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GLOSSÁRIO

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REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS

ARQUEOLOGIA BÍBLICA

Anacronismo: Confusão de datas.

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Animismo: É a crença de que “almas” (na verdade espíritos), fantasmas e deuses vivem nos objetos, animais ou fenômenos da natureza.

Antropologia: É o estudo do homem, que pode receber um enfoque sincrônico ou diacrônico. Sincronicamente: prata das similaridades e diferenças entre as variedades biológicas humanas, seus costumes, culturas, linguagens e crenças. Diacronicamente: Preocupa-se com sua origem e desenvolvimento cultural e tecnológico na corrente do tempo.

Artefato: Qualquer objeto produzido artificialmente.

Assimilação: Ocorre quando o grupo culturalmente dominante integra e funde traços de outras culturas, anteriores e distintas dele.

Associação: Princípio geralmente aceito segundo o qual, em um lócus não perturbado, deduz-se que os artefatos encontrados provavelmente estavam em uso no mesmo período.

Basalto: Uma rocha ígnea (vulcânica) escura ou negra.

Camada: Uma unidade de material que não sofre solução de continuidade (por exemplo: uma rocha, um solo específico ou a parede de uma casa).

Cerâmica: Artefatos de cerâmica (argila cozida), incluindo tijolos e vasos, estão entre os achados mais comumente encontrados na maior parte das escavações arqueológicas (cf. vaso).

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Diacronismo: Uma descrição ou análise é diacrônica quando examina os fatos que dizem respeito ao tema estudado considerando as modificações que ele sofre durante a passagem do tempo (cf. sincrônico).

Equinócio Vernal (ou Equinócio da Primavera Setentrional): Por volta de 21 de março, época em que o sol está no mesmo plano que a linha do Equador, fazendo com que o dia e a noite tenha a mesma duração.

Escavação: É a remoção sistemática da matriz com o objetivo de coletar ou observar artefatos e registrar dados.

Estela: Monumento vertical em forma de uma laje de pedra (ou madeira), com inscrições, pinturas ou relevos.

Estrato: É o conjunto de loci ou camadas em que não ocorre ruptura cultural. Também é chamado stratum (o plural é strata) .

Etnologia: É a análise das culturas e das variações culturais.

Fóssil: É o resto ou vestígio de um ser morto como resultado da fossilização (as substâncias orgânicas são mineralizadas, isto é, substituídas por minerais).

Inscrições: Diversas inscrições encontradas em Israel estão em hebraico, aramaico, grego e latim.

A maior parte do Antigo Testamento foi escrito originalmente em hebraico. O hebraico pertence ao grupo dos idiomas semíticos, possuindo parentesco com diversas línguas, tais como o acadiano (e seus derivados, como o babilônio), o aramaico (incluindo o dialeto siríaco), línguas faladas em Canaã e nas vizinhanças (como o fenício, o ugarítico e o moabita) e o árabe. O hebraico, assim como outros idiomas semíticos, se escreve da direita para a esquerda. Até o Exílio Babilônio, escrevia-se com os caracteres paleo-hebraicos (ou arcaicos), basicamente idênticos

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aos usados pelos fenícios e cananeus. O Calendário de Gezer, a Pedra Moabita, o sarcófago do rei Eshmunazor II, a Inscrição de Siloé e o Artefato do Templo (em forma de romã) são amostras da escrita arcaica. Após o Exílio, os judeus empregaram outro tipo de caracteres, hoje chamados “quadrados”. No período em que o Antigo Testamento foi escrito, apenas as consoantes eram grafadas. No período massorético (entre os séculos V e X d.C.) foi elaborado um sistema de registro de vogais e acentos, chamado notação diacrítica.

O aramaico (também chamado caldaico) foi usado pelos judeus desde o fim do cativeiro babilônico (587-539 a.C.). Era o idioma nacional falado na região no tempo em que Jesus esteve na Terra.

O grego, por sua vez, alcançou o status de língua internacional por meio das conquistas helenizantes de Alexandre, o grande. O Novo Testamento foi escrito em grego, o que em muito facilitou sua difusão entre os diversos povos.

Quanto ao latim, era a língua do Império Romano, a potência expansionista estrangeira que dominava a Judéia (além de muitos outros povos) durante o período do ministério terrestre de Jesus.

In situ: É a posição exata em que os artefatos foram encontrados no sítio.

Instrumentos: Antes da escavação: radares ou sonares, magnetômetros computadorizados e sondas periscópicas de profundidade. Durante a escavação e coleta: pás, picaretas, espátulas, pinças, escovas e pincéis, instrumentos odontológicos, envelopes plásticos, tubos de ensaio, potes de vidro, baldes, cestos de borracha, carrinhos de mão e peneiras, níveis e fitas métricas, blocos de notas e computadores para o registro de dados.

Meia-vida: Os materiais radioativos, instáveis, tendem a sofrer alterações atômicas com o passar de longos períodos de tempo que os transformam em materiais estáveis. Meia-vida é a duração de tempo em que se processa a transformação de metade da massa original.

Mesopotâmia: Uma região da Ásia que se estende entre os rios Tigre e Eufra-

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tes. Inclui as cidades de Babilônia, Ereque (Uruk), Mari, Nuzi e Nínive (na Assíria). As primeiras grandes civilizações pós-diluvianas (Suméria e Acade) se estabeleceram na região.

Ostracon (plural: ostraca): Caco de um vaso ou lasca de calcário ou de cerâmica utilizada para a escrita. Considerando-se a etimologia (a palavra grega ostracon significa “caco”), qualquer escrito em material fragmentado pode ser chamado ostracon.

Aleografia: Muitas vezes um achado arqueológico inclui inscrições. Elas podem estar presentes em um documento manuscrito em pergaminho, papiro ou ostracon (caco com inscrições), ou podem estar registradas em vasos, lápides e outros artefatos, ou até mesmo em monumentos e grandes construções. A paleografia é o estudo das escritas antigas, e é um dos campos da epigrafia (que é o estudo das inscrições em geral). Assim como os idiomas são dinâmicos (por exemplo, palavras que eram antes utilizadas para representar alguma coisa deixam de ser empregadas depois, ou ganham um sentido diferente), também a forma dos caracteres e outros dados referentes ao registro mudam com o passar do tempo. Isso inclui o material de escrita (por exemplo, em certo momento havia relativa abundância de papiro, mas algum tempo depois ele não estava mais disponível), a encadernação (em certa época os livros tinham a forma de rolo, mas manuscritos cristãos cedo passaram a ser encadernados como códices, isto é, livros) e principalmente os caracteres e a forma de escrevê-los (como o processo de substituição da escrita uncial [isto é, maiúscula] pela cursiva). A análise de cada um desses dados, considerando as mudanças na corrente do tempo, pode geralmente estabelecer a época e por vezes o local em que determinada inscrição foi registrada.

Palimpsesto: Manuscrito registrado em material de escrita (geralmente pergaminho) reutilizado. Os materiais de escrita geralmente eram caros e muitas vezes inacessíveis (especialmente os pergaminhos). Eventualmente, quando surgia a necessidade de se fazer um registro, raspava-se cuidadosamente um pergaminho e ele era reescrito. Talvez o palimpsesto mais famoso para os especialistas bíblicos seja o Ephraemi Rescriptus (códice uncial “C”), um pergaminho do século V que continha o Novo Testamento, mas que foi re-

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escrito para registrar os discursos de Efraim da Síria. O crítico textual do Novo Testamento Constantin von Tischendorf (1815-1874), famoso pela descoberta do manuscrito sinaítico no mosteiro de Santa Catarina (na base do Monte Sinai), foi quem o decifrou. Hoje os palimpsestos são decifrados com o auxílio da fotografia com iluminação ultravioleta.

Registro Arqueológico: É o conjunto das culturas materiais dos diversos povos que se distribuem sobre a Terra.

Topologia: Estudo de um lugar, considerando tanto suas características físicas e naturais, quanto os acidentes artificiais, produzidos pela presença do homem.

Wadi: Rio intermitente, ou a região desse rio.

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