Por uma vida mais louca - democracia e luta antimanicomial

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por uma

vida mais

louca

democracia e luta antimanicomial maio – outubro 2022



Por uma vida mais louca

democracia e luta antimanicomial “É necessário se espantar, se indignar e se contagiar, só assim é possível mudar a realidade.” Nise da Silveira

Figura central do conto-novela O Alienista, de Machado de Assis, o personagem Simão Bacamarte é um médico que, ao se autodenominar detentor de um conhecimento específico sobre a mente humana, faz ecoar a loucura de toda uma cidade, ao mesmo tempo em que traz à tona a dúvida de sua própria sanidade. Adequar a regras algo que é tão diverso como a mente humana faz parte de um conjunto de paradigmas usados como bases de comparação na sociedade. Mas afinal de contas, o que significa ser normal? Quem determina a fôrma que molda o conceito de normalidade? Quais são os discursos e práticas que conferem e legitimam poderes ao que se diz normal? Se por um lado, os limites e definições são enevoados, por outro, há uma regra explícita no campo mental que é não ser, nem tampouco tornarse louco. A régua da normalidade precisa imperar de forma constante para garantir existências consideradas lúcidas e cobertas de razão. Pautada por essa lógica racional absoluta, a sociedade produz e impõe barreiras a pessoas neurodiversas, com transtornos mentais e em sofrimento psíquico.


Impedindo a diversidade de existências, esse sistema pensa a vida como função utilitária, vinculada a uma produção quase sempre econômica. Somase a isso o fato de que, historicamente no Brasil, tem sido imposto um padrão de poder que de forma sistêmica e objetiva, busca reprimir diferenças e encarcerar outros setores ou grupos considerados desviantes: pessoas negras, indígenas, com deficiência, pobres, mulheres, LGBTQIA+. É assim que a luta antimanicomial – movimento de defesa de tratamentos justos e dignos para pessoas em sofrimento psíquico, que pauta cuidados em liberdade, autonomia e inclusão, contrário à lógica manicomial de internações – se associa a outras lutas (antirracista, anticapacitista, feminista etc) e conclama a transformações na estrutura social e política de um país que secularmente oprime e enlouquece minorias de direitos.


A partir dessas movidas, o núcleo socioeducativo do Sesc 24 de Maio realiza o projeto “Por uma vida mais louca – democracia e luta antimanicomial”, que ocorre de 18 de maio (Dia Nacional da Luta Antimanicomial) a 10 de outubro (Dia Mundial da Saúde Mental), apresentando uma programação a fim de gerar debates, reflexões e ações acerca de tais temas. Mesclando diversos formatos como rodas de conversa, bate-papos, apresentações musicais, peças teatrais, clubes de leitura, aulas abertas, o projeto se propõe a criar uma ponte de discussão entre o público iniciante e o já envolvido com essas temáticas, na busca por enriquecer os diálogos e fomentar a troca de ideias e conhecimentos. Por meio da intersecção das áreas de Educação para Acessibilidade e de Direitos Humanos do Sesc SP, o projeto é um convite ao pensamento e à ação por uma sociedade mais justa, plural e sem juízo.

Sesc 24 de Maio


Reforma psiquiátrica e luta antimanicomial: breve histórico Por Desinstitute

Por mais de 200 anos, políticas públicas ligadas ao campo da saúde mental no Brasil foram executadas sob a lógica da internação e segregação de pessoas rotuladas como loucas. Em muitos casos, entre as pessoas internadas estavam usuárias de álcool e outras drogas, pessoas com deficiência, em situação de rua, pobreza e vulnerabilidade político-social (em sua maioria, negras) – julgadas como socialmente “anormais”, “desviantes” e “improdutivas”. Enquanto o modelo de internação forçada era amplamente defendido como tratamento eficaz por grupos de interesse privado com influência política e econômica direta sobre o Estado, o atendimento em hospitais psiquiátricos e manicômios judiciários resultava em maus tratos, abandono, castigos, medicalização excessiva, ruptura de laços sociais e, muitas vezes, na morte e desaparecimento de pacientes. Há mais de 30 anos, porém, a política nacional de saúde mental passou por transformações guiadas por um processo de reforma psiquiátrica, iniciado a partir do surgimento de movimentos sociais antimanicomiais formados em sua maioria por trabalhadores da saúde, associações de familiares, sindicalistas e pessoas com longo histórico de internações. A partir da redemocratização, da Constituição de 1988 e da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), surgiram as primeiras demonstrações efetivas do que propunham as pessoas defensoras da reforma psiquiátrica no Brasil. Naquele período, foram implementados em São Paulo e Santos os primeiros


serviços públicos – os Centros e Núcleos de Atenção Psicossocial (CAPS e NAPS) – que possibilitaram a transferência de pessoas egressas de instituições manicomiais para espaços comunitários voltados à promoção dos cuidados em liberdade e à reinserção de suas usuárias na vida social. Cuidados em liberdade garantidos por lei As primeiras experiências regionais bem-sucedidas de serviços psicossociais de base comunitária inspiraram, no final dos anos 80, a formulação da Lei nº 10.216/01 ou “Lei da Reforma Psiquiátrica”. Promulgada em 2001, a legislação estabeleceu novas direções para políticas de saúde mental, orientadas pelo respeito à cidadania e aos direitos das pessoas com transtornos mentais e em sofrimento psíquico. A aprovação da lei previa o fechamento gradual dos manicômios no país, devendo ser substituídos progressivamente por uma rede complexa de serviços comunitários multidisciplinares, que previam atendimento em saúde, moradia, práticas de cultura, lazer e geração de renda, em que a liberdade seria entendida como crucial para o cuidado. Nas últimas décadas, a pressão popular de movimentos antimanicomiais, junto ao controle de órgãos nacionais e internacionais, contribuiu para a fortificação e a ampliação de leis e políticas públicas destinadas à criação de serviços de saúde mental e assistência social de base comunitária, bem como no fechamento de leitos em hospitais psiquiátricos no Brasil. E hoje? Diferente do que muitos acreditam, os manicômios não ficaram no passado. Isso porque, ainda hoje, é extensa a lista de graves violações aos direitos humanos cometidas em instituições de privação de


liberdade que, assim como antigamente, retiram do convívio social pessoas que não se enquadram em supostos padrões morais de “normalidade”. No contexto atual, hospitais psiquiátricos e comunidades terapêuticas – alvos constantes de denúncias envolvendo maus tratos, abandono e tortura – não apenas voltaram a ser incluídos como serviços públicos em políticas nacionais, como passaram a receber mais investimentos do Estado, em detrimento de serviços comunitários do SUS. Segundo o Painel Saúde Mental: 20 anos da Lei 10.216/01, lançado pelo Desinstitute em 2021, o principal programa de avaliação dos hospitais psiquiátricos financiados pelo poder público, o PNASH/ Psiquiatria, está suspenso desde 2014. No entanto, em 2017, o Ministério da Saúde aumentou em 60% o financiamento para internações nessas instituições. Dados da última inspeção nacional em hospitais psiquiátricos, coordenada em 2018 pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT) e outros órgãos de controle, mostram que 52% dessas instituições não apresentavam alvará ou licença sanitária válida para o funcionamento e, ao menos 42% delas, ofereciam alimentação inapropriada. Em 77% dos locais foi identificado o uso injustificado e recorrente de instrumentos para impedir o movimento físico de pacientes, além do seu impedimento ao livre acesso à comunicação com familiares. Um cenário semelhante aparece no último Relatório da Inspeção Nacional em Comunidades Terapêuticas, lançado em 2019 pelo MNPCT junto a outros órgãos federais. Neste, constam relatos que comprovam práticas de trabalho forçado, castigos, maus tratos, abusos sexuais e condições insalubres dentro da maioria das CTs inspecionadas.


Apesar das evidências apresentadas em relatórios oficiais e denúncias, o governo federal, nos últimos anos, tem priorizado as comunidades terapêuticas como ofertantes de “tratamento” a usuários de álcool e outras drogas. O Ministério da Cidadania, responsável pela coordenação da atual Política Nacional sobre Drogas (PNAD), reservou R$ 153,7 milhões, em 2019, e R$ 300 milhões, em 2020, para o financiamento de CTs. Diante da história e dos fatos atuais, é urgente a conscientização social sobre a razão de ser da luta antimanicomial, para que lógicas e práticas punitivistas e violadoras de direitos humanos sejam superadas, enquanto o respeito à diversidade, o cuidado em liberdade e a dignidade humana sejam defendidos e entendidos pela sociedade como deveres do Estado. Sobre o Desinstitute O Desinstitute é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos, que atua pela garantia dos direitos humanos e pelo cuidado em liberdade no campo da saúde mental, no Brasil e na América Latina. Fundado em 2020, nasce da organização de pessoas com trajetórias distintas na Saúde e no Sistema de Justiça, que se uniram para formar uma organização orientada pelos princípios da luta antimanicomial. Dedicado à defesa do SUS e do Estado Democrático de Direito, o Desinstitute tem como objetivo central atuar sobre políticas públicas e garantir a liberdade e a dignidade das pessoas em sofrimento psíquico, com deficiência e necessidades de cuidado devido ao uso abusivo de álcool e outras drogas. Saiba mais sobre o Desinstitute em: desinstitute.org.br


maio

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aula aberta

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O que é a luta antimanicomial? com Juliana Camará e mediação de Lais Borges O Movimento da Luta Antimanicomial é pautado na luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental, o cuidado em liberdade e o fim da violência e exclusão dentro do âmbito da assistência à saúde mental. Nesse encontro vamos entender como esse movimento se formou, sua importância política e cultural que vai para além do campo da saúde e as pautas atuais do movimento. 18/5, quarta-feira, 19h às 21h Sala Multiuso - ETA | 4º andar grátis | retirada de ingressos 30 minutos antes atividade com interpretação em LIBRAS


Juliana Camará

Juliana Camará é psicóloga clínica, especializanda na área da Terapia Cognitivo Comportamental e atenção psicossocial, pesquisadora com enfoque na interseccionalidade e saúde mental periférica, escritora independente, produtora de conteúdo no instagram @produzindo_subjetividade, militante antimanicomial, co-fundadora do coletivo Quizumba Mental.

Lais Borges

Lais Borges é consultora e pesquisadora nas áreas de raça e racismo, gênero, decolonialidade, corpos e alteridades. Tem atuado em processos de formação política e de incentivo a ações antirracistas e anti LGBTfóbicas junto a iniciativas públicas e privadas em São Paulo e em outros estados brasileiros. Atualmente é responsável pelos temas diversidade de gênero e sexualidade na Diaspórica Consultoria e educadora no Museu da Diversidade Sexual.


Nathalie Portela

José de Holanda


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música

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Dona Ivone Lara, enfermeira Samba de Dandara convida Fabiana Cozza

Aula-espetáculo que, além de apresentar novos arranjos para canções imortais de Dona Ivone Lara, discute e celebra a relevância do trabalho da Rainha do Samba para os serviços sociais, a saúde pública e a luta antimanicomial no Brasil. Apresentado pela cantora, poeta, escritora e pesquisadora brasileira Fabiana Cozza, o show costura a trajetória sublime de Dona Ivone, integrada entre a enfermagem e o serviço social e a carreira artística. Mediação de Maíra da Rosa, cantora, mestre em educação e educadora de Tecnologias e Artes do Sesc Osasco. 19 e 20/5, quinta e sexta-feira , 20h Teatro | 1º subsolo R$ 40,00 inteira; R$ 20,00 meia entrada; R$ 12,00 credencial plena Samba de Dandara é Laís Oliveira (cavaco e coro), Amanda Lima (violão 6 cordas e coro), Mariana Rhormens (flauta transversal e percussão), Tati Salomão (percussão), Ana Lia Alves (percussão) e Kamilla Alcântara (percussão).


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bate-papo

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21 anos da Lei da Reforma Psiquiátrica no Brasil: avanços e retrocessos com Florianita Braga Campos, Paulo Delgado e Silvana Borges | mediação de Aurélia Rios (Desinstitute) No dia 6 de abril de 2001 foi promulgada a Lei n° 10.216, a Lei da Reforma Psiquiátrica, marco para a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais e por ser um ponto de inflexão no modelo assistencial em saúde mental brasileiro. O bate-papo marca os 21 anos da lei e pretende fazer balanço dos avanços e retrocessos que aconteceram no campo da luta antimanicomial no Brasil desde então. 25/5, quarta-feira 19h às 21h ação virtual pela plataforma Teams grátis com inscrições prévias | inscricoes.sescsp.org.br atividade com interpretação em LIBRAS


Magnus Regios Dias da Silva

Debora Klempous

Davi Mathiesen

Aurélia Rios

Aurélia Rios é psicóloga com atuação social comunitária. É mestra em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); Conselheira Municipal de Saúde de Santos e da Comissão de Saúde Mental; Conselheira Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra e de Promoção da Igualdade Racial e da Comissão Executiva. Participou como convidada representante do Brasil no Global Day of Action em New York, evento em comemoração ao Juneteenth, dia da libertação da população negra norteamericana. É Diretora de Projetos e Interseccionalidade do Desinstitute. Silvana Borges é “loucutora”, radialista, poetisa e artista plástica. Militante há mais de 20 anos do movimento de luta antimanicomial “Por uma sociedade sem manicômios”. Primeira voz feminina do programa de rádio “Maluco Beleza”, do Ponto de Cultura Maluco Beleza, serviço de saúde dr. Cândido Ferreira, na cidade de Campinas, São Paulo. Paulo Delgado é professor, sociólogo e consultor. Foi deputado constituinte e exerceu mandatos de deputado federal até 2011. É o autor da Lei 10216/2001 da Reforma Psiquiátrica. Autor também da Lei das Cooperativas Sociais. Articulista do Jornal o Estado de São Paulo escreve a coluna de política internacional dos Jornais Estado de Minas e Correio Braziliense. Florianita Braga é psicóloga, professora aposentada da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) campus Baixada Santista e foi Coordenadora Municipal de Saúde Mental de Campinas de 2001 a 2004, no período da promulgação e implantação da Lei da Reforma Psiquiátrica. Ativista do Movimento da luta antimanicomial há mais de 30 anos.


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aulas abertas

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Referências negras da saúde mental Ciclo de três aulas abertas que busca apresentar e discutir as obras de intelectuais negras e negros que têm contribuições fundamentais para o campo da saúde mental e da luta antimanicomial no Brasil: Frantz Fanon, Neusa Santos Souza e Juliano Moreira. Cada encontro será ministrado por um pesquisador ou pesquisadora referência do pensamento desses e dessas pensadoras. atividade com interpretação em LIBRAS O pensamento de Frantz Fanon por Deivison Faustino Nascido na Martinica, Frantz Fanon (1925-1961) foi um importante psiquiatra, ensaísta e militante político. Autor de obras como “Pele negra, máscaras brancas” e “Os condenados da terra”, é um intelectual de referência nas análises e combates ao processo colonizador. 26/5, quinta, 18h30 às 20h30 Grátis | retirada de ingressos 30 minutos antes Sala 1 Oficinas | 6º andar transmissão ao vivo pelo canal youtube.com/sesc24demaiovideos O pensamento de Neusa Santos Souza por Clélia Prestes Psicanalista e pensadora das temáticas de saúde mental e relações raciais, Neusa Santos Souza (1948-2008; Cachoeira, Bahia) é autora do livro “Tornar-se negro”, de 1983, considerado a primeira referência sobre a questão racial na psicologia, e ainda muito atual. Inovou na teorização e tratamento das psicoses, com práticas humanizadas e espaço para a voz de pacientes. 27/5, sexta, 18h30 às 20h30 Grátis | retirada de ingressos 30 minutos antes Sala 1 Oficinas | 6º andar transmissão ao vivo pelo canal youtube.com/sesc24demaiovideos


O pensamento de Juliano Moreira por Ynaê Lopes Santos mediação de Emiliano David Ingressante na Faculdade de Medicina da Bahia aos 14 anos, Juliano Moreira (1873-1933) é um dos principais nomes da psiquiatria brasileira, sendo responsável pela transformação no tratamento de doenças mentais, abolindo o uso de camisas de força e grades nos manicômios e pautando novos protocolos de tratamento na saúde pública no Brasil 28/5, sábado, 10h às 12h transmissão ao vivo pelo canal youtube.com/sesc24demaiovideos Deivison Faustino possui doutorado em sociologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e pós-doutorado em psicologia clínica pela Universidade de São Paulo (USP). Pesquisa o pensamento de Frantz Fanon e a sua recepção contemporânea, bem como as suas contribuições clínicas e teóricas para a saúde mental. Possui inúmeros artigos e livros sobre Frantz Fanon, ao qual se destaca o seu último livro “Frantz Fanon e as encruzilhadas: teoria, política e subjetividade”. Clélia Prestes é doutora em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo (USP), especialista em Psicologia Clínica Psicanalítica pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e psicóloga do Instituto AMMA Psique e Negritude. Em 2017, foi pesquisadora visitante no Departamento de Estudos Africanos e Afro-Diaspóricos, na Universidade do Texas, Estados Unidos. Pesquisa estratégias de promoção da saúde, especialmente de/por mulheres negras. Produziu textos sobre o assunto, e também sobre figuras negras do campo da saúde mental, como Juliano Moreira e Neusa Santos Souza. Ynaê Lopes dos Santos é historiadora e professora de História da América da Universidade Federal Fluminense. Suas áreas de pesquisa tratam da História da Escravidão nas Américas, das relações étnico-raciais no continente americano e do ensino de História da África e da questão negra no Brasil. É Membra executiva do BRASA, editora da Revista Tempo e colunista da DW Brasil. É autora dos livros: Além da Senzala. Arranjos escravos de moradia no Rio de Janeiro 18081850 - HUCITEC, 2010, História da África e do Brasil Afrodescendente - PALLAS, 2017, Juliano Moreira: o médico negro na fundação da psiquiatria brasileira, EDUFF, 2020, Racismo Brasileiro. A história da formação do país. TODAVIA, 2022. Emiliano de Camargo David é psicólogo, mestre e doutorando em Psicologia Social (PUC-SP). Professor do Instituto SEDES Sapientiae (curso de Especialização “Saúde Mental e Reforma Psiquiátrica: Clínica e Política na Transformação das Práticas”). Integrante do Instituto AMMA Psique e Negritude. Integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas Lógicas Institucionais e Coletivas (NUPLIC – PUC SP). Integrante do GT Racismo e Saúde da ABRASCO. Membro honorário do Departamento Formação em Psicanálise do Instituto SEDES Sapientiae.


junho

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apresentação musical

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Pirex não é fax não com Coral Cênico Cidadãos Cantantes Ouvir Vozes e se fazer ouvir é ousadia num mundo aterrorizado pela dor e a ameaça invisível que a pandemia instaurou. Exercitar a empatia e o sensível em todos e todas constitui um ato revolucionário. A missão dos Cidadãos Cantantes é levar vozes dissonantes que possam harmonizar a terra e despertar as meninas e os meninos que habitam todos e todas nós em busca de uma diversidade que nos faça capaz de cantar em uníssono. Em 2022, o Coral Cênico Cidadãos Cantantes celebra seus 30 anos de existência com apresentações que rememoram a trajetória antimanicomial do grupo. Em “Pirex não é fax não”, canta um repertório em que a loucura circulará o imaginário da criação, invocando a solidariedade e a alegria na construção de um Comum. 1/6, quarta-feira, 12h e 12h45 Praça – térreo grátis

Ficha técnica Regência e Coordenação Musical: Julio Giudice Maluf Coordenação Geral: Cris Lopes Preparação corporal e vocal: Rebeca Maluf Violoncelo: Erica Navarro Violão: João Guilherme Percussão: Wesley Monteiro


Douglas Mansur

Coral Cênico Cidadãos Cantantes surge em 1992 como desdobramento das atividades dos Centros de Convivência e Cooperativa da Secretaria de Saúde do Município de São Paulo. Conta com apoio da Galeria Olido e do Centro de Referência da Dança SMC/SP e parceria com o PACTO – Laboratório de Estudos e Pesquisa em Arte e Corpo e Terapia Ocupacional da USP. O Coral possui uma composição heterogênea, reunindo pessoas com sofrimento psíquico, pessoas em situação de vulnerabilidade e a população em geral, interessados na construção artística. A ferramenta de trabalho dos Cidadãos Cantantes é a promoção de encontros nos quais se possa cantar um repertório popular e ancestral, buscando em sua dramaturgia a harmonização das dissonâncias para afinar diferenças e sustentando uma experimentação na interface entre canto coral, arte e saúde na contemporaneidade.


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bate-papo

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Raça, classe e gênero: intersecções estruturantes na pauta antimanicomial com Rachel Gouveia e Jaqueline Gomes de Jesus mediação de Patrícia Rocha No Brasil, pessoas negras e indígenas, trabalhadoras e trabalhadores precarizados, mulheres e LGBTQIA+ são impactados de modos particulares pelas políticas de saúde mental de caráter segregacionista. A partir da perspectiva interseccional, as convidadas debaterão os modos como a luta antimanicomial repercute nas populações estruturalmente atravessadas por opressões de classe, raça, gênero e orientação sexual, reconhecendo a interconexão histórica entre essas dimensões. 8/6, quarta-feira, 19h às 21h Sala Multiuso - ETA | 4º andar grátis | retirada de ingressos 30 minutos antes atividade com interpretação em LIBRAS


Rachel Gouveia é pós-doutoranda em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ). Professora da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ESS/UFRJ) e Colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Política Social da Universidade Federal Fluminense (PPGPS/UFF). Coordenadora dos seguintes projetos: Projeto de Pesquisa e Extensão Luta Antimanicomial e Feminismos e do Projeto de Pesquisa e Extensão Encruzilhadas: diálogos antirracistas. Coordenadora da Pesquisa Comunidades Terapêuticas no Estado do Rio de Janeiro. Jaqueline Gomes de Jesus é professora de Psicologia do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e do Departamento de Direitos Humanos, Saúde e Diversidade Cultural da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (DIHS/ENSP/FIOCRUZ). Docente Permanente do Programa de Pós-graduação stricto sensu em Ensino de História (ProfHistória) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e do Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva (PPGBIOS - UFRJ/ UFF/UERJ/FIOCRUZ). Doutora em Psicologia Social do Trabalho e das Organizações pela Universidade de Brasília (UnB), com pós-doutorado pela Escola Superior de Ciências Sociais e História da Fundação Getúlio Vargas (CPDOC/FGV).

divulgação

divulgação

divulgação

Patrícia Rocha é Terapeuta Ocupacional, atual vice-presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 3ª Região (CREFITO-3), membra da Comissão de Direitos Humanos do Crefito3, apoiadora institucional da Rede de Atenção Psicossocial do território da Casa Verde-Cachoeirinha-Limão pela Associação Saúde da Família em contrato de gestão com a Prefeitura Municipal de São Paulo.


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curso

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Loucart & Modernismos: a quem serve a arte dos pacientesartistas do Juquery? com coletivo ebó de palavras O curso busca estabelecer o diálogo em torno de três temas que se interrelacionam: o manicômio do Juquery, criado em 1898 no município de Franco da Rocha, as sofisticadas produções artísticas de pacientes dessa instituição e a sua influência nas obras de alguns artistas do Movimento Modernista de São Paulo nas primeiras décadas do século XX. A atividade é composta por uma aula teórica e uma visita mediada à exposição “Raio-que-o-Parta: Ficções do Moderno no Brasil” no Sesc 24 de Maio, no sábado. No domingo, o curso continua em Franco da Rocha, onde o público fará uma caminhada nas imediações da extinta Colônia Psiquiátrica, além de uma visita mediada à exposição “Há luz atrás dos Muros” do Museu de Arte Osório Cesar (MAOC). 18/6, sábado, 10h às 13h Sala 1 Oficinas | 6° andar 14h30 às 16h30 Exposições | 5° andar 19/6, domingo , 10h às 15h Franco da Rocha (SP). Sairá ônibus fretado do Sesc 24 de Maio às 9h, com previsão de chegada às 16h. Pessoas menores de 18 anos devem estar acompanhadas por adultas responsáveis - que também devem estar inscritas na atividade. Classificação etária 16 anos grátis | inscrições antecipadas na Central de Atendimento e em inscricoes.sescsp.org.br * Acessibilidade: Solicite o serviço de interpretação em LIBRAS/Português no ato da sua inscrição.


ebó de palavras é um coletivo de mediação educativa composto por andré santos bispo e Luciane Tobias, que desenvolve proposições nutridas por saberes de matrizes africanas e afro-brasileiras - tendo como luz a pedagogia plural baseadas nas leis 10.639-03 e 11.645-08. A intenção é difundir, bem como democratizar as epistemologias e memórias afro-brasileiras e indígenas ainda presentes nas margens do campo do saber tais como da língua, saúde, arquitetura, ecologia, história, ciência, entre outros. andré santos-bispo é educador-artista graduado em Filosofia (2010) com extensões universitárias em Museologia e Patrimônio. Entre outros trabalhos, foi um dos responsáveis pela criação do Plano Educativo do Museu de Arte Osório Cesar - MAOC, localizado no Complexo Hospitalar Juquery, Franco da Rocha, bem como consultor de pesquisa pedagógica do projeto “Leitura de Imagem Conhecendo o Acervo do Museu de Arte Osório Cesar”, parte do Programa de Ação Cultural.

Cristiane Barbosa

Luciane Tobias é historiadora formada pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Há 15 anos atua em Mediação Cultural desenvolvendo trabalhos para diversos equipamentos culturais na cidade de São Paulo. Com experiência na educação não formal, supervisiona equipes de educadores em programas educativos para exposições. Como pesquisadora independente investiga a Educação para as relações étnico-raciais.


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bate-papo

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Aula-exibição: Holocausto brasileiro com Daniela Arbex | mediação: andré santos-bispo Em 2013 foi lançado “Holocausto brasileiro”, livro da jornalista Daniela Arbex que se tornou não somente ementa básica para cursos como de Psicologia e Psicanálise no Brasil, mas um marco de denúncia dos horrores no que aconteceu por quase um século no Hospital Colônia de Barbacena, manicômio no interior de Minas Gerais. O documentário homônimo e com direção de Armando Mendz e de Daniela Arbex (2016), assim como o livro, é hábil por tratar das violências produzidas na instituição e do seu processo contínuo de invisibilização. Ambas as narrativas, do livro e do filme, vão sendo construídas a partir de depoimentos de antigas pacientes, pessoas funcionárias e moradoras locais. Neste bate-papo, a conversa sobre o desenvolvimento e conteúdo do livro será intercalada com a exibição de alguns trechos do filme. Não recomendado a menores de 16 anos 21/6, terça-feira , 19h às 21h Teatro | 1º subsolo grátis | retirada de ingressos 30 minutos antes atividade com interpretação em LIBRAS


Daniela Arbex é autora do best-seller Holocausto brasileiro, reconhecido como Melhor Livro-Reportagem do Ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte (2013) e segundo melhor Livro-Reportagem no prêmio Jabuti (2014). O livro foi adaptado para documentário pela HBO. Em 2015, lançou Cova 312, vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Livro-Reportagem (2016), e em 2018, Todo dia a mesma noite, que narra a história não contada da boate Kiss. Daniela foi eleita a melhor repórter investigativa do Brasil em 2020 pelo Troféu Mulher Imprensa e tem ainda outros 20 prêmios nacionais e internacionais. Foi repórter especial do Jornal Tribuna de Minas por 23 anos e atualmente dedica-se à literatura.

reprodução “Holocausto Brasileiro”

andré santos-bispo é educador-artista graduado em Filosofia (2010) com extensões universitárias em Museologia e Patrimônio. Entre outros trabalhos, foi um dos responsáveis pela criação do Plano Educativo do Museu de Arte Osório Cesar - MAOC, localizado no Complexo Hospitalar Juquery, Franco da Rocha, bem como consultor de pesquisa pedagógica do projeto “Leitura de Imagem Conhecendo o Acervo do Museu de Arte Osório Cesar”, parte do Programa de Ação Cultural e integra o coletivo ebó de palavras.


Joao Caldas Filho

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teatro – leitura dramática

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Palavras de Stella com Cleide Queiroz Palavras de Stella é um espetáculo solo interpretado por Cleide Queiroz com direção e dramaturgia de Elias Andreato. Nesta leitura dramática a personagem narra sua trajetória, expõe seu cotidiano e revela seu olhar de perplexidade diante da vida e dos seres humanos. A criação do espetáculo tomou por base o registro em áudio da obra de Stella do Patrocínio realizado na década de 1980 pelas artistas plásticas Neli Gutmacher e Carla Guagliardi, posteriormente, transcrito e organizado por Viviane Mosé no livro Reino dos bichos e dos animais é o meu nome. 23 e 24/6, quinta e sexta-feira , 20h Sala Multiuso – ETA | 4º andar grátis | retirada de ingressos 30 minutos antes


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bate-papo

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O Falatório de Stella do Patrocínio com Cleide Queiroz e Sara Ramos Stella do Patrocínio (1941-1992) nos contribui com o legado cultural e intelectual de seu Falatório, registrado na década de 80 dentro dos muros da Colônia Juliano Moreira, instituição manicomial que a aprisionou por mais de 30 anos. O Falatório de Stella requer uma escuta atenta à palavra falada, e reverbera atemporalmente por uma imensidão de temas caros às vidas negras, suas memórias e relações com as instituições de poder. O bate-papo propõe-se a refletir as justaposições entre arte, cultura e intectualidade que emanam do Falatório, e é marcado por um contexto de celebração e resgate das suas falas registradas em áudio, publicadas pela primeira vez para acesso público este ano. 25/6, sábado, 17h às 19h Sala Multiuso – ETA | 4º andar grátis | retirada de ingressos 30 minutos antes atividade com interpretação em LIBRAS

Cleide Queiroz é atriz, cantora e professora de expressão vocal. Iniciou sua carreira em meados dos anos 50, atuando em teatro amador em Santos, sua cidade natal. Estreou profissionalmente na Cia. Paulo Autran, em 1969, com “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto, sob a direção de Silnei Siqueira. Desde então atuou em dezenas de peças adultas e infantis, assim como em shows musicais. Foi dirigida por Afonso Gentil, Wladimir Capella, Altair Lima, Osmar Rodrigues Cruz, Roberto Lage, Flavio de Souza e Elias Andreato, entre tantos outros. Sara Ramos é mulher negra, sapatão, nortista, batuqueira e mestra em Literatura Comparada. Tem muito respeito pelas palavras, sejam escritas, faladas ou corporificadas, por isso as persegue.


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literatura

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Clube de leitura: Canto dos malditos, Austregésilo Carrano Bueno mediação de Allan da Rosa Canto dos malditos é um texto autobiográfico em que o paranaense Austregésilo Carrano Bueno narra sua saga pelos hospícios de Curitiba e do Rio de Janeiro. Internado à força aos 17 anos num hospital psiquiátrico por seu pai, Austregésilo passou por sessões de eletrochoques e ingestão de diversos comprimidos sem nunca ter sido examinado por uma pessoa médica. Publicado pela primeira vez em 2001, o livro faz parte do currículo de diversas universidades, além de ter dado origem ao filme Bicho de sete cabeças, dirigido por Laís Bodanzsky, mundialmente premiado e importante colaborador para a luta antimanicomial. 29/6, quarta-feira , 18h30 às 20h30 Biblioteca | 4º andar atividade com interpretação em LIBRAS grátis | retirada de ingressos 30 minutos antes

Allan da Rosa é escritor e angoleiro. Publica ficção, ensaios e poesia. Dramaturgo, compôs peças com companhias teatrais de estados distintos do Brasil. Pesquisa e atua em Imaginário, Cotidiano, Ancestralidade e Artes Negras. É historiador, mestre e doutor em Cultura e Educação pela USP.


Allan da Rosa


Melquior Brito

julho O Coletivo Cafuzas foi fundado em 2014 e iniciou suas pesquisas com foco nas narrativas orais e escritas ligadas às culturas indígenas, africanas e afro-brasileiras, por conta da riqueza e da profundidade encontradas nestes universos culturais e também com o intuito de contribuir de alguma forma com o fortalecimento dessas culturas no que dizem respeito à nossa própria formação cultural, à nossa história e à nossa ancestralidade. Atualmente o coletivo é formado pelas narradoras Aline Oliveira e Rosana Borges Silva que convidam algumas parceiras para determinadas ações.


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contação de histórias

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Coletivo Cafuzas conta O coletivo Cafuzas conta histórias de grandes personagens brasileiras e suas relações com a temática da saúde mental. Dona Ivone Lara, enfermeira A história da enfermeira e cantora que usou sua arte e conhecimentos médicos para, junto de Nise da Silveira, transformar os cuidados mentais no Brasil. O nome dela é Dona Ivone Lara, a mulher que nasceu para sonhar e cantar. 9 e 10/7, sábado e domingo , 15h Nise da Silveira Sua paixão pela medicina e compromisso com seus clientes, fizeram com que Nise da Silveira transformasse a forma como a saúde mental era tratada no Brasil. 16 e 17/7, sábado e domingo , 15h Stella do Patrocínio História da mulher que ao tomar um ônibus para casa foi parada pela polícia e levada para um manicômio aos 21 anos. Lá, gostava de falar sobre muitas coisas, que ela chamava de falatório. Stella do Patrocínio é seu nome. 23 e 24/7, sábado e domingo, 15h Arthur Bispo do Rosário Um dos maiores artistas brasileiros que produziu toda a sua obra em uma instituição psiquiátrica, onde produziu lindos estandartes e também obras utilizando objetos do dia a dia. 30 e 31/7, sábado e domingo, 15h Sala Multiuso - ETA | 4º andar grátis | retirada de ingressos 30 minutos antes


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bate-papo

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Vulnerabilidades sociais e espaços manicomiais: a luta pelos cuidados em liberdade como justiça social com Maria Teresa Ferreira e Daniela Skromov (Desinstitute) e mediação de Nathália Oliveira Na conjuntura vigente, marcada por retrocessos contra os direitos conquistados, o movimento de luta antimanicomial vem se deparando com a necessidade de enfrentar práticas históricas como a internação compulsória e outras investidas conservadoras. Esse domínio tem como uma de suas principais expressões na atualidade as chamadas Comunidades Terapêuticas. Pautar cuidados em liberdade, contrários à lógica do confinamento, é atuar pelo exercício pleno de existência, em consonância com a justiça social, numa compreensão que a lógica manicomial se vale das vulnerabilidades sociais enquanto controle de corpos e cerceamento de direitos a determinados recortes sociais. O bate-papo se propõe a discutir e analisar o caráter desumanizador e higienista da manutenção e do fomento dessas práticas manicomiais e sobre as estratégias possíveis para detê-las e criar outros entendimentos de cuidado e vida. 13/7, quarta-feira , 19h às 21h Sala Multiuso – ETA | 4º andar grátis | retirada de ingressos 30 minutos antes atividade com interpretação em LIBRAS


Maria Teresa Ferreira é escritora negra, mãe do Davi, educadora social, feminista negra Co-autora do livro “Narrativas de liberdade: marcha das mulheres negras de São Paulo”. Também participou do livro “Carolinas”, lançado na FLUP e que reúne textos de escritoras negras em homenagem a Carolina de Jesus. Daniela Skromov é diretora de relações institucionais do Desinstitute desde a sua formação, em 2020, e Defensora Pública do Estado de São Paulo desde 2007. Com atuação marcada por casos de violência institucional, defendeu presos provisórios, vítimas de violência policial e participou da desativação do pólo manicomial de Sorocaba-SP. Foi coordenadora dos Núcleos de Cidadania e Direitos Humanos e dos Direitos das Pessoas Idosas e das Pessoas com Deficiência da DPE-SP. Recebeu menção honrosa no Prêmio Santo Dias de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (2012).

divulgação

divulgação

Camila Ferreira

Nathália Oliveira, socióloga que atua com pesquisa; formação; mobilização de agendas e campanhas de advocacy na pauta de Política de Drogas e Direitos Humanos. Trabalhou junto a organizações da sociedade civil tais como Centro de Convivência “É de Lei”; Instituto Terra Trabalho e Cidadania (ITTC). Em 2015 fundou a Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Drogas em parceria com o historiador baiano Dudu Ribeiro, organização na qual é diretora executiva e também é membro da Secretaria Executiva da Plataforma Brasileira de Política de Drogas desde 2017. Entre 2017 e 2019, foi presidente do Conselho Municipal de Políticas Sobre Drogas e Álcool de SP (COMUDA). Atualmente, integra o Conselho Estadual de Políticas Sobre Drogas (Coned).


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literatura

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Clube de leitura: Cemitério dos vivos, Lima Barreto mediação de Allan da Rosa Internado por duas vezes em instituições psiquiátricas por delírios alcóolicos, Lima Barreto documentou em Diário do hospício sua passagem pelo Hospício Nacional dos Alienados, no Rio de Janeiro, de maneira lúcida e contundente. No romance inacabado O cemitério dos vivos, o autor transpôs para a chave ficcional a mesma vivência. 27/7, quarta-feira , 18h30 às 20h30 Biblioteca | 4º andar atividade com interpretação em LIBRAS grátis | retirada de ingressos 30 minutos antes

Allan da Rosa é escritor e angoleiro. Publica ficção, ensaios e poesia. Dramaturgo, compôs peças com companhias teatrais de estados distintos do Brasil. Pesquisa e atua em Imaginário, Cotidiano, Ancestralidade e Artes Negras. É historiador, mestre e doutor em Cultura e Educação pela USP.


reprodução


agosto

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apresentação musical

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Minha palavra não quer censura, pois toda poesia cura com Coral Cênico Cidadãos Cantantes A dramaturgia dos Cidadãos Cantantes é compreender o advento da obra artística no encontro dos cantantes com sua plateia, resilientes e firmes construindo uma nova dramaturgia, uma outra poética necessária à sobrevivência da esperança e da luta contínua, sempre criativa e necessariamente coletiva. Valoriza-se a experiência grupal, a produção de conhecimento, a solidariedade, autonomia e acima de tudo a liberdade de criação e expressão, com fruição. O desafio de se parir arte coletivamente, forja no humano camadas de disposição para questionar sua condição de criador, autor e se deparar com a capacidade de se implicar com as necessidades do outro, reafirmando identidades poéticas. Em 2022, o Coral Cênico Cidadãos Cantantes celebra seus 30 anos de existência com apresentações que rememoram a trajetória antimanicomial do grupo. Em “Minha palavra não quer censura, pois toda poesia cura”, o Coral Cênico canta um repertório brasileiro que destaca a livre expressão, o afeto e a poesia como medidas terapêuticas e transformadoras de mundos. 3/8, quarta, 12h e 12h45 Praça– Térreo grátis Ficha técnica Regência e Coordenação Musical: Julio Giudice Maluf Coordenação Geral: Cris Lopes Preparação corporal e vocal: Rebeca Maluf Violoncelo: Erica Navarro Violão: João Guilherme Percussão: Wesley Monteiro


Douglas Mansur

Coral Cênico Cidadãos Cantantes surge em 1992 como desdobramento das atividades dos Centros de Convivência e Cooperativa da Secretaria de Saúde do Município de São Paulo, com apoio da Associação SOS Saúde Mental, Ecologia e Cultura. O Coral possui uma composição heterogênea, reunindo pessoas com sofrimento psíquico, pessoas em situação de vulnerabilidade e a população em geral, interessados na construção artística. A ferramenta de trabalho dos Cidadãos Cantantes é a promoção de encontros nos quais se possa cantar buscando a harmonização das dissonâncias para afinar diferenças e sustentando uma experimentação na interface entre canto coral, arte e saúde na contemporaneidade.


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teatro

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Traga-me a cabeça de Lima Barreto com Cia dos Comuns Escrita pelo diretor e dramaturgo Luiz Marfuz, em 2017, especialmente para comemorar os 40 anos de carreira do ator Hilton Cobra, com direção de Onisajé (Fernanda Júlia), a peça mostra uma imaginária sessão de autópsia na cabeça do escritor Lima Barreto, conduzida por um Congresso de Eugenistas no Brasil, início do século XX. Após a morte de Lima Barreto, os médicos eugenistas determinam a exumação do corpo, a fim de responder à seguinte pergunta: “Como um cérebro, considerado inferior pelos eugenistas da época, poderia ter produzido e publicado obras literárias de qualidade, se a arte nobre e da boa escrita deveria ser um privilégio das raças consideradas superiores?”. A partir desse embate, a peça mostra as várias facetas da personalidade e da genialidade de Lima Barreto, refletindo sobre loucura, racismo e eugenia, a obra não reconhecida e os enfrentamentos políticos e literários de sua época.      4 e 5/8, quinta e sexta-feira, 20h Classificação etária 14 anos Teatro R$ 25,00 inteira; R$ 12,50 meia entrada ; R$ 7,50 credencial plena


Adeloya Magnoni

Ficha técnica Ator: Hilton Cobra Dramaturgia: Luiz Marfuz Direção: Onisajé (Fernanda Júlia) Cenário: Vila de Taipa | Erick Saboya | Igor Liberato | Márcio Meireles Desenho de Luz: Jorginho de Carvalho | Valmyr Ferreira Figurino: Biza Vianna Direção de Movimentos: Zebrinha Direção Musical: Jarbas Bittencourt Direção de vídeo: David Aynan Design gráfico: Bob Siqueira e Gá Produção executiva: Elaine Bortolanza e Júlio Coelho Direção fotografia/câmera: Lílis Soares Operação áudio e vídeo: Duda Fonseca Adaptação de Luz para a Live e Operação: Lucas Barbalho Participações especiais (voz em off): Lázaro Ramos Caco Monteiro | Frank Menezes | Harildo Deda | Hebe Alves | Rui Manthur | Stephane Bourgade.


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bate-papo

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Juliano Moreira, Lima Barreto e delírios eugenistas com Hilton Cobra e Clélia Prestes Na busca por uma nova identidade para o Brasil, um dentre os muitos delírios eugenistas foi acreditar que a miscigenação seria responsável por uma suposta degeneração dos brasileiros que prejudicaria o progresso do país. Pautado no racismo científico, estas ideias ganharam certa adesão nas elites e intelectualidade nas primeiras décadas do século XX, influenciando pensamentos, relações sociais e ativando encontros de um projeto que previa o embranquecimento do país, tendo por consequência a exclusão, quando não o extermínio, de povos racializados. O bate-papo pretende apresentar as ideias do médico Juliano Moreira, pioneiro da psicanálise no Brasil, em conjunto com a produção literária de Lima Barreto como um dos múltiplos contrapontos a tais delírios eugenistas e como exaltação à produção intelectual e histórica destes dois homens negros fundamentais para a formação do pensamento no século passado.     6/8, sábado , 17h às 19h Sala Multiuso – ETA | 4º andar grátis | retirada de ingressos 30 minutos antes atividade com interpretação em LIBRAS


Hilton Cobra é ator, produtor, diretor, gestor cultural e fundador da Cia dos Comuns. Na Comuns produziu os espetáculos: A roda do mundo; Bakulo - Os bem-lembrados; Candaces - A reconstrução do Fogo e produziu e dirigiu Silêncio. Idealizou e realizou a mostra Olanadé- A cena negra brasileira e o Fórum Nacional de Performance Negra. Recebeu prêmios e indicações por sua atuação no teatro e no cinema, a exemplo do Prêmio de melhor ator no Festival Nacional de Cinema de Brasília|2008, por sua atuação em Cães. Foi presidente da Fundação Cultural Palmares/MINC e diretor do Centro Cultural José Bonifácio/RJ.

Adeloya Magnoni

divulgação

Clélia Prestes é doutora em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo (USP), especialista em Psicologia Clínica Psicanalítica pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e psicóloga do Instituto AMMA Psique e Negritude. Em 2017, foi pesquisadora visitante no Departamento de Estudos Africanos e Afro-Diaspóricos, na Universidade do Texas, Estados Unidos. Pesquisa estratégias de promoção da saúde, especialmente de/por mulheres negras. Produziu textos sobre o assunto, e também sobre figuras negras do campo da saúde mental, como Juliano Moreira e Neusa Santos Souza.


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bate-papo

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Práticas de cuidados para além da hiper-medicalização da vida com Cristine Takuá e Paulo Amarante e mediação de Nicola Worcman (Desinstitute) Nas últimas décadas, sobretudo após a ascensão do neoliberalismo, a população mundial vive um crescimento vertiginoso do consumo de medicamentos psiquiátricos. Podemos dizer que vivemos em uma era de hiper-medicalização da vida. Nesse cenário, o Brasil é um caso que se destaca. Segundo a OMS, somos o país com a maior porcentagem de pessoas ansiosas no mundo. A partir do diagnóstico de que, erroneamente, o tratamento tende a ser resumido à medicalização, o bate-papo se propõe a tecer reflexões sobre a necessidade de criar, juntamente com os sujeitos que vivenciam o sofrimento psicossocial, novas perspectivas sobre as práticas do cuidado para que este seja reflorestado. 10/8, quarta-feira, 19h às 21h Sala Multiuso - ETA | 4º andar grátis | retirada de ingressos 30 minutos antes atividade com interpretação em LIBRAS


Cristine Takuá é filósofa, educadora e artesã indígena, vive na aldeia do Rio Silveira. Na comunidade do Rio Silveira foi professora por 12 anos na Escola Estadual Indígena Txeru Ba’e Kuai’ e atualmente segue como educadora independente, coordenando a ação colaborativa “Escolas Vivas” em parceria ao Selvagem (ciclo de estudos sobre a vida). É Diretora e Fundadora do Instituto Maracá. Também é representante do núcleo de educação indígena dentro da Secretaria de Educação de SP e membro fundadora do FAPISP (Fórum de articulação dos professores indígenas do Estado de SP). Paulo Amarante é médico especializado em psiquiatria. Pesquisador Sênior da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz. Presidente de Honra da Associação Brasileira de Saúde Mental (ABRASME) e Doutor Honoris causa da Universidade Popular das Madres da Plaza de Mayo (Argentina). É autor de vários livros, dentre os quais: “Loucos pela vida - A trajetória da Reforma Psiquiátrica no Brasil”, “O homem e a serpente. Outras histórias para a loucura e a psiquiatria”, “Saúde mental e atenção psicossocial”, “Lugares da memória - causos, contos e crônicas sobre loucos e loucuras”, e, recentemente, “Loucura e transformação social: autobiografia da reforma psiquiátrica no Brasil”.

Paula Faraco

divulgação

Diana Freixo

Nicola Worcman é psiquiatra, mestre em psicanálise pela Universidade Paris VII, doutoranda de Saúde Mental da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), diretora científica do Desinstitute e atua em saúde mental e com pessoas que fazem uso problemático de álcool e outras drogas. É militante de Redução de Danos e do SUS.


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literatura

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Clube de leitura Desterros: histórias de um hospital-prisão, Natalia Timerman mediação de Allan da Rosa Entre 2012 e 2020, Natalia Timerman trabalhou como psiquiatra no Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário de São Paulo. O livro é decorrente desta experiência, apresentando um relato coeso e conciso sobre a vida e a morte, a rotina e a esperança, o confinamento e a liberdade, o sonho e o pesadelo, a violência e a carência, o conflito e a solidão. Ao combinar a objetividade da observação com a reflexão subjetiva e participante de quem se deixou transformar pela travessia, a autora encontrou uma maneira de contar o que viveu a partir de histórias de pessoas em situação de cárcere que passaram pelo centro hospitalar. 31/8, quarta-feira, 18h30 às 20h30 Biblioteca | 4º andar grátis | retirada de ingressos 30 minutos antes atividade com interpretação em LIBRAS

Allan da Rosa é escritor e angoleiro. Publica ficção, ensaios e poesia. Dramaturgo, compôs peças com companhias teatrais de estados distintos do Brasil. Pesquisa e atua em Imaginário, Cotidiano, Ancestralidade e Artes Negras. É historiador, mestre e doutor em Cultura e Educação pela USP.


reprodução


setembro

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bate-papo

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A agenda das pessoas com deficiência e as conexões com a luta antimanicomial com Antonio José Ferreira, Lisiane Cristina Braecher e Lucio Costa (Desinstitute) mediação de João Rocha (Desinstitute) Acompanhadas de pungente mobilização internacional, algumas das grandes conquistas relacionadas à luta antimanicomial foram a aprovação, pelo Congresso brasileiro, da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência (com status de Emenda Constitucional) no ano de 2009, e a criação da Lei 13.146/2015, conhecida como Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI), que abarca os direitos das pessoas com transtornos mentais ou decorrentes do uso de álcool e outras drogas. O bate-papo pretende explicitar e explorar a íntima relação entre a luta pela inclusão, que inclui o âmbito das leis, e o movimento antimanicomial, o qual é também construído de forma ativa por pessoas com deficiência e suas organizações. 14/9, quarta-feira, 19h às 21h Sala Multiuso - ETA | 4º andar grátis | retirada de ingressos 30 minutos antes atividade com interpretação em LIBRAS


Antonio José do Nascimento Ferreira é bacharel em Comunicação Social/Jornalismo pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB) e tem pós-graduação em docência no ensino superior pela Faculdade Brasileira de Educação e Cultura/RJ. Foi secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e superintendente municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência ou Mobilidade Reduzida da Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Políticas Afirmativas da Prefeitura de Goiânia/GO, entre outros cargos. Foi conselheiro por oito anos do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade) e exerceu a sua presidência por um mandato. Também já foi presidente da Organização Nacional dos Cegos do Brasil (ONCB). Lisiane Braga é procuradora da República em São Paulo, do Ministério Público Federal, que atua na área de saúde e educação, coordenadora do Grupo de Trabalho de saúde mental da procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão. Acompanha processos de desinstitucionalização de hospitais psiquiátricos desde 2004. Lucio Costa é psicólogo, psicanalista, mestre em Educação, Comunidade e Movimentos Sociais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), foi coordenador geral de Direitos Humanos e Saúde Mental da Secretária de Direitos Humanos da Presidência da República, e conselheiro titular do Conselho Nacional de Política sobre Drogas (Conad). Atualmente, é diretor executivo do Desinstitute e é perito do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT). João Vitor Rocha é advogado formado em direito pela Faculdade de Direito de Sorocaba, pessoa com deficiência visual e colaborador do Desinstitute.


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teatro

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Hysteria com Grupo XIX de Teatro No final do século XIX, nas dependências de um hospício feminino carioca, cinco personagens internadas como histéricas revelam seus desvios e contradições - reflexos diretos de uma sociedade em transição, na qual os valores burgueses buscavam adequar a mulher a um novo pacto social. Cenicamente, abdica-se do palco e dos recursos de sonoplastia e iluminação, optando-se por um espaço não convencional, no qual a plateia masculina é separada da plateia feminina que é convidada a interagir com as atrizes. Esta interação, aliada a textos previamente elaborados, gera uma dramaturgia híbrida, única a cada apresentação. 23, 24 e 25/9, sexta, sábado e domingo, 16h Sala do Curumim | 9º andar Classificação etária 14 anos grátis | retirada de ingressos 1h antes na Central de Atendimento

Ficha técnica Criação, pesquisa de texto, figurinos: Gisela Milás | Janaina Leite | Juliana Sanches | Luiz Fernando Marques | Raissa Gregori e Sara Antunes Elenco: Éricka Leal | Evelyn Klein | Mara Helleno | Juliana Sanches | Tatiana Caltabiano Direção: Luiz Fernando Marques Produção: Grupo XIX de Teatro


Jonatas Marques


outubro

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apresentação musical

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Cirandando Liberdades com Coral Cênico Cidadãos Cantantes O Coral Cênico Cidadãos Cantantes representa um ícone de defesa da cidadania plena e na luta contra as desigualdades que provocam o sofrimento físico e psíquico de grande parte da população brasileira. As vozes que se reúnem no Coral cantam e bradam contra a barbárie, a violência, a discriminação e a medicalização da desigualdade. “Cirandando Liberdades” é a máxima do grupo desde a sua criação, numa convivência potencializadora de criação e ação. Atua-se na composição sonora que atravesse e inaugure um novo paradigma de saúde e cultura. Em 2022, o Coral Cênico Cidadãos Cantantes celebra seus 30 anos de existência com apresentações que rememoram a trajetória antimanicomial do grupo. Em “Cirandando Liberdades” com um repertório contra a barbárie e a medicalização da desigualdade, o Coral Cênico canta em defesa das Liberdades e do Sonho Possível, numa grande Ciranda em que ninguém solte a mão de ninguém. 5/10, quarta-feira, 12h e 12h45 Térreo grátis

Ficha técnica Regência e Coordenação Musical: Julio Giudice Maluf Coordenação Geral: Cris Lopes Preparação corporal e vocal: Rebeca Maluf Violoncelo: Erica Navarro Violão: João Guilherme Percussão: Wesley Monteiro


Douglas Mansur

Coral Cênico Cidadãos Cantantes surge em 1992 como desdobramento das atividades dos Centros de Convivência e Cooperativa da Secretaria de Saúde do Município de São Paulo, com apoio da Associação SOS Saúde Mental, Ecologia e Cultura. O Coral possui uma composição heterogênea, reunindo pessoas com sofrimento psíquico, pessoas em situação de vulnerabilidade e a população em geral, interessados na construção artística. A ferramenta de trabalho dos Cidadãos Cantantes é a promoção de encontros nos quais se possa cantar buscando a harmonização das dissonâncias para afinar diferenças e sustentando uma experimentação na interface entre canto coral, arte e saúde na contemporaneidade.


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apresentação musical

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Sambabilolado e Trem Negreiro com Grupo Trem Tan Tan O grupo musical Trem Tan Tan tem duas décadas de trajetória artística e é formado por um coletivo de compositores, cidadãs e cidadãos com sofrimento mental. Nascido nas oficinas dos Centros de Convivência Venda Nova e Providência, dispositivos da Política de Saúde Mental de Belo Horizonte, o coletivo propõe a inserção social, o resgate de cidadania e o tratamento em liberdade em uma rede de serviços substitutivos ao manicômio. O show Sambabilolado e Trem Negreiro pretende ser uma síntese dos últimos trabalhos produzidos pelo coletivo apresentando um repertório recheado de sambas reflexivos, samba romântico e outros que fazem denúncias sociais dos preconceitos vividos pelos cidadãos com sofrimento mental, através de funk e samba rock numa mistura eletrizante fundamentado por uma percussão eloquente e ritmos brasileiros além de composições do novo repertório, em processo de gravação, intitulado “Trem Negreiro” que aborda a questão da loucura e o preconceito racial. 9/10, domingo, 15h Hall da Ginástica | 10º andar grátis Ficha técnica Integrantes: Mauro Camilo - trompete e voz | Marcos Alexandre bateria | Marcos Evandro - composição, voz e percussão | Rogéria Pereira composição, voz | Rose Ramos – voz | Ludimila - voz Músicos suportes: Almin de Oliveira - bateria e percussão | Cassiano Luiz - violão Direção musical/artística, composição e percussão: Babilak Bah Produção executiva: Ana Paula Novaes | Manuela Rebouças Apoio/parceria: Mlima Produções Ltda


Edson Luiz Pereira




Parceria

Sesc 24 de Maio

Rua 24 de Maio, 109 TEL.: (11) 3350.6300 República | Anhangabaú /sesc24demaio

www.sescsp.org.br/24demaio

Realização


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