Grande Sertão: Veredas

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MinistĂŠrio da Cultura e Sesc SP apresentam

9 Setembro a 22 Outubro 2017



SESC - SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO Administração Regional no Estado de São Paulo PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL

Abram Szajman

DIRETOR DO DEPARTAMENTO REGIONAL

Danilo Santos de Miranda SUPERINTENDENTES

Técnico-Social Joel Naimayer Padula Comunicação Social Ivan Giannini Administração Luiz Deoclécio Massaro Galina Assessoria Técnica e de Planejamento Sérgio José Battistelli GERENTES

Ação Cultural Rosana Paulo da Cunha Adjunta Kelly Adriano Artes Gráficas Hélcio Magalhães Adjunta Karina Musumeci Consolação Felipe Mancebo Adjunta Simone Avancini SESC CONSOLAÇÃO

Antonio Zacarias de Carvalho, Cynthia Petnys, Edna Ribeiro S. Fachetti, Elaine de Sousa e Marco Antonio da Silva

Coordenadores

GRANDE SERTÃO: VEREDAS

Adriana Souza, Luiz Fernando Figueiredo, Roberta Scatolini, Sabrina Marin e Edson Fernandes Machado

ESPETÁCULO / INSTALAÇÃO DE BIA LESSA A PARTIR DA OBRA DE JOÃO GUIMARÃES ROSA ESPETÁCULO Estreia: 9 de Setembro (Sábado), às 20H30 Temporada: 9 de setembro a 22 de outubro de 2017 Horários: Quinta a Sábado e Feriado, às 20h30. Domingos, às 18h30 Duração: 160 Minutos

18 INSTALAÇÃO Visitação Livre: a partir de 11 de Setembro. Horários: Segunda a Quarta, 11h às 21H30. Quintas e Sextas, 11h às 19h30. Sábados e Feriados, 10h30 às 19h

L

Para Violeta Arraes


O SERTÃO E NÓS No momento da produção de Grande Sertão: Veredas, as tradições regionalistas na literatura (e em outras artes) possuíam já uma longa trajetória – ligadas a uma maneira romântica de abordar modos de vida em risco de existência. O surgimento dessa obra de Guimarães Rosa, porém, ocasiona uma profunda transformação nas noções de regionalismo, sugerindo que a impactante renovação formal correspondia à própria potência da vida no sertão e à amplitude das questões humanas ali presentes. O desejo de reproduzir os copiosos aforismos da obra perde sentido frente à sua quantidade e eloquência. De tão formidáveis, as frases precisam encarnar no corpo do texto para não redundar num universalismo abstrato. As imagens das veredas do grande sertão só podem ser decodificadas no que têm de particular – naquele Brasil profundo. Mas a relação daquelas figuras humanas frente às suas agruras certamente carrega muito significado para nós, permitindo debater nossa construção, pessoal e coletiva, de maneira profundamente educativa. Ainda que grafado em nosso imaginário literário, em muito boa hora surge esse reavivamento do Grande Sertão pela proposta presente, que nos joga nos profundos remoinhos da vida sem abdicar a causalidade das ações humanas. Em tempos áridos, com o sertão por toda a parte, é fundamental evidenciar que a construção moral se faz numa equação que não admite o eu isolado, mas se dá somente por meio dos nós. Assim, esta montagem que foge aos moldes tradicionais do teatro, extravasando o palco e permitindo que público e obra convivam, vem ao encontro da maneira pela qual o Sesc lida com a cultura: como matéria viva que surge de intercâmbios permanentes entre seus diversos atores, dentro e fora de cena.

Danilo Santos de Miranda Diretor Regional do Sesc



GRANDE SERTÃO: VEREDAS

a impossibilidade de fazer uma exposição com imagens. Qualquer imagem, seja a mais complexa e bela, enfraqueceria a obra. "O sertão está dentro da gente, o sertão está Depois de ler o Grande sertão, e gostando de em toda parte". Resolvi fazer uma exposição teatro como eu gosto, impossível não pensar apenas com palavras. A obra estava toda constantemente em montá-lo. lá, na íntegra, exposta. Um espaço pequeno Sempre gostei de levar ao teatro obras multiplicado por caminhos a serem percorridos, literárias: Viagem ao centro da Terra de Júlio Verne, Os possessos de Dostoievski, O homem indicados por linhas coloridas no chão. O espectador poderia escolher o percurso, sem qualidades de Musil, Orlando de Virginia andando pelo espaço sete vezes, encontrando Woolf, entre outras. Criar um universo que em cada caminho um aspecto da obra. não tivesse apenas a palavra, o discurso Algum tempo depois, fui convidada pela Nova como desafio, mas imagens, memórias, descrições. Essas obras me permitiam usufruir Fronteira para realizar o projeto comemorativo de 50 anos da primeira edição, realizando o do teatro o que ele tem de extraordinário, projeto gráfico com uma tiragem numerada a possibilidade de criar imagens com nada de dez mil volumes. O projeto consistia em (sem artifícius) . Sempre gostei da crueza do bordar o título em cada uma das capas. Era teatro, da frustração diária de não alcançar a perfeição, da busca cotidiana da utopia. Essas importante marcar que ali não estava uma obra industrial, cada livro seria diferente um questões aproximam tanto o teatro da vida que o transformam num espaço imprescindível do outro, cada bordado vinha de uma única mão. A capa deveria ser branca, de tecido, as de reflexão. O espetáculo ao vivo permite um linhas vermelhas, bordadas, sem acabamento. refazer contínuo, uma busca constante de Eu queria um projeto gráfico que evidenciasse aprimoramento do trabalho – "o homem não o tempo e o trabalho artesanal do Rosa na está pronto, está sendo terminado”. criação da linguagem e da narrativa. O livro Apesar de eu ser uma pessoa de teatro – porque em todas as áreas que atuo o teatro se branco logo estaria sujo, marcado pela mão do espectador, um possível mofo na capa, faz presente – só consigo me dedicar a ele de indicando a transformação constante – mas tempos em tempos. São alguns momentos da uma capa dura que protegesse a obra, que a vida em que tenho necessidade de enfrentar mantivesse à disposição do leitor por tempo questões estruturais. indeterminado. Não havia textos introdutórios, o livro começaria com o travessão e “Nonada", e acabaria com a dedicatória a Aracy. Alguns anos se passaram, e agora diante do desejo de retornar ao teatro, no momento em que o Brasil se encontra destroçado, cambaleante, me deparei novamente com o Rosa. Dizem que os livros nos escolhem. Percebo que, para mim, o teatro só se impõe quando me propõe um desafio, e um discurso do qual não posso abrir mão. O desejo de enfrentar as questões levantadas pelo Rosa, Desde que li o Grande sertão: veredas, nunca tanto do ponto de vista metafísico, como mais me livrei dele, como se eu tivesse ganho do ponto de vista formal, levaram-me a me um amigo/mestre, um cúmplice. Realizei então estruturar para encarar essa tarefa. a exposição Grande sertão: veredas para a A convicção de que representar a obra através inauguração do Museu da Língua Portuguesa, de imagens seria um empobrecimento me onde me deparei com uma questão imperativa: intrigava. Como montá-la, como adaptá-la?

Fazer teatro é uma atividade que me cobra uma sobrevida. Um período que me dedico exclusivamente, indiscriminadamente, sem lembrar que dia e noite são tempos diferentes. Um tempo contínuo de dúvidas, angústias e desejos.


Aos poucos, formamos uma equipe, um time, com cúmplices de toda vida, como Paulo Mendes da Rocha, Dany Roland, Sylvie Leblanc, Camila Toledo, Fernando Mello da Costa, Marcio Pilot, Fabio Arruda, Rodrigo Bleque, Fernando Lottenberg e novos cúmplices – Egberto Gismonti e Oskar Metsavaht, que se fizeram parceiros instantaneamente. O elenco – cada qual com seu vigor e individualidade – generosamente expôs experiências e universos díspares; a equipe técnica, os colaboradores, a produção e os amigos foram imprescindíveis. O teatro é uma atividade coletiva, que traz à cena todas as questões relativas à vida. Um núcleo que reproduz numa pequena escala a complexidade e o encantamento de estarmos lado a lado – sermos uma humanidade, em busca de soluções. Esta é uma das grandes belezas do ato teatral: propor um enfrentamento na construção do trabalho e depois na relação com a plateia. Esse enfrentamento se faz necessário neste momento em que o mundo parece dar uma marcha ré sem fim. A conclusão desse processo será agora apresentada na forma de uma instalação/ espetáculo, onde a ideia de um tempo contínuo se faz presente. Não há começo nem fim, não há separação entre espetáculo e instalação. Como na obra que termina com o símbolo do infinito.

Os atores estão em cena todo o tempo, se formando e se transformando, diante do espectador, sem truques, sem artifícios, usufruindo das possibilidades ilimitadas que o teatro nos oferece. Sendo abrigada pelo SESC Consolação, base de um dos meus mestres, Antunes Filho, não posso deixar de citar um de seus ensinamentos definitivos para mim. "O importante é criar um problema insolúvel, depois é trabalhar, trabalhar. Um dia se encontra uma forma de expressão".

Para finalizar preciso agradecer: Primeiro ao Guimarães Rosa, e à possibilidade de encontrá-lo na vida. Tinha com ele um dever de agradecimento, parte de minha vida deveria ser dedicada a ele. Segundo ao Bruno Siniscalchi e à Luisa Arraes, que não descansaram, cada um a seu modo, encorajando-me a encontrar meios de nos dedicarmos a esse trabalho. Ao Silviano Santiago e à Flora Sussekind. Depois à equipe toda, indiscriminadamente e amorosamente, aos que participavam dos ensaios, aos que possibilitavam os ensaios e aos que pensavam nos ensaios. Depois, à Violeta Arraes, que a seu modo me mostrou o sentido da vida, e a quem dedico esse trabalho. Aos que nos ampararam com mãos firmes: Roberto Irineu, Kati Almeida Braga e Danilo Miranda. Ao SESC SP, modelo de conduta e crença na importância da cultura para a formação de um país. Ao Banco do Brasil, que me possibilitou enfrentar Virgina Woolf, Robert Musil, Mariana Alcoforado e que agora novamente escolheu estar conosco. Ao CCBB Rio que nos recebeu com braços abertos. Obrigado a todos por termos nos tornarmos um coletivo, e a cada um, pelo milagre da individualidade.

Bia Lessa



Para Bia Lessa, só o espetáculo teatral pode expandir a forma inovadora da literatura. Ela não adaptou duas obras clássicas do romance ocidental; levou ao palco os romance Orlando, de Virginia Woolf, e O homem sem qualidades, de Robert Musil, expandindo-os. E agora, quando a nação perde o norte da cidadania e esfarela a vontade dos brasileiros, Bia monta uma escultura na área de convivência do Sesc. No seu interior, encena o monstruoso e genial Grande Sertão: Veredas, do nosso Guimarães Rosa. Durante o dia, a escultura do Grande Sertão: Veredas repousa como se fosse livro fechado, a espicaçar a curiosidade dos visitantes. À noite, a escultura expande o livro aberto. O leitor silencioso e introspectivo se metamorfoseia em espectador, parcela de um coletivo atento e participante, que se renova. A gongórica e letal escrita de Rosa ganha o corpo dos atores. Empresta-lhes ação e fala. E a trama romanesca se desenvolve diabolicamente, com movimentos desordenados, afetuosos e anárquicos, qual máquina escultural assinada por Jean Tinguely, um dos fundadores do Novo Realismo. Novo Realismo igual a − diz o famoso manifesto − novas percepções do Real. Grande Sertão: Veredas se expande como espetáculo teatral que libera – qual alegoria rigorosa da nossa contemporaneidade − o modo como os movimentos desenvolvimentistas sem preocupação social e humana não recobrem a nação como um todo. Pelo contrário. O esforço positivo da modernização é localizado, centrado e privilegia. Nas margens, cria enclaves de párias – bairros miseráveis, favelas, prisões, manicômios, etc. − onde violentas forças antagônicas se defrontam e se afirmam pela ferocidade da sobrevivência a qualquer custo, acirrando a irascibilidade do controle e do mando. Viver é perigoso. Extraordinário em Guimarães Rosa é que, no mais profundo da vida humana miserável e autodestrutiva, na morte, há lugar para o afeto e o amor. Ao compasso de espera, Riobaldo e Diadorim dançam novos e felizes tempos. Piscam a alegria de viver, como vagalumes que a mata libera à noite.

Silviano Santiago


O PROCESSO DE CRIAÇÃO

ENSAIO 1

Não tenha medo. Nesse momento, o que nos interessa é chegar na vida e esquecer a interpretação e o teatro. Vamos trabalhar cenas soltas, às vezes frases, às vezes parágrafos.

ENSAIO 2

ENSAIO 4 Dois sentimentos que sejam

ENSAIO 5 Alguma coisa além do texto.

ENSAIO 6

ENSAIO 7 O espetáculo deverá ser um

ENSAIO 8

Você tem que enfrentar os sentimentos que estão dentro de você.

ENSAIO 9

Que gesto próprio, independente do padrão.

ENSAIO 11 O trabalho tem que ser

ENSAIO 12

determinantes na personalidade de cada um. Partir de vocês, do que cada um tem de próprio e único.

rio caudaloso. Uma coisa que vai dar na outra, que vai dar na outra, que vai dar na outra...

ENSAIO 10

Romper com os limites, ENSAIO 3 Essa mistura de gente, pensar em estar, em ser. Radicalizar. bicho e planta.

feito em etapas. Nessa etapa irresponsabilidades, são bemvindas. Não tem certo e errado.

Você não é apenas uma convenção.

você é.

Não ficar aquém do que

Todos experimentam todos os personagens.


Na caixa, as cenas ENSAIO 14 O corpo precisa estar trabalhadas, à disposição para quem pronto, disponível. quiser trabalhá-las.

ENSAIO 15

ENSAIO 13

Depois escolhemos. Agora temos que ampliar.

ENSAIO 16

No mínimo dois sentimentos e uma surpresa. A vida é imprevisível.

ENSAIO 17 Não ser domesticado.

ENSAIO 18 Pensar pouco, deixar

ENSAIO 19 Encontrar alegria

ENSAIO 20 Ou quer fazer e põe a cara

ENSAIO 21 Os amores, os desejos,

ENSAIO 22 Entrega da primeira adaptação.

ENSAIO 23 Quebras de sentimentos

em experimentar.

a tapa... ou não quer.

espaço para a espontaneidade. Radicalizar sem medo.

a violência de fato. Acabamos de fazer todas as cenas do primeiro tratamento.

ENSAIO 24 Bonecos/homens que que não sejam as obvias, em possam ser sacos. Carregar a lugares que não são convencionais. humanidade nas costas, protótipos. Acabar com a lógica aristotélica, cartesiana. A lógica dos sentimentos é uma outra lógica: nos pega de surpresa, nem sempre se explica.


ENSAIO 25: Um outro tom, um outro

ENSAIO 26

Um homem não é apenas o que ele diz. A palavra é 20 % do personagem.

ENSAIO 27 Nova etapa: montar o

ENSAIO 28

Fazer todos os personagens é olhar através de diferentes ângulos.

ENSAIO 29

Montagem de cada fragmento, organizar as ideias que trabalhamos até aqui em forma de cenas. Silêncio.

ENSAIO 30

Não se faz o Grande Sertão pela metade. Ou estamos ou não estamos

ENSAIO 32

Muitas coisas que teremos que suprimir, mas não nessa fase. Agora temos que passar por tudo, ter a coragem de passar por tudo.

ENSAIO 33

ENSAIO 35

Feito o primeiro rascunho. Voltar a cada personagem, a cada fragmento.

ENSAIO 36

O que nós escolhemos colocar em cena, qual nossa opinião sobre o que estamos fazendo.

ENSAIO 39

lugar. Como o Silviano diz: — não domesticado.

ENSAIO 31

ENSAIO 34

3:50h.

Primeiro corrido com

Se antes usávamos a espontaneidade como ferramenta de trabalho e abríamos os limites, agora começaremos a escolher racionalmente. ENSAIO 37

ENSAIO 38

espetáculo a partir do material trabalhado.

Tínhamos a liberdade de experimentar sem nenhuma censura. Agora nessa fase, temos que começar a concretizar nossas opiniões.

Quem quer tentar?

O rio caudaloso, não pode haver cenas. É necessário construir um impulso que nos leve a outro e assim sucessivamente.

Fazemos o trabalho em camadas.


ENSAIO 40

Não entrar na "ideia" que temos do poético. Não cair na poesia, cair no chão.

ENSAIO 41

Cada arma ser uma arma, mesmo que todas sejam idênticas.

ENSAIO 42

ENSAIO 43

De que lado você está? Quem é você? Temos que responder praticamente essa pergunta, diante da vida.

ENSAIO 44

Ir nas entranhas da palavra.

ENSAIO 45

Trabalhamos juntos, mas cada um é um. Somos uma somatória de individualidades.

ENSAIO 47

ENSAIO 46

"Temos de ir! Vamos demais"

Nem uma palavra que não seja a palavra do Rosa.

O que você faz é sempre ENSAIO 48 Vamos voltar. Vamos uma reação. Há algo, um diálogo com voltar para poder prosseguir. algum estímulo, nunca a execução de Entrega do segundo tratamento da uma ideia fechada em si. adaptação.

ENSAIO 49

A vida é sempre ENSAIO 50 Corrido de 3:30h movimento. Os personagens com os colaboradores. também. Eles se modificam diante dos olhos do espectador. As pessoas não estão acabadas, não é isso?

ENSAIO 51

A contrarregragem é tão ENSAIO 53 Temos todas as importante quanto cada gesto. Vocês possibilidades de dizer esse texto, precisam ter domínio absoluto. mas todas sem domesticação – um fio desencapado. E paralelo a esse estado, tem o amor, a delicadeza, a complexidade da vida.

ENSAIO 54

ENSAIO 52

No mínimo 3 sentimentos, 3 estados de espírito que vão se transformando durante a ação pela ação.

Um outro ângulo da mesma ação.


ENSAIO 55

Organizar tudo que temos até agora.

ENSAIO 56

Nova fase. A penúltima antes da estreia. Já escolhemos o que queremos, agora vamos lapidar, ter controle dos códigos. Uma chance ainda de acrescentar algo que não colocamos.

ENSAIO 57

ENSAIO 58

Obstinação. E voltar ao romance.

ENSAIO 59

Primeiro ensaio com o cenário e microfones.

ENSAIO 60

ENSAIO 61

"Eu sou é eu mesmo. Divirjo de todo mundo..."

ENSAIO 62

Como vai ser o meu jagunço? São todos iguais? Todos têm o mesmo sentimento? As mesmas reações?

ENSAIO 63

ENSAIO 64

Volta. Volta. Pela última vez.

ENSAIO 65

Pela última vez = a mais 1000 vezes.

ENSAIO 66

Nova versão da adaptação.

Voltar a ideia do rio caudaloso, uma coisa que vai dar na outra, não há cena.

ENSAIO 68

As emendas são importantes, elas são o ato da transformação.

ENSAIO 69

Concentrar nos detalhes.

ENSAIO 67

Horas e horas em cada movimento.

O que vocês vão colocar nesses personagens, não está no livro, não está em lugar nenhum, está em vocês.

Primeiro corrido com o figurino. O figurino é um novo texto. Como utilizá-lo?


ENSAIO 70

Repetir, repetir, e modificar.

ENSAIO 71: Achar o lugar justo

ENSAIO 72: Ter coragem de jogar fora,

ENSAIO 73

10 minutos de intervalo não é muito?

ENSAIO 74

Os volumes. Radicalizar nas duas direções, na potência máxima da voz e da menor emissão possível.

ENSAIO 75

ENSAIO 76

Há muitas coisas a serem resolvidas.

ENSAIO 77

Concentração máxima e disposição.

ENSAIO 80

ENSAIO 79

de cada intenção.

O trabalho começa agora.

Juntar a disponibilidade e potência física que vocês conquistaram, com a alma e a razão.

+ 16 dias de ensaio para concluir o trabalho. + 3 dias para montagem do espetáculo em São Paulo. + 3 dias para ensaios geral e última etapa do trabalho: construir junto à equipe, a escritura cênica - texto, ator, cenário, música, som, figurino, adereços, produção, contrarregragem direção, tempos, ritmos, intensidade. Estreia no Sesc Consolação, São Paulo, dia 9 de setembro de 2017.

sem piedade.

Os tempos de cada ação, e os tempos de cada um.

Temos que ter fôlego para essa etapa. ENSAIO 78


EQUIPE E COLABORADORES



FICHA TÉCNICA

Amália Lima assistente de direção Ana Luiza Martins Costa colaboração Ana Souza figurino / costura Arlindo Hartz produção executiva Arthur Costa contrarregragem Balbino de Paula ator Bernardo Aragão operador de som Bia Lessa concepção, direção geral, adaptação e desenho de luz Binho Schaefer desenho de luz Bruno Barreto operador de luz Bruno Siniscalchi diretor assistente Caio Blat ator Camila Toledo concepção espacial Carlos Fausto operador de som Clara Lessa atriz Daniel Passi ator Daniel Turini desenho de som Dany Roland colaboração musical Denis Barros Lima assistente / confecção de adereços (bonecos) Diego Veiga estrutura cênica (Layher) / gerente de projeto Douglas Barros Lima assistente / confecção de adereços (bonecos) Dudu Castro visagismo Eduardo Correia administração Egberto Gismonti música Elias de Castro ator Fabio Arruda projeto gráfico (Cubículo) Fernando Henna desenho de som Fernando Lottenberg assessoria jurídica Fernando Mello da Costa adereços Flora Sussekind colaboração Francisca Rodrigues modelista (camisetas e calças) Francisco Thiago Cavalcanti diário de ensaios Geovana Martins costureira / confecção de adereços (bonecos) Henrique Chiurciu assistente de edição de som Janaim Fonseca direção de montagem técnica / estrutura cênica (PrumoFlex) João Victor Coura assistente de edição de som Leo Miggiorin ator Leon Goes ator Lucas Oranmian ator Luisa Arraes atriz Luiza Lemmertz atriz Maira Himmelstein assistente de figurino Mara Adell coordenação costureiras / confecção de adereços (bonecos) Marcelo Vieira comunicação / conteúdo Marcio Pilot projeto de audio / sonorização (Loudness) e fotos dos atores Maria Duarte direção executiva Marília Rothier colaboração Monique Cardoso comunicação / gerente de atendimento (Approach) Nina Braga coordenação de produção de adereços (bonecos) Oskar Metsavaht fotografia diadorim Pamela Leite costureira / confecção de adereços (bonecos) Paulo Mendes da Rocha concepção espacial Priscila Maria Oliveira banqueteira assistente Roberta Dittz edição registro audiovisual Roberto Machado colaboração Roberto Pontes registro fotográfico, audiovisual e edição Rodrigo Bleque projeto gráfico (Cubículo) Rosângela Oliveira costureira / confecção de adereços (bonecos) Saulo Campos comunicação / atendimento de imprensa (Approach) Silviano Santiago colaboração Sylvie Leblanc figurino Vanda Correia banqueteira Wilson Ranieri assistente de criação e modelagem (casacos, camisas, acessórios)

AGRADECIMENTOS Abel Gomes, Alessandra Negrini, Ana Basbaum, Ana Cristina Monteiro de Castro, Augusto Rocha, Aura Rebelo, Bernardo Costa, Bruno Balthazar, Bruno Quixote, Carlos Alberto Bezerra de Moura, Claudia Sciama, Cunha Bueno, Daniel Reznick, Eduardo Tess, Éric Dini Nielsen, Escola Sá Pereira, Fábio Cunha, Fátima Oliveira, Felipe Fortuna, Felipe Sussekind, Fernando Lottenberg, Frederic Breyton, Frederic Kachar, Gabriel Bortolini, Helena Martins, Heliana Marinho, Hélio Olga, Inês Cardoso, João Batista de Andrade, João Moreira Salles, José Alexandre Silva Filho (Dudu), José Eduardo Gonçalves, José Roberto Irineu Marinho, Júlio Adrião, Karine Teles, Lea Viveiros de Castro, Leila Name, Lia Rodrigues, Lívia Baião, Luiz Seabra, Marcela Oliveira, Marcos Correia, Maria Bethânia, Maria Borba, Maria Helena Guimarães, Marília Martins, Marisa Moreira Salles, Mauricio Moraes, Michel Sciama, Miguel Sussekind, Ministério da Cultura, Nina Almeida Braga, Oskar Metsavaht, Paloma Duarte, Paulo Mendonça, Pedro Brício, Pedro Duarte, Renato Oliveira, Robert Myers, Roberta Sudbrack, Roberto Muniz, Roberto Perez, Sergio Pugliese, Tarcísio Gargioni, Teresa Seiblitz, Virgínia Maria Salerno Soares. Agradecimento especial a Roberto Irineu Marinho, Kati Almeida Braga, Danilo Miranda. Agradecimento especial à viúva do Autor, a quem a obra foi dedicada, Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa, à Nonada Cultural e a Tess Advogados. © Nonada Cultural Ltda.


SESC - SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO Administração Regional no Estado de São Paulo PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL

Abram Szajman

DIRETOR DO DEPARTAMENTO REGIONAL

Danilo Santos de Miranda SUPERINTENDENTES

Técnico-Social Joel Naimayer Padula Comunicação Social Ivan Giannini Administração Luiz Deoclécio Massaro Galina Assessoria Técnica e de Planejamento Sérgio José Battistelli GERENTES

Ação Cultural Rosana Paulo da Cunha Adjunta Kelly Adriano Artes Gráficas Hélcio Magalhães Adjunta Karina Musumeci Consolação Felipe Mancebo Adjunta Simone Avancini SESC CONSOLAÇÃO

Antonio Zacarias de Carvalho, Cynthia Petnys, Edna Ribeiro S. Fachetti, Elaine de Sousa e Marco Antonio da Silva

Coordenadores

GRANDE SERTÃO: VEREDAS

Adriana Souza, Luiz Fernando Figueiredo, Roberta Scatolini, Sabrina Marin e Edson Fernandes Machado

ESPETÁCULO Estreia: 9 de Setembro (Sábado), às 20H30 Temporada: 9 de setembro a 22 de outubro de 2017 Horários: Quinta a Sábado e Feriado, às 20h30. Domingos, às 18h30 Duração: 160 Minutos

18 INSTALAÇÃO Visitação Livre: a partir de 11 de Setembro. Horários: Segunda a Quarta, 11h às 21H30. Quintas e Sextas, 11h às 19h30. Sábados e Feriados, 10h30 às 19h

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APOIO

PARCERIA

PATROCÍNIO

PATROCÍNIO MASTER

IDEALIZAÇÃO

REALIZAÇÃO

Sesc Consolação R. Dr. Vila Nova, 245 – Vila Buarque, São Paulo /sesc consolacao sescsp.org.br

NÃO JOGUE LIXO NA RUA. RECICLE


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