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ISSN 1984-0004 Publicação bimestral do Sindicato Rural de Guarapuava Ano IX - Nº 52 - Dez2015/Jan2016 Distribuição gratuita

Revista do Produtor Rural do Paraná

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Adeus ano velho, feliz ano novo!

Evento

No caminho da soja

Nutrição animal

Silagem de grão de milho reidratado na alimentação de novilhos confinados

Alimentos

Erva mate é tema de pesquisa

42

Visita técnica

50

Ovinocultura

60 108

Produtores da Suiça: um giro para conhecer setores agrícolas no PR

Manejo reprodutivo e sanitário de ovinos para estação de monta

Fazendas Históricas

Fazenda Sesmarias: raízes no passado

Suinocultura

O complexo teníase- cisticercose e a carne suína


Diretoria Presidente

1º Vice Presidente

2º Vice Presidente

1º Secretário

2º Secretário

Rodolpho Luiz Werneck Botelho

Josef Pfann Filho

Anton Gora

Gibran Thives Araújo Luiz Carlos Colferai

1º Tesoureiro

2º Tesoureiro

João Arthur Barbosa Lima

Jairo Luiz Ramos Neto

Conselho Fiscal

Ernesto Stock

Suplentes:

Nilceia Mabel Kloster Spachynski Veigantes

Lincoln Campello

Redação/Fotografia

Projeto gráfico

Editora-Chefe

Repórter

Repórter

Luciana de Queiroga Bren (Registro Profissional - 4333)

Manoel Godoy

Geyssica Reis

Pré-distribuição

Roberto Hyczy Ribeiro

Roberto Niczay Arkétipo Agrocomunicação

Distribuição

Alceu Sebastião Pires de Araújo

Cícero Passos de Lacerda

Nossa capa Foto capa: Comunicação FAEP

Titulares:

Endereço: Rua Afonso Botelho, 58 - Trianon CEP 85070-165 - Guarapuava - PR Fone/Fax: (42) 3623-1115 Email: comunicacao@srgpuava.com.br Site: www.srgpuava.com.br Extensão de Base Candói Rua XV de Novembro, 2687 Fone: (42) 3638-1721 Candói - PR Extensão de Base Cantagalo Rua Olavo Bilac, 59 - Sala 2 Fone: (42) 3636-1529 Cantagalo - PR Impressão: Midiograf - Gráfica e Editora Tiragem: 3.400 exemplares

André Zentner

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Revista do Produtor Rural do Paraná

Fernando Mancuelo Oliveira

Os artigos assinados não expressam, necessariamente, a opinião da REVISTA DO PRODUTOR RURAL ou da diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava. É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte.


Editorial

Pela salvação do Brasil...

N

ossa sexta e última edição do ano traz um balanço do ano agrícola e pecuário, na visão de produtores rurais de Guarapuava e região, lideranças que fazem parte da diretoria de nossa entidade, além das perspectivas para 2016. 2015 foi um ano de crise, de desafios. No entanto, um ano em que, novamente, a eficiência do setor conseguiu não sentir tão de perto essa crise (diferente de outros setores da economia). Mesmo com um cenário desanimador nas esferas política e econômica, o produtor rural seguiu em frente, garantindo comida de boa qualidade para toda a população. Investimos menos, por conta dos riscos, da insegurança no Executivo, Legislativo e Judiciário. Mesmo assim, fizemos a nossa parte. O setor agropecuário continua sendo o carro-chefe da economia brasileira. Fechamos o ano com dificuldades, vamos pagar mais pelas adversidades climáticas, vamos pagar mais pelo desgoverno e, infelizmente, pela corrupção. Esperamos que 2016 seja um ano de mudanças. O cenário nos deixa com perspectivas limitadas, principalmente no que diz respeito a financiamentos. Mudar é preciso. Pela salvação não só da lavoura, mas de todo o Brasil. E, na condição de presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, agradeço a todos os produtores rurais, agrônomos,

veterinários, técnicos, enfim, parceiros da entidade, que participaram das palestras, cursos, seminários e eventos festivos promovidos durante o ano. Agradecemos a todos os anunciantes da revista, que viabilizaram a continuidade desse canal de comunicação, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ. Esperamos contar com essas e novas parcerias em 2016. Agradecemos o empenho dos diretores, a dedicação dos colaboradores e a confiança dos associados. Desejamos um Feliz Natal e que 2016 seja um ano de altas produtividades e rentabilidade, com muita saúde, paz e prosperidade. Boa safra e boas festas!

Rodolpho Luiz Werneck Botelho Presidente do Sindicato Rural de Guarapuava

Revista do Produtor Rural do Paraná

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Foto: Manoel Godoy

Foto destaque da edição

Metaleiro na soja, nas lentes do fotógrafo Manoel Godoy.

Direto do banco de imagens da REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PR 6

Revista do Produtor Rural do Paraná


ARTIGO

Anton Gora

Produtor rural, diretor da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava e presidente do Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Centro-Sul do Paraná

Agronegócio, símbolo da resistência econômica no Brasil. Em perigo?

Q

uero deixar bem claro que não sou especialista em Economia, Agronomia, Política ou em outros assuntos de interesse nacional ou internacional, apenas tento colocar e discutir temas que nos afetam diretamente e que sentimos na pele, no dia a dia. Já escrevi várias vezes sobre esses assuntos e podem até ser repetitivos, mas também vejo que os fatos estão acontecendo, que estamos cada vez mais próximos do precipício e não reagimos, nem politicamente nem tecnicamente. Temos, porém, as melhores condições para reagir: um Sindicato forte, uma Federação forte, uma Confederação que por hora está desvirtuada, também pela nossa inércia. Temos Cooperativas fortes e apenas nos preocupamos com a nossa atividade do dia a dia. Pensamos sempre que os outros vão resolver os nossos problemas. Só que quem faz as entidades são as pessoas e não os prédios. Se os associados não participam de suas entidades, elas, além de não realizarem o seu trabalho, podem até ser desvirtuadas, usadas em beneficio próprio, como tantas vezes já assistimos. O presidente de uma entidade, se falar em nome de associados ativos, terá um resultado; agora se falar em nome de meia dúzia de pessoas inativas, não terá resultado algum. Muitas vezes, pensamos, mas está tudo bem! A atividade tem sido rentável, estamos com pequenos problemas na política, na tecnologia, mas tudo vai ser superado. Pode até ser, mas para quem sobreviver. Temos muitos sinais de que estão acontecendo muitas mudanças no mundo. A revista Agroanalysis, faz uma análise muito bem feita em sua

última edição, diz: “As perspectivas de crescimento global para 2015 foram reduzidas de 3,3% para 3,1%. Para 2016 a redução foi de 3,8% para 3,6%. Essa perspectiva é acompanhada de uma mudança no padrão de crescimento. Enquanto, até 2013 o crescimento foi puxado pelas economias emergentes, a partir de 2014 as economias desenvolvidas passaram a dominar. A desaceleração nos emergentes está relacionada, principalmente, a queda dos preços das commodities e a fatores domésticos em grandes economias como o Brasil e a China”. No Brasil, o preço da soja ainda se mantém alto em função da cotação irreal do dólar, consequência de uma administração petista desastrada. Então existe uma perspectiva real de queda nos preços da soja, no milho nem se fala, que hoje já não apresenta lucratividade e as culturas de inverno também não. Em termos de clima, insumo básico da lavoura, existe um ditado milenar que diz que existe um ciclo de sete anos de vacas gordas, seguidos de sete anos de vacas magras. Tivemos anos de vacas gordas, parece que estão chegando os anos de vacas magras. Não é só o fato das chuvas comprometerem a produtividade momentaneamente, a alta umidade também faz com que as fontes de inóculo aumentem significativamente, afetando não só a parte aérea da planta, que pode ser controlada com fungicidas, mas também afetando a parte radicular e de colmo, para os quais não existem fungicidas para o seu controle. Penso que nos próximos anos, teremos uma redução de produtividade em função de doenças invisíveis. Não bastasse tudo isso, tivemos o desmonte da pesquisa por parte do

governo, nos últimos anos. As conseqüências disso vão aparecer nos próximos anos, novos problemas vão surgir, para os quais não vão existir soluções. A pesquisa e o esforço feito por cooperativas, entidades e algumas universidades não são suficientes para garantir uma tecnologia compatível para o futuro. O cenário negativo se completa com a nossa infra-estrutura precária e os altos impostos que diminuem ainda mais o resultado para o produtor. Devem existir ainda muito mais problemas que desconhecemos, e que fatalmente vão interferir no futuro, como a divisão dos brasileiros em classes, raças, apologia ao crime, à corrupção, ao socialismo, ao populismo. Inversão de valores, onde o crime compensa e o trabalho é penalizado. Temos futuro com tudo isso? Até quando vamos ficar assistindo passivamente a derrocada do futuro? Iniciativas individuais como a operação lava jato, por si só não vão resolver o problema sem a nossa participação. Temos iniciativas ainda tímidas de reação da população de bem. Em Guarapuava, algumas pessoas estão se organizando para controlar melhor o orçamento da Câmara de Vereadores. Tivemos uma reunião, no final do mês de novembro, com participação baixa da população. Sem o apoio do povo, essa tarefa vai ser árdua. Amigos, colegas, produtores, vamos refletir sobre tudo isso, vamos sacrificar algumas horas de lazer, quem sabe, renunciar até ao convívio da família, nos engajar. Existem pessoas dispostas a liderar esses movimentos e elas precisam de incentivo e apoio. Deixar para amanhã pode ser tarde. Revista do Produtor Rural do Paraná

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PROJETO IDENTIDADE SINDICAL 2015 Produtor rural, apresente a carteirinha* do Sindicato Rural e obtenha descontos nos locais abaixo:

GUARAPUAVA BetoAgro AGRONEGÓCIOS

10% nas prestações de serviços

10% em todos os serviços prestados

Fluxo de caixa gratuito, atualizado mensalmente, tanto trabalhos fiscais quanto trabalhos decisoriais

5% sobre valor final da negociação

Descontos em todos os ramos de seguros

15% em acessórios e serviços

30% em cursos oferecidos pelo escritório

15% no valor do curso

15% na realização de exames radiográficos

10% em todos os serviços prestados

3% no final da negociação

10% a partir da segunda mensalidade, mais 10% de desconto de pontualidade

3% de desconto adicional para compra à vista

5% em serviços ou equipamentos

10% sobre o preço total de habilitação - categorias A e B

5% em medicina do trabalho, segurança do trabalho, consultorias, intermediação de consultas e exames médicos

15% de desconto à vista e 5% a prazo

Descontos em exames

Benefícios para associados

5% em todos os serviços prestados

10% à vista ou parcelamento em 10x sem juros nos cartões

Newdeal Agroscience 3% na linha de produtos Forquímica

3% à vista na compra de suplementos para equinos.

Benefícios diversos para associados

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Revista do Produtor Rural do Paraná

Desconto de 3% na Linha de Produtos New Deal

5% em toda loja, exceto linha equina Proequi e produtos promocionais

10% em todos os serviços ofertados

20% no valor da mensalidade

3% em toda linha de insumos agrícolas

5% à vista, exceto para produtos promocionais

3% sobre o preço de lista no ato da compra. Descontos não cumulativos

5% nas compras realizadas na loja

3% nos implementos agrícolas, rolos destorroadores, renovador de pastagens e grade de dentes espalhador de palha

5% em lanches, porções e bebidas


CANDÓI

3% em produtos veterinários, ferramentas agrícolas e lubrificantes p/ pagamento à vista

5% toda linha de medicamentos

5% sobre valor final da negociação

10% na elaboração do CAR e 5% na execução de serviços de topografia

6% em materiais de construção, móveis e casa pronta

CANTAGALO

3% em produtos veterinários, ferramentas agrícolas e lubrificantes para pagamento à vista

5% sobre valor final da negociação

* Se ainda não possui a carteirinha de sócio, compareça ao Sindicato Rural de Guarapuava ou nas Extensões de Base: Candói - Foz do Jordão e Cantagalo.

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MANCHETE

Adeus ano velho, feliz ano novo! D

efinitivamente, 2015 não foi um bom ano para a economia brasileira. O mercado prevê que a queda do PIB chegue até 2,97%. A estimativa dos economistas é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, feche 2015 em 9,70%. Se confirmada a estimativa, representará o maior índice desde 2002, quando o IPCA foi de 12,53%. A previsão, segundo a Confederação Nacional de Agricultura (CNA), era que o PIB do agronegócio fechasse em 1,8% de crescimento em 2015, porém, devido as adversidades, a própria confederação afirma que não sabe se será possível alcançar esse número. Ainda assim, os números do agronegócio foram os melhores de todos os setores no Brasil. No primeiro semestre deste ano, o agronegócio foi responsável por 46% das vendas externas do Brasil. No mesmo período em 2014, foram 43%, segundo o Ministério de Agricultura, que considera também as vendas de celulose. O complexo soja (grão, farelo e óleo) correspondeu a 16% das exportações nesse período, segundo dados do Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. A décima estimativa de 2015 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas totalizou 210,6 milhões de toneladas, 8,2% superior à obtida em 2014 (194,6 milhões de toneladas). O primeiro prognóstico do IBGE para a safra 2016 aponta que a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas foi estimada em 206,5 milhões de toneladas. Para avaliar o ano que se encerra e conferir as expectativas para 2016, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL entrevistou alguns diretores do Sindicato Rural de Guarapuava. Confira:

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Revista do Produtor Rural do Paraná

RODOLPHO LUIZ WERNECK BOTELHO

Presidente do Sindicato Rural de Guarapuava e presidente da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da FAEP

GRÃOS

“Desde o começo do ano foi sentida uma desaceleração da economia, principalmente, por decisões equivocadas do Governo algum tempo atrás. Alguns setores da agropecuária foram destaque. Primeiro, uma produção agrícola grande, em nível de Brasil, nas principais culturas. Houve alguns percalços, principalmente na questão de doenças e insetos com dificuldade de controle nas culturas de milho, soja e trigo, onde o produtor teve aumento de custo e redução de rendimento. Em paralelo a isso, teve a queda da bolsa de Chicago, devido a grandes safras sendo produzidas na América do Sul e em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos. A salvação do Brasil em 2015, principalmente no setor de grãos, foi a desvalorização do real. O dólar valorizado beneficiou, principalmente, as culturas que são exportadas. Se não tivesse ocorrido essa desvalorização do real, com certeza, a rentabilidade do setor agrícola seria bem mais baixa”.


CRÉDITO RURAL

“Tivemos uma dificuldade maior na questão de crédito rural. Houve uma maior seleção por parte dos agentes financeiros em liberar crédito aos produtores. Com isso, muitas das compras dos produtores para esse ano safra 2015/2016 foram feitas só a partir do segundo semestre, por falta de recursos no primeiro semestre. Isso reforça a ideia que o próprio Sindicato Rural tem trabalhado, de que o produtor tem que trabalhar cada vez mais em cima dos seus custos e ser gestor de seu negócio”.

CLIMA

“Nós estamos desde o meio do ano com o El Niño, com uma incidência maior de chuva na região sul do Brasil. E isso tem ocasionado problemas sérios, inclusive no final da primavera, pois tivemos um dano muito grande nas culturas de inverno, principalmente, trigo e cevada, com muitos produtores tendo um prejuízo considerável. Devido ao excesso de chuvas, houve um aumento de doenças nessas culturas e dificuldade de colheitas em função das chuvas. A chuva de El Niño continuou e atrasou o plantio da cultura de soja, saindo até do período ideal de plantio. Provavelmente, o produtor também vai ter um pouco mais de dificuldade no dia a dia da sua lavoura em função desse clima, com maior dificuldade de fazer os trabalhos de manejo dentro da sua propriedade”.

PECUÁRIA

“Um fator interessante foi a recomposição das margens da pecuária de corte, que já vinha ocorrendo em 2014. Esse ano, o Brasil se firmou com a pecuária no mercado internacional, tanto em produção como em exportação de carnes. Não só na pecuária de corte de bovinos, mas de frango e suínos também. O mercado de pecuária de corte está passando por um momento bom, de entusiasmo para os produtores, que estão investindo mais e isso pode equilibrar melhor o mercado. No Estado do Paraná, começamos a desenvolver o Plano Pecuária Moderna. Esse trabalho vem sendo feito em várias regiões, com 18 cidades pólo, onde está sendo feita a divulgação desse plano integrado. O objetivo é levar mais informação e tecnologia para os pecuaristas, para que possam melhorar seus índices de produtividade, seu desfrute e sua rentabilidade”.

campo isso também vai chegar, mas pode ser de uma maneira mais branda, já que esse é o setor que continua sustentando o crescimento do Brasil nessa última década”.

SINDICATO RURAL

“O Sindicato Rural de Guarapuava tem trabalhado em várias frentes em prol do setor produtivo da nossa região. Dentro das cadeias produtivas, estamos trabalhando o fortalecimento legislativo e econômico do setor junto com as comissões da FAEP. O Sindicato Rural é representado dentro da Federação por várias comissões e cada vez mais temos sentido que as demandas feitas pelo setor produtivo, por meio do Sindicato tem sido bem aceitas em nível de Estado. Outra questão que a entidade tem trabalhado é o CAR, na organização de documentos de produtores, tirando dúvidas a respeito do cadastro; a regularização da parte tributária dos produtores rurais, como ITR, CCIR e folha de pagamento. O Sindicato continua trabalhando também na capacitação do produtor rural, em conjunto com o SENAR, tentando transformar cada vez mais o produtor rural em um empresário rural. Nesse sentido, também temos os eventos técnicos, onde o produtor é sempre levado a pensar sua propriedade como uma empresa, escutando novas ideias, trocando informações. Com todas essas ações, o Sindicato tem sido bem avaliado e a demanda continua sendo grande. A perspectiva é que a entidade continue trazendo informações e conhecimentos para que isso agregue na rentabilidade e crescimento do produtor”.

PERSPECTIVAS

“Poderá ocorrer alguns ajustes econômicos por parte do Governo Federal, como encarecimento de juros agrícolas e aumento de impostos. Isso pode dar uma segurada grande no desenvolvimento da agropecuária nacional. O que temos visto esse ano é que o setor do agronegócio é o que menos sentiu essa crise. Os grandes centros urbanos estão sentindo as consequências da crise há vários meses. No Revista do Produtor Rural do Paraná

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MANCHETE

ANTON GORA

Vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava e diretor da FAEP 2015 ainda foi um bom ano para o agronegócio, os preços ainda estavam razoáveis, assim como as produtividades. Penso que o agronegócio foi a atividade que sustentou a economia do Brasil e também equilibrou as balanças de exportações. Já 2016, eu vejo com preocupação. A impressão que eu tenho é que a situação política vai piorar e isso vai fazer com que as commodities caiam. No cenário in-

ALCEU SEBASTIÃO PIRES DE ARAÚJO

Diretor do Sindicato Rural de Guarapuava

A pecuária nacional, incluindo a pecuária paranaense, vem experimentando momentos muito bons, porque houve a valorização da carne e a integração das cadeias. O público consumidor se tornou mais exigente, com isso uma nova possibilidade de mercado, com carnes

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ternacional, a expectativa é que o consumo de commodities despenque e a produção aumente. E nós, brasileiros, vamos continuar enfrentando dificuldades econômicas, porque a conta que foi gerada em todos os anos passados vai ser cobrada. Eu vejo também com muita preocupação a questão do clima. Tem um velho ditado que diz que são sete anos de vacas gordas e sete anos de vacas magras. Acho que começaremos agora os setes anos de vacas magras. Nós já tivemos um inverno muito ruim em termos de produtividade e estamos plantando a safra de verão em condições ruins. Isso, com certeza, vai se traduzir em uma queda de produtividade. O clima úmido vai gerar uma série de doenças que vão ter que ser controladas e vão deixar um inóculo já para o ano que vem. Outro tema que eu acho importante é que, nos últimos anos, a pesquisa foi praticamente desmantelada e ela era um dos pilares do agronegócio brasileiro. As empresas de pesquisas não geraram praticamente tecnologia nos últimos anos. Para os produtores rurais, a mensagem é que todos devem se conscientizar dos problemas que estão vindo e começar a pensar em estratégias para enfrentar essas dificuldades”.

mais nobres, foi criada. Os mercados externos estão mais abertos, a Arábia Saudita é um exemplo, pois, acabou de voltar a comprar nossa carne com volumes e demandas bem interessantes. No Paraná, recentemente teve o lançamento do Plano Pecuária Moderna, que está dando um novo norte na linha de produção, com qualificação do produtor, assistência técnica e destinação de recurso. Acho que com tudo isso, a gente tem um momento importante na pecuária do Estado. Eu vejo que o pecuarista precisa evoluir ou vai acabar saindo fora do processo. Fico frustrado com a pouca participação do pecuarista em alguns projetos do setor. Geralmente, são pessoas mais velhas que coordenam a atividade, se consideram tradicionais e não buscam uma forma de evoluir. O fato é que a pecuária tradicional, aquela de quatro anos atrás, tornou-se praticamente inviável. Quem vem participando das reuniões do Plano está bastante otimista. Acredito muito no setor da pecuária, pois é uma atividade que pode crescer muito no Brasil. O agronegócio como um todo é o que movimenta esse país e o que dá suporte para o crescimento”.


JAIRO LUIZ RAMOS NETO

Diretor do Sindicato Rural de Guarapuava Esse ano, o setor leiteiro foi razoável. Não foi o melhor ano, pois tivemos uma queda de preço, apenas com uma pequena recuperação nos meses de setembro e outubro. Esperamos que em 2016 a atividade seja mais promissora com melhores preços e melhores condições para

CURSOS DO SENAR

APARECIDO ADEMIR GROSSE

Supervisor Regional Senar

Na busca da profissionalização do capital humano das empresas rurais e por consequência o aumento da renda e da qualidade de vida, a Regional Guarapuava do Senar-PR ofereceu treinamentos contemplando todas as cadeias produtivas do setor rural, tendo atendido os 28 municípios pertencentes à Regional. Os produtores rurais mais conscientes quanto as exigências legais, mas principalmente aqueles que acham importante a qualificação profissional, têm buscado os treinamentos. O papel do Sindicato Rural, parceiros governamentais e da iniciativa privada, foi fundamental para o

a gente produzir. A realização do 1º Simpósio Regional de Bovinocultura de Leite, por meio da Comissão do Sindicato Rural de Guarapuava, foi um grande feito. Não só para a comissão, mas para o Sindicato Rural, que desde sempre nos apoiou. Esperamos que em 2016, nós consigamos realizar o 2º Simpósio, dado a relevância desse evento no quesito de transmitir conhecimento, trazendo mais informações e tornando nosso produtor cada vez mais profissional e mais eficiente na sua atividade. Sabemos que em 2016, o cenário não será tão bom em função de clima, dificuldade de produzir grãos no verão e questões econômicas. Mas, como toda dificuldade, temos que encará-la. 2016 pode ser um ano difícil, mas pode ser de realizações também. Quanto mais difíceis são as coisas, melhores e mais saborosas serão nossas vitórias. A mensagem que eu deixo aos associados e a todos os produtores é fazer aquilo que sempre fizemos: trabalhar e trabalhar com eficiência, para que possamos vencer todas as dificuldades e obter sucesso na nossa atividade”. cumprimento das metas da Regional, do Senar e para o atendimento com qualidade. O resultado positivo dos treinamentos é a consequência da soma de esforços, mas em especial da atuação dos instrutores, que são altamente qualificados e comprometidos com a qualificação profissional rural. Para 2016, o Senar-PR está com inovações em diversas áreas e ajustes em treinamentos já existentes, procurando atender empresas rurais com produtos customizados: Capacitação para Gestores Rurais; mudanças no programa de cursos para aplicadores de agrotóxico com foco no cumprimento legal e adequação aos novos equipamentos; treinamentos em AP (Agricultura de Precisão); Centro Tecnológico de Avicultura; treinamentos em mecânica e soldador; Olericultura – 12 novos módulos para a cadeia produtiva e outros. Para os que tiverem interesse em realizar os cursos do Senar-PR, basta entrar em contato com o Sindicato Rural do seu município e fazer o planejamento para 2016”.

NÚMERO DE CURSOS E PARTICIPANTES DA REGIONAL SENAR – GUARAPUAVA

91 (e Foz do Jordão)

13

865

46

456 130

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Evento

No caminho da soja

O

Sindicato Rural de Guarapuava sediou no dia 28 de outubro, mais um evento que trouxe orientação sobre uma das principais culturas do Brasil: o projeto “No Caminho da Soja”. Na iniciativa, o jornalista João Batista Olivi (Canal Rural), Fabrício Rosa (Aprosoja Brasil) e José Eduardo Sismeiro (Aprosoja Paraná), divulgaram e debateram, com produtores rurais, informações sobre mercado e questões ligadas à tecnologia das cultivares. O evento também destacou a importância do manejo integrado de praças (MIP), em palestra do pesquisador Arnold de Oliveira (Embrapa Soja). Compareceram ao encontro, no anfiteatro da entidade, diretores e associados do sindicato, produtores rurais em geral e profissionais ligados ao agronegócio. Na abertura, João Batista saudou o público e fez um resumo dos

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Revista do Produtor Rural do Paraná

Mesa redonda: debate sobre royalties mais recentes fatos da política e da economia brasileiras. O presidente do Sindicato Rural, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, agradeceu a presença do projeto No Caminho da Soja e dos participantes. Depois de uma apresentação de tecnologias da Syngenta, Rosa e Sismeiro comentaram a atuação da APROSOJA, junto a esferas de governo, em busca de melhores condições para a produção. Eles assinalaram que, entre as principais reivindicações, as entidades têm se mobilizado para que no Brasil o trâmite de aprovação de novos agroquímicos para a soja aconteça mais rápido. Em seguida, o pesquisador da Embrapa Soja enfocou o MIP.Com a participação dos palestrantes, ao lado de diretores do Sindicato Rural, como Rodolpho Botelho e Josef Pfann Filho, uma mesa redonda encerrou o evento, promovendo debate com o público. Um dos principais temas abordados foi a forma de pagamento de royalties por tecnologias na agricultura.

Em entrevista, Josef Pfann Filho defendeu que os critérios de pagamento sejam justos para as empresas e os produtores rurais. “Acho que com regras mais claras e mais simples o processo de produção deve melhorar e vai tranquilizar bastante o produtor, dando a ele uma visão melhor”, opinou. Já na aprovação do uso de novas tecnologias em agroquímicos para a soja, o diretor-executivo da APROSOJA Brasil voltou a frisar que o Brasil necessita de maior agilidade. “Hoje temos produtos que estão perdendo eficiência. E infelizmente, temos uma fila de registro que demora muito tempo, de cinco a sete anos para registrar um produto novo”, assinalou. Fabrício Rosa ponderou que o controle químico de doenças e pragas, por outro lado, também precisa ser acompanhado de um correto manejo: “Existem outros controles que o produtor precisa fazer, rotação de culturas, épocas, o controle do próprio solo, mas se não


Rodolpho L. W. Botelho

João Batista Olivi

José Sismeiro

Fabricio Rosa

Alex Reitzer

Arnold de Oliveira

tiver um produto químico eficiente, ele vai ter prejuízo, do mesmo jeito”. Ao falar pela APROSOJA Paraná, José Eduardo Sismeiro elogiou a realização do evento no Sindicato Rural.“Guarapuava, com o Sindicato Rural, e seu presidente, sempre nos acolhem muito bem. E representam uma região importante para a produtividade no Estado do Paraná. Por isso que sempre que há um evento da APROSOJA, a gente tenta trazer parte dele para Guarapuava”, disse. De acordo com ele, hoje, as principais bandeiras do setor, em nível estadual, são as mesmas em âmbito nacional. Também em entrevista, o pesquisador da Embrapa Soja, Arnold de Oliveira, destacou que a entidade de pesquisa, que se manifestou a favor do fim de soja sobre soja, vê

na difusão do MIP uma ferramenta importante para um uso racional de agroquímicos, preservando a tecnologia das cultivares. De acordo com Oliveira, as ações se voltam à difusão

daquela forma de manejo. “Hoje, temos parcerias que têm tentado trabalhar neste sentido. Uma parceria que tem funcionado é com a EMATER. Temos mais de 100 unidades de referência em andamento, cada uma tem três, quatro ou cinco hectares. Já é a terceira safra em que este trabalho vem andando com mais consistência”, relatou. O pesquisador disse esperar que as dificuldades na soja 2014/2015 levem o produtor a utilizar mais o MIP. “A expectativa nossa é que a partir desses problemas fitossanitários, como pragas, helicoverpa, a gente tenha uma atenção mais voltada para o MIP e esse manejo possa ocupar o espaço que precisa ser ocupado”, declarou. Com realização da Aprosoja, o projeto contou com o apoio de Embrapa, Syngenta, Notícias Agrícolas, e em Guarapuava, do Sindicato Rural.

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Nutrição animal

Silagem de grãos de milho reidratado na alimentação de novilhos confinados Marlon Richard Hilário da Silva1, Clóves Cabreira Jobim2, Mikael Neumann3

A

cadeia produtiva do milho situa-se entre as mais importantes do agronegócio brasileiro, respondendo por 37% da produção nacional de grãos. A demanda sobre essa commodity é crescente, reforçando o potencial deste cereal, tanto em termos produtivos, quanto econômicos. Mesmo diante deste cenário favorável, há inúmeros problemas relacionados a este setor, e principalmente à cadeia produtiva do milho, tais como, baixa produtividade por área, problemas de logística e comercialização, flutuação e falta de clareza na formação dos preços, pressão e barreiras agrícolas. No tocante à produção animal, trata-se de um importante componente com propriedades energéticas em dietas para bovinos, sendo amplamente utilizado nos sistema de produção de bovinos. Porém, de maneira corriqueira apresenta algumas inconformidades, tais como a inconstância no preço e sobre a qualidade nutricional e, por consequência, na produtividade animal. A característica de ingrediente energético provem principalmente da presença do amido, que perfaz em média 70% do grão, porém nem sempre esse amido apresenta disponibilidade e aproveitamento no rúmen, fatores estes que estão ligados a textura do grão, vitreosidade e quantidade de proteínas (prolaminas) revestindo os grânulos de amido no endosperma. De uma forma simplista, os grânulos de amido estão protegidos, dadas as devidos propor-

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Revista do Produtor Rural do Paraná

ções na comparação, mas seria como se houvesse uma espécie de “carapaça”. Essa característica é típica de grãos de milho com textura dura, sendo este tipo amplamente produzido no Brasil, em razão das características produtivas e sanitárias da planta. Porém, quando pensamos em alimentação animal, esse milho apresenta baixo aproveitamento, não superando 80% de degradabilidade ruminal na maioria das vezes, bem inferior ao milho tipo mole (dentado) com índices superiores nesse quesito, com aproveitamento próximo a 90%. Submetendo o milho somente ao processamento físico (moagem) não temos garantia de maximizar o aproveitamento, pois é dependente do teor de umidade e quantidade das proteínas que revestem os grânulos de amido. A ensilagem de grãos de milho reidratados apresenta-se como uma alternativa, com premissas a sanar e minimizar algumas problemáticas corriqueiras nos sistemas de produção que utilizam o milho para bovinos. Com esse método é possível reduzir ou eliminar custos com taxas, impostos, transporte, frete e armazenamento, bem como reduzir perdas por ataques de insetos e roedores, o que é muito comum no armazenamento. Outro ponto relevante está relacionado, a mantença da qualidade nutricional dos grãos e diminuição dos riscos alimentares (micotoxinas) durante o período de alimentação dos animais. Além disso, existe a possibilidade de compra do milho em períodos de flutuações favoráveis de preço,

principalmente no período de safra, com apelo econômico, proporcionando a diminuição dos custos de produção em bovinos e, em conseqüência, maior retorno econômico. Basicamente a reidratação consiste em devolver ao grão seco a umidade em torno de 30 - 40%, gerando condições adequadas para que seja possível ensilar. Para que o processo torne-se mais eficiente recomenda-se a moagem do grão, aumentando a capacidade absortiva e consequentemente de reidratação do grão. A ensilagem deverá seguir rígidas regras durante sua execução, com emprego de boas práticas nas etapas de compactação, vedação e manejo de fornecimento aos animais, com consequências a melhorar o desempenho dos animais. Como regra de ouro, deve haver adequada homegeinização (mistura) da água e do milho moído. Para essas práticas existem opções que podem garantir bons resultados, dentre elas a adaptação de canos ao moinho, com passagem simultânea do material triturado e da água, controlando dessa maneira tanto a vazão da água quanto a passagem do milho moído. Outras opções seriam a utilização de vagão misturador misturando o milho processado a água e ainda pela adição de água após a moagem em um sistema de esteira ou rosca sem-fim. Para atingir a umidade entre 30 – 40%, em termos prático poderá ser adicionado em média de 250 à 300 L por tonelada de milho moído, quando este possuir umidade entre 10 e 12%. A


umidade no grão de milho ensilado propicia, durante a fase fermentativa no silo, a ocorrência de proteólise da matriz proteica (quebra de proteína), principalmente as mais complexas como as prolaminas, podendo resultar em maior disponibilidade de nutrientes. Além disso, pode possibilitar o aumento da digestibilidade do amido, melhorando dessa forma a eficiência no uso do grão de milho reidratado ensilado (Figura 1), assegurando melhor desempenho e otimização quando do uso em dietas de bovinos.

com a forma de processamento utilizada para o milho presente na dieta, sendo: Grão de milho seco finamente moído em peneira de 2 mm (MSF); Grão de milho seco moído em peneira de 6 mm (MSGM); Silagem de grãos milho finamente moído em peneira 2 mm e reidratado (SMFMR); Silagem de grãos de milho moído em peneira 6 mm e reidratado (SMGMR) e, como parte comum da dieta foi incluído um concentrado proteico com adição de vitaminas e minerais e silagem de milho de planta inteira (Tabela 1 ).

Tabela 1. Composição das dietas experimentais As dietas que possuíam silagem de grão de milho reidratado INGREDIENTES

TRATAMENTOS MS

MS

SMF

SMM

38

-

-

-

Milho seco moído (6 mm)

-

38

-

-

Milho finamente moído, reidratado e ensilado

-

-

38

-

Milho grosseiramente moído, reidratado e ensilado

-

-

-

38

Concentrado

12

12

12

12

Silagem de Milho Planta inteira

50

50

50

50

% DA MATÉRIA SECA Milho seco finamente moído (2 mm)

Tabela 2. Características de desempenho e carcaça de novilhos alimentados com dietas contendo grão de milho seco finamente moído (MSFM), grão de milho seco grosseiramente moído (MSGM), Silagem de grão de milho finamente moído e reidratado (SMFMR) e Silagem de grão de milho grosseiramente moído e reidratado (SMGMR) VARIÁVEL

Figura 1 - A: Silagem de grão de milho finamente moído e reidratado. B: Silagem de grão de milho grosseiramente moído e reidratado. Em trabalho de pesquisa desenvolvido na Unidade didática de Bovinos de corte na Universidade Estadual do Centro-Oeste, foram evidenciados alguns benefícios do uso do grão reidratado em dietas de bovinos de corte em fase de terminação (Figura 2). Foram utilizados neste experimento novilhos precoces advindo de cruzamentos industriais (Angus x Charolês), com peso médio ao inicio do experimento de 370 kg. Os tratamentos foram definidos de acordo

TRATAMENTOS MSF

MSM

SMFR

SMM

Idade Inicial, meses

13,7

14,5

13,6

14,1

Peso Inicial, kg

373,7

375,30

374,70

373,30

Peso Final, kg

508,4

501,6

499,3

508,1

Ganho de peso, kg/dia

1,58

1,48

1,46

1,59

Eficiência alimentar, %

13,2

12,6

14,3

15,6

Peso de carcaça Quente, kg

282,1

276,0

276,7

282,7

Rendimento de carcaça, %

55,49

55,03

55,42

55,65

Espessura de gordura subcutânea, mm

4,57

4,70

4,25

4,94

% de Amido nas fezes

5,70

10,52

2,54

4,01

O processo de moagem embora simples de ser executado, acarreta em custos, sendo tanto maior quando menor for o processamento pretendido, dessa forma foram quantificados os custos, conforme consta na Tabela 3 para a produção de milho seco finamente moído em peneira 2 mm (MSF), milho seco moído em peneira de 6 mm (MSM), Silagem de milho moído fino em peneira de 2 mm e reidratado (SMFR) e Silagem de milho moido em peneira de 6 mm e reidratado (SMMR). Revista do Produtor Rural do Paraná

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Figura 2 – Novilhos utilizados no experimento sendo alimentados

Tabela 3. Custo da tonelada (R$) do grão de milho utilizados nas dietas experimentais PARÂMETRO (R$)

MSF

MSM

SMFR

SMMR

547,00

547,00

547,00

547,00

4,91

2,34

4,91

2,34

2,70

1,28

2,70

1,28

3,33

3,33

-

-

0,50

0,50

-

-

Reidratação, ton

-

-

0,20

0,20

Compactação, ton

-

-

1,00

1,00

Vedação, ton

-

-

9,80

9,80

-

2,20

2,20

554,45

567,81

563,82

Milho grão, ton

1

Moagem, Kwh/ton2 Moagem, R$/ton Armazenamento, ton

3

Controle de pragas, ton

Aditivo, ton

TOTAL, R$ / tonelada

558,84

As silagens apresentaram maiores custos por tonelada, devido a outras etapas necessárias (Compactação, aditivo e vedação). No a silagem de grãos de milho moído em peneira 6 mm e reidratado (SMMR) apresentou maior viabilidade econômica pois promovida pelo melhor resultado sobre o desempenho e pela melhor rentabilidade nos animais pertencentes a esse grupo, seguidos dos animais que possuíam a inclusão do milho grão seco finamente moído (MSF), Silagem de grão de Milho finamente moído e reidratado (SMFR) e grão de Milho seco moído (MSM), conforme demonstrado na Tabela 4. De acordo com esse estudo, o uso de silagem de grãos de milho reidratado em dietas para bovinos de corte em terminação apresenta viabilidade, com ótimos resultados do ponto de vista produtivo e econômico.

Milho – Cotação em Outubro de 2015 (fonte: Cepea/ESALQ) kWhora/tonelada para moagem do grão foram determinados segundo metodologia de Pozza et al. (2005) 3 Armazenamento = 0,20/saca/mês e controle de pragas = 0,03/ saca/mês (fonte: Scot Consultoria) Custo Kwh = R$ 0,55 cotação em Outubro de 2015 (Fonte: Energisa) 1 2

Tabela 4. Análise da viabilidade econômica das rações experimentais ÍNDICES

MSM

SMFR

SMMR

Peso final, @

18,80

18,40

18,44

18,85

@ produzidas no confinamento

6,34

5,89

5,95

6,40

Custo da ração/dia, R$/boi

5,98

6,17

5,44

5,62

Custo alimentar, R$ boi

502,34

518,35

457,18

471,81

Custo da @ produzida, R$

79,23

88,01

76,84

73,72

Receita Bruta

939,91

873,19

882,09

948,80

MSF – R$ 0,526/kg de MS; MSM - R$ 0,524/kg de MS; SMFR - R$ 0,529/kg de MS; SMMR - R$ 0,527/kg de MS @ boi gordo – R$ 148,25 - Cotação Outubro de 2015 (fonte: Cepea/ESALQ) 2 RMCA= receita menos custo com alimentação

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Revista do Produtor Rural do Paraná

Doutor em Zootecnia, Professor de Nutrição e produção de Ruminantes do departamento de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do CentroOeste – UNICENTRO – Email: marlon_rhs@hotmail.com

2

Doutor em Zootecnia, Professor de Qualidade e conservação de forragens do Departamento de Zootecnia da Universidade Estadual de Maringá - UEM

3

Doutor em Zootecnia, Professor de Nutrição de ruminantes do departamento de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Centro-Oeste UNICENTRO

TRATAMENTOS1 MSF

1

1



Legislação trabalhista

Decker, De Rocco Bastos Advogados Associados Fábio Farés Decker (OAB/PR nº 26.745) Tânia Nunes De Rocco Bastos (OAB/PR nº 20.655) Vivian Albernaz (OAB/PR nº41.281)

A terceirização no setor rural

O

campo exige um trabalho bem diferenciado daquele praticado na cidade. A atividade rural, em regra, é intensa em determinados meses do ano e em outros, moderada. Além disso, a atividade rural exige máquinas ou equipamentos de alta tecnologia, o que em muitos casos, inviabiliza a atividade profissional dos pequenos e médios produtores rurais. Com base nesse cenário específico encontrado no setor rural brasileiro, e em razão das especificidades da atividade, o projeto de lei n.º 4.330/2004, que trata da terceirização de atividades profissionais poderá favorecer referido setor. Diante da necessidade de se modernizar, o setor agropecuário brasileiro e da sazonalidade da atividade, emerge o debate sobre a possibilidade de contratação de empresas terceirizadas no País. A contratação de terceirizados, em tese, é um negócio jurídico válido, nos termos do artigo 104 do Código Civil, que admite a validade de qualquer negócio jurídico, desde que se tenha alguns requisitos pré definidos. Além disso, o artigo 455 da Consolidação das Leis do Trabalho admite a responsabilidade patrimonial do empreiteiro, frente ao inadimplemento das obrigações trabalhistas do sub empreiteiro. Entretanto, verifica-se que os artigos citados apenas admitiram de maneira genérica a contratação terceirizada, ante a ausência de lei própria que regulamente a prática da terceirização. Assim, diante da carência de legislação específica sobre a contratação de mão de obra terceirizada, o TST definiu por meio da Súmula n.º 331, o único ato regulatório existente sobre o tema. A Súmula estabeleceu situações lícitas

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e ilícitas de terceirização, utilizando como parâmetro se a contratação da empresa terceirizada alcançava atividade meio ou atividade fim da contratante. Atividade meio, em síntese, é aquela que não constitui objeto social da empresa, também denominada de atividade intermediária ou não essencial. Já a atividade fim, ao inverso, seria qualquer atividade essencial ao objetivo principal da empresa, normalmente expressa no contrato social como atividade fundamental. A norma autoriza a utilização de mão de obra terceirizada para os serviços de vigilância, conservação e limpeza, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta do empregado e, ainda, limita a terceirização apenas para desempenhar serviços considerados como atividade meio do contratante, vedando a contratação terceirizada de atividades fim. Não se pretende criticar a referida Súmula, uma vez que ela solucionou parte da lacuna existente, coibindo a utilização desenfreada da terceirização a fim de proteger os direitos dos empregados. Contudo, o verbete não abarca todas as hipóteses inerentes ao mecanismo produtivo da terceirização. Ademais, a proibição de terceirização baseada em interpretação jurisprudencial do que seria atividade fim interfere no direito fundamental da livre iniciativa, pois cerceia a liberdade do empreendedor de organizar sua atividade empresarial da forma que entenda ser mais eficiente, desde que seja lícito. O que se deve ter em mente é o que caracteriza uma terceirização lícita, a qual além de benéfica só trará mais proteção e segurança jurídica para as partes envolvidas, quando regulamentada.

A título de ilustração, a terceirização viabilizaria um aumento significativo na produtividade do setor agropecuário brasileiro. Os pequenos e médios produtores muitas vezes não conseguem adquirir e preservar determinado equipamento e, com isso, acabam impedidos de aprimorar sua produção. Nesse sentido, caso permitida a terceirização dessa atividade, chancelaria a inserção de empresas especializadas para serviços específicos, estimulando maior competitividade e eficiência da produção. Tramitam atualmente no Congresso Nacional algumas propostas com o objetivo de regulamentar a terceirização. A mais relevante delas, defendida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), é o Projeto de Lei n.º 4.330/2004, que trata integralmente sobre o tema, esmiuçando os direitos e as obrigações de todas as partes envolvidas na contratação, além de consolidar as possibilidades permitidas de contratação terceirizada. Referido projeto de lei já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, estando atualmente no Senado para votação. Para o agronegócio, a terceirização acabará com uma brecha na legislação brasileira, que hoje só permite este modelo de contratação de serviços nas atividades meio e não nas atividades fim. De qualquer forma, para segurança, os produtores rurais e empresas contratantes deverão sempre procurar prestadores de serviços que tenham experiência e que cumpram com as obrigações trabalhistas e previdenciárias dos empregados terceirizados, uma vez que, em se tratando de matéria de direito do trabalho, a responsabilidade do tomador de serviços é solidária.


Revista do Produtor Rural do Paranรก

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Alimentos

ERVA-MATE

é tema de pesquisa

Q

ue o chimarrão tem a propriedade de dar um sabor todo especial a uma boa conversa entre amigos, os brasileiros do Sul e do Centro-Oeste já sabem há muito tempo. Que o produto faz parte de toda uma tradição campeira, preservada até hoje, disso ninguém tem dúvida. Mas sua matéria-prima, a erva-mate, contém também, em grande quantidade, substâncias que levaram dois pesquisadores a se debruçar sobre esta cultura: os chamados compostos fenólicos (polifenóis dietéticos). Em sua pesquisa iniciada no começo de 2015, o farmacêutico brasileiro Euclides Lara Cardozo Junior, da Universidade Paranaense (UNIPAR, Campus Toledo – PR), e a francesa Christine Morand, do instituto de pesquisa INRA (Institut National de la Recherche Agronomique – Unidade de Clermont-Ferrand – França), têm uma linha clara: afirmando que os

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Pesquisadora francesa veio a Guarapuava, com colega paranaense, conhecer de perto o setor da erva-mate

polifenóis dietéticos contribuem para prevenção de doenças cardiovasculares, eles estão reunindo voluntários para um estudo que analisará os efeitos do consumo do produto em seres humanos. O interesse de ambos em alimentos saudáveis é uma das bases do trabalho. Na UNIPAR, Cardozo é professor da graduação e do mestrado em Farmácia, além de ter feito estágio pós-doutorado no mesmo instituto de pesquisas em que atua sua colega francesa. Christine, por sua vez, trabalha na Unidade de Nutrição Humana do INRA, onde grupos de pesquisa têm por objetivo fornecer evidências sobre os efeitos dos polifenóis dietéticos na proteção cardiovascular em humanos e decifrar seus mecanis-

mos moleculares de ação - o instituto, com sede em Paris e 17 centros regionais, é a principal entidade de pesquisa agronômica na Europa e a segunda em ciências agrícolas no mundo, com trabalhos nos setores da alimentação, agricultura e meio ambiente. Para a pesquisadora, uma vinda a Guarapuava, no dia 12 de novembro, em companhia de Cardozo, foi a oportunidade de ampliar o conhecimento sobre o principal objeto da pesquisa que realizarão. O programa incluiu visitação a uma propriedade e a três fábricas. No campo, a primeira etapa foi no distrito de Guairacá, numa área de produção que, como várias no centro-sul do Paraná, segue o chamado sistema de


sombreamento (erval sob as araucárias), mas que se encontra em transição para o cultivo sem agroquímicos. Os proprietários, Waldemar Geteski e a esposa Marlene, conversaram com os pesquisadores, explicando a implantação, manejo, colheita e transporte. Nas indústrias, os visitantes presenciaram todo o processo, da recepção à secagem das folhas e ao empacotamento. Falando à REVISTA DO PRODUTOR RURAL, Christine relembrou que a ideia do trabalho sobre erva-mate surgiu em 2013, durante uma estada de Cardozo na unidade do INRA em Clermont-Ferrand. Na ocasião, o pesquisador brasileiro trabalhou com ela em pesquisas já em andamento no instituto. “Foi ele que nos trouxe a ideia de refletir sobre a erva-mate. Debatendo sobre a composição, decidimos montar um projeto sobre os efeitos na saúde”, disse. No final daquele ano, acrescentou, a linha de ação foi definida. Cardozo iniciou o trabalho

Em uma propriedade, os pesquisadores receberam dos produtores Waldemar Geteski e Marlene explicações sobre o cultivo

ao retornar ao Brasil. Depois de realizar as etapas administrativas em 2014, o pesquisador deu início, em 2015, à busca por 36 voluntários para o trabalho. Os participantes serão divididos em dois

grupos: um receberá cápsulas de extrato de erva-mate; outro, apenas cápsulas de um placebo, que não tem nenhum efeito sobre o organismo. Ao final, os dois serão comparados. “Há compostos, na

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erva-mate, notadamente os que chamamos de polifenóis, que são bioativos potentes. Vamos tentar demonstrar que estes compostos, que são trazidos pelo consumo da erva-mate, são capazes de proteger nossa saúde, medindo bio-marcadores que estão ligados aos riscos cardiovasculares”, disse Christine. Para que o estudo tenha uma base estatística, completou, será necessário que pelo menos 30 voluntários cheguem até o final dos testes. O prazo de duração, segundo a pesquisadora, poderá se estender a dois anos, já que o recrutamento dos participantes está apenas começan-

Em apenas uma das três fábricas visitadas, a industrialização da erva-mate gera cerca de 160 postos de trabalho

Ervais e araucárias: um ‘casamento’ em favor da natureza e das tradições

Se, na cozinha, o chimarrão combina muito bem com um delicioso pinhão assado em chapa de fogão à lenha, o cultivo da erva-mate mostra que o ‘casamento’ ambientalmente correto entre as duas espécies vegetais começa já no campo. Há anos, produtores de diversas regiões têm praticado o cultivo sob a sombra das araucárias. Com isso, o pinheiro ajuda a preservar a bebida símbolo das tradições sulistas; e a erva-mate acaba por promover a perenidade dos pinhais, patrimônio da biodiversidade que tornou-se também um símbolo da paisagem meridional brasileira. Na área de erva-mate visitada pelos pesquisadores Christine Morrand e Euclides Lara Cardoso Junior, em Guarapuava, este é o sistema produtivo.

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De acordo com os proprietários, que há vários anos decidiram investir na cultura, a atividade teve início em três hectares, aumentando ao longo do tempo até chegar aos atuais 40 hectares. Hoje, são cerca de 100 mil árvores em produção e uma meta de cinco toneladas de erva-mate crua por hectare/ano. Além da condução feita no sistema de sombreamento, suas áreas seguem outra tendência que vem ganhando espaço: a produção com base em um manejo cada vez mais ambientalmente correto. “Os produtores que vêm pensando com bom espírito comercial estão fazendo com que seus ervais caminhem para uma conversão para erva-mate orgânica, buscando a certificação”, explicou Waldemar Geteski. Ele conta que também vem dando atenção a detalhes importantes para a produção e a natureza, como o solo. “Temos usado, no inverno, a cobertura com aveia. No verão, estamos testando alguns tipos de leguminosa, para cobertura, e fazendo a complementação de fertilização conforme análise de solo e recomendação do agrônomo que nos assiste”, especificou

do e que, depois, todos os dados terão de ser minuciosamente analisados. Cardozo destacou que na França é grande o conhecimento e o interesse pelos chamados alimentos funcionais. De acordo com ele, já foi comprovado que produtos como suco de uva e cacau podem trazer benefícios na prevenção de problemas cardiovasculares. “Essas são as doenças que mais estão crescendo no mundo hoje em dia: hipertensão, colesterol, triglicérides. Mas existem vários produtos que podem auxiliar na manutenção da saúde”, ponderou. Também os anfitriões, no campo e nas indústrias, ficaram felizes com a presença de Cardozo e Christine em Guarapuava. Proprietários da área de erva-mate visitada, Waldemar Geteski e a esposa Marlene consideraram que o fato valoriza a cultura da erva-mate. A atividade, destacaram, encontra-se diante de um momento desafiador: “existem excedentes de produção e declínio do preço pago ao produtor”, declarou Waldemar. Ainda conforme apontou, os investimentos necessários tornaram-se elevados. “Hoje, nossos custos estão beirando aproximadamente dois terços do preço de venda”. Em sua avaliação, uma maior utilização da erva-mate, em novos produtos, poderia ajudar o setor. Marlene também ressaltou a importância da cultura: “Penso que a erva-mate está sendo valorizada, mostrando que é não só típica do Paraná, do Rio Grande do Sul, do Brasil, e que pode se estender pelo mundo inteiro”.


Tecnologia de Manejo

REFÚGIO

O

milho Bt é obtido por meio da transformação genética de plantas de milho com genes da bactéria Bacillus thuringienses, os quais resultam em proteínas com ação inseticida. Uma inovação que exige muita pesquisa, investimento e a adoção de programas de Manejo de Residência de Insetos (MRI) para a sua preservação.

Mas que negócio é esse de resistência de insetos?

E o que o Manejo de Resistência de Insetos (MRI) tem a ver com isso? O MRI é o manejo das populações de insetos, para evitar que a frequência de indivíduos resistentes aumente, causando falhas no controle. Assim o MRI destaca-se como um importante componente dos programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP). As boas práticas de MRI devem ser adotadas simultaneamente para atingir os melhores resultados.

A residência é uma característica genética pré-adaptativa, ou seja, pode estar presente na população de insetos antes da utilização de quaisquer dos métodos de controle. Pode ocorrer então a seleção dos indivíduos naturalmente resistentes a determinada tática de controle. Inseto suscetível a Bt

Inseto suscetível a Bt

Inseto resistente a Bt

Inseto resistente a Bt

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Dentre as práticas de MRI em culturas Bt, destaca-se a Adoção de áreas de refúgio, permitindo que uma quantidade significativa de insetos-alvo da tecnologia não seja exposta às proteínas Bt, sendo essas então fontes de insetos suscetíveis. No entanto diversas práticas de MIP devem ser adotadas concomitantemente visando atingir os melhores resultados.

E para acabar com a festa dos insetos, sai até casamento Dessa forma, insetos suscetíveis quando adultos podem acasalar qualquer raro individuo naturalmente resistente que sobreviveu no milho Bt. Assim, a sustentabilidade poderá ser transmitida aos descendentes, garantindo a sustentabilidade da eficácia de controle.

Adoção de áreas de refúgio O plantio e a manutenção das áreas de refúgio representam o principal componente do plano de Manejo de Resistência de Insetos (MRI) das culturas Bt. O objetivo do refúgio é manter uma população de insetos-para-alvo da tecnologia Bt sem exposição à proteína Bt.

São diversas configurações para sua área de refúgio A área de refúgio pode ser elaborada seguindo diversas configurações. O objetivo é proteger a tecnologia Bt sem prejudicar o seu negócio. Escolha a melhor para a sua propriedade.

BLOCO Plante uma área de refúgio na forma de um bloco de milho convencional adjacente à área de milho Bt

PERÍMETRO Plante uma área de refúgio na forma do perímetro ou 4 a 6 linhas do campo de milho Bt

FAIXAS Plante uma área de refúgio na forma do perímetro ou 4 a 6 linhas de milho convencional dentro da área de milho Bt.

PIVÔ CENTRAL Plante O refúgio na proporção recomendada pela empresa produtora da semente dentro da área irrigada.

EM CONJUNTO COM OUTRA CULTURA Plante uma área de refúgio de milho convencional até 800m dá área de milho Bt

Refúgio Milho Bt Outra cultura

ATENÇÃO

• Faça primeiro a semeadura da área do refúgio com as sementes de milho não Bt; • Caso a população de pragas-alvo atinja o nível de dano econômico na área de refúgio, o controle poderá ser realizado com inseticidas que não sejam formulados à base de Bt; • A área do refúgio deve estar na área irrigada para que tenha as mesmas condições de manejo. OBSERVAÇÃO O plantio da área do refúgio não eilimina a necessidade de atender à Norma de Consistência (Resolução Normativa 04, publicada no DOU nº 163, de 23/8/2007, seção I, página 19) e estabelecida pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio).

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Conjuntura

Mercado do boi gordo no estado do Paraná Amanda Peniche dos Santos Suellen Valério Dias Paulo Rossi Junior

Centro de Informação do Agronegócio da UFPR www.ciaufpr.com.br

C

om oferta limitada e mercado interno lento, o mercado físico do boi gordo permaneceu estável durante os meses de outubro e novembro. De acordo com o indicador de preços da arroba do boi gordo, CIA/UFPR, em relação aos meses de outubro e novembro de 2015, a média das cotações foi de R$ 146,59 com variação de 1,4% em relação ao primeiro e ao último dia do período analisado. O maior e o menor preços registrados foram de R$ 148,04 e R$ 146,08, respectivamente. Em relação à arroba da vaca gorda, a média para o período em questão foi de R$ 137,62. O preço máximo atingido foi de R$ 139,85 no dia 1/11/2015, enquanto que o menor valor foi de R$ 135,48 logo no início do mês de outubro de 2015. A variação percentual do preço em relação ao primeiro e ao último dia do período foi de 3,23%.

Figura 1. Preços das arrobas do boi gordo e da vaca gorda, no estado do Paraná, nos meses de outubro de 2015 e novembro de 2015. Fonte: CIA/UFPR Como foi observado na análise do CIA/UFPR, outubro foi marcado pela estabilidade de preços e lentidão do mercado do boi gordo. A baixa demanda e a pouca oferta de

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animais confinados para venda aos frigoríficos controlaram os preços que apresentaram tendência de alta. Porém, as vendas fracas não permitiram grandes valorizações. Mesmo com a proximidade de novembro o mercado interno não mostrou melhora o que segurou as indústrias a adquirir as boiadas que estavam confinadas. Houve compras de boiadas, mas a indústria estava cautelosa. Mesmo assim, o volume de animais confinados não foi suficiente para reduzir os preços. A proximidade do final do ano e o inicio de novembro trouxeram expectativa de melhora para o mercado interno. As chuvas das primeiras semanas do mês até aumentaram a oferta de gado para a indústria. Porém, com a demanda ainda lenta, os preços não sofreram grandes alterações. Nem mesmo com as paralisações dos caminhoneiros no estado do Paraná e a consequente limitação nos abates foi capaz de alterar as cotações do boi gordo. Assim, novembro segue com estabilidade de preços devido ao consumo em retração e a baixa oferta de boiadas. O que têm animado os pecuaristas são as exportações. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), outubro foi o mês que alcançou o melhor resultado do ano. As 138,7 toneladas de carne exportadas renderam faturamento de U$$ 557,3 milhões. Hong Kong e China lideram a lista de importadores. O primeiro com 33 mil toneladas e faturamento de U$$ 114 milhões. E o segundo com 17 mil toneladas e faturamento de U$$ 83 milhões. Para novembro, a expectativa está em torno da Arábia Saudita. O país reabriu seu mercado para o Brasil a partir do inicio deste mês. Quanto ao novilho precoce, segundo o indicador CIA/ UFPR de outubro,a arroba iniciou o mês no valor de R$ 156,76. Esta foi a mais alta cotação do período analisado. Na semana seguinte, nota-se uma gradativa queda no preço, que chegou aos R$ 152,65. No entanto, o valor logo apresentou uma alta e atingiu os R$ 152,85 no fim do mês. Em novembro de 2015 o preço voltou a cair, sendo então


cotado a R$ 152,40. A novilha precoce, assim como o novilho, iniciou o mês de outubro de 2015 com o seu maior valor registrado para o período, que foi de R$ 149,21. Em contrapartida, a arroba fechou o mês em seu menor valor, sendo cotada a R$ 149,89. Tal valor manteve-se constante no início do mês de novembro de 2015, e na segunda semana do mês apresentou um leve aumento, tendo a cotação fechada a R$ 149,96.

Figura 2. Preços do novilho e da novilha precoces, no estado do Paraná, nos meses de outubro de 2015 e novembro de 2015. Fonte: CIA/UFPR

Os dados obtidos pela CIA/UFPR referentes ao bezerro entre os meses de outubro e novembro de 2015 mostram que o menor valor cotado foi de R$ 1.308,62 a partir do dia 23/10/2015. Este valor manteve-se praticamente inalterado até o mês de novembro de 2015. Já o valor máximo foi de R$ 1.330,63, podendo ser observado entre os dias 09/10/2015 e 15/10/2015. A média para o período foi de R$ 1.320,78. Nota-se que o novilho e o bezerro acompanharam a tendência de estabilidade do boi gordo durante os meses analisados.

Figura 3. Preços do bezerro, no estado do Paraná, nos meses de outubro de 2015 e novembro de 2015. Fonte: CIA/UFPR

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Extensão Presidente do Sindicato Rural conversa com acadêmicos de Agronomia da Unicentro

O presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, realizou um bate-papo com os alunos do 4º ano do curso de Agronomia da Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste) no dia 23 de novembro, a convite da professora do Departamento de Agronomia da Unicentro, Deonisia Martinichen, responsável pela disciplina de Comunicação Rural. “A disciplina debate a comunicação entre o agrônomo e o produtor. Fiz esse convite ao Rodolpho, para que ele repassasse a experiência dele como engenheiro agrônomo e como aconteceu, ao longo da carreira, esse diálogo entre ele e o produtor na assistência técnica”, observou Deonisia.

Alunos de Jornalismo visitam assessoria de comunicação do Sindicato Rural e Revista do Produtor Rural Os acadêmicos do 3º ano de Comunicação Social – Jornalismo da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) visitaram o Sindicato Rural de Guarapuava e a Revista do Produtor Rural no dia 17 de novembro. A jornalista Luciana de Queiroga Bren, editora da Revista do Produtor Rural, falou sobre plano de comunicação, a convite da professora Cristiele Tomm Deckert, responsável pela disciplina de Comunicação Organizacional. “Abordamos, no curso, a parte teórica e depois a prática, que é a elaboração de um plano de comunicação. No entanto, os alunos apresentaram algumas dúvidas sobre como e onde aplicar esse plano, além de como tornar prático os conceitos teóricos. Por isso, a conversa com a Luciana teve o objetivo de abrir os horizontes dos alunos, já que ela apresentou o seu plano de comunicação, feito para a entidade”.

Exposição Fazendas Históricas na ALAC Fotografias de Fazendas Históricas de Guarapuava e região, publicadas na REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ (publicação do Sindicato Rural de Guarapuava) foram expostas no evento “Para que não se perca a memória: Homenagem ao homem do campo que da terra tira sustento sem tirar a dignidade”, organizado pelo curso de Medicina Veterinária da Faculdade Campo Real, sob a coordenação do professor Luigi Chiaro, responsável pelas disciplinas de Sociologia e Relações Étnico-sociais. As fotografias ficaram expostas na Academia de Letras, Artes e Ciências de Guarapuava (Alac) de 12 a 19 de novembro, juntamente com obje-

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tos e ferramentas antigas. “O objetivo da mostra foi resgatar objetos antigos de uso diário nas fazendas, da lida do dia a dia no campo, que agora já se perderam até na memória do povo. Queremos mostrar para as pessoas da cidade a dificuldade que era tirar o sustento da

terra. Esses objetos são os antecessores de objetos mecanizados ou elétricos utilizados na atualidade. As fotografias de Fazendas Históricas também complementaram o cenário, mostrando as propriedades que ainda conservam seu aspecto antigo”, explicou Chiaro.


Febre aftosa

Campanha de vacinação encerrada

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segunda etapa da campanha estadual de vacinação de bovídeos (bovinos e bufalinos) contra a febre aftosa começou no dia 1º de novembro e encerrou no dia 30 de novembro. Foram vacinados animais de todas as idades, incluindo os bezerros recém-nascidos. Até o fechamento desta edição, os números não haviam sido fechados pela Adapar, mas a meta era imunizar 100% do rebanho bovídeo paranaense, que corresponde a cerca de 9,15 milhões de cabeças. Em Guarapuava, a médica veterinária da Adapar, Liziane Cogo dos Santos informou que também no centro-sul do Estado a meta era a imunização de todo o plantel bovídeo, que segundo dados de maio deste ano chega a 613.099 cabeças – só no município, o total gira em torno de 58.760 animais.

Obrigatoriedade da Vacinação e da Comprovação A aquisição e aplicação da vacina contra a febre aftosa é de responsabilidade do proprietário dos animais. A vacinação e a comprovação são obrigatórias, estando prevista em legislação estadual. A não vacinação ou não comprovação implica em multa mínima de R$ 752,80, podendo ser maior para rebanhos com mais de 10 cabeças, além de não poder transportar seus animais para qualquer finalidade.

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Campanha Produtor Solidário

Água para Minas Em cinco dias de campanha, o Sindicato Rural de Guarapuava arrecadou 2 mil litros de água, através da Campanha Produtor Solidário. A doação, feita por sócios e parceiros da entidade, foi despachada nos dias 24 e 27 de novembro para Governador Valadares-MG e região, para moradores atingidos pela tragédia causada pelo rompimento de duas barragens, no município de Mariana-MG. “A arrecadação do Sindicato Rural somou-se às demais que ocorreram em Guarapuava, sob a coordenação da empresária Márcia Masnik, integrante do grupo de corredoras amadoras, Divas do Asfalto. Agradecemos a todos que colaboraram”, comentou a gerente da entidade, Luciana de Queiroga Bren. Ao todo, Guarapuava, encaminhou cerca de 18 mil litros de água para Minas.

Tragédia As barragens Fundão e Santarém da Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP, se romperam no dia 5 de novembro, despejando 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério e água. O distrito de Bento Rodrigues foi destruído e centenas de pessoas ficaram desabrigadas. A tragédia deixou mortos, desaparecidos e desabrigados que sofrem com a poluição da água do leito do rio Doce. A lama alcançou outros distritos de Mariana, como Águas Claras, Ponte do Gama, Paracatu e Pedras, além da cidade de Barra Longa. Os rejeitos no Rio Doce afetaram dezenas de cidades na Região Leste de Minas Gerais e no Espírito Santo.

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Silvicultura

Eucalyptus benthamii destinado à energia Tayná Jornada Ben

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esde os primórdios da humanidade a lenha é o principal insumo energético doméstico e da agricultura, oriunda inicialmente de florestas nativas e atualmente das florestas plantadas destinadas a este propósito. Diante desta demanda, pesquisas vêm avançando e indicando que há diferenças energéticas entre as espécies florestais e a questão toda está relacionada à necessidade crescente deste insumo renovável. As florestas plantadas destinadas a este fim e adaptadas as região específicas vem ganhando espaço, principalmente as pertencentes ao gênero Eucalypthus, e mesmo dentro desse às variações de poder calorífico entre as espécies. Só em 2013 a ABRAF (Associação Brasileira de Florestas Plantadas) publicou em seu anual (dados com ano base 2012) que no Brasil foram plantados 5.102.030 hectares com estas espécies e destes aproximadamente 19% com objetivo em abastecimento energético para indústrias e agricultura. Poder calorífico é uma característica determinada pela quantidade de calor liberada no processo de combustão por

unidade de massa, medida em Kcal/ kg. Este parâmetro está relacionado ao material genético e em um segundo momento ao ambiente de cultivo adotado. Este parâmetro classifica a qualidade da madeira destinada a fins energéticos. Em 2014, Francieli Brandalise Wionzek direcionou sua dissertação para os estudos da influência do espaçamento nas propriedades energéticas e biomassa de Eucalyptus benthamii Maiden et Cambage, sob orientação do Professor Dr. Luciano Farinha Watzlawick, da Unicentro. O experimento foi conduzido com a cultivar EBC06-Candói da Golden Tree, em blocos ao acaso, com quatro repetições por quatro tratamentos e vinte árvores por repetição isoladas com duas linhas de árvores de bordadura da mesma espécie no campus do CedetegUNICENTRO- Guarapuava/PR. As avaliações da biomassa e análises químicas, físicas, energéticas e a influência dos diferentes espaçamentos ocorreram no ano de 2013, indicando que os espaçamentos não interferiram nas qualidades químicas, físicas e energéticas do material, apenas restringindo-se a influência da produtividade menor por árvore no adensamento maior (3x2 m), que é compensado pelo maior número

de árvores unidade de área. Ressaltou que o espaçamento não interferiu na qualidade energética do material, que a espécie tem propósito energético com, inclusive, aproveitamento de casca, madeira e galhos + folhas. Estas características também são encontradas em outras espécies de Eucalyptus como: E. Grandis, E. urophylla, porém para a regiões frias possuem restrições de plantio, não tolerando geadas médias a severas que ocorrem no sul do Brasil. Outro ponto importante mencionado por WIONZEK (2014) é a viabilidade econômica de caldeiras à lenha na região quando comparadas ao modelos de caldeira a cavaco e a óleo BPF. Portanto, o produtor deve investir em florestas plantadas, buscando produtos de interesse comercial da sua região e uma destas alternativas é a espécie Eucalyptus benthamii adaptado à região, destinado o seu investimento a demanda energética da região.

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Tratamento de grãos e sementes

Proteção de Grãos e Sementes Armazenados Solução TECNIGRAN

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manejo pós-colheita passa necessariamente pelo aspecto fitossanitário; há que se reconhecer que cada inseto tem um potencial de destruição, causando prejuízos, e pelo fato de que a natureza muitas vezes desenvolve mecanismos de defesa mais rapidamente do que o homem desenvolve. Assim, para se aplicar os processos de Manejo Integrado de Pragas – MIP – a TECNIGRAN traz mais uma solução para tratamento de grãos e sementes armazenados Linha DEGESCH - com os produtos para expurgo: PHOSTOXIN e DETIA GAS-EX-T. O gás fosfina pode controlar todos os estágios dos insetos que atacam grãos armazenados e produtos processados. O gás penetra em quase todos os tipos de embalagens e materiais, bem como em produtos densamente embalados.

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As pastilhas de PHOSTOXIN e DETIA GAS-EX-T são produzidas em duas apresentações diferentes: Pastilhas de 0,6 g e Pastilhas de 3,0 g. As pastilhas não estão limitadas a qualquer tipo especial de armazenamento desde que ele possa ser feito de forma vedada. Elas podem ser aplicadas em silos, armazéns, containers, embarcações, etc. As pastilhas podem ser aplicadas por meio de sondas manuais ou sondas pneumáticas.

Importante verificar as condições gerais de vedação dos locais (silos, armazéns, depósitos, etc.) e das lonas a serem utilizadas para o processo de fumigação, lembrando que devem ser próprias para a operação. Seguir as instruções do produto para que se obtenha a ação total da fosfina em função do tempo de exposição necessário para o efetivo controle dos insetos. A reação de desprendimento do gás fosfina inicia-se lentamente. Sua taxa de desprendimento varia de acordo com a temperatura, umidade do ambiente e do produto armazenado.

A TECNIGRAN comercializa produtos para tratamentos de grãos e sementes armazenados e produtos domissanitários profissionais, o que permite uma integral cobertura na prevenção e controle de insetos e pragas na área rural e urbana. Consulte a TECNIGRAN e surpreenda-se com o atendimento, assistência técnica e portfólio, com os melhores produtos, preços e condições comerciais.

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Comunicação

Importância da propaganda e da comunicação integrada

Evento reuniu empresários e integrantes do NCom

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Rafael Zanin, coordenador do NCom

Débora Patussi Ribeiro, organizadora da palestra promovida pelo Núcleo

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Núcleo de Comunicação de Guarapuava (NCom), com a intenção de conscientizar os empresários sobre a importância da comunicação para suas empresas, promoveu a palestra Os benefícios da propaganda e da comunicação integrada, com Bruno Lunardon, no dia 19 de novembro, no Sindicato Rural de Guarapuava. O palestrante é sócio-fundador da Sowhat, uma nova proposta de agência de publicidade. Ele expôs ao público como o fortalecimento da marca pode trazer benefícios à empresa. “Infelizmente, em um momento de crise, a comunicação ainda é a primeira a sofrer com cortes. O empresário precisa se conscientizar de que é a comunicação pode garantir resultados a curto prazo. Isso se faz com esforços bem pensados e planejados”. Lunardon explicou que a empresa é formada por ativos tangíveis (basicamente recursos materiais) e intangíveis (formado pelo capital humano, o sistema de produção, base de clientes, comunicação e marca). A partir do ano 2000, os valores intangíveis ganharam destaque, pois os empreendedores entenderam que esses valores são um diferencial competitivo. “Diferenciais competitivos atraem

Bruno Lunardon: importância da comunicação nas empresas investidores e investidores atraem recursos financeiros. Logo, uma marca mais forte significa mais desempenho econômico para a empresa”. Para comunicar de uma forma efetiva, a organização precisa entender seu propósito. “O seu propósito é o ponto de partida para uma comunicação eficiente. É o conjunto: propósito claro + boa campanha publicitária = bons resultados”. Esse propósito claro precisa estar em todas as formas de comunicar da empresa, um dos princípios da comunicação integrada. “O grande problema da comunicação dentro das organizações é que cada um faz uma parte. Às vezes, você tem uma comunicação interna que fala uma coisa, uma comunicação externa que fala outra e os esforços não são pensados juntos. Desta forma, não conseguem chegar no mesmo ponto. É importante que antes de realizar ações, que as equipes de administração e de comunicação organizem, juntos, o que fazer e onde querem chegar”, ressalta Lunardon. Segundo o publicitário, “o uniforme e o crachá dos funcionários dentro da empresa são formas de comunicação. É preciso adequar a comunicação dentro da empresa nos pequenos detalhes e, depois, trabalhar com esferas maiores, como as redes sociais, enfim, os meios digitais. Mesmo com um custo baixo, é possível ter uma ação de comunicação sincronizada com o objetivo de comunicar o que se faz necessário”. O evento teve apoio do Sindicato Rural, Gráfica Grafel, Farmácias Rede Saúde, Solução – reformas, reparos e construções, Chef Kris Borba e FM Promoções e Eventos.


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máquinas agrícolas

augustin massey Ferguson, um mundo de tecnologia para a sua produção série mF4200: versatilidade e melhor relação custo-benefício A Massey Ferguson apresenta os tratores mais vendidos do Brasil: a Série MF 4200. Com design moderno, maior força, robustez, economia, conforto e simplicidade operacional, nos oito modelos da Série MF 4200, com potência de 65 a 130cv. Com as diversas versões da Série MF 4200, a Massey Ferguson atende essa necessidade e com a solidez adquirida em meio século de liderança, vai além ao lançar tratores que aliam força, baixo custo de manutenção e conforto para facilitar o trabalho do dia a dia do produtor.

série mF 6700 dyna 4: a verdadeira inovação em transmissão na categoria. Preparados para o trabalho pesado: Os motores AGCO POWER que equipam a série MF 6700R Dyna-4 são essencialmente agrícolas, de elevado torque, o que garante muita força mesmo sob severas demandas de tração. Também apresenta altos valores de reserva de torque, que aliados ao câmbio Dyna-4 garantem o melhor regime de rotação do motor e a otimização do consumo de combustível. A transmissão Dyna-4 é fácil de entender e simples de operar. Economia e força estão lado a lado na família MF 6700R Dyna-4

série mF 7000 dyna 6: os tratores mais modernos produzidos no Brasil A Massey Ferguson oferece a você a Série MF 7000 Dyna-6: MF 7350 (150cv), MF 7370 (170cv), MF 7390 (190cv) e MF 7415 (215cv). Eles são a perfeita integração entre modernidade, tecnologia e rentabilidade e tem como principal destaque a transmissão inteligente. A transmissão inteligente Dyna-6 permite programação prévia e troca automática de marchas para determinada faixa de rotação e velocidade, proporcionando alto desempenho aliado à economia de combustível. Esta transmissão também permite escolha de diversos modos de operação: automático, manual ou speed.

pulverizador mF9030: uma nova era em tecnologia na categoria O MF9030 é um pulverizador que possui grande capacidade produtiva com alta durabilidade, características que permitem maior quantidades de hectares aplicados por dia com menor custo operacional. Outro ponto importante é o exclusivo chassi Flex-frame, característica que lhe permite trabalhar nos mais variados tipos de topografia e solo sem perder tração. O MF 9030 é equipado com um sistema de transmissão hidrostática 4x4 cruzada permanente, com três velocidades. É um sistema que traciona a roda dianteira esquerda em conjunto com a roda traseira direita, e vice-versa, e mantém o pulverizador sempre tracionado em qualquer tipo de topografia.


colheitadeiras Híbridas massey: uma nova era para sua produção A Massey Ferguson renovou a sua família de colheitadeiras, com máquinas que colocam a atividade da colheita em um novo patamar, com mais rendimento e menos consumo. Com um design inovador e maior capacidade, a família de colheitadeiras híbridas MF 5690 com 220 cv e MF 6690 com 265 cv (classes 4 e 5) garantem mais produtividade, grãos mais limpos e inteiros no tanque, com menos paradas para manutenção. Robusta e de alta inércia, pode operar em qualquer condição e realizar a trilha com eficiência. O resultado disto é até 25% menos consumo de combustível por tonelada colhida. colheitadeiras axiais: mais produção a cada dia Motores 8,4 L e 9,8 L. Potências de 350, 410 e 470 cv (menor consumo); Sistema de processamento Trident. Melhor relação L/ton entre todas as Axiais do mercado; - Maior velocidade de descarga do mercado 150 L/s nas classes 7 e 8; - Maior rotor do mercado com 3,56 m de comprimento; - Sistema de limpeza multiestágios; - Novo sistema de arrefecimento V-Cool, que faz a limpeza dos radiadores automaticamente, reduzindo assim o tempo de parada para manutenção.

agcommand - sistema de telemetria da massey Ferguson O sistema AGCOMMAND é pioneiro no monitoramento de máquinas agrícolas à distância e utiliza o conceito da telemetria (transmissão automática de dados via sinal GPRS – sinal de telefonia celular). O AGCOMMAND permite que você monitore a partir do escritório todo o trabalho realizado pelo equipamento no campo. rede rtK: precisão nas operações, do plantio à colheita. Com a tecnologia mais moderna de correção de sinal GNSS, fica mais fácil obter as vantagens do tráfego controlado e também reduzir custos, do plantio à colheita

Boas Festas e Feliz ano novo


Regularização fundiária

A complexidade da

POSSE DA TERRA

S

er proprietário de um imóvel rural definitivamente é bem mais complexo do que ter uma casa na cidade. A regularização fundiária depende de cadastro atualizado juto a Receita Federal do Brasil (RFB), para o recolhimento do Imposto Territorial Rural (ITR); ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), por meio do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), para fins de fiscalização sobre o uso e exploração da propriedade; e ao CAR, para monitoramento ambiental. Os advogados Luiz Ernesto Oliveira e Viviane Castilho orientam que, além dos cadastros, o proprietário deve manter atualizado o registro da propriedade no Cartório de Registro de Imóveis competente, averbando em matrícula a descrição georreferenciada do perímetro do imóvel. Devido à pluralidade de informações necessárias para manter a regularização, é essencial prestar atenção a alguns prazos: entregar a declaração de ITR na RFB até dia 30 de setembro de cada ano; fazer inscrição no CAR até 5 de maio de 2016; atualizar o CCRI-Incra anualmente; e realizar o imediato georreferenciamento do imóvel com área acima de 250 hectares. “O proprietário que não regularizar seu imóvel fica sujeito a aplicação de multas, perda da propriedade por desapropriação pelo Incra, impossibilidade de obtenção de financiamentos, entre outras penalidades”, esclarecem os especialistas da Guedes Nunes, Oliveira e Roquim – Sociedade de Advogados.

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Regra nova Outra prioridade é atentar para a mais recente exigência da legislação. A Instrução Normativa Conjunta Incra/RFB nº 1.581/2015 prevê a vinculação do cadastro da RFB com o cadastro do Incra. “Assim, ao apresentar a Declaração de Impostos Territorial Rural (DITR) do atual exercício, o proprietário será informado do prazo para a entrega da Declaração para Cadastro Rural (DCR)”, detalha Oliveira. O primeiro prazo venceu em 30 de setembro de 2015 para imóveis com área acima de 1 mil hectares. Os demais respeitam os seguintes períodos: de 1º de outubro de 2015 a 30 de

outubro de 2015 para áreas de 500 a 1 mil hectares; de 3 de novembro de 2015 a 31 de dezembro de 2015 para áreas de 2015 a 500 hectares; de 4 de janeiro de 2016 a 29 de abril de 2016 para áreas de 100 a 2015 hectares; e de 2 de maio de 2016 a 19 de agosto de 2016 para áreas de 50 a 100 hectares”. A DCR deve ser feita pela Internet, pelo site www.cadastrorural.gov.br, ou pessoalmente em qualquer unidade do Incra. Sua ausência gerará pendência cadastral junto ao Incra e Receita, impedindo transações e financiamentos imobiliários”, prossegue Viviane.

Fonte: Revista A Granja, outubro/2015 - nº 802 - ano 71


Nutrientes

É chegada a hora do “check up” da soja Eng. Agr. Felipe Pozzan

Gerente de Desenvolvimento de Mercado Agrichem do Brasil SA

A

semeadura de soja da safra 2015/16 já avançou 5% sobre a estimativa de área, que cresceu um pouco mais e a cultura deverá ocupar 5,2 milhões de hectares, mais de 86% da área agricultável no Estado do Paraná. A produção prevista é de

17,97 milhões de toneladas, 6% acima da safra passada, de 16,95 milhões de toneladas, segundo Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento - SEAB, 2015. É chegada a hora de atentar-se ao “check up” nutricional da cultura, onde é possível verificar os níveis dos nutrientes na planta como método de diagnose e avaliação do aproveitamento dos mesmos fornecidos via adubação mineral e os efeitos do clima sobre a dinâmica da disponibilidade no solo. Esta possibilidade se dá através das análises de tecidos ou foliares, onde podem ser realizadas coletas a partir do surgimento do terceiro trifólio da cultura até o período reprodutivo, as quais indicarão a necessidade de interferências foliares de nutrientes deficientes em determinadas fases fenológicas. A diagnose foliar permite a identificação de forma equilibrada do nutriente apenas faltante como consequência

efetiva da oferta à cultura, sem que haja necessidade ou riscos de aplicações desnecessárias de certos nutrientes que podem impactar em custos ou excesso dos que já se encontram em níveis adequados na planta. Os teores de nutrientes nos tecidos, são comparados aos níveis de suficiência, e necessário correlacionar esta amostra a um banco de dados padrão onde constam plantas de referência, para a real diagnose destes níveis através de métodos estatísticos já conhecidos e efetivos como o DRIS - Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação. Esta diagnose está disponível em Laboratórios de referência e de maneira prática, onde os Engenheiros Agrônomos capacitados são eficazes na interpretação dos laudos e recomendação do melhor manejo a ser adotado, assim sendo, de fato, executado o monitoramento para uma agricultura produtiva e equilibrada nutricionalmente.

Distribuidor: Agropantanal


Visita técnica

Produtores da Suíça: um giro para conhecer setores agrícolas no PR

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onhecer outras realidades da agropecuária e nelas descobrir diferenças e semelhanças. Com o objetivo de vivenciar este conhecimento prático, um grupo de 28 integrantes, a maioria produtores rurais, saiu da Suíça e cruzou o mundo para ver de perto o panorama rural do Paraná, num giro que apresentou os pontos altos e os muitos desafios do Estado. Em uma das escalas, em Guarapuava, no dia 11 de novembro, os visitantes tiveram oportunidade de conhecer uma das propriedades rurais da região. Na Fazenda Capão Redondo (Candói), o proprietário, agrônomo e presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, recepcionou os suíços, apresentou dados gerais sobre o agronegócio no Brasil, mostrou como se estruturam as entidades de representação da agropecuária (CNA, Sistema FAEP e sindicatos rurais) e detalhou o sistema de produção. A fazenda, no verão, utiliza um terço de sua área produtiva para milho e dois para soja. No inverno, a área utilizada com soja no verão recebe um terço de trigo e dois de aveia. Na criação de animais, o foco é a produção de carne, com um plantel angus (red e aberdeen), ao lado de animais de cruza angus. Botelho comentou também que a propriedade, como outras no Brasil, vem praticando a agricultura de precisão, em especial para definir a aplicação de fertilizantes e acompanhar a produtividade dos vários talhões. Na visita aos silos, técnica

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de secagem de grãos, tempo de armazenagem das safras, preços no mercado e custos de comercialização foram alguns dos assuntos debatidos. Acompanhando o grupo, a repórter da revista suíça Schweizer Bauer (Berna), agrônoma Doris Grossenbacher, explicou que para quase todos os participantes da viagem esta foi a primeira vez no Brasil. O país, completou, surpreendeu pela dimensão do território e do tamanho das áreas de agropecuária: “Na Suíça, as propriedades têm em média 18 hectares. Existem ainda cerca de 50 mil fazendas. Aqui, tudo é muito maior. No país todo, há muito mais espaço”. O perfil da produção foi outro ponto que despertou interesse: “As máquinas são maiores. A temperatura é diferente, são outras culturas. Na Suíça, quase não temos soja, é frio demais”.

No país onde os Alpes marcam a paisagem, Doris completou que um dos setores fortes é a produção leiteira, com as áreas, frequentemente montanhosas, sendo aproveitadas para pastagem. “A maioria dos produtores rurais, na Suíça, têm vacas de leite, mais agricultura, com trigo, beterraba, cevada e milho”, observou. A produtividade da triticultura suíça, por outro lado, surpreenderia os brasileiros: “Temos em média, de sete a oito toneladas por hectare”, contou, observando que em seu país, no entanto, vigoram restrições ao uso de agroquímicos em geral. “Existem regulamentações muito severas em relação a fertilizantes. Não podemos usar a quantidade que quisermos. Isso é determinado por lei. Também o uso de defensivos é limitado, por causa do meio ambiente”. Para compensar, disse Doris, os produtores


Doris Grossenbacher, da revista Schwerizer Bauer

Elsbeth Langenegger, produtora de leite em Emmental

que observam aquelas regras recebem “pagamentos direto do governo”. Ainda de acordo com a jornalista, existem propriedades de cultivo orgânico de trigo. As produções, segundo relatou, embora tenham produtividade de 4,5 toneladas/ hectare, recebem preços mais elevados. Outra participante do grupo, a produtora rural Elsbeth Langenegger, pela primeira vez no Brasil, disse em entrevista ter gostado do giro pelo Paraná. “Estou junto na viagem porque me interesso pela natureza e pelo simpático povo brasileiro”, comentou. Falando sobre sua realidade, ela decla-

Botelho: presidente do Sindicato Rural de Guarapuava

Nos silos: troca de ideias sobre armazenagem e agricultura de precisão

rou com orgulho que produz leite para a fabricação de um dos tipos de queijo suíço mais apreciados mundialmente: “Sou uma agricultora de longa data, de Emmental, de onde vem o bom e grande queijo Emmental, que pesa 100 quilos”, afirmou com um sorriso. De acordo com a produtora, em sua região, ela e outros agricultores entregam a produção a uma cooperativa de leite, que elabora os queijos. Ao final da visita, o presidente do Sindicato Rural disse que o que chama a atenção dos visitantes de outros países, em geral, é a diversificação que o Bra-

sil apresenta em termos de atividades agropecuárias, com a produção de itens que vão das culturas de inverno e verão até a bovinocultura de corte e de leite, além a ovinocultura. Botelho considerou importante também a oportunidade de apresentar dados oficiais, mostrando que o país ainda possui extensas áreas de florestas nativas e tem potencial para ser “um grande celeiro”. Além de Guarapuava, o roteiro dos suíços incluiu: Rolândia, Morretes, Porto de Paranaguá, Witmarsum, distrito de Entre Rios, Foz do Iguaçu e Rio de Janeiro.


Receituário Online

Portal de consultas fitossanitárias gratuitas contribui para uso correto de defensivos agrícolas Segundo dados da Embrapa, uso de agrotóxicos no país aumentou 700% nos últimos 40 anos

D

isponível para pesquisas na web, o Receituário Online é um portal de consultas fitossanitárias gratuitas sobre alternativas de controle às pragas, doenças e plantas daninhas de mais de 230 culturas de interesse econômico. Lançado recentemente pela Agrotis Agroinformática, o objetivo da ferramenta é auxiliar na utilização correta de defensivos, evitando desperdícios. De acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o uso de agrotóxicos no país aumentou aproximadamente 700% nos últimos 40 anos. Com isso, o uso adequado desses defensivos é considerado um desafio para a agricultura brasileira. “Decidimos oferecer acesso gratuito a essas informações para toda a comunidade, a fim de contribuir de forma efetiva com o uso dos defensivos, assim como nas pesquisas e buscas por alternativas mais eficientes de controle fitossanitário”, explica Marcelo Choinski, diretor da Agrotis. Criado há 25 anos pela empresa, o banco de dados sobre controle fitossanitário e registro de defensivos disponibilizado no portal é o mais completo do Brasil, sendo utilizado por mais de três mil agrônomos em todo o país. Além disso, as informações são atualizadas frequentemente por uma equipe especializada e que mantem contatos regulares com os fabricantes e órgãos responsáveis pelos registros. Segundo Choinski, usufruir de um

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banco de dados seguro é o começo para qualquer ação de combate as pragas nas lavouras. “Usar uma fonte confiável é a base para que a comunidade agronômica consiga dar recomendações corretas sobre o uso adequado de defensivos agrícolas”, alerta. O site está no ar no link: www.receituarioonline.com.br.

Emissão de receita Para os usuários agrônomos e técnicos agrícolas que necessitarem emitir uma receita fitossanitária, o portal também oferece a alternativa mediante a aquisição de créditos pré-pagos.

Para isso, basta se cadastrar no site e adquirir os créditos de forma online e emitir a receita. A emissão pode ser feita de três maneiras: via Web, para os que estão sempre conectados e querem emitir receitas de qualquer computador ou dispositivo móvel com acesso a internet, essa é uma ótima opção. Você compra a quantidade de créditos que precisa e faz o pagamento de forma rápida e segura. Seus créditos estarão disponíveis na sua conta do Receita Agrowin em alguns minutos; via Desktop, que não é necessário uma conexão. É preciso apenas instalar o software Receita Agrowin no seu computador e é disponibilizado uma quantidade


de receitas ilimitadas. São feitas atualizações mensalmente do programa; outra opção é via webservice, que é mais indicada para empresas que possuem um sistema de ERP e precisam integrar com o receituário Agronômico. Assim com o Receita Agrowin, as empresas emitem receitas agronômicas ilimitadamente através do próprio sistema que já utilizam.

Sobre a Agrotis – Com experiência de 25 anos no mercado, a Agrotis Agroinformática possui um rico histórico no desenvolvimento de software e serviços para a gestão de empresas do agronegócio. O pioneirismo e a coragem de trazer a informática para o setor conferiram à empresa mais de mil clientes, localizados em todo o território nacional. A empresa possui uma equipe de profissionais com ampla experiência e conhecimento em tecnologia, agronomia, administração e contabilidade para a criação de sistemas inteligentes, práticos, seguros e eficientes, próprios para cada negócio.

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Agricultura familiar Alguns dos vários sabores da feira

Biscoitos

Feira da Agroindústria: vitrine do empreendedorismo rural

P

rodutos deliciosos e criativos, como pães, doces, queijos e embutidos, elaborados por produtores rurais que decidiram empreender, fizeram mais uma vez o sucesso da Feira da Agroindústria Familiar de Guarapuava. Promovido pela Secretaria Municipal de Agricultura e SEBRAE, o evento, em sua terceira edição, de 13 a 15 de novembro, na Praça Cleve, se reafirmou como vitrine para a agroindustrialização: participaram 80 expositores, de 20 municípios, sendo em torno de 70% de Guarapuava. Após a abertura, o secretário municipal de Agricultura, Itacir Vezzaro, comentou que o evento divulga os produtos dos empreendedores do campo: “É uma oportunidade de negócios para vários segmentos, tanto para quem produz, quanto para quem transforma a produção e para quem compra”. Vezarro destacou que a feira é também interessante para mercados e mercearias buscarem itens diferenciados. “A grande maioria desses produtos não se encontra no mercado tradicional”, observou. O secretário salientou que, com a transformação de matérias-primas em mercadorias industrializadas, o

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Doces

Legumes embalados a vácuo

Secretário de Agricultura de Guarapuava, Itacir Vezzaro produtor obtém mais uma fonte de receitas: “A gente percebe a melhoria da renda e da qualidade de vida desses agricultores”. Vezzaro assinalou ainda que a iniciativa proporciona uma aproximação entre os produtos da agropecuária e o consumidor da cidade, representando uma extensão das feiras do produtor, que já ocorrem em cinco bairros de Guarapuava. Outro atrativo, recordou, é que a feira se tornou uma opção de lazer, oferecendo oportunidade de degustar e adquirir os produtos expostos. Entre os diversos itens elaborados pelos agricultores, o secretário ressaltou legumes semi-processados (embalados a vácuo, prontos para a utilização), queijos,

Queijos

Trufas

salames, geleias, compotas e molhos de pimenta, lembrando que nas edições da feira é possível também encontrar cerveja artesanal, vinhos e artesanato. “Nesse ano, a praça da alimentação também teve novidade, com o acarajé”, acrescentou.


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Indutor de resistência

Uso de DP98 associado aos fungicidas no manejo da ferrugem asiática da soja Trabalho realizado na FAPA – Safra 14/15

A

s doenças podem afetar a produção das culturas, causadas por patógenos. Temos como exemplo, na soja, mais de 47 doenças relatadas, que causam inúmeros prejuízos. A ferrugem asiática da soja é a que vem se destacando como causadora de prejuízos, desde sua descoberta no Brasil em 2001. Perdas de até 80% já foram constatadas em áreas com alta severidade e sem manejo adequado. Ambiente favorável à doença, com severidade de inóculo elevado, tem onerado cada vez mais os custos, devido a um número mais frequente de aplicações de fungicidas. O uso frequente de fungicidas, além de elevar os custos, ainda podem selecionar raças resistentes dos patógenos, principalmente quando usado de forma incorreta, e como consequência, causando a perda da eficiência no combate à doença. Uma forma alternativa ao manejo das doenças é a prática de controle

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através da indução da resistência das plantas, pois ativa mecanismos latentes de resistência com o uso de agentes bióticos ou abióticos. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi avaliar o uso do indutor de resistência DP98, associado ao fungicida como estratégia no combate a ferrugem asiática da soja. Instalado em Guarapuava, no distrito de Entre Rios - Colônia Vitória, na área Experimental da FAPA. Utilizou-se o cultivar SYN 1158 RR, semeado

em 20 de novembro de 2014. A colheita realizada em 02 de fevereiro de 2015, apresentou os seguintes resultados após a umidade ser corrigida para 13%. A severidade da ferrugem foi diminuída com a associação de DP98 + Fungicida, seguida por apenas fungicida e ambas diferentes estatisticamente entre si e da Testemunha. A eficiência dos tratamentos foi 98,3% para DP98 + Fungicida e 94,3% para fungicida em relação a Testemunha.

Podemos ver na tabela que segue que a progressão da doença é muito mais severa na Testemunha do que nos demais tratamentos, sendo que DP98 + Fungicida é melhor, inclusive estatisticamente falando. TRATAMENTOS

TESTEMUNHA

FUNGICIDA

DP98 + FUNGICIDA

AACPD – Área Abaixo da Curva de Projeção da Doença

1.323,8 a

75,4 c

22,8 d

(Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott Knott a 5% de probabilidade)


Quanto ao peso de mil sementes PMS, notamos que DP98 + Fungicida é maior que Fungicida que é maior que a Testemunha (vide tabela). TRATAMENTOS

TESTEMUNHA

FUNGICIDA

DP98 + FUNGICIDA

PMS - Peso de mil sementes gramas

107,5 a

124,3 b

129,3 b

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott Knott a 5% de probabilidade.

Em relação ao rendimento da soja, notamos que DP98 + Fungicida é melhor que Fungicida que é melhor que a Testemunha, inclusive com diferença estatística. TRATAMENTOS

TESTEMUNHA

FUNGICIDA

DP98 + FUNGICIDA

Rendimento sc/ha

50,9 c

69,1 b

77.4 b

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott Knott a 5% de probabilidade.

Conclusão:

DP98 associado ao fungicida proporcionou um incremento de 8,3 sc/ha em relação apenas ao fungicida.

Rendimento - sc/ha 80,0 75,0 70,0 65,0 60,0 55,0 50,0 45,0 40,0 35,0 30,0

Testemunha

Fungicida

DP98 + Fungicida

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Ovinocultura

Manejo reprodutivo e sanitário de ovinos para estação de monta Francine Mezzomo Giotto 1 Francisco Fernandes Júnior 1 Edson Luis de Azambuja Ribeiro 2 Camila Constantino 3

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A

estação de monta é o período de, no máximo, 60 dias em que reprodutores e matrizes são manejados para a reprodução, aproveitando assim três ciclos estrais das fêmeas. É uma ferramenta estratégica que visa incrementar a eficiência reprodutiva, escalonar e intensificar a produção de cordeiros, facilitar as operações de manejo e centralizar o período de monta, de parição, da lactação, do desmame, vacinações e vermifugações e a engorda dos animais, bem como as demandas do mercado. Para determinar o período do ano em que ela deve ocorrer, é necessário levar em conta a época favorável às coberturas, e, principalmente, ao terço final da gestação e ao nascimento, ponderando-se que ocorram em épocas de disponibilidade de alimentos e de condições climáticas favoráveis. A definição do início da estação de monta deve considerar, ainda, o intervalo entre o parto anterior e o reinício da atividade fisiológica ovariana das fêmeas. O retorno à ciclicidade é condição fundamental para o sucesso da estação reprodutiva.


Em regiões cujo efeito da sazonalidade é marcante, a estação de acasalamentos é preferencialmente programada para épocas de ciclicidade, variando de fevereiro a maio. Havendo a necessidade ou interesse de conduzir as coberturas em períodos de anestro estacional é indispensável a indução do estro por métodos de protocolos de sincronização do cio. Os acasalamentos podem ser conduzidos por monta natural, onde os reprodutores e as fêmeas permanecem por um período juntos, sendo este integral ou apenas o período da noite,onde é utilizado um macho para cada 30 fêmeas; monta controlada onde a fêmea é levada ao reprodutor após detecção de cio, onde um reprodutor por cobrir até 80 fêmeas; e ainda inseminação artificial que se justifica para rebanhos com pelo menos 500 fêmeas. Independentemente do método empregado, a estação de monta otimiza o uso do reprodutor por

estabelecer períodos longos de descanso, que proporcionam a recuperação e menor desgaste do macho. Quando consideramos a estação de monta, o correto é utilizarmos machos experientes com fêmeas primíparas e machos inexperientes com fêmeas multíparas. Em regime de monta a campo quando utilizam-se mais de um reprodutor, devemos usar reprodutores semelhantes em experiência sexual e chifres, ou seja, nunca misturar um reprodutor com chifre com outro sem chifre e um reprodutor novo com um velho. Ressalte-se que os efeitos da dominância de um ou mais machos comprometem acentuadamente o desempenho reprodutivo dos demais indivíduos e do rebanho. Antes do início de uma estação de

monta, o produtor deve pensar em medidas que antecedem a reprodução e que dizem respeito a sanidade e a saúde reprodutiva dos reprodutores e das matrizes.

Reprodutores: exame andrológico e sanidade A fertilidade e condição sanitária dos machos são características importantes dentro do sistema produtivo, pois um único carneiro irá acasalar com várias fêmeas, seja em monta natural, contro-


lada ou inseminação artificial. Dentre as vantagens do exame andrológico podemos destacar a seleção e classificação de animais com maior potencial reprodutivo, descarte de animais estéreis ou inférteis e avaliação seminal pré-estação de monta, permitindo assim, uma maior pressão de seleção dos reprodutores. Os animais devem seguir um calendário de vacinação, devem ser acompanhados para controle da verminose, através de exame de fezes, onde avalia-se a contagem de ovos por grama de fezes (OPG) e permanecer em instalações higienizadas e adequadas para desenvolvimentos de suas funções. O primeiro aspecto que deve ser considerado é o histórico de cada animal. A segunda etapa consiste no exame geral, onde são observados a dentição, aprumos e cascos e a condição corporal dos reprodutores, que deve estar entre 3 e 4, em uma escala que varia de 1 a 5. As avaliações deverão ser efetuadas pelo menos dois meses antes da estação de monta ou programa reprodutivo estabelecido. Os testículos devem ser avaliados para identificação de anormalidades, para a presença de ambos os testículos e para a medida de circunferência escrotal, que está diretamente relacionada à produção de espermatozóides. Assim, sempre serão preferíveis para a reprodução, os carneiros já selecionados por características produtivas que apresentem os maiores valores para o perímetro escrotal. Os animais aptos não devem apresentar lesões clínicas na genitália e, em caso de presença de lesões, as mesmas devem ser leves cicatrizes escrotais, sem

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comprometimento da função testicular, avaliada através do exame do sêmen. O carneiro deve produzir sêmen em quantidade e qualidade suficientes para fecundar um grande número de fêmeas num período curto de tempo, ter bom libido ou desejo sexual para procurar as ovelhas, ter habilidade para montar e cobrir satisfatoriamente as ovelhas em cio e estar em bom estado físico que permita resistir ao trabalho durante todo o período de monta. A identificação e eliminação precoce de animais inaptos, assim como o rigor na escolha dos reprodutores é um recurso importantíssimo e indispensável para alcançar e garantir a fertilidade do rebanho aliada ao melhoramento genético do mesmo. Não há justificativa para não fazer o exame andrológico de um reprodutor. O custo de exame é muito pequeno em relação ao preço do animal e é inexpressivo em relação à extensão do prejuízo no sistema de produção.

Matrizes: exame ginecológico e sanidade Após a escolha do sistema de acasalamento, o número de reprodutores a serem utilizados e realizados os exames andrológicos e os cuidados sanitários nos machos, as atenções devem ser voltadas para as matrizes. Antes de serem submetidas a cobertura, as fêmeas devem estar em dia com o calendário sanitário, controle de verminoses e também devem ser avaliadas quanto aos cascos, a correta

posição e conformidade dos aprumos, dentição e ao escore de condição corporal, que deve estar entre 3 e no máximo 4 para que sejam expostas aos reprodutores. Recomenda-se à adoção de suplementação nutricional (flushing), visando maior aporte nutricional para as fêmeas em condições inferiores a 3. Esta prática deve ter início entre três e duas semanas antes do início da estação de monta e favorece o aumento da taxa de ovulação e, consequentemente, a taxa de natalidade. O exame ginecológico também deve ser realizado previamente ao acasalamento, visando identificar alterações em úbere ou no aparelho reprodutor que impeçam a reprodução, bem como a observação das características femininas das fêmeas. A realização desse exame orienta o produtor quanto ao descarte das fêmeas. Fêmeas jovens, devem ser cobertas em função do peso vivo corporal, quando atingirem, o equivalente a 6070% do peso das matrizes adultas da mesma raça e exploradas sob regime de manejo similar. Fêmeas cobertas antes de atingirem o peso mínimo poderão ter o desenvolvimento corporal retardado, resultando em matrizes de menor porte, especialmente, quando o regime de exploração é deficitário, principalmente, no tocante a nutrição e a saúde.

1 Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Universidade Estadual de Londrina. 2 Professor Associado do departamento de Zootecnia, Universidade Estadual de Londrina. 3 Pós-doutoranda (PNPD – CAPES), Universidade Estadual de Londrina.

Contato: www.gepouel.com.br frangiotto@msn.com ffjunior_zoo@hotmail.com caconstantino@hotmail.com elar@uel.br


Tecnologia de aplicação

Uma nova safra agrícola, cheia de mudanças climáticas mais exigentes no trato cultural

O

sul do Brasil possui características climáticas que tradicionalmente sempre foram estáveis, salvo algumas regiões pontuais; que sempre garantiram o cultivo de lavouras de maneira tranquila. Os últimos dois anos e este último ano, apresentaram mudanças significativas de comportamento no tempo, como o calor ao longo do inverno e agora, chuvas abundantes na primavera, com oscilações de temperatura bastante importantes ao longo do dia. Ao contrário do que muitos acham, isso interfere sobremaneira nas APLICAÇÕES DOS DEFENSIVOS, tornando o processo ainda mais complexo do que já era. Manejos que antes eram feitos sem nenhum “segredo”, agora estão impondo cuidados extras, tanto nas combinações dos ativos no tanque de pulverização, como em relação à atenção para temperatura e umidade relativa. O uso de todas as ferramentas tecnológicas disponíveis, e de produtos acessórios, como são chamados os ADJUVANTES SINTÉTICOS, estão se mostrando imprescindíveis. A INQUIMA vem, ao longo dos anos, realizando diferentes experimentos com renomadas instituições de pesquisas, tanto na linha de cereais, como também na cultura da batata em especial. Isso para garantir a melhor qualidade e en-

tregar o produto específico que a recomendação agronômica espera. Estas pesquisas avalizam os 15 anos de campo que o portfólio da companhia tem como histórico pelo Brasil afora. Importante destacar que o uso puro e simples de um ADJUVANTE, sem que o pulverizador esteja devidamente regulado/ajustado, equipado com pontas de pulverização condizentes, não trará todo o benefício esperado. Também há que se considerar que algumas combinações no tanque estão se mostrando incompatíveis, e, portanto, não deveriam mais ser recomendadas ou utilizadas. Leia-se: Glyphosate com os Micros, porque ele tira a eficácia dos foliares e perde a sua; ou, WG com EC. São combinações “inviáveis”. Produtores ou recomendantes mais experientes poderão dizer: “fiz isso minha vida toda e sempre deu certo”. Pois é, pode ser que muitas vezes a sorte tenha estado ao lado e, por conta dela, deu certo. Mas, química e fisicamente estes dois exemplos são fatos. Na cultura da batata, o processo de aplicação é muito mais delicado e exigente. Por ser uma planta com vida reprodutiva extremamente rápida, não permite erros. Qualquer injúria ou a presença de um ADJUVANTE que possa modificar o ativo pode causar prejuízos inestimáveis. Mais uma vez a INQUIMA, preocu-

pada com a vitalidade e sanidade das lavouras, busca incessantemente informações junto aos pesquisadores e produtores rurais, que possam contribuir para resolver eventuais gargalos técnico-operacionais. Você jamais verá a nossa equipe recomendando um produto do nosso portfólio que não esteja devidamente testado a aprovado para uso nas condições indicadas. Isso é um compromisso nosso com o mercado. Cabe ao produtor rural e ao seu recomendante agronômico avaliar e digerir as informações existentes e disseminadas, por nós e por diferentes instituições, a fim de que possa escolher o melhor produto para a sua lavoura. Frisamos veementemente que os ADJUVANTES não são todos iguais. Agem de maneira distinta no tanque de pulverização, na presença dos ativos, e depois, na aspersão pelas pontas de pulverização. A existência de novos procedimentos para o trato cultural e, a disponibilidade de aditivo/adjuvantes sintéticos, faz com que o campo seja um local onde o trabalho agrícola convive de maneira responsável e com respeito ao meio ambiente e a saúde humana. Orgulhamo-nos de estar ao seu lado em busca do melhor resultado para a sua lavoura. info@inquima.com.br

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Cooperativismo de crédito

Sicredi Terceiro Planalto reinaugura Unidade Guarapuava em novo espaço

D

iretores e colaboradores do Sicredi Terceiro Planalto, de Guarapuava, representantes de outras cooperativas filiadas ao sistema Sicredi e Associados, comemoraram, no último dia 16 de novembro, um avanço importante para a cooperativa e seus correntistas: a inauguração de um novo espaço para a principal agência da cooperativa no município – até então funcionando na Rua XV, o ponto de atendimento foi transferido para a Avenida Manoel Ribas (nº 1.350), numa estrutura com maior espaço para clientes, mais caixas de auto-atendimento e facilidade de estacionamento. São 700 m², para atender aos 2 mil associados da unidade. À cerimônia compareceram também membros dos conselhos de administração e fiscal da cooperativa, autoridades, lideranças de entidades do comércio, indústria e agronegócio, além de produtores rurais.

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Fita inaugural

Ao abrir oficialmente a nova agência, realizaram pronunciamentos o presidente da cooperativa, Adilson Primo Fiorentin, o gerente Eric Ranulfo Martins e o prefeito de Guarapuava, Cesar Silvestri Filho.

Em entrevista, Fiorentin comentou que esta mais recente conquista é uma forma de retribuir a confiança dos associados. “Aqui, vamos poder atender de forma muito melhor, numa agência ampla, com facilidade de estaciona-


mento”, completou. Ele recordou que a unidade reinaugurada foi a que deu origem à própria cooperativa em Guarapuava. Ao referir-se à história da instituição, sublinhou que a Sicredi Terceiro Planalto sempre valorizou também o setor agropecuário. Entre os sócios que fundaram a cooperativa, há 32 anos, conforme destacou, estavam produtores rurais de Guarapuava e região. “Olhando para o passado, para a ata de constituição, acho que os sócios-fundadores não imaginavam ver um empreendimento deste porte, com esta desenvoltura, e com a capacidade de atender a todos com esta gama de produtos e serviços”, comentou. O presidente avaliou ainda que a Sicredi Terceiro Planalto, além de se fortalecer em nível local, participa de um sistema que se expandiu em âmbito nacional: “Nós somos um sistema que é composto por 95 cooperativas. A nossa, Sicredi Terceiro Planalto, estará indo, no ano que vem, para o noroeste de São Paulo, região de Votuporanga. Temos lá uma missão de levar o Sicredi para 49 municípios”. Fiorentin considera o fato como uma nova fase: “É um segundo ciclo da nossa cooperativa, exportando para outro Estado o modelo cooperativista do Paraná, de Guarapuava”. O gerente da unidade observou que, após 13 anos no antigo endereço, na Rua XV, o Sicredi cresceu e precisava de instalações mais amplas. “Aqui, vamos conseguir dar um atendimento ainda melhor, com mais conforto, melhor acesso de

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Adilson Primo Fiorentin, presidente

Eric Ranulfo Martins, gerente

Prefeito Cesar Filho

Nós somos um sistema que é composto por 95 cooperativas” Adilson Primo Fiorentin Presidente da Sicredi 3º Planalto

estacionamento. É uma demanda do nosso associado, de ter uma personalização no atendimento”, disse Ranulfo Martins. Os produtores rurais, assinalou, permanecem desde o início como importantes associados: “O Sicredi é o terceiro maior repassador de custeio agrícola do país”. Ao se pronunciar representando o Município, o prefeito Cesar Filho enalteceu a decisão da cooperativa de expandir sua estrutura mesmo num momento econômico delicado para o Brasil. “Temos de agradecer a atitude do Sicredi, de acreditar ainda mais e investir na nossa cidade. É uma cooperativa que acredita no cooperativismo, que tem dado demonstrações muito claras de que o cooperativismo, quando tratado de forma séria, é competitivo e muito competente naquilo que faz. Guarapuava precisa cada vez mais de iniciativas como esta”, afirmou. Após a benção das novas instalações, realizada pelo Padre Acácio, teve lugar uma confraternização entre os convidados.

Sicredi em números Cooperativa de relevância em seu setor, o Sicredi mostra em números que o cooperativismo pode ser forte também no segmento financeiro. Ao todo, o sistema reúne 95 cooperativas de crédito filiadas, está presente em 11 estados brasileiros, conta com R$ 52,8 bilhões em ativos, R$ 7,7 bilhões em patrimônio líquido, R$ 27,1 bilhões de saldo carteira de crédito e R$ 1 bilhão de sobras. Um quadro de 18,7 mil colaboradores atende 3,1 milhões de associados em 1,3 mil postos de atendimento.

Painel com fotos de Guarapuava: homenagem a Guarapuava

Benção: Padre Acácio

2015: um ano de avanços O ano de 2015 foi de grandes investimentos em infraestrutura nas unidades de atendimento da Sicredi Terceiro Planalto. Ao todo foram três inaugurações, entre elas a unidade sede da cooperativa. No mês de maio o município de Turvo também recebeu investimentos em sua unidade que atende hoje pouco mais de 800 associados. Foram realizadas reformas e a padronização de ambiente com novo layout e comunicação visual, a fim de estreitar o relacionamento dos associados com o Sicredi. Em julho a unidade de Pinhão também mudou de endereço e o novo espaço com mais de 600m2 ganhou novo layout para atender seus mais de 1,3 mil associados.

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Equipe da Unidade Guarapuava


Medicina, Segurança e Treinamentos

Ambiente de

TRABALHO RURAL

D

a mesma maneira que uma empresa do meio urbano recebe atenção ou investimento no quesito segurança do trabalho, podemos dizer que no ambiente de trabalho rural não deve ser diferente, pois independente do ramo de atividade haverá a exposição aos riscos que de alguma forma acarretará danos à saúde, quando não controlados de forma correta. Em se tratando do trabalho rural, a Norma Regulamentadora 31 – Segurança do Trabalho na agricultura, estabelece que os empregadores rurais devem implementar ações de segurança e saúde que visem a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, atendendo a ordem de prioridade: a) eliminar riscos, substituindo ou adequando os processos produtivos, máquinas e equipamentos; b) adotar medidas de proteção coletiva para o controle de riscos na fonte e c) adotar medidas de proteção individual (pessoal). Sendo assim, deve-se reforçar

a proteção respiratória durante a aplicação de agrotóxicos, pois os mesmos tendem a provocar danos à saúde. A intoxicação por agrotóxicos pode ser aguda, que aparece logo após a exposição ou crônica, que aparece após algumas semanas. As condições ambientais do trabalho rural, como as poeiras de origem animal, vegetal e exposição a várias atividades agrícolas, têm sido associadas ao aumento de doenças respiratórias, como asma, bronquite crônica, pneumonites por hipersensibilidade, entre outras. Para que a proteção seja adequada, requer avaliações ambientais, medidas coletivas e individuais, controle médico e PPR (Programa de Proteção Respiratória) eficiente. O propósito desse programa é proporcionar o controle de doenças ocupacionais provocadas pela inalação de poeiras, vapores, etc. O ensaio de vedação qualitativo, também conhecido como “FIT TEST”, consiste basicamente em nebulizar uma solução doce ou amarga dentro do ambiente do capuz. Se o usuário não detectar o gosto do agente de ensaio nebulizado, a vedação proporcio-

nada pelo respirador em uso é considerada aceitável. Sempre que houver a necessidade de uma pessoa utilizar um respirador para sua proteção, um PPR deverá ser implementado, pois cada Equipamento de Proteção Respiratória é utilizado por um só indivíduo. Os resultados obtidos devem ser registrados em formulários, devendo ficar arquivados. A PROTEGE Medicina e Segurança do Trabalho, preocupada sempre no bem estar dos trabalhadores, investe cada vez mais na capacitação de seus colaboradores, para zelar do bem mais precioso que temos, a vida. Nos disponibilizamos a ir até a empresa ou propriedade rural, para realizar alguns serviços. Atendemos diversos portes e segmentos, prestando serviço de: Curso de CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes); Mapa de Riscos Ambientais; Prevenção e Combate a Incêndio; Formação de Brigadas de Incêndio; A importância da Utilização dos EPI’S; SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes); Curso NR 18; Curso para Trabalho em Altura conforme NR 35, Curso de Espaço Confinado NR 33 e Curso Operador de Empilhadeira.

“Seu patrimônio é a vida, sua maior proteção é a prevenção.” Revista do Produtor Rural do Paraná

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Cantagalo

Qualidade hoje, para garantir o amanhã

A

primeira edição do Encontro de Produtores de Leite de Cantagalo e Região, realizado dia 14 de novembro, no pavilhão da Igreja Matriz, superou as expectativas, de acordo com os organizadores – a empresa Laticínio Paladar e o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER). Cerca de 500 produtores compareceram às palestras técnicas, que abordaram temas importantes para a evolução que o Brasil busca no segmento leiteiro. O recado de todos os convidados foi claro: o Brasil está tentando se aproximar dos padrões de qualidade internacionais e a previsão é a de que só permanecerá na atividade quem acompanhar esta tendência. O veterinário Itamar Cousseau, instrutor do Senar, mostrou que, em 2005, a Instrução Normativa Nº 51 determinava que a contagem bacteriana (UFC/ml) deveria ser de no máximo 1 milhão (para julho 2005/julho 2008). Na mesma época, nos Estados Unidos, o índice para o leite A era de 100 mil. No Paraná, que, segundo observou, tem a melhor qualidade de leite no país, o UFC/ml entre 2012 e 2014 ficou na média em 1,307 mil. Em alguns países desenvolvidos,

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1º Encontro de Produtores de Leite de Cantagalo e Região

Sindicato Rural de Guarapuava: apoiador, com estande no evento comparou, o patamar hoje é de 28 mil a 30 mil. O veterinário esclareceu que, para poder exportar mais, e manter preços mais estáveis no mercado interno, o Brasil terá de buscar um aumento significativo em qualidade.


Palestras técnicas COMO PRODUZIR PASTAGEM Dr. Sebastião Brasil Campos Lustosa Laboratório de Ciências Florestais e Forrageiras (UNICENTRO) Prefeito Konjunski

Giselle dos Santos Thomé Laticínio Paladar

Na comissão organizadora do encontro, a veterinária Giselle dos Santos Thomé, do Laticínio Paladar, comentou que o evento foi realizado para motivar os produtores a acompanhar a modernização da atividade leiteira. O setor, conforme detalhou, já é um dos mais importantes na agropecuária do município: “o Valor Bruto da Produção (VBP) de Cantagalo, em 2014, foi de cerca de R$ 130 milhões. O leite está em terceiro lugar, com 11%”. Ao final do evento, ela comemorou a presença dos produtores, mas classificou o acontecimento como um início: “não é só num dia de palestras que a gente vai sanar todos os problemas e dúvidas, mas com certeza um passo foi dado”. Coordenador regional da pecuária de leite na Emater de Guarapuava, Valdir Tambosetti, também elogiou a participação. “Por ser o primeiro encontro, está excelente, é sinal de que os produtores estão sentindo a necessidade de buscar informação”, declarou. “Muitos acham que não há necessidade de se profissionalizar. Com isso, os custos são altos, a qualidade é ruim. Se o produtor não tiver qualidade, não terá outra saída a não ser abandonar a atividade”, alertou. A informação, disse, está acessível, mas evoluir será uma decisão de cada um: “estão aí a pesquisa, a assistência técnica, os parceiros, as empresas, os laticínios, mas evoluir depende do produtor”. Exemplificando, Tombasetti recordou que a EMATER assinou contrato de três anos com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para prestar assistência técnica a produtores de lei-

Valdir Tombosetti EMATER

te. O trabalho, iniciado já em 2015, visa atender produtores selecionados nos municípios dos territórios abrangidos pela EMATER de Guarapuava, incluindo Cantagalo. Também em entrevista, o prefeito de Cantagalo, Everson Konjunski, enalteceu o encontro: “A gente fica muito feliz de ver este público”. Ele destacou que no município, criado há 33 anos e hoje com população em torno de 13 mil habitantes, a agropecuária é a base da economia. “O esteio é a agricultura familiar, a produção de leite, de grãos. Se não vai bem, se tem uma frustração de safra, o impacto é diretamente na economia do nosso município”, analisou. No setor leiteiro, ele informou que a produção supera a marca de 200 mil litros/mês. Entre os participantes do encontro, quem também fez um balanço positivo foi o produtor de leite Darci Castilho de Morais, que conduz um rebanho de cruzas jersey e holandesas na localidade rural de Carazinho: “Participei até o final. Tem bastante informação para aproveitar. Já estive em vários cursos, de manejo, inseminação. A gente sempre colhe alguma coisa que serve”, afirmou. A programação incluiu palestras de instituições financeiras sobre linhas de financiamento para a atividade leiteira. Ao longo de todo o dia, outra atração foi o sorteio de brindes para o público. O evento teve como apoioadores: Prefeitura de Cantagalo, Sistema FAEP e Sindicato Rural de Guarapuava, Unicentro, Conselho de Sanidade Agropecuária (CSA), Condarcan, Banco do Brasil e Adapar, além de diversos patrocínios.

“As forrageiras perenes, desejamos que elas durem pelo menos cinco anos. O que vemos na maioria dos municípios da região é que a cada dois, três anos, as pastagens não têm mais capacidade de suportar o gado. Às vezes, o produtor quer implantar um capim que vai ser a salvação da lavoura, mas não investe na quantidade de sementes, na adubação. A primeira coisa que vamos fazer para o planejamento de uma pastagem é a análise de solo”.

QUALIDADE DO LEITE – MOTIVAÇÃO E PONTOS CHAVE PARA ELEVAR A QUALIDADE Itamar Cousseau, veterinário da FAEP “Existe essa tendência de sobrar leite. Para 2020, uma previsão de sobra de 4,6 bilhões de litros no Brasil. Mas, se deu sobra, não podemos exportar? Só que para exportar, é preciso: qualidade, preço competitivo e que os outros países também consumam esse produto. Não é porque sobrou soja no Brasil que vai cair o preço, não é? Hoje, produzimos muito mais soja, mas o preço está até subindo. Em qualidade de leite, será que somos bons?”

SANIDADE ANIMAL Jurema Luz, veterinária e fiscal de Defesa Agropecuária (ADAPAR) “O combate a brucelose e tuberculose está sendo acirrado. Os veterinários fazem os exames, o serviço oficial também está de olho nas propriedades. É a única maneira de prevenir mesmo a doença: ou vacinando, no caso da brucelose, ou fazendo os testes, no caso da tuberculose – antes de comprar animais. Alguns produtores não querem vacinar todo o rebanho. É necessário 100% das bezerras de três a oito meses serem vacinados”.

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Fazendas Históricas Ipê solitário no pasto tem idade estimada em cerca de um século: já existia quando os avós dos proprietários da fazenda adquiriram as terras há 65 anos

Fazenda Sesmarias:

raízes no passado 60

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m propriedades rurais do centro-sul do Paraná, criar e manejar o gado, plantar e colher as lavouras, começar e recomeçar, são rotinas que os produtores rurais levam adiante como vocação e tradição. Tradição que, em muitos casos, segundo historiadores, remonta ao século XIX. Esta época, para a região, representa a fase do povoamento luso-brasileiro dos chamados Campos de Guarapuava. O local foi descoberto em 9 de setembro de 1770, pela expedição de Cândido Xavier de Almeida, e mais tarde, em 17 de junho de 1810, conquistado pela Real Expedição de Conquista e Povoamento dos Campos de Guarapuava, liderada por Diogo Pinto de Azevedo Portugal. Os líderes da expedição, que fundaram a Freguesia de Nossa Senhora de Belém (origem de Guarapuava) em 9 de dezembro de 1819, deram início, em nível regional, a uma política da Coroa Portuguesa: ocupar de fato seus territórios, estabelecendo sesmarias (propriedades rurais), destinadas a promover povoamento e produção. Os campos a serem conquistados eram um amplo território. Seus limites, segundo assinala a historiadora Alcioly Terezinha Gruber de Abreu (Professora Sulita), em seu livro Subsídios para a História de Guarapuava (2010), são encontrados em documentos e mapas da época: a divisa norte, esclarece, já estava delimitada pelo Rio Ivaí (antes chamado Ubatuba e rio de D. Luiz), conforme Carta Chorográfica elaborada após a expedição de Afonso Botelho, nos anos de 1771 e 1772. O mesmo limite, prossegue a Professora Sulita, foi confirmado em ofício do Tenente Antônio da Rocha Loures, em ofício datado de 16 de novembro de 1825. Guarapuava teve ainda suas fronteiras confirmadas e ampliadas pela Lei nº 14, de 21 de março de 1849, e ratificadas pela Lei nº 12, de 17 de junho de 1852. Já o ano de 1853 marcaria o surgimento da própria Província do Paraná, desmembrada de São Paulo. Em 1856, conforme ilustra a historiadora, o limite sul de Guarapuava estendia-se até o Rio Uruguai,

Antigo marco, hoje cercado para ficar protegido, traz em baixo-relêvo um símbolo que lembra uma folha

um dos rios que dividem o que atualmente são os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A ocupação da região aconteceria gradativamente: em 1821, mapa elaborado por um dos integrantes da expedição de conquista, o Padre Chagas, indicava a existência de 14 sesmarias. Em 1822, embora uma lei houvesse encerrado a concessão de sesmarias no Brasil, o povoamento do centro-sul do Paraná, como o de outras regiões do país, prosseguiria, com a delimitação e o estabelecimento de mais propriedades rurais. Em seu livro Soberbas Fazendas de Nosso Rincão (2010), o guarapuavano Sebastião Meira Martins relaciona, num território que abrangia o que agora são os municípios de Pinhão e Reserva do Iguaçu, nove sesmarias. Com o passar do tempo, as áreas dos primeiros donos foram divididas entre gerações de descendentes ou novos proprietários, dando origem a várias fazendas. Outro historiador de Guarapuava, Murilo Walter Teixeira, detalha aquele período. Ele relembra que Antônio da Rocha Loures sucedeu o líder da expedição de conquista de Guarapuava, Diogo Pinto de Azevedo. Ainda de acordo com Walter Teixeira, documentos de 1827 mostram que Antônio da Rocha Loures destinara propriedades naquela região.

Esta trajetória, como disse o historiador em entrevista à REVISTA DO PRODUTOR RURAL, no dia 30 de novembro, ainda é lembrada pelos habitantes locais. Segundo apontou, além da tradição oral, de documentos e de fotos das famílias, um detalhe, na paisagem, aponta para aquele momento: um marco de pedra, numa região em que situam-se as nascentes dos rios Pinhãozinho e Capivara. Walter Teixeira observou que a coluna, há muitos anos em seu local, passou a receber atenção de interessados e de pesquisadores da história. A exemplo de outros estudiosos, ele mesmo chegou a escrever sobre o assunto, como no livro Marco Régio. O historiador sublinhou que, nos tempos das sesmarias, colunas denominadas de Marco Régio, fixadas no solo, eram utilizadas como ponto de referência para a delimitação de terras. Ainda conforme destacou, em torno do marco, encontram-se propriedades cujas terras pertenceram a quatro das primeiras fazendas da região. Encerrando a série de reportagens Fazendas Históricas, iniciada em fevereiro de 2014, a REVISTA DO PRO Revista do Produtor Rural do Paraná

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DUTOR RURAL foi até uma daquelas propriedades, a Fazenda Sesmarias. Para os atuais proprietários, o casal de produtores Gerson Ferreira e Ísis, o marco, mantido dentro de um cercado no meio de uma área de lavoura, destaca acontecimentos da história local. O referencial, revelaram, ainda é muito mais lembrado do que se poderia imaginar: professores levam seus alunos até lá. Historiadores já vieram vê-lo de perto, analisando suas origens. Conforme explicou o casal de produtores, em anos mais recentes, o marco acabou servindo de inspiração para a identidade da fazenda. O nome de “Sesmarias”, adotado há cerca de 15 anos, destacaram Gerson e Ísis, foi sugestão do filho (já falecido), para manter viva a recordação da origem antiga das terras da propriedade. Ideia imediatamente aceita. Rememorando a trajetória da família na fazenda, Gerson assinalou que a propriedade foi adquirida há 65 anos por seu avô, Ildebrando Alexandrino da Silva, casado com Aurora Nunes da Silva. Logo, os avós passaram a propriedade para as filhas gêmeas, Maria Tereza e Maria de Lurdes – esta última, mãe de Gerson, viria a ficar com a área em que se encontra agora o marco. A Fazenda Sesmarias cresceu então aos poucos, com a compra de áreas vizinhas. As condições de negócio da

Casamento de Ismael Nunes Ferreira e Maria de Lurdes Silva Ferreira, em 1952, na Catedral, em Guarapuava

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Os produtores Maria de Lourdes e o irmão Gerson, ao lado da esposa dele, Ísis: apreço em lembrar a antiga origem das fazendas da região

época para os fazendeiros de então, segundo ressaltou a esposa do produtor, eram muito diferentes, já que os imóveis ainda não haviam chegado ao valor de hoje: “Meu pai falava que ‘cansou’ de vender um boi e comprar dois, três alqueires de terra. Hoje, você vai com cem bois e não compra um alqueire”, comentou Ísis, com o conhecimento de quem tem nos pais, João Maria Pacheco Danguy e Neiva Lustosa Danguy, e nos avós, Sebastião Lustosa de Siqueira e Elvira Mendes Lustosa, uma origem também rural, em propriedades situadas no município de Reserva do Iguaçu. Em um dos negócios, recordou ela, o sogro Ismael vendeu cerca de 90 cabeças de gado bovino e adquiriu 45 alqueires. Mesmo mais tarde, automóvel também era uma boa moeda de troca: “Meu pai tinha um jipe. Era um dos pioneiros de carro aqui no Pinhão. Um parente se interessou de comprar o jipe. Ele trocou por terra”, completou Maria de Lourdes, irmã de Gerson. Mas em contraste com o tamanho das áreas, a vida rural rudimentar, que marcou muitas das propriedades surgidas de sesmarias no século XIX, se estenderia muito mais do que se pode

imaginar. Viver no campo era para quem tinha determinação. Gerson e Ísis recordam: quando vieram morar na fazenda, na década de 1980, a propriedade ainda não estava interligada a nenhuma rede, nem de água, nem de energia elétrica. Um olho d´água, ainda hoje existente, havia sido canalizado: “Moramos na casa antiga. Tinha uma água que vinha no pátio”, apontou Ísis. Com isso, lavar roupa, era um trabalho literalmente manual – às vezes feito à beira de um rio próximo, o que exigia também o esforço de uma caminhada. Chuveiro? Era aquele “de campanha” (balde com chuveiro no fundo, pendurado no teto). Porém, com os anos, a vazão da fonte se reduziu, embora o local tenha sempre estado cercado de vegetação. “Notei que foi secando e não foi falta de conservação. Acho que foi o próprio fator de mudança de clima. Toda aquela água foi sumindo, hoje não chega mais no pátio”, detalhou. Para ter luz à noite, no campo, naqueles anos distantes, o jeito era recorrer ao gás: “Nós usávamos o ‘liquinho’”. A eletricidade só chegaria em 1980. Mas por um investimento próprio. A família, assim como algumas outras, construiu uma linha, interligando a


Paisagem lembra cenários do passado

e a sede da fazenda passa no momento por reforma, do lado de fora das janelas, o panorama parece lembrar de cenários de um passado bucólico: araucárias plantadas pela família dos proprietários hoje já estão grandes. Uma laranjeira resgata também os dias de outrora, quando havia um laranjal próximo à sede. Simples, mas talvez ainda mais poético, seja um olho d´água, em meio à vegetação. Águas que afloram tranquilas e cristalinas eram utilizadas, há 30 anos, para lavar roupa – época em que a propriedade ainda não contava com rede de água e de eletricidade.

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Monjolo antigo, adquirido de outra propriedade, lembra que se trata de uma fazenda antiga

rede, na rodovia, até a propriedade. Nada menos do que dois mil metros de extensão. “Ficou muito caro para nós”, apontou Ísis, observando que mais tarde aquele ramal foi doado a uma empresa de energia. As atividades da Fazenda Sesmaria, ao longo do tempo, também refletiram a realidade de várias outras propriedades da época. Primeiro, predominou a bovinocultura de corte. Fase que chegou a seu auge em 1997, quando o plantel contava com 850 cabeças de gado. “Foi ficando inviável e até para lidar com a pecuária a gente tem dificuldade de achar pessoas”, explicou a esposa de Gerson. Daquele momento em diante, o cenário mudou: no campo, se expandiu a agricultura. O rebanho bovino permaneceria como atividade importante ainda nos 10 anos seguintes, até começar a perder terreno para o cultivo de grãos. Nesse meio tempo, praticaram a produção leiteira, durante oito anos, desativando a atividade em 2015. “Hoje, 90% é agricultura”, avalia Ísis, referindo-se espaço produtivo da fazenda. Considerando que lidar com gado se tornou “praticamente inviável”, ela assinalou que a família ainda trabalha no setor, com os animais “nas áreas de mato”. Contando que ambos “vivem na estrada”, entre a cidade de Pinhão,

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O historiador Murilo Walter Teixeira: livro analisa marco situado na Fazenda Semarias

onde residem, e a propriedade, em que passam alguns dias, Gerson e Ísis reafirmam sua afeição ao local, que marca um matrimônio de cerca de 40 anos. Ao demonstrar alguns dos recantos da fazenda, como dois jovens de outrora, eles não deixam de ressaltar reminiscências de outros tempos que ainda trazem recordações: duas laranjeiras, que já estavam por lá quando a fazenda foi comprada pelo avô de Gerson. E

um majestoso ipê. De idade estimada como centenária. Um panorama em que o patrimônio histórico é a própria paisagem. E nela, um marco, de humilde porte. No entanto, sua resistência aos séculos e seu silêncio dizem mais do que as palavras. Fazem lembrar sonhos de conquistas na lógica de linhas retas, histórias escritas a muitas mãos, sobre as linhas dos campos e das águas do tempo.


ELEITORES DE GUARAPUAVA

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Serviços automotivos

Manutenção preventiva

em caminhões é o caminho certo para rodar com segurança

E

conomizar tem sido a palavra chave usada pela maioria dos brasileiros. O cenário atual mantém aquecido o serviço de manutenção oferecido pelos truck centers, porque veículos em ordem podem reduzir o custo do quilômetro rodado e a manutenção preventiva custa menos que a corretiva. A DPaschoal possui uma rede de 20 truck centers espalhados pelo Sul e Sudeste do Brasil, que garantem a sua revisão de segurança de modo prático e sem custo. Em nossa vistoria são verificadas a situação dos pneus, combinação e espaçamento entre duplos. Os pneus são um dos produtos mais importantes no orçamento tanto do frotista, quanto do caminhonei-

ro que trabalha autônomo. A aplicação certa do pneu é fundamental para o bom desempenho do caminhão. Dependendo do segmento de atuação o uso correto é garantia de uma melhor dirigibilidade e performance. Mas não são apenas os pneus que devem ser cuidados, por isso verificamos também a condição dos amortecedores, palhetas, sistema de suspensão e alinhamento dos eixos, enfim uma série de itens merecem o cuidado do caminhoneiro para não ficar na mão na estrada. Nos Truck Centers DPaschoal também são encontrados uma série de itens complementares como corda, cobertura, macaco, bateria, óleo, câmara, protetor e faixas reflexivas. Lembre-se faixa reflexiva danificada e faróis desalinhados são passíveis de multa

Nosso mais novo truck center está localizado na cidade de Guarapuava e hoje oferece os seguintes serviços: balanceamento, alinhamento, montagem e desmontagem de pneus. Venha nos conhecer e aproveite para tomar um café com pão de queijo com a nossa equipe!

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Bovinocultura de leite

Programas da DSM Tortuga auxiliam e valorizam clientes Vanderley acompanhado dos filhos Dericson e Maytison Miranda Kuachinhak

A

DSM Tortuga valoriza seus clientes e reconhece aqueles que não medem esforços para ter uma produtividade alta e de qualidade. Um desses clientes é o produtor rural Vanderley Kuachinhak, que migrou da bovinocultura de corte para a atividade leiteira em 2013. A mudança deu certo. Em apenas dois anos, ele já alcança uma produtividade de mais de 630 litros/dia. Além disso, a qualidade do leite produzido no Sítio Paiol de Telha (Guarapuava-PR), com 16 alqueires, já foi reconhecida. O produtor conquistou o 3º lugar estadual no Programa Qualidade do Leite Começa Aqui, da Tortuga, em 2015, com a raça Jersey, na categoria até 1000 l/dia. “Iniciamos a atividade leiteira em setembro de 2013, com apenas uma vaca para o consumo próprio. Já na

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primeira cria, ela deu mais de 23 litros no dia. Fomos aumentando a produção e além do consumo próprio, fazíamos queijo. Houve a necessidade de adquirirmos uma ordenhadeira e compramos mais duas novilhas. Além do consumo, o excedente nós começamos a entregar para a Coamig. Logo em seguida, optamos por eliminar o gado de corte e ficar só com a produção de leite”, conta Kuachinhak. Atualmente, o produtor entrega 100% da sua produção para o Pool Leite, por meio da Coamig - Cooperativa Agropecuária Mista de Guarapuava. “Estamos com 29 vacas em lactação, mais novilhas prenhas, vacas em pré-parto, vacas secas e bezerras. Ao todo, são 64 animais. A média de produção é de 22 litros por animal/dia. Grande parte do rebanho é Jersey, com apenas algumas Jersey-holanda e três Holandesas”, detalha.

A expectativa é que daqui a alguns anos o rebanho seja somente Jersey. Segundo o produtor, a meta é investir, cada vez mais, em qualidade. “Os estudos mostram que a Jersey produz um leite com maior teor de proteínas e de gordura. Como recebemos por qualidade, a bonificação acaba superando a produção da holandesa”, explica. Kuachinhak é cliente Tortuga desde que iniciou na atividade leiteira, primeiro com a suplementação e depois com o Núcleo para Vacas Leiteiras da linha Bovigold. “Quando começamos a fabricar nossa própria ração, conversamos com o pessoal da Tortuga e a equipe nos indicou o núcleo, primeiro o antigo Bovigold, depois o Bovigold Plus. As vacas começaram a melhorar o plantel e a produção foi aumentando. Havia a necessidade também de uma mineralização melhor, então já adquirimos o Nac Biotina”.


Fotos: Geyssica Reis

Bovigold Rumistar Há 4 meses, o produtor começou a usar o lançamento de 2015 da DSM Tortuga, o Bovigold Rumistar. O produto tem uma enzima chamada Ronozyme RumiStar, que atua na digestão do amido no ambiente ruminal, promovendo melhor utilização desse nutriente pela vaca leiteira. O Bovigold Rumistar é o primeiro núcleo mineral vitamínico com enzimas para vacas de leite. “Tínhamos alguns problemas de acidoses ruminal, devido a alimentação dos nossos animais ser basicamente o milho. Com o Rumistar, esse problema foi resolvido. Praticamente zeramos as acidoses. Estamos usando o produto há quatro meses e é visível a melhora na saúde dos animais, no sistema digestivo, no escore de fezes. Também já notamos o aumento na produção”, afirma o produtor.

Equipe Tortuga visita a propriedade de Vanderley

PITT

Médias da qualidade do leite do Sítio Paiol de Telha

Kuachinhak também faz parte de outro programa da empresa, o PITT (Programa de Incentivo a Tecnologia Tortuga), que tem como objetivo proporcionar condições para uma maior produtividade do rebanho. São diversas ações conjuntas, da equipe técnica da Tortuga com a linha de produtos de alta tecnologia de nutrição. “Através desse programa, temos tido a visita dos técnicos, regularmente, que fazem o balanceamento da dieta alimentar do rebanho e nos auxiliam com algumas modificações que precisamos fazer no sistema de produção. Além disso, a equipe técnica sempre traz informações atualizadas e convida para os eventos que a Tortuga promove, o que sempre agrega na nossa produção”, finaliza.

Teor de gordura

Contagem Bacteriana

4,15% a 4,20%

3 mil

CBT

35 mil a 37mil

Sólidos

13,1% a 13,2%

Bovigold RumiStar . Mais leite por quilo de alimento. TM

ÚNICO COM ENZIMA TM RUMISTAR

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Controle de insetos Inseticida Delegate® confere ao produtor eficiência no controle de pragas aliada às mais inovadoras tecnologias da Dow AgroSciencesow Nova ferramenta é considerada uma das tecnologias verdes mais inovadoras e sustentáveis do mundo

C

om o compromisso de trazer novas soluções para o agronegócio brasileiro, a Dow AgroSciences, uma das empresas líderes em proteção de cultivos, investe continuamente em tecnologia de ponta para o desenvolvimento de alternativas de controle de pragas capazes de garantir uma produção sustentável e eficaz ao produtor. O inseticida Delegate®, lançado pela Dow Agrosciences em julho, para lavouras de tomate, batata e outras sete culturas em hortifruti, se destaca pelo altíssimo poder de choque e amplo espectro de controle de insetos. Além disso, sua molécula única – do grupo das Espinosinas – é ideal para a rotação de ativos e manejo de resistência, garantindo mais sustentabilidade, segurança e longevidade da cadeia produtiva. Multipremiado e exclusivo, Delegate® apresenta também menor período de carência e exclusivo mecanismo de ação, além de efeito residual prolongado aliado à seletividade a insetos benéficos. “As propriedades técnicas de De-

legate fazem dele o principal aliado do produtor por aumentar a segurança e a rentabilidade da produção nas lavouras”, explica André Baptista, Gerente de Marketing para Hortifruti da Dow AgroSciences. O produto ganhou o Prêmio Agrow de Melhor Novo Produto para Proteção de Cultivos e possui o selo Green Chemistry Challenge, reconhecimento

da Agência de Proteção Ambiental dos EUA, a EPA, por ser uma das tecnologias verdes mais inovadoras e sustentáveis do mundo. Com estadual aprovado para PR, SC e RS (no PR, exceto na cultura de citros), Delegate® foi apresentado no início de novembro para produtores rurais e técnicos do município de Guarapuava, no Paraná.

Dow e Rio 2016 Como “Empresa Química Oficial” dos Jogos Olímpicos, a Dow possui uma posição única como fornecedora de soluções inovadoras e mais sustentáveis que melhoram a experiência Olímpica para os territórios-sede, atletas e fãs em todos os lugares – na arena dos Jogos e em nossas vidas diárias. Nosso portfólio de produtos inovadores e de alta tecnologia oferece produtos mais sustentáveis para as necessidades mais desafiadoras dos Comitês Organizadores, governos locais, construtores e parceiros ligados aos Jogos.

SOBRE A DOW AGROSCIENCES A Dow AgroSciences, com sede em Indianápolis, Indiana, nos Estados Unidos, desenvolve soluções inovadoras para a proteção de cultivos e biotecnologia de plantas para atender aos desafios de um mundo em crescimento. A Dow AgroSciences é uma subsidiária em caráter integral da The Dow Chemical Company e obteve um volume de vendas global de US$ 7,3 bilhões em 2014.

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Notas Movimento Moraliza Guarapuava

O Movimento Moraliza Guarapuava realizou na segunda-feira, dia 23 de novembro, no Sindicato Rural de Guarapuava, o lançamento do abaixo assinado visando uma consulta popular acerca da limitação do orçamento da Câmara Municipal e limitação dos gastos com folha de pagamento. O abaixo assinado está disponível nesta publicação (página 66) e nas entidades que participam do Moraliza Guarapuava, até o fim de janeiro de 2016. Os locais de coleta de assinatura são: Sindicato Rural de Guarapuava, OAB Guarapuava, Observatório Social de Guarapuava, APP Sindicato, Concejug, Diocese de Guarapuava, Sindicato dos Bancários de Guarapuava e Região, Sindicato dos Trabalhadores em Metalúrgicas, Acig, Escola de Fé e Política, Sindusmadeira, Maçonaria Guarapuava e Rotary Club Guarapuava. É indispensável o número do Título de Eleitor para a assinatura.

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Guabiroba: passeio no Dia das Crianças A Associação de Moradores do Guabiroba, em Guarapuava, realizou no dia 12 de outubro, uma atividade para marcar o Dia das Crianças: a entidade e parceiros levaram a um passeio por pontos turísticos do município um grupo de jovens moradores daquela localidade rural. Com idades entre 8 e 14 anos, os participantes são alunos da Catequese da Capela São João Batista (pertencente à Paróquia Santana), sob a coordenação das catequistas Josilaine, Rosângela, Thábata e Zeni. O roteiro do passeio incluiu o Parque do Jordão, Parque do Lago e a Lagoa das Lágrimas. Almoço e lanche tiveram lugar no Centro Esportivo da Faculdade Guairacá. Apoiaram a atividade: Faculdade Guairacá, Guarapet, funcionários do Banco do Brasil e da Unicentro, Rames José Housni, Sindicato Rural de Guarapuava e amigos da associação.

Curso de massas do Senac O Sindicato Rural de Guarapuava sediou mais um curso de Preparo de Massas do Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac). A capacitação aconteceu de entre os dias 19 e 22 de outubro. O conteúdo incluiu higiene e manipulação de alimentos, ingredientes, utensílios e equipamentos utilizados no preparo; massas recheadas, molhos e suas combinações; conservação, armazenamento e prazo de validade dos alimentos. A instrutora foi Luciane Mendes Paz.


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Inseticida biológico

Guará Campo reuniu produtores, dia 4 de novembro, para apresentar um produto biológico contra a lagarta

H

elicoverpa armigera na lavoura tem sido motivo de preocupação para produtores rurais pelo Brasil afora. Ao lado da supressão ou controle pela via de agroquímicos, existem produtos biológicos. Para apresentar uma destas alternativas, a Guará Campo, agrorrevenda de Guarapuava, promoveu no dia 4 de novembro, no Sindicato Rural, palestra sobre a utilização de um tipo de vírus que mata a lagarta. Denominado de Hz-NPV, o material é distribuído no país pelo Consórcio Cooperativo Agropecuário Brasileiro (CCAB Agro S.A.), que adquire o vírus de um fornecedor na Austrália. Ao longo de uma hora, o agrônomo Álvaro Salles, do setor de Desenvolvimento de Produtos da CCAB Agro S.A., explicou o que é, como deve ser aplicado e como funciona o Hz-NPV. “Os vírus são seletivos, preservando os inimigos naturais da helicoverpa, que vão ajudar no controle de todo o complexo de pragas da sua lavoura”. Outra característica que ressaltou é que o material se mostra inofensivo às plantas das culturas e aos seres humanos. “Ele não contamina o ambiente ou o aplicador e tem

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risco baixíssimo de desenvolvimento de resistência”, afirmou. Salles aponta ainda um alto desempenho, “igual ou melhor do que o dos químicos, no controle de insetos”. O vírus, completou, tem também a vantagem de poder ser utilizado não apenas na soja, mas em várias outras culturas: “O Hz-NPV surgiu inicialmente com registro emergencial, por conta da emergência fitossanitária decretada há alguns anos, pelo Ministério da Agricultura e Pecuária”. Agora, acrescentou,

Os vírus são seletivos, preservando os inimigos naturais da helicoverpa, que vão ajudar no controle de todo o complexo de pragas da sua lavoura”

Compareceram à palestra produtores rurais de Guarapuava e região


já existe o registro definitivo, que segundo ressaltou não é específico para uma ou mais culturas, mas se volta ao combate à praga da helicoverpa. “O produto pode ser usado em todas as culturas”, apontou, indicando que a dose de registro é de 100 ml por hectare. Salles salientou que, por isso, na aplicação, a fase da lagarta tem maior relevância do que a da cultura: “A fase da helicoverpa é mais importante porque vai influenciar se ela vai demorar mais ou menos para parar de comer e para morrer”. O material, prosseguiu, uma vez aplicado, deve ser ingerido pela praga. Como efeito, a helicoverpa deixa de se alimentar e morre. “O vírus é ativado pelo intestino da lagarta, que tem alcalinidade alta. “Uma vez que ela morre, está com uma grande quantidade de indivíduos virais, que a gente chama de poliedros, no caso dos baculovírus, e esses indivíduos vão ser liberados na lavoura para contaminar outras lagartas”, relatou. O tempo para o Hz-NPV corretamente aplicado começar a produzir o efeito, conforme observou o agrônomo, pode variar entre dois e seis dias. Mas a técnica preconizada para uma ação mais rápida, sublinhou, é o combate preferencial a lagartas ainda de tamanho pequeno: “Se você pegar a helicoverpa, nos primeiros ínstares, dentro de um a dois dias, ela para de comer e em três dias morre”. Nos indivíduos maiores, a eliminação precisa de mais tempo: “Quanto mais próxima de se tornar uma pupa e, posteriormente, uma mariposa, maior vai ser o tempo que ela vai demorar para parar de comer e para morrer. O tempo máximo, para uma lagarta de sexto ínstar, seria de uma semana”.

Agrônomo Álvaro Salles, da CCBA Agro S.A. A aplicação, prosseguiu, se faz de forma semelhante à dos defensivos: “Você vai misturar o produto na sua calda e vai tomar os mesmos cuidados, como ter uma boa cobertura e atingir o alvo”. Um detalhe, no entanto, é importante: a alcalinidade deve ser menor do que 7 (PH considerado ácido). Se for maior do que aquele limite, a calda provocará a ativação do vírus já no tanque de aplicação – a técnica correta é que o vírus seja ativado apenas quando já tiver sido ingerido pela helicoverpa e estiver dentro do organismo do inseto. “Se você tiver a calda alcalina, terá a ativação do produto antes da hora e vai inutilizá-lo”, explicou Salles. Outro detalhe a se considerar na aplicação é a temperatura do produto. O agrônomo frisou que o Hz-NPV é uma ferramenta biológica e que necessita de alguns cuidados: “A temperatura é um fator importante no momento do transporte e armazenamento. Se você expuser o produto a temperaturas muito elevadas, ele apresenta uma degradação natural. O que se deve fazer é tirá-lo do ambiente refrigerado

somente no momento do preparo da calda para a aplicação”. Salles informou que na Austrália o Hz-NPV tem sido utilizado há mais de 12 anos. “Em várias culturas, ele é o único inseticida”, contou. Também no Brasil, disse, testes indicaram um bom resultado: “Em todas regiões em que entramos com o vírus, ele se tornou um destaque no controle de helicoverpa. Testamos em diversas regiões, principalmente no Centro-Oeste, na região do Cerrado, e também no oeste da Bahia”.

A fase da helicoverpa é mais importante porque vai influenciar se ela vai demorar mais ou menos para parar de comer e para morrer”.

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Pecuária Moderna

Reuniões do Comitê Gestor Regional seguem a todo vapor

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Plano Pecuária Moderna, que visa o desenvolvimento da bovinocultura de corte no Estado do Paraná, foi lançado no dia 11 de agosto. Desde então, foram criados Comitês Gestores Regionais, responsáveis por divulgar, por meio de reuniões com pecuaristas e técnicos, as ações do plano nas diversas regiões do estado. Na região de Guarapuava, o comitê vem sendo coordenado pela veterinária Marina Araújo Azevedo. Sobre as reuniões que vem ocorrendo na região, ela comenta que “por meio desses encontros, os pecuaristas conhecem o plano, que visa melhorar os índices produtivos e a qualidade da carne do Paraná. Com a participação nesse plano, o produtor terá uma rentabilidade maior, acesso à novas tecnologias e novos planos de produção. E isso só tem a acrescentar para a produtividade da propriedade”. Além da divulgação, o plano também está em fase de identificação das propriedades modelo. “São essas propriedades que vão integrar o plano e servirão de referência para as outras propriedades no Paraná. No início do ano que vem, já começam os treinamentos para os técnicos que atenderão as propriedades”, conta Marina. Recentemente, reuniões sobre o tema foram realizadas em Guarapuava, Candói, Cantagalo (com participação de produtores de Goioxim), Turvo, Prudentópolis e Pinhão. As reuniões são abertas a pecuaristas e técnicos da área.

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Reunião em Guarapuava

Reunião em Candói

Reunião em Prudentópolis

Reunião em Turvo


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Análise conjuntural

Mercado do suíno no estado do Paraná Ana Paula Treml Murara Venessa Machado Antunes Paulo Rossi Junior Centro de Informação do Agronegócio da UFPR www.ciaufpr.com.br

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suinocultura brasileira está passando por um bom momento. Segundo dados divulgados pelo IBGE, em 2014 o efetivo de suínos teve aumento de 3,2% em relação ao ano anterior. Além do crescimento do rebanho, os abates de suínos no país também têm aumentado e vêm alcançando números recordes. No segundo trimestre de 2015, o número de abates foi 5,8% superior ao primeiro trimestre e 5,7% superior ao mesmo período de 2014. Esse crescimento é reflexo do cenário atual do mercado nacional em que a demanda por carne suína está maior, sobretudo devido à alta dos preços da carne bovina. Com relação ao comércio exterior, apesar da alta do dólar, as exportações das carnes caíram no mês de outubro. O volume de carne suína exportada apresentou queda de 2,5% de setembro para outubro, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Apesar da queda entre os meses, as exportações foram 0,9% maiores do que os referentes ao mesmo período de 2014. De maneira geral, mesmo com a redução das exportações em outubro, os resultados obtidos no mês podem ser considerados bons, visto as dificuldades transcorridas devido ao excesso de chuva na região sul do país, a greve dos caminhoneiros e a suspenção das atividades do porto de Itajaí (SC). De acordo com os dados do CIA/UFPR, no Paraná, os preços do quilo da carne suína in natura sofreram queda de 11,3 % entre os meses de outubro e novembro de 2015, passando de R$ 4,17 no início de outubro para R$ 3,70 em meados de novembro. Como ilustrado na figura 1, após leve alta em meados de outubro, os preços segui-

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ram decaindo até o início de novembro, quando então tornaram-se estáveis. Com relação à carcaça suína, os preços também decaíram do início de outubro a meados de novembro, contudo, apresentaram uma maior oscilação se comparada à ocorrida no preço do suíno vivo. Segundo o CIA/UFPR, o preço do quilo da carcaça suína no Paraná passou de R$ 6,81, no início de outubro, para R$ 6,10, em meados de novembro, mostrando uma variação de 10,4 %. Conforme demonstrado pelos gráficos do CIA/UFPR, a paleta foi o corte suíno que apresentou a maior variação nos supermercados de Curitiba. O corte apresen-

Figura 1. Gráfico do comportamento dos preços reais do quilograma do suíno vivo no estado do Paraná, para os meses de outubro e novembro de 2015. Fonte CIA/UFPR

Figura 2. Gráfico do comporto dos preços reais do quilograma da carcaça do suíno no estado do Paraná, para os meses de outubro e novembro de 2015. Fonte CIA/UFPR

tou uma queda de 30,35 % no seu preço do mês de outubro para o mês de novembro, sendo comercializado a um valor médio de R$ 8,47 em meados do último mês. Já nas casas de carne da capital, o mesmo corte foi vendido a R$ 12,12 em meados de novembro, apresentando alta de 1,39 % em relação ao preço de venda do mês anterior. Nos supermercados de Londrina, o corte suíno que apresentou maior variação de preços entre outubro e novembro foi a costela. Em novembro, o preço da costela teve alta de 7,61 % em relação ao mês anterior, sendo vendido a R$ 16,08.

Figura 3. Gráfico do comporto das medias dos preços reais do quilograma dos cortes de suino nos Mercados de Curitiba, para os meses deoutubro e novembro de 2015. Fonte CIA/UFPR

Figura 4. Gráfico do comporto das medias dos preços reais do quilograma dos cortes de suíno nos Açougues de Curitiba, para os meses de outubro e novembro de 2015. Fonte CIA/UFPR

Figura 5. Gráfico do comporto das medias dos preços reais do quilograma dos cortes de suíno nos Mercados de Londrina, para os meses de outubro e novembro de 2015. Fonte CIA/UFPR


EXISTEM OS PRODUTORES E OS PRODUTORES INOVADORES. DE QUE LADO VOCÊ ESTÁ?

Chegamos para inaugurar uma nova era. Veritas, um produto com ação sistêmica, atuando nas culturas de soja e feijão. Sua tecnologia inédita promove o transporte intracelular do Cálcio, garantindo maior fixação das flores na fase da florada. Ou seja, produtividade além do máximo desejado por hectare. Isso é eficiência de cultivos. Essa é para você que está à frente do seu tempo.

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Comissão Bovinocultura de Leite

Planejamento forrageiro A Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite do Sindicato Rural de Guarapuava realizou mais um encontro no dia 18 de novembro. O tema foi Planejamento Forrageiro – Manejo de pastagem, conduzido pela professora do Departamento de Agronomia da Unicentro, Deonisia Martinichen. “Mostramos aos produtores o quanto eles precisam planejar e manejar sua propriedade, tanto em disponibilidade de forragem, ajuste de carga animal, e também na questão de organização da propriedade como um todo. Abordamos a importância da distribuição nas diferentes áreas ou a definição de quantos hectares de cada tipo de pastagem ou de culturas de produção de

Deonisia Martinichen grão. Também falamos sobre o manejo propriamente da pastagem, como altura do pasto, como fazer o controle de altura de pasto dos animais, com

entrada e saída deles e como fazer a avaliação de disponibilidade de forragem”, resumiu.

Prática de Manejo de Pastagem Dentro das discussões sobre planejamento forrageiro que a Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite do Sindicato Rural de Guarapuava vem promovendo, o grupo realizou uma prática de manejo de pastagem, no dia 25 de novembro, no campus Cedeteg. A atividade foi conduzida pelos professores Sebastião Lustosa e Deonisia Martinichen, pesquisadores na área de pastagem, do Departamento de Agronomia da Unicentro. Durante a prática foi mostrada a medida de altura ideal para o pasto,

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como realizar o corte, a quantidade de matéria seca ideal e a partir dessas informações, foram realizados os cálculos de ajuste de carga animal. “Mesmo que o produtor tenha um técnico na propriedade, é importante que ele também realize essas análises e cálculos. Porque o dia a dia da propriedade observado pelo produtor é muito importante. Enquanto o produtor estiver dando uma olhada no pasto, já pode realizar a medição de altura. Ela deve ser feita em vários pontos do piquete, sempre buscando pontos

representativos e quanto mais pontos de amostragem, melhor. Depois, deve-se realizar os cortes e fazer a medição de matéria-seca. Assim, será possível ter um cálculo de ajuste de carga animal mais preciso”, ressalta Deonisia. Lustosa destaca que o pasto é um investimento e esse investimento se paga com a produtividade dos animais. “É preciso que o produtor tenha consciência de cuidar do seu pasto, porque ele tem que durar, no mínimo, 10 anos para pagar o que foi investido”.


Segurança e Medicina do Trabalho

Torre Forte Saúde: a importância dos exames periódicos ocupacionais A legislação trabalhista exige realizá-los periodicamente. Entenda por quê.

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crescimento desenfreado da produção e a falta de mão de obra especializada nas propriedades rurais causou um aumento significativo no afastamento por doenças ocupacionais, advindas dos riscos encontrados em funções específicas para trabalhador rural. Por conta disso, a legislação trabalhista institui a obrigatoriedade dos exames médicos ocupacionais na admissão, demissão e periodicamente (quando há um retorno ao trabalho após um período, ou mudança de função), sendo facultativos apenas aos empregados doméstico.

A Torre Forte Saúde é altamente qualificada para realizar todos os exames exigidos, e explica a importância deles para a saúde do empregado e para a produção da empresa. Para formalizar e padronizar os exames, a legislação também solicita a elaboração de um documento que auxilia no diagnóstico precoce do aparecimento de doenças, intitulado de PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – NR-07. O PCMSO determina a realização obrigatória dos exames clínico médicos, exames de Auxílio e Diagnósticos de Analise Clínica, imagens e afins, que Revista do Produtor Rural do Paraná

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quantifiquem ou qualifiquem o risco à saúde do trabalhador rural. O exame médico admissional deve ser realizado por um médico especializado na área de segurança do trabalho, sem qualquer custo para o empregador e antes que ele assuma suas funções, conforme dispõe o item 7.4.3.1 da NR 7. A avaliação clínica também deve ser realizada por profissionais qualificados e habilitados. Para isso, a equipe Torre Forte Saúde está em constante treinamento e investimentos em novas tecnologias. A avaliação consiste em verificar as condições gerais de saúde do candidato que se pretende contratar. Deve ser averiguado o seu estado de saúde com vistas às funções que exercerá na empresa, bem como analisar se as tarefas que serão realizadas poderão provocar alguma doença ou então agravar outra que o candidato já possua. Além da avaliação clínica, o médico do trabalho da Torre Forte Saúde, poderá solicitar ao candidato exames complementares específicos, em conformidade com a função que o candidato exercerá. Por exemplo, um operador de

É obrigatório realizar a avaliação clínica e, em alguns casos, outros exames. Saiba quais são e o que a avaliação abrange: Avaliação clínica: abrangendo anamnese ocupacional, exame físico e mental. Exames complementares: realizados de acordo com os termos especificados na NR 7, para trabalhadores submetidos a riscos ocupacionais específicos (riscos por agentes químicos e biológicos) e outros que representam danos à saúde.

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trator deverá submeter-se ao exame de Eletrocardiograma e exames laboratoriais, como o Gama-Gt, para se detectar a existência de eventuais doenças cardiovasculares, e/ou dosagem elevada de álcool na corrente sanguínea. Já se o empregado tem uma doença crônica na coluna e suas tarefas consistirão em manusear certo peso, ainda que bem tolerável, a empresa deverá solicitar exames complementares, como de imagem, de modo a verificar se as funções estão adequadas ou há risco de agravamento da doença. Durante o período de vigência do contrato de trabalho, o empregado é obrigado a se submeter aos exames periódicos. Estes consistem na avaliação clínica geral e também em exames complementares, mais específicos e detalhados, para avaliar eventuais riscos à saúde, em conformidade com as atividades que estão sendo exercidas. Estes exames não poderão acarretar qualquer custo ao empregado. A Torre Forte Saúde conta com profissionais qualificados e treinados para realizarem exames e avaliações.

Também temos uma ampla estrutura de atendimento com equipamento de última geração para auxílio diagnóstico. A estrutura oferece equipamentos próprios da Torre Forte Saúde, como aqueles para realizar Eletrocardiogramas, Eletroencefalogramas, Audiômetros, Espirômetros, e ainda conta com parceiros na realização de exames por imagem. Neste ano, o Grupo Torre Forte Saúde inovou ainda mais com a criação da Torre Forte Clin, Laboratório de Analises Clínicas. Com infraestrutura moderna, ampla, aparelhos de última geração no mercado mundial e profissionais habilitados, os serviços da clínica estendem-se a toda população de Guarapuava. Por conta disso, concluí-se que os exames são de extrema importância e que a empresa deverá ser rigorosa em relação à avaliação médica que é realizada para os candidatos ao emprego, e também para aqueles que já estão trabalhando, não se omitindo na solicitação de exames complementares e assumindo integralmente os seus custos.


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Responsabilidade social

20º Agrinho

premiou alunos e professores do Paraná

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premiação do Programa Agrinho 2015 foi realizada no dia 26 de outubro, na Expotrade Pinhais, em Curitiba. Cerca de duas mil pessoas, entre alunos, professores, pais e lideranças de todas as regiões do Estado participaram do evento, entre eles o vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Anton Gora. O Agrinho é o maior programa de responsabilidade social do Sistema FAEP, resultado da parceria entre o SENAR-PR, FAEP, governo do Estado do Paraná, incluindo as Secretarias de Estado da Educação, da Justiça e da Cidadania, do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, da Agricultura e do Abastecimento, municípios paranaenses, diversas empresas e instituições públicas e privadas. O programa neste ano chegou a sua 20ª edição e contou com a participação de 718 mil alunos das redes pública e particular de 3.640 escolas, distribuídas em 330 municípios do Paraná.

O vice presidente do Sindicato Rural Anton Gora, a estudante Bianca Paula e o diretor da escola Altevir Vilhas Voas

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Foram entregues 309 prêmios para os alunos, nas categorias desenho (turmas de 1º ano e educação especial) e redação (2º ao 9º ano), para os municípios, nas categorias Município Agrinho e Escola Agrinho, e para os professores, na categoria Experiência Pedagógica. O tema foi “O campo e a cidade unidos pela nossa energia”. O presidente da Faep, Ágide Meneguete, destacou em sua fala na abertura do evento que “a conscientização desta nova geração de jovens sobre os limites que impõem as tecnologias tradicionais na produção de energia e na utilização da água é uma preocupação que deve permear a formação de nossos estudantes”.

Guarapuava A estudante Bianca Paola de Souza, do Colégio Estadual do Campo de Palmeirinha foi selecionada para a fase estadual do Agrinho na categoria Redação – 8º ano. Segundo Bianca, sua redação fala sobre a interdependência do campo e da cidade. Foi a primeira vez que o colégio participou do Agrinho. Bianca conta que ser selecionada na fase regional já foi importante e um incentivo para continuar participando nos outros anos. O Colégio Estadual do Campo de Palmeirinha também foi selecionado na categoria Escola Agrinho. A pedagoga responsável foi a Alessandra Lopes de Oliveira Castelini. Ela conta que desenvolveu o programa no colégio tentando articular o material do Agrinho junto com os conteúdo dos professores. “Para nós foi muito gratificante, do início do projeto até hoje no evento. Essa primeira

Registros da premiação do Agrinho 2015

experiência nos incentiva e motiva para o próximo ano, para estarmos na final novamente e com um número maior de professores e alunos”. Para o diretor Altevir Vilhas Voas, a experiência de desenvolver o material do Agrinho nas disciplinas já foi algo que acrescentou aos alunos e professores. “Nós não tínhamos noção da profundidade que o Agrinho oferece. Só de ter a experiência durante o ano e de ter participado desta premiação aqui em Curitiba já foi válido. Ano que vem, vamos estar muito mais preparados e motivados para quem sabe conquistar prêmios na fase estadual”.


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Piscicultura

Piscicultura Progresso entrega 60 mil alevinos em Guarapuava

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Piscicultura Progresso, em parceria com o Sindicato Rural de Guarapuava, realizou mais uma entrega de alevinos no dia 13 de novembro. Cerca de 38 produtores rurais encomendaram mais de 60 mil alevinos. Com a parceria estabelecida entre o sindicato e a piscicultura no ano passado, o objetivo é facilitar aos interessados o acesso a diversas espécies de peixes. Durante essa entrega, os premiados com vale-alevinos no evento Dia do Agricultor 2015 (promovido pelo Sindicato Rural) também receberam seus prêmios.

Registro da retirada de alevinos no Sindicato Rural:

Egon Winkler

Lorival Hirt

Antônio Ferreira da Cruz

Silvana Molinari

Júnior Gomes

Leopoldo Lentovetz e Cleber Renan Lentovetz

Francisco Valdecir Santos e Sebastião Moacir dos Santos

Miguel Pietricoski

Geraldo Pacheco

Júlio Pretto

Alberto Siqueira

ENCOMENDAS Haverá mais uma entrega de alevinos no dia 15 de dezembro, a partir das 9h. Para 2016, a primeira entrega será dia 12 de fevereiro, no Sindicato Rural. Os interessados devem fazer a encomenda no Sindicato Rural (Rua Afonso Botelho, 58, Trianon) ou pelo telefone (42) 3623-1115, falar com Anelise. Os valores variam de acordo com as espécies.

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Emerson Batista Siqueira


Adam Gärtner e Thomas Gärtner

Jorge Harmuch, Erivelto Leonardo e Mario Luiz Marcondes

Valdir Fuchs

Antônio Oliveira

Pedro Cordeiro da Silva e Mônica Botto

Helmuth Seitz

Tiago Pacheco Stadler e João Valdir Sacks

Jociel Alves da Silveira

José Mario Sydor e Paola Vitória

(46) 8415-4508 (oi) - 9975-9280 / 9971-5630 (tim)

Wiliam Rickli Siqueira

Toshiya Meguro

Regina Seitz

Cleber Ribeiro

Pedro Cordeiro

Jonas Cebulski

erivelto_dv1@hotmail.com


Esclarecimento

Destinação do Imposto de Renda para o FIA

O

Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (COMDICA) e entidades de Guarapuava que recebem recursos do Fundo da Infância e Adolescência (FIA), com o apoio do Sindicato Rural, promoveram uma reunião com contadores no dia 17 de novembro, no anfiteatro da entidade sindical. O encontro teve como objetivo explicar aos contadores como funciona a destinação do imposto de renda para o FIA. “O município pode conseguir muito recursos para as entidades. Muitas vezes, as pessoas não destinam porque não sabem como funciona o processo ou nem mesmo sabem que podem fazer essa doação”, explica a conselheira da criança do Projeto Projeção, Kelin Sander.

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FIA O Fundo para a Infância e Adolescência Municipal (FIA) é um aporte de recursos financeiros, controlado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), para atender às políticas públicas voltadas a crianças e adolescentes em estado de vulnerabilidade social (vítimas de abandono, maus tratos ou violência sexual e desabrigadas). O FIA necessita de investidores para financiar políticas públicas. Uma forma de contribuir é destinar parte do Imposto de Renda devido ao FIA. O fundo contribui para o desenvolvimento de projetos para a defesa dos direitos de crianças e adolescentes em vulnerabilidade social; fortalece programas de acompanhamento e formação continuada de adolescentes; contribui para reduzir a fome e a miséria; possibilita a capacitação de recursos humanos

e investimentos em projetos de pesquisa e estudo; evita que crianças e adolescentes fiquem sujeitos a situações de abandono, desabrigo e maus tratos. O investidor destina até 1% (pessoa jurídica – lucro real) e até 6% (pessoa física – modelo completo) do Imposto de Renda devido. Em Guarapuava, as entidades que participam do Comdica e recebem recursos do FIA são: Instituto Educacional Dom Bosco, Centro Educacional João Paulo II, Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Visuais – APADEVI, Centro de Nutrição Renascer, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE, Caritas Socialis, Associação Canaã de Proteção aos Menores, Associação Beneficente das Senhoras de Entre Rios ABSER, Gerar – Geração de Emprego e Renda, Associação de Educação Agrícola Entre Rios.


Cadastro Ambiental Rural

Dia do CAR continua no Sindicato Rural

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Sindicato Rural de Guarapuava e a Uniflora Engenharia realizaram, nos dias 30 de outubro e 30 de novembro, mais duas edições do Dia do CAR. Mas o comparecimento de proprietários rurais se reduziu em relação ao movimento verificado nos últimos dias do prazo final anterior, que encerraria no dia 5 de maio de 2015 – a data foi adiada pelo governo federal para 5 de maio de 2016. Para o diretor da Uniflora, o engenheiro florestal Andreas Kleina (Brahma), muitos proprietários rurais voltaram a adiar a inscrição no CAR para a última hora. “O pessoal deixou de procurar o cadastramento depois da prorrogação do prazo. O Dia do CAR, que estávamos fazendo semanalmente, antes do vencimento do prazo, acabou se tornando um evento mensal”, comentou. A equipe da Uniflora tem recomendado a antecipação, porque em alguns casos pode ser necessário tempo para providenciar documentos ou dados de georreferenciamento para a inscrição do imóvel. Parceria entre Sindicato Rural

Dia do CAR em outubro: poucos proprietários agendaram horário para tratar de um cadastramento que é obrigatório de Guarapuava e Uniflora Engenharia, o Dia do CAR é uma prestação de serviço de orientação para proprietários rurais com dúvidas sobre o cadastro, com o preço do serviço variando caso a caso (sócios do Sindicato têm descontos). Também é possível inscrever o imóvel rural, gratuitamente, direto no site

do CAR, na internet: www.car.gov.br. No Paraná, o Sistema FAEP vem recomendando aos produtores rurais que não deixem o procedimento para a última hora. Outras informações: Sindicato Rural de Guarapuava, Rua Afonso Botelho, nº 58 – 42 3623 1115).

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Legislação ambiental

Decreto regulamenta Programa de

REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL

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Assessoria FAEP

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o dia 4 de novembro, o governador do estado do Paraná, Beto Richa assinou o Decreto n° 2711, que implanta o Programa de Regularização Ambiental (PRA) do Estado do Paraná, regulamentando a Lei Estadual 18.295/201. A FAEP teve uma participação ativa na elaboração do deste decreto de regularização ambiental, principalmente no que diz respeito à anulação dos Termos de Ajustamento de Conduta – TAC, que iria prejudicar milhares de produtores rurais. O Decreto nº 2711 diz respeito aos Termos de Compromisso (TC) que foram assinados com base nas exigências do antigo Código Florestal, revogado em 2012. Os produtores que tem TC averbados por exigência do Sisleg deverão solicitar a substituição do Termo, se necessário, direto ao IAP, se adequando ao novo Código Florestal. Os TCs assinados obrigavam os proprietários rurais a implantar Reserva Legal (RL) correspondente a 20% da área da propriedade, além de reconstruir Áreas de Preservação Permanente – matas ciliares e encostas. O novo Código deu um tratamento mais justo, com a criação da figura das proprie-

dades consolidadas, áreas abertas e utilizadas antes de 22 de junho de 2008, cujas dimensões de Área de Preservação Permanente (APP) são menores, com limite máximo de até 100 metros. A regra também prevê isenção de recomposição da Reserva Legal (RL) para propriedades rurais de até quatro módulos fiscais (em média 72 hectares no Paraná). As propriedades acima de quatro módulos passam a ter o direito de somar as APPs para formar a reserva legal, com um total de 20% de toda a área. O vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Anton Gora, participou da assinatura do decreto. “O decreto veio para normatizar tudo que é necessário. Ele substitui todos os outros decretos do PRA que era complicados e difusos. Também simplifica a questão da regularização ambiental. Por exemplo, ele leva em conta que nenhuma propriedade pode ser inviabilizada por questões ambientais. Então, o decreto veio contribuir para que todas as propriedades cuidem de suas questões ambientais, sem que isso interfira na produtividade”, ressalta Gora. A FAEP vem auxiliando os produtores em suas dúvidas mais frequentes sobre o PRA.


Moluscos

Lesmas e caracois atacam lavouras de soja na região de Guarapuava

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lesma e caracóis são moluscos da classe Gastrópode. A lesma de corpo achatado e úmido, de coloração parda e com 5 cm a 7 cm de comprimento, já os caracóis carregam sobre seu dorso uma capa ou concha de carbonato de cálcio, que lhes confere abrigo e proteção. Para o seu desenvolvimento, necessita de alta umidade; assim, é na safra das “águas” que ocorre seu ataque. Podem viver até 18 meses. Os ovos das lesmas e caracóis são colocados em fendas no solo, sob a proteção de abrigo como restos vegetais, entre outros, e normalmente em quantidade (> que 100). De hábito noturno, escondem-se durante o dia sob pedras, restos culturais e no solo. No período de seca, ficam inativas, enterrando-se no solo (Embrapa). No Brasil, estas pragas já foram observadas atacando diversas culturas, tais como café, banana, fumo, soja e, principalmente, feijão. No Oeste do Estado de Santa Catarina foi observado infestação de lesmas acima do normal em lavouras, a partir de 1993, embora na ocasião não tenha sido dado a devida importância por parte dos agricultores. Nos anos seguintes, ocorreu aumento da infestação e começaram a ocorrer danos severos, principalmente em hortaliças e nas culturas de soja e feijão. No Mato Grosso do Sul, as espécies de caramujo e lesma foram, respectivamente, identificadas como Drymaeus inter-

punctus (Molusca: Bulimulidae) e Sarasinula linguaeformis (Molusca: Veronicellidae). Com a evolução do plantio direto, a abundância de palha na superfície e a adoção de culturas com vegetação exuberante, como o nabo forrageiro, criou-se ambiente favorável ao desenvolvimento de moluscos nas lavouras. Tanto as lesmas quanto os caracóis raspam o tecido do caule, dos cotilédones (foto 01) ou ate mesmo folhas das plântulas da soja (foto 02), são injurias semelhante a causado por insetos, podendo destruir seus pontos de crescimento e levando a morte, reduzindo seu estande final da cultura. A dessecação da cobertura nas áreas infestadas com lesmas e/ou caramujos tem sido sugerida como medida para reduzir a sobrevivência dessas pragas, uma vez que tal operação reduz a umidade do ar e o teor de água na superfície do solo, além de extinguir a fonte de alimento. Inseticida aplicado em pulverização não tem proporcionado controle satisfatório

Foto 1

Foto 2

desses moluscos. A isca a base de metaldeído tem-se mostrado promissora para o controle desses moluscos, porém, a distribuição desse produto em grandes áreas constitui uma limitação do uso dessa tática de controle, devido a pequena quantidade por hectare de produto utilizado. O custo fica mais oneroso ainda, devido ao uso de veículo para distribuição, no caso Cloreto de potássio (kcl). Porém, hoje existe equipamento (foto 03) para distribuição dessas iscas, que normalmente a dose são pequenas quantidades, que podem variar de 0,5 a 7k/ha, com uma ótima distribuição por m2 . Todavia, convém salientar que não existe, até o momento, registro de produtos para o controle de caramujos e lesmas nas grandes culturas. Mas segundo algumas empresas do ramo agrícola, produtos a base de (abamectina) mais adjuvantes, têm se mostrado satisfatórios, porém, associado à isca, o controle se torna mais eficiente.

Foto 3

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Carnes nobres

Sabor do Cordeiro Guarapuava e organização do evento, já tradicional em Guarapuava, atraíram mais de 700 pessoas

8º Festival Gastronômico Cordeiro Guarapuava

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m evento anual que novamente fez jus a seu nome: assim foi a oitava edição do Festival Gastronômico Cordeiro Guarapuava, realizado pela Cooperaliança, dia 20 de novembro, no Pahy Centro de Eventos, em Guarapuava, apresentando uma variedade de sabores sofisticados. A partir de cortes nobres de carne de cordeiro, o jantar apresentou todo o potencial daquele que é um dos produtos que vêm ganhando espaço no Paraná, dos mercados aos restaurantes de alta gastronomia. Mais de 700 pessoas puderam degustar delícias como Cordeiro à Moda do Chef, Rack de Cordeiro Guarapuava ao Molho de Hortelã, Conchinglione de Cordeiro Guarapuava com Maçã ao Mo-

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lho Blue Cheese, Raviolini de Cordeiro Guarapuava ao Molho Pomodoro e Carreteiro de Cordeiro Guarapuava. Na abertura do jantar, a vice-presidente da Cooperaliança e responsável pelo projeto de criação de ovinos da cooperativa, Adriane Thives Araújo de Azevedo, agradeceu a presença do público e dos parceiros que apoiaram o evento. Em entrevista, avaliou que o evento tem servido para divulgar as várias possibilidades de preparo da carne de cordeiro: “A nossa ideia com o festival é mostrar que o cordeiro é uma carne gourmet. Não precisa ser servido só no churrasco. Ele pode estar na panela, ser preparado de diversas formas e ficar saboroso”. Já a receptividade das pessoas ao evento, acrescentou, indica que a cooperativa tem alcançado seu objeti-

Vice-pres. da CooperAliança, Adriane Thives Araújo de Azevedo: agradecimento ao público e parceiros da Cooperaliança


Prefeito Cesar Filho: entre os participantes do festival, autoridades e lideranças de Guarapuava e região vo: “os participantes todos estão elogiando, falando da qualidade do preparo dos pratos e isso vem nos trazer a certeza de que estamos trabalhando da maneira correta, que estamos produzindo um produto diferenciado e o resultado está aqui: no prestígio do consumidor”.

Valorização: diretoria da CooperAliança entregou brindes aos parceiros da cooperativa: Sindicato Rural de Guarapuava, Agrária, Pioneer, DSM Tortuga, Zanardo, Sicredi, Superpão, Prefeitura de Guarapuava, Guará Beneficiadora de Batatas, Guará Concessionária Chevrolet e Piccole Bontà

Cordeiro Guarapuava: sabor nobre em diversas opções

Solidariedade Esse ano, a Cooperaliança decidiu destinar parte da renda do festival para o Hospital Santa Tereza, de Guarapuava. Para isso, os recursos foram direcionados ao Instituto Frederico Virmond, representado, no evento, por Márcia Maria Camacho, coordenadora da gestão filantrópica da entidade.

Márcia Maria Camacho, coordenadora da gestão filantrópica do Instituto Virmond

Arroz carreteiro com carne de cordeiro

Cordeiro ao Molho de Hortelã

Conchiglione de Cordeiro ao Molho de Maçã

Rack de Cordeiro ao Molho de Hortelã

Cordeiro à Moda do Chef

Raviolini de Cordeiro

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Sindicato Rural de Pitanga

Fazendo bonito no Agrinho 2015 Curitiba: alunos e professores da região central do Paraná, com representantes do Sindicato Rural de Pitanga e do SENAR-PR

Agrinho 2015 Vencedores

(região central do PR)

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lunos e professores de estabelecimentos de ensino da região central do Paraná voltaram a se destacar no Projeto Agrinho, realizado anualmente pelo Sistema Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP). A aclamação dos vencedores da 20ª edição da iniciativa ocorreu, dia 26 de outubro, no Expotrade Convention Center, em Pinhais, numa cerimônia com a presença do presidente da FAEP, Ágide Meneguette, e a participação de cerca de duas mil pessoas. O presidente do Sindicato Rural de Pitanga, Luiz Carlos Zampier, enalteceu a participação das 16 escolas que neste ano aderiram ao projeto e parabenizou os professores e alunos vencedores: “Mais uma vez, nosso sindicato ficou feliz com o resultado que obtivemos. É fruto de um trabalho que vem sendo feito, pelo sindicato, pelo mobilizador do SENAR-PR junto às escolas particulares, municipais e estaduais, e junto aos alunos, com os temas importantes que o Agrinho traz”. Confira os vencedores de alguns

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Nível estadual

Pres. Sindicato Rural de Pitanga, Luiz Carlos Zampier

municípios da região central do Estado. Ao lado de alunos e professores, comemoraram o resultado do Agrinho 2015, o presidente do Sindicato Rural de Pitanga, representantes da FAEP e do SENAR-PR, além de autoridades da esfera estadual de educação, como o chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Pitanga, Jonas Crensiglova, e a secretária de Estado da Educação, Ana Seres Trento Comin.

DESENHO EDUCAÇÃO ESPECIAL Aluna: Rosimeire Korczak da Silva Professora: Hérica Elaine Barbosa Ruiz Escola Clodoaldo S. de França – APAE (Pitanga)

ESCOLA AGRINHO Rede Particular de Ensino Professora: Marizeli Terezinha Beló Diretora: Silvana Maria Lopes Fachin Escola Clodoaldo S. de França – APAE (Pitanga)


Nível regional

REDAÇÃO 4º ANO – REDE PÚBLICA DE ENSINO Aluna: Lorrayne Leandro Lefler Professora: Terezinha de Fátima Leandro Arana Escola Miguel Adur Filho (Santa Maria do Oeste)

REDAÇÃO 6º ANO – REDE PÚBLICA DE ENSINO Aluna: Eduarda Liskoski Professor: Luci Noeli Schroeder Colégio Pedro I (Pitanga)

REDAÇÃO 7º ANO – REDE PÚBLICA DE ENSINO Aluno: David Antunes Ribeiro Professora: Eva Michalak da Silva Colégio Carlos Drummond de Andrade (Nova Tebas)

REDAÇÃO 9º ANO – REDE PÚBLICA DE ENSINO Aluna: Érica Melo de Oliveira Professora: Leni Martins dos Santos Medeiros Colégio São Manoel (Santa Maria do Oeste)

EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA – REDE PARTICULAR DE ENSINO Professora: Marizeli Terezinha Beló Diretora: Silvana Maria Lopes Fachin Escola Clodoaldo S. de França – APAE (Pitanga)

Bovinocultura de corte Pecuária Moderna em Pitanga O Sindicato Rural de Pitanga sediou, no dia 5 de novembro, um dos fóruns regionais que o Plano Pecuária Moderna tem realizado no interior do Estado. Com os encontros, o objetivo é que o plano, anunciado dia 11 de agosto de 2015, pelo governo estadual e várias entidades, como FAEP, comece a ser colocado em prática por produtores rurais. Na reunião, foram apresentadas as principais metas da iniciativa. O presidente do sindicato, Luiz Carlos Zampier, comentou em entrevista que o encontro lançou também bases para ações regionais. “Nessa reunião, o pessoal ficou extremamente motivado e foi formado um comitê local”, informou. Uma das primeiras atividades práticas do grupo será a realização de uma palestra com um pesquisador do IAPAR, abordando as pastagens (detalhes do evento ainda serão definidos e divulgados). “A pecuária de corte tem um potencial muito grande aqui na nossa região”, comentou Zampier, defendendo que as áreas, hoje bem valorizadas, tenham um melhor aproveitamento, ao lado da produção de grãos. “Estamos vendo bastante agricultor entrando na pecuária. O produtor de grãos, quando entra na pecuária, já traz essa vontade de tecnologia, de fazer uma coisa mais tecnificada. Então o plano veio numa hora muito boa”. Ainda conforme observou, numa conjuntura com bons preços, este é o momento para o produtor “ter este tipo de apoio técnico” para entrar na bovinocultura de corte.

O Plano Pecuária Moderna visa desenvolver a bovinocultura de corte no Paraná. Nos próximos 10 anos, a iniciativa buscará: no abate, reduzir a média dos atuais 37 meses para 30 meses; na taxa de ocupação, sair de 1,4 para 2 cabeças por hectare/ano; nas matrizes, uma elevação de 10% do plantel, hoje de 2,3 milhões de cabeças; no plantel de bezerros, superar o atual déficit, em torno de 500 mil animais. Na comercialização, carne de qualidade diferenciada para mercados dispostos a pagar melhores preços, no Brasil e no mundo. A iniciativa prevê ainda melhoria da capacitação da assistência técnica; fazendas-modelo e eventos para difusão de tecnologia.

Comunidade Um veículo para o Hospital São Vicente de Paulo Uma mobilização em prol do Hospital São Vicente de Paulo, em Pitanga, destinou à instituição de saúde um automóvel novo. De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Pitanga, Luiz Carlos Zampier, três instituições se engajaram para a ação beneficente: o sindicato, o Sistema FAEP e a Justiça do Trabalho. “É um hospital sem fins lucrativos e que sempre passa por dificuldades, principalmente nesta época de final de ano. Por uma busca do Sindicato Rural, com apoio da FAEP, conseguimos (em doação) junto à Justiça do Trabalho um veículo zero quilômetro”, detalhou Zampier.

De acordo com ele, o hospital realizará um bingo do veículo, no próximo dia 23 de dezembro, para arrecadar mais recursos.

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Cereais de Inverno

Vitrine Tecnológica Pesquisa

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uscando demonstrar aos produtores rurais e representantes de revendas de insumos da região a eficácia dos produtos e as melhores soluções para as culturas de invernos, a FMC Agrícola promoveu no dia 4 de novembro uma Vitrine Tecnológica, no distrito de Entre Rios, em Guarapuava. A programação iniciou com avaliação dos produtores em algumas áreas de trigo, sem que eles soubessem quais produtos foram utilizados durante o desenvolvimento da cultura. “Optamos por realizar essa avaliação a cegas, sem eles conhecerem os tratamentos, para que observassem, efetivamente, sem filtros, o que consideram melhor”, contou o gerente de marketing regional da FMC, Paulo Colares. Ao final da avaliação, foi repassado qual produto foi aplicado em cada área e em cada fase. Os produtos utilizados foram Locker, Rubric, Authority e Rovral nas fases de perfilhamento, elongação, emborrachamento e floração. O produtor rural Rubens Paulo Loures Camargo avaliou que, com o método, houve um bom controle foliar. “Foi importante esta avaliação porque fizemos uma análise sem influência. Com o complemento que veio na palestra, pudemos tirar algumas dúvidas, principalmente, sobre a prevenção das doenças, porque muitas vezes, na fase curativa, a gente perde muito. Então aprendemos um pouco mais sobre qual produto utilizar e qual é o momento ideal da aplicação”.

Rubens Paulo Loures Camargo, produtor rural

Equipe FMC presente no evento

Após a discussão dos resultados dos produtos aplicados nas áreas experimentais de trigo foi realizada a palestra “Controle de doenças em cereais de inverno”, com o pesquisador da Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (FAPA), Heraldo Feksa. “Ressaltamos a importância de um bom manejo de doenças nos cereais de Heraldo Feksa, inverno, buscando melhores pesquisador da alternativas para controlar, principalmente manchas foFAPA liares e também a giberela na espiga do trigo e da cevada, bem como reduzir os teores de micotoxinas”, ressaltou Feksa. Uma das ações recomendadas foi prestar atenção na hora de escolher o material genético que vai plantar. “Nesse material já vem a descrição com relação a maior ou menor sensibilidade a determinada doença e o produtor consegue visualizar o quanto ele tem que manejar mais cedo. Tem materiais que são altamente produtivos, mas são muito sensíveis a doenças, por isso o produtor precisa avaliar e ter em mente que antes de plantar, já se escolhe o cenário da cultura”. Durante sua fala, o pesquisador também destacou que manchas foliares devem ser o foco dos produtores, já que os outros problemas, como a ferrugem e oídio, vêm de carona, depois da ocorrência das manchas. Ele ainda complementou que é necessário manter a cultura limpa da base até a ponte, principalmente no espigamento. Além disso, ressaltou que as primeiras aplicações merecem muito mais atenção do que as últimas. Por fim, destacou que os produtores devem estar atentos à qualidade dos cereais. “Nem sempre a produtividade é mais importante, mas sim a qualidade. Os nossos consumidores finais, que são as indústrias de alimentos, já estão cobrando uma porcentagem significativa de PB (proteína bruta)”. Avaliando as culturas de inverno deste ano, Feksa afirmou que a situação foi bastante problemática. “Um dos principais fatores foram as chuvas intensas, o que dificultou muito o controle e as doenças avançaram rapidamente. Por causa do clima desfavorável, foi necessário que o produtor estivesse mais atento a campo, fazendo aplicações com intervalos menores”.

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Premiação

Revista do Produtor Rural é premiada no Franz Jaster de Comunicação s melhores produções jornalísticas sobre o Wintershow 2015 foram premiadas pelo Franz Jaster de Comunicação no dia 17 de novembro. O prêmio, que está em sua 3ª edição, é promovido pela Cooperativa Agrária e pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). A Revista do Produtor Rural do Paraná ficou em 3ª lugar na categoria Jornalismo Impresso ou Online com a matéria “WinterShow contribui para o desenvolvimento regional”. Nas duas últimas edições do prêmio, a revista também participou da competição e conquistou o 1º lugar na mesma categoria. A premiação tem dois objetivos, segundo a organização. O primeiro é valorizar o trabalho da pesquisa e do pesquisador, representado por Franz Jaster, um dos primeiros pesquisadores da Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (FAPA). O outro é chamar a atenção da mídia para o fato de que o maior evento de cereais de inverno do país, o WinterShow, é realizado em Guarapuava. “Para a Agrária, o Franz Jaster está cada vez mais importante. Nós temos atingido o objetivo que é difundir melhor as pesquisas que vêm sendo feitas na FAPA através do Wintershow e por sua vez, o evento tem

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sido melhor divulgado pelos profissionais da imprensa. Por meio disso, conseguimos ver a criatividade, a dedicação e profissionalismo cada vez maior destes profissionais”, afirmou o presidente da Agrária, Jorge Karl. Já o vice-reitor da Unicentro, Osmar Ambrósio de Souza destacou a importância da parceira entre a universidade e a cooperativa. “A Universidade se envolve no âmbito e na região em que ela está atuando e para isso, ela tem parcerias no sentido de desenvolver a cultura e o conhecimento. É um papel próprio da universidade. E nós da Unicentro encontramos uma excelente parceira, que é a Cooperativa Agrária. São várias atividades, uma delas é esse concurso que dá as pessoas da nossa região a oportunidade de mostrar seu talento, profissionalismo e conhecimento, e sendo reconhecido por isto”. Nesse ano, foram 37 trabalhos inscritos na categoria Fotografia, Jornalismo Impresso ou Online, Televisão e Radiojornalismo. O júri técnico é formado por quatro docentes da Unicentro dos Departamentos de Agronomia e Comunicação Social. Além de troféu e certificado, os primeiros colocados em cada categoria receberam 2 mil reais, os segundos 1 mil reais e os terceiros 500 reais.

Vencedores por categoria: FOTOGRAFIA: 1º lugar: Bárbara de Oliveira Miranda, do Site da Acig, com a fotografia “O verde do trigo”; Elizabeth Machado, da Revista Visual Guarapuava 2º lugar: Elizabeth Machado, da Revista Visual Guarapuava, com a imagem “WinterShow o compartilhamento da excelência em cereais de inverno” 3º lugar: Eliziane Dalenogari, fotógrafa da Rede Sul de Notícias, com “WinterShow 2015: os drones estão chegando”

JORNALISMO IMPRESSO OU ONLINE 1º lugar: Carlos Guimarães Filho, com a reportagem “Em meio a ‘quebradeira’, WinterShow aposta em pesquisa para garantir qualidade, da Gazeta do Povo” 2º lugar: Andréa Alves, pelo Fatos Online, com a reportagem “Especial WinterShow 2015 - Agronegócio está na contramão da crise econômica” 3º lugar: Luciana de Queiroga Bren, com a reportagem “WinterShow contribui para o desenvolvimento regional”, publicada pela Revista do Produtor Rural

RADIOJORNALISMO 1º e 2º lugar:`Luãn Chagas, exibidas pela Rádio` Cultura: “Agricultura de Precisão” e “Tendências”

MATERIAL TELEVISIVO 1º lugar: “O Wintershow e o desenvolvimento da agricultura”, de Tais Nichele, publicada pela Rede Sul de Notícias


Fertirrigação

Maior eficiência no aproveitamento de adubos pela planta Engenheiro Agrônomo MSc. Julio Cesar F. Medeiros – CREA 15.364-D Responsável Técnico Viveiros Pitol JMedeiros Consultoria – email: julio@jmedeirosambiental.com.br

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irrigação é uma prática agrícola que visa principalmente atender às necessidades hídricas das culturas, no momento e nas quantidade adequadas. Por ser um investimento elevado, deve ser manejada adequadamente e, sempre que possível, com a aplicação de fertilizantes dissolvidos na água, a chamada fertirrigação. Esta técnica, que, conforme a denominação sugere, consiste na fertilização combinada com a irrigação, ou seja, os adubos minerais solúveis são dissolvidos e introduzidos no sistema de irrigação. Embora conhecida em todo o mundo, ainda é uma prática de pouca utilização no Brasil. Dentre as vantagens de sua utilização, sem dúvida as principais são as de reduzir os custos com mão-de-obra, e de proporcionar uma maior eficiência no uso de fertilizantes, que tem suas perdas, em particular, de nitrogênio, elemento altamente volátil (se perde na atmosfera), significativamente reduzidas. Assim como na fertilização con-

vencional, o primeiro passo a ser realizado para uma utilização eficiente é a análise de solo, que deve contemplar macro e micronutrientes, de modo a se determinar as quantidades de nutrientes que o pomar irá necessitar. Para isto, é levado em conta, além da idade do pomar, a fase de desenvolvimento em que encontra, se em fase vegetativa, que ocorre antes da floração, ou reprodutiva, que é a de florescimento e formação de frutos. De acordo com estas variáveis, as quantidades de nutrientes serão dosadas pelo engenheiro agrônomo, de modo a atender de maneira eficaz a efetiva necessidade da planta, traduzida em adequada assimilação dos nutrientes a serem utilizados, e refletindo-se em aumento na produtividade. Um fator determinante para a eficiência do fertilizante a ser utilizado é que seja solúvel em água, naturalmente. Produtos não solúveis, além de não poderem ser aproveitados pela planta, ainda comprometeriam a qualidade do equipamento, pois poderiam provocar

entupimentos e danos aos componentes. Outro aspecto que deve ser observado é a compatibilidade das fontes usadas no preparo da calda a ser introduzida. Isto porque alguns fertilizantes podem conter sais em sua fórmula que reagem com os contidos em outro, podendo formar precipitados ou grumos, que podem provocar entupimentos no sistema, o que, além de ocasionar danos ao equipamento, provoca o não aproveitamento dos nutrientes pela planta. Esta prática, quando adequadamente utilizada, é de grande eficiência, refletindo-se em economia de insumos e mão-de-obra, proporcionando, ainda, aumento na produtividade do pomar. Especificamente para nogueira-pecã, embora a produtividade alcançada nas nossas condições sejam altas, mesmo sem irrigação, é prática de alto retorno econômico, uma vez que o fornecimento de água e nutrientes é significativamente facilitado, principalmente sob o ponto de vista da racionalização da mão-de-obra.

Fontes: Cultivo da Videira – irrigação e Fertirrigação – EMBRAPA Manual Prático de Fertirrigação - Netafim

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Aconteceu PROET formou mais 47 alunos O Sindicato Rural de Guarapuava sediou, no dia 13 de novembro, mais uma formatura do Programa de Educação para o Trânsito (PROET), da 5ª Companhia do Batalhão da Patrulha Escolar Comunitária, da Polícia Militar. Nesta etapa, formaram-se 47 alunos, de turmas de 6º ano do Ensino Fundamental do Colégio Lobo COC. Numa cerimônia que reuniu o espírito de civismo e de cidadania, os jovens prestaram juramento, afirmando sua disposição para observar os princípios que aprenderam com seus instrutores. “O objetivo do PROET é transmitir conhecimento de legislação do trânsito aos alunos para melhorar a cultura do trânsito, tornando-o mais humano, gentil e seguro a todos”, explicou o sargento Nestor Mariani Filho, do Batalhão da Patrulha Escolar Comunitária. Com duração de oito semanas, a iniciativa leva às crianças aulas e atividades práticas, abordando noções sobre sinalização, além de dicas para pedestres, ciclistas e skatistas. Participaram da mesa de honra do evento: Erondina Kaminski Carvalho, representando a Secretaria Municipal de Educação de Guarapuava; 2º tenente QOBM Jony Ramalho,

representando o comando do 5º SGBI Corpo de Bombeiros; Francielen de Paula, representando o comando da 6ª Ciretran; e Laura Maria Bastos Pupo, coordenadora pedagógica do Colégio Lobo COC. Desde seu início, no final de 2013, o PROET já formou 582 alunos. O Sindicato Rural é um dos apoiadores do programa em Guarapuava.

1º Campeonato NEXCUBE dos jogos League of Legends e Counter-Strike: Global Offensive O Sindicato Rural de Guarapuava sediou no dia 7 de novembro, a fase final do 1º Campeonato NEXCUBE dos jogos League of Legends e Counter-Strike: Global Offensive. O evento foi organizado pela Reptec Tecnologia. O campeonato teve divulgação regional, mas reuniu jogadores de várias regiões do Paraná, São Paulo e uma equipe profissional de Counter-Strike, que está entre as cinco melhores do Brasil. Contando com a fase de eliminatórias online, o torneio teve aproximadamente 140 competidores inscritos, com 150 pessoas que prestigiaram o evento presencial. O torneio teve uma premiação total de R$3.000,00 e também troféus e medalhas para os 1º e 2º colocados de ambos os jogos. Foi disponibilizada também uma praça de alimentação no estacionamento do Sindicato Rural, coordenada pelo Empório Dom Henrique, com seu Festival do Hambúrguer.

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Pós colheita

Novas soluções de layout Na publicação anterior, discutimos sobre um equipamento de transporte combinado que pode transportar cereal na horizontal e vertical. Agora apresento as possibilidades de layout que este equipamento pode prover.

Fig. 1

Fig. 3 Melhor aproveitamento do espaço da unidade e a “subida” do produto no transportador combinado possibilita uma unidade armazenadora com uma profundidade de escavação máxima de 2,60 m.

Saída de moega rodoviária sem uso de poço de elevador.

Fig. 2 Chegada do transportador na máquina de limpeza. Direto da moega sem uso de elevador e necessidade de poço.

Eng. Marcio Geraldo Schäfer marciogeraldo@ymail.com Paraná Silos Representações Ltda.

Fig. 4 Opções de fluxo e layout Segurança Operacional na fig. 4 fluxo do silo de pulmão

Fig. 5 Os benefícios deste novo modelo de layout são: A - Redução de obra civil (custo, escavação, segurança e tempo). B - Automação. C - Segurança operacional. D - Redução de espaços confinados. E - Maior possibilidade de atendimento de normas de segurança NPT e NBR.

A Paraná Silos deseja a você, produtor rural e sua família, um Natal de muita alegria e um Ano Novo de plenas realizações.

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Manejo de nitrogênio

Como melhorar o fornecimento de nitrogênio na soja? Eng. Agr. M.Sc. Gabriel Schaich

Gerente Técnico e de Desenvolvimento Produquímica

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Brasil é um grande produtor de soja, cultura que se destaca como uma das principais oleagenosas cultivadas. É importante também como fonte de proteína para alimentação animal e humana, e nos últimos anos também tem sido utilizada como fonte para fabricação de biocombustíveis. O uso de atuais técnicas de manejo, aliadas aos avanços em biotecnologia tem proporcionado patamares produtivos elevados, permitindo a alguns produtores ao redor do país, atingirem a tão sonhada marca de 100 sc/ha. Dentre os fatores que influenciam a produção agrícola, a nutrição vegetal apresenta papel fundamental para expressar o potencial genético contido nos materiais, e neste contexto, o nitrôgênio (N) desempenha um importante papel. Fundamental para formação da clorofila, pigmento verde encontrado nas folhas e que captura a energia do sol, este elemento ainda é constituinte da proteína, moeda de troca no mercado da soja. As leguminosas, como a soja, têm a propriedade de fixar o N do ar através das bactérias do gênero Ryzobium, que desenvolvem nódulos nas raízes e alimentam as plantas para, em contrapartida, receber os compostos de carbono fixados pelas plantas por meio da fotossíntese. Ao analisarmos a taxa de absorção de N na figura 1 (esquerda), notamos que o processo é contínuo, conforme aumenta a área foliar da cultura e no

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período reprodutivo, intensifica-se em função do aumento no teor de proteína dos grãos em formação. A necessidade de N pela soja apresenta pico com cerca de 85 a 90 dias dependendo do ciclo do material, sendo que uma baixa disponibilidade de N afeta diretamente a produtividade da cultura. Em paralelo,

no gráfico a direita da figura 1 temos a taxa de fixação biológica de nitrogênio (FBN) estimada pela massa seca total de nódulos, com picos em R1 e R5.3, e uma redução em R2 em função do balanço interno entre carbono/nitrogênio nesta fase, destinada ao pegamento de flores e vagens (Câmara, 2014).

Figura 1: Absorção de N (esquerda) e variação da nodulação (direita) durante o ciclo fenológico da soja expressa em massa seca de nódulos (Sfredo, 2008; Câmara, 2014).


Conforme estudado pelo professor da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, ESALQ/USP Gil Câmara, o decréscimo da nodulação após o florescimento é erroneamente interpretado como deficiência de N, induzindo ao raciocínio errônio de que a soja deveria receber a suplementação mineral de N via solo ou foliar. Assim, cada vez mais devemos nos atentar aos fatores relacionados ao ambiente e ao manejo que interferem diretamente no processo de FBN, tais como o uso de inoculantes de

boa qualidade e registrados no Ministério da Agricultura, NiCoMo Dry no tratamento de sementes e mais recentemente, ferramentas que atuam mantendo a atividade dos nódulos até o fim do ciclo da soja. Neste sentido, a Produquímica lança em 2015 a tecnologia TÔNUS que, aplicado sobre as folhas da soja, é capaz de aumentar a eficiênica do processo de FBN, reduzir seu gasto energético e prolongar a atividade dos nódulos, assegurando um melhor suprimento de N no período

reprodutivo, que por consequência, permite uma maior retenção de folhas do terço inferior das plantas, mantendo as mesmas fotossinteticamente ativas por um período mais prolongado, e assim, contribuindo para o enchimento dos grãos no terço inferior. Com base nos resultados sólidos encontrados por todo o Brasil, TÔNUS vem se mostrando uma ferramenta eficiente e segura para melhorar o fornecimento de N na soja, fazendo parte de um conjunto de soluções trazidas pela Produquímica, que possibilitam não apenas elevados tetos produtivos, mas também uma maior estabilidade na produção no decorrer dos anos, sempre entregando ao campo algo novo e que faz jus às constantes inovações do setor agrícola.

Câmara, G. M. S. Fixação biológica de nitrogênio em soja. Informações Agronômicas, Piracicaba, v. 147, 2014.

TÔNUS

Hipólito A. A. et al. Cultura da soja: adubar ou não com nitrogênio? 2001. Disponível em: <http://www. iac.sp.gov.br/publicacoes/agronomico/pdf/5314649_pontovista.pdf> Sfredo, G. J. Soja no Brasil: calagem, adubação e nutrição mineral. Embrapa Soja, Londrina, 2008.

(42) 3629-1366 / 9119-6449 agricolaagp@agricolaagp.com.br

Av. Manoel Ribas, 4253 - Guarapuava - PR

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Foto: Manoel Godoy

Bataticultura

MANEJO DA NUTRIÇÃO na cultura da batata

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Agrícola AGP, em parceria com a Associação Brasileira da Batata (ABBA), promoveu a palestra “Nutrição na cultura da Batata” no dia 11 de novembro, com o professor e pesquisador Rogério Soratto, da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O evento foi realizado no Sindicato Rural de Guarapuava. Soratto destacou os principais nutrientes da cultura da batata, que são o nitrogênio, fósforo e potássio, a importância deles, como atuam na cultura e qual a melhor forma de fazer o manejo. Ele explicou à REVISTA DO PRODUTOR RURAL que o objetivo da palestra foi mostrar aos produtores que as dosagens dos nutrientes para a cultura da batata nem sempre são as mesmas. “O grande problema na cultura da batata é que se tem o costume de usar a mesma adubação em quase todas as regiões do Brasil, a mesma fórmula e a mesma dose, ou seja, 10 toneladas por alqueire de 4-14-8 (NPK). Só que cada área tem uma disponibilidade de nutrientes diferentes. Portanto, o mais correto é dosar a adubação de acordo com a disponibilidade da área”. Segundo o pesquisador, o produtor deve começar com a análise de solo, “que é como um exame de sangue. É preciso que o produtor mude os hábitos e tenha consciência de que é importante fazer essa análise para adequar a adubação da cultura. A batata tem alto valor agregado e é de alto risco, por isso, às vezes, o produtor prefere jogar adubo em excesso. Mas

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Rogério Soratto, professor e pesquisador como remédio, adubo em excesso também pode fazer mal”, ressalta. Soratto também defendeu a necessidade da correção do solo pelo método de calagem, pois aumenta a capacida-

de dos nutrientes ficarem no solo. “A batata responde muito bem à calagem, pois disponibiliza cálcio para a planta, especialmente para os tubérculos, aumentando a produtividade”.

PESQUISA Para exemplificar como algumas quantidades de nutrientes ideais para a batata podem ser bem diferentes do que aquelas frequentemente utilizadas, o pesquisador mostrou uma pesquisa realizada em 2011, por ele e mais dois doutorandos, que tinha por objetivo avaliar a extração e a exportação de macronutrientes pelas cultivares de batata Ágata, Asterix, Atlantic, Markies e Mondial. O experimento foi conduzido durante a safra de inverno, em um Latossolo Vermelho, no município de Itaí (SP). Algumas das conclusões da pesquisa foram que as cultivares Mondial e Asterix, mais produtivas, apresentaram maior extração de macronutrientes, com quantidades médias por hectare de 116 kg de N, 18 kg de P, 243 kg de K, 50 kg de Ca e 13 kg de Mg, enquanto as outras cultivares (Ágata, Atlantic e Markies) absorveram menor quantidade, com valores médios de 92, 14, 178, 35 e 9 kg ha-1. A época de maior demanda por macronutrientes pelas cultivares estudadas ocorreu na fase inicial de enchimento dos tubérculos. A exportação de macronutrientes não esteve diretamente relacionada com a produtividade de tubérculos, já que a cultivar mais produtiva (Mondial) não foi a que exportou a maior quantidade de macronutrientes; e a variação entre as cultivares na extração, especialmente de K e N, indica que os produtores precisam adotar um manejo diferencial na adubação, fazendo a análise de solo e atentando para as particularidades das cultivares. (Fonte: Extração e exportação de nutrientes em cultivares de batata: I – macronutrientes, disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-06832011000600020&lng=pt&nrm=iso&tlng=en).


Milho

Consequências do excesso de chuva e temperaturas baixas nas fases iniciais do milho Fabricio Bona Passini

Gerente de Agronomia na DuPont Pioneer para o Sul do Brasil e Paraguai

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esde o planejamento desta safra de verão estamos convivendo com a influência do fenômeno “el niño” sobre o clima, onde os volumes de chuva estão muito elevados e ainda contam com o agravante da concentração de chuvas em poucos dias. Estamos enfrentando também problemas como baixa temperatura, falta de luminosidade e alta umidade do ar. Outro complicador são as chuvas de granizo que, dependendo da fase em que a cultura se encontra e da agressividade das pedras, podem gerar danos bastante graves. Todos esses fatores podem ser influenciadores da entrada de doenças e ataque de pragas na lavoura de milho. Neste artigo pretendemos alertar para algumas situações bastante importantes nestes períodos, além de fazer algumas recomendações. No gráfico 1 podemos comparar a precipitação pluviométrica média deste ano, com a média dos últimos oito anos. Podemos ver claramente que o mês de julho foi muito atípico, chovendo cerca de 120 mm a mais do que a média dos últimos oito anos, que é de 191 mm. Um detalhe muito importante pode ser percebido no mês de outubro, onde nos 15 primeiros dias choveu a média histórica do mês inteiro. O grande problema é que em apenas dois dias (08 e 09 de outubro) choveu quase 150 mm. Esta concentração de chuvas pode trazer impactos grandes para as áreas nos estágios iniciais da cultura. Além disso, dependendo do tipo de solo, podemos ter uma

grande lixiviação de Nitrogênio, o que poderá faltar nos estágios mais avançados da cultura.

Gráfico 1 - Comparação entre a média de chuva (mm) desde 2007 com a média de chuva mensal de 2015 em Passo Fundo/RS Outro ponto importante são as temperaturas mínimas muito baixas para esse período. No gráfico 2, retirado do site do INMET, podemos ver a temperatura média nos últimos 30 dias na região de Passo Fundo/RS. A temperatura da planta é a mesma do ambiente que a envolve. Em temperaturas abaixo de 10ºC

o milho praticamente pára o seu desenvolvimento e a produção de compostos metabólicos que, em alguns casos, são responsáveis por conferir a resistência da planta às pragas e às doenças. Além disso, existem algumas doenças como o Phytium que são muito favorecidas em condições de baixa temperatura e alta umidade do solo, podendo gerar mortes prematuras de plantas nas fases iniciais, bem como problemas sérios de colmo no enchimento de grãos. Aliado às baixas temperaturas e dias nublados, também estamos observando sequências de dias com umidade relativa muito alta. No gráfico 3, retirado do site do INMET, podemos ver a umidade relativa média nos últimos 30 dias na região de Passo Fundo. Associados, estes três fatores influenciam na infecção de

Gráfico 3

Gráfico 2

doenças foliares como a Mancha de Turcicum. Essa doença pode antecipar sua infecção na planta e, caso o controle não seja igualmente antecipado, podemos perder o estágio ideal do controle. Revista do Produtor Rural do Paraná

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Em caso de granizo, é preciso fazer uma avaliação muito detalhada da lavoura. O recomendado é não tomar nenhuma decisão logo após o fenômeno, mas sim deixar passar dois a

cinco dias para a tomada de decisão. Com o auxílio de tabelas como esta abaixo podemos ter uma estimativa do dano máximo em cada fase da cultura do milho.

Tabela 1 - Estimativa de redução de rendimento no milho devido à perda de área foliar em diversos estádios de desenvolvimento da planta

Com as características de clima citados acima, fazemos um alerta aos produtores para que façam o monitoramento da lavoura para as seguintes situações:

1. Nitrogênio: Dependendo do solo, da expectativa de produtividade e da quantidade de chuva, recomenda-se um reforço na dose de cobertura; 2. Fungicida: Dependendo da situação, recomenda-se antecipar a aplicação de fungicida com o uso de produtos que conferem maior proteção para a planta; 3. Inseticida: Intensificar o manejo e, atingindo o nível de controle, fazer a aplicação de inseticida. 4. Danos por granizo: Avaliar a área após dois a cinco dias e com o auxílio da tabela de danos tomar a decisão. Se o potencial da lavoura que ficou for maior que o prejuízo, deve-se optar pela condução da lavoura. Referência: http://www.inmet. gov.br/portal/index.php?r=home/ page&page=rede_estacoes_auto_graf

DuPont Pionner é vencedora do Troféu Wintershow Com o objetivo de valorizar empresas do agronegócio regional, que têm papel importante no processo de desenvolvimento, a Cooperativa Agrária promoveu o I Troféu WinterShow. Cerca de 170 pessoas votaram, de forma eletrônica, elegendo as melhores empresas das categorias: genética, defensivos, fertilizantes, máquinas agrícolas, veículos utilitários e caminhões. A Dupont Pioneer foi vencedora na categoria Genética. “A ideia do Troféu WinterShow é valorizar as empresas que impulsionam o agronegócio local e regional. Uma premiação deste porte cria um ambiente de

competição e isso tende a melhorar cada vez mais os produtos e serviços oferecidos aos nossos cooperados”, analisou o coordenador da FAPA (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária), Leandro Bren. A cerimônia de entrega dos troféus foi no dia 21 de outubro, durante o Wintershow maior evento de cereais de inverno do Brasil. O evento foi realizado no Clube Recreativo da Colônia Jordãozinho, no distrito de Entre Rios, e contou com a presença de mais de 450 pessoas, entre representantes das empresas, expositores do WinterShow e colaboradores da Agrária. Com informações da Assessoria da Cooperativa Agrária

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Siga sempre as Boas Práticas de Manejo.

Atenção: Defensivos agrícolas são perigosos a saúde humana, animal e ao meio ambiente. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual e não permita o contato de menores de idade com defensivos agrícolas. Em caso de dúvidas, contate um engenheiro Revistaagrônomo. do Produtor Rural do Paraná

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Suinocultura

O complexo

teníasecisticercose e a carne suína Autores: Mari Jane Taube, Murilo Longo Bitencourt, Hemily Fernanda de Oliveira, Giovanna Bobato Pontarolo, Karina Petkowicz Orientador: Paulo Ost

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pesar da modernização da sociedade, o preconceito com o consumo da carne suína ainda existe. A falta de conhecimento leva muitas vezes a grandes prejuízos ao produtor, ao frigorífico e a todas as cadeias envolvidas neste sistema de produção. O que por muitas vezes passa despercebido é que os casos do complexo teníase-cisticercose estão diretamente ligados a falta de saneamento básico, sendo este correlacionado muitas vezes aos baixos índices econômicos, levando ao consumo por muitas vezes de uma carne sem procedência aliado a ingestão de verduras, frutas e até mesmo a água contaminada.

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O complexo teníase - cisticercose cria um receio na população que desconhece o ciclo dessas duas doenças. Estas são distintas e possuem sintomatologia e epidemiologia totalmente diferente. Tratando-se da teníase, esta acarreta em parasitismo intestinal no homem, já a cisticercose ou fase larval da Taenia solium, acomete principalmente a musculatura do suínos, e o sistema nervoso do ser humano. Considerada uma zoonose, este complexo é de extrema importância, sendo que o homem está presente no ciclo como hospedeiro definitivo e torna-se assim a principal fonte de infecção. A Organização Mundial da Saúde afirma que a neurocisticerco-


se é responsável por 50 mil óbitos por ano nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento como o Brasil. Os estados como São Paulo, Minas Gerais e até mesmo o Paraná apresentam um alto índice dessa doença, preocupando assim a saúde pública. Sabe–se que os seres humanos são hospedeiros definitivos da T. solium e como hospedeiro intermediário apresenta-se o suíno que, por muitas vezes, passa como o vilão da história. O ser humano abriga em seu trato intestinal os parasitas adultos chamados de tênias. Estas tênias liberam proglótides maduras nas fezes. No meio ambiente essas proglótides liberam ovos. Após essa liberação dos ovos, estes são ingeridos pelos hospedeiros intermediários, isto ocorre por diversos erros de manejo podendo citar, principalmente, a falta de higiene e falta saneamento básico. O embrião presente no ovo penetra na mucosa gástrica e através da circulação é levado até a musculatura onde atinge sua localização definitiva. A partir desse embrião, desenvolve-se a forma larvária Cysticercus cellulosae. O homem, ao ingerir esse cisticerco presente na musculatura suína, acaba por se contaminar e desenvolver a teníase, conhecida na linguagem popular como “solitária” ou “lombriga”. Má nutrição, diarreia, perda de peso e retardo no desenvolvimento são considerados os principais danos gerados pela Teníase na saúde humana. O maior problema está quando o homem por auto-infecção desenvolve a cisticercose, principalmente a neurocisticercose. A auto-infecção ocorre por refluxo do conteúdo intestinal para o estômago, ou pode ser por contaminação com as próprias fezes. Essas proglótides caem na circulação e podem chegar ao sistema nervoso, levando à neurocisticercose, o que acarreta em sinais neurológicos. Os sinais clínicos produzidos pela T. solium são, por muitas vezes, despercebidos. Os suínos portadores de

cisticercos também são por muitas vezes assintomáticos. Nos suínos, quando estes cisticercos atingem o sistema nervoso, ocorre o surgimento de complicações neurológicas como hidrocefalia e hipertensão. Para a legislação brasileira, entende-se como infecção extensa, cistos em diversas partes da musculatura. O diagnóstico da cisticercose em suínos é feito em abatedouro, analisando a origem do animal e a análise postmortem da carcaça. A inspeção sanitária nos frigoríficos inspeciona as carcaças e os órgãos, sendo que quando se encontram cistos localizados e já em estado seco, apenas a área é condenada, sendo a carcaça aproveitada. Caso os cistos sejam vivos e localizados, condena-se apenas a região e a carcaça sofre tratamento pelo frio de -10ºC por 15 dias. Se a lesão for generalizada, porém apresentar cistos discretos, a carcaça passa por salga. Em caso de cistos moderados, a carne passa por esterilização por calor, virando embutidos. A carcaça será considerada imprópria para consumo humano apenas se forem encontradas lesões generalizadas graves, sendo assim, é encaminhada para a graxaria, onde posteriormente será utilizada para fabricação de componentes de rações animais. Como tratamento da teníase, utiliza-se medicamentos com ação parasiticida. Os princípios ativos mais utilizados são o Mebendazol, Praziquantel e Albendazol. Porém, muitas vezes, os cistos são percebidos apenas após o abate do animal, acarretando prejuízos para o produtor. A melhor forma de controlar o caso é a adoção de medidas de prevenção, principalmente em regiões endêmicas como o Paraná. Após a identificação do foco, uma das principais medidas é a implantação de saneamento básico, e a aplicação prática de princípios de higiene pessoal. Deve-se conscientizar a população para que medidas sanitárias sejam adotadas. Entre essas medidas, dita-se o consumo de alimentos muito

bem higienizados e de boa procedência e ainda, o preparo e cozimento ideal de carnes como forma de profilaxia. O médico veterinário e o fiscal de inspeção entram como formas principais de prevenção. Eles devem fiscalizar a produção de carne, evitando ao máximo a comercialização ou consumo de carne contaminada por cisticercose, e ainda orientar os produtores sobre o aproveitamento da carcaça. Deve-se também proibir os sistemas de produção animal onde existe acesso as fezes humanas. A medida básica para a prevenção e erradicação das teníases e infecção das proglótides é assegurar um destino correto para as fezes humanas, impedindo assim, a contaminação dos suínos e a formação da cisticercose. Deve-se destacar que sob responsabilidade governamental está a disponibilização de saneamento básico para toda a população, além de instruir a população quanto a medidas de higiene, principalmente em áreas endêmicas. Porém, para uma maior eficiência no controle destes casos, cabe a população uma total sensibilização quanto a gravidade desta doença. Pois assim como o complexo Teniase-Cisticercose, muitas outras doenças são causadas por estes fatores, e a adoção de simples medidas de higiene previnem ambas. Destaca-se que o principal culpado por este grande problema da carne suína é o próprio ser humano, pois não dá o correto destino às fezes, além de não adotar medidas de higiene pessoal, contaminando assim o animal, que por muitas vezes passa como vilão da história. Revista do Produtor Rural do Paraná

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Hortifruticultura

Cultivares de batata

C

om o objetivo de discutir a atual situação das cultivares da cultura da batata no Brasil, pesquisadores, professores, profissionais e produtores rurais participaram da 12ª Reunião de Cultivares da Batata, promovida pela Associação Brasileira da Batata (ABBA), Embrapa e Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). A reunião é realizada em todo o Brasil em regiões produtoras de cultura. Esta é a primeira vez que Guarapuava recebe o encontro. “Esse evento tem por objetivo encontrar a academia junto com o setor da pesquisa e a cadeia produtiva, a fim de discutir as demandas de cultivares existentes no país, voltadas à região e ao mesmo tempo, informar sobre os avanços do setor, o que já foi desenvolvido e o que está sendo oferecido para a cadeia da batata no que diz respeito a cultivares”, explicou o pesquisador da Embrapa no Rio Grande do Sul, Arione Pereira. O professor da Unicentro, Jackson Kawakami, que desenvolve pesquisas de batata, ressalta que foi bastante importante para a região sediar a reunião. “Os produtores tiveram a oportunidade de falar diretamente com os pesquisadores que trabalham com o melhoramento genético e especificar quais são as nossas demandas. Isso foi importante porque a demanda, por exemplo, que os produtores têm em Minas Gerais, que é o maior produtor de batata do Brasil, é diferente das demandas dos produtores aqui de Guarapuava”, explica. Kawakami conta que na região de Guarapuava, 80% da batata cultivada e consumida provém de apenas uma cultivar. “Isso não é bom do ponto de

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vista do produtor e do consumidor, porque para o produtor, se essa cultivar é suscetível a doença, podemos falar que 80% da produção de Guarapuava estaria comprometida. E para o consumidor, com a disponibilidade de apenas uma cultivar, ele não tem variedade. Cada cultivar tem suas aptidões específicas, algumas são melhores para fritar, cozinhar ou assar”, observa. A pouca disponibilidade de variedades não acontece só na região de Guarapuava, mas em todo o Brasil. ”Hoje, no país, temos um quadro de variedades que podem ser destinadas ao mercado de batata que vai ser consumida fresca, e para isso, nós temos praticamente duas variedades: Ágata e Cupido. Ambas são variedades medianas, que de 0 a 10, valem 5. O mercado da indústria da batata tem dois segmentos importantes: a batata chips, que é a Atlantic; e a batata palito, pré-frita e congelada, que

não tem nenhuma variedade no Brasil ideal para isso”, comentou Natalino Shimoyama, gerente geral da ABBA. Ele destacou que o Brasil consome 50 mil toneladas do produto pronto, o que significa 800 mil toneladas de matéria-prima. “Isso é mais de 20 mil hectares de produção, só que, infelizmente, desse volume, 80% é importado. Desnecessariamente, porque o Brasil tem capacidade de produzir essa quantidade”. Para o produtor rural e engenheiro agrônomo Mamoru Homna, o evento proporcionou uma atualização de informações e um encontro para discussões. “Nós precisamos de variedades que sejam rentáveis para o produtor e que atendam a demanda do mercado. Eventos assim, que unem o produtor e o pesquisador, no qual o produtor pode apresentar suas demandas e o pesquisador ouvir e discutir, são importantes para a evolução das variedades”.


Arione Pereira, pesquisador da Embrapa

Natalino Shimoyama, gerente geral da ABBA

Pesquisas na Unicentro Ao final da reunião, o professor do departamento de Agronomia da Unicentro, Jackson Kawakami mostrou algumas pesquisas de batata realizadas na universidade. “As pesquisas que eu conduzo são feitas com as cul-

Jackson Kawakami, professor do Departamento de Agronomia da Unicentro

tivares mais recentes da Embrapa, fazendo testes com a quantidade de adubo, época de plantio e espaçamento. São todas questões técnicas da cultura da batata, mas nem todas respondem da mesma maneira para esses parâmetros”. O professor explicou que há também uma outra vertente de pesquisa que é o cultivo orgânico da batata. “Nós

Mamoru Homna, produtor rural e engenheiro agrônomo

temos experimentos, em parceria com o Iapar, há cinco anos. Nossas análises são focadas nas respostas das cultivares com a adubação orgânica. Para essa adubação, utilizamos esterco de gado, galinha, ovinos e outras fontes”. Essas pesquisas são desenvolvidas por alunos da graduação, iniciação cientifica e da pós-graduação, com alunos do mestrado e doutorado da Unicentro.

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Profissionais em destaque

GSA Pré-Fabricados: Adriano Gasda, Gilnei Pontarolo e Diego Barrientos

DSM Tortuga: Felipe Kuczny e Alexandre Bombardelli

NCH: Roberto Barnewitz e Fábio Peron

Valdir Tambosetti, Kate Buzi, Deonisia Martinichen, Laura Lustosa e Sebastião Lustosa

Thyron Korobinski, Anton Gora, Neusa Vier, Jairo Luiz Ramos Neto, Rosana Tosin Almeida e Anton Egles

DSM Tortuga: Alceu Miguel D. Junior, Márcio Essert e Alexandre Bombardelli

Geyssica Reis, Raquel Santos, Rosemeri Althaus, Izabelle Althaus, Elza Schineider Machado e Arnaldo C. Machado.

Mário Liz, Itacir Vezzaro, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, Roberto Niczay, Sebastião Ademir da Silva e Edilson Moreira

PROJETO IDENTIDADE SINDICAL Novo Parceiro Reptec

Matheus Q. Bren, Davi Q. Bren, Luciana Q. Bren, Agatha Q. Bren, Leandro Bren, Dirlei Antonio Manfio, Lucas Manfio, Mari Manfio e Laura Manfio

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Produtores em destaque

Valdir Deschk

No Caminho da Soja

Orlando Deschk

Rodolpho Botelho, Luciana Queiroga, João Batista Olivi, Adriana Botelho, Evelyn Pfann, Cleuza Botelho e Rodolpho Luiz Werneck Botelho

Sócio nº 100 João Maria Pereira

Nelson Mugnol

Ambrosio Antonio

Eduardo Gelinski

• Marcia Regina A. da Rosa Stoeberl

Aldir Antonio Goldoni

DURO N E E D A B L OPA DA C a d a p a t E ª

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o, no Pinhã novembro e d pa 8 o 2 C ia a d No etapa d m zada a 6ª li ra a a re ip i ic fo PR, . Part nduro FIM e Carambeí, E e d a lb Da tos d tição, pilo uruna, da compe puava, Bit ra a u G , a ss pina ro a G hão, C m Ponta andói, Pin C , lo a g ta Can os. entre outr s de do Simão, os piloto ra a p po e u q a (G Dest e Neto ru sé Rezend 3º Jo a m v e a u u p ue fico Guara nquima), q a; /I ri a o g lh te ri T ca a a Garr rança d e d li o e ci ic ó v g grone lugar e na sário do a re p K R m e /C a e Trilh o piloto (Garra tz 3º n u m K e u Cícero ém fico que tamb tegoria; agrícola), na sua ca r e d lí e ic v Lugar e é

Nova Sócia

FIM

Rios, Allan s de Entre to o o il p s o a e campeã além d nesta etap r r a e g ll lu u º M 2 o Spies, a e Arn na categori ar g o u d a L p º 4 ci te s, an e Rio rio de Entr nato - empresá o campeo n r e d lí e to n sã e deci o na no ev que terá a , a ri o g te na ca puava. a em Guara p ta e a im últ

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JANEIRO

01/01 Anton Keller II 01/01 Estefano Remlimger 01/01 Jose De Mattos Leão Neto 01/01 Leni Ap. Lacerda Cunico 02/01 Júlio Cavalheiro de Almeida 02/01 Tadeu Kukurgindki Belinski 03/01 Hugo Leh 03/01 Orlando Deschk 03/01 Rosa Maria Schlafner 04/01 Adolf Taubinger 04/01 Gilda Roseira Ribas 04/01 Valderi Muzzolon 05/01 Harald Wolfl Essert 05/01 Johanes Stecher 05/01 Johann Vollweiter 05/01 José Seguro 05/01 Ronald Gartner 06/01 Antônio Fagundes Schier 06/01 Marcelo Afonso Mayer 06/01 Regina Maria B. Zandonai 07/01 Heinrich Stader

07/01 Maria Aparecida L. Loures 07/01 Siegfrid Milla 08/01 Cássia Fassbinder 08/01 Florian Reichardt 08/01 Heraclides José C. Roseira 09/01 Eurípio Carlos Rauen 09/01 Sonia Regina Virmond 10/01 Cláudio Marques de Azevedo 10/01 Raimund Duhatschek 11/01 Guinter Nicolau Schlafner 11/01 Helga Schneider 11/01 Neuci Aparecida Moss 11/01 Reinhard Wilhelm Kratz 12/01 Murilo Walter Teixeira 12/01 Robson Fassbinder 13/01 Anton Wilk 13/01 Herbert Schlafner 13/01 Raimund Georg Abt 14/01 Helton José F. Schier 14/01 Paulo Krüger 15/01 Elizete Ribas M. Philipiak

15/01 Juliano Marcondes Teixeira 15/01 Marcelo Antônio F. Schier 15/01 Pedro Alberto Ilibrante 15/01 Vandeci José F. de Lima 16/01 Nereu Lopes de Araújo 17/01 Otavino Rovani 18/01 Luis Borsatto 18/01 Renê Vieira Lopes 18/01 Sebastiana Erivan M. Almeida 18/01 Sérgio Fernando Paczkoski 18/01 Úrsula Maack Kurowski 19/01 Luis Paulo de O. Gomes Filho 20/01 Jacir Salvador 20/01 Rivair Sebastião Fritz 20/01 Waltraut Maria Palm Mayer 21/01 Dea Maria Ferreira Silveira 21/01 Denilson Baitala 21/01 Vera Lucia D. de Castilho 22/01 Alfredo Gelinski Júnior 22/01 Antônio Luiz Peterlini 22/01 Gilberto Saciloto

22/01 Philipe Marx 22/01 Tjiago Gavansky 23/01 Marcio Pacheco Marques 23/01 Nereu Pedro Battistelli 23/01 Walter Becker 24/01 Sebastião Fco. Ribas Martins 24/01 Sebastião Meira Martins 24/01 Simon Milla 25/01 Edson Lustosa Araújo 25/01 Tiago Justino de Bastos 26/01 Gustavo Grocoske Kuster 26/01 Oswaldo Rodrigues Barbosa 27/01 Cristian Abt 27/01 Matheus de Lacerda Pereira 28/01 Manoel Urias Carneiro 28/01 Paulo Afonso Ferreira Silveira 29/01 Rosecleia P. Carneiro Seguro 30/01 Josilene Losso 30/01 Ruy Laurici A. Teixeira Neto 30/01 Stefan Stemmer 31/01 Mário Poczynek

FEVEREIRO

ANIVERSARIANTES/2016

01/02 Norbert Geier 02/02 Franz Hunger 02/02 Thelma Lanzini Losso 03/02 Eliezer Scheidt 03/02 Odacir Luiz Ghisleni 03/02 Walter Gartner 04/02 Jair Kultz 04/02 José Losso Filho 04/02 Robert Utri 05/02 José Neiverth Júnior 06/02 Gilda Campello 06/02 Hercules Alexandre Martins 07/02 Francisco João Schier 09/02 Arival Cividini 09/02 Helmut Gartner 09/02 Jeferson Caus 09/02 Leodir Carlos Correa de Melo 09/02 Lucas Obal 09/02 Martin Ritter 09/02 Pedro Gustavo S. Mendes

10/02 Brigite Kreuscher 10/02 Josemary de Paula Conrado 10/02 Lourenço Lemler 10/02 Ricardo Werneck Ceneviva 11/02 Luiz Afonso Eder 13/02 Reinholt Holzhofer 14/02 Amarildo Parizotto 14/02 Pedro Cordeiro da Silva 14/02 Sandra Terezinha Bochnia 15/02 Antônio Cesar de Re 15/02 Celio Teixeira Cunha 15/02 Erich Mathias Leh 15/02 Gilmar Gelinski de Souza 16/02 Marcelo Lustosa Julek 17/02 Alexandre Barbieri Neto 17/02 Ricardo Rocha Danguy 18/02 Aldo Antônio Bona 18/02 Alvir Antonelli 18/02 Carlos Pereira Araujo 18/02 Evaldo Stefan Becker

18/02 José Hamilton Moss Filho 18/02 Klaus Dowich 18/02 Luiz Vilson Silvestri 18/02 Nelson Luiz L. de Lacerda 18/02 Rodrigo Tateiva 19/02 Cleusa Werneck de J. Botelho 19/02 Elton Lange 19/02 Gildo Warpechowski Gorski 20/02 Marcia Regina A. da R. Stoeberl 20/02 Renata Vitória Weckl 20/02 Walter Milla 21/02 Antônio Oscar Lustoza Ribas 21/02 Celso Hisao Tateiva 21/02 Márcio Maciel Almeida 21/02 Paulo Guilhermeti 21/02 Renato de Auda Kaminski 22/02 Alceu Sebastião P. de Araújo 22/02 Elias Farah Neto 22/02 Francisco Buhali 22/02 Lucélia Ratuchinski P. do Prado

22/02 Marco Aurélio Nunes 23/02 Edson Luiz Primak 23/02 Jairo Silvestrin Filho 24/02 Alan Kaminski do Nascimento 24/02 Albert Josef Zimmermann 24/02 Valdir José Fuchs Filho 25/02 Marcus Vinícius de A. Bianco 25/02 Pauline Keller Kuster 26/02 Denise Raquel Taques da Cruz 26/02 Moacir José Horst Tome 26/02 Rubens Geraldo Toledo 27/02 Anton Hering 27/02 Jonathan Seitz 28/02 Alan Marcus Blanc 28/02 Jonathas F. T. Leal da Cruz 28/02 Luiz Carlos Gehlen 28/02 Macedo Nunes Machado Filho 28/02 Paulo Naiverth 28/02 Paulo Roberto M. Pacheco 28/02 Walter Stoetzer Júnior

Confira a agenda de eventos agropecuários:

 18ª ITAIPU

RURAL SHOW

Pinhalzinho (SC) 27 a 30 de Janeiro CooperItaipu www.itaipururalshow.com.br

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SHOW RURAL COOPAVEL  Cascavel (PR) 1º a 5 de fevereiro Coopavel www.showrural.com.br

Ônibus do Sindicato, com saída de Guarapuava, Candói e Cantagalo, no dia 02 de fevereiro. Inscrições na recepção da entidade ou Extensões de Base

JAN/FEV

2016

 DIA DE CAMPO DE VERÃO AGRÁRIA

Guarapuava (PR) 24 e 25 de fevereiro FAPA - Cooperativa Agrária www.diadecampodeverao.com.br


Com esse time, não tem tempo ruim. As cultivares de soja Nidera Sementes garantem máxima segurança ao rendimento de sua lavoura.

Juntos produzimos mais. niderasementes.com.br

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Elevado peso de grãos. Superprecocidade. Potencial para antecipar o plantio de safrinha de milho.

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Ciclo médio. Alta produtividade. Potencial para antecipar o plantio de safrinha de milho.

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Revista do Produtor Rural do Paranรก


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