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Publicação bimestral do Sindicato Rural de Guarapuava Ano X - Nº 63 - OUTUBRO/NOVEMBRO 2017 Distribuição gratuita

REV I

AL UR

ISSN 1984-0004

A DO PRODUTOR R ST

PARANÁ

REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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Leite em quantidade e qualidade

Reportagem

2017/2018

Milho: Centro-Sul do PR segue com redução de área

IMPOSTO TERRITORIAL RURAL

Sindicato emitiu 846 declarações até o prazo final

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32

Mulheres do Campo

8

50 22

Manchete

CAMPANHA SÓCIO PARTICIPATIVO

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Cereais de Inverno

Tropeada

Alegria da juventude renovando uma tradição

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WinterShow 2017

90

70

Sindicato, Fórum da Justiça do Trabalho e Ministério Público do Trabalho promoveram a ação do Dia das Crianças

SOJA

Guarapuava no "Caminhos da Soja"

INTEGRAÇÃO LAVOURAPECUÁRIA

Congresso abordou diversos assuntos sobre Sistema Integrado de Produção Agropecuária


DIRETORIA: Presidente

1º Vice Presidente 2º Vice Presidente 1º Secretário

2º Secretário

1º Tesoureiro

2º Tesoureiro

Rodolpho Luiz Werneck Botelho

Josef Pfann Filho

Cícero Passos de Lacerda

João Arthur Barbosa Lima

Jairo Luiz Ramos Neto

Anton Gora

Gibran Thives Araújo

CONSELHO FISCAL: TITULARES:

Lincoln Campello

SUPLENTES:

Luiz Carlos Colferai

Alexandre Seitz

Carlos Eduardo dos Santos Luhm

Anton Gottfried Egles

Roberto Eduardo Nascimento da Cunha

NOSSA CAPA REDAÇÃO/FOTOGRAFIA: Luciana de Queiroga Bren

Diretora de Redação e Editora-Chefe Reg. Prof. 4333

Manoel Godoy

Jornalista

PRÉ-DISTRIBUIÇÃO:

Geyssica Reis

Jornalista

Carlos Souza

Estagiário

DISTRIBUIÇÃO:

Guarapuava, Candói e Cantagalo: Mundial Exprex Distrito de Entre Rios:

REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

Extensão de Base Candói Rua XV de Novembro, 2687 Fone: (42) 3638-1721 Candói - PR Extensão de Base Cantagalo Rua Olavo Bilac, 59 - Sala 2 Fone: (42) 3636-1529 Cantagalo - PR Projeto gráfico e diagramação Mynd's Design Editorial Impressão: Midiograf - Gráfica e Editora Tiragem: 2.500 exemplares

André Zentner

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Endereço: Rua Afonso Botelho, 58 - Trianon CEP 85070-165 - Guarapuava - PR Fone/Fax: (42) 3623-1115 Email: comunicacao@srgpuava.com.br Site: www.srgpuava.com.br

Os artigos assinados não expressam, necessariamente, a opinião da REVISTA DO PRODUTOR RURAL ou da diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava. É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte.


EDITORIAL

A casa do produtor rural na cidade há meio século

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ncerramos essa edição comemorando os 50 anos do Sindicato Rural de Guarapuava, dia 18 de outubro. Na data, fizemos uma singela comemoração em nosso estande no WinterShow, evento técnico sobre cereais de inverno, organizado pela Cooperativa Agrária. Com diretores, sócios, colaboradores e parceiros, cantamos parabéns para o Sindicato e destacamos a importância da entidade para a classe patronal rural. Essa importância deve ser destacada atualmente, por conta da alteração na legislação que diz respeito à obrigatoriedade do pagamento da Contribuição Sindical. Temos que lembrar que o Sindicato Rural é o órgão que representa e defende os interesses da classe agropecuária; motiva o empreendedorismo; difunde informação técnica de qualidade, agregando produtividade e rentabilidade, com responsabilidade sócio-ambiental. Essa é a missão do Sindicato Rural de Guarapuava – A Casa do Produtor Rural na cidade. Nosso Sindicato foi criado em 1967, fundado por um grupo de produtores liderado por Ruy Virmond Marques, e teve oito presidentes nessas cinco décadas. A entidade é filiada à Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), São 50 anos representando o produtor rural, coordenando e defendendo a classe. Atualmente, a entidade possui 1.050 associados, 15 funcionários e duas Extensões de Base, nos municípios de Candói (atendendo também Foz do Jordão) e Cantagalo. Nossa diretoria, com representantes de toda a cadeia do agronegócio, realiza reuniões mensais e discute constantemente assuntos referentes ao setor, levando os anseios da região à FAEP. Temos comissões técnicas locais nas áreas de grãos, bovinocultura de leite, bovinocultura de corte, ovinocultura e erva-mate e possuímos membros nas comis-

Rodolpho Luiz Werneck Botelho Presidente do Sindicato Rural de Guarapuava

sões técnicas da FAEP, onde são discutidos assuntos de todas as áreas da agropecuária. Além dos serviços internos oferecidos aos produtores rurais, como emissão da declaração de Imposto Territorial Rural (ITR), Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), Ato Declaratório Ambiental (ADA), Certidão Negativa do IAP, folha de pagamento para funcionários das propriedades rurais, assessoria jurídica, previdenciária e trabalhista, orientação sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR), entre outros, a entidade mantém o convênio com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), oferecendo mais de 200 cursos gratuitos de capacitação rural. Há que se comemorar a consolidada atuação de nossa publicação bimestral, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ, que completou 10 anos recentemente, levando informações técnicas de qualidade ao homem do campo. Chegar aos 50 anos é comemorar, com orgulho, o respeito alcançado. O Sindicato Rural de Guarapuava é convocado para todas as discussões ligadas ao setor de agronegócios na região. Somos, comprovadamente, a entidade representativa da classe produtora rural. Mas para que essa representatividade continue, precisamos que os produtores tenham plena consciência da importância da entidade. Parabéns ao Sindicato e a seus associados, a razão de ser da entidade. Rumo aos 100 anos! Desejo a todos uma ótima safra de verão! Boa leitura!

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Diretores, sócios e parceiros da entidade cantaram "Parabéns pra você", no dia 18 de outubro, no estande do Sindicato Rural de Guarapuava, durante o WinterShow 2017.

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ARTIGO Anton Gora Produtor rural, diretor da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava e presidente do Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Centro-sul do Paraná

Mitos e verdades

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á falamos sobre esses temas várias vezes, mas precisamos repeti-los até a exaustão, para que a verdade prevaleça. É uma pena que a nossa revista circule na sua grande maioria entre nós produtores, onde todos sabemos e conhecemos a verdade. Essas verdades deveriam chegar com mais ênfase à opinião publica, às autoridades, aos políticos. Quem sabe se cada um de nós repetir essas verdades, de alguma forma, teremos um alcance maior. Sabemos que no Brasil existe uma grande inversão de valores. A imprensa, na maioria das vezes, é sensacionalista e as pessoas que detém as decisões pensam antes em si do que no geral. O Brasil possui ainda, e vai continuar sendo assim, a maior reserva natural do mundo e o produtor vem sendo acusado de desmatamento. Existem desmatamentos clandestinos, mas esses têm que ser tratados com o rigor da lei. No Brasil, a reserva indígena é maior do que a área destinada à produção de grãos. O produtor, às vezes, é acusado de trabalho escravo. No entanto paga os melhores salários para os seus colaboradores, além de oferecer todo o conforto na fazenda, como moradia, luz, água, horta, transporte escolar, planos de saúde. As máquinas de hoje no campo são verdadeiros artigos de luxo. O crédito rural, que antigamente alavancava a atividade, hoje praticamente não existe mais, os juros são de mercado, ou muito próximo deles. O produtor brasileiro concorre no mercado mundial e interno, com subsídios fornecidos por outros países aos seus produtores, por vantagens oferecidas na exportação de produtos agrícolas por outros países, por leis ambientais menos rigorosas de outros países, concorrência por ter uma infraestrutura de transporte precária, desvantagem no registro e uso de defensivos agrícolas, pelo maior custo na exportação, por uma legislação trabalhista ultrapassada, entre outros fatores. Ainda paga em duplicidade a Previdência Social através da folha de pagamento e do desconto do Funrural.

São essas as verdades que a opinião pública não conhece e não sabe. Usar defensivos agrícolas é a mesma coisa que usar medicamentos. As plantas são seres vivos sujeitos ao ataque de pragas e doenças, que precisam ser controladas para que se tenham colheitas abundantes e de qualidade. Se quisermos proibir o uso de defensivos agrícolas, temos que também proibir o uso de medicamentos, assim o meio ambiente se reequilibra. Que me desculpem os defensores dos produtos orgânicos, mas esses, muitas vezes, podem ser mais tóxicos ao ser humano e animais do que os defensivos agrícolas. Explico o porquê. Quando se planta pela ação do homem, o equilíbrio está sendo quebrado, a natureza tenta equilibrar através de doenças e pragas. Os fungos, na sua maioria, são saprófitos, só conseguem se instalar em matéria morta. Assim têm que matar primeiro o tecido verde. Para isso o fungo emite uma toxina, que fica na planta e que se ingeridas pelos homens e animais são tóxicas. Estamos falando de micotoxinas e quem conhece sabe o quanto são prejudiciais. Nem um extremo, nem outro: nem o uso excessivo de defensivos nem a condenação total dos Defensivos. Sempre o meio termo. A ciência nos fornece subsídios, como o programa de Manejo Integrado de Pragas e Doenças. Fico indignado quando pessoas que se destacam em outras atividades, usam essa sua influência pública para criticar os defensivos e o manejo dos nossos recursos naturais. Pessoas que vivem em Nova York, Copacabana, locais poluídos pelos próprios moradores ficam dando opinião sobre um assunto que não entendem e se movem apenas para ter mais publicidade. Prestam assim um desserviço à sociedade e ao meio ambiente. Ambientalmente, cada macaco no se galho, cada um que limpe a sujeira da frente da sua porta e teremos um mundo melhor. Parabéns ao produtor brasileiro.

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IMPOSTO TERRITORIAL RURAL

SINDICATO RURAL DE GUARAPUAVA EMITIU 846 DECLARAÇÕES DE ITR 2017 ATÉ O PRAZO FINAL

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Sindicato Rural de Guarapuava e suas Extensões de Base em Candói e Cantagalo emitiram 846 declarações do Imposto Territorial Rural (ITR) à Receita Federal. O produtor rural que perdeu o prazo, encerrado no dia 29 de setembro, ainda pode declarar. No entanto, terá que pagar multa de 1% ao mês, calculada sobre o total do imposto devido, não podendo seu valor ser inferior a R$ 50,00. No caso de imóvel rural imune ou isento, mas cujo dono deve declarar em razão de ter havido alteração nas informações cadastrais do bem, a não apresentação no prazo implica multa de R$ 50,00. Enquanto não colocar o imposto em dia, o proprietário fica impedido de obter a Certidão Negativa de Débitos (CND) da Secretaria da Receita Federal (SRF), indispensável nas transações imobiliárias. O atraso na entrega do ITR também impede o proprietário de obter financiamentos ou crédito junto a instituições financeiras oficiais. No ano passado, a entidade emitiu 839 declarações.

Guarapuava - Sede

Candói - Extensão de Base Cantagalo - Extensão de Base

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PNEUS

PIPICA AGRO PNEUS ATENDE CLIENTES COM SIMPLICIDADE E EFICIÊNCIA

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ipica Agro Pneus é uma empresa que nasceu em 2003 com o sonho do seu fundador Valtezer Novach, o famoso Pipica, que veio da cidade de Santo Augusto (RS) a fim de traçar uma nova história e conquistar novos horizontes. Instalada inicialmente em Candói, logo depois chega a Guarapuava, às margens da BR 277, onde atende até hoje. Juntamente com o apoio de sua esposa Carolina, o empreendedor passou por vários desafios e provações, sem nunca perder a humildade e o desejo de fazer história no ramo de pneus agrícolas. No início, era apenas um pequeno negócio de compra e venda de pneus usados. Com o passar dos anos, a confiança dos clientes aumentou e a procura por seus serviços cresceram cada vez mais. Atualmente, trata-se de um empreendimento muito bem estruturado, onde o cliente encontra toda a linha de recapagem de pneus agrícolas, pneus novos, usados e câmaras de ar. A empresa também conta com uma equipe preparada para atender o cliente diretamente na propriedade, a fim de levar praticidade, sem “O Pipica é meu parceiro. Sempre faço meus pneus com esse baixinho”, conta o cliente Bruno Araújo

perder a essência de um atendimento simples e eficiente. A Pipica Agro Pneus está de portas abertas para receber seus clientes às margens da BR 277, km 351,8, anexo ao Posto Portelão (antigo Gasparin). Lembrando que a Pipica atende em Guarapuava e região. Venha você também ser um cliente amigo! Teremos imenso prazer em vos atender! Alexandre Seitz, cliente Pipica Pneus

O proprietário Valtezer Novach, conhecido como Pipica pelos clientes

"Sempre faço meus pneus com o Pipica porque gosto do atendimento e da qualidade do serviço”, comenta o cliente antigo, Carlos Eduardo dos Santos Luhm

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VISITA TÉCNICA

CAFÉ COM O PRESIDENTE NA ADAMA A ADAMA

Romeu Starguerlin, diretor de marketing da Adama iniciou a programação apresentando a companhia. Ele explicou que a empresa possui mais de 40 anos no Brasil. A origem da empresa é no grupo israelense Adama Agricultural Solutions Ltda., fundado em 1945, com sede em Tel-Aviv. Desde 2011, a ChemChina, maior empresa química

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empresa Adama, indústria do segmento de agroquímicos, abriu suas portas para a imprensa agro no evento Café com o Presidente no dia 15 de agosto, na sede da empresa, no município de Londrina-PR. Os profissionais foram recepcionados por diretores e colaboradores da Adama Brasil. Após um bate-papo sobre a companhia, o mercado do agronegócio e a ferrugem asiática da soja, os convidados visitaram o laboratório e a fábrica da companhia. As jornalistas Luciana de Queiroga Bren e Geyssica Reis, da REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ, participaram do evento, a convite da Adama.

da China - uma das 500 maiores empresas do mundo - passou a ter o controle acionário do grupo, que registra o faturamento global de US$ 3,1 bi. Starguerlin ressaltou que, atualmente, a Adama é a 7ª maior empresa de defensivos mundial. Só no Brasil, a Adama representa cerca de 15% dos negócios do grupo e é a maior unidade industrial fora de Israel. Com atuação nacional e duas fábricas, sendo uma em Londrina (PR), onde está localizada a sede da companhia e outra em Taquari (RS), a Adama possui em torno de 500 colaboradores em cinco regiões do país. O faturamento da companhia chegou a US$ 460 milhões de dólares em 2016. O diretor destacou que os principais valores da empresa, se resumem a criar simplicidade, paixão, fortalecer pessoas e fazer acontecer.

PANORAMA DO MERCADO AGRO O CEO da Adama Brasil, Rodrigo Gutierrez comentou sobre a atual si-

tuação econômica que o Brasil vem sofrendo e como isso vem afetando a agricultura e, em específico, o mercado dos insumos agrícolas. Além disso, Gutierrez falou sobre como a Adama vem buscando alternativas para contornar a inadimplência e continuar dando acesso ao crédito para o produtor rural com segurança. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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CRÉDITO “Temos uma série de problemas que acabaram fazendo com que tivéssemos uma fragilidade instantânea na agricultura. Dos anos 2008/2010 pra cá, o agricultor e o Brasil como um todo passaram a ter uma enxurrada de investimentos. Banqueiros ofereciam dinheiro para o agricultor, porque acreditavam que o agricultor daria retorno. O que acabou acontecendo é que o agricultor acreditou nisso e investiu. Comprou terra, máquina, tecnologia, abriu novas áreas, indo para outros estados. De repente, o dinheiro sumiu. Os bancos que estavam abrindo a porta para o agricultor, quando o Brasil perdeu o ambiente de crédito, simplesmente desapareceram. O agricultor que antes tinha algum suporte do governo (acesso ao financiamento e ao crédito), agora não tem mais esse suporte. As restrições estão muito maiores. Está muito mais difícil esse acesso”.

INDÚSTRIA DE DEFENSIVOS “O setor de insumos quer investir. Quando olhamos a curto prazo é assustador, mas a longo prazo é maravilhoso. Espero que cheguemos a este longo prazo e sobrevivamos ao curto prazo. Viemos de um mercado de crescimento muito grande nos últimos 10 anos. Em 2000, o faturamento era de R$ 2 bilhões de dólares e em 2014 passou da casa de R$ 12 bilhões de dólares. Ano passado fechamos com R$ 9,3 bilhões de dólares. Foi uma queda significativa por diversas razões, sendo a principal delas a inadimplência. Historicamente, o setor tinha uma inadimplência da ordem de 1 a 1,5%. Nós estamos hoje com uma inadimplência de 10 a 20%. Nunca foi tão grande. E por conta disso, a indústria tem trabalhado para receber. Estamos passando por um cenário assustador, apesar de saber que se não fornecermos o insumo, o agricultor não planta e se ele não planta, ele deixa de existir a cada ano. Estamos buscando soluções para poder dar crédito ao agricultor”.

BARTER “A Adama está tentando voltar com o negócio da troca, do Barter, para ele acontecer de uma maneira mais consistente. Eu forneço um defensivo para o agricultor e ele me paga em soja. Do ponto de vista jurídico, nós estaremos

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Press Trip Além da REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ, compareceram ao evento representantes de veículos de comunicação, como a Revista Globo Rural, CDI Comunicação, Agência EFE, DBO Portal, Gazeta do Povo, Rádio CBN Londrina, Folha de Londrina, Estadão, Revista Safra e profissionais do departamento de comunicação de cooperativas agropecuárias.

muito mais seguros do que, por exemplo, se eu vender para o agricultor sem uma garantia ou vender com hipoteca. Para o agricultor, se ele tem uma produção esperada de 60 sacas de soja/ha e todos os insumos dele juntos vão custar 15 ou 20 sacas, ele já sabe qual vai ser o seu custo. A partir de 2007, o mercado de trocas começou a cair no Brasil. No mercado de defensivos caiu de 25% para 5%. O que é uma pena, porque a soja é uma garantia fácil. Porém, chegamos a um momento em que a única relação de crédito para o agricultor, que é relativamente simples, é o Barter. Funciona da seguinte maneira: ele me dá um papel que vai me dar a soja no final da safra, mas ele precisa fixar o preço. No entanto, ele não quer fazer isso, porque ele acha que o preço sempre vai subir. O produtor prefere apostar. Mas, infelizmente, a fase de só ganhar passou. Fazemos isso de uma maneira que se torne mais simples e atrativo para o agricultor, ou seja, a troca com opção de alta. Ele não precisa trabalhar todo dia, vendo o que está acontecendo na bolsa de Chicago. Nós acompanhamos e mantemos ele informado do que está acontecendo com relação aos preços. O dia em que ele achar que o preço da soja está bom, ele fixa o preço. Essa é uma das maneiras que encontramos para que possamos voltar a dar crédito com mais segurança. Acredito que o mercado de troca é algo que toda a cadeia ligada ao agronegócio deve trabalhar. Temos que ajudar o agricultor a entender melhor essa operação”.

CRONNOS

O gerente de Portfólio da Adama, Leandro Garcia, em sua apresentação comentou sobre a nova realidade da Ferrugem Asiática da Soja. Diante da resistência da doença dos fungicidas disponíveis no mercado, Garcia apresentou à imprensa, um novo produto desenvolvido pela Adama: o Cronnos. Cronnos (nome do Deus do Tempo na mitologia grega) possui uma formulação inovadora, com três ingredientes ativos, que não permitem que a doença entre na lavoura ou evolua. São eles: protetor, estrobilurina + carboxamida e triazol. Seus princípios ativos agem em todas as fases iniciais do fungo e não deixam que a doença progrida. Cronnos prolonga o tempo porque aumenta a eficácia de manejo das principais doenças por muito mais tempo. E Cronnos economiza o tempo, pois é composto por um poderoso protetor e com formulação de fácil aplicação, substituindo as misturas irregulares de tanque.


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CAMPANHA SÓCIO PARTICIPATIVO

SINDICATO RURAL, FÓRUM DA JUSTIÇA DO TRABALHO E MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROMOVERAM AÇÃO ALUSIVA AO DIA DAS CRIANÇAS

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Sindicato Rural de Guarapuava, o Fórum da Justiça do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho promoveram no dia 16 de outubro uma ação alusiva ao Dia das Crianças, na Escola Municipal do Campo Lídia S. Curi, localizada no Rio das Pedras, distrito de Guará, em Guarapuava. A programação iniciou com teatro e apresentação sobre os temas Trabalho Infantil, Violência entre Colegas, Gênero e Machismo, preparado pelos próprios alunos e professores da escola. Em seguida, foi realizada a premiação do concurso de redação e desenho, que nesta edição abordou o tema: Quem é mais importante, o homem ou a mulher? Após o almoço, o advogado Renato Góes Penteado Filho falou sobre Regras de Convivência e a procuradora do Ministério Público do Trabalho, Cibelle Costa Farias, apresentou um teatro de fantoches sobre os temas: Trabalho Infantil, Violência e Igualdade. A festa continuou com brinquedos, algodão doce, pipoca e entrega de lembranças.

Entrega de lembranças

Segundo Penteado Filho, promover ações com crianças é investir. “Queremos uma sociedade do bem, justa e digna e para isso acontecer é necessário implantar esses valores nas crianças desde muito cedo, por meio da educação em casa e ações sociais, como este evento”, observou. A procuradora do Ministério Público do Trabalho, Cibelle Costa Farias destacou que a ação visou, além de proporcionar um dia diferente as crianças, conscientizá-las do que é trabalho infantil e o que é responsabilidade. “Mostramos para as crianças o papel importante que a educação e a brincadeira têm na vida delas

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Os ganhadores dos concursos de desenho e redação foram: Educação Infantil – Júlia Javorski da Silva; 1º ano – Izadora Bilek; 2º ano – Lucinei Gustavo da Silva; 3º ano – Eliza Correia Mattiollo; 4º ano – Diogo Gabriel Batista Moreira; 5º ano – Gabriel Hopko Andrade. Na foto: equipe da Escola do Campo Lídia S. Curi, representantes da Justiça do Trabalho e do Sindicato Rural

e que elas devem começar a trabalhar depois dos 16 anos, idade legal no Brasil para o trabalho”. Para o diretor da escola, Gilmar Luiz Santin, a ação foi muito importante para os alunos. “Foram discutidos temas essenciais para a vida dessas crianças. Só tenho a agradecer, porque contei com muitas parcerias para esse evento tão rico e importante para as crianças”. A ação contou com o apoio da Campanha Produtor Solidário, promovida pelo Sindicato Rural de Guarapuava; Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), bem como com recursos de doações de advogados, juízas, procuradoras do trabalho, servidores do Fórum Trabalhista e Ministério do Trabalho.

Os alunos e professores prepararam apresentações que refletiam os temas, como trabalho infantil, igualdade de gêneros e violência

O teatro com fantoches apresentado pela promotora do Ministério Público do Trabalho, Cibelle Farias, chamou a atenção das crianças

O advogado Renato Góes Penteado Filho utilizou brincadeiras para demonstrar às crianças a importância das regras na vida


PECANICULTURA

APLICAÇÃO DE FERTILIZANTES VIA FOLIAR Julio Cesar F. Medeiros CREA 15.364-D - Engenheiro Agrônomo pela UFSM, especialista em Plantio Direto pela UPF, com mestrado em Desenvolvimento Regional pela UNISC Responsável Técnico Viveiros e Agroindústria Pitol JMedeiros Consultoria em Agronomia – jmedeiros@pannet.com.br

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dubação foliar é o processo de aplicação de nutrientes minerais nas folhas das plantas, proporcionando sua absorção total, suprindo as carências nutricionais em qualquer ponto da planta. A adubação foliar não se limita apenas à folhagem das plantas. O tratamento pode se estender também aos ramos novos e adultos, estacas e troncos, por meio das pulverizações ou pincelamentos. Antecedendo a adubação via solo ou foliar, o primeiro passo a ser dado é a realização das respectivas análises de solo e foliar. A análise de solo deve ser realizada no mínimo a cada dois anos, e a análise foliar deve ser realizada anualmente nos cinco primeiros anos, e a seguir a cada dois anos. A coleta das amostras de folhas deve ser realizada no mês de fevereiro, devendo ser representativa da área a ser adubada. Assim, talhões com características diferentes de solo ou idades diferentes das plantas devem ser amostrados e levados ao laboratório em separado. Para que se possa alcançar os melhores resultados com a adubação foliar, é fundamental que a amostragem de folhas seja bem realizada, de modo que seja representativa da área a ser adubada. A planta de noz-pecã contém folhas compostas, formadas por folíolos. Assim, o método de coleta consiste em retirar um par de folíolos da porção mediana da folha, em todos os quatro quadrantes da planta, devendo ser enviado ao laboratório uma quantidade de 100 gramas por amostra. O envio pode ser feito sem secagem prévia, porém, a remessa deverá ser realizada com a maior brevidade possível, acondicionada em papel pardo. A análise e adubação de solo é muito importante. Porém, algumas condi-

ções específicas no solo causadas pelo pH muito alto ou muito baixo, excesso de umidade ou baixas temperaturas podem determinar que alguns nutrientes se tornem indisponíveis para as raízes das plantas. Outra questão é que em algumas etapas do desenvolvimento das plantas, a necessidade de alguns nutrientes supera a capacidade retirada do solo, ainda que esses nutrientes possam estar disponíveis em grande quantidade no solo. Neste caso, esta demanda pode ser suprida pelo uso de nutrientes foliares, que podem corrigir as deficiências de micro e macronutrientes, com resultados no aumento da produtividade e ainda aumentando a velocidade e a qualidade de crescimento das plantas. As aplicações de fertilizantes foliares podem ser feitas em diversos estágios de crescimento e desenvolvimento das plantas. Em relação ao volume de calda a ser aplicada, é necessário levar em conta que pulverizações com bicos de alta vazão, que molham excessivamente a folhagem, podem provocar um gotejamento excessivo e o consequente escorrimento para o solo, provocando desperdício de produ-

to e consequente redução dos resultados esperados. O uso de bicos pulverizadores de qualidade e adequadamente dimensionados para a vazão necessária, onde a pulverização eletrostática é um aliado importante, pode prevenir a formação de gotas nas folhas que podem agir como uma lente para a luz do sol, podendo ocasionar queimaduras. Outro benefício é o aumento na quantidade de gotículas que ficarão aderidas nas folhas, aumentando a absorção dos nutrientes. Assim, pulverizadores de baixo volume podem não oferecer a eficiência esperada. Deve-se tentar pulverizar tanto na superfície inferior quanto a superior da folha, quando possível, facilitando, assim, a absorção pelos dois lados da folha. A absorção foliar e a translocação dos nutrientes para outras partes da planta podem ser influenciadas positiva ou negativamente por uma série de fatores, alguns externos, ligados ao meio, e outros internos, ligados à própria planta, que afetam a eficiência da adubação foliar. Os principais fatores externos que influenciam a absorção foliar de nutrientes minerais são a luz, água, temperatura e umidade atmosférica.

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FORRAGICULTURA

EVENTO APRESENTA “VALENTE” E ABORDA MANEJO DE PASTAGEM

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ue qualidades deve ter um bom pasto na bovinocultura? Qual a importância de um manejo adequado? Qual o significado da eficiência do sistema como um todo? Para trazer informações sobre esta e outras questões do dia a dia de pecuaristas do leite e da carne, as empresas CB Agro (Guarapuava/PR) e Sementes Adriana (Rondonópolis/MT) realizaram, dia 23 de agosto, no Sindicato Rural de Guarapuava, evento sobre pastagem naqueles segmentos. Apresentado pelo representante regional das Sementes Adriana no Paraná, Fernando Luiz Bianchi, o encontro trouxe, durante todo o dia, palestra do agrônomo e consultor Wagner Beskow, da Transpondo (pesquisa, treinamento e consultoria agropecuária), com o tema “Manejo de pastagens e de pastoreio para alto desempenho do ADRF 6010 Valente” – um híbrido de milheto. Com foco em profissio-

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nais de vendas de sementes e produtores rurais, a apresentação abordou desafios e soluções para utilizar com resultados a nutrição animal com base em pastagem, dentro de um sistema produtivo em que também a eficiência é importante. Bianchi explicou que a empresa decidiu ressaltar o Valente por ser “o primeiro híbrido de milheto produzido no Brasil” e porque o material “está se sobressaindo pela alta produção de leite e de carne por hectare”. Os detalhes abordados no evento, contextualizou, visaram contribuir tanto para os consultores de vendas quanto para bovinocultores: “Este evento é para trazer conhecimento técnico e comercial para esta equipe e para produtores que trabalham tecnificados também”. Já na parte da palestra, o consultor Wagner Beskow iniciou propondo uma reflexão sobre a importância de uma dinâmica eficiente nos sistemas

Fernando L. Bianchi: Sementes Adriana

de bovinocultura de leite a pasto. Com a experiência de quem cursou doutorado em Manejo de Sistemas Pastoris na Nova Zelândia, referência mundial naquele setor, o especialista confrontou números daquele país da Oceania com as médias brasileiras. “Temos média nacional de aproximadamente 250 litros por produtor por dia. A Nova


Zelândia tem média de 5 mil. Aí, você pode pensar: ‘Eles são milionários. O governo ajudou’. Mas desde 1984, não tem subsídio agrícola. Não existe sequer um crédito diferenciado para a agricultura e a pecuária”, comparou, ao ponderar no entanto que “tudo isso, eles construíram”. Entretanto, ainda dentro da porteira, Beskow aponta outros gargalos a superar. Ele defende que, em especial no setor leiteiro, o produtor comece a considerar uma escala de importância dos principais fatores: pessoas, solo, pasto e rebanho leiteiro. “O produtor foca muito na vaca, talvez porque ela seja o que imediatamente está dando leite”, disse. Exemplo disso, assinalou, acontece quando o bovinocultor de leite compra novilhas, apenas por ter encontrado uma boa oportunidade de negócio, e só depois percebe que não tem alimento adequado para os animais: “Hoje, temos vaca com alto potencial genético produzindo pouco”. O mais importante são as pessoas, enfatizou, já que definirão o correto manejo. “(Na palestra) Entramos em vários detalhes da adubação, fertilização e sobretudo do que fazer com estes animais no pasto. O produtor se preocupa muito com o quanto vai custar esta prática. O custo é só fazer certo. Mas traz resultados rápidos. No leite, imediatos – e que vão gerar uma receita que posso e devo utilizar para fertilizar melhor, acertar os outros gargalos”. Entre aqueles desafios, elencou, está adotar uma nova visão sobre o maior patrimônio da propriedade rural: “Ainda vemos uma resistência maior à correção do solo, à fertilização de pastagens, dentro da cultura

Wagner Beskow: Consultoria Transpondo

do gado de corte, do que no gado de leite. Começa-se a explicar isso porque a rentabilidade do gado de leite

está superior à do de corte. Mas ela é igualmente importante para os dois.” Outro gargalo, o consultor vê na falta de observação do correto ponto de entrada e saída do plantel no pasto: “Chamei a atenção para o fato de que não tem valor uma forrageira alta demais, diferente do que o produtor pensa. Queremos uma forrageira verde, folhosa, densa e que, no ponto de saída, os animais deixem aproximadamente 28% do ponto de entrada. Isso vai dar um resíduo que permite uma rebrota vigorosa e que os animais saiam bem alimentados deste piquete, que não tenham causado nenhum dano ao solo”. Resumindo, Beskow sublinhou que uma atitude é o ponto de partida: ser profissional na atividade.

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SINDICATO RURAL DE PITANGA

Evento apresentou pilares de uma bovinocultura tecnificada

DA PECUÁRIA DE PRECISÃO AOS CORTES NOBRES DE CARNE

U

m evento técnico para abordar temas fundamentais para uma bovinocultura de qualidade: assim foi o Dia de Campo da Agropecuária Guapiara, que em sua 12ª edição aconteceu dia 18 de agosto, na Fazenda São Luiz, em Boa Ventura de São Roque (PR). Desenvolvida em parceria com a Boehringer Ingelheim e com a Nutron/ Cargill, a programação enfocou, no primeiro módulo, o tema “Pecuária de Precisão”, com Matheus Zacarias (Selection Beef). No segundo, o veterinário Renato Vaz de Macedo abordou “Ferramentas nutricionais para a construção da ‘Carcaça Ideal’”. No terceiro e último, o coordenador técnico de demanda da Boehringer, Cezar Santucci Filho, apresentou a palestra “Preparando as matrizes para a estação de monta”. A atração principal do dia de campo trouxe uma aula sobre cortes hoje

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apreciados no segmento de carnes de alta qualidade. Especialista e apresentador do programa Carnes, Cortes e Sabores, do Canal Rural, Marcelo Bolinha procedeu a uma demonstração prática, didática e descontraída, que despertou interesse do público. O diretor superintendente da Agro Guapiara, Edison Laroca Fontoura Filho, ressaltou os temas técnicos, como a pecuária de precisão, como necessários para orientar os bovinocultores. “Pecuária de Precisão é aquela na qual sabemos exatamente o que queremos ou o que precisamos para atender o nosso mercado”. Ele recordou no entanto que apenas a genética não basta. “Vários estudos provaram que a vaca gestante que passa fome em determinados períodos da gestação não produzirá um bezerro que terá bom desempenho de ganho de peso durante sua vida adulta”, alertou.

Edison Filho: êxito na pecuária depende de vários detalhes ao mesmo tempo

Ao lado deste fator, frisou que outros são importantes, como atenção à reprodução: “Vemos vários produtores iniciarem a estação de monta com vacas magras e culpando o protocolo, o sêmen ou o profissional que realizou


o trabalho pelos maus resultados”. Porém a causa, indicou, pode estar no que ele chama de “regra básica” da natureza: “A reprodução é uma função de luxo. Qualquer animal vai se reproduzir somente após as outras funções, como sobrevivência e produção de leite para o bezerro ao pé, estarem garantidas. Se sobrar nutrientes, eles serão usados na reprodução”. Na equipe organizadora do dia de campo, Cíntia Silva, da matriz da Agro Guapiara em Castro (PR), em entrevista, avaliou que o evento alcançou êxito: “Participaram em torno de 220 pessoas, de todo Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul”. Parte do mérito “deve-se à dedicação de todos com relação à organização e participação no dia do

Cíntia Silva: outros encontros técnicos também são realizados pela Agropecuária Guapiara

evento”, enfatizou. Outros encontros técnicos, complementou, também são

realizados pela Agro Guapiara, como o Brangus Road – dois dias de visitas a propriedades de recria de touros e de cria de gado comercial e registrado. Conforme antecipou Cíntia, a próxima edição será em março de 2018. Empresa do Grupo Andrade & Latorre, com mais de 75 anos de atividade, a Agropecuária Guapiara criou há cerca de uma década a Brangus Guapiara, que trabalha com uma pecuária de ciclo muito curto, produzindo novilhos e novilhas precoces. Os animais são criados em fazendas situadas em Ribeirão Branco (SP) e nos municípios paranaenses de Castro, Teixeira Soares, Boa Ventura de São Roque, Laranjal, Marquinho, Palmital e São Mateus do Sul.

SENAR

N

do Colégio Pedro I. Na categoria Experiência Pedagógica, outro representante da região central do Paraná está entre os finalistas do Agrinho 2017: a professora Sônia Maria Montani, da Escola Elias Papanastácio, de Nova Tebas, foi classificada entre o pequeno grupo de 20 selecionados – os professores concorrem também a cinco veículos zero quilômetro.

Liane Ianse (Dir. Colégio São Manoel), Vitória Varge, Thauane Carriel e a professora Leni Medeiros

Foto: Aldinei Andreis - Jornal Paraná Centro

o campo da educação, Pitanga e região se aproximam do final do ano comemorando um fato que, para vários professores e alunos de escolas e colégios, vale já como um troféu: no âmbito do concurso Agrinho 2017, uma iniciativa do SENAR-PR e da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) para levar às instituições de ensino conteúdos de cidadania e conhecimento sobre a realidade rural, várias foram as crianças que se classificaram para a final estadual, marcada para 30 de outubro, em Curitiba. Segundo divulgou o SENAR-PR, da região, no concurso de redação, estão classificados: (6º ano/Pitanga) Luiz Guilherme Heuko; professora Luci Noeli Schroeder, do Colégio Pedro I; (7º ano/Sta. Maria do Oeste) Vitoria Antonichen Varge; professora Sirley de Jesus Oliveira Hey, do Colégio São Manoel; (8º ano/Sta. Maria do Oeste) Thauane Gura Carriel; professora Leni Martins dos Santos Medeiros, do Colégio São Manoel; (9º ano/Pitanga) Carlos Daniel de Souza Camargo; professora Andreia Maria Ziegemann Portelinha,

Foto: Aldinei Andreis - Jornal Paraná Centro

REGIÃO CENTRAL DO PR TEM FINALISTAS NO AGRINHO 2017

Miguel Mazur, Maria Lopes, Luiz Heuko, Andrea Portelinha, Carlos Camargo, Cirleia Romanichen e Mery dos Santos REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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MICROBIOLOGIA

VITASOIL: Quer saber o que um exército de bilhões pode fazer pelo seu cultivo agrícola? Palestra aborda o grande impacto positivo que traz a microbiologia nos cultivos agrícolas (gigante quantidade de microrganismos que temos no solo e na planta). Conheça e utilize a tecnologia que vem trazendo grandes lucros e melhorias aos cultivos da região.

R

Classificação Batatas Totais (%) safra 2016 46.417,77

+9

40

46

Diversa

Total

Especial

Terceira

Diversa

Número de raízes

+19,ÍZ28

RA IL O VITAS

65

12

+E2A7LT% URA D IL VITASO

60 55 50

45

45

40

40

35

35

30

30

25

25

20

20

15

15

10

10

5

5

0

Total

Ex: A cada 100 batatas, 37 são Especial, 40 são Terceira, 12 Diversas e 11 estavam Podres.

Altura de plantas (cm)

50

11

17

25

Terceira

Padrão Produtor

70

0

VITASOIL

REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

Esp

12 Especial

VITASOIL

Cebola

20

a ton/h ecial

37

8.275,55

5.044,44

6.257,78

com

12.906,66

28.466,66

+11

tonVit/hasaoil

35.284,44

Produtividade e Classificação (kg/há) safra 2016

20.751,1

epresentantes da empresa Vesica Corp, que vem de uma grande tradição de empresas do setor agro, com mais de 25 anos de experiência, apresentaram no dia 23 de agosto, no Sindicato Rural de Guarapuava, palestra técnica dirigida a produtores rurais enfocando o papel dos microorganismos na produção agrícola. Na primeira parte, a engenheira agrônoma convidada Dorotéia Alves Ferreira, formada na UFG, Mestrado em Produção Vegetal Doutorado em Ciência do Solo, concentração em microbiologia do Solo (ESALQ/ USP) demonstrou o quanto a microbiologia pode agregar em melhorias aos cultivos, como produtividade, qualidade, minimização de efeitos de doenças, com o equilíbrio no ambiente solo/planta.

Padrão Produtor

Dados Cebola - Produtor Vitor Hugo Martinazzo - Guarapuava - PR


Dorotéia: doutora em solos e nutrição de plantas

Em seguida, a equipe da Vesica Corp presente à palestra apresentou o produto VITASOIL. Segundo a empresa, o produto orgânico nutre e estimula os microrganismos para as plantas. Em entrevista, o coordenador de Negócios Sul Brasil, o agrônomo Eleandro Picolli, detalhou o tema. “Temos a tecnologia certa que explora a microbiologia do solo e da planta e que responde muito bem com resultados práticos que o produtor precisa. Esta tecnologia é o VITASOIL: com o uso do mesmo, o produtor pode ter melhorias em ar-

ranque no plantio, maior produção, qualidade de produto final ou diminuição dos efeitos negativos de alguns patógenos, como exemplo nematoides e doenças”. Ainda de acordo com ele, o VITASOIL atua em diversos grupos de microrganismos de forma ampla, ajudando a mineralizar nutrientes, promover crescimento, ativar o sistema de defesa das plantas, entre outros. “Em resumo, convidamos os produtores de toda região a usar e aproveitar estas melhorias e ganhos que o VITASOIL poderá trazer”.


REPORTAGEM

Mulheres do Campo

A série de reportagens Mulheres do Campo tem o objetivo de homenagear mulheres que contribuem para o desenvolvimento da agropecuária regional. As homenageadas desta edição são Maria de Lourdes Keller, Elisa Maria Ciscato Bastos Ribeiro e Juliana Martins de Oliveira Scherer.

Elisa Maria Ciscato Bastos Ribeiro

P

edagoga por formação e com vivência na área por mais de 20 anos, Elisa Maria Ciscato Bastos Ribeiro hoje é pecuarista. Casada com Roberto Hyczy Ribeiro, ela seguiu os passos do marido, ajudando-o a realizar um sonho dele, que acabou virando o dela também. “Casei com 15 anos e o Beto ainda estudava agronomia. Depois disso, ele trabalhou por muitos anos como agrônomo em várias empresas e eu como professora. Mas o sonho dele sempre foi ser produtor rural. Compramos a propriedade em 1992, mas cada um continuou com suas profissões. No começo, tínhamos apenas gado de cria e cuidávamos da atividade durante os finais de semana”. Com o passar dos anos, o casal planejou transformar a pecuária em atividade principal. “Chegou a um ponto em que ou vendíamos tudo, ou a dedicação teria que ser exclusiva. Como já planejávamos tornar a Boa Vista a nossa profissão do futuro e sempre tivemos vontade de empreender de fato, resolvemos fazer isso acontecer”. Determinada em fazer a propriedade crescer, Elisa deixou de ser professora há quatro anos e resolveu se dedicar exclusivamente à Fazenda Boa Vista do Mato Dentro. “Ambos sabíamos que a presença e o olhar do dono na propriedade fazem diferença. E eu sempre gostei desta vivência no campo. Então, resolvi me preparar para assumir a pecuária”.

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Cooperados há mais de oito anos da Cooperaliança Carnes Nobres, Elisa conta que foi na cooperativa que ela encontrou o preparo e apoio técnico para assumir a pecuária. “Fiquei um ano junto com os meus funcionários fazendo cursos e me capacitando para ter uma base para auxiliar na atividade. Claro que as decisões técnicas, o Beto poderia tomar, assim como toma, mas eu também precisava de conhecimento, já que queria fazer da pecuária a minha profissão”. Hoje, Elisa tem conhecimento na área, adquirido por

meio de muitas capacitações, mas segundo ela, principalmente, por conta da vivência na atividade. A produtora cuida da parte administrativa da propriedade, da logística, auxilia no manejo do gado e de vários detalhes que como ela mesma afirma, ‘fazem a propriedade funcionar’. “Sinto-me feliz pela escolha que fiz, sinto-me útil e a vivência no campo é prazerosa. Eu gostava muito de ser pedagoga, mas acho que foi um tempo na minha vida no qual eu vivi e passou. Hoje sou produtora rural com muito orgulho”.


Maria de Lourdes Keller

M

aria de Lourdes Keller é uma ex-profissional de Recursos Humanos que viu junto com o marido, Rudolf Keller, na produção de feno um nicho de mercado pouco explorado com um futuro promissor. “Eu trabalhei por muito tempo no departamento de recursos

humanos de uma empresa em Curitiba e lá acabei conhecendo meu marido. Como ele trabalhava com máquinas, teve a oportunidade de ir pra Alemanha fazer alguns cursos. Quando voltou, nos casamos e moramos em Maringá por um ano, até que decidimos nos mudar para Guarapuava e depois de um tempo, demos início ao negócio de produção de

fenos. Em 2003, deixei de trabalhar com recursos humanos e resolvi me dedicar ao campo”. Atualmente, Maria se vê realizada na atividade e diz não se arrepender em nenhum momento de ter trocado de profissão. “Hoje sou responsável pelas compras, cuido da logística e opero maquinário, se for necessário. Quando estamos no período de produção de feno, de junho a outubro, venho todos os dias para o campo, para acompanhar a produção. Adoro essa rotina do campo. Posso ficar o dia todo no sol, que não me incomodo”. Detalhista, ela conta que faz questão de acompanhar todo o processo, até a entrega do produto para os clientes. “Valorizo muito nossos clientes, pois são pessoas que compram nosso feno desde o início da nossa produção. São muito fiéis. A maioria é criador de gado de corte e ovinos. Não temos do que reclamar, já que toda nossa produção quase nunca é estocada. Os fardos saem do campo e seguem direto para as propriedades dos nossos clientes”, orgulha-se.

Juliana Martins de Oliveira Scherer

A

pesar de ser contadora e pedagoga por formação, Juliana Martins de Oliveira Scherer, neta e filha de produtores rurais, sempre teve em sua vida um espaço reservado para o campo. Mesmo quando morava na cidade, ela nunca deixou totalmente de lado o meio rural. Seu trabalho de conclusão de curso de Ciências Contábeis foi um manual para associações de produtores rurais. E quando fez Pedagogia, o trabalho foi sobre educação no campo. "Eu saí do campo por um tempo, mas ele não saiu de mim. Cresci no campo. Quando passei no vestibular, fui morar na cidade, para estudar. Depois de casada morei em Curitiba, mas como meu pai ficou doente e não conseguia mais trabalhar, ele dividiu a propriedade para os filhos. Foi nesse momento que eu e meu marido resolvemos nos mudar para Marquinho, onde ficava a fazenda, para trabalhar lá”. Há três anos, Juliana e seu marido venderam a propriedade em Marquinho e compraram uma chácara

em Guarapuava, no distrito de Guairacá. “Compramos a propriedade já com a intenção de que ela nos gerasse renda e pudesse ser sustentável. Como meu marido já tem outro negócio, resolvi me dedicar exclusivamente à chácara”. A atividade escolhida foi a produção leiteira. As instalações ainda estão sendo

construídas. “Trabalho é o que não falta aqui. Como meu marido e minha filha ficam fora o dia todo, eu sempre estou trabalhando em alguma coisa na chácara, depois de tirar o leite. Estamos só começando, mas não tenho do que reclamar. Sou muito feliz trabalhando no campo. Sinto-me realizada pela escolha que fiz”. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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REUNIÃO

BOTELHO PARTICIPA DE REUNIÃO COM O GOVERNADOR BETO RICHA, EM GUARAPUAVA

No dia 11 de outubro, o Governador do Paraná, Beto Richa esteve em Guarapuava para a apresentação de uma prestação de contas à classe produtiva sobre os investimentos realizados pelo Estado no Município e região. O presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, participou da reunião. O evento aconteceu no auditório da Faculdade Guarapuava. Durante sua fala, Beto Richa citou diversos investimentos de seu Governo em áreas como infraestrutura, saneamento básico, incentivos ao empreendedorismo através do Programa Paraná Competitivo, educação e saúde. Neste último ponto ele destacou a construção do Hospital Regional em Guarapuava, atualmente a maior obra que está sendo construída pelo Governo em todo Paraná. “Temos um perfeito equilíbrio das contas públicas e ampliamos o aval de crédito do Estado, o que tem permitido estes investimentos”, disse o Governador.

FAEP REÚNE COMISSÕES TÉCNICAS DA PECUÁRIA A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) realizou no dia 10 de outubro, em sua sede, em Curitiba, reunião extraordinária para comissões técnicas da entidade ligadas à pecuária, sobre a Liberação no Paraná como área livre de Febre Aftosa sem vacinação. Participaram representantes das comissões de bovinocultura de Corte e Leite, Suinocultura, Avicultura e Caprino/Ovinocultura. De Guarapuava, esteve também presente ao encontro o presidente do Sindicato Rural, Rodolpho Luiz Werneck Botelho – o agrônomo e agropecuarista preside a Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte e o Comitê Gestor do Plano Pecuária Moderna.

DIRETORIA EM AÇÃO

COMISSÃO TÉCNICA DE MEIO AMBIENTE DA FAEP A Comissão Técnica de Meio Ambiente da Federação de Agricultura do Estado do Paraná (Faep) realizou reunião no dia 25 de setembro, em Curitiba. Os representantes do Sindicato Rural de Guarapuava na Comissão, Anton Gora e Hildegard Abt, participaram do encontro. Entre os assuntos que foram discutidos, estão: ações do Ministério Público na área de meio ambiente na Bacia Hidrográfica do Alto Ivaí e apresentação da Viagem Técnica Internacional 2017 – Bioenergia na Alemanha, Áustria e Itália.

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Reunião mensal de diretoria ocorreu dia 27 de setembro. Nos encontros de trabalho, com a presença do presidente Rodolpho Luiz Werneck Botelho, a direção do sindicato analisa as iniciativas da entidade para seus associados e produtores em geral, questões do setor rural, as perspectivas do agronegócio e a conjuntura nacional.


PLANTADEIRA

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A

pecuária é um dos principais destaques do agronegócio brasileiro e está presente com grande importância em toda nossa região. Além disso, atualmente, há cerca 189 milhões de hectares de pasto no Brasil, mas parte dessa área contém pastagens degradadas que devem ser recuperadas até 2020, de acordo com a Política Nacional de Mudanças do Clima. Para reverter esse cenário é preciso contar com tecnologias para o controle de invasoras e pragas das pastagens, que tornam a atividade pecuária mais produtiva e rentável. Por isso, nos preocupamos em pesquisar, criar e desenvolver soluções completas para as necessidades do campo. Líder do mercado de defensivos para controle de invasoras e pragas das pastagens, a Dow AgroSciences possui um consolidado portfólio de herbicidas, com maior espectro de controle e de alta eficácia, além do uso de uma menor dosagem do produto por hectare. Como parte desse pacote tecnológico, também oferecemos sementes de forrageiras como Convert. Para levar tudo isso ao campo na região, contamos com uma equipe técnica que, somada à equipe técnica de nosso novo parceiro, GRUPO PITANGUEIRAS (AGROPANTANAL), estão preparadas para prestar assistência aos pecuaristas, permitindo a correta recomendação e uso de nossos produtos, tecnologias e soluções para o sucesso na manutenção, recuperação ou reforma das pastagens. Nosso compromisso vai além da entrega de produtos eficientes e inovadores. Ele também é orientado para propor melhorias, soluções e uma evolução do campo de forma sustentável, ou seja, pautado tanto pela sustentabilidade econômica, quanto social e ambiental. Na região o contato com nosso distribuidor autorizado GRUPO PITANGUEIRAS AGROPANTANAL, em GUARAPUAVA (42) 3624-1555 e em CANDÓI (42) 3638-1347.

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Informatização

EMPRESA APRESENTA SISTEMAS DE GESTÃO OPERACIONAL DA FAZENDA

Ferramentas de informática para gerenciamento operacional de fazendas vêm ganhando espaço, nos últimos anos, em propriedades rurais de vários países. Uma das empresas do setor, a Strider, de Belo Horizonte (MG), realizou reunião, dia 28 de setembro, no Sindicato Rural de Guarapuava, para apresentar alguns de seus serviços a produtores da região. Executiva de negócios da empresa, Renata Mendes, disse em entrevista na ocasião que a Strider vem com soluções que vão do monitoramento, das pragas ao uso de defensivos, passando pela trajetória das máquinas. O sistema Protector, contou, é voltado ao monitoramento do campo, controle de praga, de produtividade, mapa de solo, e controle de estoque. O Tracker, acrescentou, realiza monitoramento das máquinas. Outro produto, o Base, trata da gestão operacional. Já o Space, finalizou, “usa satélites para obter imagem com alta frequência das fazendas”. De acordo com Renata, “uma vez por semana ele tira foto da sua propriedade para monitoramento”. Após a apresentação, os produtores debateram com a executiva possibilidades e custos dos sistemas.

Renata Mendes, Strider (MG)

IBGE

REUNIÃO DIVULGA COMO SERÁ O CENSO AGRO 2017

O IBGE realizou, no dia 21 de agosto, no Sindicato Rural de Guarapuava, reunião para divulgar, em nível regional, como será o Censo Agro 2017. Diante de produtores e de representantes de instituições como a SEAB, a Secretaria Municipal de Agricultura e o sindicato, o coordenador de Área do Censo, Cristiano Dohna Liberato, destacou que a intenção do IBGE é coletar dados de todos os estabelecimentos rurais do Brasil, independentemente do tamanho da área e da atividade, o que significa nos números da instituição 5,3 milhões de propriedades – mais de 2,8 mil só em Guarapuava. Para a pesquisa está prevista a contratação temporária, em nível nacional, de mais de 26 mil pessoas, entre analistas censitários, agentes censitários e recenseadores. Com realização prevista para o período de outubro de 2017 a fevereiro de 2018, o censo vai enfocar a situação das propriedades entre outubro de 2016 e setembro de 2017. Ao conversar com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL, após a reunião em Guarapuava, o coordenador de Área do Censo disse que a importância da pesquisa é ser um retrato atualizado do agronegócio no país. “É uma informação que pode ser útil tanto para o administrador público, quanto para o privado”, observou. Liberato lembrou também que o IBGE criou em seu site (ibge.gov.br) um link do Censo Agro 2017, o que ajuda a conhecer melhor a iniciativa. A divulgação dos resultados do censo acontecerá em 2018.

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Senar-PR

REUNIÃO DEBATE PERFIL E DEMANDA DE CURSOS

A regional do SENAR-PR em Guarapuava realizou, dia 22 de setembro, no Sindicato Rural, reunião com técnicos da Secretaria Municipal de Agricultura de Guarapuava, para apresentar e debater a formatação dos cursos da entidade voltados ao meio rural. O encontro contou ainda com as presenças do vice-prefeito Itacir Vezzaro, da gerente do sindicato, Luciana de Queiroga Bren, e da mobilizadora de cursos na entidade, Mery Ribas. O coordenador regional do SENAR-PR, Aparecido Grosse, conversou com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL e ressaltou como importante o diálogo entre vários pontos de vista, atitude que tem defendido para que as capacitações atendam às necessidades dos alunos ou das comunidades rurais em que são realizadas. “Tanto a secretaria trouxe suas ideias, como o SENAR-PR expôs o que tem para ofertar, dentro das regras que temos”, comentou. Grosse adiantou que a reunião serviu também para que os participantes comecem desde agora a identificar as demandas de cursos do próximo ano: “Já pensando em 2018, foi lançada a ideia de que os técnicos façam seus levantamentos para ver qual é a demanda (da secretaria) para o ano que vem”, explicou.


TECNOLOGIA BT

REFÚGIO, IMPORTANTE FERRAMENTA DE AUXÍLIO NA MANUTENÇÃO DA TECNOLOGIA

A

s tecnologias que surgiram nos últimos anos deixaram a agricultura bastante dinâmica. Cada vez mais, os agricultores precisam conhecer as novidades para que possam reduzir custos e aumentar a produtividade de forma segura. Para que isso ocorra, é necessário ter conhecimento sobre as tecnologias atuais e também as recomendações, atenção e detalhes relacionados. “Precisamos preservar as inovações criadas a partir das necessidades encontradas no campo, incentivando os produtores a adotarem medidas que garantam maior longevidade das tecnologias”, avalia o gerente de Assistência Técnica da Coamo, engenheiro agrônomo Marcelo Sumiya. O departamento Técnico (Detec) da Coamo orienta os associados sobre a importância de monitorar a eficiência das tecnologias Bt (transgenia para controle de pragas) para milho e soja, destacando a utilização de refúgio. De acordo com o engenheiro agrônomo Lucas Gouvea Vilela Esperandino, Chefe Depto Suporte Técnico-ASTEC, sobre o “Programa de monitoramento da eficiência das Biotecnologias Bt em soja e milho”, apresentado no Encontro de Cooperados, na Fazenda Experimental

Coamo em Campo Mourão, a preocupação é não deixar acontecer com a soja Bt - novidade incorporada nos últimos anos - o mesmo que aconteceu com o milho, que perdeu eficácia por falta de manejo adequado e pela não adoção do refúgio estruturado, prática fundamental para a longevidade das biotecnologias. “Nosso objetivo é evitar a perda da tecnologia para soja já que no caso do milho, por falta de conscientização, quase que inutilizamos a tecnologia”, observa. O engenheiro agrônomo reforça que o refúgio é a principal ferramenta de auxílio na manutenção da tecnologia. Se respeitado e feito da forma correta, o sistema pode garantir longevidade. No entanto, é preciso ter um planejamento prévio tanto para as lavouras Bt quanto para as não Bt. “É importante observar a distância dos talhões Bt para não Bt, que é de no máximo 800 metros, por ser considerado este o espaço que a mariposa vai sobrevoar de uma lavoura para outra. Também é preciso monitorar as pragas das lavouras convencionais e não exterminá-las por completo, realizando nestas área o Manejo Integrado de Pragas (MIP) e só fazer a intervenção quando as pragas atingirem o Nível de Controle (NC). Precisamos ter o acasala-

mento de mariposas resistentes com as não resistentes”, lembra. Entre os principais benefícios, a tecnologia Bt proporciona redução dos custos de produção; produção de alimentos com alta qualidade nutricional; controle de pragas; menor impacto ambiental e comodidade para os produtores. O entomologista Adeney de Freitas Bueno, da Embrapa Soja, reforça que a não adoção do refúgio contribuiu severamente para a perda da tecnologia e a evolução da resistência das pragas. Preocupado com o que pode acontecer, Bueno alerta que com o aumento do plantio de soja Bt em grande escala, já é visível a inexistência de refúgio e até a utilização errada da ferramenta. “Está faltando consciência do que realmente é o refúgio e a forma correta de adotá-lo e isso é muito preocupante. O refúgio precisa e deve ser incorporado pelos produtores para que deixemos de selecionar os insetos resistentes que acabarão com a tecnologia em curto espaço de tempo. Mas, é bom lembrar que a lavoura não Bt do vizinho não serve como refúgio”, avisa. Conforme o pesquisador da Embrapa Soja, a falta de refúgio não deve ser creditada apenas para o produtor. Na opinião do pesquisador, tem faltado incentivo e

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orientação quanto à adoção do refúgio. “Eu acho que é injusto colocar a culpa só no produtor. Nós técnicos também podemos contribuir no campo ao recomendar, porque muitas vezes quem toma as decisões é o agrônomo que dá assistência”. Ainda dá tempo para fortalecer a tecnologia Bt e fazer com que ela seja uma ferramenta fundamental para o

produtor no controle de pragas da soja e milho. É o que pensa Samuel Roggia, também entomologista da Embrapa Soja. “Agora é o momento mais do que nunca de se utilizar o refúgio. Com o milho, tivemos o aumento da resistência à algumas tecnologias porque não se acreditava que a lagarta poderia se tornar resistente tão rápido. Mas devido ao nosso

clima tropical, acabou acontecendo. Por isso, precisamos abrir os olhos e fazer o manejo correto para evitar que aconteça o mesmo problema com a soja”, afirma Roggia, lembrando que tanto o produtor rural como a pesquisa, técnicos de campo e todos os envolvidos no processo precisam dar sua resposta na preservação das tecnologias Bt.

MANEJO EM ÁREAS DE REFÚGIO DE SOJA? É POSSÍVEL!

O

refúgio é a mais importante estratégia do Manejo de Resistência de Insetos (MRI) em lavouras de soja onde é utilizada a tecnologia Bt - proteínas Bacillus thuringiensis (Bt), responsáveis pela proteção da cultura contra as pragas que mais causam impactos econômicos nas lavouras. Essa prática é realizada por meio da disponibilização de uma área da lavoura onde são plantados apenas cultivares não Bt com o objetivo de retardar o processo de desenvolvimento da resistência de pragas a tecnologia. O tamanho da área de refúgio para lavouras de soja deve corresponder a 20% da área total cultivada com plantas Bt, sempre respeitando a distância máxima de 800m entre as áreas com cultivares convencionais e cultivares transgênicos. O acasalamento de insetos naturalmente resistentes e insetos suscetíveis, que sobrevivem nas áreas de refúgio, retarda a evolução da resistência ao longo das gerações resultando na manutenção da eficácia da proteína Bt, que ganha longevidade e consegue manejar mais facilmente as populações de pragas.

MANEJO DE REFÚGIO Mesmo em áreas de refúgio, as populações de insetos que se alimentam da cultura da soja devem ser manejadas de forma eficiente, utilizando as ferramentas do Manejo Integrado de Pragas (MIP). A partir do monitoramento e da identificação de insetos, é possível tomar a decisão de aplicar uma tática de controle no momento correto. De acordo com o nível de dano, o manejo de pragas por meio de inseticidas é altamente recomendável, evitando apenas produtos químicos que apresentem princípio ativo baseado em proteínas Bacillus thurigiensis.

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NOME COMUM

NOME CIENTÍFICO

NÍVEL DE AÇÃO DE CONTROLE PERÍODO VEGETATIVO (V1-VN)

NÍVEL DE AÇÃO DE CONTROLE PERÍODO REPRODUT. (R1-R6)

Lagarta da Soja

A. gemmatalis

30% de desfolha 20 lagartas

15% de desfolha 20 lagartas

Falsa medideira

C. includens R. nu T. ni

30% de desfolha 20 lagartas

15% de desfolha 20 lagartas

Lagarta das maçãs e Helicoverpa

Heliothis virescens Helicoverpa spp.

30% de desfolha 4 lagartas

Complexo Spodoptera

S. eridania S. cosmioides S. frugiperda

30% de desfolha 10 lagartas/m

MANEJO E CONTROLE O controle químico para manejar pragas em áreas de refúgio é possível e recomendável. Por conta da seletividade dos produtos e de fatores como clima e deriva no momento da pulverização, variabilidade genética dos indivíduos e a seletividade ecológica e fisiológica da praga, os insetos alvos da tecnologia Bt conseguem sobreviver a níveis desejáveis. Isso permite a eficiência da estratégia de refúgio e, ao mesmo tempo, reduz a população de pragas a quantidades que não causam impactos econômicos na cultura. Outro recurso que deve ser utilizado é o manejo de plantas daninhas. Além de controlar plantas que podem hospedar pragas, a dessecação antecipada, o manejo pré-emergente e o pós-plantio formam um ciclo importante para que a lavoura instalada no limpo se desenvolva livre de matocompetição.

15% de desfolha 2 lagartas 10% vagens atacadas 15% de desfolha 10% vagens atacadas 10 lagartas/m

MONITORAR E IDENTIFICAR O principal método de monitoramento da cultura da soja é o pano de batida, que permite avaliar quais pragas estão presentes na lavoura e mensurar o nível populacional desses insetos. Entenda como funciona: O pano de batida consiste em um pano branco de 1m de comprimento por 1m de largura, com cabos de madeira nas duas extremidades. Esse pano deve ser introduzido e estendido até o solo entre duas fileiras paralelas de soja, sem danificar os cultivares. As plantas de uma das duas fileiras de soja devem ser inclinadas sobre o pano e batidas repetitivamente, com o objetivo de derrubar no pano os insetos que estão nas plantas. Na sequência, os insetos que ficaram no pano são contados e registrados em fichas de monitoramento.


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CAMPANHA

SICREDI SUPERA CAPTAÇÃO NACIONAL DE CADERNETA DE POUPANÇA Campanha Poupança Premiada: Quando Vê Poupou Quando Vê Ganhou incentiva hábito de economizar em São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro

E

ntre janeiro e junho, os brasileiros retiraram R$ 17,29 bilhões a mais do que depositaram na poupança, de acordo com o Banco Central. No entanto, segundo dados do Sistema Sicredi, os associados da primeira instituição financeira cooperativa do Brasil, registraram um aumento de 32,9% de investimento na poupança no primeiro semestre, atingindo o valor de R$ 7,8 bilhões. Somente nos estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, o acumulado da caderneta chegou a marca de R$ 2,3 bilhões até junho, sendo que R$ 487 milhões foram incrementados diretamente no período da campanha “Poupança Premiada, Quando Vê Poupou, Quando Vê Ganhou”, que iniciou no mês de abril deste ano e estimula o ato de poupar para associados das 31 cooperativas da região. A ação segue até dezembro, com sorteios semanais de R$ 2 mil e mensais de R$ 50 mil para os associados que depositarem R$ 100 na poupança. Quem fizer depósitos programados tem o dobro de chances de ganhar. No último sorteio do ano, um ganhador terá a chance de receber meio milhão de reais. O objetivo, de acordo com o presidente da Central Sicredi PR/SP/RJ, Manfred Dasenbrock, é estimular o hábito de poupar e a educação financeira entre os associados. “O desenvolvimento só acontece quando atuamos em conjunto e, por isso, a campanha tem se mostrado tão positiva, superando o resultado do ano anterior, inclusive. Ao estimular o planejamento do futuro e o hábito de economizar, estamos ajudando nossos cooperados

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a realizar sonhos e conquistarem a segurança financeira”, avalia. Até o mês de setembro, cerca de 200 participantes da campanha foram sorteados, comprovando que poupar é sim um bom negócio. No último dia 10 de outubro foi entregue ao associado Basilio Szeuczuk Neto um cheque no valor de R$ 2 mil referente ao sorteio da promoção Poupança Premiada. O associado da Sicredi Planalto das Águas PR/SP, tem sua conta corrente em uma das agências do Sicredi em Guarapuava/PR e já tem como um hábito a aplicação na Poupança do Sicredi. O presidente da cooperativa Adilson Primo Fiorentin comemorou junto com o associado o sorteio. “É muito bom vermos associados da nossa cooperativa sendo contem-

plados nessa campanha de extrema importância. Além de aumentarmos a captação de Poupança para nossa cooperativa, contribuímos com o desenvolvimento da região e ainda distribuímos prêmios entre os participantes”, comentou. Na opinião do diretor executivo da cooperativa Valmir Dzivielevski, os prêmios criam um ciclo virtuoso que estimula o crescimento de todos. “Quem poupa já pode se considerar um vencedor por ter um planejamento financeiro que a maioria dos brasileiros infelizmente ainda não possui. E os sorteados pela campanha, além de terem uma dose extra de sorte, também atuam como divulgadores dessa causa, que só traz benefícios para quem adere”, explica.

Na foto, o diretor executivo Valmir Dzivielevski, o presidente Adilson Primo Fiorentin e o gerente da agência Guarapuava, Paulo Tomem, entregam o cheque de R$ 2 mil para o associado Basilio Szeuczuk Neto.


OUTUBRO: MÊS DA POUPANÇA Em 2016, foram retirados da poupança R$ 40,7 bilhões no Brasil. Além do cenário econômico adverso, a falta de educação financeira ajuda a desestabilizar as contas dos brasileiros que não conseguem se planejar corretamente. Para celebrar o dia mundial da poupança - 31 de outubro, o Sicredi preparou uma série de ações durante todo o mês. Uma das ações da Sicredi Planalto das Águas PR/SP aconteceu no dia 11 de outubro, com a realização, no município de Manoel Ribas, de uma palestra sobre Educação Financeira aos alunos da rede estadual de ensino. A palestra fez parte da Feira do Saber do Colégio Estadual Remi Correa Ganter e foi ministrada pelo Gerente Regional de Desenvolvimento da Sicredi Planalto das Águas PR/SP, Eric Ranulffo Martins. “É muito bom perceber que o assunto “guardar dinheiro” chama atenção de crianças,

jovens e adultos. O nosso bate papo de hoje foi com a intenção de fazermos cada um dos presentes refletir sobre a importância de guardar, nem

que seja um valor pequeno, diária ou mensalmente e quais os sonhos que podem ser alcançados após esta atitude”, destacou Eric.

Na foto, o Gerente Regional de Desenvolvimento da Cooperativa, Eric Ranulffo Martins, falando sobre a importância de poupar.

Promoção

Poupança Premiada

Quando vê poupou, quando vê ganhou.

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R$ 1,5 milhão em prêmios.

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quandoveganhou.com.br ¹Para ter direito ao número da sorte em dobro é obrigatório que a programação seja feita durante o período da campanha. Título da modalidade incentivo emitido pela Icatu Capitalização S/A, CNPJ/MF nº 74.267.170/0001-73, Processo SUSEP nº 15414.900830/2016-10. A aprovação deste título pela SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação à sua aquisição, representando, exclusivamente, sua adequação às normas em vigor. Serviço de Informação ao Cidadão SUSEP: 0800 021 8484 (dias úteis, das 9h30 às 17h) ou www.susep.gov.br. Ouvidoria Icatu Seguros: 0800 286 0047. Promoção válida durante o período de 05/04 a 30/12/2017, para os associados da Central Sicredi PR/SP/RJ. Consulte regulamento completo da promoção e condições de contratação nas unidades de atendimento participantes. Imagens meramente ilustrativas. SAC Sicredi - 0800 724 7220 / Deficientes Auditivos ou de Fala - 0800 724 0525. Ouvidoria Sicredi - 0800 646 2519.


2017/2018

MILHO: CENTRO-SUL DO PR SEGUE COM REDUÇÃO DE ÁREA

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uarapuava e região encerraram a safra de milho 2016/2017 com um balanço triste para o produtor em termos de rentabilidade. Considerando-se que o centro-sul do Paraná é classificado por vários agricultores e pesquisadores como uma das melhores regiões do Brasil para aquele cultivo, com produtividades por hectare quase três vezes superiores à média brasileira (5,5 mil kg/ha), o fato dá uma ideia do quadro do setor em nível nacional. E para trazer mais nervosismo ao segmento neste quadrante do Estado, onde o inverno frio impede a realização de safrinha, o período de plantio 2017/2018 para lavouras tecnificadas, pouco antes da primavera, trouxe uma estiagem com calor fora do comum. Ao conversar com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL, no dia 12 de setembro, um tradicional produtor de milho relatou que era neste cenário de expectativas secas que ele se preparava para mais uma safra. Roberto Pfann comen-

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tou que na propriedade, em Guarapuava, a terra já estava pronta para a semeadura. Mas temia que, sem chuva, colocar a semente no solo, naquele instante, seria plantar prejuízo. O milho, avalia, tem representado desafios, tanto na comercialização interna quanto na externa. No Brasil, uma grande oferta: “Aumentaram muito as áreas de inverno, que seriam a região Norte do Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, até Goiás e Minas Gerais. Este é um mercado que está suprindo o consumo nacional e a exportação”. O produtor aponta ainda que os prazos de pagamento, mais longos do que no setor da soja, também desestimulam o produtor: “Você fica até 30, 40 dias para receber. Tem alguns casos em que os compradores estão negociando para 60 dias”. Pfann recorda que, mesmo na venda externa, que poderia amenizar a situação, a cotação da saca é a do milho colocado no porto – na composição do

Pfann (produtor): tentando manter milho na rotação

montante, quanto mais longa a distância entre a lavoura e o mar, menor o preço do milho na origem e maior o do frete até o embarque. Com áreas também no Centro-Oeste, ele conta que já vendeu o produto por preços ainda mais baixos do que os do Paraná. Frente à repetição de qualidade alta e preço baixo, o resultado, concluiu o


agricultor, tem sido a redução do espaço da cultura: “Começamos, na década de 90, a plantar o milho fazendo meio a meio (com soja). Próximo de 2010, 2011, a gente foi diminuindo. Nossa meta era ficar em um terço da área de milho e dois de soja. Ano passado, tivemos 26%. Este ano, em torno de 23%”. Para quem como ele insiste na atividade para obter os benefícios agronômicos do milho na rotação de culturas, Pfann defende que é preciso cautela: “Para você ter algum lucro, teria de colher acima de 200 sacos (por hectare). A margem está muito pequena. Por isso, não podemos fazer nada que venha a dar errado, senão podemos não fechar as contas”, justificou. A regional da SEAB em Guarapuava confirma o quadro que o produtor vê no campo. Um dos técnicos locais do DERAL, Dirlei Manfio informou em entrevista no dia 18 de setembro que, para 2017/2018, a secretaria vê nos 12 municípios abrangidos uma redução de área de milho de cerca de 22% em relação a 2016/2017: de 71.600 para 56.000 hec-

tares. A causa seria o preço. Ele relembra que, em maio de 2016, na região, a saca chegou a cerca de R$ 40,00. Após as safrinhas paranaense e brasileira, a cotação despencou e, em agosto de 2017, atingiu R$ 17,50. O quadro, esclarece Manfio, já vinha se configurando nas médias de anos recentes (números do DERAL): em 2013 e 2014, cerca de R$ 20,00; em 2015, em torno de R$ 21,00; em 2016, R$ 33,73; e, neste ano, até agosto, média de R$ 21,53 a saca. Em paralelo, para 2017/2018, também já se verificava atraso no plantio, por causa do clima seco. “Na comparação com a mesma época do ano passado, teríamos de estar com 20% a 25% do milho já plantado. Estamos hoje com praticamente apenas 5%. A última chuva generosa foi dia 19 de agosto, quando tivemos em torno de 50 milímetros”, completou. Em nível estadual, a SEAB informou, no começo de setembro, que esta deverá ser a menor safra de milho verão do Paraná. Com retração de 33%, a área passa de 513.627 para 344.520

Manfio (DERAL): plantio registrou atraso significativo

hectares. A projeção de produção cai 37%, passando de 4,9 milhões para 3 milhões de toneladas. No entanto, a SEAB estima que não haverá impacto para as principais cadeias produtivas consumidoras de milho (aves, suínos e leite) porque o mercado está abastecido. Segundo a secretaria, a queda na 1ª safra representa 10% de redução, quando computados os volumes das duas safras plantadas no Estado.

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VALOR DA TERRA NUA

REUNIÃO DISCUTIU MUDANÇAS NO VTN 2017

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o dia 31 de agosto foi realizada uma reunião para esclarecimentos sobre as mudanças do Valor da Terra Nua (VTN) no Paraná (base de cálculo do Imposto Territorial Rural - ITR). O encontro foi promovido pelo Sindicato Rural de Guarapuava, com o apoio da Prefeitura Municipal de Guarapuava, através da Secretaria Municipal de Finanças e Secretaria Municipal de Agricultura, Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento/Deral Guarapuava, com a presença de representantes de cooperativas, sindicatos, produtores rurais e contadores de Guarapuava e região. Lideranças do setor lamentaram que a nova metodologia foi feita pelo Deral, assim como o reajuste no Valor da Terra Nua 2017, sem consulta ou reuniões com os sindicatos, produtores, contadores, cartórios e imobiliárias, como era feito em anos anteriores. "Temos que tomar

cuidado com tudo que impacta em aumento de custo para atividade", disse o vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Anton Gora. "Foi algo imposto pelo Deral. Não concordamos com a metodologia e nem com os novos valores do VTN", disse o presidente do Sindicato Rural de Pitanga, Luiz Carlos Zampier. O chefe regional da Seab - Guarapuava, Arthur Bittencourt Filho, disse que a alteração na metodologia era uma demanda antiga dos produtores. "Anteriormente, existiam apenas quatro classes de terra, agora são oito. Essa foi a principal modificação na metodologia. No caso das terras mecanizadas, houve diferenciação em quatro valores. No caso das não mecanizadas, dois valores e quando a terra é inaproveitável continuou apenas um valor”, resumiu. Para ele, essa modificação é importante. “Na percepção do Deral, a nova metodologia é uma melhor forma de avaliar os preços da terra. Esse preço médio é um valor referencial, pode ser mais ou menos. O produtor tem que estar atento para informar um preço que melhor situe a sua propriedade dentro dessa nova metodologia. Em uma mesma propriedade podem existir várias classes de terra, por exemplo. É importante também que o produtor deduza as benfeitorias reprodutivas e não reprodutivas”, explica.

Os contadores devem estar atentos às mudanças do VTN, para declarar o Imposto Territorial Rural (ITR). “A Receita Federal está tomando por base os preços do Deral, mas tem que classificar a utilização da terra fazendo o parâmetro das atividades que possui nessas terras, a classificação dentro dos limites propostos pelo Deral. É preciso entender que é uma maneira de facilitar a fiscalização e declarar a utilização adequada, que é o índice que a Receita Federal mais autua. Os produtores não devem declarar o valor que acham que é. A declaração deve ser feita de acordo com a realidade. Desta forma, nenhum produtor terá problemas”, destaca o diretor do Departamento de Receita da Secretaria Municipal de Finanças, Adão Alcione Monteiro. Monteiro diz ainda que a Secretaria de Finanças coloca à disposição a equipe de conselheiros fiscais treinados no departamento de ITR para esclarecer dúvidas tanto de contadores, quanto de produtores rurais. Um documento com o resumo da discussão foi encaminhado à Federação da Agricultura do Estado do Paraná, que teve reunião com o Deral no dia 04 de setembro, em Curitiba. No entanto, continuam valendo a nova metodologia e valores estabelecidos pelo Deral.

Confira a nova metodologia: Grupo A - Classe I: terras cultiváveis, aparentemente sem problemas especiais de conservação. Ocupação mais comum no Paraná: Grãos, com altas produtividades. Grupo A - Classe II: terras cultiváveis com problemas simples de conservação. Ocupação mais comum no Paraná: Grãos, com produtividades ainda acima da média. Grupo A- Classe III: terras cultiváveis com problemas complexos de conservação. Ocupação mais comum no Paraná: Grãos, com produtividades médias. Grupo A- Classe IV: terras cultiváveis apenas ocasionalmente ou em extensão limitada, com sérios problemas de conservação. Ocupação mais comum no Paraná: Grãos, com produtividades médias e pastagens para a criação de gado de leite. Grupo B- Classe V: terras adaptadas em geral para pastagens e/ou reflorestamento sem necessidade de prática especial de

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conservação, cultiváveis apenas em casos muito especiais. Ocupação mais comum no Paraná: Áreas alagáveis não sistematizadas. Grupo B- Classe VI: terras adaptadas em geral para pastagens e/ou reflorestamento com problemas simples de conservação, cultiváveis apenas em casos especiais de algumas culturas permanentes protetoras do solo. Ocupação mais comum: Pastagens para bovino de corte, especialmente em áreas planas a suave onduladas, porém frágeis devido a textura arenosa ou a baixa fertilidade. Grupo B - Classe VII: terras adaptadas em geral somente para pastagens ou reflorestamento, com problemas complexos de conservação: Ocupação mais comum no Paraná: Pastagens degradadas, Pastagens em áreas declivosas e reflorestamentos. Grupo C - Classe VIII: terras impróprias para cultura, pastagem ou reflorestamento,

podendo servir apenas como abrigo e proteção da fauna e flora silvestre, como ambiente para recreação, ou para fins de armazenamento de água. Ocupação mais comum no Paraná: Vegetação natural.

Valores:

Em Guarapuava, os valores, em 2017, ficaram fixados em: A-I

Não existe

A - II

R$ 48.300,00

A - III

R$ 34.800,00

A - IV

R$ 19.700,00

B - VI

R$ 11.600,00

B - VII

R$ 8.500,00

C - VIII

R$ 3.900,00


ADJUVANTE SINTÉTICO

GOTAS FINAS: PROTEGER OU ELIMINAR?

Diego Brito Coordenador Técnico Grupo Inquima

T

endo em vista a segurança e o êxito de uma aplicação fitossanitária, uma das principais preocupações está na redução da deriva. Muitos pesquisadores têm concentrado esforços ponderando variáveis que influenciam o potencial risco de deriva (PRD), sendo um dos principais assuntos do SINTAG 2017. Na avaliação do PRD, considera-se principalmente o espectro, o DMV e a porcentagem do volume de gotas com diâmetro menor ou igual a 100 micra (%<100μm). Para um melhor entendimento, Souza et. al (2007) explicou que espectro é a nuvem de partículas de pulverização, a qual é constituída por gotas de diferentes diâmetros. Logo, em uma aplicação, não existe somente um tamanho de gotas. O que se tem são gotas predominantemente finas, ou médias, por exemplo. Em relação ao DMV, trata-se do diâmetro de gota que divide o volume da aplicação em duas partes iguais. Este pode ser classificado, segundo a Associação Americana de Engenheiros Agrícolas (ASAE), da seguinte forma: muito fina (<100 μm), fina

(100-175μm), média (175-250μm), grossa (250-375 μm), muito grossa (375-450μm), extr. grossa (>450 μm). Cabe ressaltar que alguns envolvidos no processo de aplicação atentam-se somente para a redução da deriva e acabam não considerando a deposição, ou seja, cobertura de gotas no alvo (gotas/ cm²). Esquecem também da penetração destas gotas em alvos de difícil acesso. A deposição está diretamente ligada com o tamanho de gotas, sendo que gotas finas, apesar de serem mais suscetíveis a perdas por deriva, resultam em melhor cobertura e penetração (ANTUNIASSI & BOLLER, 2011). Em casos de aplicações de fungicidas e inseticidas, por exemplo, onde a cultura agrícola está com densa massa foliar, é necessário fazer com que o princípio ativo chegue até o interior do dossel das plantas. As gotas mais finas, além de terem maior facilidade de penetração, fornecem maior cobertura do alvo (ANTUNIASSI, 2012). No entanto, se tem visto com preocupação a utilização de adjuvantes espessantes, os quais reduzem bruscamente a população de gotas finas. Apesar de cumprirem o papel de controle de deriva, aumentando a viscosidade da calda, reduzem a cobertura de gotas e a penetração

destas em meio ao dossel das plantas. Perdem-se exatamente aquelas gotas que conseguem driblar o efeito guarda-chuva e ocorre a redução do número de gotas/cm². Em regiões ventosas, onde se usam pontas que predominam gotas médias, a população de gotas finas é muito baixa. Utilizar adjuvantes espessantes, nestes casos, pode ser um “tiro no pé”. Principalmente quando se fala em fungicidas e inseticidas para soja, por exemplo. Para um melhor resultado, a técnica adequada está na utilização de adjuvantes que interfiram ao mínimo a viscosidade da calda e que protejam as gotas finas contra evaporação. Desta forma, ocorre a conservação do peso natural das mesmas e o prolongamento da vida média para que sigam seu percurso até o alvo e até que o ativo seja absorvido.


MIP E MRI

MANEJO DE MOSCA BRANCA EM SOJA por Helder Roberto Dota Janoselli Agrônomo de Campo da DuPont Pioneer

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entre as pragas que ocasionam maior perda de produtividade na soja e que elevam seu custo de produção, destaca-se a mosca branca (Bemisia tabaci). Esse inseto é polífago, alimenta-se de inúmeras espécies vegetais, como algodão, feijão, soja e até algumas plantas daninhas, além de possuir ampla distribuição geográfica. Os primeiros relatos no Brasil datam da década de 20 (BONDAR, 1928), porém, nos últimos anos, os problemas com a praga vêm se agravando, principalmente, devido à severidade dos ataques e a dificuldade de controle. Em parte, esses acontecimentos estão relacionados ao fato de que, no Brasil, a forma mais agressiva da mosca branca, o biótipo B, é o mais comum e abundante (IRAC, 2013).

OVOS 3 a 6 dias

ADULTO

Ciclo (ovo-adulto) 32ºC: 18 a 19 dias 15ºC: 73 dias

Adulto macho: 9 a 17 dias Adulto fêmea: 38 a 74 dias Acasalamento: 2 a 12 dias

Ciclo total: 21 a 45 dias Gerações por ano: 11 a 15

PUPA 4 dias

NINFA 10 dias

Figura 1: Adultos de mosca branca em planta de soja

Conforme exemplo da Figura 2, a temperatura possui grande influência na duração do ciclo de vida desta praga, na fertilidade, no desenvolvimento embrionário e na longevidade do adulto. Assim sendo, quanto maior a temperatura, maior o número de gerações da mosca branca, podendo alcançar até 15 gerações por ano. Períodos secos e quentes favorecem o desenvolvimento e a dispersão da praga, entretanto, a precipitação pluviométrica contribui de forma negativa, reduzindo suas populações.

HOSPEDEIRAS Por ser polífaga, diversas plantas servem de hospedeiras para a mosca

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branca. Entre as culturas com interesse econômico, destacam-se: algodão, soja, feijão, tomate, batata, fumo, melancia, melão, abóboras, chuchu, pepino, brócolis, repolho, couve, couve-flor e plantas ornamentais. O Gráfico 1 mostra que a mosca branca também se alimenta e reproduz em diversas plantas daninhas, dificultando o manejo por servirem de refúgio para a praga até que a cultura de importância

econômica esteja disponível. Dentre as plantas daninhas mais conhecidas que podem servir de hospedeiro, podemos citar: guanxuma (Sida sp.), serralha-verdadeira (Sonchus oleraceus), joá-bravo (Solanum viarum), ipoméia (Ipomoea acuminata), picão (Bidens pilosa), joá-de-capote (Nicandra physaloides), leiteiro ou amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla), caruru (Amaranthus viridis L.) e maria-pretinha (Solanum americanum Mill.).

180 160

Número de ovos/cm2

Foto: Helder Roberto Dota Janoselli

Figura 2: Ciclo de vida da mosca branca

140 120 100 80 60 40 20 0

Leitero

Soja

Mariapretinha

Falsaserralha

Caruru

Picãopreto

Cordade-viola

Picãobranco

Fonte: Sottoriva, 2010

Gráfico 1: Número de ovos (cm2) em plantas daninhas e soja


DANOS Os danos causados pela mosca branca em soja podem ser divididos em diretos e indiretos. DANOS DIRETOS: ninfas e adultos, ao se alimentarem, sugam a seiva, retirando os nutrientes e injetando toxinas. Com isso, causam injúrias nas plantas, como murchamento, enfraquecimento, desordens no desenvolvimento vegetativo e reprodutivo, queda de produção e, dependendo do nível de infestação, provocando até a morte da planta. DANOS INDIRETOS: ao se alimentar, a praga excreta, sobre as folhas, ramos e frutos, uma substância rica em açúcares, que serve de substrato para o crescimento do fungo Capnodium sp., conhecido como fumagina. A fumagina (Figura 3) caracteriza-se por uma camada escura, formada por seus micélios, que impede a captação dos raios solares, reduzindo a taxa fotossintética das folhas.

ESTRATÉGIAS DE MANEJO As medidas de controle desta praga é complexo e constitui um grande desafio para a agricultura brasileira. Para o correto manejo, a adoção do MIP (Manejo Integrado de Pragas) é fundamental, procurando manter as áreas cultivadas o mais próximo possível do equilíbrio e em integração com outras medidas de supressão. Algumas práticas importantes do MIP são:

com frequência semanal já a partir do surgimento do segundo trifólio. Ele deve ser realizado de forma que todo o campo seja avaliado para que a tomada de decisão seja apropriada (intervenção química). Esta prática constitui-se como um dos pilares de todo o programa de Manejo Integrado de Pragas, devendo ser realizada durante todo o ciclo da cultura. Sendo assim, é de extrema importância que o profissional que realizar o monitoramento esteja capacitado em relação às práticas do MIP.

1. ROTAÇÃO DE CULTURAS1: trata-se da prática de alternar o plantio nas áreas de cultivo de diferentes espécies. Como ferramenta de MIP, a escolha das espécies para a rotação de culturas deve focar em culturas diferentes que não sejam hospedeiras da praga, visando à quebra da janela de exposição e à redução na pressão de população. O estabelecimento de uma janela livre de hospedeiros ajuda a diminuir a densidade de pragas e a seleção de resistência.

4. VAZIO SANITÁRIO EFETIVO2: auxiliado pela irrigação e devido às características climáticas brasileiras, que permitem uma grande amplitude das épocas de plantio, que vão de outubro até maio, favorece condições para a praga perpetuar. Assim, o vazio sanitário, muitas vezes relacionado ao manejo da ferrugem asiática, possui muita importância para o manejo da mosca branca, pois reduz ou elimina a grande parte da oferta de alimento para o inseto no período da entressafra, diminuindo sua população.

Figura 3: Planta de soja com fumagina

2. DESTRUIÇÃO DE PLANTAS DANINHAS E REMANESCENTES: por ser a mosca branca polífaga e possuir como hospedeiras mais de 900 espécies, as plantas daninhas e remanescentes (tigueras/ plantas voluntárias) são de grande importância, pois permitem que uma quantidade expressiva de insetos sobreviva nas áreas de cultivo ou próximo a elas no período de safra e entressafra.

5. DESSECAÇÃO ANTECIPADA3: tem como objetivo reduzir a população inicial da praga, disponibilizar palhada seca sobre o solo, facilitando a operação do plantio e promovendo a proteção do mesmo. O momento ideal da realização da dessecação pode variar de acordo com as condições climáticas e o sistema de plantio utilizado.

Porém, um dos danos mais sérios causados pelo inseto é a transmissão de fitovírus, como o da necrose da haste. Plantas infectadas com esse vírus apresentam a haste necrosada (Figura 4), ficando debilitada e podendo chegar até a morte.

3. MONITORAR SEMANALMENTE: o monitoramento de pragas na lavoura é fundamental na tomada de decisão. Através da prática de monitoramento, é possível identificar as primeiras infestações e seu nível de incidência. O monitoramento necessita ser realizado

Fumagina em folíolo de soja

Foto: Adeney de Freitas Bueno

Sintoma típico de vírus da necrose da haste

Foto: Lucio Elias

Sintoma típico de vírus da necrose das vagens

Foto: Fundação Rio Verde

Figura 4: Da esquerda para direita, folíolo de soja com fumagina, planta de soja com sintoma da necrose da haste e vagens com sintomas da necrose das vagens.

6. USO DE FORMA CORRETA E RACIONAL DO CONTROLE QUÍMICO4: rotacionar os inseticidas com modo de ação diferentes. Sempre que for necessário, realizar mais de uma aplicação de inseticida como medida preventiva à seleção de insetos resistentes. Dar preferência a agroquímicos mais seletivos aos insetos benéficos, não utilizar subdoses e aplicar produtos de acordo com o estágio de desenvolvimento da praga. Ficar atento às condições climáticas e ao estádio da lavoura. 7. CONTROLE BIOLÓGICO: baseia-se em controlar as pragas agrícolas a partir do uso de seus inimigos naturais, que podem ser outros insetos predadores, parasitoides, e microrganismos como fungos, vírus e bactérias. Esta é uma alternativa que vem se mostrando economicamente eficaz e viável para o controle desta praga. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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Foto: DuPont Pioneer

CONTROLE QUÍMICO A escolha do inseticida adequado varia de acordo com a fase em que se encontra o inseto. Os reguladores de crescimento atingem apenas a fase de ninfa e não controlam adultos, enquanto os inseticidas sistêmicos, que atuam por contato e ingestão (a base de neonicotinoides) controlam adultos e não causam efeitos em ovos e ninfas. A adição de óleo na calda tem sido recomendada como alternativa para maximizar a eficácia de controle dos inseticidas. Tomada tardia de decisão realizada quando a densidade populacional da praga estiver alta; calibragem deficitária dos equipamentos de pulverização; incompatibilidade do pH da calda de aplicação; escolha de produtos pouco seletivos; formulações inadequadas e aplicação em condições climáticas desfavoráveis são fatores que influenciam negativamente no controle químico. GRUPO QUÍMICO

MANEJO DE RESISTÊNCIA DE INSETOS (MRI)

O MRI (Manejo de Resistência de Insetos) baseia-se em um conjunto de medidas para retardar a evolução da resistência de insetos aos diferentes princípios ativos. Os insetos resistentes ocorrem de forma natural no ambiente e, devido à pressão de seleção exercida pelos diferentes agentes de controle, há o aumento da frequência desses insetos resistentes ou de seus genes na população, limitando a eficiência dos produtos. Sabe-se da ocorrência de mosca branca resistente a inseticidas para diversos grupos químicos, incluindo os piretróides, organofosforados, carbamatos, neonicotinoides e inseticidas reguladores de crescimento, como buprofezina e piriproxifem. Estudos conduzidos pela ESALQ já indicaram a existência de popu-

IMPACTO SOBRE A PRAGA

INGREDIENTE ATIVO

Neonicotinoide

Inibe a alimentação, o voo e os movimentos de adultos. Reduz a ovopozição.

Tiametoxan Imidaclopridio

Antranilamida

Paralisia alimentar de ninfas e de adultos.

Ciantraniliprole

Piretroide

Mortalidade de adultos e ninfas.

Beta-ciflutrina Bifetrina

Éter piridiloxipropílico

Inviabiliza a produção de ovos, esteriliza fêmeas e poupas e inibe o desenvolvimento de ninfas.

Piriproxifem

Piretroide + Neonicotinoide

Amplo espectro no controle da praga e boa penetração nas folhas, mortalidade de adultos e de ninfas.

Beta-ciflutrina + Imidacloprido

Tetranortriterpenoide

Atua como regulador de crescimento, impedindo o desenvolvimento dos insetos, age na reprodução, impede a alimentação.

Azadiractina

Cetoenol

Atua sobre os ovos (deformação e infertilidade), ninfas e adultos.

Espiromesifeno

Feniltioureia

Inibe o desenvolvimento de ninfas.

Diafentiurom

Biológicos

Paralisa a alimentação levando à morte de ninfas e de adultos.

Beauveria bassina

Tabela 1: Produtos registrados no MAPA para controle de Bemisia tabaci

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lações de mosca branca com frequências de resistência relativamente elevadas aos inseticidas do grupo dos neonicotinoides no Brasil (IRAC, 2013). O manejo da resistência é mais efetivo quando implementado de modo preventivo. Para isso, recomenda-se o uso de rotação de produtos com diferentes modos de ação, sendo essa considerada uma das estratégias mais eficientes para o manejo da resistência de B. tabaci aos inseticidas. Aliado a isso, deve-se usar as doses recomendadas na bula de cada produto, evitando misturas em tanques e, sempre que possível, priorizar o uso de inseticidas seletivos para a preservação de inimigos naturais que irão contribuir para o controle de moscas brancas resistentes e que não serão eliminadas pelos inseticidas (IRAC, 2013).

CONCLUSÃO A mosca branca tornou-se mais um desafio a ser enfrentado pelos agricultores brasileiros, principalmente, por sua dificuldade de controle, por possuir inúmeras espécies vegetais hospedeiras e por ter o controle focado quase que exclusivamente em agroquímicos. Além disso, as características climáticas e de produção agrícola do Brasil favorecem o desenvolvimento da praga. Para o sucesso no controle da mosca branca, a adoção do Manejo Integrado de Pragas (MIP), em conjunto com o Manejo de Resistência de Insetos (MRI), são estratégias de fundamental importância e que devem ser seguidas pelos produtores. Medidas isoladas não devem ser utilizadas, visto que, com o tempo, só agravaram o já debilitado quadro desta praga do Brasil. ¹ Entenda a importância da rotação de culturas com milho na sustentabilidade da produção: pioneersementes.com.br/blog-rotacao ² Saiba mais sobre a importância do vazio sanitário, bem como as datas para cada estado produtor: pioneersementes.com.br/ blog-vaziosanitario ³ Aprenda a realizar uma dessecação eficiente para a colheita antecipada da soja em um vídeo disponível no blog Agronegócio em Foco: pioneersementes.com.br/blog-dessecacaosoja 4 Saiba quais são as consequências do uso inadequado de inseticidas em: pioneersementes.com.br/blog-inseticida 5 Veja como obter o maior potencial produtivo da lavoura com um menor risco de insetos resistentes:pioneersementes.com. br/blog-mri REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BONDAR, G. Aleyrodídeos do Brasil (2ª Contribuição). Boletim do Laboratório de Pathologia Vegetal, Bahia, n.5, 1928. POLETTI, M. e ALVES, E. B. IRAC – Comitê Brasileiro de Ação à Resistência a Inseticidas. Resistência de Mosca Branca a Inseticidas. Engenheiro Coelho, Folder, 2013. SOTTORIVA, L. D. M. Aspectos Biológicos de Bemisia tabaci Biótipo B em Plantas Infestantes. Campinas,IAC. 40p. Tese Doutorado, 2010. SITE PIONEER, Soluções de combate à Mosca Branca. http://www. pioneersementes.com.br/ blog/77/solucoes-de-combate-a-mosca-branca


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SENAR-PR

REESTRUTURAÇÃO DE CURSO DE ARMAZENISTA

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o dia 28 de setembro, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) realizou uma reunião no Sindicato Rural de Guarapuava para discutir a reestruturação do curso de Armazenista. Participaram da reunião instrutores de diversas regiões, além de empresas e cooperativas parceiras do Senar.

Eles discutiram detalhes importantes da capacitação de um armazenista e onde há mais deficiência na prática. Segundo o gerente técnico do Senar, Eduardo Gomes de Oliveira, o objetivo da reunião foi levantar informações sobre funções e subfunções do Armazenista. "Futuramente, elaboraremos o curso com base na formação de treinamento”. A reunião foi o primeiro encontro e provavelmente o único presencial. As próximas etapas acontecerão à distância. O pedagogo da unidade de projetos e inovação do Senar-PR, João Morozinski, expli-

ca o que já foi realizado e o que vai ser feito nos próximos meses. “Hoje nós fizemos esse encontro para analisar o perfil profissional da pessoa que deseja fazer esse curso. Mais para frente, faremos o desenho curricular do curso e por fim, a prática docente, onde será realizada a formação dos instrutores” conta. A importância dessa parceria entre o Senar com diversas empresas é a troca de necessidade. As empresas trazem a demanda de capacitação necessária e o Senar fornece essa formação qualificada para os trabalhadores e proprietários rurais. Além disso, Morozinski afirma que o Senar trabalha junto a teoria e a prática, dessa forma o aluno aprende e aplica o conceito imediatamente. O curso será realizado em todo o Paraná e tem previsão de início nos primeiros meses de 2018.

MULHERES PARTICIPAM DE CURSO DE TRATORISTA

C

ada vez mais se ampliam as conquistas femininas, inclusive no campo. Com esta determinação, mulheres que vivem e trabalham em propriedades da região de Guarapuava resolveram fazer o curso Trabalhador na Operação e Manutenção de Tratores Agrícolas NR 31.12, promovido, de 2 a 11 de outubro, pelo SENAR-PR em parceria com o Sindicato Rural. A REVISTA DO PRODUTOR RURAL acompanhou, na Fazenda Modelo, uma aula prática. “O curso trata da segurança na operação de implementos agrícolas”, explicou o instrutor Lucas David Schemberger. Ele destacou também o interesse da turma: “Sem dúvida percebe-se esta vontade delas de ganhar espaço no mercado de trabalho”.

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Karen Taylise de Oliveira Binkowski disse que decidiu fazer o curso para ampliar horizontes. “Fui buscar novos conhecimentos, sair da mesmice. Se um homem tem potencial para operar um trator, a mulher também tem”, comentou. Já para outra aluna, Elaine Iung Oliveira Silva, a experiência de vida foi a base para tentar algo diferente: “Como já estou com um pouco mais de idade, vou provar que a mulher é competente e que, se quiser, pode”, afirmou. A seu ver, a operação do trator é um desafio possível de superar com a orientação do instrutor: “Fácil não é. Mas a partir do conhecimento, vemos que não é tão difícil”. Refletindo a mesma expectativa das colegas, ela, até agora voltada ao trabalho em casa, destacou que espera utilizar o que aprendeu para operar tratores profissionalmente, em especial nos momentos de maior movimento na propriedade: “Esperamos uma oportunidade”, concluiu.

Schemberger, instrutor do SENAR-PR: turma participativa

Elaine e Karen: duas gerações, com a mesma determinação


NUTRIÇÃO

MANEJO FISIOLÓGICO DAS CULTURAS COM BOOSTER Marcos Altomani

E

specialistas do agronegócio apontam para a necessidade de intensificar a agricultura nas próximas décadas, devido ao aumento populacional e a expectativa de uma menor área agricultável per capita. Isto significa que será necessário produzir mais por unidade de área, mantendo o lucro do agricultor e a sustentabilidade ambiental. O desenvolvimento e a aplicação de tecnologias viáveis economicamente e ambientalmente sustentáveis se projeta como o melhor caminho para alcançar maiores produtividades. Neste contexto, a utilização de componentes que atuem em mecanismos fisiológicos das plantas se enquadra como uma alternativa promissora para que a cultura explore mais eficientemente seu potencial produtivo. O Booster (Agrichem do Brasil S.A.) é um fertilizante que possui como principais matérias-primas em sua composição os elementos molibdênio e zinco, combinados com um extrato da alga marinha Ecklonia maxima (Osbeck) Papenfuss. Este, por sua vez, é obtido por uma tecnologia de extração baseada em ruptura celular sob alta pressão e baixa temperatura, o que preserva a maior parte de seus componentes bioativos. O extrato de E. maxima utilizado no Booster está entre os mais estudados para uso agrícola, inclusive está presente em muitas publicações recentes, em periódicos de grande impacto na área das ciências agrárias (Khan et al., 2009; Calvo et al., 2014; Stirk & van Staden, 2014; Arioli et al., 2015; Rengasamy et al., 2015; Rouphael et al., 2017; Yakhin et al. 2017). Vale ressaltar que nem todos os extratos de alga

apresentam benefícios agronômicos, sendo necessário considerar dois aspectos fundamentais: espécie da alga e método de extração. É interessante destacar que a composição do extrato de E. maxima utilizada no Booster é altamente complexa, sendo que o efeito do produto na fisiologia das plantas é atribuído à interação entre os componentes. Basicamente, o mesmo é composto de fitormônios (auxina, citocinina, giberelina, brassinosteroides, poliaminas etc.), minerais (destaque para Zn e Mo), proteínas

Métodos de aplicação

Mecanismos de atuação

Efeitos observados

(aminoácidos livres, vitaminas e pigmentos), polissacarídeos bioativos, polifenóis (efeito antioxidante), lipídeos, entre outros. Dentre os efeitos hormonais, de maneira geral, destaca-se o efeito auxínico. Recentemente, dada a complexidade da composição do extrato de E. maxima, alguns fisiologistas de plantas têm considerado mais importante avaliar o mecanismo de ação e o efeito nas culturas ao invés de tentar elucidar o efeito fisiológico individual de cada componente do mesmo (Figura 1). Isto difere de produtos contendo uma ou algumas moléculas com modo de ação restrito e bem definido.

• Tratamento de sementes • Aplicação no sulco de plantio • Pulverização da parte aérea (caule, folha, flores e frutos) • Fertirrigação

• Modulação de fitormônios • Aumento da eficiência fotossintética e assimilação de carbono • Retardamento da senescência • Ativação de genes ligados a resistência a doenças • Efeito repelente a pragas • Redução da transpiração • Aumento da condutância estomática • Ativação de enzimas biossintéticas • Sinergia com microrganismos benéficos (ex: bactérias fixadoras de N)

• Maior crescimento dos órgãos da planta (raiz, folha, produção) • Maior resistência a estresses bióticos e abióticos • Aumento na eficiência nutricional das plantas (absorção e assimilação de nutrientes) • Melhora na qualidade do produto final

FIGURA 1. Principais métodos de aplicação, efeitos observados e mecanismos de ação do Booster nas plantas.

Resultados de pesquisas no Brasil vêm destacando o efeito positivo de Booster nas principais culturas, aliviando efeitos estressores (ex: restrição hídrica; temperaturas baixas ou elevadas). Quando aplicado nas sementes ou no sulco de semeadura, promove um melhor desenvolvimento inicial das culturas (Figura 2). REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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FIGURA 2. Comparação entre áreas com (lado direito) e sem (lado esquerdo) aplicação de Booster no tratamento de sementes de soja. (Chapadão do Sul-MS)

Para a cultura de soja, em um total de 131 áreas colhidas nas últimas três safras, o Booster aplicado no tratamento de sementes proporcionou retorno financeiro em 85% das áreas, com média de aumento de 3,3 scs ha-1. No caso de aplicação foliar, em 85 áreas avaliadas nas últimas três safras, houve retorno financeiro positivo em 77%, com ganho médio de 4,0 scs ha-1.

FIGURA 3. Resultados obtidos nas últimas 3 safras de soja no Brasil, com aplicação de Booster via tratamento de sementes (n=131) e via foliar (n=85).

ARIOLI, T.; MATTNER, S.W.; WINBERG, P.C. Applications of seaweed extracts in Australian agriculture: past, presente and future. J. Appl. Phycol., v.27, 2015. CALVO, P.; NELSON, L.; KLOEPPER, J.W. Agricultural uses of plant biostimulants. Plant Soil, v.383, p.3-41, 2014. KHAN, W.; RAYIRATH, U.P.; SUBRAMANIAN, S.; JITHESH, M.N.; RAYORATH, P.; HODGES, D.M.; CRITCHLEY, A.T.; CRAIGIE, J.S.; NORRIE, J.; PRITHIVIRAJ, B. Seaweed extracts as biostimulants of plant growth and development. Journal of Plant Growth Regulators, v.28, p.386–399, 2009. RENGASAMY, K.R.R.; KULKARNI, M.G.; STIRK, W.A.; VAN STADEN, J. Eckol – a new plant growth stimulant from the brown seaweed Ecklonia maxima. J. Appl. Phycol., v.27, 2015. STIRK, W.A.; VAN STADEN, J. Plant growth regulators in seaweeds: Occurrence, regulation and functions. In: BOURGOUGNON, N. (Ed.). Advances in Botanical Research – Seaplants. Elsevier, 2014. p. 125-159. YAKHIN, O.I.; LUBYANOV, A.A.; YAKHIN, I.A.; BROWN, P.H. Biostimulants in plant Science: a global perspective. Frontiers in Plant Science, v.7, 2017. ROUPHAEL, Y; MICO, V.; ARENA, C.; RAIMONDI, G.; COLLA, G.; PASCALE, S. Effect of Ecklonia maxima seaweed extract on yield, mineral composition, gas exchange, and leaf anatomy of zucchini squash grown under saline conditions. J. Appl. Phycol., v.29, 2017.

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SOJA

GUARAPUAVA NO

"CAMINHOS DA SOJA"

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Sindicato Rural de Guarapuava sediou a quarta edição do evento "Caminhos da Soja" no dia 29 de agosto, promovido pela Aprosoja Paraná, com o apoio da Aprosoja Brasil e patrocínio da Syngenta. Mais de 200 pessoas assistiram às palestras sobre clima, doenças da soja, manejo consciente, política e economia brasileira. A apresentação do evento foi realizada pelo jornalista João Batista Olivi.

João Batista Olivi, jornalista e apresentador

O presidente da Aprosoja (PR), José Sismeiro, comentou que neste ano o evento teve um foco diferente. “Não estamos discutindo apenas a parte técnica, pois o que também está nos preocupando é o cenário político que estamos vivendo no Brasil, que afeta diretamente o campo”. Ele complementou que o 'Caminhos da Soja' buscou conscientizar o produtor para que, diante da proximidade das eleições, procure eleger representantes políticos que ajudem a melhorar a situação do agronegócio. “É necessário buscar pessoas, seja em âmbito nacional, estadual ou municipal, que possam defender a nossa classe. Precisamos de políticos que resolvam, da

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Sismeiro, presidente da Aprosoja Paraná

melhor maneira possível, os problemas de tributação, defensivos, questões trabalhistas. Precisamos de políticos que nos entendam”, ressaltou. Atualmente, a Aprosoja está presente em 15 estados brasileiros e segundo, Sismeiro, a intenção da associação é “fazer uma politica agrícola que beneficie os produtores de soja e não uma politica que penalize o produtor. Por isso, estamos juntos com a Aprosoja Brasil, enfrentando muitos problemas e tentando resolver da melhor maneira. Um exemplo é o Funrural, onde estamos frequentemente em Brasília conversando com os políticos para tentar uma solução”.

O vice-presidente do Sindicato Rural, Anton Gora, recepcionou os participantes

Luiz Nery Ribas, presidente do Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB) também apoiou o evento

Confira o que foi discutido sobre as questões técnicas ligadas à produção de soja:


DOENÇAS DA SOJA E MANEJO DE RESISTÊNCIA

Lucas Navarini – professor e fitopatologista Busco separar as doenças pelo tipo de interação que elas têm com a planta, como doenças de solo, incluindo o mofo branco nesse grupo, doenças de muito difícil controle. Inclusive o mofo branco foi muito expressivo aqui na região durante a safra passada; as manchas que são um tipo de patógeno que sobrevivem no resto da cultura. Estamos plantando soja no mesmo lugar sempre, então, invariavelmente vamos ter esse tipo de doença; e, claro, a fer-

CLIMA

Expedito Rebello INMET Brasília

Estamos com as águas mais frias do Pacífico Equatorial, isso quer dizer que vamos ter uma irregularidade muito grande nas chuvas, principalmente na região sul do Brasil. A expectativa é que tenhamos um início de plantio muito difícil, principalmente no Paraná, pois as chuvas serão abaixo da média. Essa situação começa a partir do meio de outubro. As chuvas só irão regularizar na região sul nos meses de novembro, dezembro e janeiro. Então, o agricultor deve ter muito cuidado no planejamento de curto, médio e longo prazo. E ficar atento com as previsões meteorológicas, principalmente de curto prazo”.

rugem, que é um dos maiores desafios fitossanitários do Brasil, não só pela dificuldade de manejar, pois é uma doença muito agressiva, muito rápida e produz muito dano, mas também pelo avanço que ela tem apresentado na resistência com os fungicidas. Quase 90% do controle da ferrugem no Brasil é com controle químico e à medida que usamos um novo mecanismo de ação, a doença vem apresentando resistência, não sendo efetivamente controlada e nos trazendo grandes dificuldades. O que sabemos é que o controle da ferrugem nesta próxima safra depende

das misturas. Hoje, não tem mais como ter segurança de controle usando um produto isolado. É necessário misturar e ter um bom aditivo em quase todas as aplicações do ciclo da soja. É uma notícia que não é muito fácil de ser aceita pelos produtores, porque aumenta o custo, num cenário de um preço difícil de soja para os próximos dois anos. Mas se o produtor economizar no fungicida, o risco vai ser muito grande da ferrugem roubar grande parte da rentabilidade dele”.

PROGRAMA MANEJO CONSCIENTE

Adilson Silvestre Minikowski Coord. Marketing Campo Syngenta

O Manejo Consciente é um programa que a Syngenta criou em 2016, em parceria com instituições de ensino e a Embrapa, que busca algumas práticas agrícolas visando um melhor controle nas doenças da soja. Algumas dessas práticas são: o uso correto dos defensivos agrícolas; as aplicações devem ser preventivas; utilizar os produtos sempre da maneira correta, seguindo as indicações de bula; o intervalo entre as aplicações devem ser de, no máximo, 14 dias; utilizar outros meios que podem ajudar no controle das doenças, não só os produtos, mas, por exemplo, variedades que sejam resistentes; e a tecnologia da aplicação, que é muito im-

portante. Hoje, o produtor utiliza produtos com custos elevados, e se ele não usar corretamente, com um equipamento adequado, ele pode não obter sucesso nas aplicações e assim, não vai ter o controle dessas doenças. O Manejo Consciente aborda também um problema que está sendo constante, que é a possível resistência da ferrugem asiática aos ativos químicos resistentes no Brasil. Hoje temos só quatro grupos de produtos químicos que controlam a ferrugem e precisamos conservá-los, utilizando-os corretamente. Com isso, vamos ter mais sucesso no controle, o que significa maior produtividade”.

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TRIGO

BIOTRIGO APRESENTOU NOVIDADES AOS TRITICULTORES DURANTE O WINTERSHOW 2017

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Biotrigo Genética esteve presente no WinterShow 2017, evento voltado aos cereais de inverno, promovido pela Cooperativa Agrária Agroindustrial e Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (FAPA), de 17 a 19 de outubro, no distrito de Entre Rios (Guarapuava). Durante os três dias, a Biotrigo apresentou aos participantes tecnologias tritícolas desenvolvidas pela empresa, que se destacam pela qualidade, maior produtividade, ciclos precoces e resistência à doenças. “A Biotrigo vem nesse ano mostrando materiais de portfólio que já estão há algum tempo no mercado, como o TBIO Sossego, um trigo pão, uma cultivar de fácil condução no campo e bom potencial produtivo. O TBIO Toruk, uma cultivar de recorde em produtividade, um material mais técnico, um pouco mais exigente, mas que na safra passada mostrou todo o potencial produtivo”, citou o supervisor comercial PR, SP e Cerrado, Deodato Matias Junior. Além das cultivares já conhecidas, a equipe apresentou no WinterShow as novidades da Biotrigo, que vêm para

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Representantes da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) e de moinhos do Brasil visitaram o estande da Biotrigo

suprir algumas demandas dos produtores de trigo, como, por exemplo, a precocidade do ciclo. Para isso, foram desenvolvidas as cultivares TBIO Sonic e TBIO Audaz, ambos baseadas na genética do TBIO Toruk. “O Audaz é precoce, com ciclo de oito a 10 dias a menos que o Toruk. É um material mais resistente aos complexos de manchas foliares e bacteriose. Uma cultivar diferenciada, com classificação de qualidade industrial melhorador. E o TBIO Sonic é um material com um ciclo superprecoce. A diferença é de 15 dias, se comparado com o TBIO Toruk. Vai proporcionar ao produtor trabalhar com ciclos diferentes, escalonar a colheita e, principalmente, escalonar o plantio. Ele poderá plantar numa janela um pouco mais tarde, sem correr riscos de atrasar a semeadura da

cultura da soja ou antecipando-a”, detalhou Matias Junior.

TRIGO PARA NUTRIÇÃO ANIMAL Uma das grandes novidades da Biotrigo é uma nova cultivar de trigo voltado à alimentação animal, que é o TBIO Energia I. Destinado à pecuária leiteira e de corte, um dos principais diferenciais dessa cultivar é a ausência de aristas, sendo assim não fere o trato digestivo do animal. O zootecnista e supervisor em Novos Negócios, Éderson Luís Henz explica que as vantagens do TBIO Energia I vão além disso. “É uma cultivar que chega no mercado para atender uma


demanda do produtor em ter um cereal para alimentação de animais de qualidade, produzido durante o inverno para ofertar durante o verão. As dificuldades que os pecuaristas encontram não é durante o inverno, mas durante o verão, porque fazer o animal comer durante essa estação é bem mais difícil pelo estresse térmico”. Sobre a qualidade nutricional, Henz afirma que o TBIO Energia I consegue ser tão bom quanto a silagem de milho e, em alguns aspectos, até melhor. “Ele tem um baixo teor de amido, mas com um alto teor de açúcar. Além disso, possui carboidratos mais fibrosos que representam um alto teor de energia. E também possui alto teor de proteína”. A cultivar apresenta alta produção, que pode chegar a 30 toneladas. “Mesmo em condições desfavoráveis, em um clima seco, por exemplo, apesar dessa produção baixar, ela oferece segurança ao produtor, pois a qualidade desse trigo se mantém”, ressalta Henz.

TBIO CONSISTÊNCIA Outra cultivar apresentada durante o WinterShow foi o TBIO Consistência, que é destinada exclusivamente à Cooperativa Agrária. É um trigo biscoito, com alto nível de resistência à giberela, alta

produtividade e sanidade foliar. “É um material bastante diferente dos trigos para biscoito disponíveis no mercado, apresentando um desempenho no campo excelente”, afirma Matias Junior.

Equipe da Biotrigo presente no Wintershow

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MÁQUINAS

Marcelo Bridi, Aureo Beato Nunes da Silveira (consultor da JMalucelli) e Celso Bridi.

PRODUTOR ADQUIRE RETROESCAVADEIRA CASE PARA PLANTAÇÃO DE SOJA

O

produtor de soja Marcelo Bridi, de Guarapuava, na região centro-sul do Paraná, adquiriu da concessionária JMalucelli sua primeira retroescavadeira da Case Construction Equipment para trabalhos na lavoura. O modelo 580N, explica Bridi, está sendo utilizado para limpeza e manutenção das áreas, como retirada de pedras, construção de bacias de contenção de águas da chuva e carregamento de calcário e outros insumos utilizados a granel. “A máquina tem características muito interessantes para o trabalho na lavoura, como baixo consumo de combustível, facilidade de operação e robustez. É uma máquina muito forte e resistente”, avalia Bridi.

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MÁQUINAS DE CONSTRUÇÃO NO AGRONEGÓCIO As feiras agrícolas entraram definitivamente

no calendário das marcas de máquinas de construção. Tanto que a CASE escolheu a Expointer, evento que aconteceu de 26 e agosto a 3 de setembro em Esteio (RS), para o lançamento de dois modelos de pás-carregadeiras: a W20F, com motor mecânico de 152 hp de potência, e a 621E, equipada com motor eletrônico de 137hp. No agronegócio, as duas máquinas são utilizadas no abastecimento de caminhões, carregamento de grãos, fertilizantes, abastecimento de fornos de carvão, transporte e espalhamento de materiais. A W20F, pela robustez, tem aplicação também no enleiramento, construção de barraginhas, supressão vegetal e carregamento de toras de madeira.


“O agronegócio é hoje um dos principais mercados para as máquinas de construção, que colaboram para o aumento da produtividade no campo. Assim, as principais feiras agrícolas do país estão no nosso calendário para o lançamento oficial dos nossos produtos, como acontece aqui na Expointer”, afirma o vice-presidente da CASE para a América Latina, Roque Reis. A CASE participa da Expointer 2017 junto com a Case IH, fabricante de máquinas agrícolas que também pertence à CNH Industrial. A CASE expõe seus lançamentos e também os seguintes modelos: escavadeira hidráulica CX240C, minicarregadeira SV300 e dois modelos da retroescavadeira 580N. Na sua 40ª edição, a exposição é reconhecida como um dos maiores eventos do mundo no gênero, e acontece entre 26 de agosto e 3 de setembro.

MAIS DURÁVEIS E COM CUSTO MENOR Os principais diferenciais dos dois novos modelos de pás-carregadeiras CASE são a durabilidade, menor custo de propriedade e consumo de combustível, informa o gerente de Marketing para a América Latina, Maurício Moraes. No caso da W20F, o destaque é o motor mecânico e sem componentes eletrônicos. “Ainda existe no Brasil uma forte demanda por um produto simples, sem muita eletrônica embarcada e de baixo custo operacional e de manutenção”, garante Moraes. A W20F tem motor mecânico NEF 6 da FPT Industrial, que atende à legislação MAR-I/Tier 3 e desenvolve 152 hp de potência bruta. É a mais robusta da categoria e traz vantagens em relação à versão anterior, como manutenção mais barata e facilidade de acesso ao motor, menor nível de ruído externo e produtividade 13% maior com a curva de torque do novo motor. “A nova curva de torque do motor permite obter o torque máximo mais rápido e mantê-lo por mais tempo se comparado com a W20E”,

explica o especialista de Produto Pablo Sales. “Com isso, a máquina também enche a caçamba mais rapidamente, aumentando o rendimento do trabalho”, completa. Na versão F, a W20 chega a ter uma manutenção até quatro vezes mais fácil que a E devido às novas portas de acesso ao compartimento do motor e o reposicionamento das caixas de baterias. Também é equipada com sistema Cooling Box standard e similar ao dos modelos nacionais da Série E (621, 721 e 821) para melhor refrigeração e aumento da vida útil dos componentes. Como opcional, há ventilador reversível acionado de dentro da cabine, que permite a limpeza de todos os trocadores de calor, mesmo com a máquina trabalhando, o que evita paradas indesejadas. Para instalação do sistema de refrigeração, a versão F traz chassi traseiro 300 mm maior, mas mantendo o mesmo raio de giro do modelo E; além de um novo contra-peso devido ao aumento do chassi traseiro. Outro diferencial que facilita a manutenção são as peças em comum com outros modelos. O motor da W20F é mecânico, mas da mesma família dos utilizados em outros modelos de pás-carregadeiras da marca (621E, 721E e 821E). “O cliente que tem um dos modelos da série E pode usar as peças em comum para fazer manutenção na W20, reduzindo seu estoque. Como exemplo, o filtro de combustível agora é igual para os quatro modelos”, compara Sales. O operador também ganhou mais conforto. Foi eliminado o ruído da marcha lenta e reduzido o nível de ruído externo para 107 dBA, semelhante aos demais modelos disponíveis no mercado. A W20F passou por testes de campo em empresas que avaliaram o desempenho do modelo. “Uma grande siderúrgica mineira destacou o baixo nível de ruído externo e o desempenho maior em força de desagregação e estabilidade, mantendo o mesmo consumo de combustível em comparação com a W20E”, comenta Maurício Moraes.

CARACTERÍSTICAS DA W20F Motor/ Potência líquida...........152hp (113kW) @ 2500 rpm Caçamba standard..................1,91 m³ Peso Operacional:............... 10.050 kg Carga de Tombamento:........6.108 kg Carga Operacional: ...............3.054 kg Força de Desagregação:....... 8.126 kg

ECONOMIA EM PRIMEIRO LUGAR A 621E chega ao mercado com uma grande novidade em relação ao consumo de combustível: o motor eletrônico da FPT Industrial NEF6 Mar-I/Tier 3 com duas curvas de potência. Além da standard, há também a econômica, que garante 10% de economia de combustível em relação à versão anterior. O modelo também apresenta um diferencial na curva de torque que permite atingir a potência mais rapidamente e mantê-la por mais tempo, garantindo agilidade ao encher a caçamba. A durabilidade da versão E também é maior. No caso dos discos de freios, por exemplo, chega a 3,5 vezes mais. No óleo do motor, filtro do motor e filtro de ar, a necessidade de troca é duas vezes menor que na versão anterior; quanto ao líquido de arrefecimento, quatro vezes menor. O compartilhamento de peças é outro fator que garante economia ao proprietário. A 621E tem peças em comum e utiliza motor da mesma família das pás-carregadeiras W20F, 721E e 821E.

CARACTERÍSTICAS 621E Motor/ Potência líquida:.......... 137hp (102 kW) @ 2000 rpm Caçamba standard:..2,1 m³ (2,75 jd³) Peso Operacional:................ 12.100 kg Carga de Tombamento:........8.953 kg Carga Operacional:................ 4.476 kg Força de Desagregação:......11.841 kg

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MANCHETE

LEITE EM QUANTIDADE E QUALIDADE! Simpósio levou conhecimento e atualização para produtores de leite, por meio de palestras e visitas técnicas em propriedades da região de Guarapuava.

Rodolpho L. Werneck Botelho, presidente do Sindicato Rural de Guarapuava

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2ª edição do Simpósio Regional de Bovinocultura de Leite foi considerada por mais um ano como um evento importante para o desenvolvimento do setor leiteiro da região. O evento foi promovido pela Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite do Sindicato Rural de Guarapuava, com patrocínio e apoio de diversas entidades e empresas parceiras. O simpósio foi realizado nos dias 4, 5 e 6 de outubro. Ao todo, 150 pessoas participaram, entre produtores rurais, estudantes e profissionais da área. A programação iniciou na noite do dia 4 de outubro, com abertura oficial, onde participaram autoridades, representantes de empresas, cooperativas e entidades do setor, produtores rurais e estudantes. O presidente do Sindicato Rural, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, recepcionou os convidados ressaltando a importância de eventos como o simpósio, para que o setor leiteiro produza cada vez mais e com maior qualidade.

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João Luiz Rodrigues Biscaia, diretor financeiro da Faep

IMPORTÂNCIA DO LEITE O diretor financeiro da Federação de Agricultura do Estado do Paraná (Faep), João Luiz Rodrigues Biscaia, também esteve presente ao evento. “É um prazer estar mais uma vez em Guarapuava e no Sindicato Rural, na abertura de um evento tão importante para o setor leiteiro da região”, exaltou em sua fala, complementando que “é conversando e discutindo os problemas que vamos desenvolver o setor. Crise? Temos sempre, não é a última e nem a primeira. Mas são em eventos como este que aprendemos mais e evoluímos para vencer as dificuldades”. Biscaia ainda comentou sobre a importância do gerenciamento das propriedades. “Precisamos gerenciar a propriedade como uma empresa. Esquecer paixões, pois empresa não tem coração. Hoje existem diversos treinamentos para questão gerencial admi-

nistrativa e precisamos urgentemente ir atrás deles”. Além disso, o diretor da Faep ressaltou a importância que o leite representa para o Paraná: “O leite está presente em 100% dos municípios do nosso Estado. Somos o segundo maior produtor de leite do país, perdemos apenas para Minas Gerais”. A última pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2016, revelou que em 2015 a produção de leite no Paraná chegou a 4,66 bilhões de litros. Não só no Paraná, mas em todo o Brasil o leite tem importância expressiva. A Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA) estima que a produção de leite, em 2017, será de 34,9 bilhões de litros. Segundo o IBGE, a produção de leite no país cresceu de 2010 a 2015, 12%. No mundo todo, a produção do leite proveniente de vacas, búfalas, ovelhas e cabras, chegou a 800 bilhões de litros em 2015. Mas em contrapartida, o consumo da bebida e de seus derivados também aumentou no mesmo período, tendo


alcançado o índice de 12%. E deve aumentar muito mais. Segundo informe da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o leite e os produtos lácteos têm visto um crescimento de consumo per capita, passando de 28 quilos por ano em 1964-66 para 45 quilos, atualmente. Até 2030, a entidade diz que este número deve passar para 66 quilos. Para dar conta da demanda só há uma forma: produzir mais. E para isso, é necessário informação, tecnologia e conhecimento. O 2º Simpósio Regional de Bovinocultura de Leite foi realizado pela Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite do Sindicato Rural de Guarapuava. A organização ficou por conta do Centro Mesorregional de Excelência em Tecnologia do Leite do Centro Sul, Coamig, Emater, Pró Rural, SEAB, FAEP, UNICENTRO e Secretaria Municipal de Agricultura. Os patrocinadores foram: Coamig, J Losso, Concreaço/Metalúrgica Filipin, Pioneer, Tortuga/DSM, Sementes Agroceres, Laticínio Szura, Recitech, ABS, Agrária Nutrição Animal, Bmilk, C. Vale, Jordana Bier, LS Trator Sul, Nutron/Cargill, Relenvanz Engenharia, Sementes Adriana, Sicredi e o apoio da Coasul, Dekalb e Piscicultura Progresso. Confira o resumo das palestras técnicas, que vieram justamente de encontro com estes objetivos:

O leite está presente em 100% dos municípios do nosso Estado. Somos o 2º maior produtor de leite do país, perdemos apenas para Minas Gerais” João Luiz Rodrigues Biscaia

10 ÍNDICES ZOOTÉCNICOS QUE TODO PRODUTOR DE LEITE DEVERIA CONHECER Prof. Dr. Rodrigo de Almeida – UFPR

“Embora tenham diferenças nos manejos de alimentação, no grupamento racial, no preço de leite, basicamente, em qualquer lugar do mundo, para um produtor de leite ter sucesso, os parâmetros são mais ou menos os mesmos. O Brasil tem um volume total de leite muito grande. Somos o 5º maior produtor mundial. Mas este alto volume só é alcançado porque temos muitas vacas. Na verdade, a produtividade é muito baixa. Mas achamos que uma das formas de melhorar esta produtividade é os produtores, cada vez mais, se atentarem para índices zootécnicos, para melhorar sua eficiência. Não adianta continuarmos a aumentar nossa produção, colocando mais vaca na propriedade. Dentro do total de vacas, ele tem que tirar mais leite, fazer as vacas emprenharem mais rápido, ter estes animais produzindo leite com mais gordura e mais proteína, com CCS baixa e assim por diante. Acho que o estudo dos índices zootécnicos é importante para buscarmos uma produção de leite que seja alta. Mas, tão importante quanto alta, é ser eficiente, lucrativa para o produtor”.

FATORES NUTRICIONAIS QUE AFETAM A LINA - LEITE INSTÁVEL NÃO ÁCIDO

Zootecnista Leopoldo Los – Frisia

“O leite instável não ácido é um problema que acomete o produtor, impedindo-o de comercializar o leite produzido na fazenda. É um problema multifatorial. Entre os principais fatores, estão o ‘desbalanço’ nutricional e o estresse térmico causado nos animais. Há outros fatores que provocam também LINA, mas os dados mais frequentes que temos vêm de origem nutricional – falta de comida para os animais também agravada pelo estresse térmico. O grande impacto de LINA na produtividade é que o leite é impedido de ser coletado. O teste é trabalhado no Brasil por legislação. Todo laticínio deve fazer o teste do álcool. As cooperativas têm um programa intensivo de qualidade do leite e uma preocupação grande com o leite instável não ácido. É importante o departamento técnico ou os técnicos de cooperativa ficarem atentos, juntamente com o produtor, para não ter nenhum período do ano com escassez de alimento ou ‘desbalanço’ nutricional (dos rebanhos), que possam gerar LINA”.

COMPOST BARN

Zootecnista Edgar Moser Neto – DSM Tortuga “Tratamos do assunto do compost barn, uma estratégia de confinar vacas em camas de maravalha, onde se vai gerar uma compostagem deste material. Eu trouxe algumas informações sobre o que pode dar errado e o que pode dar certo. No sistema de compostagem, a vaca tem maior liberdade para escolher o lugar em que vai deitar. Temos hoje resultados mostrando que uma vaca em compost barn fica de duas a quatro horas a mais de tempo deitada do que vacas em freestall de camas de borracha. Acreditamos que existem três pilares extremamente importantes para o sucesso: ambiente, nutrição e vacas com alto potencial genético. Com estes três pilares, juntos, e bem feitos, vou conseguir ter excelentes produções por indivíduo. Mas se eu achar que o confinamento vai resolver meus problemas, posso estar me enganando: se não fizer o confinamento de forma adequada, se não tiver um bom técnico, auxiliando na parte de balanceamento de dieta, não vou conseguir tirar do meu investimento a maior produção”. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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Case de sucesso

Produtora rural Marlene Kaiut, de Carambeí (PR)

(Campeã do Prêmio SEBRAE Mulher de Negócios PR e vice-campeã nacional 2015)

“Quando meu marido decidiu acabar com a produção de leite, devido às dívidas que tinham sido acumuladas, eu pedi uma chance para fazer do meu jeito. Pela minha formação, que é em administração, eu sabia que fazendo uma gestão melhor, poderíamos conseguir bons resultados. No começo foi difícil, porque eu não sabia nada sobre como produzir leite. Nunca tinha colocado uma bota de borracha e ido até a leiteria. Precisei aprender tudo do zero. No momento, ninguém acreditou que eu seria capaz. Para começar, mudei toda a administração da atividade, comecei a trabalhar em cima da gestão, colocando tudo no papel, o que entrava e saía, para conseguir ter um controle maior e verificar o que estava dando errado. Descobrindo o erro, consegui melhorar e os bons resultados começaram a vir. Tecnicamente, mudei toda a nutrição dos animais, com apoio técnico, é claro. Meu rebanho atualmente é de 110 animais em lactação, com uma média de 22l/animal. Desde quando assumi, venho fazendo investimentos, reformei toda a estrutura, pois acredito que é necessário e dá resultado. Hoje me sinto muito feliz e aprendi a fazer de tudo, faço chifre, casco, dirijo trator, trato dos animais, tiro leite. Minha mensagem aos produtores de leite é que não se deve desistir. Temos que pensar que tudo que depositamos na nossa produção é para nós mesmos, é para o crescimento da nossa atividade e para nossa própria rentabilidade. Tem que insistir”.

Estratégias alimentares para bovinos leiteiros, com enfoque nas culturas de inverno Pesquisador Elir de Oliveira – IAPAR

“Focando nas variabilidades da aveia, uma importante forragem de inverno, cito duas delas: a Iapar 61, uma aveia preta de ciclo longo, que hoje é um material bastante conhecido e importante para o produtor porque ele pode dar oito pastejos; e a aveia IPR Suprema, entre suas características, possui muitas folhas, rica em proteína, tem mais raiz e o ciclo é ainda mais longo, podendo dar 10 pastejos. A aveia precoce pode ajudar com a adubação. Mas para que seja benéfica é necessário um manejo correto, como por exemplo, uma cultivar de ciclo longo, fazer uma adubação de base com MAP e também usar 150 quilos de nitrogênio parcelado em três vezes. Além disso, são necessários alguns cuidados com a aveia. Muitos produtores cometem o erro de rapar demais a aveia, deixando o gado superpastejar, deixando o animal decapitar o tecido meristemático. É muito importante o produtor ter atenção com o momento da retirada dos animais. Quanto à entrada, o ideal é quando se tem 1 kg de matéria verde fresca por m², isso vale para azevém, aveia ou qualquer outra forrageira”.

Período de transição – como preparar sua vaca para o parto Veterinário Alceu Miguel Jr Draszevski – DSM Tortuga

“Dentro do famoso período de transição, preparar a vaca para o parto é primordial. Porque dentro desse período, ela passa por várias mudanças metabólicas e fisiológicas e consequentemente a exigência de energia e calorias mais que dobra. Então o que precisamos nesse período? Precisamos otimizar a parte de matéria seca, trabalhar com uma dieta aniônica, preparando essa vaca e reduzindo os impactos de uma eventual hipocalcemia ou uma cetose tanto clínica, quanto subclínica. E dentro desses fatores teóricos, o manejo básico é primordial, que é trabalhar com conforto e fazer com que a vaca ingira o máximo de comida possível. Dando conforto, ela vai comer melhor e comendo melhor, reduz-se os impactos negativos desses eventos metabólicos que acontecem com o animal. Assim, buscamos o sucesso da lactação subsequente, que é onde a gente procura minimizar descarte, maximizar produção e a saúde do animal”.

Durante o dia 5, além das palestras, aconteceram duas mesas redondas. Na parte da manhã, os mediadores foram: o veterinário Anton Egles e a professora Deonísia Martinichen (à esq.); na parte da tarde, o mediador foi o médico veterinário Jairo Luiz Ramos Neto (à esq).

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O LEITE NA PRÁTICA FAZENDA JERSEY PLETZ – GUARAPUAVA (PR)

Proprietário e produtor: Eduardo Pletz - Rebanho Jersey - Sistema Freestall

“Iniciamos o projeto em 9 de dezembro de 2014. As instalações novas, dia 13 de agosto de 2015. O primeiro passo foi a busca de recursos não próprios, porque eu não ti-

nha dinheiro para fazer este investimento. E começar do zero é assim: você desenha o projeto da forma como quer. Você busca exemplos, mas faz do seu jeito. Não há erros grotescos dentro da obra. Ao começar do zero uma atividade, não tem emenda, não tem a famosa ‘gambiarra’. Você tem um projeto estrutural, desenhado para aquela atividade. Na região de Guarapuava, o valor da terra é altíssimo. Hoje, tenho uma capacidade de concentração de 90 animais em 900 metros quadrados. Para ter este mesmo número de animais a pasto, eu teria que ter algo em torno de 30 hectares. Aqui tenho uma concentração, então produzo muito mais leite por hectare. Mas estamos lidan-

do com seres vivos, é uma surpresa diária. Temos que ter atenção e dedicação integral ao serviço. É preciso estar junto, olhando os animais todo dia, acompanhando, para ter sucesso na atividade. O leite, hoje, está iniciando sua rentabilidade. Não que esteja sobrando dinheiro para dizer: ‘estamos muito felizes com isso’. Nós temos a parte de fluxo de caixa pronto. Dentro dos prazos estabelecidos de financiamentos e tudo mais, estamos dentro do acordado. Para obter êxito, tem que ter principalmente amor à atividade, porque é 365 dias por ano; persistência, como comentei aqui na palestra. Tem que ser dedicado, senão o negócio não funciona”. Estamos lidando com seres vivos, é uma surpresa diária. Temos que ter atenção e dedicação integral ao serviço. É preciso estar junto, olhando os animais todo dia, acompanhando, para ter sucesso na atividade”, Eduardo Pletz

FAZENDA SOL NASCENTE – CAMPINA DO SIMÃO (PR)

Proprietária e produtora: Suzana Rickli e filhos - Rebanho holandês – Sistema Compost Barn

“Estamos na atividade leiteira há três anos e há um ano e meio começamos com o sistema compost barn. Nossa média é 25l/animal/dia no sistema atual. Quando os animais estavam a pasto, a média era

de 16l/animal/dia no verão e ainda tínhamos uma grande dificuldade no manejo, porque demanda trabalho fazer cerca, levar água, entre outros serviços. E nossa propriedade não tem só a atividade de leite. Quando começamos com o leite, já pensamos no confinamento. No início, ficamos sete meses com balde ao pé, até construirmos a leiteria. Hoje, já trocamos a ordenhadeira, tínhamos só seis conjuntos, hoje estamos com dez para agilizar a ordenha. Sempre tentamos simplificar tudo. O composto está com capacidade para 100 vacas, com o tamanho de 1125 m². Mas hoje temos apenas 80 vacas. No barracão foi pago cerca de R$ 100,00 o metro. Fazendo a conta, o custo do confinamento, com

barracão e composto, por vaca, foi de R$ 450,00. Foi um custo alto, mas que dá para se pagar com o tempo e hoje temos muito menos mão de obra com o manejo. A gente já chegou a ter 12 funcionários, hoje estamos com apenas três. Estamos fazendo a reposição da cama, com maravalha, de acordo com a disponibilidade da serraria, porque nem sempre eles têm em grande quantidade. Hoje, estamos com 14 m² de cama por vaca. Além do sistema contribuir para nossa produção, acredito que a grande diferença que fez o leite funcionar, foi nossa presença como proprietários. Estamos sempre juntos, acompanhando. É uma atividade tranquila e na minha opinião, muito rentável, se for bem cuidada”.

Além do sistema contribuir para nossa produção, acredito que a grande diferença que fez o leite funcionar, foi nossa presença como proprietários. É uma atividade tranquila e na minha opinião, muito rentável, se for bem cuidada”, Guinther Rickli

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AVALIAÇÃO POSITIVA Osni Granemann, produtor leiteiro de Palmital, avaliou positivamente o Simpósio. “O evento foi bom em todos os aspectos, em relação à qualidade, organização, palestras. Cada vez que você tem a oportunidade de assistir uma palestra com a presença do Edgar Moser Neto (compost barn) é muito importante. A palestra com o pesquisador Elir Oliveira me ajudou bastante também. Ouvi algumas coisas que eu não sabia sobre forragicultura e no próximo ano, não vou repetir o mesmo erro. Eu já participei de uma série de encontros e palestras e em todas elas, acrescentamos alguma coisa ao nosso conhecimento.” Para o produtor e participante do Simpósio, Alexandre Leite, todas as palestras foram bastante vantajosas e de qualidade, mas para ele a que mais

agregou foi a que tratou sobre forragens de inverno. “A vaca só dá um bom leite, se comer bem. E a pastagem é uma das formas mais baratas para fazer a alimentação para o animal, mas muitas vezes, o produtor não investe no pasto. Na nossa propriedade, nós não temos muita área de pastagem e esse é um dos principais déficits. Mas com alguns manejos que o Dr. Elir indicou durante a palestra, nós podemos melhorar. Com certeza, é algo que iremos levar para dentro da nossa propriedade”. Sobre as visitas técnicas, a produtora de leite Juliana Przepiorski acredita que agregou ainda mais conhecimento para o produtor. “Na minha opinião, o ser humano é totalmente visual. Quando você fala é uma coisa, mas quando ele vê, ele consegue fixar ainda mais.

Giovano Gilberto Alves de Abreu (ao meio), com os colegas de trabalho, de diferentes regiões. Na foto: Marcos Adriano Maltauro , Alexsandro Gonçalves Barbosa, Samuel Melo e Luiz Zanatta

Juliana Przepiorski, produtora em Guarapuava

Então visualizando estruturas com altas tecnologias, detalhes que fazem toda a diferença, é muito melhor. Você consegue absorver mais e levar de uma maneira correta dentro da propriedade, mudando alguma coisa na estrutura física, no manejo ou em outra área que vai impactar na produção”. O agente de captação de uma empresa do setor leiteiro, Giovano Gilberto Alves de Abreu, veio do sudoeste do Paraná, do município de Enéas Marques, para assistir o simpósio e não se arrependeu. “Foi muito produtivo o evento. Foram tratados assuntos importantes direcionados ao produtor e a nós, técnicos, também. Todo conhecimento é bem-vindo. Cada ano que passa, existem novas tecnologias e não podemos parar no tempo”.

Alexandre Leite, produtor no distrito de Palmeirinha (Guarapuava)

Após a cerimônia de abertura do simpósio, adultos e crianças se divertiram assistindo o show de mágica e humor, com o paranaense Andrey Mandrake. Continua na página 56

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CONFIRA AS EMPRESAS EXPOSITORAS DO II SIMPÓSIO REGIONAL DE BOVINOCULTURA DE LEITE:

Junior Antônio Boscheto, Paulo Tomen e Cleverson de Geus Martins (Sicredi) Iradi Filipin e Eder Filipin (Concreaço / Metalúrgica Filipin)

Willian Neto, Fernanda Costa e José Losso Neto (J. Losso)

Rogério Semchechem, Alexandre Bombardelli, Marcio Essert, Alceu Miguel Jr. Draszevski e Edgar Moser Neto (DSM Tortuga) Anderson Campanharo e Raphael Annes (Agrária)

Mariana Oliveira e Luiz Arthur Silvestri (Coamig)

Rafael Maestri (Relevanz) Fernando Bianchi (Sementes Adriana)

Jefferson Dias e Thiago Guimarães (Recitech)

Antônio Carlos Silvestre e Luciano da Cruz (Trator Sul)

Maurício Affonso, Carlos Campos, Marcos Queiroz e Heverton Vieira (C. Vale) Marcelo Mayer (Pioneer)

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Aliston Valenga e Giovani Ferronato (ABS)

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SEMENTES AGROCERES também participou com estande no evento


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PISCICULTURA

QUER COMPRAR

ALEVINOS?

É

época de encomendar alevinos! O Sindicato Rural de Guarapuava e a Piscicultura Progresso retomam a entrega de alevinos nos próximos meses. A retirada dos peixes encomendados será dias 10 de novembro e 15 de dezembro, a partir das 8h, na sede da entidade sindical (Rua Afonso Botelho, 58 - Trianon).

Na ocasião, o proprietário da Piscicultura, Erivelto Leonardo, estará no local, para repassar orientações específicas sobre soltura, adubação de tanques, alimentação até a fase adulta e cuidados gerais com os peixes. São mais de 20 espécies comercializadas pela empresa e os preços variam de acordo com as espécies, que

são vendidas por milheiros. Algumas delas estão disponíveis em alevinos 1 (3cm) e 2 (5 cm). Os interessados devem entrar em contato com o Sindicato Rural, em Guarapuava, ou extensões de base nos municípios de Candói e Cantagalo. Outras informações, pelo telefone (42) 3623-1115.

CUIDADOS COM OS ALEVINOS ADUBAÇÃO ORGÂNICA:

ALIMENTAÇÃO:

Pode ser realizada com esterco de gado 30%, esterco de porco 20%, esterco aviário 10%. Exemplo: açude de 1000 m² de lâmina de água= gado – 300 kg/porco – 200Kg/ frango – 100kg. Porém, a transferência da água deve estar entre 20 e 40 cm.

Quando adquirir os alevinos, comece com 150 a 200 gramas de ração em pó ou 1,8 a 2 mm, divididos em duas a três vezes por dia, aumentando a quantidade semanalmente. Depois do alevino alcançar de 30 a 50 gramas usar de 4 a 6% do peso em ração.

SOLTURA DOS ALEVINOS NO AÇUDE: Colocar as embalagens com os alevinos em cima da água por 5 a 10 minutos, para que as temperaturas das águas se igualem. Após este procedimento, abrir o pacote e misturar a água duas vezes. Em seguida, realizar a soltura dos alevinos.

BLACK BASS

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PEIXES CARNÍVOROS: Dourado, Trairão, Traíra, Black Bass, Pintado, Matrinxã, Piracanjuba, Piraputanga, Piauçu, Bagre Africano, Catfish, Jundiá, Pacu, Tambacu. Algumas dessas espécies são esportivas também.

PEIXES DE FUNDO: Bagre Africano, Jundiá, Catfish, Pintado, Traíra, Trairão e Curimbá.

Nas próximas entregas estarão disponíveis alevinos da espécie Black Bass, bastante requisitada. É considerado um dos peixes mais esportivos. O peixe desta espécie pode chegar a pesar cinco quilos. Esta espécie é carnívora e se alimenta de outros peixes, sapos, cobras, insetos e até aves de pequeno porte.


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RECONHECIMENTO

COAMO CONQUISTA PRÊMIO MÉRITO EMPRESARIAL 2017

A

Coamo Agroindustrial Cooperativa ganhou o Prêmio Mérito Empresarial 2017, na categoria Grande Vencedora. O prêmio é uma iniciativa do Conselho do Jovem Empresário (Conjove) da Associação Comercial e Industrial de Guarapuava (Acig) e tem como intenção reconhecer as empresas locais que aplicam as melhores práticas de gestão em seus processos. A cerimônia de premiação foi realizada no dia 24 de agosto e quem recebeu o prêmio, representando a diretoria, cooperados e funcionário da cooperativa, foi o gerente da Coamo em Guarapuava, Marino Mugnol. Segundo Rudival Kasczuk, presidente da ACIG, o “Prêmio Mérito Empresarial tem como intenção reconhecer as empresas locais que aplicam as melhores práticas de gestão em seus processos e a Coamo vem fazendo um trabalho relevante em prol dos agricultores de Guarapuava e região, e recebe pela primeira vez este prêmio, diferente dos anos anteriores, quando os vencedores foram empresas de origem guarapuavana”. Neste ano, na categoria Microempresa, o Prêmio Mérito Empresarial 2017 ficou com a Follow Investimentos. Já entre os concorrentes da categoria Pequena Empresa o primeiro lugar foi para o Grupo Platus. Entre as empresas de Médio porte o Prêmio ficou com a QSL Autopeças. O Prêmio Inovação foi para Primeiro Estilo Escola de Natação.

Thiago Pfann (Conjove), Marino Mugnol (Coamo) e Rudival Kasczuk (ACIG)

AMPLIADA CLÍNICA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DA UNICENTRO

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Com informações e foto da Assessoria de Imprensa da Acig e da Coamo

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Clínica Escola de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) passou por uma reestruturação nos últimos meses. Alguns espaços foram reformados e novos espaços foram construídos, como por exemplo, o alojamento para os residentes que atendem os animais e muitas vezes necessitam passar a noite na clínica. Durante a cerimônia de reinauguração, que aconteceu no dia 22 de setembro, a diretora da Clínica, professora Liane Zillioto, afirmou que as melhorias no ambiente garantiram uma prestação de serviço com maior qualidade. “Os espaços construídos ou reformados, como a recepção, o alojamento e a farmácia, acabaram trazendo muita qualidade de trabalho e no atendimento prestado à comunidade”. O local também passou a se chamar oficialmente Clínica Escola de Medicina Veterinária Professor Marcos Vinícius Tanquilim, em homenagem ao médico veterinário e professor que se dedicou à clínica por anos e veio a falecer em 2015.


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DIA DO MÉDICO VETERINÁRIO

SINDICATO RURAL DE GUARAPUAVA E SOCIEDADE PARANAENSE DE MEDICINA VETERINÁRIA – NÚCLEO CENTRO-OESTE PRESTAM HOMENAGEM A VETERINÁRIOS

O

Sindicato Rural de Guarapuava e a Sociedade Paranaense de Medicina Veterinária – Núcleo Centro-Oeste promoveram no dia 11 de setembro, um café da manhã para comemorar o Dia do Médico Veterinário (09/09). Mais de 30 profissionais prestigiaram o evento, que teve como objetivo proporcionar um momento de confraternização e troca de informações entre profissionais. Os convidados foram recepcionados pelos diretores do Sindicato Rural, Jairo Luiz Ramos Neto e Anton Egles, acompanhados da presidente da Sociedade Paranaense de Medicina Veterinária – Núcleo Centro-Oeste, Ana Lúcia Menon de Lima. “Momentos como esse são cada vez mais difíceis de acontecer. Na correria do dia a dia, não temos tempo para con-

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versar. É muito importante nos encontrarmos, discutirmos a realidade da profissão na nossa região, as dificuldades e o que está dando certo. Por isso, eventos assim devem acontecer mais vezes e com mais participação de todos”, ressaltou o diretor Jairo Luiz Ramos Neto. A presidente da Sociedade Paranaense de Medicina Veterinária – Núcleo Centro-Oeste, Ana Lúcia Menon de Lima complementou que

Anton Egles e Jairo Luiz Ramos Neto, diretores do Sindicato Rural de Guarapuava, com Ana Lucia Menon (ao centro)

o Núcleo já existe há 42 anos e o principal objetivo tem sido congregar os profissionais. "Por isso, esse café, promovido em parceria com o Sindicato, tem esse objetivo. Em datas festivas, procuramos sempre realizar algum evento para os médicos veterinários, porque acreditamos que unidos, as coisas ficam mais fáceis para nossa profissão”.


MILHO

PRAGAS INICIAIS NA CULTURA DO MILHO VERÃO Ricardo Batistti Gerente de Contas da BioGene

A

cultura do milho, especialmente em seu desenvolvimento inicial, está sujeita ao ataque de pragas que podem comprometer o estande da lavoura e, consequentemente, sua produtividade. Entre as pragas de maior impacto, recebe destaque a lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), a lagarta-rosca (Agrotis ípsilon), a larva-alfinete (Diabrotica speciosa), a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) e o percevejo-barriga-verde(Dichelops sp). Neste artigo serão abordadas com maior ênfase as duas últimas que atacam anualmente as lavouras de milho e atingem nível de dano econômico e, por isso, é necessário que o produtor implemente medidas de controle para que o dano seja minimizado. A lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), inicialmente, alimenta-se das folhas e após penetra no colmo, logo abaixo do nível do solo, alimentando-se no interior da planta. Os maiores prejuízos são causados nos primeiros 20 dias após a germinação. Em plantas mais desenvolvidas é possível visualizar o sintoma conhecido como “coração morto”, ou seja, folhas centrais mortas facilmente destacáveis, e folhas externas ainda verdes. A lagarta rosca (Agrotis ípsilon) provoca um dano direto à produtividade do milho, pois tem efeito direto no número de plantas finais por hectare. A fase larval, onde pode ocorrer o dano, é de 30 dias e pode atingir plantas com até 50 cm de altura. Assim como a lagarta-elasmo, plantas atacadas pela lagarta-rosca podem mostrar o sintoma de “coração morto”. Cada lagarta pode destruir de 4 a 6 plantas. Geralmente atacam à noite, ficando escondidas abaixo do nível do solo durante o dia, próximo à planta cortada, o que dificulta o seu controle. O adulto da Diabrotica (vaquinha) faz a postura de ovos na base da planta, próximo ao sistema radicular. Com a eclosão, as larvas passam a alimen-

tar-se das raízes o que pode gerar problemas de acamamento na fase de pré ou pós pendoamento (famoso “pescoço de ganso”). A estratégia mais viável é o controle do inseto adulto. Áreas com histórico de Diabrotica ou milho pós feijão devem ter monitoramento reforçado. A lagarta-do-cartucho é considerada a principal praga da cultura por sua ocorrência generalizada e em todos os estádios da planta. A identificação desta lagarta é relativamente fácil, pois possui um “Y” invertido na cabeça e quatro pontos pretos equidistantes no dorso. Além do dano na parte aérea, a praga também pode seccionar as plântulas. O manejo deve começar por uma inspeção na lavoura antes da dessecação da área para plantio. Se for constatada a presença de lagartas deverá ser realizada uma aplicação de inseticida junto com a dessecação. O objetivo desta prática é manter a população do inseto em níveis baixos. Nova inspeção deverá ser feita pré-

-plantio. Isto auxiliará no manejo pois se houver lagartas grandes na área, o controle será mais difícil tanto para inseticidas quanto para a biotecnologia Bt. Se tiver plântulas seccionadas antes do estádio V3, provavelmente o dano foi realizado por lagartas remanescentes na lavoura, visto que uma lagarta levaria pelo menos 12 dias para atingir a fase de terceiro para quarto instar, quando tem potencial para fazer o dano e furar as folhas. Caso no monitoramento for observada a ovoposição no desenvolvimento inicial da cultura, em V2, por exemplo, pode ser um indicativo de como será a pressão da praga, o que permite ao produtor o controle já nessa fase, uma vez que nos primeiros instares o controle é mais eficiente e o dano é apenas raspagens e não folhas furadas. O surgimento de híbridos de milho Bt trouxe uma inovação no controle desta praga, contudo, esta ferramenta deve estar sempre associada a outras formas de controle presentes no MIP/

Lagarta-do-cartucho REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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Foto: André Shimohiro

Dichelops

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MIR (Manejo Integrado de Pragas e Manejo da Resistência de Insetos), que são: manejo das plantas daninhas, controle de milho voluntário, Tratamento de Sementes Industrial, monitoramento do nível de dano, rotação de culturas e adoção do refúgio estruturado efetivo. Já os danos de percevejos são provocados através da introdução de seu estilete próximo a base das plantas para sucção da seiva. À medida que eles se alimentam, injetam uma toxina que faz com que, conforme as folhas se desenvolvem, as lesões em forma de círculos equidistantes aumentem, as plantas fiquem amareladas, deformadas e com o desenvolvimento comprometido (dependendo da quantidade de toxina injetada). Segundo Josemar Foresti e Paulo Roberto da Silva, em estudo de avaliação de controle da praga, perceberam que os primeiros 10 dias após a emergência é o período de maior suscetibilidade do milho ao ataque do percevejo, embora danos com menor intensidade foram verificados até os 24 dias após a emergência. Infestações de V6 em diante não resultaram em perda significativa na produtividade. Os dados também demonstraram que quanto maior o tempo de exposição da praga no estádio suscetível da cultura, maior será o dano. A intensidade do ataque de percevejo pode comprometer

a produtividade, pois além de reduzir o estande de plantas interfere em seu desenvolvimento, originando plantas dominadas e/ou afetando a formação da espiga. O percevejo é uma praga que tem tido um aumento populacional na cultura do milho verão, ano após ano. O dano só é percebido após o desenvolvimento da plântula, com o desenrolar das folhas, uma vez que no momento da picada elas estão enroladas dentro da planta. É preciso monitorar a área para decidir se será feita uma pulverização com inseticida sobre a palhada ou logo após a emergência. O tratamento de semente com produtos específicos, como os neonicotinóides, deve ser usado como uma ferramenta auxiliar após o controle preventivo realizado antes da implementação da cultura. Se a pressão for alta (1 percevejo vivo a cada 10 plantas amostradas na linha e em sequência) até o estádio V3, é necessário controle via aérea. O ponto mais importante, de acordo com o MIP/MIR, é o monitoramento constante da lavoura. Além disso, a tecnologia Leptra® de proteção contra insetos e o Tratamento de Sementes Industrial, oferecidos pela BioGene, quando associados às boas práticas de manejo auxiliam no controle das principais pragas da cultura do milho.


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REINAUGURAÇÃO

NOVA LOJA DA AUGUSTIN:

UMA CONQUISTA VOLTADA AO PRODUTOR

U

ma celebração com a presença de centenas de convidados marcou, no dia 21 de setembro, a reinauguração da Augustin em Guarapuava. Na ocasião, a direção do Grupo Augustin apresentou oficialmente a seus clientes do centro-sul paranaense aquela que é agora a mais recente de suas lojas a contar com o padrão internacional da marca. Com um jantar de confraternização, a empresa prestou agradecimentos: aos produtores rurais, pela confiança em seus serviços, aos parceiros, por somarem forças, e à sua equipe de profissionais, por seu empenho. O sócio-diretor do Grupo Augustin, Paulo Finger, destacou que a Augustin foca em qualidade: “Investimos arduamente para formar uma equipe competente e comprometida, a fim de atender os nossos clientes da melhor forma possível e queremos evoluir mais”. Exemplificando, recordou as capacitações realizadas em 2016: “Fizemos 6.500 horas de treinamento aos nossos colaboradores, tanto na fábrica como em outros treinamentos”. A empresa, completou, deseja contribuir para o crescimento dos agricultores: “A Augustin tem como missão e agregar valor ao negócio do produtor, oferecen-

Paulo Finger, sócio-diretor da Augustin

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Loja da Augustin em Guarapuava fica no cruzamento das rodovias BR 277 com PR 170

do produtos com alta tecnologia, excelente qualidade e primando em prestar um pós-venda e assistência técnica com muita eficiência”. Também presente, o Vice-Presidente de Marketing e Vendas América do Sul AGCO, Werner Santos destacou que a reinauguração “mostra a seriedade e a vontade da Augustin de investir”. Ele assinalou a disposição da marca para manter-se sempre moderna: “A companhia tem feito investimentos muito grandes na sua fábrica, nos seus produtos”. O Gerente Comercial Paraná da Augustin, Márcio Kilpp, destacou que, além de um maior espaço, a empresa, como revenda e assistência técnica de uma marca focada em qualidade como Massey Ferguson, visa não só vender maquinário, mas prestar o atendimento esperado, em especial na assistência e no pós-venda. Kilpp observou ainda que também o novo endereço da nova loja é um ponto alto: “Nos situamos na melhor localização no que diz respeito à agricultura na região de Guarapuava. Estamos no entroncamento da BR 277 com a PR 170. Isso facilita o acesso para todos: os clientes de Entre Rios, Pinhão, Candói, Goioxim, Campina do Simão e assim por diante”, concluiu.

Werner Santos, Vice-Presidente de Marketing e Vendas América do Sul AGCO

Márcio Kilpp, Gerente Comercial Paraná da Augustin


Nova loja da Augustin: amplo espaço para atendimento de venda, pós-venda e assistência técnica

Em 10 mil m² de terreno e 1.900 mil m² de área construída, o padrão internacional da Massey Ferguson

Centenas de convidados participaram da reinauguração da Augustin em Guarapuava

Trator MF 7722 Dyna-6: um show de tecnologia que também pode ser encontrado na Augustin

No espaçoso pátio, tratores de diversas categorias, para os mais variados tipos de tarefa

Equipe Augustin: milhares de horas de treinamento em 2016 e foco em eficiência na assistência e pós-venda

A AUGUSTIN Estabelecida em 1926, hoje com 91 anos de tradição, a Augustin se tornou sinônimo de qualidade na venda, pós-venda e assistência técnica de maquinário agrícola da Massey Ferguson. Com sede em Não-Me-Toque (RS), a empresa atualmente conta com 14 unidades e atende a mais de 30 mil clientes, em 116 municípios, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

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DIA DO ENGENHEIRO AGRÔNOMO

SINDICATO RURAL DE GUARAPUAVA E AEAGRO COMEMORAM DIA DO AGRÔNOMO

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Sindicato Rural de Guarapuava e a Associação dos Engenheiros Agrônomos (AEAGRO) realizaram na manhã de 11 de outubro, na entidade sindical, um café da manhã em homenagem ao Dia do Agrônomo (12/10). Em sua sexta edição, o encontro teve por objetivo valorizar os profissionais da engenharia agronômica, que são elos entre o conhecimento agrícola desenvolvido nas universidades e os produtores rurais. Os convidados, a maioria agrôno-

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mos, ao lado de outros profissionais ligados ao agronegócio, foram recebidos por diretores das duas entidades organizadoras do café da manhã. Outros integrantes das duas diretorias também estiveram presentes. Saudaram os participantes o presidente do Sindicato Rural, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, o vice, Anton Gora, e o presidente da AEAGRO, José Roberto Papi. O momento incluiu ainda brincadeiras e confraternização entre profissionais de várias gerações. Um dos mais experientes e conheci-

dos agrônomos de Guarapuava e região, Celso Roloff, aos 74 anos, elogiou a iniciativa da homenagem: “É muito louvável essa reunião da equipe de engenheiros agrônomos”, afirmou. Já o jovem Emiliano Marcondes Monteiro, de 23 anos, formado há oito meses, comentou sua felicidade por ter recebido o convite para o evento, mas ressaltou a jornada que tem pela frente: “É desafiante cada passo que eu dou. Esta foi a primeira experiência de convite para um café da manhã. Então fiquei muito feliz, achei bem interessante”.


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ESPECIAL

WINTERSHOW

OFERECEU CONHECIMENTO ALIADO ÀS MAIS RECENTES TECNOLOGIAS DE CEREAIS DE INVERNO Texto: Geyssica Reis Fotos: Geyssica Reis, Manoel Godoy e Carlos Souza Edição: Luciana de Queiroga Bren

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s culturas de inverno na região sul do Brasil possuem um papel importante na diversificação de produção e na rotação de cultura, dando fôlego ao solo, entre as safras de soja e milho. Por mais que ocorram frustrações de safra, de acordo com a Embrapa Trigo os benefícios diretos e indiretos do cultivo das principais culturas da estação, como trigo, cevada e aveia, ao longo dos anos, são maiores do que manter as áreas sem cultivo. Clima e solo dão as condições favoráveis nos três estados da região sul do país. Além disso, as tecnologias vêm se reinventando cada vez mais para estas culturas, tentando oferecer ao produtor rural mais segurança e qualidade, gerando assim mais rentabilidade. Apesar de todo o potencial produtivo, os números são baixos. Segundo a Embrapa Trigo, dos cerca de 15,4 milhões de hectares cultivados com soja, milho

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e feijão no sul do Brasil, somente 2,4 milhões são cultivados no inverno com culturas produtoras de grãos. São marcas que podem aumentar. Para exemplificar, um estudo recente da Embrapa, cita que a produção do trigo, principal cereal de inverno no país, somente no Centro-Oeste, em novas fronteiras da cultura poderiam resultar em 24,9 milhões de toneladas do cereal, o que representa o dobro do volume atual do consumo interno. Fazendo com que o Brasil passasse de importador para exportador. Atualmente, a região sul representa 89% da produção brasileira de trigo. Com este objetivo, de aumentar a quantidade e a qualidade dos cereais de inverno, anualmente é realizado o WinterShow, evento da Cooperativa Agrária e Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (FAPA). Neste ano, o evento foi realizado dos dias 17 a 19 de

Jorge Karl, presidente da Cooperativa Agrária

outubro, no distrito de Entre Rios, em Guarapuava. Já consolidado e referência em difusão de informação, tecnologia e conhecimento, o WinterShow em mais uma edição ofertou aos visitantes palestras e visitação aos estandes de empresas, entidades e cooperativas ligadas ao setor.


“Diferente da maioria dos eventos que se tem no Brasil, focados nas culturas de verão, nós focamos nas culturas de inverno. O WinterShow traz informações novas de pesquisas oriundas da FAPA para cooperados, não cooperados, técnicos, estudantes, fornecedores, enfim, todos que fazem parte da cadeia do agronegócio. E ao mesmo tempo, reúne várias empresas, que repassam conhecimento, inovação e tecnologia.

As palestras complementam tudo isso. Este ano, trouxemos temas diversificados, palestras motivacionais, de contexto político, econômico, apresentações técnicas, oferecendo uma difusão de conhecimento”, observou o presidente da Cooperativa Agrária, Jorge Karl. Mais de 3.000 pessoas passaram pelos campos da FAPA durante os três dias de evento. “O público que vem até o WinterShow é de um nível

mais apurado e busca informações inovadoras, que tragam resultados. Afinal, a agricultura é uma atividade dinâmica. Por esse motivo, está constantemente desafiada e precisa de novidades. Acreditamos que estamos cumprindo esse papel em cada edição”, disse Karl. O evento contou com diversos patrocinadores, entre eles o Sistema Faep e Sindicato Rural de Guarapuava.

CONFIRA O RESUMO DA PROGRAMAÇÃO DO WINTERSHOW 2017 O poder é seu – Aspectos subconscientes do sucesso Considero que automotivação é algo muito mais do que importante. Acho que é vital. Nem sempre temos do nosso lado uma pessoa amiga. Depender desse ser externo, que nos motiva, é um pouco cruel, porque há alguns momentos na vida em que estamos nós e Deus. Acredito que compreender como funciona nossa mente é mais do que essencial, é vital. E digo mais: muitas vezes, colocamos a responsabilidade no governo, em aspectos externos, no outro e nos esquecemos da nossa força, do que temos dentro de nós. Sou um defensor do protagonismo, de trazer para si a responsabilidade da mudança. Não importa se no aspecto comportamental, financeiro, amoroso, econômico, nós temos de trazer para nós a responsabilidade da mudança”.

Rafael Baltresca Hipnólogo

Manejo de nutrientes para sistemas de produção de alta produtividades

Valter Casarin IPNI Brasil

A planta precisa manifestar o seu potencial produtivo. Mas até que ponto damos condições para ela expressar este potencial? Então, construir um perfil de solo é pensar no manejo do nutriente. No caso do fósforo, aplicá-lo em superfície é um tiro no pé, porque a planta vai ficar explorando camadas muito superficiais. E ali em cima já não tem nitrogênio, porque já desceu com a água de chuva. O potássio, parte dele pode estar indo embora. O boro também. O produtor tem de pensar em como está manejando os nutrientes para poder realmente resgatar da planta o máximo que ela pode estar produzindo. Ainda não se pensa muito no nutriente. Pensa-se muito mais no operacional e isso, às vezes, pode não ser o melhor caminho. Estes são detalhes extremamente importantes quando se quer buscar altas produtividades”.

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Mudança de Atitude A expectativa de vida do ser humano aumentou. Em 1900 vivíamos até 40 ou 50 anos de idade e no século XXI nós vivemos até 90/100 anos de idade. E o que a gente vai fazer com tanta vida? Por isso no século XXI é importante que estejamos sempre inovando, renovando e nos reinventando. Viver a vida da melhor maneira. Nós estamos mudando o mundo, criando um mundo novo em nossas mãos. O que é certo ou errado ninguém sabe. Mas não dá para parar a mudança. Além disso, nós estamos num mundo global. Devemos nos preocupar com tudo que está a nossa volta. E se não tivermos a consciência disso, de que devemos ir além da gente, não estamos entendendo o que é viver neste século. Não existe mais planejamento estratégico, existe atitude estratégica, temos que estar abertos sempre a novas ideias, novas maneiras de fazer. Isso não é mais opção, é obrigação de cada um. E acredito que devemos nos motivar sempre pra viver nesse novo mundo. Não temos tempo mais para reclamar, não existem mais fins, existem novos começos, novas oportunidades. E temos que estar sempre motivados para enxergar esses novos caminhos. E o homem motiva o outro se motivando, não acredito que exista motivação e sim automotivação”.

Leila Navarro

Medicina Comportamental

Cenários e perspectivas políticas e econômicas

William Waack Jornalista

Os gastos sociais vêm subindo há mais de 30 anos, sem manter nenhuma relação com a capacidade da economia de sustentar gastos sociais. A crise é grave porque significa o fim de um consenso: que íamos fazer um Estado do Bem-Estar Social. Não é a corrupção a principal causa da nossa crise. Por mais que a gente lamente ter caído na mão de governos que foram irresponsáveis com as contas públicas, isso apenas acelerou o nosso encontro com a verdade. A verdade é: não temos uma economia capaz de financiar os gastos sociais aos quais nós brasileiros achamos que temos direito. Esta crise é, em primeiro lugar, uma crise fiscal. Chegamos a uma situação no Brasil em que não conseguiremos mais cuidar dos idosos e das crianças ao mesmo tempo. Em outras palavras, estamos ficando velhos sem termos ficado ricos”.

Tendências, Oportunidades e Desafios do Agronegócio Há uma intensificação do desenvolvimento da produção, mas é preciso levar sempre em consideração a questão da sustentabilidade, seja ambiental ou social. É necessário juntar essas duas questões e também aliar com a tecnologia, pois estamos tendo grandes mudanças. Citei durante a palestra a biotecnologia, a nanotecnologia, a evolução da informática. Tudo isso já está no meio rural, não é algo que está longe. Por isso, temos que estar preparados para utilizar essas novas ferramentas e nos adaptarmos a essas mudanças, utilizando a nosso favor. Se não nos atualizarmos e não entendermos como funcionam essas ferramentas, podemos ser deixados para traz. Para isso acontecer, o produtor rural precisa buscar atualização e informação constantemente, como em qualquer profissão. A pesquisa nesta área é bastante intensa e acontece no âmbito mundial. Existem muitas empresas que fazem pesquisas e espalham para o mundo todo. Por essa razão, as mudanças acontecem com uma velocidade muito maior que aconteciam no passado. E o Brasil tem que estar integrado com isso”.

Alexandre Cattelan Embrapa Soja

O segredo do sucesso está na velocidade: mude sua vida em 10 segundos

Robson Caetano Ex-velocista

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O Robson Caetano antes da fama era normal, como continua até hoje. Sempre fui um cara alegre, espontâneo e para cima, com umas pegadas meio ácidas para brincar e poder levar a vida de uma maneira alto astral. E hoje mais para 60 do que para 50, posso dizer que eu me dou o direito de fazer tudo que eu posso. O que me levou ao atletismo foi o desejo de vencer na vida. O atletismo me proporcionou fazer um esporte, ir pra escola, terminar a faculdade, junto com a minha família. Acredito que são elementos básicos para que você possa ser uma pessoa de sucesso e eu tive isso. Hoje eu reflito nas palestras que 10 segundos mudam tudo. Quando você acorda, se contar 10 segundos, você dá aquela espreguiçada e atitude positiva. Se você está no trânsito e alguém te dá uma fechada, você conta 10 segundos e a sensação ruim já vai mudar. Se alguém faz alguma maldade contigo, conta até 10 e você vai encontrar um caminho pra dialogar com aquela pessoa. E se você estiver errado, em 10 segundos você pode corrigir. Eu uso isso como lema da minha, porque 10 segundos são emblemáticos para mim. Sou recordista brasileiro e sul americano dos 100 metros com 10 segundos. Foram estes 10 segundos que mudaram a minha vida e me transformaram de um cara desconhecido, num cara que ganhou do Carl Lewis e do Ben Johnson. Hoje, não uso mais a velocidade como segredo do sucesso, hoje eu uso o tempo. A velocidade é boa para as pessoas que possuem até 25 anos. A partir daí, é preciso usar o tempo. E usar o tempo a seu favor é fundamental”.

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FAPA – Estações do WinterShow 2017

Durante os três dias, foram realizadas palestras simultâneas que divulgaram as recentes pesquisas realizadas pela FAPA em cereais de inverno:

Mecanização e inovação aplicada à conservação do solo José Eloir Denardin - Embrapa Paulo José Alba - FAPA

Manejo de cultivares de cevada para altas produtividades

Estratégias para o controle de doenças em cereais de inverno

Fósforo no solo pelo método da resina e adubação fosfatada / Manejo de plantas daninhas em cereais de inverno

Cultivos alternativos de inverno para a produção de grãos e adubação verde associado ao manejo de pragas

Noemir Antoniazzi e Eduardo Stefani Pagliosa - FAPA

Sandra Mara Vieira Fontoura - FAPA Vitor Spader e Everton Ivan Makuch - FAPA

Dauri José Tessmann - UEM Heraldo Rosa Feksa e Cristiane Gonçalves Gardiano - FAPA

Juliano Luiz de Almeida e Alfred Stoetzer - FAPA

Dinâmica de Máquinas Mais uma vez, o WinterShow trouxe em sua programação uma demonstração prática do funcionamento de máquinas agrícolas, realizada também nos campos da FAPA. Explicações técnicas dos expositores – marcas conhecidas em seus segmentos – contribuíram para que os visitantes pudessem conhecer os detalhes das inovações apresentadas.

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Sindicato Rural completou 50 anos O Sindicato Rural de Guarapuava completou meio século de existência no dia 18 de outubro. Em seu estande no WinterShow, a diretoria e colaboradores receberam sócios e parceiros, com direito a bolo, parabéns e sorteios de cestas de presentes.

PARABÉNS

O parabéns aconteceu em dois momentos no dia 18 de outubro, com a presença de diretores da entidade.

SORTEIOS

Foram sorteadas três cestas de produtos importados durante o evento. Os sortudos foram: Robson Schneider, Egon Winkler e Brigit Weckl.

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Nova carteirinha do Sindicato Rural Além de ser um ponto de encontro de produtores rurais no WinterShow 2017, o Sindicato Rural de Guarapuava, em seu estande no evento, aproveitou o momento para distribuir a seus associados a nova carteirinha da entidade, lançada em agosto deste ano. Vários foram os que retiraram o documento no local. Confeccionado em PVC, sem foto, este modelo traz dados do sócio e um QR Code. Mas quem ainda não tem o documento pode obtê-lo no sindicato – na sede e nas extensões de base de Candói e Cantagalo. A partir de agora, nos eventos promovidos pelo sindicato, os produtores rurais associados poderão, apresentando a nova carteirinha, registrar presença e ter acesso gratuitamente (Para outras informações: (42) 3623 1115).

Alguns visitantes do estande do Sindicato Rural

Marcílio Araújo, Rodolpho Botelho, Luciana Bren, Inácio Kroetz e Adriano Rosemberg

Larissa Pizzi, Natiele Gonçalves, Caroline Rech, Tamyres Leal, Gabriela Backes

Aparecido Ademir Grosse, Daiane Galeski, Ana Clara Galeski, Alacir Galeski, Silvino Caus e João Arthur Barbosa Lima

Gustavo Kuster, Pauline Keller Kuster e filhos

Ingrid Mayer, Leonardo Hildenbrandt, Betina Mayer e Antônio Mayer

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AGROINFORMÁTICA

O MELHOR SISTEMA DE GESTÃO DO MUNDO, AGORA NAS MÃOS DO AGRICULTOR BRASILEIRO A Agrotis, referência nacional em agroinformática, firmou parceria com a gigante de tecnologia SAP, criadora do Business One, um dos softwares de gestão de negócios mais desejados pelos pequenos e médios empreendedores do planeta

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erca de 67% das propriedades agrícolas do país usam algum tipo de tecnologia, seja na área de gestão dos negócios ou nas atividades de cultivo e colheita da produção. A estimativa é do coordenador da Secretaria Executiva da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão (CBAP), Fabrício Juntolli. Contribuindo com esse número e com grandes expectativas, a Agrotis Agroinformática anuncia parceria com a SAP, uma das maiores fornecedoras de soluções de gestão do mundo. Pelo acordo, o SAP Business One será customizado para atender as necessidades específicas do agronegócio. Manfred Schmid, diretor-geral

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da Agrotis, comemora a parceria e afirma que as atividades das empresas serão complementares. “As duas companhias têm culturas muito similares e são referência em excelência no que fazem. A SAP se beneficiará com uma maior penetração no segmento agrícola e a Agrotis vai ganhar em escala para atender a todo o Brasil”. O diretor de vendas da solução Business One na SAP Brasil, Ricardo Blancas, também está otimista com essa aliança entre as empresas. “A parceria da SAP com a Agrotis vai acelerar o nosso desempenho nessa vertical, em que o know-how do parceiro associado à expertise SAP Business One oferecerá uma grande

contribuição para o crescimento do setor no país”. “Estamos vivendo uma mudança tecnológica, com os dados caminhando para a nuvem, o que permite que a tecnologia chegue amplamente no campo”, reforça Schmid.

PARCERIA A SAP Business One é uma solução de gestão empresarial voltada para pequenas e médias empresas alinhada com as melhores práticas de gestão do mundo e com um preço acessível ao mercado brasileiro. O sistema, já consolidado em vários segmentos, simplifica os principais


processos – desde contabilidade e CRM até gestão da cadeia de suprimentos e compras – e terá uma versão especialmente voltada para os setores em que a Agrotis atua, como sementes, armazenamento de grãos, rações, fertilizantes, agroindústria e receituário agronômico. O software é usado por mais de 55.000 empresas em 150 países. As aplicações de gestão fiscal, contábil e financeira do SAP Business One virão embarcadas e serão totalmente integradas aos módulos Agrotis, para ampla utilização em todos os segmentos do agronegócio. “Na prática, todas as operações de Back Office, como financeiro, fiscal e contábil, serão executados a partir do Business One devidamente adaptado para o agronegócio, por meio da parceria com a SAP. Já as operações específicas como gestão e controle da produção de sementes, operações e movimentações de grãos, emissão de receita agronômica, emissão de or-

dem de produção, entre outros, continuam a ser oferecidas a partir das aplicações Agrotis, garantindo agilidade, flexibilidade, especificidade e segurança em toda a operação”, explica Manfred. A solução também é indicada para empresas com grandes volumes de informações, complexidade nas operações ou que estão em processo de fusão e aquisição, em busca de crédito fora do país, passando por auditoria internacional, pretendem fazer IPO ou até mesmo que possuam um

planejamento de grande expansão em curto espaço de tempo. “A parceria nos permite oferecer, ao mesmo tempo, a especialização em Agronegócio e a governança atestada pela SAP, garantindo aderência, flexibilidade, respeito aos diferenciais competitivos e variações regionais, segurança, governança, compliance com auditoria feita pelas quatro maiores empresas especializadas do mundo, redução de riscos, redução de custos e muito mais”, finaliza Manfred.

SOBRE A AGROTIS AGROINFORMÁTICA Há 26 anos a Agrotis Agroinformática inova no agronegócio. A empresa foi fundada em Curitiba (PR) por um grupo de engenheiros agrônomos. Hoje atende milhares de profissionais e empresas em diversas regiões do Brasil, nas áreas de controle da produção rural a gestão estratégica, apresentando soluções completas para os clientes. A Agrotis atua nos setores de agroindústria, sementes, armazenamento, receituário agronômico e fertilizantes.

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EXTENSÃO

ALUNOS DE FORRAGICULTURA VÃO REALIZAR PROJETOS EM PROPRIEDADES Os alunos da disciplina de Forragicultura do curso de Agronomia da Unicentro realizarão, de setembro a dezembro, uma atividade acadêmica que promete ser interessante tanto para eles quanto para produtores rurais: divididos em grupos, os estudantes querem elaborar projetos de melhoramento pecuário em propriedades rurais reais. O foco é propor um planejamento alimentar para os plantéis (forragem, silagem e/ou ração), visando superar gargalos e/ou elevar produtividade. Responsável por aquela matéria, o professor doutor Sebastião Brasil explicou que elaborar projetos para alavancar a pecuária, partindo de casos reais, é um trabalho que levará os futuros agrônomos a campo, colocando-os em contato com produtores e face a face com a realidade

que encontrarão em suas vidas profissionais. A proposta também precisa do apoio dos próprios produtores rurais, abrindo suas portas para aquela atividade. A participação, frisou, é gratuita e podem ser analisadas fazendas voltadas às mais diversas formas de pecuária: “Do gado de corte ao de leite, passando pela ovinocultura e até a criação de cavalos”, detalhou. Além disso, completou, ao final do trabalho, cada grupo de estudantes entregará ao produtor visitado o seu projeto – um diagnóstico do que precisará ser feito para melhorar a produção. Ainda de acordo com o professor, para os produtores, é importante analisar o sistema produtivo, considerando

VISITA TÉCNICA

BATE PAPO

Acadêmicos do curso de Medicina Veterinária da Unicentro visitaram o Rancho dos Siqueiras (Entre Rios – Guarapuava), propriedade do associado ao Sindicato Rural de Guarapuava, Fábio Siqueira, no dia 4 de agosto. No local foi promovido o evento chamado de Tarde de Ovelhas, coordenado pelo professor Luiz Gonzaga.

PLANTÃO FORRAGEIRO

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como está sendo feita a alimentação dos animais e os resultados. “Às vezes, o produtor têm 150 animais numa área que comportaria 50. Ou o contrário”, exemplificou. Como o projeto dos alunos abrangerá, ao lado da nutrição, a propriedade como um todo, incluindo a rentabilidade das outras atividades, como lavoura ou floresta, Sebastião Brasil vê que, ao participar e receber depois o projeto, o produtor também acaba se voltando para uma visão de longo prazo.

Mais uma edição do Plantão Forrageiro aconteceu no dia 28 de setembro, no Sindicato Rural de Guarapuava. O atendimento é um tira-dúvidas sobre forragicultura com o professor Sebastião Brasil (Unicentro), que é especialista na área.

SOBRE ASSESSORIA DE IMPRENSA

A gerente do Sindicato Rural de Guarapuava, jornalista Luciana de Queiroga Bren, esteve no dia 28 de setembro, na Unicentro (Campus Santa Cruz), para um bate-papo com estudantes do 1º ano de jornalismo daquela instituição de ensino superior. Editora da Revista do Produtor Rural, publicada há 10 anos pelo sindicato, Luciana falou aos futuros jornalistas sobre sua trajetória profissional, assessoria de imprensa e sobre a publicação que dirige. O convite para a troca de ideias com os alunos veio do professor Gilson Boschiero, da disciplina Jornalismo e Mercado de Trabalho.


MICROBIOLOGIA

TAL COMO NÓS, O SOLO PRECISA DE QUALIDADE DE VIDA PARA SER PRODUTIVO

E

m qualquer rotina de cuidado com a saúde humana, a orientação em relação à qualidade de vida é o ponto de partida. Independente dos movimentos da moda, ela está associada ao equilíbrio em aspectos como vida pessoal, profissional, emocional, espiritual, etc. para promover o bem-estar. Retomando a comparação com o solo, o equilíbrio de elementos biológicos, físicos e químicos também é essencial para preservação desse recurso finito, do qual depende a produção de alimentos. Iniciativas públicas como o Programa Integrado de Conservação de Solo e Água do Paraná (Prosolo) somam esforços com a iniciativa privada para estimular a conservação do solo e da água, servindo de suporte ao produtor rural com ações de treinamento e pesquisa, definindo critérios técnicos de sistemas conservacionistas para redução de perdas de solo e água em solos, manejos, climas e cultivos regionais do Para-

ná. Diversas pesquisas apontam que práticas conservacionistas como a rotação de culturas, o plantio direto e a adubação biológica são alternativas para restabelecer o equilíbrio da biodiversidade no solo e reverter problemas como compactação e erosão (Saiba mais no livro eletrônico “Microbiologia do solo” - disponível para leitura em http://www.livrosabertos.sibi.usp.br/ portaldelivrosUSP/catalog/view/109/92/461-1). No item adubação biológica, há resultados consolidados, tanto no meio acadêmico quanto no trabalho realizado pela empresa brasileira MICROGEO®. Nas pesquisas, podemos citar como exemplo o estudo conduzido por Andreote et al. (2013), demonstrando que o Adubo Biológico MICROGEO®, por apresentar uma composição de microrganismos bastante heterogênea, quando fornecido ao ambiente solo-planta é capaz de alterar as comunidades ali presentes, promovendo a biodiversidade. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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Outro trabalho acadêmico atesta que, inicialmente, essa alteração do microbioma atua sobre a física do solo, melhorando sua agregação. É sabido que microrganismos excretam agentes cimentantes (como glomalinas e polissacarídeos) que contribuem na adesão entre as partículas, garantindo assim a estruturação adequada aos solos (Moreira; Siqueira, 2006). Em campo, o programa de Adubação Biológica MICROGEO® realiza um intenso acompanhamento junto aos clientes, orientando quanto aos procedimentos corretos para o uso do MICROGEO® e aos resultados obtidos para endossar as pesquisas científicas. Não por acaso, o slogan da empresa é “Resolve e vai além”. Antes de ir além nesse slogan, é necessário conhecer o que é possível resolver com essa solução. Na Fazenda Santana, o gerente da propriedade, Paulo Sérgio de Oliveira, recorda que o programa de Adubação Biológica MICROGEO® teve início em 2012, por indicação de um engenheiro agrônomo. Na época, a compactação do solo já era uma preocupação. “A propriedade foi adquirida em 2011, com diversas deficiências no solo, que em alguns locais inviabilizam o plantio”, recorda Oliveira. Ele acrescenta que na fase de testes com o MICROGEO®, ao comparar as áreas testemunha e aquela com aplicação do adubo biológico, já era possível perceber as diferenças. “Na hora de fazer a subsolagem, o motor do trator fazia muito mais força na área testemunha, com solo compactado. Onde tinha MICROGEO®, o trator não enfrentava dificuldade para subsolar”, compara o gerente. Na fazenda de 170 hectares, as aplicações de MICROGEO® são realizadas duas vezes ao ano, para atender o plantio de soja no verão e o plantio de aveia, trigo e cevada, no inverno. Duas Biofábricas CLC® (Compostagem Líquida Contínua®), com capacidade de cinco mil litros cada uma, abastecem a propriedade. “Em 2012, quando incluímos o MICROGEO® no manejo, estudávamos a aquisição de mais um subsolador. A compra foi adiada e hoje estamos quase aposentando o único subsolador que temos”, analisa Oliveira, ao comentar outros ganhos com o recondicionamento do solo: “Reduzimos o consumo de combustível em pelo menos 15%, bem como houve diminuição no desgaste das peças e pneus”. Retomando o slogan do MICROGEO®, “Resolve e vai além”, a produção da Fazenda Santana saltou da média de 59/60 sacos de soja por hectare para 65 e em 2016 chegou a 72 sacos. A adubação biológica resolveu a compactação do

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solo e foi além, agregando diversos resultados e garantindo aumento da produtividade. O agropecuarista Rodolpho Botelho também incorporou o MICROGEO® no manejo do solo, na Fazenda Capão Redondo, no município de Candói. O olhar atento às condições microbianas do solo é uma preocupação de longa data para Botelho, que já adotava práticas conservacionistas como a rotação de culturas, com o plantio de soja e milho no verão e, no inverno, trigo e aveia, além da pecuária. “Temos um solo bom e precisamos cuidar para que ele continue assim a longo prazo”, pondera Botelho. Na Fazenda Capão Redondo estão instaladas quatro Biofábricas CLC®, cada uma com cinco mil litros de capacidade. Há três anos aplicando MICROGEO®, ele alerta que o manejo sustentável do solo deve se tornar uma rotina na vida dos agricultores. Ele explica que o alerta é necessário não somente para preservar a viabilidade econômica das lavouras, como para evitar os problemas decorrentes da compactação do solo, o que inclui a erosão e o escorrimento superficial, que causa assoreamento dos rios. “Vestindo a camisa” pela proteção do solo, Botelho aderiu também ao Prosolo. “Ao mesmo tempo que cada um faz sua parte, é importante auxiliar outros agricultores a terem acesso às informações e recursos para preservação do solo”, destaca.

AÇÕES DO PROSOLO O Prosolo contabiliza a adesão de 1.300 produtores rurais. Lançado em 2016, o programa reúne ações do Estado do Paraná e da iniciativa privada, como o programa de Microbacias, o Prorural, a Campanha Plante Seu Futuro, o Pronassolo, que têm objetivos similares em cuidados com o solo e com o meio ambiente. Ao integrar o Prosolo, o agricultor com problemas de conservação de solo e água terá mais tempo e recursos para remediar esses problemas. Ao restabelecer a qualidade de vida do solo, a expectativa é de que aumente a retenção de água e a permeabilidade do solo, reduzindo os efeitos da erosão na produtividade. A proteção dos mananciais é outro ganho ao evitar os danos causados pelo assoreamento. Se o produtor não aderir a esse programa e for denunciado à Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), ele será autuado e terá apenas alguns meses para elaborar e executar um projeto de correção. Saiba mais sobre o Prosolo: www.prosolo.pr.gov.br



DIA DO AGRICULTOR 2017

EMPRESAS ENTREGAM PRÊMIOS A PRODUTORES RURAIS

D

urante os meses de agosto e setembro foram realizadas as entregas dos vales sementes de milho, patrocinados pela DuPont Pioneer, Nidera, Agroeste e Deragro; de cochos de alimentação para animais, patrocinados pela IP Klüber Pré-Moldados e de mudas de nozes pecã, patrocinadas pelo Viveiros Pitol. Os prêmios foram sorteados no Dia do Agricultor 2017, evento festivo promovido pelo Sindicato Rural de Guarapuava, com o apoio de diversas empresas, cooperativas e revendas do setor. Confira as fotos:

Ganhadores: Anelise Buhali e Aramis Siqueira Entrega: Rodrigo Davedovicz (Agroeste)

Ganhadora: Leni Aparecida Lacerda Cunico Entrega: Adilson Pagno (Pioneer)

Ganhador: Daniel Schneider Entrega: Fernando Silva (Deragro)

Ganhadora: Katherine Duhatschek Entrega: Marcelo Mayer e Adilson Pagno (Pioneer)

Ganhadoras: Rosecleia Padilha e Ana Célia Araújo Entrega: Marcelo Mayer (Pioneer)

Ganhadores: Stefan Gerster, Mario Cordeiro, Alair Valtrin e Garon Gerster Entrega: Vanderlei Bastos (à direita – IP Klüber Pré-Moldados)

Ganhadores: Geny Roseira e João Maria Mendes Entrega: Sergio Teixeira (Nidera)

Ganhador: Gabriel Gerster Entrega: Cyrano Yazbek (Pioneer)

Ganhador: Lourenço Lemler Entrega: Cyrano Yazbek (Pioneer)

Ganhador: Adelino Bridi Entrega: Marcelo Mayer (Pioneer)

Ganhadores: Jacir Salvador e Neiva Terezinha Salvador (mudas de nozes pecã do Viveiros Pitol)

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REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ


FUNGICIDA

A IMPORTÂNCIA DO MANEJO ADEQUADO DA FERRUGEM ASIÁTICA João B. Cason Engenheiro agrônomo da equipe da DuPont Brasil Proteção de Cultivos

A

soja (glycine max) é hoje a cultura mais importante do agronegócio mundial, com uma produção da ordem de 350 milhões de toneladas. O aumento da área plantada e os ganhos em produtividade têm sido fatores determinantes para o desempenho da cadeia produtiva da soja, bem como para o atendimento da alta demanda global pela oleaginosa e seus subprodutos. (Gráfico 1.) Para atingir seu máximo potencial produtivo, a soja necessita se desenvolver, ao longo do ciclo da cultura, livre de qualquer interferência. No Brasil, particularmente, a ferrugem asiática ou ferrugem da

soja tem sido um dos principais entraves do produtor. A doença, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, permanece desde 2001, quando chegou ao País, entre as mais agressivas ocorrências das lavouras, levando a perdas de 10% a 90% das áreas atingidas. O patógeno causador da ferrugem encontrou no País as condições climáticas ideais para seu desenvolvimento. Recentemente, adquiriu também resistência a ingredientes ativos de fungicidas. O fungo Phakopsora pachyrhizi criou preocupantes estratégias de sobrevivência, a ponto de levar empresas, Governo e pesquisadores a trabalhar

fortemente no desenvolvimento de métodos inovadores para controlar a ferrugem. A utilização de fungicidas, por sinal, não constitui a única ferramenta recomendada ao controle eficaz da ferrugem asiática. É importante que o produtor adote ainda outros mecanismos preventivos, como resistência genética, controle cultural, monitoramento da cultura, respeito ao vazio sanitário e plantio no início da época recomendada. Já no tocante aos fungicidas, é fundamental que o produtor opte por um programa de tratamento preventivo e eficiente desde as primeiras aplicações. 40,0

3400 3200 3000

35,0

Millions

Gráfico 1 - Histórico da Área Plantada vs. Produtividade (soja)

2800 2600

30,0

2400 2200

25,0

2000 1800

20,0

1600 1400

15,0

1200 1000

10,0

800 600

5,0

400 200

Legenda: * Estimativa em julho/2017 Fonte: Conab, (2017)

Área (hectares)

2015/16

2016/17*

2014/15

2013/14

2012/13

2011/12

2010/11

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2008/09

2007/08

2006/07

2005/06

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0

Produtividade (kg/ha)

Gráfico 1 - Histórico da Área Plantada vs. Produtividade (soja) REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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Produtividade - Controle complexo de doenças sacas/ha - Brasil - Safra 16/17 - Média 450 áreas antes da entrada das doenças

65,0 60,0 55,0 50,0 45,0 40,0 35,0 30,0 25,0

• Respeitar doses e os intervalos de aplicação de bula • Aplicar programa de fungicidas contendo vários modos de ação para controle de doenças Programa DuPont

Programa Agricultor

Testemunha

da a um Triazol. Vessarya® reúne PROGRAMA DE FUNGICIDAS – na fórmula uma mistura entre os Após vários anos de estudos, a equiingredientes ativos Picoxystrobin e pe de pesquisadores da DuPont ProBenzovindiflupir, que dispensam o teção de Cultivos desenvolveu um uso de adjuvantes na pulverização. novo programa de fungicidas para Benzovindiflupir é considerada hoje controle da ferrugem da soja e outras a Carboxamida mais potente em lidoenças da oleaginosa. O tratamento nha no Brasil. é ancorado num programa de aplicaA figura abaixo mostra o progração que contempla o uso intercalado ma DuPont lado a lado com o progrados diferentes modos de ação dos ma do agricultor. Note que a média produtos Aproach® Prima (Picoxysde produtividade do programa de trobina + Ciproconazole) e Vessarya® fungicidas da DuPont foi de 79,75 sa(Picoxystrobina + Benzovindiflupir). cas de soja por hectare, contra 71,54 Os gráficos abaixo mostram os resulsacas por hectare do programa patados obtidos por esse programa, dadrão ou programa do produtor. dos que foram compilados em mais Também é importante ressaltar de 450 campos experimentais instaque a utilização combinada dos funlados nas principais regiões da soja gicidas contribui para a sustentabilibrasileira. A linha da pesquisa, em dade das tecnologias hoje existentes resumo, comparou o desempenho do para controle da ferrugem. O proprograma de fungicidas da DuPont dutor deve ficar atento, ainda, às seao tratamento padrão que vem sendo guintes recomendações de manejo: adotado pelos produtores. De acordo com os cientistas e • Realizar aplicação preventiva dos pesquisadores envolvidos no trabafungicidas, iniciando as aplicações lho, a alta produtividade dos 450 campos experimentais da DuPont - e a superioridade dos resultados obtidos ante os do tratamento padrão do produtor - está relacionada ao controle eficaz da ferrugem e de outras doenças da soja, incluindo mancha-alvo, oídio e as doenças de final de ciclo. O sucesso do Programa do Produtor tratamento, por sua vez, deveu-se à combinação entre as formulações dos fungicidas Aproach® Prima e Vessarya®, que formam a base do programa de fungicidas 71,54 sc/ha da DuPont. Aproach® Prima contém a Estrobirulina mais potente do mercado associaProdutor em Honório Serpa – PR

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• Fazer no mínimo duas aplicações de fungicidas multi-sítios por ciclo da cultura da soja • Fazer no máximo duas aplicações de fungicidas a base de Carboxamida por ciclo da soja • Respeitar o período do “vazio sanitário” • Utilizar outras estratégias de controle, como uso de variedades de soja com tolerância genética, variedades de ciclo curto e adoção de boas tecnologias de aplicação de fungicidas. O controle da ferrugem asiática não permite erros ou falhas de recomendação, ou seja, o programa escolhido pelo produtor deve ser eficiente durante todo o ciclo da soja. De acordo com a Embrapa, os custos ocasionados pela incidência da ferrugem na soja brasileira são estimados em 2 bilhões de dólares por ano, abrangendo despesas com aplicações de fungicidas e perdas de produtividade. Esse montante equivale a aproximadamente 7% do valor bruto da produção brasileira de soja.

Programa DuPont

79,75 sc/ha


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Vessarya® é o único fungicida que combina Picoxistrobina e Benzovindif lupir – o que existe de mais eficiente no mercado para controlar a ferrugem asiática e outras doenças da soja. Além disso, sua formulação inovadora proporciona melhor absorção e maior performance, sem necessidade de óleo. DuPont™ Vessarya®. Tecnologia e performance incomparáveis.

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Fotos: Organização do evento

INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA

CONGRESSO ABORDOU DIVERSOS ASSUNTOS SOBRE SISTEMA INTEGRADO DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA

C

ascavel sediou dos dias 21 a 24 de agosto o 1º Congresso Brasileiro de Sistemas Integrados de Produção Agropecuária e o 4º Encontro de Integração Lavoura-Pecuária no Sul do Brasil. Considerado como o futuro da agropecuária, o sistema de integração foi debatido por meio de palestras técnicas, mesas redondas, apresentação de trabalhos e ainda pôde ser observado na prática, por meio de visitas técnicas. O evento contou com a participação de mais de 350 estudantes, produtores, técnicos e pesquisadores oriundos de diversos estados brasileiros e ainda participantes de países como Paraguai, França e Estados Unidos. O evento teve seis eixos técnicos: Serviços Ecossistêmicos; Adubação de sistemas e ciclagem de nutrientes; Produção animal e vegetal; Avanços técnico-científicos; Econômico Social; e Parâmetros edáficos.

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O Congresso foi promovido pelo Governo do Estado do Paraná, Iapar, Emater, Embrapa, Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos de Cascavel e diversas universidades estaduais, entre elas, a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). A REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ conversou com alguns palestrantes do evento. Confira um resumo dos principais temas discutidos:

SUSTENTABILIDADE O tema central do Congresso foi “Intensificação com Sustentabilidade”. O coordenador do evento e pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) de Santa Tereza do Oeste, engenheiro agrônomo Elir de Oliveira, afirmou que “o termo sustentabilidade não é novidade. Trata de visão compartilhada pelas lideranças mundiais em busca de uma

agropecuária moderna, onde são compatibilizados os interesses econômicos, sociais e preservando ou recuperando o meio ambiente, visando atender um mercado nacional e internacional cada vez mais exigente”. Oliveira complementou ainda que “diante da brusca queda nos preços da carne bovina, o momento é oportuno para reverter o quadro, com ações de marketing visando acenar aos consumidores e às agências certificadoras internacionais que a carne bovina brasileira é de qualidade, produzida a pasto e de forma sustentável”.

SIPA O pesquisador também ressaltou a importância da criação, durante o Congresso, da Sociedade Brasileira de Sistema Integrado de Produção Agropecuária (SIPA), que une os setores de pesquisa e produtivo. “A intenção é que


esta sociedade brasileira não seja para tratar de assuntos acadêmicos e científicos da área, mas, sim, criar uma sociedade baseada no tripé pesquisa, assistência técnica e setor produtivo. Isso é fruto de debates e conclusão de que os resultados das pesquisas precisam chegar até os produtores, através de assistência técnica bem formada e informada. Da mesma forma, haverá um fluxo inverso, onde os produtores e assistência poderão sugerir as prioridades de pesquisas que são gargalos para alavancar o setor”.

CARTA DE CASCAVEL Durante o evento, foi elaborada a Carta de Cascavel, onde os participantes também expressam suas preocupações e sugestões que vão desde a formação acadêmica até a retomada do Plano Agricultura de Baixo Carbono, que visa a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas, implantação de quatro milhões de hectares de sistemas de integração lavoura-pecuária. Estes compromissos foram assumidos pelo Governo

O presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da FAEP e coordenador do Programa Pecuária Moderna, Rodolpho Luiz W. Botelho (à esq.), ministrou palestra no Congresso sobre "Pecuária Moderna e Sistemas Integrados"

Brasileiro na Conferência da ONU para o Meio Ambiente, em Copenhague (COP/95).

ADUBAÇÃO DE SISTEMAS EM INTEGRAÇÃO LAVOURAPECUÁRIA A agrônoma Tangriani S. Assmann, professora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), durante o Congresso palestrou sobre Adubação de sistemas em integração lavoura-pecuária.

Tangriani conversou com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL sobre o assunto e comentou que o conceito de adubação de sistemas tem como base a ciclagem biológica de nutrientes entre as fases de um sistema de rotação, buscando a máxima eficiência de uso de nutrientes, reduzindo entradas, evitando perdas e mantendo a fertilidade do solo em longo prazo. “A adubação de sistemas considera todas as culturas envolvidas na rotação no esquema de transferência de fertilização entre os cultivos como um componente chave. A transferência de nutrientes entre as

Ir além na proteção é unir tecnologia Bt com Dermacor ®. Quem planta sabe: quanto maior é a proteção inicial, melhor será a sua colheita. A proteção da lavoura depende de vários fatores, mas, ao somar as duas tecnologias, Dermacor® e Bt (“intacta”), você fica muito mais protegido. Com essa união, é possível controlar diversas pragas, até as mais difíceis, como Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), Coró (Phyllophaga cuyabana) e Lagarta-militar (Spodoptera frugiperda), resultando no aumento de produtividade e rentabilidade.

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DuPont™ Dermacor®. Proteção para quem pensa grande. O aumento de produtividade e rentabilidade foi observado em campos experimentais, onde foi utilizado o produto Dermacor®, seguindo corretamente as informações de dosagem e aplicação. O aumento de produtividade e rentabilidade depende também de outros fatores, como condições de clima, solo, manejo, estabilidade do mercado, entre outros. Dados disponibilizados pela área de pesquisa da DuPont Proteção de Cultivos. ATENÇÃO: Este produto é perigoso à saúde humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no rótulo, na bula e na receita. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual. Nunca permita a utilização do produto por menores de idade. Consulte sempre um engenheiro agrônomo. Venda sob receituário agronômico. Produto de uso agrícola. Faça o Manejo Integrado de Pragas. Descarte corretamente as embalagens e restos do produto. As marcas com ®, ™ ou SM são marcas da DuPont ou de afiliadas. © 2016 DuPont.

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Fotos: Organização do evento

Organização e palestrantes do Congresso SIPA

culturas pode se dar diretamente, via formas inorgânicas ou indiretamente, via formas orgânicas, resultantes dos processos de mineralização”. Ela destaca ainda as particularidades da adubação na integração lavoura-pecuária. “No caso deste tipo de sistema integrado, em que a produção é realizada predominantemente a pasto, sabe-se que os animais podem reciclar N, P e K com eficiência. Por outro lado, a produção de bovinos em confinamento pode resultar em grande perda de nutrientes, especialmente quando os dejetos animais não são manejados adequadamente. A reciclagem destes dejetos seria a melhor opção para integração dos sistemas de produção animal e de grãos, o que resultaria em uma redução de uso de fertilizantes e redução de possíveis contaminações ambientais”. Para Tangriani, o grande problema da adubação em sistemas integrados no Brasil é que não são levadas em consideração as características climáticas do país, sendo baseadas em países de clima temperado, cuja recomendação é direcionada para um único cultivo. “A recomendação é direcionada para um cultivo, considerando as necessidades e a eficiência de uso dos fertilizantes apenas para uma cultura. O efeito residual destas fertilizações e as modificações que podem causar no sistema solo-planta-animal são raramente avaliadas como possível motivo para redução de aplicação de insumos. Tal fato reduz a eficiência do uso dos fertilizantes pelas plantas, aumenta o custo de produção e os riscos de contaminações ambientais”. Por esta razão, a professora conclui que “se torna urgente a mudança de paradigmas de metodologias de recomendação de adubação e calagem,

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adequando esse novo paradigma às condições edafoclimáticas e de rotações de culturas vigentes nos trópicos e subtópicos brasileiros”.

ENSINO SIPA NAS UNIVERSIDADES O ensino do Sistema Integrado de Produção Agropecuária nas universidades brasileiras foi tema de mesa redonda durante o Congresso. Entres os debatedores, destacou-se o professor Sebastião Brasil, da Unicentro. “Uma das nossas principais constatações foi que o maior entrave para a integração lavoura-pecuária tem sido dos técnicos e nem tanto do produtor rural. O produtor, muitas vezes, deseja fazer a integração, mas o técnico não se acha preparado e confortável para fazer as indicações técnicas para a integração”. Para Brasil, o principal atraso da educação nas universidades brasilei-

ras quando se fala em ciências agrárias é a falta de multidisciplinaridade e transdisciplinaridade. “Fala-se muito em focos sistêmicos, mas não se ensina isso nas universidades. Porque nas instituições de ensino se tem um currículo ainda muito compartimentalizado e o aluno quando sai da graduação não consegue fazer ligação entre as ciências. Porque além de envolver as ciências agrárias, existem aspectos sociais, econômicos, áreas que estão fora das ciências agrárias, envolvendo outras áreas, inclusive a da saúde”. Para haver uma mudança neste ponto, Brasil afirma que a formação dos próprios professores deve mudar. “Cada professor é formado em uma especialidade e não tem o desejo de querer avançar para conhecer e entender sobre outras ciências. Se um professor não tem contato com a multidisciplinaridade e a transdisciplinaridade enquanto está fazendo um mestrado ou doutorado, ele não vai saber ensinar isso aos acadêmicos”. O professor vê que as mudanças nos métodos do ensino brasileiro devem acontecer o quanto antes, mas que será um percurso longo, já que a educação do país ainda é bastante engessada. “E isso é um problema bastante específico no Brasil. Para se ter uma ideia, o doutor Gilles Lemaire, do INFRA, na França, participou da mesa redonda como ouvinte e comentou que essas intervenções na educação lá na França já foram feitas na década de 1980, com a mudança do ensino das ciências agrárias para algo modulado e mais aberto”.

Ao final do evento, os participantes realizaram uma visita técnica ao Polo de Pesquisa do Iapar, em Santa Tereza do Oeste


MANUTENÇÃO PREVENTIVA

INSPEÇÃO: EFICIENTE E ECONÔMICA PARA O AGRICULTOR MacPonta Agro lança Campanha ‘Prevenção é a Melhor Ferramenta’ e oferece descontos de até 60% nos pacotes de inspeção

A

MacPonta Agro, concessionário John Deere na região, preparou condições especiais para o agricultor em Peças e Serviços. A campanha ‘Prevenção é a Melhor Ferramenta’ oferece descontos de até 60% nas inspeções de colheitadeiras, tratores, pulverizadores, plantadeiras e forrageiras, bem como pacotes de atualização de software a preços imperdíveis. Outra vantagem oferecida na campanha é o transporte do equipamento até a loja com preço fixo. Ao realizar serviços, o cliente também terá seis meses de garantia na compra de peças originais, além de poder adquirir três inspeções e pagar somente duas. Lançada no mês de setembro, a novidade está movimentando o departamento de Serviços da loja de Guarapuava. “A equipe está muito otimista. Esperamos que nossos clientes possam aproveitar essa condição diferenciada”, conta o Gerente de Oficina na loja de Guarapuava, Paulo Cezar Zevericoski. Segundo ele, o time está trabalhando fortemente para levar a campanha até todos os agricultores da região. A inspeção é um serviço preventivo, realizado por um técnico especializado, antes da máquina estar em funcionamento no campo. Ela garante que o equipamento esteja pronto para o agricultor no momento em que ele precisar utilizá-la. A medida, além de eficiente, representa economia para o bolso do cliente. “O que nós queremos, com essa iniciativa, é ajudar o produtor a poupar tempo e

dinheiro”, explica o Supervisor de Serviços, Anselmo Nadolny. Outra vantagem dessa promoção é que o cliente não paga por deslocamento técnico. E, após a avaliação técnica, que irá mostrar os pontos que precisam de manutenção e os pontos que estão em bom estado para o equipamento entrar em operação, o cliente saberá exatamente o valor que precisará investir se optar pela realização dos serviços. “Ou seja, o valor investido em uma inspeção é bem menor do que o cliente gastaria em uma revisão completa ou do que ele perderia, caso a máquina ficasse parada no momento de uso”, defende Anselmo.

A MacPonta Agro possui uma equipe completa, com técnicos treinados pela John Deere, prontos para atender os produtores rurais. “Nós temos mais de 40 carros para prestar serviços no campo, além de mecânicos preparados e treinados pela John Deere. Tudo isso agrega ainda mais confiança no serviço prestado”, avalia Anselmo. As condições da campanha são válidas até dezembro e já estão disponíveis em todas as lojas do concessionário (Guarapuava, Ponta Grossa, Castro, Irati, Arapoti, Prudentópolis e Quedas do Iguaçu).

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TROPEADA

6ª Tropeada Tiro Longo, dos Tropeiros dos Campos de Guarapuava: jovens levando adiante a tradição

ALEGRIA DA JUVENTUDE RENOVANDO UMA TRADIÇÃO

O

grupo Tropeiros dos Campos de Guarapuava mostrou, mais uma vez, que o equilíbrio entre experiência e juventude vem dando fôlego e alegria à cultura das tropeadas – uma forma de recordar o ciclo do tropeirismo no Brasil, quando por campos e serras do país as chamadas “tropas” cruzaram os séculos XVIII, XIX e início do XX, levando animais e mercadorias entre o Sul e o Sudeste. Ao abrir de novo espaço para que crianças e jovens acompanhassem seus pais e avós em seus dois dias de jornada por rincões guarapuavanos, a VI Tropeada Tiro Longo não só reafirmou o valor de reverenciar aquele passado, mas colocou as rédeas da tradição nas mãos de meninas e meninos, para que a conduzam ao futuro. Confiança que os pequenos retribuíram à altura, com destreza e entusiasmo, deixando entrever que descendem de quem outrora se

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aventurou a escrever história através de caminhos cheios de desafios. O roteiro desta que foi a 6ª tropeada do grupo começou com recepção, dia 13 de setembro, na Fazenda Cerro Verde. Na tarde do dia seguinte, teve início o trajeto, com pouso na Cabanha Rio das Pedras. A programação prosseguiu, dia 15, com Sesteada na Igreja Afonso Camargo e pouso na Associação Aprovale (Associação dos Produtores Rurais do Vale do Jordão). No último dia, 16, a programação finalizou com Sesteada na Fazenda Junqueira e pouso na Fazenda Águas Belas. Seguindo o costume de reverenciar tropeiros da região e/ou seus descendentes, o grupo ressaltou dois nomes: amigos e ambos com um passado ligado ao tropeirismo, Antônio Armstrong (Fazenda Junqueira), conhecido como “Campina” e já falecido, e Davi Klüber (Fazenda Águas Belas), aos 89 anos no

Fazenda Cerro Verde: no início do trajeto, o anfitrião Josoel Machado dirigiu palavras emocionadas aos tropeiros

momento do evento, adquiriram, em 1961, suas propriedades, situadas na região de Entre Rios, tornando-se também vizinhos de cerca.


A homenagem a Armstrong foi realizada na propriedade da família, diante dos tropeiros, solenemente perfilados num semi círculo. Sua filha e integrante dos Tropeiros dos Campos de Guarapuava, Gelci Armstrong de Araújo, a entregou ao irmão Jeferson. Klüber recebeu sua homenagem à noite, em sua fazenda, numa recepção que encerrou a tropeada com um toque de emoção: a característica flâmula de couro clara dos Tropeiros dos Campos de Guarapuava, com dizeres alusivos à tropeada, lhe foi entregue das mãos da neta Mariana, que havia completado quatro anos no dia anterior.

Fazenda Junqueira: Jeferson Armstrong recebeu em nome da família a homenagem a seu pai

Presente ao evento, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL conversou com familiares dos homenageados. Neta de Armstrong, a médica Andressa Armstrong de Araújo contou que mantém sua identidade rural. Após anunciar no berrante o início de cada etapa da tropeada, com a naturalidade de quem participa destes passeios desde os cinco anos de idade, ela enalteceu a tradição como forma de divulgar valores. “A gente vê amizade, respeito pelas mulheres, pelos idosos. Hoje em dia, vemos as crianças o dia inteiro no computador, fechadas dentro de casa. É raridade elas comerem uma quirera com feijão, sentarem-se embaixo de uma árvore para descansar. É um orgulho proporcionar isso aos nossos filhos, para que também eles relembrem qual é esta herança que veio dos nossos antepassados”, resumiu. A família de Davi Klüber compartilhava a mesma alegria. A esposa, Leni, se disse honrada: “É muito gratificante

Fazenda Águas Belas: (à dir.) Klüber recebeu homenagem das mãos da neta Mariana, de quatro anos, na presença da esposa Leni, do filho Mário e da nora

e emocionante também, porque é uma homenagem que acho muito justa”. Seu filho e anfitrião da última etapa da tropeada, Mário Klüber, sublinhou que o mais importante, para ele, foi ver o pai receber, ainda em vida, o reconhecimento dos Tropeiros dos Campos de Guarapuava. “Ele é neto de tropeiros, tem toda uma tradição com a agropecuária. Foi muito pertinente fazermos esta homenagem a uma pessoa que está viva”. Mário também se disse feliz de ver a tradição mantida pelas novas gerações: “Tenho a satisfação de hoje, perto dos meus cinquenta anos, ter minha filha, tropeando, e meu pai, aqui, quase um centenário”. Um dos responsáveis pela organização da tropeada, o produtor rural e tradicionalista José Ernani Lustosa,

lembrou que Armstrong ainda tropeava gado, em Entre Rios, mesmo após o final daquele ciclo histórico no país. A amizade, destacou, era marcante entre os dois produtores homenageados. “São estas as famílias que homenageamos. A gente as reverencia fazendo o que elas faziam”, finalizou. Estiveram também presentes à tropeada autoridades como o prefeito de Guarapuava, Cesar Silvestri Filho, a deputada estadual Cristina Silvestri e o secretário chefe da Casa Civil do Paraná, Cezar Silvestri. Em pronunciamento no final do evento, eles também elogiaram as tropeadas como forma de relembrar a história de Guarapuava e do Paraná, exaltando ainda os valores daquela manifestação cultural, como o respeito à família.

O produtor Antônio Armstrong, um dos homenageados – A neta Andressa, com sua filha, herdou além do sorriso o gosto pelas jornadas a cavalo

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No trajeto, a paisagem típica de Guarapuava

Faz. Cerro Verde: churrasco antes da partida

Gaita: tradição traduzida em música

Nos percursos campeiros, a integração entre gerações

Faz. Cerro Verde: num cenário de pintura, o início da jornada

Faz. Águas Belas: final do trajeto

Reverência: famílias valorizando antepassados

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Faz. Junqueira: formação solene para homenagem a Antônio Armstrong

Andressa Armstrong de Araújo: no berrante, o início de cada etapa

Encerramento: homenagens e autoridades


LEGISLAÇÃO

DR. Fábio Farés Decker e DRA. Simone Lima dos Santos Lupepsa Aliança Legal dos escritórios Decker Advogados Associados e Trajano Neto e Paciornik Advogados

A REFORMA TRABALHISTA

P

rimeiramente cabe destacar que a Lei 1.3467/2017 entrará em vigor após decorridos 120 dias de sua publicação, ou seja, a partir de 11/11/2017. Assim, os contratos já existentes permanecem com as regras atuais, porém caso seja interesse do empregado ou empregador poderá ser regido pela norma da reforma trabalhista, sendo necessário apenas pactuar um novo contrato de trabalho após a entrada em vigor da nova lei, ou com cláusula prevendo que sua eficácia ocorrerá a partir de 11/11/2017. Cabe agora destacar as alterações que a Lei 13467/2017 traz para o trabalho no campo: - Acordo Coletivo: depois da reforma, a Convenção Coletiva e o Acordo Coletivo de trabalho têm prevalência sobre a Lei apenas quando se tratar de jornada de trabalho, banco de horas, intervalo intrajornada, adesão ao PSE, plano cargos salários e funções, identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança, regulamento empresarial, representante dos trabalhadores no local de trabalho, teletrabalho, regime de sobreaviso e regime intermitente. - Da Jornada de Trabalho: antes a jornada de trabalho só poderia exceder mediante Convenção Coletiva, com a reforma poderá ser de 12 horas diárias ou 48 horas semanais, sendo que, a cada 12 horas trabalhadas deve haver 36 horas de descanso, o que poderá ser pactuado mediante acordo individual ou coletivo. - Demissão sem justa causa: com a reforma a demissão poderá ocorrer de comum acordo entre empregador e trabalhador; o pagamento da multa de 40%

será pela metade, ou seja 20% do saldo do FGTS; o empregado só poderá sacar 80% do FGTS depositado. A empresa deve conceder um aviso prévio de, no mínimo, 15 dias. Neste caso, o empregado não recebe o seguro desemprego. - Férias: as férias poderão ser divididas em até 3 períodos, não podendo ser inferior a 5 dias corridos, sendo que um deles deve ser de no mínimo 14 dias corridos. - Intervalo intrajornada: em jornadas acima de 6 horas o período de descanso é de no mínimo 30 minutos, desde que negociado entre empregado e empregador. - Prêmio: os prêmios serão considerados à parte do salário, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constitui base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. - Da reclamatória trabalhista: se o empregado assinar a rescisão não poderá questioná-la judicialmente, a parte que perder terá que arcar com as custas da ação. Comprovada a má-fé da parte é prevista a punição de 1% a 10% sobre o valor da causa, além de pagar indenização para a parte contrária. - Do trabalho intermitente: o empregado poderá ser contratado por escrito, para trabalhar por períodos (de forma não contínua), recebendo pelas horas, dias ou mês trabalhados, sendo-lhe assegurado o pagamento de férias, 13º salário e previdência social ao final de cada período de prestação de serviços; Caso o contrato não seja cumprido por uma das partes, quem descumpriu terá que pagar 50% do valor da remuneração combinada para o período contratual;

- Transporte: em qualquer situação, o tempo gasto não será considerado como tempo de serviço e não será computado na jornada de trabalho. O principal ponto a ser destacado com a Reforma Trabalhista é a criação de novos tipos de contratos que flexibilizam a relação entre empregadores e trabalhadores, bem como a alteração da jornada de trabalho, o que poderá ser aplicado nos períodos em que se exige maior dedicação dos empregados como plantio e colheita. Certamente estas regras mais flexíveis são mais adequadas à realidade da atividade agropecuária o que, gerará mais eficiência e agilidade com custos condizentes com o que deve ser investido na produção, o que deverá ter repercussão direta no retorno da atividade. Por fim, podemos concluir que a reforma trabalhista atende melhor as peculiaridades do campo, já que a legislação até então existente fora criada em outra realidade, na década de 40, quando a agricultura era basicamente familiar. Há algumas décadas o agronegócio vêm sendo o setor principal da economia nacional, tendo se desenvolvido em nível de competitividade e excelência reconhecidos mundialmente, justamente pelo investimento em tecnologia, qualidade de produção e aprimoramento das relações humanas. Por fim, destacamos que esta legislação nova é passível de discussão acerca da constitucionalidade e ainda pode sofrer modificações, sendo prudente que os novos contratos observem estritamente o que é permitido pela legislação.

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PROJETO IDENTIDADE SINDICAL 2017 Produtor rural, apresente a carteirinha* do Sindicato Rural e obtenha descontos nos locais abaixo:

GUARAPUAVA BetoAgro AGRONEGÓCIOS

3% na linha de produtos Forquímica

3% sob o preço de lista no ato da compra

5% nas prestações de serviços

10% no valor da mensalidade

8% em produtos e 12% em serviços

Descontos na prestação dos serviços

Descontos em exames

Desconto de 3% na linha de produtos New Deal

5% nas compras realizadas na loja

Descontos em todos os ramos de seguros

Márcio F. Rickli Luciana Batista Valéria S. Rickli

3% sobre o preço de lista no ato da compra

Descontos para sócios

3% nos implementos agrícolas, rolos destorroadores, renovador de pastagens, espalhador e distribuidor de palha

Descontos diversos

15% nos exames radiográficos

10% à vista ou parcelamento em 10 vezes s/ juros nos cartões

5% sobre valor final da negociação

10% análise de solos e de tecido vegetal

Fluxo de caixa gratuito, atualizado mensalmente, tanto trabalhos fiscais quanto trabalhos decisoriais

5% em todos os serviços prestados

10% na prestação de serviços

10% na elaboração do CAR e 5% na execução de serviços de topografia

Desconto de 5% em materiais de construção e 6% em móveis e casa pronta

*Se ainda não possui a carteirinha de sócio, compareça ao Sindicato Rural de Guarapuava ou nas Extensões de Base: Candói, Foz do Jordão e Cantagalo.

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5% em medicina do trabalho, segurança do trabalho, consultorias, intermediação de consultas e exames médicos e 10% em exames de diagnóstico laboratorial (Torreforte Clin)

3% para compras à vista

DESFRUTE DOS VÁRIOS BENEFÍCIOS COM SEU CARTÃO IDENTIDADE SINDICAL. Solicite o seu!

CANDÓI

3% em produtos veterinários, ferramentas agrícolas e lubrificantes

Newdeal Agroscience

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PROFISSIONAIS EM DESTAQUE

Antônio Romeu Colling (Valtra)

Dario Stremel e Eduardo Defieri (Fortgreen)

Mauro Sangelopes, Leandro Juk, Anderson Pilati, Fernando Simi, Fábio Bastos (Tratorcase)

Marino Mugnol e Alceu Ferreira de Castro (Coamo) com Rodolpho Botelho

Alexandre Almeida e Alexandre Dessbesell (Monsanto)

Carlos Guarese, Fernandes Bombardelli e Bruno Schneider (Macponta)

Aparecido Grosse, Elisabeth Stock, Camila Malomin e Anton Gora

Antonio Neto e Mauricio Martins (Ecologic Garden Hotel Fazenda)

Rodrigo Roman (Agrária) e David Cardin (Caixa Econômica Federal)

Ricardo Mayer e Mário Meyer (Master Agro)

Katherine Duhatschek e Karina Xavier (Timac Agro)

André Savoldi e Pablo Wagner (Augustin) com Rodolpho Botelho

Cassiano Zafalon, Jean Oliveira, Giovano Almeida e Marcio Schäfer (Paraná Silos)

Arthur Rosseto, Sasha Pires e Paulo Fialho (Rhal)

José Alves Neto e Ronaldo Marotti (Platinum América) REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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PROFISSIONAIS EM DESTAQUE

Celso Nima, Ralf Udo Dengler e Paulo Zuccheo (Fundação Meridional)

Everton Santos e Alexandre Vivan (Adama)

Claudir Santos, Fernando Fries, Thiago Senkio e Valdiclei dos Santos (Augustin)

Julien Witzel e Luciano Donna (Bayer)

Carolina Gomes, Luciana Queiroga e Loyze Librelato

Thiago Bombardelli e Washington Gomes (Agrária)

Rodrigo Neves e Paulo Fialho (Rhal)

Evaldo Hansaol, Melinho, Luiz Tavares e Rodrigo Teles (Agrotis)

Luiz Antônio Lucchesi, Thyago Nalin, José Roberto Papi e Rodolpho Botelho

Thiago Abt, Thiago Zanco e Marcelo Krause (Dekalb)

Em busca de novos horizontes

Alunos de Agronomia da Unicentro

–O zootecnista Luiz Francisco Agner II, de Guarapuava, decidiu dar um novo rumo em sua vida profissional. Ele está se transferindo do Paraná para o Pará, onde vai residir na cidade de Redenção. Segundo comentou, a boa estrutura da região e uma pecuária forte são horizontes promissores. Conhecido no Sindicato Rural por participar de vários dos eventos técnicos da entidade e colaborar com o Programa Pecuária Moderna, ele passou para se despedir dos amigos no último dia 9 de outubro. O Sindicato Rural deseja êxito em sua nova caminhada profissional!

Betina Mayer e Leonardo Hildenbrandt

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Ray da Silva Oliveira e Dominique N. de Lima


PRODUTORES EM DESTAQUE

André Zentner e Walter Wilk

André Zentner e Franz Weicher

Roberto Müllerleily, Roberto Hyczy e Aparecido Grosse

Anelise Roseira , André Zentner, Waltraut M. P. Mayer e Roberto Müllerleily

Astrid Lange e Soeli Lange

Arnaldo Stock

Thais Andressa, Tjiago Gavansky e Evanilde Vieira

Anton Keller II e Siegfried Milla I

Brigit Weckl e Helga Becker Jaeger

Sorteio Campanha Sócio Participativo

A diretoria do Sindicato Rural sorteou e entregou uma cesta de produtos importados no dia 27 de setembro (Campanha Sócio Participativo). O sócio sorteado foi Eros Araújo. Participaram da entrega os diretores Josef Pfann Filho, Anton Egles, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, Gibran Thives Araújo, João Arthur Barbosa Lima e as colaboradoras do Sindicato, Mery Ribas e Luciana de Queiroga Bren.

Wilfried Spieler

Edemar Balkau

Mauro Krug e Erick Krug

André Zentner e Gerhart Joseph Wilk

No dia 25 de setembro, colaboradores do Sindicato Rural de Guarapuava fizeram uma breve pausa, para um momento especial: a comemoração do aniversário da colega Rosemeri Althaus. O vicepresidente Anton Gora (à dir.) também prestigiou o momento.

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DEZEMBRO

NOVEMBRO

ANIVERSARIANTES 2017 01/11 01/11 01/11 01/11 01/11 01/11 02/11 02/11 02/11 02/11 03/11 03/11 03/11 04/11 04/11 04/11 04/11 05/11 05/11

EGON HEIRICH MILLA HELMUTH MAYER JONAS JOSE KULKA RAIMUNDO GARTNER RODRIGO SCHNEIDER VICENTE MAMCASZ ANSELMO STUEPP GUNTER WINKLER JOHANN WOLBERT THERESIA JUNGERT DIONISIO BURAK EVALDO ANTON KLEIN KARL KELLER ANA CELIA DE ARAÚJO CLEVERSON ATALIBE MARTINS EUNICE MARIA S. KELLER JOÃO LAERTES RIBAS ROCHA ANTÔNIO CARLOS R. BURKO CARLOS ALBERTO DE CASTRO

01/12 01/12 01/12 01/12 01/12 01/12 02/12 02/12 02/12 02/12 02/12 02/12 03/12 03/12 03/12 04/12 05/12 05/12 05/12 05/12 05/12

ALLAN KARDEC LOPES FILHO JOÃO AFONSO F. BILEK KLAUS KRATZ LUCIANE WERNECK BOTELHO MARIA DANIELI DOS REIS MARIA DE L. SCHEIDT MADER ARION MENDES TEIXEIRA CLARACI BORGES CLÁUDIA S. KORPASCH GILSON SCHIMIM MENDES MANUELLE SCHLAFNER ROSELINDA DE F. CHIARO DANIEL JOSÉ LOURES ELCIO DOBGENSKI ODACIR ANTONELLI RUY LAURICI ALVES TEIXEIRA BLACARDINI FRITZ GADOTTI ERNA TERESA MILLA JEFFERSON JOSÉ MARTINS JOÃO PAZ FRANÇA SIEGBERT NAUY

05/11 05/11 06/11 06/11 06/11 07/11 08/11 08/11 08/11 09/11 09/11 11/11 11/11 11/11 12/11 13/11 13/11 13/11 14/11

05/12 07/12 07/12 08/12 08/12 08/12 09/12 10/12 10/12 10/12 10/12 11/12 11/12 12/12 12/12 12/12 13/12 14/12 15/12 15/12 15/12

LUCIANE SILVESTRI ARAÚJO RUBENS LOPES DE ARAÚJO EGON WINKLER FRANZ WEICHER JÚNIOR JOCELIM A. DAS NEVES LUIZ CARLOS M. DE OLIVEIRA ANDERSON LINEU MARTINS IRENE ELISABETH REMLIMGER JOSEF SPIELER OSMAR ANTÔNIO DALANORA VINICIUS ROCHA CAMARGO CESAR PEDRO Z. RIBAS GILBERTO BARONI SIDINEI DENARDI HARRY MAYER CÍCERO PASSOS DE LACERDA HEINRICH VOLLWEITER ROZELI ARAÚJO OLIVEIRA DEODORO ARAÚJO MARCONDES

TELCIO GRANEMANN FRITZ ANTON EGLES FRANZ MILLA II DANIEL PERUZZO MARICLER REGINA NERVIS SOLANGE MARIA SCHMIDT ANELISE DAUTERMAN BUHALI ANDERSON MENDES DE ARAUJO IRENE F. SILVÉRIO FILIPOSKI JOSÉ CANESTRARO RODOLPHO LUIZ W. BOTELHO ELISEU SCHUAIGERT MARCOS TIAGO GEIER PEDRO CORDEIRO PEDRO DE PAULA XAVIER VALDIR CESAR DE MORAES LIMA NELCI TEREZINHA M. DO VALLE ALEXANDRE UTRI ELMAR REMLIMGER FRANCISCO SEITZ OSMAR KARLY

15/11 15/11 15/11 16/11 17/11 17/11 17/11 17/11 17/11 17/11 18/11 19/11 20/11 20/11 20/11 20/11 21/11 21/11 22/11

17/12 18/12 18/12 19/12 19/12 19/12 19/12 19/12 19/12 20/12 20/12 20/12 20/12 20/12 21/12 21/12 21/12 22/12 22/12 23/12 23/12

JAIME TONON LEONARDO OBAL OTTO MARTIN RITTER VALÉRIO TOMASELLI ALDOINO GOLDONI FILHO ALFREDO SZABO ANTÔNIO CASSOL BRUNO ARMSTRONG DE ARAÚJO MIGUEL WILD RONALD OSTER ALEXANDRE SEITZ LUCIANO KOLODA CILTON RIBAS EDSON JOSÉ MAZURECHEN ETELVINO ROMANO PORTOLAN RODRIGO RIBAS MARTINS MARIO LOSSO KLUBER RUY JORGE NAIVERTH JOSÉ CARLOS LUSTOSA

ROBERTO SATTLER CHRISTOPH RITTER JOÃO SUEKE SOBRINHO ALBERTO STOCK ALCIDES KRÜGER EVA BECKER JAMIL ALVES DE SOUZA LUCIANO CHIOTT MARCO ANTÔNIO DOS SANTOS ERICH EGLES JOÃO FRANCISCO ABREU RIBAS JOSEF DUHATSCHEK TIAGO PACHECO STADLER ULRICH THOMAS LEH EDSON RODRIGUES DE BASTOS GERHARD TEMARI ROMUALDO PRESTES KRAMER HEROLD PERTSCHY LUIZ CARLOS SBARDELOTTO CAROLINE LUSTOZA WOLBERT ELEVIR ANTÔNIO NEGRELLO

CONFIRA A AGENDA DE EVENTOS AGROPECUÁRIOS: 10º Festival Gastronômico Carne de Cordeiro - Cooperaliança 10 de novembro - 20h

Vittace Centro de Convenções e Eventos Ingressos à venda na Cooperaliança Informações: (42) 3622-2443

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Entrega de alevinos 10 de novembro

8 às 11h30 Encomendas no Sindicato Rural de Guarapuava Informações: 42-3623-1115

Jantar alusivo aos 50 anos do Sindicato Rural de Guarapuava para sócios e parceiros 07 de dezembro - 20h

Spazio Vecchia Ingressos a venda na recepção da entidade Informações: 42-3623-1115

23/11 24/11 25/11 25/11 26/11 26/11 26/11 27/11 28/11 28/11 28/11 29/11 29/11 30/11 30/11 30/11 30/11

ANDRE SZENDELA EDEMAR BALKAU ANTON GOTTFRIED EGLES RODOLFO WOLBERT ANTÔNIO LINEU MARTINS JOÃO MARIA SIQUEIRA RIBAS MARIA AP. LACERDA ARAÚJO OZIAS SCHINEIDER ALFREDO JUNGERT RAIMUND HELLEIS VÂNIA ELISABETH F. DE MELO KARL HEINZ LAUBERT FILIP PRISCILA KLEIN GEORGE KARAM JOAREZ S. NUNES DE OLIVEIRA JOICIMAR A. CENTOFANTE JOSEF DETTINGER

23/12 23/12 24/12 25/12 25/12 25/12 25/12 25/12 26/12 26/12 27/12 27/12 28/12 28/12 29/12 29/12 29/12 30/12 31/12 31/12 31/12 31/12

GERALDO NATAL CECCON NILSO GRANOSKI CAROLINA R. M. FERREIRA EMANOEL N. SILVESTRIN JOSÉ AUGUSTO DE M. BARROS JOSEF WILD SEBASTIÃO ELON CAVALHEIRO WENDELIN HERING FILHO GUILHERME DE PAULA NETO RAFAELA MAYER FELIPE MARTINS DE ALMEIDA WILMAR SCHNEIDER CLEBER DALL’ AGNOL ELTON THIVES ARAUJO EGON SCHEIDT EPONINA WERNECK CENEVIVA KARIN KATHARINA LEH CRISTIANO BINSFELD ADELHEID KLEIN KNESOWTSCH ARNO SILVESTRE MULLER MARCIO MENDES ARAÚJO ROSITA P. DE LIMA MALINOSKI

NOV/DEZ

2017

Curso de churrasco (Clube da Carne) 14 de novembro - 19h Sindicato Rural de Guarapuava Inscrições e informações: 42-3623-1115


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EDUCAÇÃO INFANTIL AO ENSINO MÉDIO

CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA

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