Maria Alberta Menéres / Eduardo Queiróz, Nath Calan BRM4G1400002
As pedras falam, só entende quem quer, todas as coisas têm uma coisa para dizer. As pedras falam, só entende quem quer, todas as coisas têm uma coisa para dizer. As pedras falam? Pois falam mas não à nossa maneira, que todas as coisas sabem uma história que não calam. As pedras cantam nos lagos choram no meio da rua tremem de frio e de medo quando a noite é fria e escura. Debaixo dos nossos pés ou dentro da nossa mão, o que pensarão de nós? O que de nós pensarão?
As pedras falam, pois falam só entende quem quer, todas as coisas têm uma coisa para dizer.
Foi de duas pedras duras que a faísca rebentou: uma germinou em flor e a outra nos céus voou.
As pedras riem nos muros ao sol, no fundo do mar se esquecem. Umas partem como aves e nem mais tarde regressam. Brilham quando a chuva cai. Vestem-se de musgo verde em casa velha ou em fonte que saiba matar a sede.
Debaixo dos nossos pés ou dentro da nossa mão o que pensarão de nós? O que de nós pensarão?
As pedras falam...
As pedras falam?...
As pedras falam, só entende quem quer, todas as coisas têm uma coisa para dizer.
Géninha Melo e Castro - Voz Eduardo Queiróz - Arranjo, teclado, violão, voz Nath Calan - Percussão, vibrafone, voz Camilo Carrara - Violão
Maria Alberta Menéres / Camilo Carrara BRM4G1400010
O urso polar não sabe pular. A Ursa Menor só sabe agarrar a Estrela Polar.
O urso polar não sabe pular. A Ursa Menor só sabe agarrar a Estrela Polar.
A Estrela Polar não sabe pular. A Ursa Maior parece um doutor!
A Estrela Polar não sabe pular. A Ursa Maior parece um doutor!
Se o urso polar quisesse pular caía na neve de patas para o ar.
Se o urso polar quisesse pular caía na neve de patas para o ar.
Se a Estrela Polar quisesse mudar de Norte o lugar, caía no mar.
Se a Estrela Polar quisesse mudar de Norte o lugar, caía no mar.
Se o urso polar quisesse pular caía na neve de patas para o ar. Se a Estrela Polar quisesse mudar de Norte o lugar, caía no mar. A Estrela Polar não sabe pular. A Ursa Maior parece um doutor! O urso polar não sabe pular. A Ursa Menor só sabe agarrar a Estrela Polar.
Géninha Melo e Castro - Voz Eduardo Queiróz - Arranjo, teclado, voz Nath Calan - Percussão, vibrafone, voz Camilo Carrara - Violão
Maria Alberta Menéres / Camilo Carrara, Eduardo Queiróz BRM4G1400001
Posso, posso fazer um chapéu! Posso, posso fazer um chapéu! Posso fazer um chapéu de qualquer coisa que veja, de ninhos de abelharuca ou de folhas de cereja. Das penas de um galaroz ou de conchinhas do mar, de três meadas de lã, fica um chapéu de pasmar. Posso, posso fazer um chapéu! Posso, posso fazer um chapéu! Se pegar num passador dos de escorrer macarrão e lhe espetar malmequeres, nem sonham que figurão! Para ter um chapéu bem original, basta ter ideias et ecetera e tal… Posso, posso fazer um chapéu! Posso, posso fazer um chapéu!
Géninha Melo e Castro - Voz Eduardo Queiróz - Arranjo, programação, violão, voz Nath Calan - Percussão, voz Camilo Carrara - Violão, cavaquinho Convidado especial - Ney Matogrosso (Voz)
Haaa! Posso, posso curar essa dor! Posso, posso curar essa dor! Um senhor doutor colheu uma flor para pôr ao peito e todo vaidoso foi para o consultório muito satisfeito. Chegou um doente e disse o doutor: Eu tenho uma flor! Eu tenho uma flor! E disse o doente muito de repente: Eu tenho uma dor! Eu tenho uma dor!
Porquê? Posso, posso fazer um chapéu! Posso, posso fazer um chapéu! Posso fazer um chapéu de qualquer coisa que veja, de ninhos de abelharuca ou de folhas de cereja. Para ter um chapéu bem original, basta ter ideias et ecetera e tal… Posso, posso fazer um chapéu!...
Maria Alberta Menéres / Eduardo Queiróz BRM4G1400005
Eu conheci um caranguejo de uma esquisita cor azul que andava sempre para trás na praia ao sol do mar do sul. Naquela praia a cor azul era um sinal de liberdade, nas velhas conchas muito azuis, no búzio azul de tenra idade. E o caranguejo olhando em volta viu as crianças a correr, viu muita gente passeando e começou a entristecer: - Que confusão isso me faz! Porquê será, porquê será que só eu ando para a frente e os outros para trás?
Géninha Melo e Castro - Voz Eduardo Queiróz - Arranjo, teclados, guitarra, voz do caranguejo Nath Calan - Percussão, vibrafone, voz
Maria Alberta Menéres / Eduardo Queiróz BRM4G1400003
Por que eu me chamo coelho e não me chamo melão? Por que eu me chamo lagartixa e não me chamo cão? Por que eu me chamo uva e não me chamo chuva? Por que eu me chamo, me chamo assim?
Por que eu me chamo coelho e não me chamo melão? Por que eu me chamo lagartixa e não me chamo cão? Por que eu me chamo uva e não me chamo chuva? Por que eu me chamo, me chamo assim?
Por que eu me chamo Maria do Céu e não me chamo chapéu? Por que eu me chamo pedra e não me chamo perna? Por que eu me chamo, me chamo assim?
Por que eu me chamo Maria do Céu e não me chamo chapéu? Por que eu me chamo pedra e não me chamo perna? Por que eu me chamo, me chamo assim?
Por que é que me chamo cebola e não chamo papoila? Por que é que eu me chamo casa e não me chamo asa?
Cada coisa tem seu nome para assim ser conhecida. Mas se eu tivesse outro nome em vez daquele que tem, lá voltaria outra vez a pergunta repetida: Por que é que eu me chamo, eu me chamo, eu me chamo assim?
Por que é que eu não me chamo Sol? Por que é que eu não me chamo Lua? Por que é que eu me chamo, eu me chamo, eu me chamo assim?
Por que eu me chamo?...
Géninha Melo e Castro - Voz Eduardo Queiróz - Arranjo, teclado, violão, voz Nath Calan - Percussão, vibrafone, voz Camilo Carrara - Violão Participação especial - Lino Krizz (Voz)
Maria Alberta Menéres / Eduardo Queiróz, Eugénia Melo e Castro BRM4G1400006
As manas tartarugas já são muito velhotas todas cheias de rugas.
As manas tartarugas lêem, bebendo o chá quando avistam 3 pulgas:
As manas tartarugas lêem, bebendo o chá quando avistam 3 pulgas.
- Mau! Letrinhas escuras para cá e para lá, letrinhas escuras, até fazem tonturas…
- Que frio! Ai! - Tarde feia! Ai! Esta casinha às costas É mesmo boa ideia! As manas tartarugas já são muito velhotas todas cheias de rugas.
As manas tartarugas já são muito velhotas todas cheias de rugas: - Que frio! Ai! - Tarde feia! Ai! Esta casinha às costas É mesmo boa ideia!
Géninha Melo e Castro - Voz Eduardo Queiróz - Arranjo, guitarra, teclado Nath Calan - Percussão, vibrafone Camilo Carrara - Violão
Maria Alberta Menéres / Eduardo Queiróz, Eugénia Melo e Castro BRM4G1400007
Eu tenho um nariz de giz... Que toda a gente me diz... Eu tenho um nariz de giz que toda a gente me diz com ares de grande juiz que parece uma perdiz mas a perdiz do juiz sempre ouvi dizer que quis transformar-se em codorniz por causa dos imbecis. Os imbecis... Eu tenho um nariz de giz... Por causa dos imbecis...
Eu tenho um nariz de giz... Que toda a gente me diz...
Ora o juiz nunca quis ser dono de tal nariz e deu-o a um petiz que ainda era aprendiz de caça da codorniz que destino infeliz fez dono de tal nariz.
Eu tenho um nariz de giz que toda a gente me diz com ares de grande juiz que parece uma perdiz mas a perdiz do juiz sempre ouvi dizer que quis transformar-se em codorniz por causa dos imbecis...
Mas o petiz do nariz com o giz desenhou X na careca do juiz!
Eu tenho um nariz de giz... Por causa dos imbecis...
Ora o juiz nunca quis ser dono de tal nariz e deu-o a um petiz que ainda era aprendiz de caça da codorniz que destino infeliz fez dono de tal nariz. Mas o petiz do nariz com o giz desenhou X na careca do juiz! Eu tenho um nariz de giz... Que toda a gente me diz...
Géninha Melo e Castro - Voz Eduardo Queiróz - Arranjo, programação, teclados, voz Nath Calan - Percussões, vibrafone, voz Camilo Carrara - Violões Participação especial - Voz - Lino Krizz
Maria Alberta Menéres / Camilo Carrara BRM4G1400004
Qual é a coisa, qual é ela que se prende à terra por sua raiz, de si própria cresce e em casca se embrulha? Qual é a coisa, qual é ela, que em verdes tons se revela e em tons castanhos se diz? Qual é a coisa, qual é ela? Qual é a coisa, qual é ela? Qual é a coisa, qual é ela que se prende à terra por sua raiz, de si própria cresce e em casca se embrulha? Qual é a coisa, qual é ela com flores e frutos está à janela, como quem vive feliz?
Qual é a coisa, qual é ela? Qual é a coisa, qual é ela? Qual é a coisa, qual é ela? Qual é a coisa, qual é ela? Qual é a coisa, qual é ela que se prende à terra por sua raiz, de si própria cresce e em casca se embrulha? Qual é a coisa, qual é ela, que em verdes tons se revela e em tons castanhos se diz? Qual é a coisa, qual é ela? Qual é a coisa, qual é ela? Qual é a coisa, qual é ela? Qual é a coisa, qual é ela?
Géninha Melo e Castro - Voz Eduardo Queiróz - Arranjo, programação, teclados, voz Nath Calan - Percussões, vibrafone, voz Camilo Carrara - Violões
Maria Alberta Menéres / Eduardo Queiróz BRM4G1400008
Um mais um, um dia dois mais dois moscardos ao esquecerem três dias seus quatro burros pardos, foram ver cinco primos nas seis mais seis colinas, sete sóis ergueram nas oito filipinas. Viram nove vacas, viram dez mais dez bois tão gordos onze vezes doze e doze, ora pois! Um mais um, um dia dois mais dois moscardos largaram por três vezes seus quatro burros pardos e foram cinco a cinco pousar nesses seis bois tão gordos sete vezes oito e oito, ora pois!
Aprender tabuada agora é muito fácil: temos muitas maçãs comemo-las todas e ficamos sem nada. Se perdermos algumas por nossa culpa tonta, quer dizer, se caírem pelo fundo do cesto, já não entram na conta. Mas se nos derem mais e quisermos contá-las quando as formos trincando e assim nos confundirmos, podemos pedir mais. Se nos derem, é fácil. Porém se não nos derem maçãs nem duas nem três, então o caso é grave pela primeira vez…
1 2 3 4 5 6 7 8 Viram nove vacas, viram dez mais dez bois tão gordos onze vezes doze e doze, ora pois! Viram nove vacas, viram dez mais dez bois tão gordos onze vezes doze e doze, ora pois! 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Géninha Melo e Castro - Voz Eduardo Queiróz - Arranjo, guitarra, teclado, voz Nath Calan - Percussões, vibrafone, voz Camilo Carrara - Violão
Maria Alberta Menéres / Nath Calan, Eduardo Queiróz BRM4G1400011
A coruja vê de noite o que o corvo vê de dia mas à noite está sozinha não tem muita companhia. O corvo que é cor da noite não entende a beleza que a coruja vê na noite e vive nesta incerteza. Dona Coruja, os seus olhos tão abertos, tão redondos, será? Não gostam de sol? Dona Coruja, os seus olhos tão abertos, tão redondos, será? Querem outros mundos?
Géninha Melo e Castro - Voz Eduardo Queiróz - Arranjo, teclado, guitarra, voz Nath Calan - Percussão, vibrafone, voz Camilo Carrara - Violão
O astronauta é um pernalta num salto fica perto da lua. Oh quem me dera ser assim alto, num foguetão em asa ou cápsula entrar em órbita, descer na lua voltar à noite para a minha casa, dormir à noite na minha cama! O astronauta é um pernalta que voa e chama!
Se tudo o que é belo conta e canta na luz do dia, por que razão a coruja não é uma cotovia? Dona Coruja, os seus olhos tão abertos, tão redondos, será? Não gostam de sol? Dona Coruja, os seus olhos tão abertos, tão redondos, será? Querem outros mundos? Não gostam de sol...
Maria Alberta Menéres / Camilo Carrara BRM4G1400009
Boa noite, Boa noite, já são horas de ir dormir. Começa a noite a espreitar: “Lá vem a Lua a subir!” Brinquedos, brincadeiras trabalhos do dia a dia fecham seus olhos cansados procurando outra magia. Devagar, devagarinho como quem começa a ler, vai este dia esconder e outro dia aparecer. Boa noite, Boa noite, já vem o sono a chegar. O dia que vai nascer quem é que o quer embalar?
GĂŠninha Melo e Castro - Voz Nath Calan - Vibrafone Camilo Carrara - Arranjo, violĂľes
Produzido e gravado em São Paulo no Estúdio Anima por Eduardo Queiróz em 2013 Mixado no FXStudios por Eduardo Gracia e Eduardo Queiróz Voz de Ney Matogrosso gravada no Rio de Janeiro no Estúdio Palco por Thiago Braga Masterizado no Reference Mastering Estúdio por Homero Lotito Direção artística - Eduardo Queiróz e Eugénia Melo e Castro Capa, ilustrações e projeto gráfico - Mariana Melo Adaptação literária dos poemas de Maria Alberta Menéres por Eugénia Melo e Castro © Menéres, Maria Alberta. Conversas Com Versos. São Paulo: Leya, 2013 Produção executiva e pós gravação - Thyago Braulio (P&MB Produções) http://pmbproducoes.com.br www.eugeniameloecastro.com
Géninha agradece a Maria Alberta Menéres, Mia, Mariana Melo, Alberta Melo e Castro, Ernesto Melo e Castro, Elza Miné, Tozé Castanheira+António+Tomi+Dudu, Rita Sampaio+Maria, Ney Matogrosso, Lino Krizz, Nath Calan, Camilo Carrara, Glaucia Faria+Bruno+Edu Queiróz, Thyago Bráulio+Maria, Fernando Cardoso, Danilo Santos de Miranda
Produzido por Eduardo Queiróz e Eugénia Melo e Castro © 2014 / Eugénia Melo e Castro - Todos os direitos reservados
SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO Administração Regional no Estado de São Paulo Presidente do Conselho Regional Abram Szajman Diretor Regional Danilo Santos de Miranda Superintendentes Comunicação Social: Ivan Paulo Giannini Técnico-Social: Joel Naimayer Padula Administração: Luiz Deoclécio Massaro Galina Assessoria Técnica e de Planejamento: Sérgio José Battistelli Gerente de Artes Gráficas: Hélcio Magalhães Gerente Adjunta: Karina Musumeci Assistente: Érica Dias SELO SESC Gerente do Centro de Produção Audiovisual: Silvana Morales Nunes Gerente Adjunta: Sandra Karaoglan Coordenador: Wagner Palazzi Produção: Igor Pirola, Ricardo Tifona Comunicação: Alexandre Amaral, Raul Lorenzeti, Renata Wagner Administrativo: Katia Kieling, Thays Heiderich, Yumi Fujihira Sakamoto
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