Educativo - Coração na aldeia pés no mundo

Page 1

CORAÇÃO NA ALDEIA, PÉS NO MUNDO

INTELECTUAIS INDÍGENAS QUEBRANDO ESTEREÓTIPOS

MODERNOS, SEM PERDER A MAJESTADE

Marcio da Silva tem um espírito muito amável e acolhedor. Ele é benzedor da etnia Kubeo e em 2019 ingressou no curso de pedagogia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com o intuito de produzir livros didáticos para a escola de sua comunidade. Os Kubeo habitam as áreas indígenas do Rio Negro, Médio Rio Negro e Iauareté, no noroeste do estado do Amazonas, fronteira com a Colômbia.

Angélica Gonçalves, da etnia Guarani-Kaiowá, do estado de Mato Grosso do Sul, é estudante de ciências sociais na Universidade Federal da Grande Dourados. Seu nome indígena é Kuña Poty Rendy’i e ela faz parte do coletivo Retomada Aty Jovem (RAJ), um movimento social e político de base que luta pela autonomia territorial e cultural dos povos Guarani e Kaiowá na fronteira com o Paraguai.

1

Em 2022, o Brasil inteiro conheceu Janaron, do povo indígena Pataxó, da região de Porto Seguro (BA), durante a sua participação no programa No Limite – reality show transmitido por uma grande rede de televisão. Janaron chegou a liderar os trending topics do Twitter, tornando-se um dos assuntos mais comentados nas redes sociais.

Joenia Wapichana foi a primeira mulher indígena a ser eleita deputada federal, cargo que ocupou entre 2019 e 2022. Seu povo, Wapichana, é originário da região de Roraima, e Joenia representou todos nós, levando as vozes políticas dos povos indígenas ao Congresso Nacional.

Indígenas das mais variadas regiões do Brasil participam do sistema social cotidianamente. Porém, por conta de uma cultura nacional que nega a existência dos povos indígenas na sua integralidade, essas pessoas muitas vezes são ignoradas e sistematicamente negligenciadas pelas políticas nacionais.

No Brasil, o racismo estrutural e o preconceito epistêmico estão cada vez mais fortes. E, apesar do esforço de diversos intelectuais indígenas, as identidades étnicas continuam sendo negadas, fazendo com que pessoas sejam desqualificadas da sua dignidade de participar do mundo

2

tanto social quanto politicamente, desde a colonização portuguesa, no que tange aos direitos de cidadania e aos direitos políticos. Devido ao imaginário social brasileiro difundido pelos livros e sistemas de informação, como televisão, artigos de jornais e revistas em geral, as pessoas indígenas são vistas como seres incapazes e mentalmente ineptos. A própria identidade indígena é negada pelo termo pejorativo “índio”, que a relega a uma ideia idílica que faz parte do passado. A palavra “índio”, cabe dizer, é um termo que desqualifica a diversidade pluriétnica dos povos originários do Brasil. Por meio dela, nega-se a pluralidade das culturas indígenas e escondem-se os indivíduos, que ficam apagados dentro de um universo genérico no qual não aparece o agente social, nem as ações que ele desempenha. Também não é uma palavra didática, uma vez que esconde o povo ou a nação originária a que esse indivíduo pertence. Assim, o termo pejorativo “índio” diz mais acerca de quem usa esse modo de expressão racista do que de quem é alvo dessa acusação difamatória. Ele está carregado de significados preconceituosos, que denotam o desconhecimento e a aversão das pessoas em relação à história originária de uma sociedade que se identifica como brasileira, mas rejeita e condena os laços com sua identidade ancestral.

3

Ailton Krenak, ambientalista, filósofo e intelectual, reflete acerca da palavra “índio” como sendo um equívoco. Isso porque, no advento da colonização, os navios rumavam para a Índia e, por um erro de navegação, ancoraram no território que se tornaria o Brasil. E assim, equivocadamente, nomearam as populações tradicionais deste território como “índios”, como se tivessem alcançado a Índia, que fica em um continente muito distante daqui.

Daniel Munduruku, escritor, intelectual e ativista indígena do povo Munduruku, já publicou mais de 50 livros, entre eles materiais didáticos. Os Munduruku, autodenominados Wuyjuyu ou Wuy jugu, habitam o sudoeste do estado do Pará, o leste do estado do Amazonas e uma parte do oeste do estado do Mato Grosso. Daniel procura esclarecer esses equívocos evocados pelo uso do substantivo pejorativo “índio”, demonstrando o peso de injúria racial que ele carrega: Quando leem minha biografia, dizem que não sou mais índio, que já sou “civilizado”. Eu não sou índio e não existem índios no Brasil. Essa palavra não diz o que eu sou, diz o que as pessoas acham que eu sou. Essa palavra não revela a minha identidade, revela a imagem que as pessoas têm e que muitas vezes é negativa. (Munduruku, 2017)

4

Os projetos nacionais de integração e assimilacionismo tiveram como pressuposto o genocídio e o epistemicídio da população indígena, marginalizando toda a cultura e os saberes dos povos originários que habitam este país. Aqui, criou-se uma mentalidade que separa a população entre brancos, negros e “índios”. Essa separação permitiu que a elite racial representante da branquitude tivesse acesso aos direitos de cidadania, enquanto indígenas foram excluídos dos direitos políticos e até dos direitos de dignidade da pessoa humana. Entretanto, há vários indivíduos indígenas inseridos nos mais diversos campos de atuação, que propagam a afirmação da diversidade cultural da e na sociedade brasileira. Entre seus ideais inclui-se a retomada da noção de dignidade que foi negada pela sociedade e pelo Estado brasileiro.

É nesse sentido que queremos enfatizar aqui a atuação de pessoas indígenas em vários campos sociais, do trabalho e do meio político, para que sejam quebrados os estereótipos sustentados pela palavra “índio”. Ela tanto evoca a figura de um sujeito romantizado, como “o bom selvagem”, “o protetor do meio ambiente”, quanto reforça a desumanização da pessoa, denotando falta de capacidade técnica, falta de interesse no trabalho, falta de capacidade mental e intelectual, ausência de noções de organização política, “preguiça”, miséria e tendência ao alcoolismo.

5

PANORAMA HISTÓRICO DOS POVOS INDÍGENAS

ANTES DA COLONIZAÇÃO:

Eram cerca de 6 milhões de pessoas, correspondendo a 1.400 povos distintos, com mais de 40 famílias linguísticas. Resistiram a guerras por territórios, extermínios, pestes e escravização.

NO FIM DO PERÍODO COLONIAL

(1822):

Foram reduzidos a 600 mil pessoas (e depois, ao longo do Período Imperial, resistiram apenas cerca de 300 mil).

ATUALMENTE:

Restam cerca de 896 mil indígenas, 274 línguas e 305 povos (segundo o censo do IBGE, 2010).

6

ECONOMIA SOLIDÁRIA EM CONJUNTO COM A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Com tantas notícias de desmatamento e destruição do meio ambiente, os povos indígenas lutam para mudar a mentalidade da economia brasileira.

Desde a década de 1990, com a demarcação das terras indígenas do Alto Rio Negro, o povo Baniwa – que vive no distrito de São Gabriel da Cachoeira (AM), localizado no noroeste amazônico, na fronteira entre Brasil, Colômbia e Venezuela – vem mostrando, através do associativismo, que é possível gerar renda sem modificar o bioma nativo. Famílias baniwa implementaram um modelo de economia solidária indígena, com o objetivo de dar visibilidade ao Programa Regional de Desenvolvimento Indígena Sustentável, criando uma marca chamada “Arte Baniwa”. Dessa forma, através dos conhecimentos tradicionais milenares próprios da cultura indígena, essas famílias vêm gerando renda com foco no empoderamento e na autonomia das mulheres. O projeto “Arte Baniwa” busca dar visibilidade aos produtos sustentáveis criados pela comunidade, envolvendo todos na elaboração de cestarias de alta qualidade, feitas de arumã. Também é produzido e comercializado um tipo específico e tradicional de pimenta, denominada jiquitaia.

7

Os produtos baniwa são vendidos em plataformas digitais para todo o país e são também distribuídos na Alemanha e nos Estados Unidos, por meio de um princípio da economia de comércio justo (fair trade), provando que o indígena é capaz de ter uma fonte de renda preservando a sua cultura e conservando o meio ambiente, bem como de se estabelecer dentro de uma sociogênese de autonomia.

Outro exemplo de produto que vem sendo apresentado por um povo indígena dentro desse conceito de desenvolvimento sustentável é o cogumelo yanomami, fruto da sabedoria milenar cultivada pelo grupo étnico Sanöma, que faz parte do povo Yanomami e está localizado na região de Awaris, extremo noroeste de Roraima. O cogumelo é um produto de conhecimento ancestral, agrícola e ecológico, próprio da cultura alimentar yanomami. Ele está disponível em plataformas digitais, comércios da região Sudeste e também fora do país, como nos Estados Unidos, e, desse modo, vem contribuindo para a geração de renda para as comunidades que o produzem.

Esses três produtos são considerados referências no conceito de economia solidária, que une epistemologia indígena e geração de renda, com baixo impacto ambiental. Além disso, eles vêm se destacando no cenário nacional e internacional como produtos sustentáveis e ecológicos originários dos povos que os produzem.

8

INDÍGENAS NO CENÁRIO POLÍTICO

A Constituição Federal de 1988 (CF88) foi elaborada por meio da metodologia participativa de grupos de trabalho, os quais buscaram imprimir nela a esperança por uma sociedade mais justa e democrática. Vários grupos importantes da sociedade brasileira fizeram parte de sua formulação. Isso significa que ela também foi uma construção de movimentos sociais e populares.

Os povos indígenas foram um desses grupos. Organizados por meio da União das Nações Indígenas (UNI), eles ajudaram a consolidar dois capítulos (231 e 232) na CF88, colaborando para uma das constituições mais progressistas do mundo. Todavia, infelizmente, a cidadania para as pessoas indígenas é apenas formal – e difícil de ser implementada na prática.

Hoje, contamos com várias articulações e confederações em nível político, que praticam os valores da política tradicional ancestral e proporcionam uma interação intercultural entre os povos indígenas, além de interações com o Ocidente. Nesse cenário, uma importante entidade política é a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB). Ela representa os interesses da retomada de territórios ancestrais e atua nas cortes internacionais de direitos humanos, procurando corrigir o racismo aplicado na administração pública, que não respeita os direitos materiais e imateriais das pessoas e grupos originários neste país.

9

ARTE INDÍGENA CONTEMPORÂNEA

O grupo de teatro Liberdade PKR é formado por jovens atores indígenas guarani-kaiowá da comunidade Guapo’y, localizada no município de Amambai (MS). Tem como coordenador o professor Duadino Martines (conhecido artisticamente como Dudu Kaiowá), também indígena da mesma etnia.

Duadino ministra oficinas de teatro aos jovens a partir da ideia de juntar a arte cênica e a arte indígena guarani e kaiowá. Como tema, procura retratar os conflitos de terra entre latifundiários e indígenas, questão muito delicada no estado de Mato Grosso do Sul. Com o seu trabalho, esboça aspectos importantes da cultura guarani e kaiowá, evidenciando o sofrimento psíquico que os estudantes indígenas vivenciam dentro e fora das aldeias, enfrentando problemas que geram angústias, alcoolismo e até o suicídio, pelo sentimento de não suportar ver a mãe-terra maltratada.

O rap nacional é uma expressão artística que retrata a realidade acerca da segregação social e racial manifestada pela sociedade. O Brô MCs é um grupo de rap formado por indígenas residentes nas aldeias Bororó e Jaguapiru, no município de Dourados (MS). Clemerson Batista, Kelvin Mbaretê, Charlie Peixoto e Bruno Veron formam o primeiro grupo de rap indígena do Brasil, que mistura português e

10

guarani para falar da luta pela terra, da identidade indígena e de problemas como o consumo de drogas e álcool e os altos índices de suicídio nas aldeias.

Também na literatura e nas artes visuais há uma série de indígenas de variadas etnias que sempre se destacaram na comunicação com o Ocidente. Exemplo disso é Auritha Tabajara, a primeira mulher cordelista do país. (O cordel é um gênero literário popular no Brasil, mas até então era apenas representado por homens). Auritha é indígena do povo Tabajara, na região do Ceará, onde o racismo estrutural incrustado na mentalidade do “brasileiro” predeterminou não haver mais pessoas pertencentes aos povos originários – talvez pelo fato de o Nordeste ter sido o primeiro lugar acometido pela colonização genocida e pelo desejo de ver extinto todo o povo indígena no Brasil. Todavia, Auritha e muitas outras mulheres, como Eliane Potiguara, Chirley Pankará, Denízia Kawany Fulkaxó e Eva Potiguar, felizmente comprovam o fracasso da política eugenista do Estado brasileiro, estimulando um sintoma de renascimento cultural e étnico dessa população.

Há muitos outros casos de grupos e pessoas indígenas que se destacam na literatura e no campo das artes, considerando a acepção ocidental dos termos “arte” e “estética”. Por isso, foi recentemente criada a chamada “Arte Indígena

11

Contemporânea”, movimento estético e político defendido por vários artistas indígenas, como o artista plástico Jaider Esbell (1979-2021). Esbell propõe um circuito próprio de fruição dos signos das culturas indígenas, em interação estética com os signos da modernidade ocidental.

*** Esses são alguns exemplos de como o povo indígena se destaca em todas as áreas da sociedade, seja em cenários nacionais, seja em internacionais.

Usamos tais exemplos para desconstruir os estereótipos em torno do significado da palavra “índio”, que, como vimos, remete a um retrato sociológico dos povos indígenas como seres do passado, como pessoas incapazes que necessitam da tutela do Estado. No entanto, a verdade é que nos encontramos marginalizados na interação com a modernidade ocidental, por sua mentalidade perniciosa, propagada por setores dominantes com a finalidade de expropriar as terras ancestrais.

Assim, o que procuramos demonstrar é que as pessoas indígenas existem e resistem à política de negligência do Estado, bem como ao preconceito do imaginário social brasileiro, que equivocadamente negam a dignidade aos

12

indígenas, como o direito de cultuar suas próprias crenças e valores, originários e autóctones, e o direito de habitar seus territórios tradicionais.

Apontamos como a sociedade brasileira está permeada pelo racismo estrutural e como infelizmente esses códigos e símbolos foram passados pelo sistema de educação. Esse sistema propagou a crença equivocada de que os indígenas estariam fadados à extinção, à medida que entrassem em contato com os signos do mundo ocidental – como se não fôssemos gente!

No entanto, o que concluímos é que o mundo ocidental produziu um saber limitado e raso acerca da força regenerativa da cultura indígena, e hoje a principal frase que nos define – sendo muito utilizada pelos intelectuais indígenas da atualidade – é: “podemos ser quem você é sem deixar de ser quem somos” (Movimento Intelectual Indígena).

13

ATIVIDADES

1) E se a história do Brasil fosse contada pelos povos originários? Que tal convidar um(a) escritor(a) indígena para um bate-papo presencial ou por meio de videoconferência e promover uma roda literária ou contação de história na sua escola, sala de aula ou atividade pedagógica? A partir do debate com o(a) autor(a) indígena, desenvolva um texto dissertativo junto com seus alunos sobre a diversidade indígena no Brasil.

2) As histórias dos povos indígenas do Brasil podem inspirar desenhos e outras expressões artísticas. Pesquise narrativas de diferentes povos e convide os estudantes a ilustrá-las.

Sugerimos A lenda do Urutau (um conto da filosofia guarani) ou Jasuka (a deusa criadora do ser primordial).

Disponível em: <https://fantasia.fandom.com/pt/wiki/Jasuka>

3) Atividade de pesquisa: Muitas pessoas não conhecem a diversidade de povos indígenas que habitam sua região. Junto com seus alunos, identifique no seu município ou Estado os povos originários que estão próximos de vocês.

14

4) Arte indígena: vamos conhecê-la? Os indígenas estão inseridos em vários espaços da vida e da cultura brasileiras, e na música não é diferente. Como sugestão de atividade, assista aos clipes da MC Anarandá e dos Nativos MCs e, a partir do texto sugerido neste material, convide os alunos a produzir desenhos, pinturas, músicas e danças dos povos indígenas que eles conhecem.

MC Anarandá: <https://www.youtube.com/watch?v=e3On2NZxJF0>

Nativos MCs: <https://www.youtube.com/watch?v=wHWBa-Gnw8Q>

5) Você é capaz de identificar traços da cultura indígena no dia a dia? A culinária, assim como a língua materna, é um marcador importante na cultura de um povo. Você sabia que muitas comidas e hábitos alimentares são heranças de costumes indígenas?

Uma atividade interessante para promover a valorização cultural e substituir o famoso “Dia do Índio”, celebrado em 19 de abril, é fazer uma “feira culinária”. Os estudantes podem pesquisar os alimentos de base indígena, produzir uma receita ou trazer um alimento para compartilhar com os amigos.

15

6) Você conhece o Jogo da Onça? Trata-se de um jogo de estratégia, de origem indígena, indicado para 2 participantes. O objetivo é capturar 5 cachorros (para quem está jogando com a onça) ou encurralar a onça (para quem está jogando com os cachorros).

Com a ajuda dos alunos, desenhe, no chão ou em um papel, um tabuleiro conforme a figura abaixo:

16

Vocês precisarão de 15 objetos, um para simbolizar a onça e os outros para representar os cachorros. Podem ser utilizados tampinhas, feijões, miçangas, botões ou outros itens. É importante que um dos objetos tenha formato, cor ou tamanho diferente para distinguir a onça dos cachorros.

As peças podem andar em todas as direções, uma casa por vez, mas somente a onça pode saltar os cachorros para comê-los, como no jogo de damas.

Após construir o tabuleiro e selecionar os objetos, divida os alunos em dupla para uma partida de Jogo da Onça (ou incentive-os a jogar em casa, com alguém da família). Na internet, há diversos vídeos com dicas, regras e curiosidades sobre o jogo.

A partir do Jogo da Onça, pesquise outros jogos e brincadeiras indígenas para realizar coletivamente.

17

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Roberto. “A força feminina da Pimenta Baniwa”. Instituto Socioambiental (ISA), 22 jun. 2018. Disponível em: <isa.to/2lqrsrI>; <https://www.youtube.com/watch?v=pBqiCsrU7yQ>

APIB: Articulação dos Povos Indígenas do Brasil. Disponível em: <https://apiboficial.org/>

CRUZ , Fabiane Medina da; GONÇALVES, Daniele Lorenço; CARDOSO, Valdevino G.; MACHADO, Almires M. “Sociologia da Educação Indígena ou Manifesto por uma epistemologia própria da Educação Indígena”. In: MARTINS, Rogéria; FRAGA, Paulo (orgs.). O ensino da sociologia nas modalidades diferenciadas de ensino: experiências, reflexões e desafios. Rio de Janeiro: Gramma, 2018, pp. 49-61.

GALERIA JAIDER ESBELL DE ARTE INDÍGENA CONTEMPORÂNEA: <https://www.galeriajaideresbell.com.br/>

KAIOWÁ, Dudu (perfil), Grupo de teatro Liberdade PKR. Disponível em: <https://www.portaldedramaturgia.com/profile/dudu-kaiowa>

18

KRENAK , Ailton. Discurso na Assembleia Constituinte. Disponível em: <https://youtu.be/kWMHiwdbM_Q>

______. [Entrevista concedida a] Marcelo Tas, Provocações. São Paulo: TV Cultura, 6 ago. 2019. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=dBk8gk-cOec>

MARTINS, Rafael D’Almeida e UNTERSTELL, Natalie. “Comércio justo, saberes locais e articulação de atores: lições do projeto Arte Baniwa no Brasil”. Administração Pública e Gestão Social, v. 1, n. 4, pp. 358378, out./dez. 2009. MUNDURUKU, Daniel. “Eu não sou índio, não existem índios no Brasil”. [Entrevista concedida a] Nonada, 21 nov. 2017. Disponível em: <https://www.nonada.com.br/2017/11/daniel-munduruku-eu-naosou-indio-nao-existem-indios-no-brasil/>

PROJETO ARTE BANIWA. Disponível em: <https://artebaniwa.org.br> SANÖMA – cogumelo Yanomami. Disponível em: <https://cogumeloyanomami.org.br/>

19

MINIBIOGRAFIA DOS AUTORES

NALDO TUKANO

Indígena do povo Ye’pa Mahsã (Tukano), é filho de Uremirĩ (Dionísio Borges Costa), do povo Ye’pá Mahsã, e de Dada (Etelvina Teixeira Almeida), pertencente ao povo Tariana. Segundo filho de seis irmãos, nasceu em 28 de outubro de 1990, na comunidade de Pari-Cachoeira (AM), fronteira entre Brasil, Colômbia e Venezuela. É linguista e coordenador da Ité Editora Indígena e da revista indígena Hori.

FABIANE MEDINA (YVOTY RENDYJU)

Indígena AVA-Guarani. Etnopolitóloga, é professora na Faculdade Intercultural Indígena da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e atuou como curadora das exposições Memória pública da Cia. Matte Larangeira (MIS/ MS, 2011) e Coração na aldeia, pés no mundo (Sesc Piracicaba, 2022). Foi diretora e roteirista dos documentários Ava Kuña, Aty Kuña: mulher indígena, mulher política e Yvoty Mbarete: resistência e ancestralidade para um feminismo indígena, abordando a luta das mulheres indígenas contra o racismo estrutural presente na sociedade brasileira. É cofundadora da Ité Editora Indígena.

20

Curadoria educativa Fabiana Bruno, Fabiane Medina Cruz Concepção da exposição Equipe Sesc Piracicaba, Fabiana Bruno, Fabiane Medina Concepção da publicação educativa Fabiane Medina e Naldo Tukano Revisão

Tatiana Vieira Allegro Identidade visual e projeto gráfico Dora Suh, Gustavo Caboco, Lucia Angélica

Sesc Piracicaba R. Ipiranga, 155 - Centro Piracicaba - SP Tel.: +55 19 3437 9292 /sescpiracicaba sescsp.org.br/piracicaba PUBLICAÇÃO EDUCATIVA DESENVOLVIDA PARA A EXPOSIÇÃO CORAÇÃO NA ALDEIA, PÉS NO MUNDO 8 DE NOVEMBRO DE 2022 A 30 DE ABRIL DE 2023

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.