural Dona Olga, uma das propriedades que integram o projeto. Participaram representantes das secretarias municipais de Agricultura, de Meio Ambiente, de Comunicação e Obras, Emater, Sindicato Rural de Guarapuava, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Unicentro e Faculdade Guairacá. Também esteve presente a deputada estadual Cristina Silvestri.

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Os participantes são considerados parceiros do projeto que visa fomentar o turismo rural ao longo dos 45 km até o Salto São Francisco, no distrito Guairacá. O caminho conta com mais de 300 famílias em propriedades rurais que podem oferecer alguma atividade focada no turismo, como gastronomia, cultura e aventura, movimentando a economia local. “O turismo, especialmente rural e de aventura, é uma indústria limpa que gera emprego e renda”, afirmou o vice-prefeito e secretário de Obras e de Turismo, Itacir Vezzaro. O Sindicato Rural, em parceria com o Senar, promoveu em 2018 três turmas do curso Turismo Rural e Oportunidades de Negócios, com integrantes da rota do São Francisco e pretende continuar auxiliando nas capacitações das famílias rurais que integram o projeto.

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Os convidados foram recepcionados com café colonial

Flávia Mugnol, Olga Nascimento (proprietária do Café Colonial Dona Olga) e Valéria Stocki


16.748 kg/ha

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2,4 ha

14.800 kg/ha

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36 ha

GUENTER DUCH

16.240 kg/ha

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48 ha

CHRISTIAN E MATHEUS HELLEIS

17.413 kg/ha

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0,75 ha

15.014 kg/ha

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33 ha

JOHANN ZUBER JR

16.930 kg/ha

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31,5 ha

16.253 kg/ha

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Ensaio

15.466 kg/ha

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Ensaio

16.823 kg/ha

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1 ha

16.431 kg/ha

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1 ha

ELMAR REMLINGER

HELMUTH JOSEF SEITZ

JOSEF STUTZ

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C NB AG RO

Xico Graziano aponta 10 desafios do agronegócio

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e o mundo mudou tanto, nos últimos anos, que caminhos se apresentam para o futuro do produtor rural e do agronegócio no Brasil? Para o agrônomo e professor Xico Graziano, o segmento está diante um cenário novo, o que exige já, de agropecuaristas e agroindústrias, sintonia com as tendências globais. Dentro do projeto CBN Agro, da Rádio CBN de Londrina, ele abordou a questão em palestra no dia 8 de abril, no Vittace Centro de Eventos, em Guarapuava, com o tema Os 10 desafios para a Sustentabilidade do Agronegócio. Em sua análise, Graziano considera que o Brasil precisa abrir mais sua economia, fazer crescer o mercado interno e adotar mais a meritocracia. Ele destacou ainda que hoje, no mundo, a compliance (transparência) é uma das tendências mais importantes para as empresas se manterem no mercado. Também no agronegócio brasileiro, avaliou, a sustentabilidade econômica passará por adotar os princípios de transparência. De acordo com ele, o setor deve considerar outra tendência: a da economia de baixo carbono. “A conta que se está fazendo no mundo é: quanto de carbono que se gastou para produzir uma tonelada de soja?”, exemplificou. Manter-se no mercado, acrescentou, dependerá igualmente de mais um desafio: corresponder à crescente demanda por alimentos saudáveis, que tenham rastreabilidade até a ori-

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gem. “Nós temos que garantir que aquilo que produzimos é saudável. Temos que ter controle”, afirmou. Além de se adaptar às inovações tecnológicas que se sucedem o tempo todo, Graziano ressaltou que as gerações nascidas no século passado precisam perceber que, no século XXI, as soluções não vêm mais de uma única pessoa, mas da cooperação: “Até há 20 anos, mais ou menos, existiam os grandes inventores. E o Prêmio Nobel era dado para um ‘baita’ inventor. Hoje em dia os prêmios Nobel em geral são repartidos. Os cientistas trabalham em redes. As ideias são compartilhadas”. Para o palestrante, no entanto, o maior desafio do agronegócio brasileiro “é pensar fora da caixa”. Segundo enfatizou, isso será importante até mesmo para que os produtores consigam manter suas entidades de representatividade. “Estamos acostumados a pensar dentro da caixa”, comentou. E completou: “A Federação da Agricultura está com esse desafio agora, o presidente do sindicato rural tem esse desafio. Acabou a Contribuição Sindical obrigatória. O que é que nós vamos fazer? Como é que vamos pensar fora da caixa? Como é que vamos agregar pessoas? O que é que eu posso oferecer, para que a pessoa venha? É um desafio”. Graziano elogiou ainda a iniciativa Sustentabilidade Sindical, da FAEP, que na manhã seguinte realizaria uma de suas etapas regionais em Guarapuava, com o Encontro de Líderes Rurais.

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Iniciativa do CBN Agro, o evento em Guarapuava contou com a presença de produtores rurais, profissionais e lideranças do agronegócio

Xico Graziano – Mestre em Economia Agrária (USP, 1977), doutor em Administração (FGV/SP, 1989), professor da Unesp/Jaboticabal (1976-92); exerceu cargos públicos, como os de secretário estadual do Meio Ambiente (2007-2010), secretário estadual de Agricultura (199698), presidente do Incra (1995) e chefe de gabinete pessoal do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995).

Esse ano, o CBN Agro contou com a parceria da Rádio Massa, além de vários apoiadores, entre os quais a FAEP. O roteiro incluiu também Ponta Grossa, Londrina, Cascavel, Toledo, Umuarama, Maringá, Campo Mourão e Campo Grande (MS). Em Guarapuava, o Sindicato Rural tem sido um dos apoiadores locais. Da entidade, compareceram o presidente, Rodolpho Botelho, diretores, sócios e também o presidente da FAEP, Ágide Meneguette, com outros membros da federação.


B O V I N O C U LT U R A D E L E I T E

COAMIG realiza Assembleia Geral Ordinária 2019

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COAMIG realizou, na manhã do último dia 20 de março, no Pavilhão de Indústria e Comércio do Parque de Exposições Lacerda Werneck, em Guarapuava, sua Assembleia Geral Ordinária 2019. Com a presença de diretores e técnicos da cooperativa, o encontro foi aberto pelo presidente, Edson Bastos, e o vice, Francisco Serpa, que com a participação de outros profissionais e cooperados deram sequência às diversas etapas da ordem do dia. Além de um retrospecto de atividades do ano passado, foram apresentados a Prestação de Contas do Exercício de 2018, o Orçamento Anual e o Plano de Trabalho para 2019. Também foi realizada a eleição e a posse de um novo Conselho Fiscal. Após a AGO, ao falar com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL, o presidente da COAMIG comentou a importância daquele encontro: “É um momento super importante da cooperativa. É um evento anual, de encontro entre quem administra e quem participa. É um momento de confraternização, de apreciação de resultados, de projetos, de planos para o ano seguinte. Um dia de trabalho, de muito contentamento desse convívio, importantíssimo numa entidade que é de pessoas”. Sobre as perspectivas, Bastos mencionou um projeto de industrialização: “nós estamos com o projeto da indústria de laticínios, em andamento, e em contato com os produtores para ver o pensamento de cada produtor”, disse, reafirmando um dos temas em destaque também no Relatório Anual 2018 da cooperativa. O revista presidente da COAMIG anúncio - rodapé_AF.pdf 1 informou 23/11/2018 também que, atualmente, a cooperativa vem produzindo uma média de aproxi-

madamente 100 mil litros de leite por dia, mas que a intenção é retornar a patamares mais elevados, alcançados anteriormente: “Já estivemos com 200 mil, então há muito a ser retomado”, apontou. Também em seu relatório 2018, a cooperativa comenta os reflexos da situação da economia do país no segmento leiteiro e traz linhas gerais do Planejamento Estratégico para o período 20192021. No aspecto econômico, a publicação recorda que “depois de atravessar uma das piores crises em 2017, o setor lácteo respirou um pouco mais aliviado em 2018, que foi um ano marcado por intensa valorização do leite ao produtor”. Já no planejamento, a COAMIG antecipa que a pauta inclui, entre outros pontos, ampliar o faturamento por meio de novos negócios e consolidar o modelo de gestão orientada para resultados. A cooperativa assinala ainda metas em seu Plano de Atividades, como consolidar o apoio financeiro para a instalação de nova indústria láctea; iniciar tratativas para operação com grãos e ampliação da linha de insumos e equipamentos para a lavoura; firmar convênios com o Sescoop e entidades afins para treinamentos e capacitação de colaboradores e cooperados e ampliar a assistência técnica, visando pastagem, silagem e produção econômica do leite, em meio a outros objetivos. Atuando em 22 municípios do Paraná, em regiões que vão de Reserva do Iguaçu a Imbituva e de Pinhão a Palmital, a COAMIG, fundada em 1969, possui sede e usina em Guarapuava, lojas em Pitanga e Ivaí e vem encontrando mercado para o leite junto a empresas tra09:46 dicionais do setor, tanto em Guarapuava quanto na região dos Campos Gerais.

Edson Bastos, pres. da COAMIG

Novo Conselho Fiscal

Na AGO 2019, foi eleito um novo Conselho Fiscal. São seus membros (da dir. p/ esq.):

Osmar Hauagge Lauro Manhães de Souza Sérgio José Lubacheski João Nicodemus Streski Fernando Pielak Márcio Vinícios Mendes

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EVENTOS

Ao lado de tecnologias em sementes e defensivos, evento destacou soja em diferentes épocas de semeadura

Dia de Campo da C.Vale destaca milho e soja

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m parceria com empresas renomadas de sementes, insumos, defensivos e maquinários, a unidade da C.Vale em Guarapuava realizou, na manhã do dia 16 de março, na Fazenda Cachoeirinha, situada na comunidade rural de Nossa Senhora de Fátima, seu Dia de Campo 2019. Na programação, com foco em tecnologias de milho e soja, a cooperativa optou por um formato dinâmico: um circuito de 11 estações, cada uma promovendo mini palestras. Na sequência, o evento trouxe uma apresentação técnica de faixas demonstrativas de soja, com diversas cultivares, nas épocas de semeadura de 23 de setembro, 23 de outubro e 5 de dezembro. Dois dos agrônomos da C.Vale detalharam aos participantes cada um dos materiais, quanto às suas características gerais, ao posicionamento recomendado para a região e ao comportamento apresentado especificamente naquele local e nas condições de clima desta safra de verão 2018/2019, que registrou períodos de estiagem e de temperaturas acima da média. A etapa proporcionou ainda espaço para uma troca de informações entre o público e o corpo técnico da cooperativa. Assim como outros agricultores que compareceram, o anfitrião da

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área, o produtor rural Denilson Fadel, acompanhou toda a programação. “Foi muito importante para a gente tirar algumas dúvidas. E até conhecer alguns materiais novos e alguns produtos, que estão no mercado”, disse após o encerramento. Já para um dos agrônomos que conduziu os visitantes pelas faixas demonstrativas de soja, Joacir Kuxla, responsável técnico na unidade da C.Vale em Guarapuava, o mais importante dos dias de campo é estabelecer uma ocasião para a difusão do conhecimento e para o compartilhamento de experiências, com informação que contribua para orientar o produtor na escolha e manejo das cultivares que utilizará no campo – considerando

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que decisões corretas, naquelas etapas, ajudam a se atingir o potencial produtivo. Por isso, explicou em entrevista, a ideia foi trazer uma visão didática. “O produtor hoje, pode observar os diferentes comportamentos das cultivares. Esperamos repetir esse trabalho nas próximas safras”. Kuxla observou que na região, onde já são realizados diversos dias de campo, o objetivo é promover mais um evento voltado ao conhecimento, tanto para cooperados quanto para agricultores em geral. “A C.Vale contribui com mais um ponto de informação ao agricultor, para que ele observe e tome a melhor decisão possível”. Ao final da programação, o gerente local da C.Vale, Márcio Ricardo Lopes,

O agrônomo Joacir Kuxla, o produtor Denílson Fadel e o gerente Márcio Ricardo Lopes


A C.Vale contribui com mais um ponto de informação ao agricultor, para que ele observe e tome a melhor decisão possível”. ressaltou que a cooperativa, em seus encontros técnicos, tem por objetivo valorizar seus cooperados. “Temos uma gama de produtores, de vários segmentos e tamanhos. Visamos com isso trazer um pouco do que fazemos em Palotina, trazer esses experimentos para que, cada vez mais, aumente a produção desses produtores aqui”. E a presença dos agricultores, avaliou, foi positiva, mesmo numa época de colheita. “Superou as expectativas. Tivemos um número efetivo de 60 pessoas participando. Foi bem produtivo”, comemorou. O evento terminou com um almoço de confraternização, no local, entre organizadores e participantes.

Boas-vindas aos participantes

Tecnologias em híbridos de milho

Faixas demonstrativas: soja em três épocas

Visão didática sobre posicionamento e efeitos do clima

Mini-palestras garantiram um evento dinâmico

Empresas estiveram presentes com sementes e insumos

Com atividades diversificadas, C.Vale se destaca na produção agropecuária A C.Vale é uma Cooperativa Agroindustrial, com sede em Palotina, na região oeste do Paraná, tem 55 anos de existência. Com mais de 21 mil cooperados e 10 mil funcionários, a produção se volta a soja, milho, trigo, mandioca, aves, peixes, suínos, bovinos de leite, além de fábricas de rações, abatedouros de aves e peixes, amidonarias, entre outras atividades. São 150 unidades de negócios no Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraguai. Em 2018, o faturamento chegou a R$ 8,5 bilhões.

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TRADICIONALISMO

Realizado pelo criatório Talavera e Cabanha do Lageado, evento reviveu a tradição do laço e da amizade, típica do tradicionalismo

2ª Festa Campeira reforça laços de amizade e tradição

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m evento cultural reviveu, no final de semana dos dias 23 e 24 de março, em Candói (PR), uma tradição que surgiu com a própria história da região. Realizada pelo Criatório Talavera, da Fazenda San Sebastian, naquele município, e pela Cabanha do Lageado, de Guarapuava (PR), com o apoio de empresas e do Núcleo de Criadores de Cavalo Crioulo de Guarapuava (NGCCC), a 2ª Festa Campeira trouxe atividades que relembraram a cultura campeira. Competições de laço e paleteada, promovidas durante o evento, valeram como provas oficiais da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Crioulo (ABCCC). No sábado, por volta das 10h, aconteceu a apresentação de plantel, com animais da raça crioula. À tarde, a atração foi a Cavalgada, num traje-

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to de cerca de oito quilômetros, nas proximidades da sede da propriedade. Ao final do primeiro dia, um dos organizadores, o produtor rural e crioulista Gibran Thives Araújo, da Fazenda San Sebastian, já antevia um balanço positivo: “A gente percebe que estão todos gostando muito. O clima vem nos ajudando. Estamos muito contentes com tudo isso”. Ele acrescentou que a programação foi elaborada tanto para os participantes já experientes na arte do laço, quanto para aqueles que desejam tomar contato com toda a cultura que cerca o cavalo, como o passeio promovido após o almoço: “Essa ideia, tivemos junto com o Vinícius. A cavalgada é uma modalidade que não exige tanto desempenho de quem monta, pode ser iniciante. E foi um sucesso”, comemorou.

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Felipe Krüger, Gibran Thives Araújo e Vinícius Virmond Krüger


Início da programação: apresentação de plantel

Ele observou que assim se alcançava o objetivo do evento: “Temos um criatório de cavalos crioulos. Isso nos motiva a mostrar a raça para as pessoas. A ideia da festa foi esta: criar um ambiente favorável ao uso do cavalo e para as pessoas se confraternizarem”. Entre patrocinadores e entidades, todos os parceiros, destacou Gibran, se mostraram fundamentais. “Um evento deste demanda muitos profissionais”, citou, referindo-se a todas as pessoas que trabalharam na festa campeira. Ao lado dele na organização, Vinícius Virmond Krüger, da Cabanha do Lageado, fez igualmente ao final do primeiro dia uma boa avaliação: “O intuito é reunir amigos e quem gosta de cavalo. Acredito que foi um sucesso. O laço já é um esporte muito conhecido e tradicional na nossa região. Este primeiro dia, estamos coroando com chave de ouro”, afirmou. E se, ao entardecer, na pista de provas, foi a voz do narrador que traduziu toda a emoção das armadas, ao anoitecer, nas rodas de chimarrão, foram as vozes do conjunto Rondas e Tertúlias, de Curitiba, que coloriram a

festa. Os violonistas e cantores, André Novo e Eduardo Frasson, e o acordeonista, Cristian Souza, também interagiram com os participantes, num bate-papo sobre música e tradicionalismo. A afinidade, contou André Novo, era o mais importante naquele dia: “Antes de virmos como contratados, a gente vem pela amizade que temos pelo Gibran e pelo Vinícius. Eu mesmo trabalho com o cavalo crioulo. Para nós é prazeroso estar nessa terra maravilhosa que é Guarapuava, Candói e toda essa região”.

Arrancando aplausos com canções que falam de vidas e jornadas do passado, a música do conjunto encerrou o dia emoldurando, à luz do por do sol, histórias que recriam, nos dias de hoje, a mesma determinação campeira que marcou a trajetória dos antepassados das famílias presentes ao evento. Sem conter o sorriso por estarem então ao lado um do outro, o casal de namorados Fernanda Cristina Elias e Geovani Rocha Teixeira aproveitava o cair da noite para uma volta, sobre seus cavalos, a passo lento, numa área ao lado da festa. Ao conversar naquele momento com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL, eles mostraram que, tanto quanto o laço e a música, a tradição tropeira se mantém na determinação de vencer distâncias: para ela, de Uberaba (MG), e para ele, de família local, nada mais natural do que cruzar distantes rincões para se reencontrar – neste caso, cerca de 950 km. “Está

Tradição também no cardápio: almoço bem tropeiro

Confraternização durante todo o dia: encontro de gerações REVI STA DO PRO D UTO R RURA L DO PA RA N Á

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Cavalgada integra toda a família Ponto de destaque no evento, a cavalgada foi realizada na tarde do dia 23, nas proximidades da sede da Fazenda San Sebastian. Com a participação também de mulheres e crianças a atividade teve um trajeto de cerca de oito quilômetros, atravessando belas paisagens rurais, entre campos e matas.

Rondas e Tertúlias, de Curitiba: música repleta de poesia

Gibran, com seu o pai Eros Araújo, e o irmão Thiago

sendo um prazer participar”, resumiu Fernanda, agrônoma que em sua região trabalha com as culturas de soja e de cana-de-açúcar. “Primeiro, eu vim por causa do meu namorado. Ele mora em Guarapuava, a família é daqui de Candói. É uma família de laçadores”, comentou. Mas também a jovem, como enfatizaram parentes

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Pôr do sol ao som de gaita e violões

Fernanda (Uberaba-MG) e Geovani (Candói-PR): laços de afinidade

e amigos, é vista por eles como uma revelação do laço. Um talento que ela reconhece com modéstia bem mineira – como se em apenas seis meses de treinamento já não tivesse obtido boas colocações em competições de que participou: “É bem recente. Tenho uns treinadores bons. A família do meu namorado, eles laçam e estão

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me ensinando. E agora estou começando no rodeio”. Geovani, por sua vez, confirmou que seu contato com o laço dá sequência a uma antiga tradição que ele traz de casa: “Meu avô foi um dos pioneiros do laço no Paraná. Comecei aos quatro anos de idade e participava dos rodeios aos finais de semana”. Participar das competições ao lado de Fernanda, para ele, foi um dos pontos altos do dia. Naquela tarde, durante a cavalgada, destacou, ambos optaram por permanecer na sede da fazenda para comparecer às provas. “Ficamos laçando”, concluiu ele com um sorriso. No domingo, a emoção da 2ª Festa Campeira ficou por conta do Crioulaço, nas categorias Dupla e Laço do Criador, e da Paleteada. O Sindicato Rural de Guarapuava foi um dos apoiadores do evento.


CARNE NOBRE

AGO da Cooperaliança: faturamento sobe 15%

Edio Sander, presidente da Cooperaliança apresentou indicadores financeiros da cooperativa do ano de 2018

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ooperaliança Carnes Nobres realizou, no dia 30 de março, em sua futura sede industrial e administrativa, no distrito de Entre Rios, em Guarapuava, mais uma Assembleia Geral Ordinária (AGO). Na ocasião, a diretoria apresentou aos associados as atividades de 2018, destacando números que mostram o desempenho da cooperativa. De acordo com dados divulgados na AGO, a Cooperaliança encerrou o ano passado com um faturamento de R$ 113 milhões (crescimento de 15%), patrimônio líquido de R$ 36 milhões e um capital social de R$ 2,5 milhões. Em seu Projeto Bovinos, a cooperativa abateu 26.415 animais e, no Projeto Ovinos, outros 6.031. Ainda durante a assembleia, a Cooperaliança também antecipou iniciativas que pretende realizar neste ano. De acordo com a gerente de Divisão Técnica, a veterinária Marina Azevedo, a cooperativa promoverá, para seus cooperados, a Expedição Pecuária, um

Cooperados: trabalho voltado a bovinos e ovinos no mercado de carnes nobres

projeto de extensão inovador. A ação, segundo destacou, é inédita dentro da Cooperaliança e será realizada em conjunto com parceiros, como Agrária Nutrição Animal e Tortuga, uma marca DSM, visando disseminar informações e tecnologia, bem como realizar diagnóstico de oportunidades e desafios em sua produção. A gerente ressalta também que a expedição contará com uma equipe multidisciplinar, além de palestras, mesas redondas e dias de campo, visando promover melhorias na eficiência produtiva e econômica dos cooperados. Para isso, o trajeto, que começa dia 26 de abril em Guarapuava, incluirá todas as regiões paranaenses em que a cooperativa atua, como a de Guarapuava, Campos Gerais, Norte, os municípios de Candói e Pinhão, região Central, além do Sudoeste e Oeste do Estado, totalizando cerca de 3 mil quilômetros e encerrando-se, nos dias 21 e 22 de novembro, em Guarapuava. Fundada há 11 anos, a Cooperalian-

Adriane Thives Araújo Azevedo, vice pres. da Cooperaliança, leu a Mensagem da Diretoria

ça Carnes Nobres tem sua sede no município de Guarapuava e conta atualmente com 158 cooperados, em todas as regiões do Paraná. A produção está voltada para carnes nobres, de bovinos e ovinos, com foco em mercados que buscam qualidade.

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ENCONTRO DE LÍDERES RURAIS

Representatividade e liderança para um agronegócio cada vez mais forte

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representatividade no meio rural e seu futuro foi colocada em pauta pelo Sistema FAEP/ SENAR-PR, em um tour por diversas regiões do Estado no 1º Encontro Regional de Líderes Rurais. Os encontros começaram em março e percorreram Pato Branco (Sudoeste), Assis Chateaubriand (Oeste) e Umuarama (Noroeste), Mandaguaçu, Ivaiporã, Londrina (Norte), Guarapuava (Centro-Sul), Ponta Grossa (Campos Gerais) e Curitiba. Em Guarapuava, o encontro foi realizado no dia 9 de abril, no Spazio Vecchia, com o apoio do Sindicato Rural. O evento contou com a presença de 215 produtores rurais de Guarapuava, Bituruna, Pinhão, Laranjeiras do Sul, Turvo, Prudentópolis, Irati, além de autoridades, acadêmicos de Agro-

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nomia/Veterinária e representantes de cooperativas e empresas ligadas ao meio rural. O presidente do Núcleo dos Sindicatos Rurais do Centro do Paraná, Anton Gora, recepcionou os participantes e ressaltou que “os produtores precisam ter a consciência da importância de contribuir financeiramente e participar das entidades, se quiserem manter a defesa de seus interesses. Diz um ditado que quem não cuida do que é seu, não merece tê-lo. As entidades são nossas e precisamos mantê-las, para sermos ouvidos e representados”. O presidente do Sistema FAEP/ SENAR, Ágide Meneguette falou sobre as conquistas do Sistema para o produtor rural e também sobre o futuro da representatividade. Ele citou algumas delas, como a isenção de pa-

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Anton Gora, presidente do Núcleo dos Sindicatos Rurais do centro do Paraná

gamento pelo uso da água, a isenção de ICMS na energia elétrica, a Tarifa Rural Noturna, avanços garantidos no


Ágide Meneguette, pres. do Sistema FAEP/SENAR

Código Florestal e em questões fundiárias. “Juntos vamos conseguir lutar por mais conquistas e por condições melhores para nossa atividade. Não podemos esperar uma nova legislação. Precisamos nos organizar para que o nosso sindicato seja importante, tenha representatividade e participação ativa”, disse, referindo-se à queda

da Contribuição Sindical obrigatória, decidida na Reforma Trabalhista. A programação continuou ainda com mais duas palestras que visaram complementar a importância da formação de lideranças e da representatividade. O presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, encerrou o evento agradecendo a presença dos sócios e parceiros da entidade, destacando a importância da participação de todos para uma representatividade rural forte e atuante, em especial das mulheres e dos jovens.

Rodolpho Botelho, presidente do Sindicato Rural de Guarapuava

CONFIRA O RESUMO DAS PALESTRAS:

O poder de influência do produtor rural na sociedade 4.0 Celso Garcia (consultor Sebrae) “A sociedade vem sofrendo muitas mudanças, com velocidade e novos modelos de negócios, de gestão e de pensamentos. As gerações novas são muito mais rápidas, mais conectadas e a gente tem que se preparar para lidar com novas formas de pensar. Não é certo, nem errado, é diferente. E lidar com o diferente não é simples. Existem muitas propriedades rurais que são tradicionais, familiares e precisam se adaptar muito rápido, porque, caso contrário, não terão sucessão. Daqui a pouco não teremos mais gente ocupando esse lugar. E o produtor rural é muito importante, pois ele alimenta esse país. Então a ideia é justamente fortalecer esse produtor para que ele saiba liderar de forma mais consistente essa transição, essa sociedade nova, esses novos modelos de enxergar a realidade, de enxergar a vida, o propósito, a propriedade rural e o sindicato, que o representa. O produtor precisa entender que a colaboração é fundamental no cenário que vivemos hoje. Ele não é diferente de outros profissionais, do mercado em geral. Tem uma série de empresas sólidas por aí que tem 40, 50 anos de mercado e não tem sucessor. Os filhos não querem tocar o negócio dos pais. Isso não é um problema só do homem do campo. É um problema da nossa sociedade, da construção de valores”.

Inovações para o fortalecimento na representatividade no agronegócio Claudinei Alves (consultor Faep) “Falamos sobre a importância da representatividade para o produtor rural. Além disso, mostramos ao produtor que ele tem poder de influenciar os poderes que tomam decisão - os poderes legislativo e executivo, tanto em âmbito local, municipal, estadual e nacional. O produtor é representado por uma instituição chamada Sistema CNA, que inclui uma confederação, federação e os sindicatos rurais. O que a gente está abordando é a importância do produtor rural se integrar ao seu sindicato na base, no seu município, para que ele possa ter voz, no sentido de defender seus interesses, falar das suas necessidades e de seus objetivos e isso chegar até às instâncias de poder que tomam decisões. O que acontece é que o sistema de representatividade no nosso país vem sofrendo algumas ameaças por conta de mudanças na legislação e se o produtor rural não estiver atento a isso e não se organizar na sua base, ele pode perder esse sistema de representatividade e isso significa abrir mão da sua possibilidade de dar opinião, de dizer o que é importante para o setor. A única forma que a gente enxerga de mostrar ao produtor que a representatividade é importante e temos ouvido do próprio produtor, é que para entender, eu preciso conhecer. Está claro para nós, hoje, que há uma necessidade de comunicar de uma forma mais eficaz, de levar ao produtor o que é esse sistema, para que ele compreenda. Infelizmente, o produtor rural foi vocacionado e estimulado a produzir. Ninguém o estimulou a participar politicamente da sociedade. Pelo contrário, houve uma época que teve um movimento que desestimulava o produtor a participar politicamente. Existia um chavão no período militar que dizia assim: “Plante, que o João garante!”. Por trás dessa frase tem um elemento que é pernicioso para a classe produtora. Significa que é para ele apenas cuidar da lavoura e dos animais, porque todo o resto tem o João que garante, ou seja, não precisa se preocupar com comercialização, aspectos políticos, aspectos legais, trabalhista, pois isso o governo vai resolver para ele. De certa forma, a mensagem que estava implícita é de adestrar o produtor a fazer só o processo produtivo, que é o que ele mais gosta de fazer. Então qual é o nosso grande desafio? É dizer ao produtor: não adianta só produzir! Você tem que ter um processo de participação ativa para garantir que seus direitos e interesses sejam válidos”. REVI STA DO PRO D UTO R RURA L DO PA RA N Á

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A

produtora rural Andreia Mariotti, associada ao Sindicato Rural de Guarapuava, comentou sobre a importância do evento. “Estamos precisando de novos líderes, pessoas com sangue novo, determinação para ajudar a desenvolver mais a nossa atividade. O caminho ainda é desenvolver as habilidades dos jovens. A família rural se integrar mais, estimular os jovens a participarem mais da atividade rural, para que eles entendam a importância do produtor rural, dessa profissão, da atividade como um todo, o que sua família criou e que tenham orgulho da sua origem”. Para ela, só assim a classe estará bem representada no futuro. Outra participante do encontro, Geny de Lacerda Roseira Lima enxerga que a ação do Sistema FAEP/ SENAR foi importante para despertar questões essenciais para o produtor rural. “Esse encontro deu uma mexida, chacoalhada na gente. Muitas vezes, ficamos na zona de

Andreia Mariotti, produtora rural associada ao Sindicato Rural de Guarapuava

O casal de produtores rurais, Geni Lima e Rui Lima

conforto e achamos que é suficiente o que já estamos fazendo. Mas como foi falado, temos que nos conhecer melhor, nos capacitar ainda mais na atividade e despertar essa liderança como produtores rurais”. Já Rui Carlos Pereira Lima pensa que uma das sugestões mais importantes debatidas durante o encontro foi a de como alcançar e conscientizar os jovens do meio rural. “Esse tipo de debate deve ser iniciado já dentro da escola, por meio de programas, de conteúdos. É preciso levar aos jovens o conhecimento do que é a representatividade, por meio da federação, dos sindicatos, para que mais tarde eles possam desenvolver essa parte no meio rural. Isso é essencial para

que haja um futuro no agronegócio, com disseminação de tecnologia e informação sobre o agro para toda a sociedade”. Lima afirma que existe produtor rural com consciência da importância da representatividade, mas sabe que muitos ainda não conseguem enxergar isso. “Nós, enquanto produtores, conseguimos visualizar isso porque temos muita informação. Recebemos os Boletins da FAEP, as revistas do Sindicato Rural de Guarapuava, que trazem esse conhecimento que a gente não obtém no nosso dia a dia. Então nós sabemos disso. Mas tem muito produtor rural que não tem esse acesso. E o único caminho é a informação”.

DINÂMICA Ao final do evento, os participantes do encontro realizaram uma atividade de integração onde deveriam propor soluções para uma representatividade mais forte no meio rural. Representantes de cada grupo foram eleitos e puderam apresentar suas propostas

- PROGRAMA LIDERANÇA RURAL O Sistema FAEP/SENAR, em parceria com o SEBRAE, está com uma nova iniciativa: o Programa Liderança Rural, que visa desenvolver nos líderes a sua capacidade de coordenar equipes, trabalhar em cooperação com parceiros e demais instituições empresariais e governamentais. A formação terá dois módulos, totalizando uma carga horária de 24 horas. O módulo 1 discutirá os seguintes temas: autoconhecimento, líder empreendedor, engajamento e autorresponsabilidade e desempenho interpessoal; já no módulo 2 serão: perspectivas de sustentabilidade e fortalecimento, oportunidades inovadoras e estratégias pessoais de atuação. As inscrições devem ser feitas no Sindicato Rural de Guarapuava. Outras informações pelo tel.: (42) 3623-1115.

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TRIGO

Em sua 8ª edição, evento trouxe questões técnicas importantes para produtores, cerealistas e moinhos

Em Seminário, Biotrigo divulga tecnologias e lança cultivares

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Seminário Técnico da Biotrigo Genética, que teve sua oitava edição no dia 10 de abril, em Campo Mourão (PR), se mostrou novamente como um espaço para a difusão da tecnologia do trigo – do campo à indústria. O evento contou com cerca de 400 participantes de toda a cadeia produtiva do segmento – agricultores, produtores de sementes, cerealistas, técnicos e profissionais que atuam em moinhos do Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal, Goiás e também do Paraguai. De acordo com o supervisor comercial da Biotrigo Genética para o Cerrado e os Campos Gerais, agrônomo Deodato Matias Junior, o objetivo do seminário é avaliar a safra, conhecer o que os triticultores estão demandando em termos de cultivares e apresentar os lançamentos da empresa. “Aqui, conseguimos falar sobre o manejo das cultivares no campo e

também ter ideia do que o produtor está precisando”, disse. Ele destacou que a empresa também leva a iniciativa a outras regiões do Brasil: “Realizamos esse mesmo evento em São Paulo. Hoje, aqui em Campo Mourão, no Paraná; e dia 30, no Rio Grande do Sul”. Entre as palestras técnicas, a programação abordou temas como “Impactos do processo de recepção, secagem e armazenagem na qualidade do grão”, “Nematóide no sistema produtivo: impacto do pousio sujo”, “Resgate da última safra e perspectivas do melhoramento”, “Introdução do sistema clearfield na cultura do trigo no Brasil” e “Dinâmica da formação de preço do trigo no Brasil”. A empresa também divulgou algumas de suas cultivares, como TBIO Ponteiro e TBIO Duque, e trouxe novidades, como os trigos Energix, voltado para silagem, e Lenox, para pastejo. Também foram realizados dois lançamentos: TBIO Capricho CL (nome

sugerido), que permite manejo com herbicida para eliminar plantas invasoras, e TBIO Astro (nome sugerido), que segundo a Biotrigo tem alta resistência a acamamento e possui a maior força de glúten de seu portfólio. Presente ao evento, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL conversou com alguns dos palestrantes.

Participaram cerca de 400 pessoas, entre produtores, técnicos e profissionais do setor moageiro

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IMPACTOS DO PROCESSO DE RECEPÇÃO, SECAGEM E ARMAZENAGEM NA QUALIDADE DO GRÃO BRUNO MONCKS DA SILVA GERENTE DA PRODUÇÃO DE SEMENTES DA BIOTRIGO EM PASSO FUNDO, APRESENTOU DADOS DE PESQUISA REALIZADA PELA BIOTRIGO COM A UPF, AVALIANDO O USO DE EQUIPAMENTOS, NO FLUXO DE BENEFICIAMENTO DE SEMENTES, NA REDUÇÃO DE DON (MICOTOXINA) EM TRIGO Os principais cuidados que você deve ter quando traz o trigo para dentro da sua unidade de armazenagem são para com o que vem com ele. Você tem que eliminar tudo aquilo que não é grão. Os principais aspectos que levamos em consideração são impureza, umidade e grãos giberelados. E o produtor, o que fica para ele? A escolha de uma cultivar com resistência e um manejo eficiente é o que ele pode fazer para tentar minimizar esses impactos. A nova atualização da legislação que traz os limites de DON (micotoxinas), no grão e nas farinhas integral e branca, serve muito mais como uma fonte de informação e de extrema importância para o cerealista e para o setor moageiro. O produtor, antes de armazenar, tem que garantir que isso não vá junto para dentro do sistema de armazenagem dele. E que esse trigo esteja com uma umidade ideal, em torno de 12 a 13%, para evitar uma proliferação de fungos. Porém, tem que levar em conta a colhedora que ele está usando, se ela está colocando muita impureza para dentro da caixa de colheita”.

OS EFEITOS DA TEMPERATURA DE SECAGEM NA QUALIDADE DOS GRÃOS E DA FARINHA KÊNIA MENEGUZZI SUPERVISORA DE QUALIDADE INDUSTRIAL DA BIOTRIGO, MENCIONOU PESQUISA DA BIOTRIGO COM O INSTITUTO FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, TESTANDO TEMPOS E TEMPERATURAS DE SECAGEM E OS EFEITOS NA QUALIDADE DA FARINHA Trouxemos dois temas que consideramos muito importantes e que impactam na comercialização dos lotes (de trigo), que foram giberela e grão queimado por temperatura de secagem. É necessário termos uma umidade de 13% para armazenar o grão. Observamos que, acima dos 75 graus, já começamos a ter um comprometimento da qualidade da proteína. Se eu tivesse que falar em uma temperatura de segurança, utilizaria a temperatura de segurança de secagem para semente de trigo. A armazenagem é uma etapa super importante, porque se eu armazenar com umidade, vou ter o desenvolvimento de fungos, perda de qualidade. Se eu secar mal, se queimar esse grão, vou perder totalmente as suas características e ele não vai ter valor comercial. É nesse sentido que desenvolvemos o trabalho: não só pensando em trazer cultivares cada vez mais resistentes, cada vez mais produtivas, com qualidades distintas para atender o mercado, mas também em auxiliar, nortear o trabalho de armazenagem, de segregação e de beneficiamento, buscando sempre uma qualidade superior. Uma maior liquidez também”.

NEMATÓIDE NO SISTEMA PRODUTIVO: DIAGNÓSTICO E IMPACTO DO POUSIO SUJO ANA PAULA MENDES LOPES AGRÔNOMA, COM MESTRADO EM PROTEÇÃO DE PLANTAS (ÊNFASE EM NEMATOLOGIA), RESPONSÁVEL PELAS ANÁLISES NEMATOLÓGICAS EM UM LABORATÓRIO DE ANÁLISES AGRONÔMICAS Os nematóides ficam nas raízes, no solo. O primeiro passo, sempre, é fazer a análise nematológica. Os danos na cultura da soja estão estimados em R$ 16,2 milhões por ano, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nematologia. A presença de nematóide prejudica a absorção de água, de nutrientes. Os sintomas são menor produtividade, intenso abortamento de vagens, durante o período vegetativo, o que com certeza reflete na produção. No milho, os sintomas, nas raízes, na parte aérea, são menos evidentes do que na soja. O trigo é uma cultura em que, infelizmente, os dados na literatura ainda são escassos. Temos algumas cultivares que são mais resistentes. No manejo, temos o pousio limpo – pode diminuir nematóide? Até pode, mas o produtor tem que pensar que ele pode estar perdendo, e muito, com esta prática. O pousio limpo está sujeito à erosão, sem contar que nesse período, o produtor está deixando de ganhar, tanto em matéria orgânica, quanto em produção, plantando outra cultura de interesse econômico. E no pousio sujo, vimos que, com a presença de plantas daninhas, pode ocorrer aumento de nematóides, porque várias espécies têm a capacidade de multiplicar nematóide. E algumas multiplicam muito mais do que o milho”.

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LANÇAMENTO DO TBIO CAPRICHO CL

LANÇAMENTO DO TBIO ASTRO

(NOME SUGERIDO)

(NOME SUGERIDO)

ANDRÉ ROSA AGRÔNOMO, MELHORISTA E UM DOS DIRETORES DA BIOTRIGO

OTTONI ROSA FILHO AGRÔNOMO, MELHORISTA E UM DOS DIRETORES DA BIOTRIGO

Ele tem 75% da genética de um irmão do Sinuelo e 25% de um trigo estrangeiro, que trouxe essa característica de resistência a herbicida. É um trigo de qualidade melhorador, a princípio. Para a safra 2021, vai estar disponível, junto com o herbicida. É importante que seja esse herbicida, selecionado pela BASF, que é a nossa parceira, entre muitas opções, porque era o que tinha o melhor controle de azevém, aveia. É importante que o agricultor tome cuidado para nunca errar e botar esse herbicida numa lavoura não CL. Temos de manejar com o mesmo cuidado com que se manejou a soja RR assim que ela entrou”.

Estamos muito contentes com a geração desse novo material e realmente acreditamos que vai ser bastante importante. É o nosso material mais resistente ao acamamento. Uma outra característica, que nos chama muito a atenção, é a parte de qualidade. Dentro do nosso ranking, é o trigo mais forte, em termos de resposta dentro do processo de Força de Glúten. A média está em valores de 550. Neste ano, está sendo produzida a semente básica desse material. Ano que vem, será distribuída para os produtores de sementes aqui do Paraná. No ano seguinte, vai chegar ao agricultor”.

Elevada produção de matéria verde. Excelente qualidade nutricional.

O TRIGO QUE É A SOLUÇÃO EM PASTAGEM NO INVERNO

LENOX MUITO MAIS PRODUTIVIDADE

PONTO DE VENDA: BIOTRIGO GENÉTICA

Alta palatabilidade. Suporta pressão de pastejo e pisoteio. Alta capacidade de rebrota (a partir de 6 pastejos). Taxa de acúmulo diária até 100 kg de matéria seca/ha-1. Desenvolvimento radicular agressivo. Excelente sanidade foliar. Excelente resposta à adubação nitrogenada.

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FEBRE AFTOSA

Última vacinação contra aftosa no Paraná começa em maio Pecuaristas devem ficar atentos às orientações para realizar o manejo corretamente

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pós um intenso trabalho de defesa agropecuária, o Paraná se prepara para realizar a última campanha de vacinação contra febre aftosa a partir do dia 1º de maio. Em 2018, o Estado teve seu pedido aprovado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para antecipar a retirada da vacina e, assim, dar mais um passo em busca do reconhecimento de área livre de febre aftosa sem vacinação em 2021 junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), conforme prevê o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA). A antecipação da retirada da vacina é uma certificação da defesa sanitária do Estado e resultado da mobilização dos diversos setores públicos e privados ligados ao agronegócio paranaense. Nesse sentido, é muito importante que o produtor faça o dever de casa e siga corretamente as instruções nessa última campanha. “Defesa sanitária é uma obrigação de todos e o trabalho não acaba. Assim como o Estado tem obrigações de execuções e fiscalização, o produtor tem suas responsabilidades”, reforça o médico veterinário do Sistema FAEP/SENAR-PR, Alexandre Lobo Blanco. Ainda que o Brasil não possua registros de febre aftosa desde 2006, as campanhas de vacinação foram fundamentais neste processo de fortalecimento da sanidade animal no país e, principalmente, para que o Paraná possa alcançar o status de área livre sem vacinação em 2021. “As campanhas de vacinação foram importantes para aprimorar os registros de rebanhos e fortalecer a vigilância sanitária em todas as regiões”, explica Lobo Blanco. O calendário oficial do Mapa determina as orientações para vacinação do rebanho bovino e bubalino. No Paraná,

a campanha de maio é destinada aos animais com idade até 24 meses.

CUIDADOS NA VACINAÇÃO Para assegurar as boas práticas na hora da vacinação, os pecuaristas devem seguir algumas recomendações, principalmente devido às mudanças ocorridas no ano passado. A Instrução Normativa 11/2018 do Mapa, que passou a valer este ano, atualiza o regulamento técnico para produção e controle de qualidade da vacina, instituindo a redução da dose de 5 para 2 mililitros. Outro cuidado fundamental é sobre a temperatura das vacinas, que devem ser armazenadas entre temperatura de 2°C e 8°C. Por isso, é recomendado que, durante o transporte, sejam utilizadas caixas térmicas com três partes de gelo para uma de vacina. A caixa térmica deve ser bem lacrada e a vacina mantida no gelo até o momento da aplicação para a conservação da temperatura. O médico veterinário do Sistema FAEP/SENAR-PR indica escolher a hora mais fresca do dia para a vacinação do rebanho. “A gente sabe que, por questões operacionais da fazenda, nem sempre é possível. Mas, com isso, os animais sofrerão menos estresse e também evita o choque térmico pela temperatura da vacina”, observa. A aplicação deve ser feita na tábua do pescoço do animal, embaixo da pele. Ainda, é importante evitar que a programação de vacinação tenha interferência de outros manejos. “Fazer o deslocamento do rebanho tem todo um custo para o produtor. Mas esse é um cuidado importante para que os riscos de reações adversas à vacina

sejam os menores possíveis”, aconselha Lobo Blanco. As vacinas devem ser compradas apenas em lojas registradas e o pecuarista precisa estar atento para não deixar para última hora. “O ideal é que o produtor faça a reserva da compra da vacina com antecedência”, recomenda o médico veterinário do Sistema FAEP/SENAR-PR. Outros cuidados, mas não menos importantes, são a respeito da revisão das condições da seringa aplicadora: uso de agulhas novas, de preferência do tamanho 15 x 18, limpas e trocadas com frequência, aplicar no tronco de contenção para mitigar a incidência de reações vacinais; e o descarte dos frascos das vacinas e agulhas seguindo as orientações sanitárias de cada município. Todas essas diretrizes são fundamentais para evitar a ocorrência de abcessos, que são lesões provocadas em decorrência de más práticas e de contaminação no local da aplicação da vacina. O abcesso é impróprio para consumo e a carne precisa ser descartada, o que causa prejuízos ao produtor.

PÓS-VACINA Feita a vacinação, o pecuarista deve preencher uma declaração e entregá-la no serviço veterinário oficial do Estado junto com a nota fiscal de compra das vacinas. O monitoramento e fiscalização das áreas de rebanho são realizadas pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). Além disso, concluir a última campanha de vacinação do rebanho paranaense com sucesso é mais um importante atestado – entre tantos outros – de que o Estado está preparado para receber o status de área livre de febre aftosa sem vacinação.

Texto: Coordenação de Comunicação Social Sistema FAEP/SENAR-PR

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INCRA

Atendimento da Unidade Municipal de Cadastro está sendo realizado no Sindicato Rural de Guarapuava Desde o dia 25 de março, o atendimento da Unidade Municipal de Cadastro (UMC) está sendo realizado no Sindicato Rural de Guarapuava, por meio do representante junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), João Francisco de Assis, uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Guarapuava e a entidade sindical. As UMCs são departamentos mantidos pelo Governo Municipal em convênio com o Incra e têm por objetivo agilizar o fluxo de documentos cadastrais preenchidos pelos proprietários rurais, com o propósito de obter o CCIR (Certificado de Cadastro de

Imóveis Rurais). Esse documento é indispensável ao proprietário rural em inúmeras situações, tais como financiamentos rurais, transferências (compra e venda, doações, etc.) de áreas rurais, inventários, doações, CAD-PRO (cadastro do proprietário rural para obtenção de bloco de produtor) e para solicitação da aposentadoria. “Esse cadastro é obrigatório para quem adquire imóveis rurais e só é possível fazer com o representante junto ao Incra ou na Unidade Municipal de Cadastro. Para realizar o cadastro, é necessário apenas o do-

cumento do imóvel e documentos pessoais”, explica Assis. Em Guarapuava, os cadastros são feitos para áreas de até 15 módulos fiscais, ou seja, 270 hectares. Acima deste tamanho, o cadastro deve ser encaminhado para o Escritório Regional do Incra, em Curitiba. O Sindicato Rural de Guarapuava funciona de segunda a sexta, das 8h às 11h30 e das 13h às 17h30 (Rua Afonso Botelho, 58, Trianon).

Conselho Fiscal reuniu-se em março O Conselho Fiscal do Sindicato Rural de Guarapuava realizou reunião no dia 14 de março. A pauta teve como principal ponto a apreciação do orçamento previsto e realizado do ano de 2018. O encontro de trabalho é mais um dos vários que a entidade sindical promove, ao longo do ano, para debater e tratar de suas atividades.

Plantão salário educação O plantão salário educação foi realizado nos dias 3, 4, 23 e 24 de abril, no Sindicato Rural de Guarapuava. O plantão visa oferecer aos sócios, esclarecimentos sobre a ilegitimidade do pagamento do salário educação por parte de produtores rurais pessoas físicas. Mesmo que empregue outras pessoas, o produtor rural pessoa física (sem inscrição no CNPJ) não é obrigado a recolher a contribuição social do salário educação. Desta forma, existe a possibilidade de ações coletivas ou individuais. Produtores rurais de Guarapuava e região já estão deixando de recolher essa contribuição e recebendo o retroativo. O serviço é feito em parceria com o escritório UNK Unikowski Advogados S/S.

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C AVA L O C R I O U L O

Expocrioulo apresenta animais de alto nível

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Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos de Guarapuava (NCCCG) promoveu, de 14 a 17 de março, no Parque de Exposições Lacerda Werneck, em Guarapuava, mais uma edição da Expocrioulo. O evento contou com a participação de mais de 40 animais, de criadores locais e também de diversas outras regiões do Paraná, além de outros estados. Segundo o presidente do Núcleo, Marcelo Cunha, a exposição foi de alta qualidade. “A Expocrioulo foi de nível C, com uma qualidade bastante alta. Tivemos várias éguas e garanhões já consagrados em outras pistas e que vieram se apresentar aqui. Todos animais de alto nível. Além disso, o

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jurado Marcos Antunes, que avaliou os animais, é conhecedor da raça há muitos anos e acrescentou bastante”. Antunes avaliou a edição de 2019 da Expocrioulo de forma positiva tanto em qualidade, como organização. “Avalio com nota máxima o evento tanto na organização e supervisão técnica. Na qualidade morfológica destaco as categorias incentivos de machos e fêmeas (menos de 24 meses de idade) pela qualidade excepcional de suas linhas superiores e aprumos e selo racial” . Para ele, os campeões têm futuro nas pistas. “Nos animais de mais de 24 meses, os dois machos, o grande campeão e reservado de grande campeão

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são animais jovens que esbanjam selo racial frentes leves cabeças muito típicas e suas linhas superiores firmes e muito corretos de aprumos. Nas fêmeas, percebemos animais com muita qualidade. As quatro melhores fêmeas eram muito femininas de cabeça, frentes leves e linhas superiores firmes. Possuíam muita expressão racial”. Além da avaliação morfológica dos animais, a Expocrioulo contou com um leilão de cobertura em prol do Núcleo. “Foi um sucesso também e um momento de confraternização entre os apreciadores do Cavalo Crioulo. Agradeço toda a diretoria pela organização do evento”, destaca Cunha. O Sindicato Rural de Guarapuava apoiou o evento.


Marcelo Cunha, presidente do Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos de Guarapuava (NCCCG)

Marcos Antunes, jurado Expocrioulo 2019

Grandes campeões macho e fêmea

Confira o resultado da avaliação: FÊMEAS Melhor Exemplar da Raça, Grande Campeã e Campeã Égua Menor Belle Maravilha, filha de JLS Hermoso e JA Herança; criadora e expositora Elizabeth Lemanski, Fazenda Paraíso, Balsa Nova/PR Reservada Grande Campeã e Campeã Potranca Menor Lageado Delantera, filha de PoraAlgarrobo e OK Batalha II; criador e expositor Vinicius Virmond Kruger, Cabanha do Lageado, Guarapuava/PR 3ª Melhor Fêmea e Campeã Égua Adulta Cambona dos Castanheiros, filha de BT Hospedeiro e Santa dos Castanheiros; criadores Miguel e Rodrigo Scarpellini Campos e expositor Cleber DallAgnol, Cabanha Selva Negra, Guarapuava/PR 4ª Melhor Fêmea Emocion do Ribeirão Bonito-Te, filha de Viragro Rio Tinto e Delta de Rosazul; criador e expositor Arison Jung, Cabanha Ribeirão Bonito, Guarapuava/PR

MACHOS Grande Campeão e Campeão Potranco Maior GTA Imponenete, filho de OK Ilustre II e Coe Braza; criador e expositor Gibran Thives Araujo, Fazenda Boa Vista, Guarapuava/PR Reservado Grande Campeão e Campeão Potranco Menor Nochero da Ilha Velha, filho de Jamaicano do Rio das Pedras e Primeira de Sol de Maio; criadores e expositores Patrick e HeikoEgles, Cabanha Ilha Velha Guarapuava/PR 3º Melhor Macho e Reservado Campeão Potranco Menor Belle Napoleón, filho de As MalkeTormento-Te e Orden do Itapororó; criadora e expositora Elizabeth Lemanski, Fazenda Paraíso, Balsa Nova/PR 4º Melhor Macho e Campeão Cavalo Adulto Jamaicano do Rio das Pedras, filho de PoraRascabuche e Espada do Rio das Pedras; criadores Marcelo O. Cunha e Esmael G. Cadore e expositor Franco B. dos Santos, Laranjeiras do Sul/PR

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A P I C U LT U R A

Curso aborda meliponicultura

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Brasil conta com aproximadamente 250 espécies de abelhas pertencentes à tribo Meliponini, chamadas popularmente de abelhas sem ferrão. Algumas destas espécies são criadas para a produção de mel para fins comerciais ou consumo próprio. Dentre as capacitações que o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) oferece, está o curso de Trabalhador na Apicultura - abelhas indígenas sem ferrão. O Sindicato Rural de Guarapuava mobilizou uma turma em março e quem coordenou foi o instrutor Joel de Almeida Schmidt.

Segundo Schmidt, a ideia do curso é transmitir como funciona toda a cadeia produtiva da meliponicultura. “São quatro dias de curso, portanto, é uma grade bem completa. Explicamos desde as escolhas das caixas, das espécies para criar, como fazer a multiplicação dos enxames e onde criar. Além disso, abordamos o manejo do mel, como colher, conservar, comercializar, enfim todo o processo que envolve o produto”. O instrutor ressalta que as abelhas sem ferrões são muito dóceis, por isso podem ser criadas em qualquer lugar. “Eu percebo que atualmente em municípios da região, por exemplo, Prudentópolis, Bituruna e Reserva do Iguaçu há muitos produtores se profissionalizando e fazendo uma criação maior. Em Guarapuava, a atividade está surgindo a principio como um hobby, em casa ou nas propriedades, até se pensando na proteção do meio ambiente”. O participante do curso, Marcio Rogério Brandelero, conta

Caixas de abelha sem ferrão onde se produz o mel

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que iniciou a produção de mel em 2012, por hobby. “Adquiri uma jataí de um amigo, pois sempre gostei de abelhas sem ferrão. Com o tempo, procurei aprender mais sobre o tema, fiz cursos, li, assisti vídeos e conversei com meliponicultores experientes, iniciando meu meliponário”. Atualmente, Brandelero possui 38 caixas e nove espécies (jataí, mandaçaia, manduri, borá, guaraipo, uruçu nordestina mirim guaçu, mirim droriana e tubuna). “No curso que fiz no Sindicato Rural de Guarapuava, aprendi novas técnicas de manejo, como modelos de caixas, alimentação, divisão, reforço dos enxames e aquecimento, que muito ajudará no desenvolvimento do meliponário”. Os participantes do curso visitaram o meliponário de Brandelero que fica em sua casa, no meio urbano.

MERCADO DO MEL Quanto ao mercado do mel, Schmidt, que também faz parte da Associação Prudentopolitana de Apicultura e Meliponicultura, explica que a atividade está começando na região de Guarapuava, mas com uma boa expectativa. “Existe a intenção de iniciar a exportação do mel aqui da região. Temos um entreposto na região de Guarapuava e há algum tempo está sendo organizado este entreposto junto ao Ministério de Agricultura. Já passamos por várias etapas de vistoria e a exportação está bem próxima da realidade. A princípio, três países importariam o mel: Holanda, Alemanha e Estados Unidos. Então vai abrir um mercado muito grande para a nossa região”. Schmidt complementa ainda que a meliponicultura, com abelhas sem ferrão é uma atividade interessante, principalmente para mulheres e jovens que estão sem perspectiva do que fazer na propriedade. “É uma atividade que está começando na região e tem um futuro muito promissor. Pode ser um valor agregado na propriedade, até porque não compete com as outras atividades. Pelo contrário, vai ajudar na polinização, na proteção das nascentes de água, ou seja, só vai trazer benefícios para a propriedade”, finaliza. Novas turmas para esse curso podem ser formadas. Se você tem interesse, basta ligar no (42) 3623-1115 e obter mais informações, com a mobilizadora de cursos do Senar, Mery Ribas. Todos os cursos do Senar são gratuitos e destinados a produtores rurais e trabalhadores rurais.


A G R I C U LT U R A D E P R E C I S Ã O

Produtores participam de curso de AP - Operação de Drones

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o mês de março, o Sindicato Rural de Guarapuava em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) ofertou a primeira turma do curso Trabalhador na Agricultura de Precisão – Operação de Drones. Atento às transformações do campo por meio das tecnologias, o SENAR-PR vem disponibilizando a capacitação desde o início deste ano, com o objetivo de apresentar e colocar à disposição dos produtores do Estado todas as potencialidades dos drones na atividade agrossilvipastoril. Atualmente, seis instrutores estão habilitados a ministrar o curso em todo o Paraná. Em Guarapuava, o curso foi ministrado por Pelisson Kaminski. “O curso ajuda o usuário (produtor) a operar de forma básica, algumas técnicas de pilotagem e aquisição de imagens que servirá de base para uma análise”. Ele obseva que vendo a propriedade por outra perspectiva, o produtor rural tem a oportunidade de melhorar a sua assertividade na tomada de decisão, seja ela na lavoura ou na pecuária. O produtor rural, Tjago Gavanski foi um dos participantes da primeira turma do curso. “Me interessei para obter mais conhecimento nessa área de drones e ter uma noção da agricultura de precisão com a utilização desse equipamento. O drone ajuda a ter uma visão mais ampla da propriedade, a fazer o mapeamento da área, identificar falhas no solo para se fazer uma correção, já que a olho

nu não conseguimos ver por completo. Ajuda também a identificar problemas na lavoura, como pragas e doenças, se tem algum problema de estresse hídrico ou falhas nas linhas de plantio”. Apesar de ser mais comum o drone ser utilizado para agricultura, Gavanski observou muita utilidade também na pecuária. “Ajudará no controle dos animais, na manutenção da pastagem e até mesmo para contagem dos lotes e na alimentação dos mesmos, observando cochos com rações, se estão vazios ou não, por exemplo”. Alguns dos conteúdos abordados durante os três dias de curso, foram tipos de plataforma e suas características, principais sensores dos drones, componentes da aeronave, órgãos regulamentadores: Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e Ministério da Defesa (MD), legislação vigente, boas práticas de segurança, checklists para operação

de drones, técnicas de pilotagem, noções básicas de processamento digital de imagens e Sistema de Informação Geográfica (SIG). Novas turmas para o curso de Operação de Drones estão sendo formadas. Se você tem interesse, basta ligar no (42) 3623-1115 e obter mais informações, com a mobilizadora de cursos do Senar, Mery Ribas. Todos os cursos do Senar são gratuitos e destinados a produtores rurais e trabalhadores rurais.

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D IA INTE RNAC IONAL DA MULHE R

Matilde Schneider é

Mulher Cidadã 2019 O Dia Internacional da Mulher, celebrado mundialmente em 8 de março, foi também em Guarapuava momento de reconhecimento a mulheres que têm se destacado na sociedade por sua trajetória profissional ou por seu engajamento social. O Poder Legislativo Municipal realizou, mais uma vez, na Câmara Municipal, uma sessão solene para outorgar o Diploma Mulher Cidadã a nomes indicados por entidades ou instituições de vários setores. A cerimônia, presidida pela vereadora Maria José Mandu Ribeiro Ribas, uma das autoras do projeto de lei que instituiu a homenagem há 17 anos, nominou cada homenageada, apresentando um resumo de sua trajetória. Num clima de emoção, as indicadas receberam seus diplomas sob os aplausos das autoridades e lideranças, e de parentes, amigos e colegas de trabalho, que lotaram as galerias. Também o setor rural participa da diplomação. Anualmente, o Sindicato Rural de Guarapuava indica uma produtora que a entidade reconhece como exemplo, seja por sua gestão à frente da propriedade, como agricultora ou pecuarista, ou ainda porque, em paralelo às atividades do dia a dia, se dedica a causas sociais. Neste ano, o sindicato propôs o nome de Matilde Elisa Weber Schneider. Natural de Turvo, casada com Daniel Schneider, mãe de duas filhas, a produtora, além de participar do trabalho na propriedade da família, que

produz ovinos, bovinos e grãos na localidade de Taguá, em Guarapuava, também ajuda entidades assistenciais. Ao lado de seus familiares, prestigiaram sua diplomação o presidente da entidade sindical, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, e sua esposa, Adriana Botelho, e a gerente do sindicato, jornalista e editora-chefe da Revista do Produtor Rural, Luciana de Queiroga Bren. Depois de receber a homenagem das mãos do vice-prefeito Itacir Vezzaro e de Adriana, Matilde se mostrava

Indicada pelo Sindicato Rural de Guarapuava, Matilde Schneider recebeu a homenagem das mãos do vice-prefeito Itacir Vezzaro e de Adriana Botelho, esposa do presidente do sindicato

Família e amigos prestigiaram a homenageada do setor rural

emocionada: “Me senti muito honrada”, comentou. A produtora considera que as mulheres já conquistaram muitos espaços profissionais também no campo, mas que ainda existe um longo caminho à frente: “Os desafios são muitos”.

DIPLOMA MULHER CIDADÃ 2019 As homenageadas foram:

Foto oficial: homenageadas são dos mais diversos setores

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Conceição dos Santos, Dionete Lucia Mendes, Dorotil Terezinha Casagrande Melhem, Eva Nunes Marquezine, Irmã Lúcia Nair Tironi, Matilde Elisa Weber Schneider, Priscila Ferreira Fortini, Rejane Aparecida Brugnara, Silmone Cristina Stociaki, Stella Maris Nerone Lacerda, Terezinha dos Santos Daiprai, Viviane Silveira Batista Horst e Zuleika Maria Mendes de Lima.


NOGUEIRA-PECÃ

Cuidados no planejamento e instalação do pomar

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N O TA S

Encontro Tecnológico

A Coamo realizou no dia 13 de março, o Encontro Tecnológico, na Fazenda Sonho Verde, propriedade de Teodoro Kredens. O evento contou com três estações: Híbridos de Milho, Cultivares de Soja, Demonstração/ Exposição de Máquinas.

Segundo o gerente da Unidade Guarapuava - Coamo, Marino Mugnol, o objetivo foi apresentar as mais recentes tecnologias do mercado, visando acrescentar rentabilidade para o produtor rural. “Foram apresentadas as principais

PROGRAMA AGRINHO

Ação Social O Sindicato Rural sediou no dia 3 de abril, o workshop Encontro com o Sucesso, com o coach Anderson Luiz. A entrada do evento foi dois quilos de alimentos, que foram doados para o Centro de Nutrição Renascer. A colaboradora do sindicato, Rosemeri Althaus representou a organização do evento e entregou as doações

cultivares de soja e híbridos de milho, com objetivo de mostrar o que temos de disponibilidade em termos de tecnologia e desempenho de cada material, para que os cooperados possam analisar e decidir na hora do plantio o que é mais conveniente para cada situação”. Trinta empresas parceiras da Coamo participaram do Encontro Tecnológico. “Na estação de soja, 10 empresas apresentaram 25 cultivares, dentre as que estão no mercado e os lançamentos que são promissores e estarão disponíveis para os próximos anos. Na estação de milho, foram oito empresas, com 28 materiais. A demonstração de máquinas contou com 10 empresas com pulverizadores, plantadeiras e demais implementos. Tudo isso visando uma melhor tecnologia e acréscimo de produtividade”, detalhou o engenheiro agrônomo da cooperativa, Wilson Juliani.

para os colaboradores da instituição de ação social, Erondi Estrela e Irene M. R. Camargo.

A pedagoga do Senar, Josimeri Grein, responsável pelo Programa Agrinho esteve em Guarapuava no dia 26 de março, para divulgar o programa para as educadoras das escolas municipais, em reunião com as diretoras e supervisoras.

Alevinos: mais entregas foram realizadas no Sindicato Rural A Piscicultura Progresso em parceria com o Sindicato Rural de Guarapuava realizaram mais duas entregas de alevinos no dia 14 de março e 26 de abril. São mais de 20 espécies comercializadas pela piscicultura, entre elas, tilápia, carpa capim, carpa húngara, tambacu, lambari, pacu, dourado, jundiá, matrinxã, catfish e bagre africano. Os preços variam de acordo com a espécie. Encomendas, espécies e valores sob consulta, no Sindicato Rural, em Guarapuava, ou na extensão de base Candói. Outras informações, pelo telefone (42) 3623-1115.

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Mário Bilek

Levi de Oliveira e Herculano Oliveira

Ricardo Marath


AG RINUTRI Ç ÃO

CMZ Infinity e Booster para aplicação via sementes na cultura de soja

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specialistas do agronegócio apontam para a necessidade de intensificar a agricultura nas próximas décadas, principalmente devido ao aumento populacional e instabilidade climática. Isto indica a necessidade de produzir mais por unidade de área, mantendo o lucro do agricultor e a sustentabilidade ambiental. O manejo da nutrição de plantas tem papel fundamental neste contexto, já que os custos com adubação estão entre os principais gastos de uma lavoura. O uso de fertilizantes com tecnologia agregada, aplicados em épocas e doses corretas, certamente contribui para um maior retorno do investimento. A semeadura é um momento crucial para o manejo da adubação de uma cultura, não só pela possibilidade de aplicar adubos diretamente no solo, mas também pela possibilidade de utilizar as sementes como veículo de fertilizantes. Em culturas como a soja, geralmente cultivada em áreas extensas na região do MATOPIBA, esta prática se aplica perfeitamente, por otimizar a aplicação de nutrientes (especialmente micronutrientes), resultando em maior precisão na distribuição destes na área, dentro da população de plantas de uma lavoura; além disso, há disponibilização dos nutrientes desde o início do ciclo da plantas. Um bom desempenho na fase inicial de crescimento consiste em fator crítico para o sucesso de uma lavoura, especialmente em regiões de maior risco climático como parte do MATOPIBA. Com isso, garantir a formação de plantas robustas e bem estruturadas no início do ciclo é um fator de alta relevância para a obtenção de alta produtividade. A primeira etapa para validar um determinado fertilizante para aplicação via sementes é garantir que este não afeta negativamente a germinação ou vigor das mesmas. Isto é determinado na fase de pesquisa e desenvolvimento. Em seguida, o produto é registrado após passar por novos testes, seguindo critérios do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). A Agrichem possui grande foco em tecnologias para aplicação via sementes, possuindo amplo know-how em formulação para esta finalidade. Dentre os produtos para uso via sementes, destaca-se o Booster e CMZ Infinity, sendo o último o mais recente lançamento da Agrichem. Booster: é um fertilizante que possui em sua composição os elementos Mo e Zn associados ao extrato de Ecklonia maxima. Quando aplicado via sementes, promove um forte efeito no desenvolvimento do sistema radicular das plantas, incrementando principalmente a formação das raízes finas e funcionais, que terão maior capacidade em absorver os nutrientes do solo se comparado a plantas que não rece-

beram o produto. Os resultados positivos são confirmados por dezenas de experimentos acompanhados todas as safras e principalmente nas áreas comerciais dos produtores que usam frequentemente o Booster ano após ano. Vale ressaltar também que o extrato de E. maxima está entre os mais estudados para uso agrícola, com efeitos fisiológicos comprovados na literatura científica, normalmente descrito como bioestimulante (Khan et al., 2009; Stirk & van Staden, 2014; Yakhin et al., 2017). O grande lançamento em 2019 será o CMZ Infinity. Esse novo conceito de fertilizante traz em sua formulação os elementos cobre (Cu), molibdênio (Mo) e zinco (Zn) altamente concentrados e em proporção ideal. Essa formulação, desenvolvida especificamente para uso via sementes, atende plenamente os requisitos dos produtores mais exigentes para este modo de aplicação. Trata-se de um produto seguro e eficiente, com benefícios validados agronomicamente em diversos ensaios a nível de campo e condições controladas de cultivo. O principal conceito ligado ao uso deste produto é a efetiva reposição de cobre, molibdênio e zinco no sistema de produção, sendo que estes 3 micronutrientes são removidos em grandes proporções (exportados) com os grãos a cada colheita. A Figura 1 ilustra as exportações médias de Cu, Mo e Zn pela cultura de soja.

Figura 1. Porcentagem média exportada dos micronutrientes cobre, molibdênio e zinco pela cultura de soja. * Valores médios, compilado de vários autores e banco de dados da Agrichem.

A absorção dos três elementos fornecidos pelo CMZ Infinity foi avaliada a nível de campo na cultura de soja, sendo coletado o limbo foliar do primeiro trifólio completamente expandido. REVI STA DO PRO D UTO R RURA L DO PA RA N Á

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Quanto aos dados de teor, verifica-se incrementos significativos para os três elementos (Figura 2). Além disso, houve também maior acúmulo dos três elementos, o que indica um acompanhamento do crescimento das plantas em termos de massa seca. Ou seja, a produção de massa seca pelas plantas acompanhou a maior absorção dos nutrientes.

Figura 2. Resultado de análise do limbo foliar, do primeiro trifólio completamente desenvolvido em plantas de soja, que receberam aplicação de CMZ Infinity nas sementes.

Os produtos Booster e CMZ Infinity são considerados sinérgicos quando aplicados conjuntamente nas sementes, sendo o primeiro responsável por atuar positivamente no metabolismo das plantas por meio do extrato de E. maxima, enquanto o segundo é responsável por nutrir as plantas em fase inicial. De maneira geral, com a aplicação dos dois produtos, é possível obter plantas mais resistentes e preparadas para um bom desempenho ao longo do ciclo. A Figura 4 contém um exemplo visual que demonstra uma forte ação de Booster + CMZ Infinity aplicados via sementes em soja. O tratamento resultou em um forte efeito no crescimento inicial das plantas, que apresentaram desenvolvimento muito superior ao tratamento convencional com cobalto (Co) e molibdênio (Mo) apenas.

Fonte: P&D Agrichem, Guarapuava-PR, 2017.

Além disso, o fornecimento do produto via sementes conduz à formação de plantas robustas, apresentando maior resistência aos estresses bióticos e abióticos esperados durante o ciclo. Um efeito constantemente observado com o uso do CMZ Infinity via sementes em soja é a permanência de cotilédones fotossinteticamente ativos por período mais prolongado, indicados pela coloração verde mais intensa. Em termos práticos, isto pode ser um fator decisivo para a produtividade da cultura, já que os mesmos podem explicar até 7% da produtividade conforme resultados publicados em trabalho de extensão nos EUA (Licht, 2014). A Figuras 3 (A, B e C) demonstra este efeito. Figura 4. Foto registrada na safra 2018/2019, no Oeste Baiano (Luís Eduardo Magalhães-BA). Lado esquerdo tratamento testemunha (apenas CoMo) e lado direito Booster (100 ml.ha-1) e CMZ Infinity (150 ml.ha-1) aplicados conjuntamente via sementes. Foto: Singer, 2019.

REFERÊNCIAS HARRIS, M.; MACKENDER, R.O.; SMITH, D.L. Photosynthesis of cotyledons of soybean seedlings. New Phytologist, 104, p.319-329, 1986. Licht, M. Soybean growth and development (Publication PM1945). Iowa State University Extension Dist. Center. 2014. 28p. Figura 3. A: Resultados visuais de cotilédones de plantas com e sem aplicação de CMZ Infinity via sementes (29 d após semeadura, parte aérea removida para registro de foto), Lavras-MG (P&D Agrichem). B: Porcentagem de plantas com cotilédones verdes, com e sem o uso de CMZ Infinity via sementes, Lavras-MG (P&D Agrichem). C: conteúdo de clorofila em cotilédones de soja durante o crescimento inicial, até 28 d após semeadura (adaptado de Harris et al., 1986).

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KHAN, W.; RAYIRATH, U.P.; SUBRAMANIAN, S.; JITHESH, M.N.; RAYORATH, P.; HODGES, D.M.; CRITCHLEY, A.T.; CRAIGIE, J.S.; NORRIE, J.; PRITHIVIRAJ, B. Seaweed extracts as biostimulants of plant growth and development. Journal of Plant Growth Regulators, v.28, p.386–399, 2009. STIRK, W.A.; VAN STADEN, J. Plant growth regulators in seaweeds: Occurrence, regulation and functions. In: BOURGOUGNON, N. (Ed.). Advances in Botanical Research – Seaplants. Elsevier, 2014. p. 125-159. YAKHIN, O.I.; LUBYANOV, A.A.; YAKHIN, I.A.; BROWN, P.H. Biostimulants in plant Science: a global perspective. Frontiers in Plant Science, v.7, 2017.


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MANCHETE

Sindicato Rural realiza AGO e eleição de diretoria para triênio 2019-2022

Botelho, pres. do Sindicato Rural

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Sindicato Rural de Guarapuava realizou no dia 29 de março, em sua sede, Assembleia Geral Ordinária (AGO), eleição e posse de diretoria para o triênio 2019-2022. A assembleia ocorreu durante a manhã, no anfiteatro do sindicato, com a presença do presidente da entidade, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, diretores e sócios. Os trabalhos tiveram início com a gerente do sindicato, Luciana de Queiroga Bren, anunciando a AGO. Em seguida, o diretor Cícero Passos de Lacerda fez a leitura do Edital de Convocação, publicado no Jornal Correio do Cidadão, de Guarapuava, no dia 22 de fevereiro de 2019. Logo após, o presidente do sindicato apresentou um balanço das principais atividades realizadas em 2018, recordando que a entidade também continuou a proporcionar serviços aos associados, como ITR, CCIR, folhas de pagamento de produtores rurais e Ato Declaratório Ambiental (ADA), entre outros. Conforme ressaltou, o sindicato seguiu desempenhando seu papel, ao somar forças com o segmento da agropecuária, com apoio

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e/ou participação em eventos. Ao mesmo tempo, acrescentou, em 2018 o Sindicato Rural de Guarapuava, em parceria com o SENAR-PR, foi o que mais mobilizou cursos no Paraná, com um total de 241, em seu município sede, além de Candói, Cantagalo e Foz do Jordão. O presidente destacou, ainda, a importância do sistema de instituições de representação do segmento agropecuário, que hoje no Brasil inclui a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), as federações estaduais da agricultura (no Paraná, a FAEP) e os sindicatos rurais. Ele recordou que a Federação da Agricultura do Paraná publicou um relatório de atividades de 2018 e sublinhou como importante que também os produtores rurais de Guarapuava e região conheçam aquela publicação, que estava disponível na AGO. Na sequência, seguindo os trâmites da assembleia, Botelho procedeu à apresentação da prestação de contas de 2018 e do relatório comparativo 2017/2018. O presidente convidou então o sócio do escritório contábil que atende ao sindicato, Ted Marco Sander, para fazer a apresentação do balanço patrimonial, a declaração de resultado de exercício e o balancete de verificação referente ao ano de 2018. Sander mostrou gráficos comparativos de receitas e despesas no período de 2010 a 2018. De acordo com ele, houve redução drástica nas receitas advindas da Contribuição Sindi-

Cícero Lacerda: leitura do Edital de Convocação

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Ted Sander: apresentação do Balanço Patrimonial

cal, que deixou de ser obrigatória em todo o país, ocorrendo o crescimento de outras receitas, o que em sua avaliação demonstra que o sindicato está buscando sua sustentabilidade. Em seguida, falando em nome do Conselho Fiscal, o suplente Anton Gottfried Egles fez a leitura do parecer do conselho em relação números apresentados. O associado Francisco Serpa submeteu as contas à votação da AGO, que decidiu pela aprovação. A assembleia também aprovou o orçamento para 2019. Presente à assembleia, a associada Maria de Lourdes Tullio elogiou a entidade sindical: “o que o sindicato rural oferece para o produtor rural é muito importante. Tanto os eventos como cursos, sempre temos o que aprender. Mais pessoas deveriam procurar e participar das ações do sindicato, porque ele nos auxilia a melhorar a qualidade de vida e à família, para crescer mais no campo”. Conforme relatou, mesmo após ter ficado viúva, ela prosseguiu participando das atividades: “Meu marido era associado desde o início do sindicato. Depois que ele faleceu, fiquei como sócia e hoje além de participar dos eventos e cursos do Senar, faço os serviços de documentações, enfim, todo o auxílio que eu necessito, é feito no sindicato”. Maria de Lourdes também se referiu às informações da assembleia: “A prestação de contas, durante a AGO, foi bem clara e bem apresentada, acho que não ficou nada de dúvidas para o associado”.

Anton Egles: leitura do Parecer do Conselho Fiscal

Francisco Serpa: presidiu a votação da Prestação de Contas


ELEIÇÕES DE DIRETORIA E CONSELHO FISCAL No decorrer do mesmo dia, na eleição de Diretoria, com chapa única, realizada das 8h às 17h, Rodolpho Luiz Werneck Botelho foi reconduzido à presidência para mais uma gestão de três anos, com os demais eleitos, entre diretores e conselheiros fiscais. Presidiu os trabalhos da mesa de votação, o sócio Francisco Antônio Caldas Serpa, com a colaboração dos sócios Mário Bilek e Tjago Gavanski. Imediatamente após encerrada a votação, eles procederam à contagem de votos.

SOLENIDADE DE POSSE

Nova diretoria foi eleita e tomou posse no dia 29 de março – AGO 2019 aconteceu na mesma data

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posse dos diretores ocorreu na noite do dia 29 de março, no anfiteatro, com a presença de autoridades, lideranças e de associados ao sindicato. Compuseram a mesa de honra da cerimônia e realizaram pronunciamentos, o prefeito de Guarapuava, Cesar Filho; a deputada estadual Cristina Silvestri; o presidente da Câmara Municipal de Guarapuava, João Carlos Gonçalves; e o diretor financeiro da FAEP, Paulo José Buso Junior, que representou o presidente da entidade, Ágide Meneguette. Como membro da federação, Buso Junior deu posse aos eleitos.

Ao dirigir-se aos presentes, Botelho voltou a enfatizar a necessidade dos produtores rurais apoiarem suas entidades de representação: “Reassumimos a direção da entidade em um momento de grandes desafios. Com o fim da obrigatoriedade da Contribuição Sindical Rural, nossa receita caiu 70%. Sendo assim, estamos colocando em prática um projeto de sustentabilidade sindical, que visa mostrar aos sócios que, mais do que nunca, precisamos deles para darmos sequência ao importante trabalho de representá-los”. O presidente também ressaltou ser necessário que as entidades re-

presentativas do setor rural divulguem ainda mais suas ações, para que os produtores compreendam melhor seus papéis: “Nosso desafio agora é ter a certeza de que todos têm o conhecimento da importância da entidade e que não nos chegue mais a pergunta: o que o Sindicato Rural ou o que o Sistema CNA e FAEP fazem?”. Botelho completou que o papel do sindicato rural é também o de evidenciar a importância do segmento agropecuário, em nível local e nacional: “A nossa batalha é para mostrar que o nosso setor é um dos principais da economia brasileira, com produção

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capaz de abastecer grande parte do mercado interno e ter desempenhos de destaque no mercado externo - e com sustentabilidade, continua”. Ele antecipou a linha de atuação da diretoria eleita: “Continuaremos focados na capacitação profissional e informação técnica de qualidade, visando rentabilidade, altas produtividades, qualidade e segurança no campo. Para quem não sabe, esse é um trabalho totalmente voluntário, que demanda tempo para reuniões,

Posse: Botelho destaca desafios da representatividade rural

Posse reuniu autoridades, lideranças e associados

viagens, eventos, discussões, responsabilidade e preocupações em nome da classe”. Por fim, Botelho enalteceu as entidades que somam forças com o sindicato: “Agradeço a parceria da FAEP e do SENAR, especialmente do nosso presidente Ágide Meneguette. Agradeço diretamente o Sr. Paulo Busso Junior, aqui presente, representando a Federação. Agradeço a parceria do nosso supervisor, Grosse, que sempre Mesa de honra: prefeito Cesar Filho; deputada estadual Cristina Silvestri; pres. Sindicato Rural, Rodolpho Botelho; pres. da Câmara Municipal, João C. Gonçalves; dir. fin. FAEP, Buso Junior

buscou atender a demanda dos nossos associados e da nossa diretoria. Agradeço os parceiros da entidade que nos apoiaram e nos deram ânimo para chegar até aqui, em especial todas as empresas anunciantes da Revista do Produtor Rural do Paraná”. Na sequência, o presidente saudou três novos integrantes da diretoria: os suplentes de Conselho Fiscal, Gabriel Gerster, Hildegard Abt e Sueli Karling.

Diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava - Triênio 2019/2022 Presidente  Rodolpho Luiz Werneck Botelho 1º Vice presidente  Josef Pfann Filho 2º Vice presidente  Gibran Thives Araújo 1º Secretário  Cícero Passos de Lacerda 2º Secretário  Anton Gora 1º Tesoureiro  Jairo Luiz Ramos Neto 2º Tesoureiro  Carlos Eduardo dos Santos Luhm

Buso Junior (FAEP) foi quem empossou a diretoria eleita

Delegado representante  Anton Gora

CONSELHO FISCAL Titulares: - Anton Gottfried Egles - Lincoln Campello - Roberto Eduardo Nascimento da Cunha Suplentes: - Sueli Karling - Gabriel Gerster - Hildegard Abt

HOMENAGEADOS Em nome do sindicato, a diretoria prestou uma homenagem a três diretores que deixaram seus cargos ao final da gestão 2016-2019: João Arthur Barbosa Lima (1º tesoureiro); Luiz Carlos Colferai (Conselho Fiscal); e Alexandre Seitz (Conselho Fiscal).

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Os diretores do Sindicato Rural Carlos Luhm, Cícero Lacerda, Jairo Ramos, Roberto Cunha e o ex-diretor João Arthur, ao centro

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Alexandre Seitz e Luiz Colferai recebendo homenagem de Rodolpho Botelho


SINDICATO RURAL DE GUARAPUAVA: UM TRABALHO PARA O DESENVOLVIMENTO DO PRODUTOR RURAL O Sindicato Rural de Guarapuava vem se destacando, ano a ano, por um trabalho voltado ao desenvolvimento do produtor: além de promover e apoiar eventos técnicos da agropecuária, como palestras e dias de campo, a entidade realizou em parceria com o SENAR-PR, ano passado, um expressivo número de cursos de capacitação voltados ao meio rural. Ao mesmo tempo, o sindicato mantém importantes serviços para seus associados.

Termo de Compromisso Rodolpho Botelho

Josef Pfann Filho

Gibran Thives Araújo

Cícero Passos de Lacerda

Anton Gora

Jairo Luiz Ramos Neto

Carlos Eduardo dos Santos Luhm

Anton Egles

Lincoln Campello

Roberto Cunha

Sueli Karling

Gabriel Gerster

SERVIÇOS PRESTADOS EM 2018 • ITR - Cerca de 1000 declarações de Imposto Territorial Rural ao longo de todo o ano • CCIR - Em torno de 200 Certidões de Cadastro de Imóvel Rural • Certidão Negativa do IAP - 835 certidões emitidas • Folha de Pagamento Em média, 65 produtores rurais • Ato Declaratório Ambiental (ADA)/Ibama • Assessoria jurídica (parceria com escritório Dr. Fábio Decker)

CURSOS EM PARCERIA COM O SENAR-PR 241 cursos, mais de 2.600 participantes, em Guarapuava, Candói, Cantagalo e Foz do Jordão

COMISSÕES TÉCNICAS DA FAEP A FAEP possui várias comissões técnicas, cada uma com o papel de buscar o desenvolvimento de um determinado setor da agricultura ou da pecuária. Dentro do sistema representativo do segmento agropecuário, as comissões são consideradas importantes: elas são um espaço para tratar de problemas e soluções de suas respectivas áreas de atuação. Nelas, lideranças, produtores e técnicos também debatem reivindicações, tendências e inovações de seus setores. O Sindicato Rural de Guarapuava participa das comissões de: Bovinocultura de Leite; Bovinocultura de Corte; Caprinocultura e Ovinocultura; Suinocultura; Cereais, Fibras e Oleaginosas; Hortifruticultura; e Meio Ambiente.

Hildegard Abt

HOMENAGEM

EVENTOS TÉCNICOS DO AGRONEGÓCIO Todos os anos, o Sindicato Rural de Guarapuava realiza e/ ou apóia os mais importantes eventos técnicos do agronegócio no centro-sul do Paraná. Em seu dia a dia, o sindicato também debate e difunde informação técnica em suas comissões, como as de Grãos, Bovinocultura de Leite, Bovinocultura de Corte, Ovinos, Erva-Mate, entre outras. A entidade também promove ou participa da organização de caravanas de produtores a eventos da agropecuária, como o Show Rural.

O Sindicato Rural de Guarapuava realizou, no dia 18 de abril, uma homenagem aos sócios que trabalharam como mesários na eleição de diretoria da entidade, no dia 29 de março: Francisco Antônio Caldas Serpa; Mário Bilek; e Tjago Gavanski. Na foto, da esq. p/ dir.: Anton Egles; Gabriel Gerster; Anton Gora; Mário Bilek; Rodolpho Botelho; Tjago Gavanski; Francisco A. C. Serpa; Hildegard Abt – à frente: Josef Pfann Filho e Carlos E. S. Luhm.

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UNIVE R SIDADE

Unicentro Rural divulga pesquisas da Fazenda Escola

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Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) conta há três anos com a Fazenda Escola, um espaço de aproximadamente 30 hectares, que pertence ao Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e foi cedido à universidade. O local permite que acadêmicos dos cursos de Engenharia Agronômica e Medicina Veterinária coloquem suas pesquisas em prática no campo. Com o objetivo de divulgar parte dos projetos desenvolvidos por alunos e professores dos dois departamentos, no dia 20 de março foi realizado o 2º Unicentro Rural, no campus Cedeteg da universidade. Segundo o professor do departamento de Agronomia, Marcelo Mendes, organizador do Unicentro Rural, o evento é extensionista e visa a integração da comunidade acadêmica e externa. “Hoje a Fazenda Escola tem 11 planos de atividade em diferentes áreas. Queremos difundir estes tra-

balhos, mostrando o que está sendo gerado por meio de iniciação científica, dissertações e teses, que podem contribuir para a comunidade de um modo geral. Com este evento, mostramos que a Fazenda Escola está atuante, desenvolvendo

Marcelo Mendes, professor do departamento de Agronomia e organizador do evento

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várias linhas de pesquisas”. Foram abordados os seguintes temas durante o evento: cultura do girassol, manejo de doenças na cultura do milho, fitotecnia, plantas daninhas, manejo do solo, mecanização e ovinocultura.


Manejo do solo e mecanização

Manejo de híbridos de milho

Jhonatan Spliethoff, doutorando em Agronomia

Jhonatan Spliethoff, doutorando da instituição, apresentou durante o Unicentro Rural sua pesquisa na área de manejo de solo e mecanização, abordando a compactação do solo e medidas para solucionar este problema. “Selecionamos três práticas de escarificação: mecânica com uso de hastes com escarificadores, a escarificação biológica, com uso de adubos verdes (nabo, aveia preta e outras plantas de coberturas) e também a utilização de hastes sucadoras ou disco duplo na semeadora”. Segundo Spliethoff, os resultados foram que cada técnica contribui de alguma maneira para melhora na qualidade física do solo. “A escarificação é uma prática boa, porém imediatista. Resolve os efeitos de compactação, mas os resultados são limitados, pois é para um período curto de tempo. Se o produtor não tiver um manejo adequado depois de aplicar a técnica, o solo vai compactar novamente. O tempo seria de 16 meses, segundo a nossa pesquisa”. Em relação à haste sucadora, o doutorando explica que o implemento tem um efeito benéfico no solo, porém apresenta problema na plantabilidade. “Observamos um stand desuniforme em função do embuchamento, excesso de palha e quando a gente utilizou o suco duplo não encontramos esse problema de plantabilidade. Então a resposta de produtividade foi muito maior quando utilizamos o suco duplo”. Já em relação à plantas de cobertura, Spliethoff afirma que em sua pesquisa tanto o nabo, quanto a aveia preta apresentaram efeitos benéficos na qualidade física do solo. “O nabo mostrou um excelente potencial, chegando a valores muito próximos do escarificador e a aveia preta se mostrou uma boa opção para escarificar e agregar ao solo”.

Kathia Szeuczuk de Oliveira (doutoranda) e João Vitor Finoketi (acadêmico)

Na área de manejo de híbridos de milho, a doutoranda Kathia Szeuczuk de Oliveira e o acadêmico de Engenharia Agronômica, João Vitor Finoketi, bolsista de Iniciação Científica, apresentaram os trabalhos realizados na Fazesc. “O objetivo da pesquisa foi enfatizar a importância de ter uma diversidade de escolhas com diversos híbridos e fazer o manejo correto, tanto com fertilidade quanto, principalmente, com o manejo das doenças que vão estar diretamente relacionados à produtividade final”, explicou Kathia. Finoketi complementou que o trabalho mostra qual híbrido foi melhor, qual tratamento e como esse manejo correto influencia na severidade de doença. “Escolhemos três híbridos, três tratamentos e uma testemunha e colocamos a campo para ver que há sim diferença na escolha do híbrido, bem como na redução de severidade de doença proporcionada pelo uso de fungicidas”. Para ele, enquanto acadêmico e futuro profissional, é importante que a universidade tenha a Fazenda Escola e realize eventos como o Unicentro Rural. “Mostramos que há realmente efetividade nesses tratamentos e associações dentro do desenvolvimento da planta e da sua produção. A gente traz para o produtor ou o filho do produtor que está na universidade, mostrando na prática - e não só na teoria, como é feito dentro de sala de aula”, finalizou.

CONVÊNIO Durante o Unicentro Rural, também foi firmado um convênio entre a Unicentro e a empresa NB Máquinas. A assinatura vai permitir o desenvolvimento do projeto “Cooperação técnica quanto ao uso de equipamentos da marca JF em atividades de Agricultura e Pecuária”. Para isso, oito equipamentos agrícolas foram cedidos à universidade pelo período de 24 meses e poderão ser utilizados nas áreas experimentais da Fazenda Escola e do campus Cedeteg.

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CURSO

Produtoras rurais aprendem sobre alimentação saudável

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COAMO realizou, nos dias 25 e 26 de março, no Sindicato Rural de Guarapuava, o curso Culinária Saudável. Responsável por organizar a capacitação em nível local, o agrônomo Fernando Lago da Silva, da unidade da cooperativa em Guarapuava, explicou que os cursos acontecem em parceria com o SESCOOP e que as próprias participantes, cooperadas ou esposas de cooperados, é que escolhem os temas. “Na abertura, comentei que a alimentação hoje é um ponto-chave da nossa saúde”, resumiu. A instrutora, Ednilza Godoy, detalhou como o conceito do curso se transforma em prática: “fizemos bolo de fibras, biscoito de banana, feijoada de legumes, barrinhas de cereais, almôndega de proteína de soja e empadão com farinha integral”, comentou. Sócias do sindicato também participaram. “São comidas saudáveis, que a gente vê que vão fazer bastante diferença no dia a dia”, disse Rosecleia Padilha. Maria de Lourdes Túllio também aprovou o curso: “Estou gostando muito. São receitas simples e fáceis”. Para Maria Luzia Klotz Gerster, o interessante foi aprender a usar ingredientes saudáveis: “Não que seja especificamente uma comida mais light, mas com muita fibra, substituindo a farinha branca por integral, usando muito a aveia”. De acordo com a COAMO, mais cursos de culinária, com outros temas, estão previstos.

Participaram cooperadas, esposas de cooperados e associadas ao Sindicato Rural

Fernando Lago da Silva, agrônomo da COAMO

A instrutora Ednilza Godoy, com as participantes Maria de Lourdes Túllio, Maria Luzia Gerster e Rosecleia Padilha

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CARINHO E CRIATIVIDADE NA PRODUÇÃO DAS RECEITAS


SEGURO RURAL

A importância da comunicação imediata do sinistro Fábio Farés Decker e Luis Eduardo Pereira Sanches são advogados da Aliança Legal dos escritórios Decker & Advogados Associados e Trajano Neto & Paciornik Advogados

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o final do ano de 2018, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul proferiu decisão (Processo 011/1.15.00007184) pela qual o agricultor que comunica sinistro de lavoura coberta por apólice de seguro em prazo muito superior ao previsto nas condições gerais do contrato, inviabilizando a perícia por parte da seguradora, não tem direito à indenização. A referida decisão acabou por negar a indenização securitária a um produtor de trigo na Comarca de Cruz Alta/RS decorrente de geada, pois a falta de aviso imediato do sinistro deixou a lavoura exposta a outros danos não cobertos pela apólice – como, de fato, viria a ocorrer dois meses após, com a ocorrência de chuvas fortes. Acerca dos fatos, o agricultor teve os 200 hectares cultivados com trigo parcialmente destruídos pelas geadas ocorridas em agosto de 2014, justamente quando o stand da lavoura se encontrava no estágio de enchimento dos grãos. O produtor afirmou que fez o comunicado do sinistro à seguradora, mas que lhe fora sugerido que faria a perícia em data mais próxima da fase de colheita, para apurar os estragos e avaliar melhor os prejuízos. Ocorre que as chuvas torrenciais ocorridas entre os meses de outubro e novembro daquele ano castigaram as lavouras daquela região, completando os prejuízos do agricultor.

Neste ínterim, a seguradora sustentou que, além da falta de comunicação imediata do "suposto sinistro", as chuvas torrenciais é que foram as prováveis causadoras de danos se referiu às notícias e dados climáticos juntados pelo agricultor apontam geadas fracas, sem comprovação de que possuíam intensidade para danificar a lavoura. Ao final, comprovou-se que o aviso do sinistro ocorreu tardiamente, cuja demora impediu, contratualmente e legalmente (artigo 771 do Código Civil Brasileiro), indenizar o agricultor por suas perdas. O julgado acima acaba por confirmar a importância da imediata comunicação do sinistro às seguradoras logo que ocorrido dano. Sabe-se que o aviso de sinistro é a forma pela qual o segurado/agricultor informa a seguradora sobre danos ocorridos na lavoura segurada, em virtude de um evento coberto na apólice. Com isso, o primeiro cuidado que o agricultor deve ter é identificar, na apólice, se o evento ocorrido na lavoura está coberto. Em sua sequência, comunicar imediatamente um possível prejuízo. Culturalmente, os agricultores brasileiros se acostumaram a informar a seguradora da ocorrência de um evento somente quando a lavoura estava em pré-colheita, independente da época em que o sinistro ocorreu. Tal procedimento está sendo

entendido pelo judiciário que o agricultor só conseguiu notar os danos quando iniciou a colheita e percebeu uma queda de produtividade. É importante ressaltar que tal procedimento não é o correto e pode causar a negação da uma indenização, pois nas apólices de seguro está descrito que o agricultor deve comunicar a ocorrência de um sinistro tão logo ele ocorra. Outro cuidado que se deve ter se refere às informações do sinistro, como tipo de evento e data da ocorrência. Caso o evento tenha ocorrido durante vários dias (caso mais comum em estiagem), necessário informar as datas de início e final do evento e em casos onde o evento ocorreu em um só dia (granizo, por exemplo) e, caso o evento tenha ocorrido em um dia e voltou a se repetir em outra data, deve-se novamente informar à seguradora, mesmo que a vistoria do primeiro evento já tenha sido realizada. É notório que a região Sul possui grande risco de formação de geadas e grande volume de chuvas, principalmente no período de cultivo das lavouras de trigo, cevada, canola e aveia e, principalmente, que os prognósticos meteorológicos, o El Niño e El Niña, cada vez mais trazem prejuízos ao agricultor, é de suma importância que os registros de perdas sejam imediatamente comunicados ao segurador, preservando o objeto segurado e permitindo a devida reparação.

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NOGUEIRA-PECÃ

Dia de campo discutiu manejo e produção

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cultura da Nogueira-Pecã vem sendo aderida por produtores rurais de Guarapuava e região há alguns anos. A parceria entre Sindicato Rural de Guarapuava e Viveiros Pitol vem fomentando este tipo de cultura na região, por meio da comercialização das mudas e assistência técnica aos interessados. Buscando levar mais conhecimento para produtores e interessados no assunto, o Sindicato e o Viveiros Pitol promoveram o Dia de Campo sobre a Produção de Nogueira-Pecã no dia 25 de abril, na propriedade de Geraldo Ceccon (Vila Jordão). Cerca de 100 pessoas estiveram presentes, dentre elas, produtores rurais de Guarapuava e diversos municípios, como Itapejara do Oeste, Francisco Beltrão, Catanduvas, Turvo, Prudentópolis, Cascavel, Palmas, Laranjeiras do Sul, Rio Bonito do Iguaçu, Piraí do Sul, Virmond, Uraí, Goioxim, além de técnicos, estudantes do Colégio Agrícola e acadêmicos do curso de agronomia de Laranjeiras do Sul. Planejamento, implantação e manejo do pomar foram alguns dos as-

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suntos abordados pelo engenheiro agrônomo Julio Medeiros. “O planejamento é muito importante para que a pessoa possa ter noção de como iniciar o pomar. Apresentamos informações sobre o tipo de solo, profundidade, drenagem, textura, disponibilidade de água para irrigação, correção de solo, profundidade de plantio, escolha de variedades, combinação das variedades, manejo inicial de poda, controle de formiga, de ervas daninhas e doenças. Procuramos oferecer uma noção para o produtor que já está cultivando e também para aqueles que têm interesse em ingressar na cultura, para que possam decidir com mais segurança a respeito do manejo a ser feito”. Além disso, Medeiros buscou dar um breve panorama sobre o mercado da noz-pecã, que segundo ele, tem bastante potencial de expansão, pois há muito mais demanda do que produção do fruto. A região Sul do Brasil, segundo Medeiros, tem uma condição extremamente favorável para o cultivo da nogueira. Sobre a região de Guara-

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Julio Medeiros, engenheiro agrônomo

puava, especificamente, ele detalhou que o Viveiros Pitol presta ou já prestou assistência para mais de 50 produtores e que a região já possui pomares em produção do fruto (as árvores começam a produzir frutos a partir do sexto ou sétimo ano de plantio). “A região de Guarapuava tem um clima muito favorável para a cultura da pecã, com pouca umidade e frio. A nogueira-pecã exige pelo menos 300 horas de frio, abaixo dos 7°C. Guarapuava atende plenamente essa necessidade. Inclusive temos verificado


que na região a incidência de doenças foliares é bem menor do que em outras regiões produtoras do Sul, que é uma vantagem competitiva grande”, observou. O produtor rural Geraldo Ceccon, anfitrião do evento, optou por implantar a nogueira-pecã na propriedade há mais de quatro anos. “Eu tinha uma área de pasto, mas começou a ficar degradada, então ou renovava o pasto ou procurava outra alternativa que me desse lucro nessa área. Eu comprei apenas quatro mudas e observava na revista do Sindicato Rural algumas matérias sobre a nogueira-pecã. Vi que estava dando resultados para alguns produtores e conheci a parceria da entidade com o Viveiros Pitol. Assim, procurei adquirir mais mudas”, relatou. Neste ano, Ceccon fará o quinto plantio de mudas, que totalizará um pomar de 2 mil árvores. “Essa área é dobrada, é um solo mais seco, uma área que não serve para o plantio de soja, por exemplo. Mas para a nogueira é excelente. Então além do pasto, eu estou aproveitando para ter uma

Geraldo Ceccon e sua esposa Suely Ceccon

Valdomir José Gnoatto, produtor rural de Itapejara do Oeste

Luciano Zin veio de Catanduvas para obter informações da NogueiraPecã durante o evento

atividade lucrativa. Fica em consórcio com os ovinos, proporcionando um bem-estar para os animais pela sombra das árvores. E ainda valoriza minha área”. Sobre o dia de campo, o produtor disse que foi uma surpresa muito gratificante quando recebeu o convite de sediar o evento. “É importante a integração dos produtores. Consigo mostrar o que eu estou fazendo e ouvir o que eles estão fazendo. Conhecimento foi o que me proporcionou, desde o início, o desenvolvimento de um bom pomar”. Ele complementou que além da assistência técnica do Viveiros Pitol, sempre procura participar de cursos e eventos na Universidade Federal de Santa Maria (RS), onde recebe informações de especialistas na nogueira-pecã. O técnico e produtor rural Valdomir José Gnoatto, de Itapejara do Oeste, conta que há dois anos implantou um pomar com 300 árvores em sua propriedade. “Vim para conhecer a cultura um pouco mais a fundo, pois pretendo ampliar meu plantio. Me interessei pela pecã por vários motivos: primeiro pela questão do possível ganho econômico a médio e a longo prazo e também pela facilidade do manejo. Mesmo em pequenas áreas, é possível ter uma fonte de rendimento contínua com

Claudia Simone Madruga Lima, professora do departamento de Agronomia UFFS – Laranjeiras do Sul

o pomar, pois depois que ela começa a produzir, a partir dos sete anos, a mesma árvore pode produzir até 150 anos”, observou. Já o produtor rural Luciano Zin, de Catanduvas, ainda não implantou o pomar, mas vem buscando conhecimento sobre a cultura para começar o plantio. Quando soube do evento em Guarapuava, viu uma boa oportunidade para obter informações. “Foram tratados temas excelentes para quem está interessado ou começando na atividade. Vejo que é uma boa alternativa para diversificação da propriedade e a longo prazo, um bom investimento”. A professora Claudia Simone Madruga Lima, do departamento de Agronomia da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS – Laranjeiras do Sul) participou do dia de campo com mais 30 alunos do 7º período do curso de agronomia, disciplina de fruticultura. “Quero agradecer a oportunidade de participarmos do evento. É importantíssimo que os acadêmicos vivenciem o que está acontecendo no campo. No caso da nogueira, ela se encaixa bem na realidade produtiva da região e tem tudo a ver com a formação e o futuro profissional deles. É uma cultura muito promissora e com potencial. Os acadêmicos precisam conhecer para futuramente fazer recomendações e auxiliar no manejo”.

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Casal Ceccon, equipe Viveiros Pitol e empresas parceiras

Ao final do evento, também foram feitas demonstrações de equipamentos que podem auxiliar na colheita e na aplicação de insumos na nogueira-pecã. Confira como os implementos podem ajudar no manejo e produção da cultura:

RUDIMAR LUIZ KAVAGNOLI RR Agrícola Desenvolvedor da máquina

CRISTINE LIESENFELD Sistema de Pulverização Eletroestática – SPE

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“A máquina é um shaker (implemento que faz vibrar a árvore), que fabricamos. O que ela faz? Em questão de três segundos, ela derruba todas as frutas da nogueira. Isso agiliza muito. Coloca uma sombrita embaixo, chacoalha com a máquina e em três segundos está feita a colheita. Pode ser usada em árvores na faixa de uns sete anos, que é quando a árvore começa a produzir. E depois, pode ser em árvores de 100 anos também. Não tem problema. Ela é uma máquina que fizemos com regulagens, conforme o tamanho das árvores. Você vibrar mais ou menos, conforme achar melhor. Essa máquina já foi testada há muitos anos. Ela não teve problema de machucar a raiz da nogueira. Se a árvore for pequena,

tem que usar a vibração menor. Quando a gente vai entregar a máquina, fazemos a entrega técnica, para não ter problema, até de não cair galho, porque às vezes tem galho seco que cai. Tem que ter esses cuidados – usar trator com teto”.

“A nossa tecnologia é baseada em eletrostática. Trabalhamos com sistema de pulverização de defensivos eletrostática, no qual instalamos um equipamento novo no pulverizador que o produtor já tem. Esse equipamento traz várias vantagens: a principal delas é que a gente trabalha com uma carga positiva nas gotas, de forma que elas são atraídas pela planta. Essa atratividade faz com que possamos trabalhar com gotas finas. Trabalhar com gota fina faz com que a gente possa reduzir o volume de calda. Na verdade, as janelas de pulverização tendem a ser bem curtas. É testado que 80% das intoxicações em pulverização são durante a mistura. Uma vez que a gente faz esse pulverizador, ao invés

de render meio hectare, começa a render dois, três hectares, com o mesmo volume de calda e o mesmo pulverizador. Diminuímos a exposição do operador e também fazemos com que o rendimento dele seja maior a campo”.

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EMPRESAS

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odo o empreendedorismo e inovação que transformaram a Produquimica em referência em fertilizantes de solo inteligentes, nutrição foliar e fisiologia de plantas, a tornaram uma empresa multinacional. Agora somos a Compass Minerals – Plant Nutrition. E todos ganham nesta nova fase. Experiência brasileira, tecnologia global. Teremos mais investimentos em tecnologia e desenvolvimento de produtos e soluções. Processos e sistemas mais eficientes para atender as demanda da agricultura nacional e internacional. A empresa ficou maior. Agora somos mais de 3.500 colaboradores. Produtos, serviços e soluções continuam os mesmos. Nossa qualidade foi conquistada ao longo dos anos e será ampliada. Estaremos em constante evolução. Nossos profissionais também serão os mesmos e estarão sempre ao seu lado para ajudá-lo a alcançar os melhores resultados. Afinal, queremos crescer juntos. Bem-vindos à Compass Minerals – Plant Nutrition

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MERCADO

Escolha pelo barter tem sido preferência para travar valor da safra A commodity é precificada e, ao final da safra, o agricultor faz a entrega do volume acordado em uma trading indicada pela Bayer

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ariações nos preços das commodities e volatilidade do câmbio podem gerar insegurança de alguns agricultores no momento de planejar e prospectar os custos da safra. Para driblar estas incertezas, a Bayer disponibiliza o barter como opção para pagamento, ou seja, a troca de insumos por parte da produção. Esta é uma ferramenta que permite fixar os custos utilizando-se das perspectivas do mercado para o preço das sacas colhidas e ainda é uma alternativa para evitar altos juros mediante contratação de empréstimo bancário.

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Como funciona o barter da Bayer: A Bayer precifica a commodity e, ao final da safra, o produtor faz a entrega do volume acordado em uma localidade indicada pela empresa. Para essa operação, a organização conta com tradings (empresas que fazem compra e venda de commodities agrícolas) parceiras para o recebimento dos grãos trocados. Na prática, não há entrega direta à Bayer, mas a presença dos parceiros da organização em vários pontos do Brasil oferece comodidade ao agricultor. Os agricultores têm investido constantemente em ganho de eficiência e tecnologia aplicada no campo. Estes resultados positivos foram obtidos com a expansão do agronegócio, possibilitando uma alavancagem no setor. Por conta disso, os recursos próprios ficaram retidos em terras e

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outros ativos, deixando-os expostos em ano de crédito mais restrito, como, por exemplo, a escassez de crédito que o Brasil sofre neste momento. “Hoje, por exemplo, tanto a soja disponível quanto a soja futura apresentam cotações competitivas, portanto travar o custo por meio do barter é uma boa estratégia para obter mais segurança na rentabilidade, independente das variações de câmbio que são possíveis de ocorrer, por conta dos diferentes cenários que podemos ter pela frente. a instabilidade e incerteza politica interna e externa que passamos atualmente é outro, fator que explica o motivo de muitos produtores terem aderido ao serviço cada vez mais cedo., aponta Henrique Salvador, coordenador de Barter da Bayer. O custo com a safra pode ser “tra-


vado” em qualquer momento, mas o quanto antes houver conhecimento sobre os gastos e ganhos, melhora o gerenciamento da rentabilidade. Ao fazer o barter, o agricultor trava apenas parte da produção, correspondente aos seus gastos, e a variação da receita estará restrita ao resto da produtividade. “Com uma perspectiva de custo pré-fixada, ele tem tranquilidade para dedicar mais do seu tempo à lavoura, afinal, nosso objetivo em oferecer esse tipo de negociação é que nosso cliente, ao invés de se preocupar com financiamentos, possa se concentrar na produção de alimentos que é a sua expertise”, explica o executivo. A Bayer entende que o barter é uma prestação de serviços, portanto não onera o preço em relação a outras modalidades de pagamento. Pelo contrário, para esta operação há vantagens reais, como, por exemplo, o não-pagamento de corretagem. O cliente somente terá

O agro evoluiu.

custos caso venha a cancelar a operação antes da liquidação ou se a estrutura contratada incorrer em prêmio de opções, sendo este último financiado junto à dívida total. “É importante dizer que a prática do barter também pode ser feita para clientes de venda direta e via rede de distribuição e cooperativa. As culturas de soja, algodão, café e cana são as que mais demandam a operação”, pontua Salvador. A companhia atua com barter desde o ano 2000, sendo uma das precursoras desta modalidade entre os fornecedores de insumos, principalmente, por considerar esta ferramenta de suma importância para o agronegócio brasileiro como meio alternativo de financiamento no campo. Além disso, a empresa entende que, ao proteger a rentabilidade do produtor, está contribuindo para a sustentabilidade do agronegócio, gerando prosperidade para ambas as partes.

Sobre a Bayer A Bayer é uma empresa global focada em Ciências da Vida nas áreas de saúde e nutrição. Seus produtos e serviços são desenvolvidos para beneficiar pessoas apoiando-as para superar os maiores desafios apresentados pelo crescimento e envelhecimento populacional. Além disso, a companhia visa criar valor por meio da inovação e crescimento. A Bayer é comprometida com os princípios do desenvolvimento sustentável e a marca Bayer representa confiança, credibilidade e qualidade ao redor do mundo. No ano fiscal de 2018, com cerca de 117 mil colaboradores, obteve vendas de € 39,6 bilhões. Os investimentos totalizaram € 2,6 bilhões e as despesas com Pesquisa & Desenvolvimento somaram € 5,2 bilhões. Para mais informações, acesse www.bayer.com.br.

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D E F E SA AG RO PE C UÁ R IA

ADAPAR: Novo presidente se reúne com supervisores regionais

Realizado no Sindicato Rural, encontro apresentou e debateu linhas de trabalho da agência

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ADAPAR realizou, no dia 26 de março, em Guarapuava, a primeira reunião de trabalho entre sua nova diretoria e os 21 supervisores regionais da agência, no Sindicato Rural. O encontro reuniu o presidente da instituição, Otamir Cesar Matins, o diretor de Defesa Agropecuária, Manoel Luiz de Azevedo, e o diretor Administrativo Financeiro, Adalberto Luiz Valiati, com apresentação e debate sobre as linhas de trabalho. Em entrevista à REVISTA DO PRODUTOR RURAL, o presidente da ADAPAR disse que a importância da atuação da instituição é contribuir para que o setor rural do Paraná continue forte: “a ADAPAR tem como

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tarefa a questão da defesa sanitária vegetal e animal, com a preocupação de proteger tanto os vegetais quanto os animais com relação à entrada de enfermidades que possam afetar o nosso agro”. Ele observou que a sanidade animal é importante também na bovinocultura de corte do Paraná, que hoje conta com cerca de 9,6 milhões de animais. Conforme recordou, o Estado vem buscando alcançar o status de área livre de aftosa sem vacinação, o que segundo um estudo técnico da agência abriria mais mercado para a carne paranaense. Por isso, completou o presidente da ADAPAR, aquele levantamento que a agência já realizou sobre os

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cenários da retirada da vacinação contra aftosa no Estado seguirá como um dos principais tópicos da agenda de trabalho da instituição. “Já apresentamos para parte da sociedade e vamos fazer a discussão com toda a sociedade paranaense”, afirmou. Ele pontuou que o Paraná não têm registrado a circulação do vírus. “Pelo menos há mais de 10 anos não temos nenhuma notificação da doença”. Otamir Cesar Martins lembrou também que o estado, como outros, está participando do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) do MAPA, que prevê ações para o período 2017-2026. Segundo explicou, no


Otamir C. Martins, pres. da ADAPAR

plano, o Paraná se encontra no chamado Bloco 5 – o de unidades da federação que, após a aplicação de medidas, buscarão o reconhecimento do ministério como área livre, no 2º semestre

de 2022, e se submeterão a avaliações junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) entre o 2º semestre daquele ano e o primeiro de 2023. “O governo anterior, entendendo a importância do agronegócio, fez uma solicitação ao ministério para que antecipássemos a nossa entrada no Bloco 1, com previsão de apresentar os nossos pedidos à OIE em 2021”, completou. No dia 27, também no Sindicato Rural, a regional da ADAPAR em Guarapuava promoveu um encontro de trabalho entre a nova supervisora, a veterinária Márcia Zago, e profissionais de sua equipe técnica. Em entrevista, ela também mencionou a questão da retirada da vacinação contra aftosa no estado e antecipou que a agência, com outras instâncias do governo estadual e entidades, deverá realizar encontros, em várias regiões, para apresentar o assunto ao setor rural. “Uma situação que está prevista é a parada de vacinação contra a febre

Veterinária Márcia Zago, supervisora da ADAPAR em Guarapuava

aftosa. Guarapuava sediará um dos eventos regionais para apresentar à comunidade também como será a retirada da vacina – um esclarecimento à população”.

Guarapuava sedia Fórum Regional Paraná Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), com apoio dos Conselhos de Sanidade Agropecuária (CSA) e outras entidades, está realizando palestras em diversos municípios do Estado. O objetivo é informar e dirimir dúvidas sobre a campanha de vacinação contra febre aftosa, que ocorrerá no mês de maio. As palestras são direcionadas principalmente a produtores rurais e profissionais ligados ao setor agropecuário. Em Guarapuava, o Fórum Regional Paraná Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação, acontece no dia 21 de maio, das 13h às 16h, no Auditório Francisco Contini (Unicentro – campus Santa Cruz). O evento é gratuito e as inscrições devem ser feitas no evento.

Confira a programação: 13h às 14h – Recepção e acomodação dos participantes 14h às 14h30 – Palestra: Saiba o que muda após a suspensão da vacina contra febre aftosa, com Rafael Gonçalves Dias – gerente de Saúde Animal da Adapar 14h30 às 15h – Palestra: Por que o Paraná deve para de vacinar?, com Elias José Zydek – diretor executivo da Frimesa 15h às 16h – Espaço aberto para autoridades

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C O O P E R AT I VA D E C R É D I T O

Sicredi usa sucesso da Banda Blitz em nova campanha promocional de poupança: sorteios vão distribuir R$ 1,5 milhão “Vem pro Sicredi Poupar” é quarta edição da ação realizada pela instituição financeira cooperativa que, neste ano, conta com a participação de Evandro Mesquita com uma adaptação da música “Você Não Soube Me Amar”

O

investimento mais utilizado pelos brasileiros, devido à facilidade e garantia de rendimento sem riscos, a poupança segue em alta. Em 2018, os depósitos brutos em todo o País somaram R$ 2,253 trilhões, enquanto os saques ficaram em R$ 2,214 trilhões. A aplicação fechou o ano com R$ 797,2 bilhões de saldo, incluindo os rendimentos de R$ 34,4 bilhões no período. No Sicredi, instituição financeira cooperativa com mais de 4 milhões de associados em todo País, a realidade não é diferente. Em 2018, apenas nas cooperativas que atuam no Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, houve um crescimento de 38% na captação da poupança, em comparação a 2017 - chegando a um montante de R$ 3,9 bilhões em recursos e mais de 774 mil poupadores. No Brasil, segundo dados do Banco Central do Brasil, o Sicredi já possui a sexta maior carteira de poupança entre todas as instituições financeiras do País. Com as perspectivas de retomada da economia, a capacidade do brasileiro de economizar tende a crescer também. Dessa maneira, para incentivar o brasileiro a poupar ainda mais em 2019, a instituição financeira cooperativa realiza pela quarta vez a campanha Poupança Premiada Sicredi. A partir de abril, a ação vai realizar sorteios semanais de 10 prêmios de R$ 2

mil, um sorteio mensal de R$ 50 mil e o prêmio final de R$ 500 mil, entregue em dezembro de 2019. Nos nove meses de campanha, a soma de prêmios distribuídos chega a R$ 1,5 milhão. Para participar é muito simples: a cada R$ 100 de incremento líquido na poupança do associado, um número da sorte será distribuído – se as aplicações forem na modalidade programada (quando há o débito programado mensal para conta poupança do associado), dobra-se a chance de ganhar.

Campanha Promovida pela Central Sicredi PR/ SP/RJ, a campanha visa instruir o brasileiro a economizar parte dos recursos para realizar os seus sonhos. E o associado da instituição financeira cooperativa terá neste ano o incentivo do músico e ator Evandro Mesquita. Em uma adaptação da famosa música da banda de rock Blitz “Você Não Soube Me Amar”, o slogan será “Vem pro Sicredi Poupar, Vem pro Sicredi ganhar”. A campanha será veiculada em rádio, TV, veículos impressos e na internet, além de contar com divulgação nas agências e nas cidades do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro onde a instituição financeira cooperativa atua. Dentro do sistema cooperativo, o ato de investir é benéfico para o associado e para a comunidade, visto que esses re-

cursos subsidiam a concessão de crédito regional, gerando um ciclo virtuoso para a economia. Além disso, para o associado, quanto mais recursos estiverem investidos, maior será a sua participação nos resultados obtidos pela instituição financeira cooperativa.

Investimento tradicional

De acordo com a gerente de Desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi PR/SP/RJ, Adriana Zandoná França, a poupança pode ser considerada um dos investimentos mais seguros do País. “É uma forma simples, prática, rápida e de baixo risco para investir. Outros benefícios são o fato de não incidir imposto de renda e outros impostos, como o IOF”, explica Adriana. Como a taxa Selic (a taxa básica de juros) se manteve em 6,5% ao ano ao longo de 2018 e no início de 2019, isso faz com que a poupança seja ainda mais interessante, especialmente se forem confirmadas as perspectivas de sua redução, buscando o aquecimento da economia. “Nessa taxa básica de juros, a poupança pode ser mais rentável que muitos fundos de investimentos de renda fixa. O motivo? As taxas de administração retiram parte da rentabilidade do investidor, além do imposto de renda”, esclarece Adriana.

Sobre o Sicredi O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento dos seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. O modelo de gestão do Sicredi valoriza a participação dos mais de 4 milhões de associados, os quais exercem papel de donos do negócio. Com presença nacional, o Sicredi está em 22 estados* e no Distrito Federal, com mais de 1.600 agências, e oferece mais de 300 produtos e serviços financeiros (www.sicredi.com.br) *Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

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PE C UÁ R IA M O D E R NA

Botelho recebe homenagem no Leilão de Criadores, em Ponta Grossa/PR

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presidente do Sindicato Rural de Guarapuava e coordenador do Comitê Estadual do Programa Pecuária Moderna, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, foi homenageado durante o 10º Leilão de Criadores e Iapar, em Ponta Grossa/PR. Segundo a diretora da Sociedade Rural dos Campos Gerais, Sandra Queiroz, o leilão homenageou Botelho e também o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR). “Rodolpho representa uma pecuária mais forte e eficiente em todo o estado. Ele tem lutado muito por isso, por meio do Programa Pecuária Moderna e da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP). Pensamos em homenagear pessoas e entidades que têm ajudado a desenvolver a pecuária no Paraná, visando inspirar ainda mais os pecuaristas da nossa região”. Para Botelho, a homenagem foi um reconhecimento ao Plano da Pecuária Moderna. "Ele está ajudando a mudar a cara do sistema produtivo da bovinocultura de corte do Paraná. Temos vistos boas melhorias nas propriedades participantes do Programa. As cooperativas de carne e alguns frigoríficos também estão pagando preços diferenciados aos produtores que estão produzindo animais diferenciados", observou. O leilão aconteceu no dia 13 de abril, no Centro Agropecuário Municipal Ayrton Berger. Foram 1000 animais leiloados, entre vacas, bois e bezerros para engorda e recria. Realizado em parceria entre a Sociedade Rural dos Campos Gerais, Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, Iapar e Rural Sul Leilões, o evento tem a intenção de comercializar diversas raças do que há de melhor em bois, vacas e bezerros de criadores da região dos Campos Gerais. CONFIRA AS MÉDIAS DE PREÇOS DO 10º LEILÃO DE CRIADORES E IAPAR: R$ 5,82

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TECNOLOGIA

Aplicação de adjuvantes gera eficácia nas pulverizações Por Eng. Agrônomo YujiIeiri (Gestor Nacional de Serviços e Inovação)

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ocorrência de plantas daninhas, pragas e doenças nas culturas comerciais pode reduzir consideravelmente a produtividade e qualidade da produção, principalmente quando não há um controle efetivo destes agentes, resultando em grandes prejuízos econômicos aos produtores. Para otimizar a pulverização de defensivos agrícolas, utilizar seus recursos, ferramentas como os adjuvantes auxiliam na melhor aderência dos produtos nas culturas, possibilitando o maior aproveitando no manejo. Dentre os métodos de controle destes fatores causadores de danos às culturas, as pulverizações com defensivos agrícolas atualmente são muito utilizadas. Diante desta perspectiva, a tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários, destaca-se como papel fundamental na atividade agrícola para reduzir as perdas provocadas pelos agentes de danos. A qualidade da água também pode influenciar na eficiência dos herbicidas, por exemplo reduzindo a sua meia-vida, como no caso do glifosato, pois suas moléculas podem

ser adsorvidas aos coloides orgânicos e inorgânicos devido a presença do ácido fosfônico na sua estrutura. Para minimizar estes problemas, a utilização de adjuvantes pode melhorar a eficácia das pulverizações e a ação dos produtos fitossanitários no controle dos agentes de danos. Os adjuvantes são substâncias ou compostos sem propriedades fitossanitárias, e que são adicionados na preparação da calda de pulverização, para aumentar a eficiência ou modificar determinadas propriedades da solução, visando facilitar a aplicação ou minimizar possíveis problemas, uma vez que os adjuvantes podem desempenhar funções distintas nas soluções. As vantagens dos adjuvantes são uma rápida absorção de produtos, menores perdas ocasionadas por chuvas após a aplicação, e a facilitação da cobertura das superfícies hidro-repelentes, como folhas ou frutos com cerosidades e corpos ou coberturas cerosas de pragas. O uso correto de adjuvantes pode aumentar significativamente a eficácia dos produtos aplicados.

A GIROAgro oferece produtos que auxiliam na correta colocação dos produtos fitossanitários nas pulverizações agrícolas. O Acquamax, um fertilizante que contém nitrogênio, fósforo e aditivos tensoativos/surfactantes, favorece o preparo em caldas de pulverização, condicionando a água, promovendo maior uniformidade na cobertura do alvo selecionado, melhorando a capacidade de retenção e penetração nos tecidos foliares, proporcionando maior qualidade nas pulverizações. Além disso, a GIROAgro também oferece o ActiOil, um produto na forma de MIcroemulsão (ME) com tecnologia exclusiva a base de óleo cítrico ativado, de rápido dissolução em calda, melhorando o espalhamento e aderência das gotas de pulverização no alvo selecionado. Reduzir o desperdício durante as pulverizações, otimizando a absorção dos produtos pelas plantas, refletirá em uma economia para o produtor rural, através de uma pulverização mais eficiente e mais consciente.

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D E C I SÃO

Sindicato Rural de Guarapuava: AGE reajusta anuidade sindical O Sindicato Rural de Guarapuava realizou, na manhã do dia 15 de março, em sua sede, uma Assembléia Geral Extraordinária (AGE). O encontro teve como principal ponto esclarecimentos sobre a Contribuição Sindical Rural e reajuste de anuidade. O presidente da entidade, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, explicou a importância da contribuição como fonte de recursos para os sindicatos em geral e recordou que, no segmento rural, muitos produtores deixaram de realizar o pagamento depois que a contribuição se tornou facultativa. A AGE colocou em discussão a anuidade sindical e, em votação, a assembleia definiu um reajuste. “Houve um aumento em relação aos últimos anos, justamente para preencher esse déficit de receita em relação à Contribuição Sindical”, comentou o presidente do sindicato. Foram definidos três patamares para a anuidade: R$ 400,00 para pequenos produtores; R$ 800,00 para médios e R$ 1.200,00 para grandes, com emissão de boleto no primeiro semestre, no segundo semestre e no

Assembleia ocorreu dia 15 de março, na sede da entidade sindical

Botelho, pres. do Sindicato Rural de Guarapuava

final do ano. Ainda de acordo com a decisão, os montantes poderão ser parcelados – para isso, os interessados devem entrar em contato com o departamento financeiro do sindicato. Os boletos para o pagamento da anuidade sindical, no valor de R$ 400,00, acompanhados de uma correspondência informando sobre a medida, foram enviados no dia 19 de março, para os produtores associados. O Sindicato Rural de Guarapuava também se colocou à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas, em sua sede, na Rua Afonso Botelho, nº 58, no Bairro Trianon; ou ainda no telefone: (42) 3623 1115.

Sindicatos patronal e de empregados optam por CLT para reger trabalho rural na região Diretores do Sindicato Rural de Guarapuava e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais realizaram, no dia 15 de março, na sede da entidade sindical patronal, sua reunião anual para deliberar sobre a Convenção Coletiva dos trabalhadores rurais da área de abrangência dos dois sindicatos. Por mais um ano, as partes encerraram a reunião sem consenso, assinando uma Ata Negativa. No entanto, as duas entidades, de comum acordo, optaram por adotar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para reger as relações de trabalho entre empregadores e empregados do setor agropecuário regional. Com isso, os sindicatos rurais patronal e de trabalhadores concordaram em seguir o piso salarial do Paraná, de R$ 1.306,80. A decisão vale para o período de fevereiro até o final de dezembro de 2019. Participaram da reunião, representando o Sindicato Rural de Guarapuava, o presidente Rodolpho Luiz Werneck Botelho; o vice-presidente Josef Pfann Filho; os conselheiros fiscais Roberto Cunha e Lincoln Campello; e o assessor jurídico, Fábio Decker. O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Guarapuava foi representado por seu presidente, José Altemir de Souza.

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(Da esq. p/ dir.): Roberto Cunha, Fábio Decker, Josef Pfann Filho, José Altemir de Souza, Rodolpho Botelho e Lincoln Campello


NUTRI Ç ÃO AN IMAL

A importância da escolha do milho para produção de silagem

É

cada vez mais notória a mudança de comportamento dos produtores em geral na busca pelas informações que garantam a melhor base para alimentação animal, também conhecida como volumoso/silagem, para bovinos de corte ou leite. A silagem pode representar um ganho expressivo ao produtor no final do processo, assim como prejuízo. Essa conta só será positiva se a escolha da semente de milho for realizada com sabedoria, bem como se a condução no campo e processo de armazenamento da silagem forem bem feitos. Hoje em dia são desenvolvidos produtos específicos para esse fim. Um exemplo no mercado é a empresa Sementes Biomatrix, que pesquisa e desenvolve híbridos destinados à produção de silagem de alta qualidade nutricional. A empresa faz parte do Grupo Agroceres, que conta com uma unidade de Nutrição Animal, com grande participação no segmento de bovinos e especialista no assunto. As empresas, Agroceres Multimix e Sementes Biomatrix se unem na pesquisa e desenvolvimento para fornecer os melhores materiais aos produtores, tanto para leite quanto para corte. Trata-se de uma ação conjunta entre agrônomos, veterinários e nutricionistas, acompanhando cada etapa do processo, desde o plantio até o produto final (leite/carne). Todo esse trabalho e benefício ao produtor podem ir, literalmente, “terra abaixo” quando não se leva em consideração a escolha certa do milho e sua condução, de acordo com o Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Sementes Biomatrix, Jânio Delboni. Um dos

pontos primordiais na análise é o tipo de grão e a qualidade da fibra. “Esse é um item que ajuda muito na digestão e qualidade nutricional do volumoso. Portanto, indicamos materiais que tenham Grãos Dentados e Profundos, bem como alta participação de grãos por planta”, afirma o especialista, que destaca quatro pontos: Grãos dentados: são fonte de amido de fácil absorção, quando no rumem do animal; Grãos Profundos: são quebrados com maior facilidade durante o processo de ensilagem e ruminação, proporcionando uma silagem de alta qualidade, evitando que grãos inteiros passem direto pelo trato digestivo do animal e consequentemente, eliminados nas fezes; Boa produção de grãos: garantem uma silagem de alta qualidade energética e nutricional. Qualidade da Fibra (FDN): em média, a silagem tem 50% de fibra, assim precisamos garantir que essa fibra seja de boa digestibilidade. Ainda sobre os detalhes que devem ser observados na escolha do milho, Jânio ressalta detalhes sobre o tipo de planta, pois características como qualidade da planta, porte e sanidade contribuem diretamente na produção da massa. Segundo o especialista da Biomatrix, é recomendável que os híbridos apresentem: Plantas com ótima relação folha/colmo, pois as folhas apresentam maior valor nutritivo que os colmos; Ampla janela de corte, ou seja, um bom híbrido de silagem deve ter no mínimo uma janela de corte de 10 dias, garantindo

qualidade no período de ensilagem; Plantas de porte alto, que proporcionarão um bom volume de matéria seca. Algumas técnicas de manejo que devem ser seguidas para garantir uma boa produção de milho: Fazer ótima adubação de cobertura, de preferência com Cloreto de potássio (KCl) e nitrogênio (ureia, sulfato de amônia, nitrato de cálcio, etc.), que ajudarão a manter a planta mais verde; Planejar bem o corte e ensilagem do milho (32% – 35% de matéria seca); Fazer o corte em uma altura mínima de 30 cm do solo (a base da planta do milho é rica em lignina que não é absorvida pelo animal, mas é rica em potássio que é importante para o solo); Usar as melhores práticas para o processo de ensilagem (tamanho uniforme de partícula, compactação e cobertura do silo). Com esse mercado cada vez mais em alta, a empresa tem como estratégia trabalhar com um programa de melhoramento focado em silagem, procurando atender suas exigências e consequentemente ofertar produtos específicos para cada segmento do mercado de silagem e grãos do Brasil. A Sementes Biomatrix é uma empresa profissional nesse mercado, ofertando produtos exclusivos e serviços direcionados a melhorar o desempenho dos parceiros e pecuaristas de corte e leite. Para saber mais sobre toda a linha de produtos da Biomatrix, indicamos o site www.sementesbiomatrix.com.br, entrando em contato com a equipe de suporte.

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FLORES

Palestra abordou cultivo de micro orquídeas

O

Sindicato Rural de Guarapuava juntamente com a produtora rural Evelyn Pfann promoveu, no dia 6 de abril, palestra voltada ao cultivo de micro orquídeas. O encontro contou com 30 participantes. Quem coordenou o evento foi o orquidófilo Roberto Martins, que cultiva orquídeas há mais de 12 anos e é especialista no cultivo de pequenas e micro orquídeas, possuindo um grande plantel de espécies do Brasil e de vários países do mundo. Segundo o palestrante, são consideradas micro orquídeas, aquelas com flores que não passem de um centímetro e planta com até cinco centímetros. Martins destaca que o grande diferencial no manejo das micro orquídeas é o ambiente onde ela vive. Por isso, ele

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desenvolveu técnicas de manejo e manutenção de micro orquídeas indoor, ou seja, em ambientes fora do habitat natural, ambientes limitados e controlados. “A micro orquídea é muito mais dependente do ambiente do que do cultivo da planta. Na planta grande você cuida mais do vaso, do substrato. Não que na micro isso não seja importante, mas o ambiente é mais relevante. É preciso conhecer o tipo de orquídea que você vai cultivar, porque o ambiente depende da espécie, sejam secos, úmidos, frios ou quentes, locais que a altitude passa de 1000 metros, como em nível do mar. E criar uma realidade mais próxima para ela”. Além de informações sobre o ambiente, durante a palestra, foram abordados tópicos como plantio, cul-


Roberto Martins, orquidófilo

tivo, adubação, rega, luminosidade, ventilação, o espaço necessário para cada planta, a maneira de plantar ou cuidar de cada uma. “A padronização do cultivo é muito importante. Não adianta ter várias plantas e cultivar cada uma delas de uma maneira”, explicou o palestrante. Evelyn Pfann é uma admiradora das orquídeas. “Comecei como um hobby, mas para mantê-las precisei aprofundar os conhecimentos, pois as orquídeas exigem cuidado e aprendizado. Foi então que comecei a fazer contatos com as pessoas que

possuem mais experiência e uma delas foi o Roberto, que já acompanhava nas redes sociais. Achei muito legal como ele dividia seus conhecimentos e resolvi chamá-lo para ministrar uma palestra aqui em Guarapuava”. Segundo ela, o feedback dos participantes foi excelente. “Todos gostaram muito. O Roberto é muito didático e foi muito esclarecedor. Guarapuava e região têm uma carência no cultivo das orquídeas. Existe a comercialização, mas não tem ninguém que auxilie no manejo, que tenha um bom conhecimento”.

Participantes da palestra sobre micro orquídeas

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SENAR

Capacitação profissional rural O

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) oferece 250 cursos em todo o Paraná, com o objetivo de melhorar a produção e qualidade de vida da família rural paranaense. Interessados devem entrar em contato com o departamento de mobilização de cursos nos sindicatos rurais. Em Guarapuava, fale com Mery Ribas (42) 3623-1115 e em Candói, com Ana Paula (42) 3638-1721. Confira alguns dos cursos realizados pelo Senar e Sindicato Rural em Guarapuava e região durante os meses de março e abril: TRABALHADOR VOLANTE DA AGRICULTURA APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS - NR 31.8

11 a 13 de março

Sindicato Rural de Guarapuava

Luiz Sérgio Krepki

TRABALHADOR NA APICULTURA ABELHAS INDÍGENAS SEM FERRÃO

26 a 29 de março

Sindicato Rural de Guarapuava

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Sindicato Rural de Guarapuava

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20 a 22 de março

Sindicato Rural de Guarapuava

Pelisson Kaminski

PRODUTOR DE BOVINO DE LEITE MANEJO E ORDENHA

Joel de Almeida Schmidt

PROGRAMA EMPREENDEDOR RURAL – TURMA I

21 de março a 03 de outubro

TRABALHADOR VOLANTE DA AGRICULTURA AGRICULTURA DE PRECISÃO - BÁSICO

Josias Schulze

28, 29 e 30/março e 1º e 08/abril

Sindicato Rural de Guarapuava

Itamar Cousseau

PROGRAMA EMPREENDEDOR RURAL – TURMA II

22 de março a 04 de outubro

Colégio Agrícola

Josias Schulze


PROGRAMA EMPREENDEDOR RURAL – TURMA III

23 de março a 05 de outubro

Unicentro – campus Cedeteg

TRABALHADOR VOLANTE DA AGRICULTURA AGRICULTURA DE PRECISÃO - OPERAÇÃO DE DRONES

Josias Schulze 01 a 03 de abril

TRATORISTA AGRÍCOLA OPERAÇÃO DE TRATORES E IMPLEMENTOS - NR 31.12

02 a 06 de abril

Sindicato Rural de Guarapuava

Lucas David Schemberger

PROGRAMA MULHER ATUAL

04 de abril a 10 de junho

ARCAM – Coamo

Sindicato Rural de Guarapuava

Pellisson Kaminski

PRODUÇÃO ARTESANAL DE ALIMENTOS - CONSERVAÇÃO DE FRUTAS E HORTALIÇAS - CONSERVAS MOLHOS E TEMPEROS

03 e 04 de abril

Assentamento São Pedro

Ines Maria Wietozikoski

PRODUÇÃO ARTESANAL DE ALIMENTOS - CONSERVAÇÃO DE FRUTAS E HORTALIÇAS - CONSERVAS MOLHOS E TEMPEROS

Ednilza Godoy Vieira

TRABALHADOR NO CULTIVO DE ESPÉCIES FRUTÍFERAS RASTEIRAS - MORANGUEIRO - CULTIVO EM SUBSTRATO

08 a 12 de abril

Sindicato Rural de Guarapuava

Karina Calil Caparroz

04 a 05 de abril

Escola Mun. Padre Emílio Barbieri – Foz do Jordão

Margarida Maria B. Weiss

TRABALHADOR NA BOVINOCULTURA DE CORTE MANEJO DE BOVINOS DE CORTE

15 a 17 de abril

Sindicato Rural de Guarapuava

Emerson Orestes Ferrazza

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PROFISSIONAIS EM DESTAQUE

Carlos Eduardo Sguissardi Consultor de Negócios Basf

Equipe Cooperativa C.Vale – Unidade Guarapuava

Dalila Santos e Heverton da Luz Vieira MacPonta Corretora de Seguros e ao centro Luciana de Queiroga Bren, Sindicato Rural

SINTONIA FINA IHARA E DERAGRO

José Losso Neto e José Losso Bisneto no sítio Jomali. Pausa para um tererê.

Mayara Duhatschek (9 anos) e Maysa Duhatschek (6 anos), conferindo a colheita de com a mãe Elaine Duhatschek

José Losso Filho e José Losso Bisneto, Descontração do nôno no Sítio Jomali. Ralf Mayer e Betina Mayer, filhos de Priscila Zanatta e Egon Mayer l: para o e-mai Envie sua foto uava.com.br gp sr o@ ca comunica

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PRODUTORES EM DESTAQUE

NOVOS SÓCIOS Stephanine Maren Leh Milla Frank Matheus Leh Telma Regina Loures Camargo Ana Sampaio de Almeida Pedro Alberto Ilibriante

João Miguel Eidam

29 de maruma eleição. Neste dia Reflexão à margem de bretes e o, muitos convites lem ço, após ampla divulgaçã unem e qu contato e comunicação nos diversos meios de a anato nd is um ma ição se realizou. Por ma dos ria os sócios, mais uma ele ego tar a cat e novamente a represen tos en terior diretoria se propõ cim ade ns, os agr s, antes que os parabé to cur os produtores. Aos eleito tod a po, par significativa de seu tem ssga de por presentear parcela e so s inten ho, não remunerado, ma . nte ele e escasso, a um trabal exc foi atos do nos anteriores mand isreg s tante. O trabalho realiza rca ma e são penho, seriedade, foram Comprometimento, em r outro lado, uns Po . ria eto dir da s membros tradas de cada um do aram desconforto, e ios. Uns destes manifest 1.000 produtores/sóc ao serem convidados haver renovação. Mas foram críticos por não po. Outros, lamentauaram por falta de tem para assumir cargos, rec de serviços como folha de. Mas se beneficiam ram o custo da anuida para pagamentos nários, emissão de guias de pagamento de funcio vados custos se realioutros serviços de ele de impostos rurais e da esnobam a Revista or externo. Outros ain zados com um contad Elogiada por muitos e qualidade e conteúdo. que é uma pérola por ias e inovação. Alguns busca informações sér utilíssima para quem tivas, via SENAR, cursos, palestras e inicia esqueceram os inúmeros iam e referenciam os caravanas, que diferenc via dia de campo, via itas outras de nosso Guarapuava face a mu produtores da reg ião de dias que antecederam que percebi e vi nestes Estado. Este o cenário ção. Pressionamos danças. Exigimos renova a eleição. Queremos mu res, sim de espectana qualidade não de ato por rapidez. Tudo isto ns: gratidão. Não soia, mais que os parabé dores. Aos eleitos, diz a identificá-la como uma categoria, mas par mente para representar ional na parcela de pujança da economia nac uma entre as de maior nte de secretarias e recê-la e dar-lhe voz dia nosso Estado; por enob minha satisfação em e muito mais expresso governo. Por tudo isto, tinuar a identificara disponibilidade de con aplaudir a coragem e ê estendo os paraente Rodolpho e, em voc -nos. Parabéns, Presid Divino Produtor seja um da Diretoria. Que o béns a todos a e a cada ". vo e desafiador mandato amparo e luz neste no

Prof. Ms. Luigi Chiaro, P

rodutor Rural 69 69

REVI STA REVI DO STA PRO DO D UTO PROR D UTO RURA R LRURA DO PA L DO RA N PA Á RA N Á


2019

MAIO 01/05 01/05 01/05 01/05 02/05 02/05 03/05 03/05 03/05 04/05 04/05 04/05 05/05 05/05 06/05 06/05 06/05 06/05 06/05 07/05 07/05

ADELCIO MARTINI FRANZ MILLA FRANZ STOCK JOSEF TASCHELMAYER ANTÔNIO HERTZ ROBERCIL WOINARSKI TEIXEIRA HELENA MARIA B. MATHEUS PAULO WOLBERT ROSSANA C. MANFREDINI CARLOS HENRIQUE KAMINSKI ROBERT MILLA SIDNEY CAMARGO JÚNIOR JOEL HORST ZADIL CARNEIRO BATISTA DEMETRIUS P. BARBOSA IVO ANTÔNIO FABIANI JOÃO TELMA MARIA DAS GRAÇAS A. LACERDA OZÓRIO EURICO MARTINS NETO CONRADO ERNESTO RICKLI LUIZ CARLOS S. MARCONDES

07/05 08/05 10/05 10/05 10/05 11/05 11/05 11/05 11/05 12/05 12/05 12/05 13/05 13/05 15/05 15/05 15/05 15/05 15/05 16/05 16/05

MARIA DA GLORIA M. MESSIAS ARION MENDES TEIXEIRA FILHO ANTÔNIO FIDELIS DE VARGAS JOHANN ZUBER JUNIOR RUY SERGIO TAQUES DA CRUZ ADMAR PAULO DE MORAES MACEDO NUNES MACHADO RODOLPHO SORIA SANTOS WAGNER SALVADOR RANSOLIN ELIAS BRANDALERO RODRIGO ZAMPIERI SIMONE MILLA EDUARDO PLETZ KARL EDUARD MILLA JORGE LUIZ ZATTAR MARIA HELGA FILIP PATRICK EGLES RODRIGO DAS NEVES DANGUI SIEGFRID MILLA SOBRINHO ALFREDO CHEREM FILHO ERIKA SCHUSSLER

16/05 17/05 17/05 17/05 17/05 18/05 18/05 18/05 19/05 20/05 21/05 21/05 21/05 22/05 22/05 22/05 22/05 22/05 22/05 24/05 24/05

HELGA SCHLAFNER ANDRÉ HILLER MARCONDES DANIEL BAITALA JOVINA JACY LOPES SERPA PEDRO VILSO P. DA ROSA ALAN FERNANDO DE SALES JOSÉ ANTONIO O.ALMEIDA MANOEL ANTONIO F. BUENO EUGÊNIO BILLEK KAZUXIGUE KANEDA ALFREDO JAKOB ABT SÉRGIO ELISEU MICHELETTO WALTER JURGOVSKI ALAOR SEBASTIÃO T. FILHO ANA RITA HAUTH BRIGIT TEREZA LEH WECKL CLEUZA DE MOURA BABIUK JOSÉ SCHLEDER ALGAIER PATRICK GUMPL AMBROSIO IVATIUK ROZEMARIA CHEMIN DENARDI

24/05 25/05 25/05 25/05 27/05 27/05 27/05 28/05 28/05 28/05 28/05 29/05 29/05 29/05 30/05 30/05 30/05 30/05 30/05 30/05

VICENTE FERREIRA LEITE ELKE MONIKA ZUBER LEH RITA MARIA WOLBERT STEFAN DETLINGER NIVALDO PASSOS KRÜGER SANDRA MARA S. SANDER WALDEMIR SPITZNER GARON GERSTER JORGE HARMUCH KLAUS FERTER ROBERTO HYCZY RIBEIRO ANDERSON FORNAZZARI CHRISTOF LEH JORGE SCHLAFNER ADEMAR RAMOS DE SOUZA DANIEL SCHNEIDER FERNANDO BECKER JORGE LUIZ RIBAS TAQUES LEO TAQUES MACEDO PAULO CELSO SANTOS MELLO

10/06 11/06 11/06 12/06 13/06 13/06 13/06 13/06 13/06 15/06 16/06 16/06 17/06 18/06 18/06 19/06 20/06 20/06 20/06

MÁRCIO ANTÔNIO R. CAMARGO ANTÔNIO RENATO DIEDRICH MARCIA DITTERT CRUZ JOHANN KLEINFELDER ANTÔNIO LOPES DOS SANTOS ANTÔNIO LUCCHIN EVERSON ANTÔNIO KONJUNSKI JOÃO MAURÍCIO VIRMOND RODRIGO AUGUSTO QUEIROZ MARIA MILLA AGENOR R. LOPES DE ARAÚJO BERNARDO SPIELER ZEHR JOSEF STEMMER CIRLENE APª RIBAS ADRIANO VERÔNICA D. STOTZER PEDRO KINDREICH EDUARDO OSVALDO GARAIS EMERSON SOUZA JORGE FASSBINDER

20/06 20/06 21/06 21/06 21/06 21/06 22/06 22/06 22/06 23/06 23/06 24/06 24/06 24/06 25/06 26/06 26/06 26/06 26/06

MANFRED BECKER MAURO CESAR S. PACHECO HERMES NAIVERTH JOSNEI A.DA SILVA PINTO MARIO RIBEIRO DO AMARAL OSVALDIR JOURIS CYRANO LEONARDO YAZBEK OZOEL MARTINS LUSTOZA PAULINO BRANDELERO LINDALVA SUEK VOLNEI KOLC ANTHON SCHWEMLEIN CLÁUDIA HERTZ JAIRO SILVESTRIN WALTER JOSEF JUNGERT ALTAIR NIQUETTI ANDREAS KELLER JÚNIOR ARI FABIANI GENY DE LACERDA R. LIMA

26/06 26/06 27/06 28/06 28/06 28/06 28/06 28/06 28/06 28/06 29/06 29/06 29/06 29/06 30/06 30/06 30/06

GILSON ZACARIAS CORDEIRO PAULO CEZAR GROCHOLSKI CLEVERSON NAIVERTH BRUNO NORBERTO LIMBERGER ELEDA BOCHNIA GOMES JOÃO SPIELER JURACY LUIZ ROMAN MARLENE ARAÚJO NAIVERTH RENI PEDRO KUNZ RUDOLF EGLES AGENOR M. DE ARAÚJO NETO MARINEZ BONA M. PADILHA MARIO BILEK YASMIN MAYER ANDRE BENZ DOUGLAS LUIS LIMBERGER MONIKA KLEIN

JUNHO 01/06 02/06 02/06 02/06 05/06 05/06 05/06 05/06 06/06 07/06 07/06 07/06 08/06 08/06 08/06 09/06 09/06 10/06 10/06

RENATE TAUBINGER MILLA CLAUDILEIA FORNAZZARI PEDRO PAULO DALLA ROSA WERNER BRANDTNER AMILTON MARCONDES JÚNIOR JOSE MARILTON CORREA REINHOLT DUHATSCHEK TEODORO KREDENS MAURO A. DOBROWOLSKI ANA MARIA JUNG KLEIN JOSE MARIA MACHADO MARLON N. L. SCHNEIDER HEITOR V. KRAMER FILHO RAIMUND KELLER ROLAND WENDELIN EGLES ANTON SCHIMIDT CARLOS H. EYHERABID ARAÚJO ABDUL RAHMAN DARUICH EDUARDO JOSEF REINHOFER

CONFIRA A AGENDA DE EVENTOS AGROPECUÁRIOS EXPOINGÁ 2019 PREVISÃO CLIMÁTICA SAFRA 2018-2019 E TENDÊNCIA GLOBAL PARA 10 ANOS

7 de maio Sindicato Rural de Guarapuava

(42) 3623-1115

70

9 a 19 de maio Maringá (PR) expoinga.com.br/2019 INTERLEITE SUL 2019 8 e 9 de maio Chapecó (SC) interleite.com.br/sul/

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4º RALLY DE USO DE CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA

21 de maio Guarapuava (PR) Inscrições: Sindicato Rural de Guarapuava (associados) ou Cooperativa Agrária (cooperados) (42) 3623-1115 ou 3625-8000

MAI/JUN

2019

FÓRUM REGIONAL PARANÁ LIVRE DE FEBRE AFTOSA SEM VACINAÇÃO

21 de maio Unicentro/ Guarapuava (PR) Adapar - (42) 3303-2100


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