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PSICOLOGIA PASTORAL
INTRODUÇÃO AO HEBRAICO
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Sumário
INTRODUÇÃO 1. A DEMANDA DO MINISTÉRIO PASTORAL 2. PERFÍS DE PESSOAS 3. NO LIMITE ENTRE CORPO, ALMA E ESPÍRITO 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS
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36,&2/2*,$ 3$6725$/
INTRODUÇÃO
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.” Carl G. Jung. Uma das minhas experiências ao lidar com seminaristas, não só como professor de teologia, mas também, como um eterno estudante e pesquisador dos processos mentais, ao longo de quase quinze anos, é deparar com as motivações destes, quanto as suas aspirações ministeriais, frases típicas como: “Deus me chamou para o Ministério da Palavra”; “ Sou um vocacionado aoMinistério Pastoral” e por ai, segue as premissas subjetivas, permeadas por boas doses de endorfina, serotonina e oxitocina. Geralmente, ao ouvir as motivações dos jovens seminaristas, utilizo de mecanismos hipotéticos, que funcionam como “ balde de água fria”, afim, de provar o poder de fogo, de suas declarações entusiastas, coisa do tipo: “ Sou pastor a quase 25 anos e quando o meu celular toca, e olho na bina, quem é o sujeito que me liga, então, meu coração acelera e por vezes, a respiração fica descompassada, então, penso de forma disfuncional: - Meu Deus, é a irmã “Maria!”; Meu Deus, é o irmão “ José!”, então, passo a relatar aos alunos seminaristas, fatos da rotina pastoral, o que denomino de lado “E” ( escuro) do ministério pastoral, obscurecendo por um pouco, o lado “ H” ( holofote ), por aqueles que não concebem, plenamente, a essência deste importantíssimo ofício vocacional para o Corpo de Cristo. Depois de contar várias experiências, dirijo-me a alguns dos seminaristas e pergunto: - Jovem, por que não escolheu cursar engenharia? E você? Não pensou em trabalhar com Tecnologia da Informação? (T.I), e você, moça? Não pensou em cursar pedagogia ou quem sabe, direito? 1
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ Em alguns casos, numa turma de quarenta alunos, em um curso de bacharelado em teologia( 4 anos), vi minhas salas reduzir-se pela metade, nos dois primeiros anos, por motivos pessoais, diversos, mas também testemunhei, alunos serem formados, tornando-se grandes obreiros do Senhor, pastores,missionários, professores e líderes para suas igrejas. Muitos destes, aprenderam que pastorear, é tocar na alma humana ( Carl G. Jung), isto é muito mais que o estar sobre holofotes, é a essência da missão pastoral. Bem vindos, a disciplina: Psicologia Pastoral.
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1 A DEMANDA DO MINISTÉRIO PASTORAL O QUE FAZ UM PASTOR DE ACORDO COM A BÍBLIA SAGRADA?
Quem nos responde isso é Pedro, o apóstolo a quem Jesus perguntou: “Pedro, tu me amas?…então cuida das minhas ovelhas!” (Jo 21:15-23) Pedro nos escreve em sua carta (1Pe 5:2-4) dizendo o seguinte: “Pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir. Não ajam como dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos para o rebanho. Quando se manifestar o Supremo Pastor, vocês receberão a imperecível coroa da glória.” O que alegra o coração de Deus não é uma igreja cheia. Mas sim uma igreja saudável. Uma igreja que compreendeu através do exemplo de sua liderança, o que é perdão, amor, graça, longanimidade, instrução, pertencimento, justiça e equilíbrio. E por isso, essa mesma igreja passa a ser um espaço desses mesmos comportamentos entre a sua membresia. Há uma carência enorme de pastores com as qualificações da carta de Pedro. Por isso boa parte desconhece o que é ser um pastor? Porque e para quê ele foi 1
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ constituído pastor? Então se faz necessário pinçar aqui as diretrizes dadas aos pastores através do texto de Pedro: 1 - Pastoreiem o rebanho que está aos seus cuidados. A ordem de pastorear o rebanho é clara. O cuidado deste rebanho está sob a responsabilidade do líder instituído, que a priori, possui a confiança de Deus para executar o serviço. Pedro se coloca entre iguais. Ele faz parte do rebanho, porém com responsabilidades maiores diante dos outros. Como um irmão mais velho que na “ausência” dos pais tem a responsabilidade de cuidar dos irmãos mais novos. Um pastor ao cuidar de um rebanho possui em grande parte do seu tempo de pastoreio duas grandes funções: Nutrir e Proteger suas ovelhas. Isto é ENSINAR (nutrir) e ACONSELHAR (proteger). Isso é quase que a totalidade do trabalho diário de um pastor. 2 - Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade. O olhar aqui é perene, não sob pressão, não sob obrigatoriedade no exercício de cargo. Mas porque se quer, porque se deseja, porque se compreende que isso é o correto. Portanto assumir a responsabilidade de ser pastor é um ato acima de tudo VOLUNTÁRIO. A ideia do texto original (gr. hekousiôs) implica na atitude de estar ali com o propósito de agradar ao Senhor e fazer conforme ele instrui através da sua Palavra. Ou seja, além de voluntária a atitude deve estar submetida não à uma visão particular do pastor, mas de acordo com as diretrizes de Deus através da sua Palavra. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir. Jamais o ministério pastoral deve ansiar lucros desonestos. Jamais o ministério pastoral deve ser exercido pelo dinheiro, pelo pagamento, pelo salário. Ainda que seja justo receber pelo trabalho que se exerce (Lc 10:7), não o fazemos para merecer, mas merecemos porque o fazemos. A motivação é outra. Jamais o lucro, jamais a prebenda no final do mês. Não somos seguidores de Judas, nem de Balaão. Não devemos almejar os “bens” das ovelhas, mas o bem do rebanho. Não ajam como dominadores dos que lhe foram confiados. O rebanho de Deus já tem seu dono. Que não é a igreja, e muito menos o pastor local, mas o próprio Deus. Por isso Pedro é enfático em não permitir que pastor local exerça qualquer nível de domínio sobre a igreja. A liderança de Jesus que é o exemplo perfeito de Pastor é constituída de serviço, como Ele mesmo nos mostra neste texto: 1
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ “Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros.” ( Jo 13:14.). 1 - A TRÍADE – DAS ATRIBUIÇÕESPASTORAIS
0.0.1- ACONSELHAMENTO PASTORAL De todos os ministérios pastorais, o Aconselhamento Cristão é um dos mais árduos e envolventes. O Aconselhamento pode parecer, às vezes, uma perda de tempo, mas com certeza constitui uma parte importante do ministério cristão, necessária e biblicamente estabelecido. O Aconselhamento pode trazer satisfação, mas não é um trabalho fácil. Quanto mais cedo isto seja reconhecido e encarado honestamente, tanto mais satisfatório será nosso ministério de ajuda e mais eficaz o nosso aconselhamento. Alguns anos atrás um famoso pastor de uma igreja na região Oriental dos Estados Unidos escreveu um artigo não muito encorajador sob o título: “O Aconselhamento é uma perda de tempo”. Evidentemente este pastor não estava percebendo que sua dedicação ao aconselhamento das pessoas não estava tendo o resultado que esperava. Não podemos esquecer que uma das funções dos cristãos aqui na terra é ajudar uns aos outros. Nós fomos chamados para servir e não para sermos servidos. Não podemos negar ajuda ou simplesmente desistirmos. Se todos desistissem, para onde iriam as pessoas que foram atingidas por traumas, conflitos e tantos outros problemas? Com o objetivo de ajudar as pessoas, o aconselhamento busca estimular o desenvolvimento da personalidade; ajuda os indivíduos a enfrentarem mais eficazmente os problemas da vida, os conflitos íntimos e as emoções prejudiciais; promove encorajamento e orientação para aqueles que tenham sofrido alguma perda ou tido alguma decepção. Não podemos esquecer que Jesus Cristo e os apóstolos foram exemplos de conselheiros cristãos (Rm. 15.1).
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ACONSELHAMENTO
Ao longo dos anos Deus permitiu que seus filhos pudessem ajudar e serem ajudados, dando-lhes condições de aprender mais sobre a complexidade humana. Durante o século passado, Deus permitiu que os psicólogos desenvolvessem instrumentos de pesquisa para o estudo do comportamento humano. Centenas e milhares de pessoas buscaram ajuda e os conselheiros profissionais aprenderam o que faz a pessoa reagir e como pode mudar. Sem dúvida a psicologia pode ser de grande ajuda para o conselheiro cristão, sem fugir dos preceitos bíblicos para um aconselhamento eficaz. O Conselheiro Cristão existem alguns princípios que são fundamentais: Ter intimidade com o Espírito Santo O Espírito Santo na vida do conselheiro cristão é quem o levará a conduzir o aconselhado à vontade de Deus. O conselheiro não tem a resposta ou solução para todos os problemas, mas o Espírito Santo que conhece todas as coisas, Ele sim, é capaz. O Espírito é que guia a toda a verdade (João 16.13) Os que são guiados pelo Espírito, produzirão os frutos do Espírito (Gl. 5.22e23). É o Espírito Santo que direciona nas decisões a serem tomadas (Atos 15:28). Conhecimento e vivência com a Palavra de Deus Muitas vezes os ajudadores cristãos (conselheiros) ficam tão envolvidos em técnicas e teorias do aconselhamento que chega a menosprezar o livro dos livros, a Bíblia Sagrada. Não podemos perder de vista que está na Palavra de Deus o rumo certo para auxiliar todos aqueles que estão perdidos e passam por dificuldades em todas as áreas. É exatamente na Palavra de Deus que encontramos o Conselheiro dos conselheiros, Jesus Cristo, sempre disponível para encorajar, dirigir, nutrir e conceder sabedoria para podermos ajudar nosso semelhante.
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ Oração O conselheiro cristão não pode embasar seus aconselhamentos apenas e tão somente nos métodos aplicados na psicologia, na psiquiatria, ou terapia secular, mas sim na orientação de Deus para cada caso. Quando oramos Deus traz a existência àquilo que não existe (Rm. 4.17). A oração muda às situações. (Tg. 5.15; At. 3.1-9). PAPEL DO CONSELHEIRO
O aconselhamento, especialmente o cristão, torna-se às vezes ineficaz porque o conselheiro não tem uma ideia clara do seu papel e responsabilidade. O conselheiro não é um solucionador de problemas e não tem resposta para todas as interrogações. É alguém que está servindo a causa do Pai e consequentemente colaborando para amenizar o sofrimento daqueles que lhe procuram. Muitas vezes o conselheiro faz confusão do seu verdadeiro papel. O Doutor Maurice Waber publicou alguns anos atrás, áreas potenciais de confusão de papeis do conselheiro, dentre eles destacamos: Visita em lugar de aconselhamento. A visita é uma troca mútua e amigável de informações. O aconselhamento é uma conversa centralizada num problema, dirigida para um alvo que focaliza principalmente as necessidades de uma pessoa, o aconselhado. Pressa em lugar de deliberação. As pessoas ocupadas, preocupadas com um alvo, no geral querem apressar o processo do aconselhamento até um término rápido e bem sucedido. Apesar da urgência na ajuda da pessoa, o Conselheiro não pode ser apressado e nem demonstrar isso ao aconselhado. Grande parte do sucesso do aconselhamento está exatamente na atenção tranquila que o conselheiro ouve a pessoa. Na entrevista, o ouvir o aconselhado, observar o modo dele se comportar, etc., servirão de base para o aconselhamento.
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ Desrespeito em lugar de simpatia. O conselheiro não pode rotular as pessoas apenas pelo que elas dizem ou fazem. Infelizmente, por falta de preparo, muitos conselheiros classificam rapidamente os seus aconselhados como: carnais, traidores, murmuradores, etc. e depois os despede apenas com palavras críticas. O ajudador que não ouve com simpatia não dará conselhos eficazes. Concessão em lugar de imparcialidade: Há momentos que o conselheiro cristão precisa confrontar o pecado. Jesus Cristo jamais fez vista grossa para o pecado, mas compreendia e amava os pecadores, sempre manifestando bondade e respeito para com eles. O papel do conselheiro não é o de juiz, ou seja, ele não pode emitir um parecer de julgamento, porém precisa ser imparcial na análise dos problemas. Sobrecarregar a sessão em lugar de moderar o aconselhamento: Devido ao seu entusiasmo em ajudar, o conselheiro tenta às vezes fazer tudo em uma única sessão. Isto sobrecarrega e confunde o aconselhado. Na prática o aconselhado só assimila um ou dois pontos principais de cada entrevista. Desta forma é recomendável que se faça mais entrevistas. 6. Ser direto ao invés de interpretativo: Este é um erro comum e, como vimos, pode refletir a necessidade inconsciente de domínio do conselheiro. Quando os aconselhados recebem ordens quanto ao que devem fazer, eles confundem a opinião do conselheiro com a vontade de Deus, sentem-se culpados e incompetentes se não seguirem os conselheiros e jamais aprendem como amadurecer espiritualmente e emocionalmente até o ponto em que possam tomar decisões sem o auxílio do conselheiro. Envolver-se emocionalmente ao invés de permanecer objetivo. Existe uma linha divisória muito fina entre interessar-se e tornar-se muito per1
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ turbado, confuso ou lutando com um problema semelhante ao próprio conselheiro. Surge uma tendência para preocupar-se e permitir que os aconselhados interrompam nossos programas segundo a sua conveniência. Um envolvimento emocional desse tipo geralmente faz com que o conselheiro perca a objetividade e isto por sua vez reduz a eficácia do aconselhamento. As pessoas compassivas não conseguem evitar esta tendência considerando o aconselhamento como uma relação de ajuda profissional, colocando limites. Atitude de defesa em lugar de empatia.(sentir o que a outra pessoa sente) A maioria dos conselheiros sente-se às vezes ameaçados durante o aconselhamento. Quando percebemos que somos criticados, incapazes de ajudar, sentimos culpa, ansiedade, ou estamos em perigo, nossa capacidade de ouvir com empatia é prejudicada. Quando isso acontece, desaparece nossa eficácia no aconselhamento. O conselheiro cristão deve ser vigilante para evitar esses riscos. Como ajudadores honramos a Deus e executamos nossa tarefa da melhor forma possível. Se em nosso desejo de ajudar tivermos assumido um papel pouco saudável, devemos reestruturar o relacionamento, chegando mesmo a falar às pessoas de nossa intenção de mudar (estabelecer hora de atendimento, não atender todos os chamados do aconselhado, etc.). A VULNERABILIDADE DO CONSELHEIRO
Não podemos ignorar que nem todas as pessoas que procuram os conselheiros cristãos querem ajuda. Algumas pessoas têm o desejo consciente ou inconsciente de manipular, frustrar, provocar e testar o conselheiro. O conselheiro cristão precisa estar coberto com a proteção do Senhor e com espírito de sabedoria e discernimento para não cair nas armadilhas dos maus intencionados. CUIDADOS DO CONSELHEIRO
O aconselhado precisa querer ser ajudado e para tal deve colaborar. É difícil
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ trabalhar com pessoas que não têm espírito de cooperação e são inflexíveis. O conselheiro precisa ter cuidado com: Manipulação: Há pessoas que são mestras em impor a sua vontade controlando outras. Conta-se a história de um jovem conselheiro que se sentia inseguro e queria agradar. Não desejando ser rotulado como “o conselheiro anterior que não se importava”, o jovem conselheiro achava-se decidido a ser útil. As sessões de aconselhamento encompridavam e tornavam-se muito frequentes. Com pouco tempo o conselheiro estava dando telefonemas, fazendo pequenos serviços e empréstimos e até compras para o aconselhado, que constantemente expressava sua gratidão e chorosamente pedia mais. Os conselheiros manipulados têm pouca utilidade. Os indivíduos que tentam manipular fazem da manipulação um modo de vida pessoal. O conselheiro cristão precisa opor-se a essas táticas, recusar-se a ser movido por elas e ensinar meios mais satisfatórios de relacionar-se. É sábio perguntar-se: “estou sendo manipulado?”. Quando você suspeita desse tipo de desonestidade e manipulação, é prudente conversar a respeito com o aconselhado. Lembre-se de que o aconselhamento verdadeiramente útil nem sempre agrada ao aconselhado ou é conveniente para ele, mas contribui para o amadurecimento do indivíduo que solicitou ajuda. Resistência: As pessoas buscam ajuda por desejarem alívio imediato da dor, mas quando descobrem que o alívio permanente pode exigir tempo, esforço e maior sofrimento ainda, elas resistem ao aconselhamento. Noutras ocasiões os problemas fornecem benefícios que o paciente não quer perder (atenção pessoal de outros, por exemplo, ou compensações pela invalidez, 1
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ menor responsabilidade, ou gratificações mais sutis, tais como castigo ou a oportunidade de tornar a vida difícil para os demais). A seguir estão aqueles que adquirem um senso de poder e realização quando conseguem frustrar os esforços de outros. Ex. dos conselheiros profissionais. Essas pessoas com frequência convencem a si mesmas: “Ninguém pode me ajudar”. A resistência é uma força poderosa que quase sempre exige aconselhamento profissional em profundidade. Quando os conselheiros começam a trabalhar, as defesas psicológicas do aconselhado são ameaçadas e isto leva a ansiedade, a ira e a atitude de não colaboração por vezes inconsciente. AS CRISES NO ACONSELHAMENTO
As crises dão às pessoas a oportunidade de mudar, crescer e desenvolver meios melhores de superá-las. As pessoas em crise quase sempre se sentem confusas, elas ficam mais abertas à ajuda externa, inclusive ao socorro de Deus e àquele proporcionado pelo conselheiro. Os escritores modernos identificam três tipos de crise, cada qual contém exemplos tanto modernos quanto bíblicos. Crises acidentais ou situacionais: Estas crises ocorrem quando surge uma ameaça repentina ou uma perda inesperada. Ex. morte de um ente querido, uma doença súbita, a descoberta de uma gravidez fora do casamento, perda da casa, desemprego, etc. Crises de desenvolvimento: Estas crises surgem no curso do desenvolvimento humano normal. Entrada na escola, ida para a faculdade, ajuste no casamento e na paternidade, aceitação de críticas, aposentadoria, adaptação à morte de amigos, esterilidade, etc. Crises existenciais: Surgem quando somos obrigados a enfrentar verdades perturbadoras, tais como: a compreensão de que sou um fracasso, sou velho demais para alcançar es1
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ ses objetivos, fui deixado para trás numa promoção, minha vida não tem propósito, minha doença é incurável, não tenho nada em que acreditar etc. OBJETIVOS DAS INTERVENÇÕES NAS CRISES
A
.Ajudar a pessoa a enfrentar eficazmente a situação difícil e voltar ao seu nível comum de comportamento; B. Diminuir a ansiedade, apreensão e outros tipos de insegurança que possam persistir; C. Ensinar técnicas para solução de crises; D. Considerar os ensinos bíblicos sobre crises, a fim de que a pessoa aprenda com as mesmas e cresça como resultado dessas experiências. As pessoas em crises podem ser ajudadas por conselheiros cristãos de diversos modos, dentre os quais destacamos: 0.0.2 - TEOLOGIA PASTORAL A Teologia Pastoral pode ser definida como a reflexão teológica sobre o conjunto das atividades com as quais a Igreja se realiza, com a finalidade de definir como essas atividades deveriam ser desenvolvidas, levando em consideração a natureza da Igreja, suas situações atuais e a do mundo. Essa definição tem como ponto de partida a autorrealização da Igreja. Ela está baseada na grandiosa obra de KARL RAHNIR (1904). A Teologia Pastoral trata-se de uma definição tão ampla (limite) que pode abraçar toda a teologia, sob o ponto de vista da ação pastoral. Alguns autores circunscrevem a teologia pastoral aos cânones da racionalidade científica contemporânea, precisamente ao modelo das ciências em ação. Consequentemente, a teologia pastoral é entendida como ciência teológica em ação\ pragmatismo. HILTNER, por sua vez, define a Teologia Pastoral como: a atividade pastoral é tipicamente relação pastoral de ajuda. SPIAZZI, ao procurar a definição exata dessa disciplina, chega a seguinte conclusão, de que a Teologia Pastoral é a ciência teo1
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ lógica da cooperação ministerial da Igreja com o plano divino da salvação. (APUD, Myhaly, SZENTMÁRIONI. lntrodução a Teologia Pastoral P. 1). O QUE ÉPSICOLOGIA? Psicologia é a ciência dos fenômenos psíquicos e do comportamento. Entende-se por comportamento uma estrutura vivencial interna que se manifesta na conduta. O termo psicologia origina-se da junção de duas palavras gregas: psiché, “alma”, e lógos, “tratado”, “ciência”. 2.1- ABORDAGENS PSICOLÓGICAS: PSICANÁLISE
Desenvolvida e criada por Freud, essa teoria busca descrever as causas dos transtornos mentais, o desenvolvimento humano, sua personalidade e motivações. De acordo com ele, o ser humano funciona por meio de duas pulsões inatas, a sexual e a de morte. Por se oporem ao ideal da sociedade, precisam ser controladas por meio da educação, e a função da sociedade em meio a isso aparece como a de amansar essas tendências naturais, de forma que a energia gerada por esses impulsos não sejam liberados de maneira direta. Freud desenvolve toda a sua explicação pelos níveis de consciência, pelo modelo estrutural de personalidade, mecanismos de defesa e as fases do desenvolvimento psicossexual. Durante todo o século XX influenciou grande parte do pensamento psicoterapêutico, além de acentuar a importância dos primeiros anos de vida para o desenvolvimento do indivíduo. Essa é a abordagem busca estimular o próprio paciente a ter seus insights, ou seja, que ele mesmo compreenda o que está acontecendo consigo e quais vias ele pode usar para se modificar e sair desse problema. As interpretações feitas pelo psicanalista durante a sessão propiciam autoconhecimento e transformação gradual dos sintomas. É importante também salientar que essa é uma técnica não diretiva, ou seja, o analista não sugere que o paciente
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ faça isto ou aquilo. A análise acontece a partir das associações do paciente. PSICOLOGIA ANALÍTICA DE JUNG OU ANÁLISE JUNGUIANA
Nessa vertente, Jung discorda de algumas teorias de Freud. Aqui, o objeto de estudo principal são os sonhos e o terapeuta busca manter a conversa sempre em torno dos problemas que o levaram até ali. Quando sonhamos, imaginamos narrativas. E nelas são encontrados certos personagens que, de tempos em tempos, vão mudando. Para se aproximar destes personagens, utiliza-se o método da imaginação ativa. Para estimular a imaginação são utilizadas técnicas geralmente ligadas às artes como pinturas, esculturas, desenhos, técnicas de escrita e a caixa de areia (Sandplay). Normalmente é indicada para quem busca autoconhecimento profundo. BEHAVIORISMO OU ANALÍTICO COMPORTAMENTAL
Como o próprio nome diz, quem utiliza essa linha, irá trabalhar diretamente no comportamento das pessoas. Assim, o analista avaliará o que o paciente precisa e por meio de técnicas específicas, irá auxiliar na transformação comportamental. Os precursores dessa área dizem que o ser humano está suscetível a mudar o seu comportamento de acordo com o ambiente em que está inserido. Um exemplo comum disso, é o jeito como você age frente aos seus pais e a diferente forma de reagir com seus amigos. Por ser ligada às atitudes do avaliado, ela utiliza de um modo diretivo. Frequentemente são passadas “tarefas de casa” que ajudam a ter contato com o que aflige o paciente em pequenas doses, atitudes que mudam a forma de visão daquilo e aos poucos a superar os incômodos apresentados na sessão. É uma técnica bastante eficiente para pessoas que apresentam quadros de ansiedade, pânico, fobia social, depressão, dependência química e problemas de aprendizagem.
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ HUMANISMO
Essa vertente se baseia na aceitação, no conceito de que só conseguimos mudar quando assumimos a nós mesmos que existe um problema que precisa ser tratado. Uma frase do humanista Carl Rogers define bem esse método: “O paradoxo curioso é que quando eu me aceito como eu sou, então eu mudo“. Um bom exemplo dessa prática é com pessoas que tem problemas com o uso de drogas ou álcool. Na maioria dos casos chegam até a brinca com o seu problema, mas não enxergam que estão fora de controle. Então quando ela se abre à essas novas experiências passa a ter mais possibilidade de viver plenamente, confiar em sua experiência interna para orientar o seu comportamento, perceber sua liberdade de escolha e se mostrar criativa, sempre encontrando novas maneiras de viver bem e melhor. Sendo bem sintético sobre esse tipo de terapia, o humanismo acredita que toda pessoa tem capacidade de crescimento e desenvolvimento. Para propiciar isso, o terapeuta não direciona, mas cria um ambiente acolhedor e empático onde o paciente possa se desenvolver na direção em que ele escolher e ser realmente quem é, gerando mudança e inserindo autoconfiança. Normalmente é indicado para pessoas que apresentam algum tipo de vício ou comportamento autodestrutivo. PSICOTERAPIA CORPORAL OU REICH
Para Reich, apenas sentar e falar sobre seus problemas não parecia ser a melhor solução para resolvê-los. Sendo assim, discordando de alguns estudiosos iniciou a psicoterapia corporal. Essa técnica trabalha sobre o fato de que toda mobilização emocional gera uma reação corporal e vice versa. Com isso, Reich descobriu que todo distúrbio psicoemocional está associado a distúrbios corporais. Então, o profissional que trabalha com esse método, trata dos problemas não só a partir das conversas nas sessões, mas principalmente por meio de modificações corporais, de postura, respiração e relaxamento das tensões nos olhos, boca, garganta, diafragma, genitais, ânus. 1
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ Em suma, a psicoterapia de Reich é mais física e corporal e menos verbal e mental. Sendo assim, é eficiente no tratamento de questões psicológicas como fobias, ansiedade, baixa autoestima, dificuldade de concentração, pensamentos repetitivos e angustiantes, traumas, insegurança, e também em distúrbios orgânicos, como gastrite, obesidade, “tiques” e bruxismo. COGNITIVO-COMPORTAMENTAL OU TCC
Quem trabalha com essa abordagem terá o seu foco voltado para mudar pensamentos disfuncionais, ou seja, aqueles que nos fazem “perder a fé” em nós mesmos, como o típico “eu nunca vou conseguir fazer isso” ou “eu não faço nada direito”. O embasamento teórico aqui vem especialmente dos trabalhos de Aaron Beck, que mostra como cada pessoa tem um jeito de ver o mundo e quando ele muda para uma forma “autodestrutiva”, começam a aparecer os distúrbios emocionais. Sendo assim, tudo o que o terapeuta precisa fazer é ajudar o paciente a voltar a ter uma visão de mundo diferente e mais adequada para enfrentar os estímulos externos. A ideia é mostrar que esses pensamentos podem ser modificados com muito treino e raciocínios funcionais, como “isso eu não fiz direito, mas acertei daquela outra vez”. Normalmente as sessões são estruturadas e tem efeito positivo em problemas pontuais, que vão desde a obesidade até a psicopatia. GESTALT-TERAPIA
Essa abordagem surgiu entre os anos 50 e 60. Sua teoria veio com uma visão mais integrada, colocando em foco mente e corpo como uma unidade, sem cisão. Tem uma visão holística de homem e de mundo, onde um afeta o outro. Acredita que o sentir, o pensar e o agir precisam estar em sintonia e serem respeitados para que haja saúde. Esse tipo de terapia é focada no presente. O profissional busca sempre ouvir o cliente com atenção direcionada em gestos, postura, tom de voz e expressões faciais. 1
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ Num resumo, a proposta é que o paciente possa experienciar as coisas ao invés de ter somente o entendimento racional. Assim, quando isso acontece, ele passa a ter um entendimento integral (pensar, sentir e agir). Utiliza o método fenomenológico, não busca as causas para um sintoma, mas sim o seu entendimento sob vários aspectos. Dessa forma ela é aberta, não direcionada e visa que o paciente se desenvolva e encontre um jeito positivo de estar no mundo no momento presente. PSICOLOGIA PASTORAL
Como a assistência espiritual tem por objeto a alma humana, o pastor de almas agirá com tanto mais sucesso, quanto mais conhecer a alma. O pastor e o educador que não se identificarem, com a alma nas suas peculiaridades e condições e não as compreenderem, saberão bem pouco de suas profundas misérias e necessidades, para poder remediá-las; de seus defeitos e obstáculos; de suas tendências e prerrogativas, para poder realizá-las. Faz lembrar o semeador que lança a semente preciosa ao vento. “Não tem sido esta, às vezes, nossa atitude? Fé límpida e a melhor das vontades por parte do pastor, trabalho ininterrupto, dia e noite, todavia sem fruto! Falta de clarividência e de tato pedagógico, de compreensão das almas e dos tempos. ‘Vós, teólogos, não nos compreendeis’ era muitas vezes a sentença conclusiva de quem precisava de nós e de quem nós precisamos” (L. Bopp). Olhando desse ponto de vista, devemos admirar como a ciência da alma humana, do caráter, do temperamento, das peculiaridades da vida psíquica segundo a idade, o sexo e as condições de vida tenha parte tão pequena na instrução dos teólogos e dos pastores de almas. É verdade que, nos últimos, tempos, no quadro das disciplinas, filosóficas que precedem os estudos teológicos propriamente ditos, concedeu-se um lugar à ‘Psicologia experimental’, mas isso não satisfaz plenamente as exigências da assistência espiritual. Devemos concordar com o que diz Rbaban Liertz: “Com toda a psicologia experimental avizinhamo-nos bem pouco da exploração da vida psíquica, propriamente dita”. Não podemos ignorar existirem não poucos pastores e educadores que, apesar de trabalharem há longos anos no cuidado das almas, conhecem mal os homens. As razões são muitas. Uma, porém, consiste na falta 1
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ de introdução adequada, na compreensão da vida psíquica humana durante o período da preparação profissional. Com o mesmo direito, senão maior, com que se introduzem os futuros pastores nos conceitos basilares da Sociologia pastoral e da Economia política, devem exigir-se lições de Psicologia pastoral, no programa de estudos teológicos, Uma instrução a fundo sobre questões de psicologia, e justamente com critérios bem diversos, mais práticos do que os que se realizam no estudo da psicologia experimental, é absolutamente necessária para o futuro pastor de almas; de qualquer modo, mais necessária que tantas “matérias secundárias”, cujo conhecimento se exige hoje dos estudantes de teologia. “A psicologia pastoral é lacuna que espera ser preenchida” (Bopp). São estas as palavras com que o conhecido teólogo de Friburgo aponta a necessidade da exposição dos problemas da psicologia pastoral. Diante da urgência desta ciência auxiliar teológico-pastoral justifica-se a pergunta: por que até hoje não se chegou ao tratamento sistemático de uma psicologia pastoral, apesar de todos os trabalhos preliminares e parciais? a razão talvez derive da natureza dos problemas a tratar, os quais, achando-se à margem do campo científico, suscitam discussões quanto a pertencerem ao campo do teólogo ou dopsicólogo. E, de fato, na prática concreta, muitas vezes é difícil decidir se um psicopata deve tratar-se com o confessor ou com o psiquiatra. Outro motivo da falta de exposição sistemática de psicologia pastoral talvez fosse possível reconhecer na falta de que se ressente muitas vezes o cientista da necessária experiência do assistente espiritual, enquanto ao pastor prático falta em geral tempo para se ocupar dos resultados científicos da psicologia moderna. Além disso devemos confessar que, até pouco tempo, também a psicologia tinha descurado não poucos problemas do próprio campo específico. “A psicologia moderna abandonou, com desinteresse na verdade surpreendente, as questões do temperamento, mentalidade, caráter, ou delas tratou de passagem, como apêndice ou complemento (Utitz). Dessas considerações emergem, de um lado, as razões da falta de uma psicologia pastoral conclusiva, de outro a necessidade da colaboração entre teóricos e práticos, sacerdotes e leigos, educadores e médicos. Podem atribuir-se as deficiências da vida religiosa de inúmeras pessoas de nossos dias a razões e causas várias e a situações de fato. A maior parte das almas, hoje afastadas de Deus, não se pode 1
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ ir por via direta. Suas dificuldades não consistem tanto no fator religioso, mas nas suas premissas. Muitos homens modernos, do ponto de vista religioso, estão cegos e surdos; não enxergam nem escutam mais. Não estão nem mesmo em condições de poderem fazer atos de fé, esperança e caridade. São contrários ao que é dogmático, ético, religioso-tradicional e eclesiástico-confessional. Nem sequer oram ou só raramente e, mesmo então, só à sua maneira, conforme o humor e o capricho, mas não “em espírito e em verdade” (Jo 4,23). MÉTODOS E TÉCNICAS:
Tríade cognitiva O modelo cognitivo de Beck para a depressão pressupõe dois elementos básicos: a tríade cognitiva e as distorções cognitivas.16 A tríade cognitiva consiste na visão negativa de si mesmo, na qual a pessoa tende a ver-se como inadequada ou inapta (por exemplo: «Sou uma pessoa chata «, «Sou desinteressante «, «Sou muito triste para gostarem de mim «); na visão negativa do mundo, incluindo relações, trabalho e atividades (por exemplo: “As pessoas não apreciam meu trabalho «), e na visão negativa do futuro, o que parece estar cognitivamente vinculado ao grau de desesperança. Os pensamentos mais típicos e expressões verbais sobre a visão negativa do futuro incluem: «As coisas nunca vão melhorar «, «Nunca vou servir para nada « ou «Nunca serei feliz «. Quando tais pensamentos se associam à ideação suicida, a desesperança torna-os mais intensos, e a morte pode ser compreendida pelos pacientes depressivos como alívio para a dor ou sofrimento psicológicos ou como saída diante da percepção de uma situação como impossível de ser suportada. Beck et al. observaram que o paciente deprimido elabora sua experiência de maneira negativa e antecipa resultados desfavoráveis para seus problemas.23 Esta forma de interpretar os eventos e as expectativas funcionam como uma espécie de propulsor de comportamentos depressivos que, por sua vez, ratificam, após nova interpretação, os sentimentos pessoais de inadequação, baixa auto-estima e desesperança. Em suma, a tríade cognitiva é um pre diagnóstico que se define por: como o
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ paciente se vê (autoestima); como vê o outro ( interpessoal) e como vislumbra o futuro( esperança \ desesperança) Distorções cognitivas As distorções cognitivas, compreendidas como erros sistemáticos na percepção e no processamento de informações, ocupam lugar central na depressão. As pessoas com depressão tendem a estruturar suas experiências de forma absolutista e inflexível, o que resulta em erros de interpretação quanto ao desempenho pessoal e ao julgamento das situações externas. As distorções cognitivas mais comuns nos pacientes deprimidos foram observadas por Beck, como um sistema tipológico e, dentre elas, encontram-se a inferência arbitrária (conclusão antecipada e com poucas evidências), abstração seletiva (tendência da pessoa a escolher evidências de seu mau desempenho), supergeneralização (tendência a considerar que um evento ou desempenho negativo ocorrerá outras vezes) e personalização (atribuição pessoal geralmente de caráter negativo). Uma série maior de distorções é descrita por Beck e outros.As distorções decorrem de regras e pressupostos, que são padrões estáveis adquiridos ao longo da vida do indivíduo com depressão. Essas regras e crenças são sensíveis à ativação de fontes primárias como o estresse e frequentemente levam a estratégias interpessoais ineficazes. Aplicação da terapia cognitiva A TC da depressão é um processo de tratamento que ajuda os pacientes a modificarem crenças e comportamentos que produzem certos estados de humor. As estratégias terapêuticas da abordagem cognitivo-comportamental da depressão envolvem trabalhar três fases: 1) foco nos pensamentos automáticos e disfuncionais 2- foco na sua autoestima – como ela vê a si mesmo 3) foco no estilo da pessoa relacionar-se com outros; e com esta enxerga o mundo.
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2 PERFÍS DE PESSOAS OS TEMPERAMENTOS
Conheça quatro temperamentos básicos. Hipócrates, médico e filósofo grego, 400 anos a.C, expôs essa teoria dos quatro temperamentos básicos, originados de quatro fluidos orgânicos: • Sangue - temperamento sanguíneo; • Bílis colérica - temperamento colérico; • Bílis melancólica - temperamento melancólico; • Fleuma temperamento fleumático. Apesar de ter sido superada essa determinação orgânica de Hipócrates, tal classificação quádrupla tem sido amplamente utilizada. Nenhuma outra classificação da moderna psicologia encontrou maior aceitação que a de Hipócrates. O importante é que os quatro temperamentos sejam considerados básicos. Cada um de nós é, na verdade, uma combinação de dois ou mais temperamentos com suas forças e fraquezas que podem ser vencidas com o poder de Deus. O primeiro temperamento descrito é o sanguíneo, exemplificado pelo apóstolo Pedro. O sanguíneo é caloroso, amável e simpático. Atrai facilmente as pessoas, é bom de conversa, é otimista, despreocupado, generoso, desinibido, compassivo, adapta-se ao meio ambiente e ajusta-se aos sentimentos alheios. Por essas características os sanguíneos geralmente são bons oradores, vendedores, atores e líderes. 1
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ Suas fraquezas são ter pouca força de vontade, instabilidade emocional, comportamento explosivo, inquieto e egoísta. Dificuldade de realizar projetos O segundo temperamento descrito é o colérico, exemplificado pelo apóstolo Paulo. O colérico, assim como o sanguíneo, é extrovertido, mas em menor intensidade. Seu pensamento é prático, para ele tudo na vida tem uma utilidade. É um líder natural, obstinado e otimista. Tem muitas ideias, projetos e objetivos, os quais geralmente são realizados com sucesso. Por essas características tendem a ser bons diretores de empresas, generais, construtores, soldados voluntários, políticos ou administradores, mas têm dificuldade para executar trabalhos minuciosos e precisos. Suas fraquezas são a autossuficiência, impetuosidade, gênio difícil e tendência à aspereza e até mesmo à crueldade. O terceiro temperamento é o melancólico, exemplificado por Moisés. É a personalidade mais complexa, geralmente possui mente privilegiada e uma tremenda capacidade de experimentar toda gama de emoções. Também é o temperamento mais difícil de ser trabalhado. Os grandes artistas, compositores, filósofos, inventores e teóricos foram, em sua maioria, melancólicos. Muitos deles desperdiçaram seus talentos em crises de angústia profunda. O melancólico é talentoso, perfeccionista, sensível, apreciador de artes, analítico, abnegado e amigo leal. Em geral não é extrovertido e raramente se impõe. Em compensação, o principal ponto fraco do melancólico é a tendência de se deixar levar por pensamentos negativos. Assim como suas qualidades são excepcionais, suas fraquezas também são complexas e muitas vezes acabam neutralizando as qualidades. O melancólico tende a ser genioso, crítico, pessimista e egocêntrico. O quarto temperamento é o fleumático, exemplificado pelo patriarca Abraão. Os fleumáticos são pessoas de fácil convivência, pois sua natureza calma e sossegada faz com que sejam bem quistos por todos. O fleumático é uma pessoa calma, acessível, agradável, eficiente, conservadora, digna de confiança, espirituosa e com a mente sempre voltada para o lado prático das coisas. Por ser um tanto introvertido suas fraquezas não são tão perceptíveis quanto nos outros temperamentos. Sua maior fraqueza é a falta de motivação, por isso pode acabar sendo displicente, cabeçudo, pão-duro e indeciso. Tende a evitar a todo custo envolver-se com as coisas, 1
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ têm a capacidade de olhar a vida com meros espectadores. Não obstante, os fleumáticos revelam-se bons diplomatas, professores, médicos, cientistas, humoristas, escritores e editores de livros e revistas. Quando motivados externamente podem tornar-se líderes muito capazes. Como foi mostrado pela vida destes quatro servos do Senhor, e de tantos outros, a transformação do temperamento é feita pelo Espírito Santo, e acontece quando a pessoa se submete a Deus para ser guiada pelo seu Espírito. O andar transformado está em deixar-se encher pelo espírito, não apenas esporadicamente, mas continuamente. E o processo para isso passa por: examinar-se e confessar todo pecado conhecido (1Jo 1.9); submeter-se inteiramente a Deus (Rm 6:11-13); pedir a plenitude do Espírito (Lc 11.13); apropriar-se da promessa de Deus e crer que já recebeu a plenitude do Espírito (Rm 14.23); agradecer-lhe pela sua plenitude, e repetir isso cada vez que reconhecer o pecado em si (1Ts 5.18). O problema é que muitos não acreditam terem recebido o Espírito, e um dos motivos é por não verem mudança imediata em suas vidas. Entretanto é preciso compreender que o temperamento não trabalhado e o hábito adquirido ao longo do tempo levam a pessoa a cometer novamente os pecados que está tentando evitar. Por isso é preciso estar constantemente se arrependendo, se submetendo a Deus e se enchendo novamente do espírito. Com o tempo o temperamento vai se transformando e os velhos hábitos pecaminosos também vão perdendo força. Mudança de comportamentos a fim de obter melhor enfrentamento da situação problema. Uma das vantagens da TC é o caráter de participação ativa do paciente no tratamento, de modo que ele (ou ela) é auxiliado a: a) identificar suas percepções distorcidas; b) reconhecer os pensamentos negativos e buscar pensamentos alternativos que reflitam a realidade mais de perto; c) encontrar as evidências que sustentam os pensamentos negativos e os alternativos; e d) gerar pensamentos mais acurados e dignos de crédito associados a determinadas situações em um processo chamado reestruturação cognitiva.24 Há críticas equivocadas quanto à TC de que os terapeutas desta abordagem teriam tendência a estabelecer o “poder do pensamento positivo “. Na verdade, 1
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ a TC é baseada no poder do pensamento realista, isto é, na extensão em que se pode conhecer a realidade. No tratamento da depressão, este aspecto tem grande relevância clínica, pois ajuda o paciente a considerar as crenças verdadeiras ou não relacionadas aos fatos, auxiliando o julgamento realístico dos fatores que mantêm a depressão.
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3 NO LIMITE ENTRE CORPO, ALMA E ESPÍRITO 3.1- OS LIMITES DO MINISTÉRIO PASTORAL
O Pastor precisa conceber seus limites! ou seja, quais as práticas que estão dentro de suas competências e esfera de ação! Usando como exemplo, uma ovelha do seu rebanho que se encontra num estado depressivo, onde este, pouco poderá fazer, pois a depressão é uma doença psiquiátrica crônica e recorrente que produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa, assim como a distúrbios do sono e do apetite. (CID 10 – F33). Sendo diagnosticada, como quaisquer outras doenças. Após esgotar seus recursos, ou mesmo, no primeiro momento, perceber que os sinais apresentados por sua ovelha, são sinais depressivos ou de outros transtornos mentais, fugindo dos aspectos espirituais ou simplesmente, emocionais, o pastor
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ deve, urgentemente, conversar com os familiares do enfermo e buscar ajuda especializada. “ nem tudo é oração ou mesmo, demônios”.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Nunca se sinta frustrado por não trazer cura para todos! Vemos o grande e admirável Apóstolo Paulo recomendandoum remédio caseiro ao jovem pastor Timóteo, por causa de problemas estomacais e enfermidades frequentes: “Não continues a beber somente água; usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades” (1Tm 5.23). Ao final do seu ministério, Paulo registra a doença de um amigo que ele mesmo não conseguiu curar: “Erasto ficou em Corinto. Quanto a Trófimo, deixei-o doente em Mileto” (2Tm 4.20). O próprio Paulo padecia do que chamou de “espinho na carne”. Apesar de suas orações e súplicas, Deus não o atendeu, e o apóstolo continuou a padecer desse mal (2Co 12.7-9). Alguns acham que se tratava da mesma enfermidade da qual Paulo padeceu quanto esteve entre os Gálatas: “a minha enfermidade na carne vos foi uma tentação, contudo, não me revelastes desprezo nem desgosto” (Gl 4.14). Alguns acham que era uma doença nos olhos, pois logo em seguida Paulo diz: “dou testemunho de que, se possível fora, teríeis arrancado os próprios olhos para mos dar” (Gl 4.15). Também podemos mencionar Epafrodito, que ficou gra1
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ vemente doente quando visitou o apóstolo Paulo: “[Epafrodito] estava angustiado porque ouvistes que adoeceu. Com efeito, adoeceu mortalmente; Deus, porém, se compadeceu dele e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza” (Fp 2.26-27). Irmãos, o que mais importa, é que vocês sejam encontrados fiéis, ( dando o melhor que possam, com dedicação e esmero)no exercício ministerial (I Co,4:2 ).
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REFERÊNCIAS: Abordagens e Correntes Psicológicas: http://blog.unis.edu.br/saiba-tudo-sobre-as-principais-abordagens-da-psicologia/ Crente Fica Doente: Augustus Nicodemus Lopes, novembro de 2008, http://tempora-mores.blogspot.com/2008/11/crente-fica-doente.html Psicologia Pastoral: Seminário IBETEL: https://rl.art.br/arquivos/2408347. pdf. Seminário Teológico Batista Independente de Campinas apostila de Teologia Pastoral – Campinas,março de 2014 Seminário Teológico Batista Independente de Campinas, apostila de Aconselhamento Pastoral, Campinas,Junho de 2018. Transtornos Emocionais e Ideação Suicida – Psic.Samuel Targino da Silva, Artigos de Palestra em SP e Jundiaí. Temperamento Controlado Pelo Espírito, LaHaye,Tim F. Título original: Spirit - Controlled Temperament © Tyndale House, Publishers - Wheaton, Illinois, 1967 Tradução: Hélcio Veiga Costa Capa: Guilherme Valpeteris Edições Loyola ISBN: 85-15-00292-2 26a edição: janeiro de 2006 © Edições Loyola, São Paulo, Brasil Terapia Cognitiva e Comportamental e a Depressão: h t t p : / / w w w . s c i e l o . b r / s c i e l o . p h p ? s c r i p t = s c i _ a r t t e x t & p i d=S1516-44462008000600004 h
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36,&2/2*,$ 3$6725$/ QUESTIONÁRIO PARA FIXAÇÃO CONCEITUAL Nome: _________________________________________Data ____/_____/_________
1. Cite as ordenanças no que diz respeito, ao Ministério Pastoral: 2. Cite os princípios fundamentais necessários, ao conselheiro, para o exercício do aconselhamento pastoral: 3. No tocante ao Aconselhamento pastoral, quais os cuidados e demandas Se apresentam, ao conselheiro cristão? 4. Defina, Teologia Pastoral. 5. O que é Psicologia? 6. Cite as Abordagens Psicológicas: 7. Qual a importância dos conhecimentos psicológicos para a prática Pastoral? 8. Defina a tríade cognitiva para um prediagnóstico: 9. Cite as três fases que a terapia cognitiva é aplicada: 10. Cite os quatro temperamentos, segundo Hipócrates e dê algumas Características, a cada um destes. 11. O que é Depressão, segundo o CID ( Classificação Internacional das Doenças)? 12. Quais atitudes deve ter um pastor, quando deparar-se com uma ovelha Com sinais depressivos? 13. Dissertar em pelo menos cinco linhas sobre os limites do Ministério Pastoral, frente aos desafios patológicos ( doenças), a luz do texto do Rev.. Augustus Nicodemus Lopes
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