LIVROS POÉTICOS - MÓDULO CALCEDÔNIA - SEMINÁRIO BATISTA LIVRE

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LIVROS POÉTICOS

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Introdução 9 1. Características dos Livros Poéticos 10 2. Jó 13 3. Salmos 18 4. Provérbios 25 5. Eclesiastes 29 6. Cantares de S alomão 33 Referências 39 Livro Teologia mod 03-SBL.indd 7 02/06/2020 15:36:37 Remova Marca d'água Wondershare PDFelement
SUMÁRIO
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INTRODUÇÃO

Os Livros que denominamos de poéticos fazem parte dos Hagiógrafos no Ca non Judaico. São eles: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão. Três deles são chamados de Livros sapienciais, que quer dizer, livros de sabedoria: Jó, Provérbios e Eclesiastes. O Livro de Jó trata do problema do “sofrimento do justo”, o Livro de Provérbios trata da questão “ética e moral” e, o Livro de Eclesias tes do “problema da felicidade”.

Esses Livros são classificados como poéticos porque a poesia é predominante na estrutura do texto, mas neles há narrativas e profecias. Essas poesias foram produzidas por inspiração divina para servirem como instrumento de comunhão com Deus e meditação nas coisas espirituais como escreveu o salmista: “Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia!” (Salmo 119.97).

Os Livros classificados de sabedoria são diferentes da literatura profética de Israel porque expressam melhor a filosofia dos pensadores do que as determina ções das mensagens do Senhor Deus. Não se encontra neles a frase: “Assim diz o Senhor”, quando falam dos problemas da vida e das conclusões dos homens.

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CARACTERÍSTICAS DOS LIVROS POÉTICOS

Há uma característica peculiar da poesia hebraica chamada paralelismo. Tal paralelismo se divide em três formas: a antitética, a sinônima e a sintética. Cada forma admite muitas variações e também, às vezes, se combinam duas formas em um só verso.

A forma antitética (que denota contraposição) consta de duas cláusulas, uma fazendo contraste com a outra, e, assim, esclarecendo a significação de ambas. É muito utilizada no ensino, e é muito usada no Livro de Provérbios, por exemplo:

“O que ama a correção ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é um bruto” (Provérbios 12.1).

“Balança enganosa é abominação para o SENHOR, mas o peso justo é o seu prazer” (Provérbios 11.1).

“A memória do justo é abençoada, mas o nome dos ímpios apodrecerá” (Pro vérbios 10.7).

Às vezes, há duas frase ou cláusulas na primeira afirmação, e duas na segunda, como no Salmo: “Pois não foi por sua espada que possuíram a terra, nem foi o seu braço que lhes deu vitória, e sim a tua destra, e o teu braço, e o fulgor do teu rosto, porque te agradaste deles” (Salmo 44.3).

A forma sinônima (de significado semelhante) da poesia hebraica consta das passagens em que o mesmo pensamento geral é repetido em duas ou mais cláusu las. Em alguns versos as cláusulas paralelas repetem idêntica verdade com palavras diferentes, enquanto que, em outros casos, há somente uma semelhança geral. Vejamos alguns exemplos:

“Pois do SENHOR é o reino, é ele quem governa as nações” (Salmo 22.28).

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“Praza-te, ó Deus, em livrar-me; dá-te pressa, ó SENHOR, em socorrer-me” (Salmo 70.1).

“Sejam envergonhados e cobertos de vexame os que me demandam a vida; tornem atrás e cubram-se de ignomínia os que se comprazem no meu mal” (Salmo 70.2).

“A falsa testemunha não fica impune, e o que profere mentiras não escapa” (Provérbios 19.5).

Há nas Escrituras casos de paralelismo em que as cláusulas chegam a ser tão numerosas que, constituem uma série de frases com o mesmo significado, como: “Para quem são os ais? Para quem, os pesares? Para quem, as rixas? Para quem, as queixas? Para quem, as feridas sem causa? E para quem, os olhos vermelhos?” (Provérbios 23.29).

Às vezes, as cláusulas paralelas são precedidas ou seguidas por uma frase cur ta, como: “SENHOR, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar; não ando à procura de grandes coisas, nem de coisas maravilhosas demais para mim” (Salmo 131.1).

A terceira forma de paralelismo é a sintética (termo grego que significa “reuni do” ou “juntado”). Nesta, é necessária uma cláusula para explicar a significação da outra. A relação de uma cláusula a outra pode ser a da comparação, ou de causa e efeito, ou de causa e efeito, ou de esclarecimento. Exemplos:

“A estultícia do homem perverte o seu caminho, mas é contra o SENHOR que o seu coração se ira” (Provérbios 19.3).

“Não te glories do dia de amanhã, porque não sabes o que trará à luz” (Pro vérbios 27.1).

“Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto” (Provérbios 27.5).

“O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará” (Salmo 23.1).

Há varias combinações dessas três formas na poesia hebraica, fazendo versos bem variados e graciosos. Nos Salmos, por exemplo, encontramos três paralelismos sintéticos (uma clausula independente da outra), os quais formam um paralelismo sinônimo (de igual significação) tríplice:

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“Pois quanto o céu está elevado acima da terra, assim é grande a sua miseri córdia para com os que o temem. Quanto está longe o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões. Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece daqueles que o temem” (Salmos 103.11-13).

Às vezes, em estrofes de quatro linhas, as cláusulas se correspondem alternada mente - a primeira linha corresponde à terceira e a segunda linha à quarta: “O SENHOR olha desde os céus e está vendo a todos os filhos dos homens; da sua morada contempla todos os moradores da terra” (Salmos 33.13-14).

A característica saliente da poesia hebraica é o uso de paralelismos, que se di videm em três espécies conforme vimos. Visto que a poesia hebraica consta de um ritmo ou correspondência de idéias, e não tanto de sons, por se está admiravelmente, para a tradução em outras línguas, sem perder muito de sua beleza.

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2O Livro de Jó ocupa um lugar muito particular na Palavra de Deus. Ele tem um caráter totalmente próprio, e ensina lições que não vamos achar em nenhuma outra parte do inspirado volume. Não é o nosso propósito abordar a questão da autenti cidade deste precioso Livro nem aportar as provas da sua divina inspiração. Estas coisas temos por certas; e não temos a menor dúvida em quanto à sua veracidade, por quanto deixamos tais provas em mãos mais capazes. Recebemos o Livro de Jó como parte das Sagradas Escrituras e, portanto, para proveito e bênção do povo de Deus. Não precisamos de provas para nós, nem pretendemos oferecer nenhuma delas aos nossos leitores.

O Livro de Jó tem um prólogo (1.1-2.13) muito bem escrito e um igualmente magnífico epílogo (42.1-17). Entre esses capítulos de abertura e encerramento se encontra registrado uma série de conversações que ocorreram entre Jó e seus ami gos (capítulos 3 a 37). Suas falas formam a parte principal do Livro e estão registra das com detalhes, de forma que podemos compreender as angústias de Jó, como também, pessoas bem-intencionadas podem entender erroneamente os propósitos soberanos de Deus para os homens.

A estrutura do Livro de Jó é essencial para compreendê-lo. Jó era conhecido na tradição hebraica como um homem santo como está escrito: “havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente a Deus; e desviava-se do mal” (Jó 1.1). O diálogo poético (3-31) lida com o profundo pro blema teológico do significado do sofrimento na vida de um homem justo.

Que o pecador sofra, todos entendemos! Mas o justo? Aquele que faz de tudo para agradar a Deus? Jó não entende as causas dessas calamidades, mas consola

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-se com o pensamento de que Deus envia aos homens tanto o bem quanto o mal. É sob esta ótica que o Livro vai se desenvolver no problema do sofrimento humano.

Em uma série de debates Jó defende sua integridade contras as acusações de três amigos que pensam estar defendendo a Deus. Nos capítulos 29-31 ele encer ra o debate com um protesto formal de sua inocência e lança um desafio a Deus, neste momento Eliú interfere para falar contra Jó (32-37). Finalmente o Senhor intervém para fazer dois discursos (38-41) e Jó tem uma reação final (42).

2.1 AUTORIA

A autoria do Livro de Jó é incerta, várias são as hipóteses levantadas quanto à autoria deste livro. Nomes semelhantes aparecem nos textos egípcios e nas Cartas de Armana, tanto a derivação, quanto o significado do nome bwya (Iyyôb) perma necem incertos.

A tradição judaica (Baba Bathra 14b e 15a) declara que o autor foi Moisés, bem como alguns estudiosos, outros a Eliú e ainda outros a Salomão e por fim ao próprio Jó.

O fato é que não há nenhuma fundamentação consistente quanto à autoria desta obra. Tudo o que se pode saber do autor está neste Livro.

2.2 ASSUNTO DO LIVRO

O Livro de Jó investiga questões que têm perturbado o ser humano desde o princípio – o sofrimento do justo. A pergunta que ecoa por todo o Livro é: Por que sofrem os justos? Desde muito tempo as pessoas têm se preocupado com as terríveis desigualdades da vida e perguntam: Como um Deus bom pôde fazer um mundo como este, onde existe tanto sofrimento? Como pode um servo de Deus continuar convencido de que Ele é justo, quando freqüentemente abatem sobre si tragédias e desolação? Assim sendo, é oportuno que este Livro trate de um dos problemas mais antigos que afeta toda humanidade. O drama de Jó oferece uma solução para este problema.

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Gleason Archer Jr. faz uma interessante análise do tema de Jó dizendo: “Este Livro trata com o problema teórico da dor na vida dos fiéis. Procura responder à pergunta: Por que os justos sofrem? Esta resposta chega de forma tríplice:

1. Deus merece nosso amor à parte das bênçãos que concede;

2. Deus pode permitir o sofrimento como meio de purificar e fortalecer a alma em piedade;

3. Os pensamentos e os caminhos de Deus são movidos por considerações vastas demais para a mente limitada do homem possa compreender, já que o homem não pode ver os grandes assuntos da vida com a mesma visão ampla do Onipotente. Mesmo assim, Deus realmente sabe o que é o melhor para sua própria glória e para nosso bem final. “Esta resposta é dada em contraste aos conceitos limitados dos três consoladores de Jó: Elifaz, Bildade e Zofar”.1

Se a princípio é indesejável a experiência do sofrimento, o seu propósito, de acordo com a soberana vontade de Deus, é sempre sublime. O Livro de Jó ensina que Deus “tem um propósito ao enviar o sofrimento aos homens; que ele castiga o homem com a intenção de trazê-lo mais perto de si mesmo. Deus usou as aflições para experimentar o caráter de Jó e como um meio de revelar-lhe um pecado do qual até então não se tinha dado conta: autojustiça”. 2

2.3 DATA DA COMPILAÇÃO

O Livro de Jó é um dos mais difíceis Livros do Antigo Testamento para se traduzir. Esta afirmação é feita com base nas diferenças existentes entre versões modernas e antigas do texto de Jó. O Livro tem muitas palavras raras, o que tor na dificílima sua tradução, forçando os tradutores a fazer cautelosas suposições. É desconhecida a data em que foi escrito o Livro, entretanto várias datas têm sido sugeridas pelos estudiosos como: no período interbíblico, na época de Salomão, no período mosaico etc.

1. ARCHER JR, Gleason. Merece confiança o Antigo Testamento. 3ª ed. São Paulo: Vida Nova, 2000.

2. PEARLMAN, Myer. Através da Bíblia Livro por Livro. São Paulo: Editora Vida, 1999, p. 91.

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Existem várias datas propostas:

a) Na época de Salomão: Keil, Delitzsch, Haevernick

b) No século VIII (antes de Amós): Hengstenberg

c) No princípio do século VII: Ewald Riehm

d) Primeira metade do século VII: Staehelin, Noeldeke

e) Na época de Jeremias: Koenig, Gunkel, Pfeiffer

f) No exílio babilônico: Cheyne, Dillmann

g) No século V: Moore, Driver, Gray, Dhorme

h) No século IV: Eissfeldt, Voltz

i) No século III: Cornill

2.4 ESTRUTURA DO LIVRO

A estrutura do Livro de Jó segue um esquema lógico e literariamente harmôni co. O Livro foi escrito seguindo uma seqüência coerente, tendo em vista o seguinte esquema:

a) Prólogo – composto numa prosa em que resume a existência de Jó antes do seu sofrimento, e as acusações que Satanás levantou contra ele perante o Senhor Deus.

b) Diálogos – mediante três diálogos, Jó discute com seus amigos o tema prin cipal deste Livro: o sofrimento do justo.

c) Monólogos – dois são os monólogos do Livro: o de Eliú e o de Deus. O primeiro afirmando que Deus tem o direito de provar os seus servos, com a finalidade de que estes alcancem a perfeição. O outro, o monólogo de Deus que, leva Jó a compreender seus desígnios.

d) Epílogo – narra a restauração de Jó, onde seu último estado se torna melhor do que o primeiro.

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2.5 DEUS EM JÓ

Há uma variedade de nomes divinos no Livro de Jó. No prólogo e no epílogo, o narrador se dirige a “YHWH” na forma israelita normal (o Senhor), o verdadeiro Deus e Senhor Supremo como também o termo genérico Elohim (Deus). Fora isso, três nomes de Deus são adotados consistentemente: El (Deus), eloah (Deus), e shadday (o Todo Poderoso).

PESSOAS-CHAVE: Jó, Elifaz, Bildade, Zofar e Eliú.

2.6 ESBOÇO DE JÓ

Introdução (1.1-2.13).

a) Jó é consagrado e rico (1.1-5).

b) Satanás desafia o caráter de Jó (1.6-12).

c) Satanás destrói as propriedades e os filhos de Jó (1.13-22).

d) Satanás ataca a saúde de Jó (2.1-8).

e) Reação da esposa de Jó (2.9-10).

f) A visita dos amigos de Jó (2.11-13).

I. Diálogo entre Jó e os seus três amigos (3.1-26.1).

a) Clamor de desespero de Jó (3.1-26).

b) Primeiro diálogo (4.1-14.22).

c) Segundo diálogo (15.1-21.34). d) Terceiro diálogo (22.1-26.14).

II. Discurso final de Jó aos seus amigos (27.1-31.40).

III. Eliú desafia Jó (32.1-37.24).

IV. Deus responde de um remoinho (38.1-41.34).

V. A resposta de Jó (42.1-6).

VI. Parte histórica final (42.7-17).

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SALMOS

O nome hebraico para o Livro de Salmos é “sepher tehillim”, que significa “li vro de louvores”. As versões gregas levam os títulos “Psalmoi e Psalterios”, de onde tiramos nossos títulos Salmos e Saltério.

Este é um título apropriado, pois é o Hinário Nacional de Israel. O Livro con tém 150 poemas de adoração para serem cantados em louvor. Eles engrandecem e louvam ao Senhor, exaltam Seus atributos, Seu nome, Sua Palavra e Sua bondade. Confiança é a idéia principal do Livro, sendo repetidas muitíssimas vezes.

Muitos dos Salmos são preces e súplicas a Deus, alguns contêm bons conse lhos, indicando o caminho da verdadeira felicidade através da virtude e do cumpri mento dos mandamentos de Deus. Deste modo, eles refletem todos os incidentes que podem ocorrer na vida, tanto ao indivíduo quanto da coletividade. Muitos acontecimentos da vida e ministério do Senhor Jesus Cristo se encontram profundamente detalhado nos Salmos como Ele mesmo disse: “São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos” (Lucas 24.44). Assim sendo encontramos:

a) Sua função profética no Salmo 22.22.

b) Sua função sacerdotal nos Salmos 40.6,8; 22; 49; 110.

c) Sua função real nos Salmos 22.22; 45; 72.

d) Seus sofrimentos nos Salmos 22; 69.

e) Sua ressurreição no Salmo 16.

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Nos Salmos são apresentados outros tema de suma importância como; a cria ção do homem (8.5), a aliança estabelecida com Abraão e seus descendentes (105.9-11), o sacerdócio de Melquisedeque (110.4), Isaque, Jacó, José, Moisés e Arão (105.9-45), a libertação do Egito e a herança Cananéia (78.12; 105.44). Muitos outros exemplos poderiam ser citados.

Por fim, os Salmos retratam a mais íntima expressão de dor, angústia, coragem, louvor e confiança em Deus. Eles representam o clamor de corações aflitos em busca do auxílio divino a fim de aliviar o pranto amargo que muitas vezes a vida provoca como bem expressou Myer Pearlman: “nos livros históricos da Bíblia, Deus fala acerca do homem; nos livros proféticos, Deus fala ao homem, e nos Salmos, o homem fala a Deus”. 3

A Bíblia está repleta de cânticos – cânticos de adoração, cânticos como expres são de gratidão e até mesmo cânticos para expressar tristeza e lamentação.

3.1 AUTORIA DOS SALMOS

De modo geral, a única informação definida sobre a autoria se encontra nos títulos dos Salmos. Não são todos os títulos que contêm os nomes dos autores, mas quando consta o nome são assim definidos: 73 são atribuídos ao rei Davi – poeta e cantor de Israel; Moisés (90), Salomão (72, 127), Asafe (50, 73-83), Hemã (88), Etã (89) e os filhos de Coré (42, 44-49, 84, 85, 87). Não há dúvidas de que o Saltério foi completado depois do exílio (e.g. 126 e 137) e que a compilação final aconteceu no período posterior ao retorno da Babilônia.

3.2 ORGANIZAÇÃO DO SALTÉRIO

Os Salmos são cânticos de louvor a Deus como sublime criador, sustentador e redentor. O louvor consiste em reconhecer, apreciar e expressar a grandeza de Deus. Foi organizado em cinco Livros, delimitados por uma fórmula conclusiva, em correspondência com os cinco Livros do Pentateuco;

3. PEARLMAN, Myer. Salmos – Orando com os Filhos de Israel. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 5.

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• Livro 1 – Salmos 1-41;

• Livro 2 – Salmos 42-72;

• Livro 3 – Salmos 73-89;

• Livro 4 – Salmos 90-106;

• Livro 5 – Salmos 107-150.

Deste modo, os Salmos refletem o culto, a vida devocional e o sentimento religioso da nação de Israel. Um fato interessante nos Salmos é a predominância do nome divino YHWH nos Salmos 1 ao 42, onde aparecem 272 vezes. Já dos Salmos 43 ao 72 prevalece o nome genérico Elohim, por 164 vezes. Havia também entre os Salmos, aqueles que eram chamados de “cânticos de romagem” ou “cânticos de peregrinação”, que são os Salmos 120 ao 134.

3.3 CLASSIFICAÇÃO DOS SALMOS

De acordo com o Livro de Crônicas que diz: “E pôs perante a arca do SENHOR alguns dos levitas por ministros; e isso para recordarem, e louvarem, e celebrarem ao SENHOR, Deus de Israel” (1Crônicas 16.4, grifo nosso), podemos concluir que havia tipos de Salmos para ocasiões diferentes.

Alguns Salmos são históricos, revendo os atos de Deus e as repostas de Israel (Salmos 68; 78; 105; 106). Salmos penitenciais expressam a tristeza do autor sobre o pecado e falhas pessoais (Salmos 6; 32; 51). Os Salmos imprecatórios protestam contra a injustiça e clama pela intervenção divina (Salmos 35; 69; 109; 137). Os Salmos litúrgicos eram usados na adoração do Templo em ocasiões especiais (Salmos 30; 92; 120-134). Outros Salmos são classificados como de louvor, em que o foco está na pessoa ou obra de Deus e cuja intenção é exaltá-Lo (Salmos 33; 103; 138). Muitos Salmos são Messiânicos, pois enfocam a vida e ministério do Messias esperado (Salmos 2; 8; 16; 22; 40; 45; 69; 72; 89; 102; 109; 110; 132). Estes Salmos descrevem com precisão o nascimento, vida, morte, ressurreição e sua segunda vinda para julgar o mundo. Entre outras coisas, os Salmos proclamam Sua divindade (Salmos 45.6-7); Sua filiação (Salmos 2.7; 110.1); Sua obediência (Sal

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mos 40.6-8); Seu sofrimento (Salmo 69.9); Sua morte (Salmos 22.1-21); Sua res surreição (Salmos 2.7; 16.10); Sua ascensão (Salmo 68.18); e Sua segunda vinda para julgar o mundo (Salmos 46-47).

3.4 TÍTULOS DOS SALMOS

Os títulos são indicadores da natureza literária de cada Salmo. Alguns títulos se referem ao uso litúrgico dos Salmos a serem cantados em certas ocasiões. Há títulos descritivos da característica poética:

a) Mizmor, 57 Salmos são assim chamados. Referem-se à música que deve ser cantada acompanhada de instrumentos de cordas.

b) Shir, cântico de qualquer qualidade ou espécie, ocorre 30 vezes (46, 120134).

c) Mashkil, um cântico de especial qualidade, ocorre em 13 Salmos, podendo significar vários tipos de cânticos: meditativos, didáticos (32).

d) Miktam, Salmo com idéia de lamentação pessoal (16, 56-60).

e) Shiggayon, ocorre uma vez (7).

f) Tephillah, significa “oração” (17, 86, 90, 102, 142).

g) Tehillah, significa “louvor”, ocorre somente uma vez (145).

Títulos que indicam a direção musical:

a) Lamnatseach é a palavra que vem ao título de 55 Salmos. A Vulgata traduz “in finem”, e a Versão Almeida “para o cantor mor” (IBB), e “ao mestre de canto” (SBB).

b) Neginoth, aparece em 6 títulos, sempre combinado com Lamnatseach. O termo significa “instrumentos de cordas”. Quatro dos títulos em que aparece, vem associado ao termo Mizmor.

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c) Al hashsheminith, ocorre duas vezes, nos Salmos 6 e 12, significa “sobre a oitava”.

d) Al ‘alamoth, se encontra no título do Salmo 46, significa “instrumentos de cordas”.

e) Gittith aparece em três títulos, podendo significar “canção de vindima”.

f) Nehiloth ocorre somente no Salmo 5, é traduzido pela Sociedade Bíblica do Brasil “para flautas”.

g) Mahalath, literalmente significa “doença, aflição”, possivelmente, indicava um Salmo fúnebre. No título do Salmo 88 aparece como Mahalath Leann noth, que a Sociedade Bíblica do Brasil traduziu por “para ser cantado com cítara”.

h) Selah, esta palavra não aparece nos títulos, mas no fim de algumas seções (Salmo 46.7). Esta palavra chama a atenção por ocorrer 71 vezes no Livro I, 30 vezes no Livro II, 20 no Livro III, e 4 no Livro V 4 É uma indicação musical, não para ser lida, mas significando uma pausa no cântico, para um interlúdio instrumental, ou, uma elevação de som (forte).

3.5 DATA DA COMPILAÇÃO

Podemos dizer, de acordo com a autoria dos Salmos, que sua compilação se estendeu desde a época de Moisés (aproximadamente 1440 a.C.) até depois do cativeiro babilônico (586 a.C.).

3.6 ESBOÇO DE SALMOS

I. Livro I (1 - 41).

a) Cânticos introdutórios (1.1-2.12).

b) Cânticos de Davi (3.1-41.12).

c) Doxologia (41.13).

4. ELLISEN, Stanley A. Conheça melhor o Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 1999, p. 166.

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II. Livro II (42-72).

a) Cânticos dos filhos de Corá (42.1-49.20). b) Cânticos de Asafe (50.1-23). c) Cânticos de Davi (51.1-71.24). d) Cânticos de Salomão (72.1-17). e) Doxologia (72.18,19). f) Versículo de conclusão (72.20).

III. Livro III (73-89).

a) Cânticos de Asafe (73.1-83.18). b) Cânticos dos filhos de Corá (84.1-85.13). c) Cânticos de Davi (86.1-17). d) Cânticos dos filhos de Corá (87.1-88.18). e) Cânticos de Etã (89.1-51). f) Doxologia (89.52).

IV. Livro IV (90-106).

a) Cânticos de Moisés (90.1-17). b) Cânticos anônimos (91.1-92.15). c) Cânticos “O Senhor Reina” (93.1-100.5). d) Cânticos de Davi (101.1-8; 103.1-22). e) Cânticos anônimos (102.1-28; 104.1-106.47). f) Doxologia (106.48).

V. Livro V (107- 150).

a) Cânticos de ação de graças (107.1-43). b) Cânticos de Davi (108.1-110.7). c) Hallel Egípcio (111.1-118.29). d) Cânticos Alfabéticos sobre a Lei (119.1-176).

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e) Cânticos dos degraus (120.1-134.3).

f) Cânticos anônimos (135.1-137.9).

g) Cânticos de Davi (138.1-145.21).

h) Cânticos “Louvai ao Senhor” (146.1-149.9).

i) Doxologia (150.1-6).

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4PROVÉRBIOS

Seu título procede do primeiro versículo que diz: “Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel”. Que em hebraico é “Mislê Shelomoh ben David melek yis rael”. Essa palavra vem do latim “proverbium” – pro, “antes” e verbum, “Palavra”. Na versão grega, LXX, esse Livro se chama “paroimi,ai” (Paroimiai) que significa “provérbios, palavras”.

O Livro de Provérbios é uma coleção de avisos e conselhos com a intenção de inculcar as virtudes que a Bíblia persevera em afirmar do começo ao fim. O propó sito primário dos Provérbios é didático, pois suas declarações compactas e práticas fazem com que seu conteúdo se fixe facilmente na memória.

Um provérbio é uma frase curta que expressa um princípio moral, ou uma lição prática em forma precisa e eficaz. Dessa maneira, podemos dizer que o Livro de Provérbios é a principal fonte de ética e moral do Antigo Testamento, principalmen te sobre questões da virtude e do dever. Abrangem os mais variados assuntos: a sabedoria, a justiça, o temor a Deus, o conhecimento, a moralidade, a castidade, a diligência, o domínio próprio, a confiança em Deus, o emprego correto do di nheiro, a consideração pelos pobres, o controle da língua, a bondade para com os inimigos, a escolha dos companheiros, o treinamento das crianças, a honestidade, a preguiça, a falta de ocupação, a justiça, a solicitude, a boa disposição de ânimo, o bom sendo e muitos outros.

Como escreveu Donald Turner, neste Livro temos: “o melhor texto para o es tadista, o melhor código para o governador, as melhores instruções para o juiz, a melhor receita para o êxito do comerciante, os melhores ensinamentos para o estudante, o melhor guia para o jovem e a melhor meditação para o ancião”.5

5. TURNER, Donald D. Introdução ao Antigo Testamento. São Paulo: Batista Regular, 2004, p. 224.

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4.1 AUTORES

Muitos dos Provérbios foram escritos por Salomão. Famosos por seu saber e riqueza, as Escrituras dizem que: “Era mais sábio do que todos os homens, mais sábio do que Etã, ezraíta, e do que Hemã, Calcol e Darda, filhos de Maol; e correu a sua fama por todas as nações em redor. Compôs três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco” (1 Reis 4.31-32). Tendo recebido sabedoria da parte de Deus, Salomão estava altamente capacitado pata escrever esse Livro como está es crito: “Deu também Deus a Salomão sabedoria, grandíssimo entendimento e larga inteligência como a areia que está na praia do mar” (1 Reis 4.29).

Alguns Provérbios saíram de sua pena, outros, podem ter sido coletados por ele, e ainda outros, foram adicionados à coleção básica, em várias épocas por diversas pessoas. Vejamos o que diz Salomão sobre isso: “o Pregador, além de sábio, ainda ensinou ao povo o conhecimento; e, atentando e esquadrinhando, compôs muitos provérbios” (Eclesiastes 12.9).

Outros autores mencionados por nome em Provérbios são: Agur (30.1-33) e Lemuel (31.1-9), autores que a Bíblia não menciona em outra parte, e mais, os que não são citados os nomes, como os sábios (22.17) e os homens de Ezequias (25.1).

A tradição judaica no Talmude (Baba Bathra 15a) afirma que “Ezequias e seus companheiros escreveram os Provérbios”. Provavelmente que esta declaração tal múdica refira-se a “Ezequias e seus companheiros” não como autores, mas como compiladores que ajuntaram e editaram o Livro, acrescentando outros Provérbios.

4.2 TEMA

O Livro de Provérbios é farto em expressões concisas que tem a finalidade de en sinar as pessoas a viver em retidão de acordo com o padrão divino. O Deus do Antigo Testamento é um Ser moral, conseqüentemente, supervisiona as escolhas morais hu manas. Assim o indivíduo que pratica o que é bom e certo pode esperar ser abençoado, e o indivíduo que pratica o erro e o mal pode esperar desapontamento e infortúnio.

O propósito do Livro é esclarecido em seus versos iniciais: “Para aprender a

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sabedoria e o ensino; para entender as palavras de inteligência; para obter o ensino do bom proceder, a justiça, o juízo e a eqüidade; para dar aos simples prudência e aos jovens, conhecimento e bom siso” (Provérbios 1.2-4). Dessa forma, é um Livro prático para a vida diária.

4.3 DATA DA COMPILAÇÃO

Não temos como indicar com exatidão a data final da composição ou da com pilação. É provável que o Livro tenha adquirido o presente formato no tempo do rei Ezequias (726-698 a.C.), como sugerido em (Provérbios 25.1).

4.4 ESBOÇO DE PROVÉRBIOS

I. Introdução (1.1-7).

a) Título, propósito e introdução (1.1-6).

b) Tema ou lema (1.7).

II. Avisos de um pai e advertências da Sabedoria (1.8-8.36).

a) Avisos de um pai, parte I (1.8-19).

b) Advertências da Sabedoria, parte I (1.20-33).

c) Avisos de um pai, parte 2 (2.1-7.27).

d) Advertências da Sabedoria, parte 2 (8.1-36).

III. O caminho da Sabedoria em oposição ao caminho da Loucura (9.1-18).

IV. Provérbios de Salomão e palavras do sábio (10.1-29.27).

a) Provérbios de Salomão— primeira coleção (10.1-22.16).

b) Palavras do sábio— primeira coleção (22.17-24.22).

c) Palavras do sábio— segunda coleção (pelos homens de Ezequias (25.129.27).

V. Provérbios de Agur (30.1-33).

a) A vida de moderação temente a Deus (30.1-14).

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b) As maravilhas da vida observadas sobre a Terra (30.15-31).

c) A insensatez do orgulho e da ira (30.32,33).

VI. Provérbios do rei Lemuel (31.1-31).

a) Conselhos de uma mãe para um filho nobre (31.1-9).

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ECLESIASTES

O título “eclesiastes” é derivado da tradução grega de “qoheleth”, que significa “pregador”. O Livro de Eclesiastes contém uma análise das experiências adquiridas por seu autor ao longo de sua vida e uma conclusão sobre o verdadeiro significado da mesma: longe de Deus tudo é vazio, oco, sem sentido, enfim, “tudo é vaidade”. Esse tema é desenvolvido em vários discursos, sendo que o primeiro bloco demonstra a insignificância da vida e o segundo esboça deduções éticas das suas observações sobre a vida. Enfaticamente, cerca de 27 vezes, alerta que está rela tando sua observação nas eventualidades que ocorrem “abaixo do sol”, excluindo, portanto, a realidade “além do céu ou sol”!

A conclusão de que tudo é vaidade e aflição de espírito é, por conseguinte, inevitável, e a mensagem de Eclesiastes é que a vida longe de Deus é repleta de canseira e desapontamentos. Dessa maneira, “o problema que Salomão enfrentou foi como achar felicidade e satisfação longe de Deus (1.1.-3). Ele buscou na ciência (1.4-11), mas não teve resposta. Buscou-a na filosofia (1.12-18), mas em vão. Descobriu que o prazer (2.1-11), a alegria (v.1), a bebida (v.3), a construção (v.4), as possessões (v.5-7), a música (v.8) são todos vazios. Ele experimentou o materialismo (2.12-26), o fatalismo (3.1-15), o deísmo (3.1-4.16), mas esses também eram vãos. A religião natural (5.1-8), a riqueza (5.9-6.12) e mesmo a moralidade (7.1-12.12) mostraram -se igualmente inúteis”.6

5.1 AUTORIA

Encontramos alusão à sabedoria (1.16), à riqueza (2.8), aos servos (2.8), aos prazeres (2.3) e a atividade de edificação espalhadas por todo o Livro. Assim sendo, têm-se atribuído a Salomão a autoria desse Livro devido à informação oferecida

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6. MEARS, Henrietta. Estudo Panorâmico da Bíblia. São Paulo: Vida, 2006.

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nos dois primeiros versículos do capítulo inicial. A tradição judaica é pacífica em atribuir ao rei Salomão sua autoria. 7

Stanley Ellisen afirma que “caso Salomão não fosse seu autor, a falsa perso nificação do mais sábio de todos os homens sábios teria sido descoberta há muito tempo pelos rabinos de Israel, e esses não permitiriam a inclusão do Livro no Câ non”. 8 Note o seguinte:

a) O autor afirma “venho sendo rei em Jerusalém” (1.12 ARA).

b) A descrição de Eclesiastes (2:1-11) confere com as riquezas que Salomão possuiu e construiu (2 Crônicas 8.1-9.28).

c) O autor identifica-se como aquele que reuniu e organizou muitos provérbios (12.9).

d) Ninguém possuiu tanta sabedoria, prosperidade e expressão mundial no pe ríodo monárquico, quanto Salomão, de fato, ele se tornou uma referência em muitos sentidos para seus posteriores.

5.2 TEMA

O escritor se dispõe a explorar o significado da vida, e conclui dizendo: “Vaidade de vaidades! Tudo é vaidade! Esse é o tema que será desenvolvido por todo o Livro.

O “Pregador” como é chamado, escreve sob a perspectiva humana, só neste mundo, olhando para frente, para trás e para os lados, porém quando olha para cima, vê Deus e encontra respostas para o anseio de sua alma e fica satisfeito.

O autor apresenta uma experiência de frustração, procurou a felicidade nos bens materiais e, quando conseguiu tudo o que desejou seus olhos, concluiu que “tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol” (2.10-11). Se esta declaração fosse pronunciada por um homem pobre, poder-se-ia chamá-lo de leviano. Porém advinda de um homem que tudo possuía, e que nada faltava, torna-se então uma máxima verdadeira.

Os judeus lêem este Livro na Festa dos Tabernáculos. O rabino David Gorodovits explica a razão desta prática entre os judeus “sendo Sucót considerado Zeman Simcha

7. Eclesiastes/ Rei Salomão Ben David. São Paulo: Ed. Maayanot, 1998, prefácio.

8 ELLISEN, Stanley A. Conheça melhor o Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 1999, p. 191

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tênu, ou seja, ‘época de nossa alegria’, quando, em Israel, os celeiros estão abarrotados com os frutos da colheita, seria fácil entregar-se a futilidades e lazer, esquecendo de onde veio a benção que resultou no sucesso do trabalho. É exatamente quando a leitu ra do Cohelét, com suas mensagens profundas, conscientiza-nos da bondade e da jus tiça do Eterno, sem as quais nenhum sucesso pode ser alcançado pelo ser humano”. 9

5.3 DATA DA COMPILAÇÃO

Estudiosos modernos têm argumentado que este Livro não poderia ter sido escrito antes do exílio, devido ao gênero filosófico do Livro e suas muitas palavras distintas. Entretanto a corrente mais conservadora tem datado o Livro na época de Salomão, por volta dos séculos VIII ou VII a.C.

Gleason Archer, de linha tradicional, afirma que foi Salomão quem escreveu, argumentando: “Esta suposição é confirmada por numerosas referências internas, tais como as referências à sua incomparável sabedoria (1.16), suas riquezas sem igual (2.8), seu séquito de inúmeros servos (2.7), suas oportunidades para o prazer carnal (2.3), e suas atividades extensivas de construções (2.4-6). Nenhum outro des cendente de Davi se enquadra nestas especificações senão o próprio Salomão”.10

5.4 ESBOÇO DE ECLESIASTES

I. Prólogo (1.1-2).

a) Identificação do Livro (1.1).

b) Resumos das investigações do Pregador (1.2).

II. Estabelecimento do Problema (1.3-11).

a) Pode-se encontrar algum valor verdadeiro nesta vida? (1.3).

b) Uma refutação das soluções humanísticas (1.4-11).

III. Tentativas de solução para o problema (1.12-2.26).

a) A refutação da razão pura: A sabedoria humana, sozinha, é inútil (1.12-18).

9. MELAMED, Meir Matzliah. Torá a Lei de Moisés. São Paulo: Sefer, p. 669.

10. ARCHER JR, Gleason. Merece confiança o Antigo Testamento. 3ª ed. São Paulo: Vida Nova, 2000, p.436.

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b) O fracasso do hedonismo: O prazer não tem sentido em si mesmo (2.1-11).

c) O fracasso da compensação: O sábio e o tolo encaram um fim comum (2.12-17).

d) O fracasso do materialismo (2.18-26).

IV. Desenvolvimento do tema (3.1 - 6.12).

a) Inutilidade dos esforços humanos em mudar a ordem criada (3.1-15).

b) Inutilidade de um fim igual a criaturas desiguais (3.16-22).

c) Inutilidade de uma vida oprimida (4.1-3). d) Inutilidade da inveja (4.4-6).

e) Inutilidade de ser sozinho (4.7-12).

f) Inutilidade de uma monarquia hereditária (4.13-16).

g) Inutilidade do fingimento numa religião formal (5.1-7).

h) Inutilidade de sistemas de valores materialistas (5.8-14).

i) Inutilidade de deixar para trás, na morte, os produtos do trabalho (5.15-20).

j) Inutilidade da futilidade de uma vida despojada (6.1-9).

k) Inutilidade do determinismo da natureza (6.10-12).

V. A sabedoria prática e os seus usos (7.1 - 8.9).

a) Provérbios moralizantes sobre vida e morte, bem e mal (7.1-10). b) A sabedoria e as suas aplicações (7.11-22). c) Observações sábias variadas (7-23 - 8.1). d) A sabedoria na corte do rei (8.2-9).

VI. Um retorno ao tema (8.10 - 9.18).

a) Inutilidade da compensação (8.10 - 9.12). b) Inutilidade da natureza instável do homem (9.13-18).

VII. Mais sobre a sabedoria e seus usos (10.1 - 11.6).

VIII. O único valor é temer a Deus e obedecê-Lo (11.7 - 12.7).

a) O primeiro resumo das conclusões (11.7-10).

b) O segundo resumo: alegoria da velhice e morte (12.1-7).

IX. Epílogo: Confirmação da conclusão (12.8-14).

a) Resumo das conclusões do Pregador (12.8). b) Resumo das conclusões do pregador através de um discípulo (12.9-14).

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CANTARES DE SALOMÃO

O título em hebraico deste Livro é “shir hashirim”, ou seja, “o mais excelen te dos cânticos”. A Septuaginta traduziu literalmente por “Ásma asmáton”, isto é, “cântico dos cânticos”.

Como sugere o texto hebraico no primeiro versículo, este deveria ser para seu autor o único cântico por excelência, o melhor entre muitos. Assim sendo, Cantares de Salomão é antes de tudo uma canção de amor, onde o nome de Deus “YHWH”, nem sequer é mencionado e no qual não há referência à oração ou ao louvor a Deus. Entretanto, o Cântico foi incluído entre os cinco rolos de festa (Meguilloth) do cânon hebraico e, no judaísmo posterior, sendo designado para ser lido na Páscoa, devido a sua alegoria entre o amor divino por Israel.

Cantares é um drama em poesia, uma história de amor de Salomão por sua noiva Sulamita, enfeitada pelo coro das amigas da noiva que se alegram com ela. “Trata do amor, num ambiente de primavera florida, com metáforas e figuras de linguagens orientais em profusão, que demonstram o gosto que Salomão sentia pela natureza, pelos jardins, pelas campinas, pelas vinhas, pelos pomares e pelos rebanhos”.11

6.1 AUTORIA

Devido à cláusula hebraica “asher li-shelomoh” que pode ser lida tanto como “que é de Salomão”, indicando sua autoria, como “que diz respeito a Salomão”, indicando, neste caso, que dele trata ou a ele concerne. Assim alguns estudiosos interpretam esta frase como sendo uma dedicação e não como sendo uma atribui ção de autoria.

11. HALLEY, Henry Hampton. Manual Bíblico de Halley. São Paulo: Vida, 2001, p.290.

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Entretanto, tradicionalmente tem sido atribuído ao rei Salomão a autoria deste Livro. Há razões pelas quais a autoria salomônica deve ser aceita. Há no poema evi dências internas que apóiam tal atribuição, a começar pelo próprio título onde está dito que se trata do mais belo Cântico de Salomão (1.1). Salomão é mencionado ex plicitamente em várias partes do poema (1.1,5; 3.7, 9,11; 8.11-12). O Livro aponta para um estilo de vida opulento, com várias referências à riqueza, ao luxo, à presença de bens importados (3.6-11). Além disso, o Cântico exibe amplo conhecimento da flora e da fauna de Canaã, o que corrobora com o a descrição bíblica: “Também falou das árvores, desde o cedro que está no Líbano até ao hissopo que nasce na pa rede; também falou dos animais e das aves, e dos répteis e dos peixes” (1 Reis 4.33).

6.2 TEMA

O tema de Cantares é o amor do rei Salomão por sua noiva Sulamita, e da profunda afeição dela por ele. Sendo assim, Cantares relata uma história de amor, que glorifica o amor puro e natural e focaliza a simplicidade e a santidade de uma pessoa que busca o seu amado.

Até os dias de hoje os judeus interpretam o Livro de Cantares como sendo “símbolo do amor de Deus pela Congregação de Israel, sendo o dia de sábado seu intermediário”. 12

Já os cristãos o têm visto como uma imagem do amor de Jesus por sua Igreja, a ser consumado em Sua Segunda vinda. Independente da perspectiva, “é melhor tomar este poema pelo que ele parece ser: a celebração do dom de Deus do amor conjugal”.13

6.3 DATA DA COMPOSIÇÃO

A falta de referências históricas em Cântico dos Cânticos dificulta a datação. Alguns estudiosos defendem a compilação durante o período persa, mais exatamente entre a época de Neemias, com base em argumentos lingüísticos e dados geográficos.

Entretanto, as referências geográficas favorecem uma data anterior ao ano de

12. MELAMED, Meir Matzliah. Torá a Lei de Moisés. São Paulo: Sefer, p. 648.

13. RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 5ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 402.

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930 a.C. O autor faz menção de localidades do reino do Norte como do reino do Sul: Engedi, Hermom, Carmelo, Líbano, Gileade, Hesbom e Jerusalém. “A flora mencionada em Cantares inclui vinte e uma espécies de plantas – tais como as flores de hena em (1.14); a rosa de Sarom, o lírio do vale em (2.1); macieiras, ro mãzeiras, açafrão, cálamo, canela, mandrágoras. Entre a fauna, há nada menos do que quinze espécies (cervos, gazelas, pombas, cabritos, ovelhas etc.)”.14

6.4 ESBOÇO DE CANTARES

I. Cenas de abertura (1.1-2.7).

a) Lembrando o amor do rei de bom nome (1.1-4). b) A morena e agradável guarda das vinhas (1.5-6). c) Procurando amor nas pisadas do rebanho (1.7-8). d) Removendo as marcas da escravidão (1.9-11). e) A linguagem do amor (1.12-17). f) O espírito e a árvore (2.1-6). g) A primeira súplica (2.7).

II. A busca por abertura (2.8-3.5).

a) Começando a busca (2.8-15). b) A alegria do amor no frescor do dia (2.16-17). c) A procura determinada pelo objetivo principal (3.1-4). d) A segunda súplica (3.5).

III. A busca por mutualidade (3.6-5.8). a) A carruagem matrimonial real do amor da aliança (3.6-11). b) Conhecendo Sulamita (4.1-7). c) Uma visão sobre a terra de cima do monte Hermom (4.8). d) Uma vida de união íntima num banquete no jardim (4.9-5.1). e) A queda da Sulamita (5.2-7). f) A terceira súplica (5.8).

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14. ARCHER JR, Gleason. Merece confiança o Antigo Testamento. 3ª ed. São Paulo: Vida Nova, 2000, p.450.

IV. A busca por unidade (5.9 –8.4).

a) Conhecendo Salomão (5.9-6.3). b) A glória triunfante da Sulamita (6.4-10). c) O nobre povo da Sulamita (6.11-12). d) A dança memorial de Maanaim (6.13-7.9). e) O início do novo amor de iguais (7.3 - 8.10). f) A quarta súplica (8.4).

V. Últimas cenas com resumo de realizações (8.5-14).

a) Alcançando o objetivo principal (8.5). b) Alcançando o amor autêntico (8.6-7). c) Alcançando a maternidade e a paz (8.8-10). d) Obtendo uma vinha igual à de Salomão (8.11-12). e) Obtendo a herança (8.13-14).

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LIVROS POÉTICOS

AVALIAÇÃO DE LIVROS POÉTICOS

Nome: __________________________________________data:___/___/_____

1. No Cânon Judaico quais são os Livros denominados de poéticos?

2. Por que esses Livros são classificados como poéticos?

3. Por que os Livros classificados de sabedoria são diferentes da literatura profé tica de Israel?

4. Como é chamada a característica peculiar da poesia hebraica?

5. O Paralelismo se divide em três formas:

a. Qual a forma de paralelismo que denota contraposição?

b. Qual a forma de paralelismo que denota semelhança?

c. Qual a forma de paralelismo que é necessária uma cláusula para explicar a significação da outra?

6. Quem a tradição judaica (Baba Bathra 14b e 15a) declara ser o autor do Livro de Jó?

7. O Livro de Jó foi escrito seguindo uma seqüência coerente. Qual é o seu es quema?

8. No prólogo e no epílogo do Livro de Jó, o narrador se dirige a Deus com qual Nome divino?

9. Quem são as “pessoas-chave” do Livro de Jó?

10. Qual é o nome hebraico para o Livro de Salmos?

11. Como se chama o Hinário Nacional de Israel e quantos poemas ele contém?

12. Qual é a idéia principal do Livro de Salmos e que se repete muitíssimas vezes?

13. Quais são as funções da vida e ministério do Senhor Jesus Cristo que se encontram profundamente detalhado nos Salmos?

14. O que refletem os Salmos?

15. Como os Salmos são classificados?

16. Cite 3 títulos descritivos da característica poética e o seu significado:

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LIVROS POÉTICOS

17. Cite 3 títulos que indicam a direção musical e o seu significado:

18. Por que o propósito primário dos Provérbios é didático?

19. O que é um Provérbio?

20. Quanto ao Livro de Provérbios, o que escreveu Donald Turner?

21. Outros autores mencionados por nome em Provérbios são:

22. O título “eclesiastes” é derivado de qual tradução?

23. O Livro de Eclesiastes contém uma análise das experiências adquiridas por seu autor. Qual foi a sua conclusão sobre o verdadeiro significado da vida?

24. Em que festa judaica os judeus leem o Livro de Eclesiastes?

25. Como o rabino David Gorodovits explica a razão desta prática entre os judeus?

26. Em que festa judaica os judeus lêem o Livro Cântico dos Cânticos?

27. Por que o Cântico foi incluído entre os cinco rolos de festa (meguilloth) do cânon hebraico e, no judaísmo posterior?

28. Como os judeus até os dias de hoje interpretam o Livro de Cantares?

29. Como os cristãos interpretam o Livro de Cantares?

30. Alguns estudiosos defendem a compilação do Cântico dos Cânticos durante o período persa. Em quais argumentos se baseiam?

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LIVROS POÉTICOS REFERÊNCIAS

ANDRADE, Claudionor de. Jó: O problema do sofrimento do justo e o seu propósito. 2ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

Bíblia Anotada. SBB, 1994.

Bíblia de Estudos Plenitude. SBB, 2001.

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. SBB, 2003.

Bíblia de Estudo de Genebra. SBB, 1999.

Bíblia de Estudos Almeida. SBB, 1999.

Bíblia de Estudos Pentecostal. SBB, 1996.

Bíblia de Estudos Vida. SBB, 1998.

Bíblia de Referência Thompson. Ed. Vida, 1999.

Bíblia Shedd. SBB, 2000.

BORGER, Hans. Uma História do Povo Judeu. São Paulo: Editora Sefer, Vol. 1, 1999.

CALVINO, João. O Livro de Salmos. São Paulo: Edições Paracletos, 1999.

DOCKERY, David S. Manual Bíblico Vida Nova. São Paulo: Edições Vida Nova, 2001.

DOCKERY, David. Manual Bíblico. São Paulo: Editora Vida Nova, 2001. Eclesiastes/ Rei Salomão Ben David. São Paulo: Editora Maayanot, 1998

ELLIS, E. Percy. Os Provérbios de Salomão: a sabedoria dos reis à disposição do homem moderno. 4ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.

ELLISEN, Stanley A. Conheça melhor o Antigo Testamento. São Paulo: Edi tora Vida, 1999.

HALLEY, Henry Hampton. Manual Bíblico de Halley. São Paulo: Editora Vida, 2001.

HILL, Andrew E; WALTON, J. H. Panorama do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2006.

JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD.

MALANGA, Eliana Malanga. A Bíblia Hebraica como Obra Aberta: uma pro posta interdisciplinar para uma semiologia bíblica. São Paulo: Humanitas, 2005.

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LIVROS POÉTICOS

MALTA, Ismar Vieira. Caminhando pela Bíblia. São Paulo: Editora Mensagem para Todos. s.d.

MELO, Joel Leitão de. Eclesiastes versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.

PEARLMAN, Myer. Através da Bíblia Livro por Livro. São Paulo: Editora Vida, 1996. ________.

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