Tchekhov é um Cogumelo

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Tchekhov

é um

COGU MELO 25/8 a 8/10 de 2017



Camadas de expressão

Quando se pergunta pela relevância da arte nos dias que correm, a resposta está provavelmente ligada à sua capacidade de reverberar questões que a transcendam, emprestando-lhes novos sentidos. Isso é particularmente verdadeiro no que diz respeito à nossa relação com o tempo: enquanto o pragmatismo domestica os usos cotidianos do tempo, identificando-o como um ativo mensurável, artistas teimam em atravessá-lo como uma substância densa e significativa.

Tchekhov é um Cogumelo, espetáculo que marca os 10 anos da Cia. ­ Lusco-Fusco, propõe um experimento estético que maneja camadas entrelaçadas de tempo. A trama, cuja matéria oscila entre a performance e o documentário, é tecida por referências culturais supostamente ancoradas no passado – a peça As três ­i rmãs, do dramaturgo russo Anton Tchekhov, e momentos da trajetória do encenador Zé Celso Martinez Corrêa – e por um agora no qual se desenvolvem investigações ligadas a estados alterados da mente.

A experiência estético-temporal para a qual os públicos são convidados toma ares de desafio – e assim apresenta-se como metáfora do discurso artístico. Sugere, ao mesmo tempo, um lugar para a arte num panorama arredio a coisas sem finalidade imediata. Ao acolher iniciativas como esta, o Sesc reitera sua aposta numa abordagem poética do mundo, baseada na convicção de que tais aproximações oferecem leituras da realidade que não seriam possíveis a partir de outros caminhos. Danilo Santos de Miranda Diretor Regional do Sesc São Paulo


O tempo é a matéria-prima deste espetáculo. Há o tempo-memória. Minha memória do encontro com Zé Celso em 1995, eu era um estudante de teatro de 20 anos, inquieto, na trilha das Três Irmãs de Tchekhov. Uma videoentrevista no parque do Ibirapuera, as memórias do Zé sobre uma criação teatral radical do Teatro Oficina em 1972. Recentemente, quando resgatei este material, foi tocante ver tanta força, tanta potência atemporal, eternizada na precariedade de uma fita VHS-C.

Esculpir o tempo

Há o tempo das três irmãs, espaço mental que é simultaneamente refúgio e prisão: o sonho por um futuro grandioso que seria a volta a um passado perdido. É a recusa do tempo presente, estando (onde mais?) no tempo presente. Aqui Olga, Macha e Irina são invocadas como um haicai, uma condensação poética e livre da peça de Tchekhov. Helena, Djin e Michele, três gerações dis­ tintas, três potências complementares e contrastantes, expandindo e embaralhando os tempos. Três mulheres – ou três tempos de uma mesma mulher – que vivem em um entretempo, cercadas por um mundo incompreensível, em intensa transformação. E há o tempo da mente, indistinto, o movimento invisível do pensamento interferindo na ação. Eletrodos que em tempo real captam minhas ondas cerebrais – pensamentos, emoções, estados meditativos

– e as transformam em matéria teatral, impulsos elétricos que acionam uma instalação sonora e visual. Tornando visível um mundo invisível. É também tempo de celebrar! 10 anos do Estúdio Lusco-fusco, companhia teatral criada por mim e Djin em 2007. Oito espetáculos, filmes, um fluxo incessante de criações, desafios e inquietações. Aqui reforçando antigas parcerias e celebrando novos encontros. Em tempos obscuros como o nosso, de um Brasil descaracterizado, cindido, anestesiado, o agora parece estranhamente fugidio. Percebo também em mim, como nas três irmãs, uma espécie de “inação ativa”, a sensação de correr em círculos, há o tédio, o desânimo, a euforia, também há força se acumulando. Este espetáculo também nasce de uma crise. Mas não há um tempo fora de nós, somos o tempo. Como disse Eihei Dogen (1200-1253), o tempo não passa, não foge, somos a existência-tempo. Que bela percepção. Não há existência fora do tempo, não existe tempo fora da existência. Coabitamos o tempo presente, este exato instante. Dancemos, portanto, este fluxo contínuo do agora, sem nada fixo ou permanente, que é o eterno tempo do teatro. O urgente e necessário tempo-teatro, espaço do rito, do encontro, da reinvenção simbólica de nós mesmos. André Guerreiro Lopes


Diante do delicado momento em que nos encontramos, de desesperança, apatia, desigualdade social, a poética das Três Irmãs ilumina outras possibilidades de percepção do mundo. A força metafórica de Tche­ khov ilumina nossos aprisionamentos humanos, muitas vezes mentais, que não nos permitem enxergar o hoje, o agora, para que possamos lançar voo em nossas vidas, ultrapassando o tempo e o espaço. A busca por uma outra possibilidade de vida, utópica talvez. Tornar factível o imaginável. É com esta montagem que celebramos uma década de Estúdio Lusco-fusco, em 2007 estreamos no Sesc ­Paulista Um Sonho de August ­ Strindberg. Montagem tão cara a mim, que nasceu da necessidade de falar sobre a morte, após a perda do meu pai. 10 anos se passaram, nas excelentes companhias de Cocteau, ­Strindberg, ­Guimarães Rosa, Sylvia Plath... Processos que apontaram para o desconhecido dentro de mim, impossíveis de atravessar sem uma verdadeira transformação na vida. Optamos em Tchekhov é um Cogumelo por iluminar o ritual, a essência da peça As Três Irmãs. Personagens confinadas, aprisionadas em si mesmas. Estas três irmãs são irmãs de vida. Minha mãe, Helena ­Ignez, parceira de todas as horas na minha jornada

e ­ M ichele Matalon, amiga irmã, companheira de tantos projetos no cinema e de vida. Aqui também parceiros fundamentais de tantos projetos, como Gregory Slivar, M ­ arcelo Lazzarato e Rafael Bicudo, conosco há muitos anos, e os novos colaboradores Roberto, Samuel e ­Fernando, sempre pulsantes. Que seja renovador para vocês como foi para nós. O nosso muito obrigada! Evoé! Djin Sganzerla


Ou isso que temos ou o vazio, o caos”. Aqueles que se servem desse raciocínio agem como alguém que não sai de uma casa em chamas por não ter uma nova casa. No entanto, só é possível construir outra casa quando se decide sair da antiga. Só quando os tijolos da antiga forem deixados para trás, o vazio desaparecerá. Há uma criação imanente de política no interior da vida social. O vazio é apenas uma ilusão vinda da fixação em um tempo arruinado." Vladimir Safatle, no artigo “Deixar quebrar” publicado no jornal Folha de S. Paulo, 2017.


Tchekhov é um cogumelo

Prólogo – Entretempo PRIMEIRO MOVIMENTO Cena 1 – Casa de memórias Cena 2 – Amanhecer no vazio Cena 3 – A celebração Cena 4 – A tcheremcha é um vegetal Cena 5 – Anúncio dos mascarados Cena 6 – Eis uma piorra SEGUNDO MOVIMENTO Cena 7 – Samba russo Cena 8 – Sobreposições noturnas Cena 9 – Incêndio Cena 10 – Silêncio de Gogol TERCEIRO MOVIMENTO Cena 11 – Adeus ao eco Cena 12 – Invasão dos mascarados Cena 13 – O voo dos pássaros migrantes


Gravada em 1995 pelo diretor André Guerreiro Lopes e mais três colegas estudantes de teatro, a videoentrevista será exibida pela primeira vez ao público no espetáculo. Em 1998 o depoimento foi transcrito e publicado no livro “Primeiro Ato – Cadernos, Depoimentos, Entrevistas (1958-1974)” de Zé Celso. Trechos da resenha crítica do jornalista Bernardo Carvalho para o livro, publicada no Jornal Folha de São Paulo em 26 de março de 1998:

Sobre a videoentrevista com Zé Celso

(...) Isso não quer dizer que todos os textos aí reunidos tenham sido escritos (alguns são inéditos: diários, cadernos, desabafos, manifestos) ou publicados no período. É o caso do extraordinário depoimento gravado em vídeo pelos estudantes de teatro André Guerreiro Lopes, Graziela Kunsch, Olga Maria e Simone Kliass, em 1995, sobre a conturbada montagem de "As Três Irmãs", de Tchecov, no final de 1972. Esse texto contém algumas das passagens mais emocionantes e sensíveis de tudo o que já se disse ou escreveu, em todos os tempos, sobre teatro no Brasil. É possível ler “Tchecov é um Cogumelo” (o belo título dado ao depoimento) com lágrimas nos olhos. E, ao final, ter medo de continuar lendo os outros textos diante da probabilidade de que nada dali para a frente possa estar à altura. Isso diz menos sobre a qualidade do que se segue (há documentos de grande

valor histórico e sentimental para a compreensão da cultura brasileira nas últimas décadas etc.) do que sobre o caráter totalmente excepcional desse depoimento recente, que expõe, com uma maturidade irrepreensível, uma beleza e uma integridade num projeto artístico e de vida raramente vistas. (...) Por trás do relato dos ensaios de “As Três Irmãs” à base de ácidos, o que se revela é uma relação de uma intensidade literalmente alucinada com o teatro. Fica claro que para Zé Celso, a exemplo de ­Artaud, mas também por outras vias que lhe são exclusivas, o teatro não é algo a ser representado, mas vivido. (...) O que ele diz sobre o “tempo real” ou a natureza em Tchecov, a partir da experiência alucinógena dos ensaios de “As Três Irmãs”, além de ser de uma pertinência a toda prova, joga uma luz reveladora sobre o autor russo, produzindo centelhas que anos de estudo podem jamais alcançar. Fora isso, a generosidade com que se dirige aos estudantes de teatro, dividindo as conclusões dessa experiência de anos de trabalho, é no mínimo comovente na forma como honra a sua verdade, desviando dos clichês e frases feitas: “Estou falando para vocês como um índio fala a um antropólogo. (...) Só se pode entender uma peça (...), se ela transforma a nossa vida (...), como foi, é e será o que aconteceu comigo em “As Três Irmãs’”.


André Amado Irmão das Três Irmãs ontem falei muito em Tchecov numa entrevista sobre Teatro y Alquimia as personagens d‘Êle são corpos sem orgãos transcendem sempre sua época histórica pois existem vivas respirando nas pulsões do Cosmos seus corpos estão imersos no caos viajante da vida do planeta Terra principalmente da escuta destas sonoridades misteriosas q ouvimos nos silêncios" Zé Celso, por e-mail, 2017




André Guerreiro Lopes é diretor e ator, diretor artístico do Estúdio Lusco-fusco. Em seus trabalhos explora a intersecção de múltiplas linguagens, como teatro físico, cinema e artes visuais, como nos espetáculos Ilhada em Mim – ­Sylvia Plath, O Livro da Grande Desordem e da Infinita Coerência e o Projeto Olho-Urubu Festival Mirada – SescTV. Foi indicado ao Prêmio APCA de Melhor Direção e recebeu o prêmio de Melhor Ator no Festival Internacional de Cinema Fronteira. Por cinco anos foi membro da Cia. Theatre de l’Ange Fou em Londres, apresentando-se em cidades da Europa, Israel e Brasil. Como cineasta, dirigiu, entre outros, o premiado Voo de Tulugaq. Atuou em diversos espetáculos teatrais, filmes e séries de TV. Foi membro da Cia. do Latão e do CPT de Antunes Filho por um ano. Formou-se pela ECA-USP, no Teatro Célia Helena e na Ecole de Mime Corporel Dramatique de Londres. É assistente de direção brasileiro do diretor Robert Wilson, nas montagens A Dama do Mar e Garrincha – Uma Ópera das Ruas.


Djin Sganzerla é atriz e produtora, cofundadora da Lusco-fusco. Recebeu, entre outros prêmios, o APCA de Melhor Atriz de Cinema, Melhor Atriz no 12º Festival de Cinema Luso Brasileiro em Portugal e Melhor Atriz Coadjuvante no 39º Festival de Cinema de Brasília. Atua nos espetáculos da Cia. Lusco-fusco e como atriz convidada em teatro, cinema e TV. Trabalhou com diretores como Antonio A ­ bujamra, em O Que é Bom em Segredo é Melhor em Público, Zé Celso Martinez Corrêa, em ­ ­Cacilda!, ­Rogério ­Sganzerla, em S­avannah Bay, Samir Yazbek e ­ Helio Cícero, em Frank-1, ­Steven Wasson (Theatre de l’Ange Fou-EUA) em A Melancolia de Pandora, entre outros. Sob a direção de A ­ndré G. Lopes atuou em Ilhada em Mim-Sylvia ­Plath, O Livro da Grande Desordem, O Belo Indiferente, entre outros, e codirigiu o Estranho Familiar. Em cinema atuou em mais de quinze longas metragens, com diretores como: Carlos Reichenbach, Paulo Cesar Saraceni, H ­elena Ignez, ­ Julio Bressane, ­Rogério Sganzerla, Bruno ­ Safadi, E ­duardo Belmonte, Ivan Cardoso, o diretor português Rodrigo Areias, entre outros.

Helena Ignez começou no teatro em 1960 em Salvador na antológica montagem de A Ópera dos Três Tostões, de Bertolt Brecht, dirigida por Martim Gonçalves, com cenários de Lina Bo Bardi e com Eugenio Kusnet como pro­ tagonista. Trabalhou como atriz com alguns dos mais importantes diretores como Judith Malina, Ziembinski, Antônio Abujamra. Atuou em Os Sete Afluentes do Rio Ota, de Monique Gardenberg, em Vestido de Noiva e Pessoas Sublimes, em 2016, com Os Satyros, sob direção de ­Rodolfo ­Vázquez. Dirigiu Savannah Bay de M ­ arguerite Duras e Cabaret Rimbaud - Uma Temporada no Inferno, de sua autoria, para o Festival de Artes em Barcelona. Em cinema dirigiu, entre outros filmes, Canção de Baal, vencedor do Prêmio de Melhor Filme pelo Júri da Crítica no Festival de Gramado 2009; Luz nas Trevas, Prêmio da Crítica Boccalino d’Oro de Melhor ­ Filme no Festival de Cinema de Locarno e Ralé, vencedor do prêmio Melhor Direção no 23º Festival Mix Brasil em 2016. Seu próximo filme, A Moça do Calendário, com roteiro de Rogério Sganzerla, terá exibição em 2017. Helena recebeu homenagens em festivais como no 20º Fribourg International Film Festival, na Suíça, com a Mostra La Femme du Bandit e no 17º Kerala International Film Festival, na Índia, além de ser a homenageada deste ano do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.


Michele Matalon ­trabalhou como atriz, bailarina e produtora com o Grupo Marzipan, nos espetáculos Marzipan 2015, Tico-Tico, Marzipan Dança, Palimpseto, Manos Arriba. Atuou nos espetáculos O Percevejo, direção Luis Antonio Martinez ­Correa, Tratar com M ­ urdock, com direção de José ­ Possi Neto, em Pentesiléias, direção de D ­ aniela Thomas e Bete ­Coelho, e nos seguintes espetáculos de Gerald ­Thomas; Império Das Meias Verdades, Saints and Clowns, Morte, além de produzir The Flash and Crash Days. Codirigiu, com Monique Gardenberg, os espetáculos O Desaparecimento do Elefante, Inverno na Luz Vermelha, Um Dia No Verão e Os Sete Afluentes Do Rio Ota. No cinema, foi diretora assistente de projetos como A Moça do Calendário, Ralé, Luz Nas Trevas, Poder dos Afetos e Canção de Baal, de Helena Ignez, e do longa Ó Paí Ó, de Monique ­Gardenberg. Roberto Moura é natural de Santos, estudou canto na Escola de Belas Artes do Paraná e no Conservatório de Lausanne, Suíça. Formado pela Universidade de Paris XI em música e pelo instituto Ifeld de Lyon no Método Feldenkrais. Trabalhou como professor de canto e regente de corais na França. Artista convidado do Festival de Outono de Patrimoniu, Córsega, festival voltado para a prática de cantos de tradição oral, atuando como cantor e professor de canto. Foi preparador vocal do Musical Garrincha dirigido por Bob Wilson.


Samuel Kavalerski é bailarino, coreógrafo e artista v ­ isual. É professor e ensaiador do Corpo Jovem da Escola de ­ Dança do Theatro Municipal de São Paulo. Dirigiu e atuou em Céu de Espelhos, projeto vencedor do 20º Cultura Inglesa Festival, e recebeu uma indicação ao prêmio de Melhor Interpretação da APCA em 2016. Foi solista da São Paulo Cia. de Dança, integrou o elenco da Quasar Cia de Dança, de Goiânia, e o Balé Teatro Guaíra, de Curitiba. Fernando Rocha é ator e bailarino, foi integrante do Balé da Cidade de São P ­ aulo com direção de M ­ ônica Mignon. Fez o curso profissionalizante da Escola C ­ élia Helena de Teatro e, em 2012, ingressou para o Grupo Tapa. Fez mais de 10 peças de teatro musical. Seus trabalhos mais recentes em teatro foram: Esplêndidos, de Jean Genet, com direção de E ­ duardo T­olentino, A ­Máquina Tchekhov, ­dirigido por Denise Weinberg e C ­ lara Carvalho, Cenas de Uma Execução, direção de ­ Clarisse Abujamra, e Luzes do Ocaso, com dirigido por Neyde ­Veneziano.



Estúdio Lusco-fusco – 10 anos

Tchekhov é um cogumelo ce­ lebra os 10 anos do Estúdio Lusco­-fusco, cia. teatral criada em 2007 por A ­ ndré ­Guerreiro Lopes e Djin S­ ganzerla. O núcleo de criação conta com parceiros das mais diversas áreas artísticas e colaboradores regulares como a atriz H ­ elena Ignez, o músico Gregory ­ ­ Slivar, o iluminador Marcelo L­azzaratto e o diretor de cena Rafael Bicudo. O repertório da companhia foi apresentado em diversas cidades do Brasil e festivais como o Cena Brasil Internacional RJ e Festival de Dança de Londrina. A busca por narrativas originais para abordar temas contemporâneos e o diluir das fronteiras entre as linguagens artísticas são fontes constantes de inspiração, em espetáculos como A Melancolia de Pandora (2016), com direção de ­ Steven Wasson e André Guerreiro ­Lopes, parceria entre as Cias. BR 116, Lusco­-fusco e Theatre de l’Ange Fou (EUA) com Bete C ­ oelho, Djin ­Sganzerla, ­André ­Guerreiro Lopes e Ricardo Bittencourt; Ilhada em Mim – Sylvia P ­ lath (2014), indicado ao Prêmio APCA de Melhor Direção; O Livro da Grande Desordem e da Infinita Coerência (2013), a partir das obras Inferno e Um Sonho de A. Strindberg, eleito pelos críticos paulistas como o segundo Melhor Espetáculo do ano em avaliação do Jornal ­Folha de SP; O Belo Indiferente de Jean Cocteau (2011); Estranho Familiar (2010), a partir do conto O Espelho de Guimarães Rosa; Tragicomédia de Um Homem Misógino, de Evaldo M ­ ocarzel (2009); Um Sonho, de A. ­Strindberg (2007).


É Feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio" Carlos Drummond de Andrade, no poema “A Flor e a Náusea”


Direção, Concepção e Adaptação André Guerreiro Lopes Texto Extratos de “As Três Irmãs” de Anton Tchekhov Elenco Helena Ignez, Djin Sganzerla, Michele Matalon, Roberto Moura, Samuel Kavalerski, Fernando Rocha e André Guerreiro Lopes Cenário e Figurinos Simone Mina Direção Musical e Instalação Sonora Gregory Slivar Iluminação Marcelo Lazzaratto Coordenação e Direção de Produção Djin Sganzerla Produção Executiva Melissa Oliveira Assistente de Direção e Direção de Cena Rafael Bicudo Participação Especial Grupo Embatucadores

Ficha técnica

Direção de Vídeo André Guerreiro Lopes Consultoria da Relação entre Neurocomputação e Performatividade Gustavo Sol Preparação de Canto e Músicas Tradicionais Roberto Moura Videoentrevista com Zé Celso – 1995 André Guerreiro Lopes (câmera), Graziela Kunsch, Simone Kliass e Olga Maria Visagista Patrícia Boníssima Operação de Luz Ricardo Barbosa Operação de Som Renato Garcia

Pós-produção e Operação de Vídeo Ricardo Botini Assistente de Cenografia Vinicius Cardoso Assistente de Figurinos Jemima Tuany Cenotecnia Wanderley Wagner Silva Modelagem Angela Yamashita, Fátima Castro Chagas Confecção de Figurinos Edmeia Evaristo, Augusta Castro Chagas Contraregra Manu Muniz Fotos do Programa André Guerreiro Lopes Mídias Sociais Leonardo P. do Amaral Musicas Tradicionais Cantadas: STOMIO – canto cigano do leste europeu RUMIANA – canção da Sérvia JOVANKE – canção da Sérvia LOUSSIN – canto tradicional Armenio Idealização Estúdio Lusco-fusco

NOSSOS ESPECIAIS AGRADECIMENTOS A: Vanda Lima, Monique Gardenberg, Facundo Guerra, Gustavo Sol, Bete Coelho, Fábio Delduqe, Monja Coen Roshi, Sandra Santos, Taxidermia Lettmann, José Fernando Sousa, Philip Miller, Cecília Lucchesi, Fernanda Guerreiro, Gabriel Miziara, Luciana Barboza, Rafaela Scaff, Laura Coggiola, Edcalros Souza, Vanuzia Souza, Bete Silva


Sesc Consolação Rua Dr. Vila Nova, 245 01222-020 São Paulo - SP Tel: (11) 3234-3000 email@consolacao.sescsp.org.br / sescconsolacao

sescsp.org.br/consolacao

fotos: André Guerreiro Lopes

Tchekhov é um cogumelo 25/8 a 8/10/2017 Sextas e sábados às 21h. Domingos às 18h Apresentação extra dia 7/9, quinta, às 18h Teatro Anchieta Duração: 80 min.


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