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Rosa Marques
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL
PRECIOSA AGUARELA
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É Primavera Todo o vale está formoso Encantado… Com suas flores tão belas! As lilases… As azuis e brancas e muitas… Muitas amarelas!
À beira do lago é onde A beleza mais impera… Únicos matizes e narcisos, Amores-perfeitos Nascidos nesta Primavera!
E as majestosas árvores em flor Pelas ruas da nossa cidade Oferecendo a quem passa, Pétalas de carinho A todos saudando com amor!
É grande a sensibilidade Com que a Natureza se doa… se revela A quem não se cansa de contemplar Tão preciosa aguarela!
DO SILÊNCIO DA TERRA
Do silêncio da Terra Eleva-se um doloroso lamento Da Terra abismada pela insensibilidade, Pela crueldade humana… Que de Terra verde e sadia a transformaram Em Terra queimada…
A Terra, que antes era amparo e sustento Agora Terra de luto desrespeitada Acoitando a morte e a fome Que ronda os homens… Os homens que tudo perderam Os homens que ficaram sem nada…
Num grito de revolta… numa raiva Que não adianta já ser reprimida… A Terra une a sua dor, à dor dos homens Chora com eles… Todos os que perderam a vida A Terra antes verde e sadia Agora Terra de luto empobrecida.
Perante a angústia… o desalento Dos que porfiam pela sobrevivência… Dos homens que tudo perderam… A fé… a razão… A Terra renova-se, e num grito de júbilo Faz brotar das suas entranhas as novas sementes Crescer e prosperar os novos rebentos Tornando-se de novo esperança e alimento…
Aos homens devolve-lhes a fé… a razão Mas a vida… Ah! A vida dos que pereceram não!