Revista E - Janeiro de 1997 - ANO 3 - Nº 7

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A arte pública das cidades Jo Takahashi O combate contra a fome

MENSAL - JANEIRO - 1997 - N° 07 - ANO 3

HO M E PAGE: http://eu.ansp.br/~sescsp E-MAIL: sescspe@ eu.ansp.br


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NESTA EDICAO SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO - SESC Adm inistração R egional no E stado de São Paulo Presidente: Abram Szajm an Diretor Regional: Danilo S antos de M iranda REVISTA E Diretor R esponsável: Miguel de Alm eida Editor de Arte: Paulo Sayeg Equipe de Arte: Antonio B arbosa, Carla Conti Revisão: Márcia Villaça da Rosa Colaboradores: Ana Saggese, Marcília Ursini, Nicola Labate, André Rosem berg Supervisão Editorial: Je su s Vazquez Pereira Coordenação Executiva: Erivelto B. Garcia A ssistente Executivo: Malu Maia Supervisão Gráfica: Eron Silva Distribuição: Glenn Poleti N unes C onselho de Redação e Program ação Diretor: Danilo Santos de M iranda ■Ana Maria Cerqueira Leite, Andrea C. Bisatti, Cláudia Darakjian T. Prado, Cristina R. Madi, : Dante Silvestre Neto, Denise Martha G. Baptista, Erivelto Busto Garcia, Eron Silva, Estanislau da Silva Salles, Felipe Mancebo, Ivan Paulo Gianini, Jesu s Vazquez Pereira, Jo sé Palma Bodra, Laura Maria C, Castanho, Lauro Freire da Silva, Luis Alberto S. Zakir, Malu Maia, Marcelo Salgado, Mareia M. Ferrarezi, Marcos Antonio Scaranci, Maria Luiza Souza Dias, Mário Augelli, Marta R. Colabone, Ricardo Muniz Fernandes, Roberto da Silva Barbosa, Rui Martins de Godoy, Silvio Luis França, Tania Mara Conrado. SESC S ão Paulo - Av. Paulista, 119 - CEP 01311-903 tel. (011) 284-2111. Jo rn alista R esponsável: M iguel de Alm eida MTB 14122. A I Revista E é um a publicação do SESC de S ão Paulo, realizada pela Lazuli Editora, i Distribuição gratuita. N enhum a pessoa está autorizada a v e n d er anúncios.

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SERVIÇO SOCIAL OO COMÉRCIO SÃO PAULO

C onselho R eg io n al do SESC de S ão Paulo Presidente: Abram Szajm an

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M embros Efetivos: Aldo Minchillo, Antonio Funari Filho, Carlos Alberto Ferraz e Silva, Cícero Bueno Brandão Júnior, Eduardo Vampré do Nascim ento, Ivo DairÀcqua Júnior, João Pereira Góes, Juljan Dieter Czapski, Luciano Figliolia, Manuel Henrique Farias Ramos, Orlando Rodrigues, Paulo Fernandes Lucânia, Pedro Labate, Ramez Gabriel, Roberto Bacil. Suplentes: Alcides Bogus, Amadeu Castanheira, Arnaldo Jo sé Pieralini, Dauto Barbosa de Sousa, Fernando Soranz, Henrique Paulo M arquesin, Israel Guinsburg, Jair Toledo, João Herrera Martins, Jorge Sarhan Salom ão, Jo sé Maria de Faria, José Rocha Clemente, José Santino de Lira Filho, Roberto Mário Perosa Júnior, Valdir Aparecido dos Santos. R epresentantes junto ao Conselho Nacional. Efetivos: Abram Szajman, Euclides Carli, Raul Cocito. Suplentes: Olivier M auro Viteli Carvalho, W alace Garroux Sampaio, Manoel José Vieira de M oraes. Diretor do D epartam ento Regional: Danilo Santos de Miranda.

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cidade de São Paulo possui uma das grandes noi­ tes do mundo, rivalizando com outros centros do planeta. Basta que o dia se ponha, e que sejam acesas as luzes de neon, para se perceber o núme­ ro de boates,danceterias,casas de shows e espetáculos, tea­ tros e cinemas espalhados na geografia da paulicéia. É um dos muitos orgulhos da nossa população. De todas as artes disponíveis ao público, é a música a que mais reúne gran­ des platéias, seja pela sua comunicação direta e mais aces­ sível, seja por ela ter desenvolvido expressões particulares de identificação com o povo brasileiro. E, na música, exis­ tem os cantores da noite, que é o tema da nossa matéria de capa. Intérpretes e instrumentistas de grande qualidade, aplaudidos por platéias brasileiras e estrangeiras, se apre­ sentam em pequenos palcos de pianos-bares, de bares e ca­ sas noturnas, seguindo uma carreira motivada por duas ra­ zões: o amor à música e o amor à noite. Os atores musicais da noite se diferenciam de seus cole­ gas que se apresentam em ginásios e grandes teatros. Ao contrário destes, preferem as pequenas platéias, formadas sempre por ouvintes atentos e exigentes, capazes de estabe­ lecer com os artistas uma cumplicidade difícil de ser alcan­ çada quando estão diante de imensa assistência. O diálogo é mais íntimo e reservado. Outro fato também caracteriza esses artistas da noite: a celebridade reduzida a um pequeno meio. Embora extrema­ mente talentosos, se recusam a entrar no sistema do showbusiness, quando teriam de viajar com frequência para di­ vulgar seus discos e se apresentar a cada novo dia em uma nova cidade. Estes artistas preferem ter com seu público uma relação quase que de vizinhança, longe dos holofotes da fama e da grande mídia, para desenvolverem tranquilamen­ te o que se dispuseram: a entrega total à música e à noite. A reportagem constrói perfis de artistas que se encon­ tram na noite paulistana há trinta, quarenta anos, ao mesmo tempo em que anota as modificações trazidas à cidade pelo seu próprio crescimento e transformação em grande metró­ pole. Por certo muitos são nostálgicos, preferindo as noites do passado, enquanto outros vêem vantagens na profissio­ nalização que encampou o setor. Sob todos os aspectos, a reportagem leva o leitor a uma viagem pelos atores que tomam São Paulo numa das cida­ des mais movimentadas do planeta.

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D a n il o S a n t o s de M ir a n d a Diretor do Depto. Regional do SESC


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De fábrica a centro de lazer, a história do Sesc Pompéia em livro Em dezembro, foi lançado o livro Centro de Lazer Sesc Fábrica Pompéia, que tem como tema a obra de restau­ ração e reciclagem da antiga fábrica de geladeiras da rua Clélia, em São Paulo, realizada pela arquiteta Lina Bo Bardi, transformando-a num dos mais importantes centros culturais da cidade. O trabalho reúne depoi­ mentos, textos, desenhos, cro­ quis, plantas e documentação fotográfica das diversas fases do seu trabalho, incluindo o novo conjunto esportivo. O texto é de Cecília Rodrigues dos Santos, com depoimentos de Marcelo Carvalho Ferraz, André Vainer e textos da própria Lina Bo Bardi.

Câmara dos Vereadores de cidades de todo o Estado homenageiam o Sesc A Câmara Municipal de São Paulo homenageou os 50 anos de fundação do Sesc em solenidade no último dia 19 de dezembro. Ini­ ciativa do vereador Edivaldo Lima, essa homenagem veio so­ mar-se a inúmeras outras realiza­ das em 1996 com a mesma finali­ dade, constituindo expressivo re­ conhecimento público do papel re­ levante que a entidade tem assumi­ do ao longo de sua história. Em to­ das as cidades do interior do Esta­ do em que o Sesc está presente, as Câmaras Municipais se reuniram em sessões solenes para comemo­ rar a data, ocorrendo homenagem idêntica na Assembléia Legislati­ va, por proposição do deputado Walter Feldman. Em Brasília, por iniciativa do deputado federal Ar4

SEÇÇ - FÁBRICA DA POMPÉIA

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naldo Faria de Sá, foi a vez da Câ­ mara Federal render suas homena­ gens ao Sesc e também ao Senac.

Trajetória de meio século em 50 minutos Tarefa das mais difíceis foi sin­ tetizar em exatos 54 minutos os 50 anos de existência do Sesc no Es­ tado de São Paulo. Um documen­ tário em vídeo, que vem a ser fina­ lizado, conta a trajetória da entida­ de ao longo de seus 50 anos de tra­ balho social, educativo e cultural, desenvolvido em benefício dos comerciários e da comunidade. Des­ de seus primeiros tempos, em anti­ gos casarões, com serviços médi­ cos e assistenciais, passando pelas atividades comunitárias, o traba­ lho pioneiro com idosos e a difu­ são do lazer, o documentário che­ ga à intensa ação cultural e sócio-

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educativa de hoje, realizada em seus grandes complexos culturais e desportivos. Um registro impor­ tante de uma instituição que soube renovar-se através do tempo, sem­ pre fiel à sua vocação de bem ser­ vir aos trabalhadores e às causas sociais mais relevantes.

CPT recebeu dois prêmios pela produção de 1996 Entre os melhores de 1996 elei­ tos pela Associação Paulista de Crí­ ticos de Artes - APCA, figurou o trabalho de iluminação de David de Brito para o espetáculo Drácula E Outros Vampiros, produzido pelo CPT - Centro de Pesquisa Teatral do Sesc. Já a Associação Internaci­ onal de Crítica Teatral conferiu prê­ mio para J. C. Serroni, também ce­ nógrafo do CPT, para o conjunto de trabalhos realizados. Janeiro 97


ÍNDICE Fotos: Nicola Labate

0 arq u iteto e urbanista J o Takahashi fala com ex c lu siv id a d e à E so b r e o in tercâm b io cultural en tre Brasil e J a p ã o .

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A n oite d e A A S ã o P aulo está 1 1 1 retratada co m o | W q u e ela tem d e m elh or na m atéria V ozes do S ereno.

Jaques Jecion é gravador e pintor A A

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0 Torneio de Tênis Feminino Sesc 50 Anos

I M contou com a participação de 122 jogadoras, de 25 países, em uma competição de alto nível técnico.

Em Pauta J o r n a lis t a s , e s c r ito r e s e lin g u is ta s e s c r e v e m s o b re as tr a n s fo r m a ç õ e s na L ín g u a P o r tu g u e s a , e m a r tig o s e x c lu s iv o s . P á g . 2 8

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J o s é C a s te llo t r a v a u m d iá lo g o da r e a lid a d e e da f ic ç ã o c o m p e rs o n a g e n s q u e b e ir a m o r e a lis m o . P á g . 3 4

projeto do co reó g ra fo e i terap eu ta Ivaldo" Bertazzo, d iscu te o g e s to e o m o v im en to na b u sca da id en tid a d e e a u to n o m ia corporal.

Humor O ilu s t r a d o r e a n im a d o r F e rn a n d o S c h ia v o n o b s e rv a os g r o tõ e s u rb a n o s . P ág. 4 0

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p ro fissio n a is b rasileiros e estra n g eiro s em torno d e s s e tem a.

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v a r'a s partes do / \ j m undo ap resen taram p rojetos e ex p eriên cia s no S em in ário A rte Pública.

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M ú sico s e

m ú sica s: m ú sica n eles, e x a lta a im p o r tâ n c ia de ss a p r á tic a nos d ia s a tu a is . P á g . 6 6

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Jo Coordenador de projetos culturais da Fundação Japão, o arquiteto e urbanista Jo Takahashi fala em entrevista à £ sobre a adaptação da colônia japonesa em São Paulo, a contribuição aos hábitos culturais e comportamentais e o sucesso que o futebol e a MPB alcançaram no Japão No Brasil, a colônia japonesa é uma das maiores do mundo. A gente pode dizer que essa cultura japonesa per­ manece ou ela se adaptou e se mesclou à brasileira? A adaptação da colônia japonesa à sociedade brasileira se deu em um ritmo bem diferente de outras correntes imigrató­ rias, como a portuguesa, italiana e espanho­ la. Existe, na verdade, uma diferença de estrutura cultural muito grande. A cultura japonesa não tem raízes na Europa, como a Itália e a Espanha, e isso faz com que a inte­ gração da colônia japonesa na sociedade brasileira tenha acontecido em um ritmo bem mais lento. Isto se deu, em parte, pela distância da língua. Por outro lado, a estru­ tura da cultura era diferente. Hoje, o que a gente vê no Brasil é um grande caldeirão cultural. E uma coisa que nós aprendemos aqui é que existem vários sensos de cultura. A gente aprende desde pequeno a conviver com essas diferentes verdades. Eu acredito que o Brasil é uma espécie de laboratório

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antropológico, porque existe uma coisa fru­ tífera no país que faz com que antecipamos aquele modelo do homem internacional. O brasileiro é, fundamentalmente, um homem internacional, pois há uma coexistência das culturas que é muito rica, ampla e natural. Em São Paulo, não vemos guetos como, por exemplo, há em Nova York. Só isso faz com que exista uma transação de informações de cultura para cultura muito intensa. Na reali­ dade, a curiosidade em relação à cultura japonesa aconteceu fortemente nos últimos dez anos. A gente tem notado com o traba­ lho da Fundação Japão um crescente inte­ resse da sociedade brasileira com relação à cultura japonesa e, ao mesmo tempo, um certo distanciamento dos descendentes de japoneses da sua cultura.

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Como você mede esse interesse da sociedade? Nós fazemos mostras e exposições japonesas e notamos que a grande parte do público, cerca de 70%, é constituído por não-descendentes. E, na verdade, o público alvo da Fundação Japão é a sociedade nãojaponesa, porque não queremos priorizar o atendimento à colônia japonesa, que já tem os seus meios. Nós estamos trazendo os eventos sobre o Japão para o público brasi­ leiro. Isto, de uma certa forma, incentivou a curiosidade. Nós vemos um interesse cada vez maior em segmentos como teatro e dança, além, é claro, da gastronomia e tam­ bém em segmentos acadêmicos, como pin­ tura medieval, cerimônia do chá. Isto não existia há dez anos. São coisas que estão sendo incorporadas à cultura brasileira. A gente pode dizer, então, que não foi o Japão que veio ao Brasil, mas o Brasil de São Paulo que está indo ao Japão de São Paulo? Eu acho que sim, porque o fluxo de inte­ resse da sociedade brasileira para o Japão tem sido maior. O Japão nunca foi ostensivo nessa questão de política cultural, nç sentido de ter uma estratégia mais agressiva de ven­ der o produto cultural. A gente também não quer encarar os eventos que propomos como

um produto a ser vendido. Mas a nossa pro­ posta é que, trazendo algumas manifestações da cultura japonesa para o Brasil, a gente possa interagir com manifestações brasileiras semelhantes. Em teatro, por exemplo, temos sempre a preocupação de convidar grupos brasileiros para workshops, trocas de idéias. Este intercâmbio é muito frutífero e é essa a nossa proposta. Agora, a questão da agressi­ vidade do lado brasileiro foi muito maior. Por outro lado, a colônia japonesa não tinha meios de suprir com informações todo o inte­ resse da sociedade brasileira. Então, nós resolvemos condensar todas essas informa­ ções no livro A Cultura Japonesa. A primei­ ra edição, que saiu em 1988, teve uma vendagem impressionante nas livrarias e se chama­ va Guia da Cultura Japonesa, com uma tira­ gem de dez mil exemplares. Agora, nós tira­ mos a palavra guia porque pressupõe uma renovação anual e como a gente não tem con­ dição de fazer a atualização ano a ano, tira­ mos a palavra, mas o formato continua sendo semelhante ao de um guia: tem um texto básico de informações, endereços, nome das pessoas, telefones. O bairro da Liberdade, formado por japoneses imigrantes, dá a impressão de uma cultura extremamente passiva. Todos aqueles restaurantes foram des­ cobertos pela população de São Paulo e a Liberdade começou a ser vasculhada e virou moda. Como você acha que os japoneses brasileiros convivem com essa curiosidade intensa do paulistano? Na minha opinião, a Liberdade é um grande folclore porque é um grande achado turístico. Toda a grande cidade tem que ter o seu Chinatown, o bairro oriental. Escolheuse a Liberdade, no caso de São Paulo, porque existia uma pequena concentração de orien­ tais; japoneses, coreanos, chineses. Atu­ almente, o número de japoneses residentes na Liberdade é muito pequeno. Os japoneses se espalharam para bairros residenciais e o que existe de comércio japonês na Liberdade tem uma característica muito mais de mídia do que de qualidade. Você encontra de tudo lá: desde produtos japoneses, de Taiwan, da

China, até da Bahia. É uma coisa engraçada, mas muitos turistas japoneses vão à Liberdade procurar produtos brasileiros. Tudo isso acabou sendo fabricado, concebi­ do por uma política turística. Agora, explo­ rando esse potencial, acredito que a Liberdade se presta ao que se propõe, isto é, oferecer produtos exóticos. Onde está, então, o Japão dentro de São Paulo? Ele está muito distribuído e é por isso que o livro A Cultura Japonesa é importan­ te. Dependendo de cada foco de interesse, tem-se lugares pré-determinados. Em rela­ ção à gastronomia japonesa, a distribuição de restaurantes japoneses não se concentra somente na Liberdade. Existem focos na Paulista, no Itaim, em Pinheiros, mas tam­ bém em bairros como Moema, que não têm tradição nenhuma. Isto mostra que, de uma certa forma, as manifestações japonesas estão se distanciando daquele foco principal que era a Liberdade e atingindo os mercados por onde existe a procura. E em relação à arquitetura paulista­ na, você sente alguma influência da cultura japonesa? Com relação à arquitetura, a coisa é um pouco complicada porque existe uma ques­ tão fundamental na arquitetura que é a rela­ ção entre o espaço e o ambiente. A arquitetu­ ra japonesa foi projetada para a umidade do Japão, para o calor e para as quatro estações japonesas. Então, é muito difícil adaptar a arquitetura japonesa genuína ao clima brasi­ leiro. Isto faz com que a arquitetura não seja autêntica. Existem algumas características da arquitetura que estão ligadas ao compor­ tamento - por exemplo, o tatame - que vêm sendo incorporadas como mais um segmen­ to de design dentro da cultura brasileira. E no caso da moda, com esses grandes costureiros japoneses que estão no Ocidente, qual é a influência na nossa cultura? No caso da moda, a valorização do preto, que foi uma tendência japonesa na


ram uma montagem totalmente multimídia, com a presença de monitores de televisão, vídeo e som. Isto faz com que a releitura de um clássico, através de uma ótica japonesa, venha a ser incorporada ao teatro Kabuki; manifestação da arte cênica tradicional japo­ nesa. O Suzuki também fazia isso. Acho que o que mais atrai o público brasileiro é a mis­ tura de elementos tradicionais japoneses a elementos incorporados do Ocidente. Este é o grande mistério.

década 80, acabou sendo incorporada no Brasil. É curioso porque a gente não tem um clima que favoreça o preto. De uma certa forma é uma postura pós-modema, em que se incorpora um certo padrão desvinculan­ do-o do contexto original. As cores radicais não fazem parte da tecelagem tradicional japonesa, que usava cores pastéis. Este é um caso particular de alguns estilistas. Mas, a grande incorporação da cultura japonesa está ligada ao comportamento, ao modo de vida, onde encontramos as arandelas feitas de bambu e papel, os origamis, que são as dobraduras japonesas que foram incorpora­ das totalmente pela nossa cultura. A gente participou da Bienal do Livro e estamos acompanhando o interesse das pessoas por publicações ligadas ao origami. Isto é muito bacana, porque além da questão de manu­ sear o papel, também há a idéia de tridimensionalizar uma coisa que é bidimensional. É um exercício manual intenso. Existem outros desenvolvimentos que vão vir com o tempo, como o uso didático-pedagógico do origami, que pode ser aplicado no ensino da matemática, da geometria. Voltando à questão do teatro, o Sesc, junto com a Fundação Japão, trouxe há alguns anos o Suzuki, na unidade do Ipiranga. A repercussão desse espetáculo foi imensa porque há uma curiosidade muito grande pela ques­ tão cênica japonesa... O Suzuki também foi um marco nas nossas atividades e toda a infra-estrutura do Sesc permitiu esse sucesso. Nos dias 7 e 8 de dezembro, outro grupo japonês se apre­ sentou no Sesc Ipiranga, com um trabalho em cima de Shakespeare, que é um código completamente ocidental. Mas eles mostra­

Qual é a sua explicação para isso? O japonês sempre foi um grande mesclador de informações. A própria posição geo­ gráfica do Japão contribui para isso. O Japão é um terminal da Ásia. Tudo acaba lá; depois dele, é só mar. A cultura que vinha da China e da Corea acabava no Japão e ele absorvia, como um um receptáculo, essas culturas. Existia, então, um processo de fermentação. O ideograma veio da China e foi retrabalhado pelo Japão, constituindo-se em escrita japonesa, que é diferente da original. Outras coisas foram incorporadas da Corea e da pró­ pria índia, como o budismo. O Ocidente che­ gou pelo mesmo caminho. O conceito de sobreposição de cultura faz parte de toda a vocação cultural do Japão. Aquilo que os ocidentais acreditam que seja genuinamente japonês, provavelmente nem exista, porque as raízes dessa coisa genuína talvez estejam em um outro lugar. Agora, essa habilidade que existe em sobrepor as informações é extremamente tradicional. Faz com que se parta do princípio de que no Japão não houve grandes revoluções culturais, como ocorreu na Europa. A questão da dialética, por exem­ plo, é uma coisa que não existe na cultura japonesa. Então, isso faz com que essa pre­ sença do antigo e do moderno seja muito mais pacífica. Isto não significa passividade, pelo contrário, é uma forma de manifestação que se caracteriza pela idéia de privilegiar aquilo que era antigo. O arqueológico nem sempre é o antigo, aquilo que tem que ser soterrado. O arqueológico está sempre pre­ sente no Japão. Esta coexistência é uma coisa do cotidiano. Como você acha que a cultura japone­ sa vai se posicionar diante da globali­ zação? Existe o conceito de cultura fechada, que é preciso entender. A colônia japonesa é fechada, em um certo sentido. Pelo fato do Japão ser uma ilha e um terminal, acabou sendo marginalizado de todo o processo de desenvolvimento da cultura mundial. Hoje, o

Japão está sendo cobrado pelo fato de ser uma potência econômica. A verdade é que, talvez, o Japão ainda não tenha uma postura de vanguarda frente à política cultural. Ainda não pode ser considerado um grande líder cultural, embora focos de interesses estejam voltados para o Japão. Esta cobran­ ça do Ocidente em relação a uma postura mais firme do Japão, no que diz respeito à sua própria cultura, está incentivando o país a se abrir. A verdade é que o japonês em si não é eloquente, não tem o domínio de tra­ balhar o produto que tem. A estratégia de marketing fica no nível dos produtos eletrô­ nicos. A cultura está em um departamento subjetivo, inconsciente, que o japonês ainda não sabe trabalhar. Como a Fundação Japão trabalha no sentido de romper o não-marketing da cultura japonesa? Acima de tudo, estamos com a antena bem ligada para tentarmos captar quais as áreas de interesse da sociedade brasileira em relação à cultura japonesa e atender a essas demandas. O Sesc, de uma certa forma, como porta-voz de um determinado público, decodifica essas necessidades e anseios e traz para nós. A demanda deve aumentar? Quais são as expectativas da Fundação? Estão aumentando anualmente. Por exemplo, a dança Buthô apresentada no Brasil, no ano de 1988, foi um marco. Hoje, o Buthô é uma expressão que no mundo da dança tomou-se imprescindível. Normal­ mente, quando nós trazemos algum espetá­ culo de dança do gênero, existe um fluxo de público muito grande. A gente percebe que, em um primeiro momento, houve uma curio­ sidade; em um segundo, um interesse acadê­ mico e historicista para entender o Buthô e, no terceiro momento, a fixação enquanto manifestação artística. São processos que estão acontecendo. Da mesma forma ocorreu com a culinária japonesa. Foi descoberta por uma minoria da população brasileira, em res­ taurantes tradicionais, depois certa popula­ rização ocorreu na segunda metade da déca­ da de 80 e, hoje, observamos o processo de fixação. O que realmente agradou e foi incorporado, acaba permanecendo. O que se pensa para a comemoração dos noventa anos da imigração japoNa verdade, em 1995 foi comemorado o centenário das relações de amizade

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Brasil-Japão. Foram mais de 140 projetos desenvolvidos nos dois países. 0 que está acontecendo é que a distância entre o cen­ tenário de amizade e os noventa anos de imigração japonesa é apenas de um ano. Então, eu acredito que o centenário tenha um peso maior do que os noventa anos da imigração, que possui uma característica mais local. Mas, nós iremos estar prepara­ dos para a comemoração. Há um outro lado importante da questão, que é o Brasil no Japão. São dois focos principais. Um deles é o futebol com o Japão se preparan­ do para a Copa, popularizando o futebol e levando muitos jogadores brasileiros para jogar nos times japoneses. Este é um ponto que deu destaque ao Brasil no Japão. Outra coisa é a MPB. A música popular brasilei­ ra, desde o segmento instrumental, passan­ do pela bossa-nova e terminando no samba, pagode e chorinho, ganha um gran­ de interesse do público japonês. Não que o português seja difundido no Japão, pelo contrário, a nossa língua é exótica para os japoneses. Mas o ritmo, o balanço da músi­ ca brasileira, enfim, o estilo da MPB con­ tagiou os japoneses nos últimos dez anos. Existem cantores de MPB que gravam mais discos no Japão do que no Brasil. Da mesma forma que os brasileiros acolheram o sushi, os japoneses incorporaram os ritmos brasileiros. Existe uma empatia muito grande que é alimentada por uma simpatia mútua que une os dois povos. Você imaginaria essa colônia japone­ sa de um milhão de pessoas, que exis­ te em São Paulo, em outra cidade do Brasil? Eu acho que eles escolheram certo. São Paulo tem um lado cosmopolita e uma vocação de meca cultural.

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O japonês de São Paulo, em ativida­ des profissionais, era identificado com as lavanderias, tinturarias e pro­ dutos agrícolas. Desse tripé inicial, o que você acha que permanece e o que foi ampliado? A grande diferença é que os japoneses, de pequenos agricultores, passaram a ser donos de fazendas. Com relação à prestação de serviços, onde se incluem a tinturaria, a lavanderia, a primeira fase da imigração que é sempre mais difícil, acabou sendo marca­ da por profissões que exigem menos diálo­ go. Mas, esse estágio está completamente ultrapassado. Em relação ao cinturão verde paulistano e à área de floricultura, ainda se

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encontram monopolizados pelos japoneses. Mas, não é mais uma agricultura para sub­ sistência e voltada para a colônia japonesa, como era a soja e o arroz. O japonês não está mais preocupado em suprir a própria colônia com comida. Está preocupado em exportar. São fatores que desvinculam o per­ fil do agricultor atual daquele inicial, que era mão-de-obra barata que substituía os escravos. No caso da agricultura, técnicas foram trazidas pelos japoneses e totalmente adaptadas ao Brasil. Eu realmente não entendo muito de agricultura, mas tem um caso que é engra­ çado. O diretor dos filmes Império dos Sentidos e Império da Paixão, Nagi sa Oshima, é casado com uma atriz japonesa, que é filha de um capitão de uma compa­ nhia de imigração japonesa. Este capitão trouxe uma leva de imigrantes para o Pará, por volta do pós-guerra, década de 50. Em uma passagem pelo antigo Ceilão, pegoü sementes de pimenta do reino e deixou no bolso. Vieram todos para o Pará e se fixa­ ram em uma cidade distante de Belém. O capitão deu de presente essas sementes para a colônia e foi assim que nasceu a pimenta do reino do Pará, uma das mais importantes produções mundiais. Claro, isso se deu ao acaso, mas há várias técnicas trazidas pelos japoneses e uma delas foi a miscigenação de frutas, como a laranja ponkã, fruto da mistura da laranja brasilei­ ra com a japonesa. No caso da política, os japoneses sem­ pre têm deputados e vereadores em São Paulo, mas no Executivo isso raramente acontece. O que faz com que o japonês fique só na questão par­ lamentar? Eu acho que isso está mudando um pouco. Hoje a gente vê alguns prefeitos, como o de Curitiba. Mas, no caso específico de São Paulo, o máximo que se chegou foi a secretário de cultura. A Fundação Japão desenvolve vários trabalhos conjuntos com o Sesc. Como são organizados esses traba­ lhos? Não existe uma programação tão preli­ minar. Na verdade, eu acho que nós estamos aprendendo muito com o Sesc no nível de processo de desenvolvimento de trabalho. A gente vê um ânimo, um dinamismo, um interesse muito grande de todas as equipes e

unidades. Em todos os eventos nós tivemos resultados impressionantes. De certa forma, isso nos motiva a continuar nos envolvendo em projetos com o Sesc, porque temos a garantia da qualidade do trabalho. Isto mos­ tra um grande profissionalismo. O perfil de profissionais culturais está sendo, pratica­ mente, formatado pelos funcionários do Sesc. E a gente tem visto também uma preo­ cupação muito grande da entidade em des­ cobrir o potencial de grandes eventos que são curados por pessoas que não são do Sesc, mas incorporados pela qualidade que têm. Esta sensibilidade e sintonia com o tempo que o Sesc vem mostrando é uma grande lição para nós. Eu queria lembrar que, no caso das artes plásticas brasileiras, há uma participação e influência muito gran­ de dos japoneses. Dois grandes nomes, hoje, são de Tomie Ohtake e Flávio Shiró. Como você vê essa entrada dos japoneses em uma área que os brasileiros prezam tanto? A adequação de algumas tendências japonesas, como a caligrafia tradicional, que é extremamente abstrata, talvez tenha sido incorporada no grafismo de alguns pintores. Provavelmente esse seja o único elemento de ligação com as tradições japonesas. Mas, a partir daí, todas as manifestações foram desenvolvidas com a grandeza e generosida­ de que o Brasil, enquanto cultura, permitiu. Quando eu vejo telas enormes da Tomie, com toda a liberdade de expressão, noto que não é uma pintura que deveria ser gerada no Japão. Acho que a dimensão continental e amplitude da cultura motivaram os japone­ ses a expressarem essa grande alegria de conquista. ■

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SERE O Há os saudosista que suspiram antigas noites paulistanas. entre as disco barulhentas bafes apertadosainda eAcontram-se músicos espe• executando apreciados inteiro. São que fogem grandes palcos da fama exage para entreter público aficion tocando músic de qualidade Janeiro 97


a música brasileira, nenhuma mulher foi tão decantada como Conceição. No incon__________fundível timbre de Cauby Peixoto, a música dos anos 50 desenca­ deou paixões irresistíveis e amoleceu outras tantas almas empedernidas. Romântico, aguçava com volúpia o gogó antes de proferir o afinado e interminável ‘a,o,til’. “Conceição” foi o carro-chefe da carreira de Cauby, que completou 45 anos de palcos e suspiros, em 1995. Atravessando as décadas, esnobou Frank Sinatra -“interpreto New York melhor do que ele” -, atemporal, continua no gosto dos saudosistas inspirando, ainda hoje, os cantores mais românticos. Cauby faz parte de uma geração pré-bossa-nova. Uma época remota, empoeirada entre as extintas válvulas dos aparelhos de rádio e os estribilhos carnavalescos atuantes nos bailes atuais. As suntuosas orquestras inundavam os corações dos ouvintes da carioca Rádio Nacional e da extinta Rádio Tupi de S. Paulo. As festas bailes e as boates eram sinônimo de música boa e bem executada. No repertório revezavamse pérolas de Orlando Silva, Francisco Alves, Carmen Miranda e Cyro Monteiro, além dos sucessos das big bands america­ nas e os fox-trotes. Naquele tempo, o piano harmonizava com o pistão, que, por sua vez, marcava com precisão os passos do violino. A noite glamourosa resplandecia elegância enquanto uma fragrância de fastígio abri­ lhantava os summers e os cetins, aboletavando os comportados (e verdadeiros) socialaites. A noite refletia o esplendor. Na m adrugada de S. Paulo, melódica e garoenta, retumbavam os melhores acor­ des do país. Tão logo o sol se punha, uma imensa sinfonia, esbanjando entrosamento entre voz e som, despertava a grande festa da cidade. As boates e bares infesta­ vam a região da Av. S. João - a Broadway paulistana -, a mais pródiga na vida notur­ na e também a mais sofisticada. Era uma abundância. Havia espaço para centenas de músicos se apresentarem ao mesmo tempo e o público, esfuziado, escapava pelo ladrão. Inúmeras casas recebiam os artistas que se revezavam noite adentro. Uma intensa maratona se estendia das 9h da noite às 4h da madrugada, quando a polícia, impreterivelmente, mandava in­ terromper a seresta. Quase meio século se passou desde

Fotos : Nicola Labate

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A o s 77 anos, M oacir re siste ao tem po facim a), enquanto Jane do Bandolim revive os choros de a n tigam en te que “Conceição” estourou nas paradas. Os anos impiedosos, além de envelher a can­ ção, tiraram o verniz que fazia da noite da cidade um lugar para se ouvir boa música. Hoje, são as discotecas e os bares aperta­ dos que atraem a atenção dos notívagos. Felizm ente, o caos não é total. Garimpando com cuidado as ruas de S. Paulo, ainda é possível deliciar-se com a performance de artistas, interessados ape­ nas em cultivar acordes de primeira.

Os Peixotos se Encontram Com o pai músico e funcionário público, todos os seis irmãos Peixotos

enveredaram pelas notas musicais. Cauby, o mais festejado, foi apresentado ao público graças ao talento do primogê­ nito, o pianista Moacir. Aos 77 anos, ele resiste: é um dos últimos redutos dos bons tempos escondidos pela alquebrada noite paulistana. Vestido com temo impecável, inclusi­ ve no vinco e colarinho, apresenta, com muita alegria, as experiências acumuladas em 60 anos de noite. Moacir, no entanto, anda amargurado. Não se conforma com os hits atuais. “A música morreu na bossanova”, exagera. “Na música de hoje não há mais lugar para o piano. Só se vê can­ tor e violeiro.” Velho de guerra nos assuntos sonoros, conheceu todas as casas noturnas do Rio e de S. Paulo. Em 46, ainda morando perto do mar, veio a S. Paulo inaugurar a Boate Oásis, a mais estonteante da paulicéia. De lá para cá, viveu uma frenética ponte aérea, sempre se apresentando nos melho­ res lugares. Hoje, Moacir é um lutador, está hermeticamente vedado às transfor­ mações da música. Revoltado, esperneia contra todas as novas tendências amplifi­ cadas pelo rádio e TV. “Eu perco dinhei­ ro, é verdade, mas me recuso a acompa­ nhar cantores ou fazer arranjo para pago­ deiro e quêtais. A música acabou”, afirma, irresignado. “Hoje, o rapaz toca teclado. Faz o som do piano, do violino, da bateria e do baixo. Graças a Deus, eu nunca encostei o dedo em um desses. Tenho hor­ ror. Em toda minha vida só toquei piano acústico.” Moacir aprendeu a tocar “de ouvido”

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e ficou íntimo das teclas através das ses­ sions jazzísticas apreciadas na casa dos Guinle (tradicional e multim ilionária família carioca), que abriram as portas, a vitrola e a adega ao jovem pianista em iní­ cio de carreira. A paixão de Moacir pelo malte escocês data da mesma época. “Quando eles não estavam em casa, o mordomo tinha ordens expressas para me deixar entrar e me servir uísque.” O dia de Moacir começa à noite. Apesar de já ter atravessado (e intato) a idade da razão, o mais velho dos Peixoto afirma que não suportaria outro estilo de vida. “Levo vida de vampiro. Acordo às nove da manhã, faço minhas coisinhas e tiro uma soneca depois do almoço. Mas depois das seis da tarde, sai de baixo”, explica, entusiasmado. Injuriado com o Regime M ilitar, Moacir decidiu sair do Brasil. Durante oito anos desfilou seus magros dedos por pianos estrangeiros. “Com apenas cem dólares no bolso, desembarquei em pleno Harlem. Conhecia uns três músi­ cos e comecei a fazer shows. Depois fui para o México.” O exílio do pianista não esteve diretamente relacionado com discordâncias políticas. Apenas a agitação exagerada e a monotonia da incipiente bossa- nova desiludiram Moacir. Os oito anos entre os gringos deram a ele uma condição financeira folgada, que lhe permite trabalhar apenas em um restau­ rante e, eventualmente, apresentar-se em ocasiões especiais. “Olha, ganhava muito mais dinheiro, mas também havia muitas opções. Agora me seguro com que eu economizei.” No mais, Moacir só espera “tocar até não aguentar mais”.

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Silvia Galant, dona do Café Piu Piu, reclam a da n oite paulis­ tana (acim a); Edsel revive a MPB esqu ecida pela mídia Qual o segredo da longevidade? Um olhar agradecido para o velho compa­ nheiro denuncia o amor retribuído: “O piano é minha vida e meu ganha-pão. Eu adoro o que faço e se pudesse começaria tudo de novo.” Companheiro de Moacir no SP Grill, Arakem Peixoto tem uma personalidade menos arredia. Aceita de bom grado a nova música e recorda emocionado os velhos tempos. Dono de um poderoso trompete, Arakem era figurinha carimbada na bossa. Mesmo com pouco dinheiro “bebia e jogava muito, sabe?” - atribui à música os galanteios recebidos da vida. “Não posso reclamar”, conta. “Hoje estou . na história da bossa-nova. Tenho uma foto no Chega de Saudade (Arakem está em uma foto de 1955 com Johnny Alf, na página 300 do livro Chega de Saudade, de Ruy Castro), tenho um currículo muito grande, acompanhei vários cantores de sucesso e gravei quatro CDs.” A identifi­ cação do trompetista com a lua e as estre­ las é tão estreita, que em 1986 gravou um disco de nome sugestivo: Arakem Peixoto - Um Pistão Dentro da Noite. O início de Arakem na música foi, no mínimo, diferente. Aos 18 anos, foi con­ vocado a servir exército e, como arranha­ va alguns acordes no pistão, pediu ao cor­ neteiro que emprestasse a partitura dos hinos. O recruta Peixoto saiu-se tão bem na função, que o sargento convidou-o para fazer parte da banda do exército. Foi bar­

bada: em vez de pegar em fuzil, tocava pistão. “Os músicos entravam mais tarde que o efetivo normal e nos fins de semana íamos animar bailes nos clubes”, divertese o corneteiro. Depois da frutífera expe­ riência com a farda, além de mostrar sua força pulmonar para todo o país, ilustran­ do a performance artística de renome, como Johnny Alf e Vinícius de Moraes “dormia com copo na mão sem derramar o uísque” -, Arakem se tomou conhecido pelas confusões que aprontava. “Na baiúca do Largo do Arouche, uma vez, de tanto beber, quebrei um vitral com uma cabeçada. O personagem Arakem, o Show Man (personagem da Rede Globo que pro­ moveu a Copa do Mundo de 86), foi baseado em mim, até meu pistão foi o Boni quem deu”, conta, orgulhoso. Apesar de haver excomungado o copo há seis anos, Arakem se diz “um duro”. O que lhe sobrou dos anos dedicados à músi­ ca foram 16 terrenos espalhados pelo esta­ do. O investimento salvador foi conselho de Moreira da Silva. “O Moringueira me dizia: ‘Arakem, compra terreno’. Graças a Deus segui os conselhos”, relembra a ale­ gria da noite. A caturrice de Moacir não é despropo­ sitada. Sem relevar os exageros, a música tocada nos bares e restaurantes não faz frente à de outros tempos. Os grandes artistas de outrora não contavam com o impulso da mídia e a televisão só engati­ nhava. Desconhecia-se os megashows e

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B vender discos era um sufoco. Assim, os bares, restaurantes e casas noturnas se travestiam de palco para ecoar a inflamada voz dos cantores e a acústica das orques­ tras. Atualmente, conta-se nos dedos os espaços destinados à boa música. O está­ gio inicial para os principiantes, fora do show business, é apenas um trampolim para a fama desejada. São poucos artistas que, por vontade própria e interesse na relação íntima com o público, fazem da noite um lugar para ouvir boa música.

Chorando com Estilo Jane Silvana Corilov Barros, campi­ neira como Carlos Gomes, apesar do sobrenome cossaco, atende por uma alcu­ nha bem brasileira. Seu prenome vem engatado ao instrumento que a acompa­ nha desde 1980: o bandolim. Jane é uma artista da noite, toca por amor e por necessidade. “Comecei cedo, sempre tocando bandolim. A música alimenta meu espírito.” Um choro de Jacob do Bandolim incendiou o dom da moça, que aprendeu os mistérios da música com o pai, maestro de coral, nos recitais pelo interior. “O chorinho é minha praia. Minha tarefa é difundir o ritmo para as pessoas”, prega com convicção. Além das apresentações noturnas, Jane completa o orçamento dando aulas e fazendo a mesa de som para outros artis­ tas. Como trabalha muito, amealha uma renda mensal em torno de três mil reais. “Para ganhar o que eu ganho, é preciso ralar muito. Mas há meses que não dá nada. Depende muito dos extras”, explica. Jane toca semanalmente no Vou Vivendo, às sextas e aos sábados. Nos dias que sobram, grava jingles publicitários, acom­ panha alguns artistas e até faz serão em festas de debutantes. Sua predileção, porém, repousa nas apresentações do grupo Jane do Bandolim e o Miado do Gato, quando a artista destila a velocidade manual nas cordas do instrumento. “O chorinho é um estilo elitizado, que as pes­ soas não conhecem, mas eu sinto um resultado positivo no meu trabalho. O retomo é lento e por isso não vou desistir. Meu maior termômetro é o público e garanto: não importa o lugar onde eu toco, as pessoas adoram.” O som frenético cho­ rado pelas oitavas do instrumento ajuda a confirmar a lenda que jura: quando Jane o empunha, o bandolim se transforma em braço e o braço, em bandolim.

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Arlindo Coppi toca no tradi­ cionalíssim o Bar Brahma. Há 2 0 anos anima o h appy hour do paulistano O talento e a faina de Jane garantemlhe um padrão de vida moderado. Tocando um estilo elitizado, desprezado pela mídia, a artista é obrigada a se virar com seu público pequeno, mas cativo. A chance de sucesso esmagador só apanha aqueles que tocam o que as rádios e a TV querem espa­ lhar. O grande público, massificado, fica à mercê de trabalhos, muitas vezes, de qua­ lidade duvidosa e, por mais que se revire o dial, raramente foge-se do lugar-comum. Edsel Jorge Magalhães Aguiar tem 33 anos e vive o mesmo dilema de Jane, mas ao contrário da bandolinista, demorou a digerir a carência de sucesso. “Canto pro­ fissionalmente desde os cinco anos, mas comecei pra valer aos 18”, conta. “No começo, esperava alcançar muita fama e como era jovem achava que era só botar a cara para bater, que seria descoberto e apresentado a alguma gravadora. Mas meu tempo já passou”, diz, resignado. A fama meteórica não veio, mas o cantor de MPB é aclamado na noite paulistana. “Nasci biologicamente adaptado à noite. Durante a luz do dia eu funciono muito mal.” Assim como o Diabo tentou Jesus no deserto, a noite apresentou Edsel a algu­ mas ofertas sedutoras que poderiam tê-lo guinado a uma carreira apoteótica, mas a fidelidade a princípios morais e artísticos forçaram-no a dispensar as capciosas pro­ postas. “Logo que eu comecei, veio um senhor e me ofereceu sucesso com a con­

dição de que eu fosse morar com ele; depois foi um empresário que me prome­ teu um disco se eu cantasse o gênero do Amado Batista para disputar o mercado com o Gilliard e agora, recentemente, me convidaram para fazer parte de uma dupla caipira. Isto tudo me chateou um pouco.” Mais maduro, sente orgulho de haver declinado as ofertas indecorosas e apenas lamenta a falta de educação musical. “Aprendi a cantar sozinho e não tive mui­ tas opções fora da música. Salvo uma car­ reira promissora em um banco, em que cheguei a gerente, sempre trabalhei à noite. Mas infelizmente nunca tive como estudar canto, talvez por isso minha car­ reira não foi alavancada.” Os agudos de Edsel rumaram para o Japão e os EUA, onde o cantor cumpriu uma temporada se apresentando nos Hotéis Holliday In. Entre 88 e 89 passou a ganhar em dólares e graças à excursão bem-sucedida, teceu um aconchegante pé-de-meia. “Voltei com 130 mil dólares e com esse dinheiro fiz alguns investimentos que me susten­ tam até hoje.” O repertório do cantor reverencia a MPB esquecida pela mídia. A voz segura lapidada pela prática constante, arregi­ menta um público fiel. Esta presença entu­ siasma Edsel, que já superou a frustração de ter assistido ‘à chance da vida’ esvane­ cer. O investimento no sucesso estrondo­ so, tônica da juventude, foi substituído pelo respeito àqueles que apreciam sua voz e pela certeza de que não se deixou corromper pelas armadilhas da fama.

S.O.S. Noite Uma constatação é inegável: a noite não paga bem. Na maioria dos bares da Vila Madalena, os músicos recebem cerca de 35 reais por cada ‘entrada’ de, aproxi­ madamente, uma hora. Um artista ‘entra’ em média três vezes a cada noite e muitas vezes precisa pular de bar em bar para garantir o pão do dia seguinte. Uma com­ paração entre a noite de hoje e há de 50 anos é covardia. Todos os sobreviventes da Broadway paulistana e das finas areias cariocas fecham a cara para a realidade atual. Porém, mesmo uma viagem por dez anos atrás, revela diferenças brutais. Em 1983 foi inaugurado o Café Piu Piu no, então, boêmio Bixiga. Há 13 anos, o bairro ainda possuía os encantos de meados do século, quando a língua oficial falada na rua Treze de Maio era o italiano

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com forte sotaque brasileiro. Dos má que e dos figlio mio que ressoavam na vizi­ nhança, resistem apenas as cantinas e pizzarias, mas a decadência visual e a fre­ quência perigosa de cinco anos para cá, que assaltou o bairro, calou a Bela Vista. “O Piu Piu é um espaço aberto para quem quiser m ostrar o seu trabalho. Durante 13 anos recebo os melhores nomes da noite paulistana”, conta Silvia Galant, proprietária do bar. “Além de difundir todos os estilos, aqui tínhamos um espaço para lançamentos de livros, exposições de artistas plásticos e políti­ cos. Hoje está quase morto.” O Café Piu Piu foi símbolo do bairro, pagava-se melhor aos músicos e sua lotação de 300 pessoas era facilmente tomada. “Abrir o bar se tomou um ato de heroísmo. O Café, que era um ponto de encontro, está com dificuldades. Hoje, os jovens só querem ouvir rock. A música, mesmo se for boa, não tem público”, reclama.

Como Antigamente Na Av. S. João, quase esquina com Ipiranga, transpirando tradição, reside o Bar Brahma, um desse redutos da velha guarda, onde um fatigado paulistano pode descansar do expediente igualzinho o pai e o avô costumavam fazer. Ali, o Brahma

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O piano dá o tom : Laércio de Freitas e Evaldo S oares fazem m iséria com o n obre in stru m en to impera, há 48 anos, entretendo os cidadãos e, como representante legítimo do passado, presenteia os clientes com música de alta qualidade. ‘Seo’ Arlindo Coppi acaricia o piano do bar desde 1976 e da experiência dos seus 78 anos conhece cada milímetro da boêmia da cidade. Irmão de músicos tradicionais de S. Paulo, iniciou-se na noite aos 18, mas hoje, reclama (ainda mais que Moacir Peixoto), da “bandalheira que fizeram com a música”. ‘Seo’ Arlindo nasceu no Brás, pertinho do Bixiga, e cresceu no meio de músicos. “Aqui nessas redondezas trabalhavam mais de cem músicos, hoje só há cinco. A música dos anos 60 para cá é guitarra, baixo e bateria. Antes era preciso estudar: eu, por exemplo, chegava em um bar sem nunca ter visto os outros músicos e me davam uma partitura, eu era obrigado a tocar.” O pianista rodou por bares, gafiei­ ras, boates, inferninhos, cassinos e caba­ rés. Viajou para o México, Uruguai e Argentina. Fez arranjos e dirigiu orques­ tras. Acompanhou Orlando Silva, Francisco Alves e Sílvio Caldas. Chegou até a compor sambas e chorinhos. Mas, modesto, não se considera um músico

completo. “Infelizmente, não pude estudar a teoria. Tive que pegar no batente logo cedo. Mas, sem dúvida, toco melhor que os Beatles.” ‘Seo’ Arlindo acha que a der­ rocada da boa música veio com a banda inglesa e recebeu extrema-unção nos festi­ vais da Record. “É gente se amontoando e se batendo. A violência vem da música moderna e da televisão. Fizeram lavagem cerebral no povo.” Além dos empregos noturnos - “às vezes começava às 18h e ia até as 7h da manhã” -, maioria na vasta carreira, traba­ lhou em rádio e TV, animando, com sun­ tuosas orquestras, os programas ao vivo. “Era mensalista da TV Tupi, ganhava bem. Somado aos ganhos da noite, vivia confortavelmente. Hoje, só trabalho aqui no Brahma. Preciso disso para viver, pois o governo paga a fortuna de 460 reais de aposentadoria”, protesta. O piano de ‘Seo’ Arlindo é eclético: toca qualquer música, até baladas japonesas. O repertório, porém, permanece intato aos anseios dos novos tempos e obedece ao criterioso gosto do pianista. A seus pés, o instrumen­ to se apequena, tímido pelas mãos que o manuseiam, mas canta agradecido quando é chamado de divino pelo mestre Arlindo. Tão mestre quanto Arlindo, campinei­ ro igual Jane (e Carlos Gomes) e pianista como Moacir, apresenta-se pelos bares de

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Magrão e Marina se conheceram através da m úsica há s e te anos fesq.). Na página s eg u in te, um dos bares onde ainda é p o ssível se ouvir boa m úsica

S. Paulo um dos mais carismáticos personagens cultuados pela noite. Além dos títu­ los comungados com os colegas, Laércio de Freitas impõe um adicional: o de maes­ tro. A voz adocicada transparece a incons­ ciente genialidade da sua vibrante mão esquerda. Profissionais do ramo juram de pés juntos que, quando os dedos cor de ébano encontram as teclas do piano, todos os instrumentos de uma orquestra se exi­ bem de uma vez só. Mágica? Pode ser, mas o feiticeiro se esquiva e relega ao estudo e à dedicação o resultado espanto­ so produzido pelas mãos. O maestro adora tocar à noite. Quando arrebol enfim dá as caras, arregaça as mangas e brinda seu público com arranjos desconcertantes de óperas, MPB, Beatles e standards americanos. “Eu procuro fazer com que a música que eu toco no bar seja coerente com o meu propósito enquanto pianista. Costuma-se se dizer que à noite, as pessoas não são sérias. Mas elas são sim, só que não impunham armas”, ensi­ na. “As pessoas que frequentam a noite, têm em casa a música que gostam e a bebida que gostam. Se elas vêm ao bar, têm que ser bem-tratadas e respeitadas. É o caso da boa música.” A epopéia de Laércio não foge à da maioria dos artistas. Começou na música muito cedo e dela, também em idade verde, passou a retirar o sustento. “Com oito anos já trabalhava na TV Tupi, tocan­ do piano no primeiro programa infantil da televisão brasileira, a Gurilândia.” Formado em piano (é claro) em 57, passou

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a escre­ ver arranjos para Clara Nunes, Elza Soares, Arthur M oreira Lima e até para Orquestra Sinfônica do Estado de S. Paulo. Nessa arte é considerado um dos melhores do país. Os atributos impressionantes do exce­ lente músico não o atraíram para o suces­ so com o grande público. “Eu estou mais interessado com meus resultados, procu­ rando me aprimorar sempre. Não vou me violentar, nem desgostar do que eu tenha feito. Meu negócio é tocar piano e escre­ ver arranjos. E talvez esse trabalho tenha sua importância”, resume com humildade. O arranjo, como define o maestro, segue o mesmo princípio de vestir uma mulher. “Você deve escolher a roupa certa para a mulher certa. Deve deixar a música à von­ tade”, ensina. “Assim contribuo para ins­ trumentistas e solistas se sentirem bem.” Além do ofício de alfaiate sonoro, Laércio espalhou sua toada pela Europa e México, formou grupos e gravou discos. Mas o contato tete-à-tete com o público ele encontra depois do pôr-do-sol. “Lidar com os espectadores é um exercício per­ manente de atenção, da aptidão e das vir­ tudes. O público é uma coisa fiel: sempre volta se gosta da música.” Hoje, demons­ tra sua vigorosa arte no Bar Pimenta, onde se sente à vontade para tricotar preciosida­ des. Apesar do cotidiano intenso, rara-

mente moureja. “Eu não trabalho”, assu­ me. “Vejo isso como tarefa. Toco piano e vivo de música. Esta é minha parte. Eu estudo e evoluo a cada dia.” É a pura ver­ dade. 0 homem, de tanta intimidade com o piano, descobriu que o movimento do martelo que faz vibrar a corda e produzir o som é inspirado no dedo indicador. Também no piano, o jazzista Evaldo Soares corre pela noite paulistana eterni­ zando o suingue de Oscar Peterson. Nascido em Santos, começou a tocar aos sete anos. Quatro anos depois, um solo de Errol Gamer despertou a paixão pelo esti­ lo de New Orleans. Atuando na noite desde os 17, sempre difundiu seu estilo “jazzisticamente orientado”. Refere-se à música atual com um certo desdém e atualmente só se apresenta nas casas em que lhe oferecem condições para tocar aquilo que gosta. “A noite é onde rola a música”, diz. “Eu me imponho. Não faço muitas con­ cessões.” Evaldo toca com vários parcei­ ros, sempre mantendo o mesmo padrão de qualidade. Mesmo fora dos bares especia­ lizados, onde as pessoas vão sabendo o que irão ouvir, o público aprecia seu tra­ balho. “Eu preciso sentir a interação. Se houver apenas uma pessoa me escutando, vou dar o máximo de mim para satisfazêla”, explica. Para ambientar o jazz entre os desabituados com os acordes bastante ela­ borados, o pianista apresenta um repertó­ rio bem eclético, que inclui música brasi­ leira, standards e até arranjos de Piazzola. “Toco a música que tem beleza. Não pre­ cisa ‘enfeiar’ o som para ser aceito pelo público. E existem cada vez menos luga­ res em que se pode fazer esse trabalho.” A música de Evaldo, vestida de acor­ do com o corte peculiar do jazz, leva mui­ tas pessoas aos bares e shoppings, onde, durante os happy hours, ele dedilha seu instrumento. Financeiramente, o esforço é intenso, mas o pagamento... Resignado, o pianista evoca o mestre Radamés que, já há muito tempo profetizava: “O homem que se dedica à boa música, nada ganha.” Evaldo, ciente do seu agradável defeito, completa, “não adianta desistir, eu não sei fazer outra coisa e nem quero fazer outra coisa.” À noite, Evaldo seduz. Lapida e

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aguça seu enorme talento. A constante evolução é vital para o músico obstinado agradar sempre.

Unidos pela Música Os artistas nascem assim. Dotados de ritmo no sangue, os si bemóis, as col­ cheias e as oitavas, ainda no líquido amniótico, embalam o sonho do feto. Quando o rebento vem ao mundo, antes mesmo do choro prim ordial, assovia “Atirei o Pau no Gato” e batuca nas pane­ las da mãe desesperada. O talento inato pode demorar a desabrochar, mas mesmo renegado de início, fica lá, cutucando sem piedade o ego do enrustido. O enredo do casal Ronaldo Bellotti, o M agrão e Marina Piedra Guanaes, seguiu ipsis-literis essa sina. O ex-professor de Educação Física, ex-técnico de basquete e a ex-psicóloga atenderam há sete anos o chamado renitente do tino musical. “Música pra mim vem desde os dez anos, quando eu batucava na carteira para a professora não dar aula” , explica Magrão. “Meu pai era tenor do Coral Paulistano e minha mãe cantava no tan­ que. Mas eu fui técnico de basquete 15 anos, antes de começar a tocar profissio­

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nalmente.” O ex-técnico desenvolveu a música dentro da profissão. Percebeu que quicar a bola na quadra tinha muito de musical e, assim, desenvolveu uma teoria rítmica a partir dos movimentos do bas­ quete. Ao assumir o lado artístico, as opor­ tunidades surgiram. “Eu comecei na noite, fazendo trabalhos sem ganhar nada. Foi assim que eu conheci a Marina.” M arina começou junto com Magrão. Na verdade, foi convencida a acompa­ nhá-lo com a voz e o piano. “Estudei um pouco de piano quando era jovem e minha voz todo mundo elogiava.” Com algumas noções esparsas de técnica de canto, aventurou-se a abandonar a carrei­ ra de Psicologia para ingressar no miste­ rioso cenário da noite. “Larguei tudo m esmo”, desabafa. “Hoje me sinto bem melhor, minha voz evoluiu e estou mais segura no palco.” Magrão debutou na Vila Madalena, na casa onde hoje é a Cachaçaria Paulista. “Tocava aos domingos, sem microfone, sem nada. Era só eu e o surdo. As pessoas iam lá para me ver cantar.” Seu estilo, muito peculiar, mescla percussão e voz, aliás muito parecida com Caetano Veloso. O efeito é realmente incrível. Fiel à MPB, o casal depois do nasci­

mento da filha Elis (dispensa comentá­ rios), arrefeceu a vida noturna. O orça­ mento apertado (cerca de 1500 reais) vem das apresentações nos shoppings e shows aqui e ali. Hoje asseguram que estão bem melhor do que quando levavam uma vida convencional. “Nós não abrimos mão do nosso tempo livre”, garantem em unísso­ no. Magrão, como bom professor, empre­ ga uma imensa carga educativa no seu tra­ balho. As aulas, ministradas nos bares, à base de tambor e de gogó, difundem a boa música brasileira. “Canto as músicas que passam mensagens positivas para o públi­ co. Eu espalho cultura. Como educador eu fico repetindo os ensinamentos dos nossos mestres, através da música.” O verdadeiro Paulo Freire da MPB. O tempo passa e os costumes cadu­ cam. Esta é a verdade absoluta. Menos para a música, que, graciosa, ainda desfi­ la incólume pelas alamedas da cidade, procurando seu espaço, perseguindo os paulistanos. Os sons se renovam e os gostos, também. Mas o artista não desis­ te. Mesmo coberto por uma colcha de barulhos, assopra mais forte, toca mais alto. E, não importa o que aconteça, sem­ pre encontra as pessoas, onde quer que elas se escondam. ■

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V ID A O Torneio Tênis Femini S esc 50 A ocorrido de 23 a 30 de novembro, reuniu 122 jogadoras de 25 países que apresentaram um esp etácu lo de alto nível técn ico 18

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D E ATT

m movimento harmonioso e sin­ cronizado, os espectadores, sem se distrair, balançam as cabeças para perseguir a bolinha rápida que risca o ar pelo impulso certeiro das raquetes. O Torneio de Tênis Feminino Sesc 50 Anos, ocorrido de 23 a 30 de novem ­ bro, no Sesc Itaquera, reuniu 122 jogado­ ras de 25 países. O evento faz parte do Circuito Internacional Feminino e apre­ senta uma grande oportunidade para jogadoras que estão começando no ran­ king profissional, ou às veteranas que estão parando de jogar. Esta dualidade garante um bom nível técnico, pois reúne a garra e a vontade de ganhar das princi­ piantes com a experiência das jogadoras mais velhas. Isto também o faz tão char­ moso. Conhecido por “torneio dos dez

mil dólares” (valor da premiação), o evento funciona como alavanca para cir­ cuitos maiores. Já na sua terceira edição, o torneio está muito mais forte do que nos anos anteriores. A cabeça número um, por exemplo, é a 179a colocada no ranking mundial. Isto é muito bom para um “tor­ neio de dez mil dólares” , pois normal­ mente elas ficam entre a 479a e a 500a colocação. Para M aria Luiza Souza Dias, gerente do TeniSesc e diretora do torneio, existem dois fatores para esse fenômeno: “Este ano, temos no Brasil um circuito muito bom, contamos com oito etapas de dez mil dólares. Isso traz gente do mundo inteiro para cá, pois sabem que vão chegar aqui em outubro e ficar até dezembro jogando. Outra ques-

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ETA tão é que essas jogadoras ainda são m uito novas e gostam de viajar pelo m undo para conhecer um pouco de cada país, sua cultura e tudo m ais.” Desse torneio participaram jogadoras da Polônia, do Japão, da Rússia e até da Croácia

Por dentro do torneio A chave de simples do torneio é de 32 jogadoras. Vinte e seis foram seleciona­ das em função de suas pontuações. Depois ocorreu um pré-tomeio entre 64 jogadoras para saírem quatro e duas foram especialmente convidadas pelo Sesc e pela Confederação Brasileira de Tênis. Nas duplas o procedimento foi igual, porém a chave principal compu-

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Partidas do Torneio: a brasileira Luciana Telia (à esq.) e Mirian D'Agostini

nha-se de 16 duplas. Cada torneio tem um nível de pontuação. Quando uma pessoa começa a jogar, ela precisa participar de um pré-tomeio. No momento em que adquirir uma boa classificação, passa a fazer parte da chave principal e começa a ganhar pontos. Quando você passa a pri­ meira rodada ganha mais pontos, a segun­ da, mais e assim por diante, até a final. No próximo ano, você tem de ganhar ou m an­ ter sua pontuação. Neste torneio, havia quatro juizes de cadeira e um árbitro geral que organizou toda a parte adm inistrativa e técnica. Cabe ao árbitro geral program ar dia a dia os jogos, cuidar da acomodação, do transporte e do bem -estar das jogadoras. Ele ainda confere as m edidas, se são regulares ou não e fiscaliza se as propa­

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gandas dentro das quadras têm a colora­ ção certa. Atrás das jogadoras não pode haver placas de cor am arela ou branca, pois se confundem com a bolinha e com a saia das jogadoras, atrapalhando o Os juizes de cadeira ficaram circulan­ do pelas quadras e entravam em cena só quando houvesse algum problem a. Coube às jogadoras a contagem de pon­ tos. A partir da semifinal, entraram o juiz de cadeira e o juiz de linha. Segundo Ricardo Leite Rodrigues, árbitro geral do torneio, a organização do evento foi impecável. “A equipe do Sesc está de parabéns pela organização do evento. Elas deram suporte para que tudo corres­ se bem. As atletas puderam ficar tranqui­ las durante os jogos.”

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Dentro das quadras Num jogo de tênis, o comportamento, tanto dos jogadores quanto do público, deve ser impecável. O árbitro pode sub­ trair pontos e até retirar da quadra um atle­ ta por mau comportamento. Se há na tor­ cida uma pessoa atrapalhando a partida, deve ser retirada do local para que o jogo transcorra da melhor maneira possível. Segundo Maria Luiza Souza Dias, duran­ te um jogo de tênis pode e deve haver tor­ cida, mas ela tem de se comportar de acor­ do com a regulamentação. Por exemplo, durante a troca de bolas pede-se que a tor­ cida não se manifeste. Ela só deve reagir quando acabar o ponto. “As bolas são muito rápidas, então, para as pessoas acompanharem o jogo, necessitam ouvir o som da bola”, explica a diretora. Haja vista a atuação de Thomas Muster durante a Copa Davis realizada no Brasil, no final de setembro último. O jogador aus­ tríaco, que figura em 3a lugar no ranking mundial, reclamou da atitude da torcida e se retirou dizendo que não se sentia seguro dentro da quadra. Tanto o árbitro geral, quanto o árbitro de cadeira, não detectaram nenhum problema. A ITF (Federação Internacional de Tênis), por conta do rela-

Luciana Telia (à esq.); a dupla campeã Luciana Telia e Laura Montalvo contra a dupla japonesa Chie Kudo e Nami Urabi (abaixo)

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tório enviado pelo árbitro geral, multou o jogador em oito mil dólares e a Federação da Áustria em 70 mil dólares. Na sua origem, o jogo de tênis era praticado ao ar livre e, no lugar da raque­ te, usava-se as mãos dos jogadores. Um italiano, cansado de ter as mãos inchadas pelas boladas, criou a raquete. Aos pou­ cos, o esporte foi se privatizando e fechando-se em clubes de elite, com materiais caros. Atualmente, o esforço para reverter esse quadro é grande. O Sesc mantém um projeto de difusão e de popularização do tênis desde 1993. Levando o esporte para espaços públicos como praças, estacionamento de super­ mercados etc, realiza clínicas. Qualquer pessoa que esteja interessada, recebe uma indicação básica sobre as regras do jogo e o material necessário. “Nesse trabalho de difusão, atendemos, em um ano, quase dez mil pessoas” , diz M aria Luiza. Durante o torneio, para as pessoas que assistiam aos jogos, foram montadas clí­ nicas com aulas gratuitas de tênis.

s Mirian D'Agostini (18 anos)

Vanessa Menga (20 anos) Resultados As campeãs de simples foram a hún­ gara Katalin M arosi e a am ericana Keirsten Alley, vice-campeã. As duplas campeãs, Luciana Telia (Brasil) e Laura M ontalvo (Argentina). As vice-campeãs foram as brasileiras Mirian D ’Agostini e Andréa Vieira Arnold. ■

C om ecei a jogar tênis com cin co an os. Meu pai era treinador e m e en si­ nou. A os 14, participei d o m eu primeiro torneio. Eu treino, em m édia, cinco horas diárias; duas horas d e m anhã, m ais um a hora e m eia à tarde e, d ep ois, faço treinam ento físico. Eu treino num a a cad em ia d e tê n is co m o Danilo M arcelino e faço a preparação física na Forma. Durante o treinam ento eu pro­ curo dormir ced o, m e alimentar b em e faço um acom p an h am en to com um profissional da m edicina ortom olecular. Tive q u e parar d e estud ar porque a s v ia g en s tornaram -se freq u en tes, eu perdia m u itas provas e acab ava repe­ tin do d e ano. Com 14 a n os, resolvi m e profissionalizar, parei m e u s e s tu d o s e fui morar na Espanha, dentro d e um a a ca d em ia d e tê n is . Foi lá q u e eu g a n h e i m eu prim eiro T orneio de D uplas p rofissional. Minha última viagem foi para o M éxico. Lá, eu joguei o m eu m elhor tor­ neio. Fiz sem ifinal de duplas e sim p les. N os to r n e io s v o c ê acaba treinan d o m e n o s porque tem d e estar d escan sada para o s jogos. Eu ten h o um patrocínio da Cinco, uma em presa d e informática. A ajuda q u e es s a em presa m e dá, cobre m etade d os m eu s cu stos. O m eu pai m e ajuda com o resto.

Eu c o m e c e i a jogar co m s e t e a n o s e co m 15, participei d o s m e u s p rim ei­ ros to r n e io s p rofission ais. O s m e u s d o is irm ãos e m inha m ãe jogavam tê n is n o clu b e e eu acab ei ap ren d en d o a jogar co m e le s. Q uan d o m orei no Paraguai, e s tu ­ dei d e um m o d o esp ec ia l. Eu estu d ava sozin h a e s ó ia à e s c o la para fazer as p rovas. A ssim , d eu para levar até um certo p onto. Q uan d o p a sse i a viajar co m m ais freq u ên cia para to r n e io s no exterior, tiv e q u e deixar o s e s tu d o s para fren te. A gora e sto u en trand o d e férias, e s t e foi m eu ú ltim o tor n e io do an o. Em janeiro v o lto a treinar. Eu acord o e treino durante d u as h oras, d e p o is a lm o ço e d e s c a n s o . À ta r d e , tr e in o m a is d u a s h oras. Intercalo quadra e prep aração física. A tu alm en te e sto u m orand o em Miami. Ainda n ão defini q u em será m eu n ovo treinador. S ou patrocin ad a pela Rider e p elo jornal Z e r o H ora, d e Porto A legre. O patrocín io para o tê n is é m uito co m p lica d o p orq ue é um es p o r ­ te individual, en tã o a s em p r e s a s têm p o u c o in tere sse. A tu alm en te, e s tã o h av en d o m ais to r n e io s no Brasil, is s o é m uito e sti­ m u lante. Na m inha p ro fissã o é difícil n a m o ­ rar. Eu diria q u e eu te n h o um a vida d iferente. C om o eu viajo m u ito, acab o c o m p o u c o s a m ig o s. M as eu g o s to da vida q u e eu levo. S a in d o daqui, vou ter q u e d ecidir c o m o vai ser m eu ano. Terei q u e e s c o lh e r um n ovo treinador e marcar m e u s to r n e io s para o an o q u e v em .

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a i C iD A D Á o C o r p o Espetáculo de da exposição de fotos, lançamento de projeto que discutiu movimento, sob a ó e da autonomia coreógrafo e terapeuta cor­ poral Ivaldo B ertazzo, há vinte anos desenvolve, na Escola de Reeducação do M ovim ento, um trabalho ligado às m etodologias corporais com o objetivo de levar à individualidade e à valorização do corpo humano, como base para o exer­ cício da cidadania. No decorrer de suas pesquisas, encontrou no Sesc um par­ ceiro que possibilitou que seus proje­ tos, sempre contando com um número elevado de pessoas, pudessem ser reali­ zados e apresentados como com ple­ mento dos esforços da entidade em levar à comunidade atividades físicas conscientes. Em novembro passado, Bertazzo mostrou, no Sesc Pompéia,

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seu m ais recente trabalho: Cidadão Corpo. O projeto, que contou com aula aberta, espetáculo de dança, simpósio, exposição de fotos e o lançam ento do livro Cidadão C orpo: Identidade e Autonomia do M ovimento, publicação conjunta do Sesc e da editora Ópera Prima, é o resultado da trajetória do coreógrafo durante esses anos. A inten­ ção era esclarecer ao cidadão o que sig­ nifica e qual o espaço que ocupa o m ovi­ mento corporal e o gesto no seu dia-a-dia pois, segundo Ivaldo, “o gesto é a condi­ ção fundamental para que o ser humano crie identidade, consciência de quem ele é. Sem a possibilidade do movimento, seria m uito difícil veicular e transform ar em idéia concreta a sua pessoa” .

Estrutura Corporal O espetáculo de dança, que teve roteiro, coreografia e direção de Ivaldo B ertazzo, reuniu 50 cidadãos que desenvolveram m ovim entos gestuais e mostraram as diversas linguagens cor­ porais que coexistem no Brasil. No palco, bailarinos, capoeristas e não-profissionais se m isturaram , difundindo expressões como o maculelê, da Bahia, e o m aracatu, provando que, indepen­ dentem ente da aptidão natural para a dança, a psicom otricidade pode ser tra­ balhada e virar expressão através do gesto. Tam bém foram usadas estruturas da dança indiana pois, na opinião do terapeuta corporal, “m ostram que a lin­ guagem do m ovim ento é universal, desde que se retire dela o caráter regio­ nal que representa um a cultura e veja atrás daquilo o corpo hum ano”. Os dançarinos foram acom panha­ dos pelo pianista e regente, Nelson Ayres e mais nove instrum entistas que executaram um repertório de músicas b rasileiras, com o “ B achianas B ra­ sileiras nQ4” , de Villa-Lobos, na voz de Tiago Pinheiro; “O riente”, de Gilberto

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G il e “ Saudades do B rasil", de T om Jobim . “P ara m im , este trabalho é o m ais coerente com o B rasil. N a v erda­ de, viajei m uito para e studar e, hoje em dia, isso serviu p ara eu reconhecer o que nós tem os de fundam ental. É a p rim eira vez que eu faço um esp etácu ­ lo verd adeiram ente b rasileiro e espero m e m a n te r n e s ta ro ta p o r m uito tem p o ” , analisa Ivaldo. O sim p ó sio D iá lo g o E n tre as A re a s de E ducação do M ovim ento, H istó ria e A n tropologia reuniu perso ­ nalidades p ara d iscutir o corpo sob o aspecto histórico, a p artir do com eço d este século. A h istoriadora e pro fe s­ sora do d epartam ento de H istória da P U C /S P , D e n ise B e rn u z zi de S a n t’A nna, abordou as m anias c o n ­ tem porâneas do culto ao corpo saudá­ vel e jo v em e analisou a origem d essa obsessão, onde se encaixam a ciência, a sociedade, a arte e a política. O fra n ­ cês Jean-G hislain d ’E udeville, presi­ d ente da A ssociação M areei Jousse, em Paris, m ostrou a im portância do corpo, do gesto e do m ovim ento para a c o m unicação hum ana. Ivaldo B ertazzo tam bém fez parte do sim pósio, d esen ­ vo lvendo o tem a O R efinam ento do G esto. Segundo ele, “ hoje, o corpo vive a época da inform ação. Então, tem que se adaptar a ter m ais qualida­ de gestual. A gente não vê isso, m as hom ens fazendo m úsculos com h altè­ res ou andando em cim a de um a e stei­ ra, enquanto assistem televisão” . O que B ertazzo ressaltou na sua exposi­ ção é a im portância do hom em estabe­ lecer um contato seguro com o gesto e estim u lar a percepção do m ovim ento, sem repetir m ecanicam ente exercícios que não possuam um a intenção.

Descobrir e Cultivar C om o retrospectiva dos trabalhos de Ivaldo, foi organizada um a exposi­ ção de fotos com os diversos projetos realizados durante esses vinte anos e o lançam ento do livro que pode ser con­ siderado um m anual para todas as pes­ soas interessadas em am pliar as possi­ bilidades do seu próprio corpo. N a publicação, o coreógrafo fala das ten­ dências do trabalho corporal desde os anos 60, baseado no relaxam ento do corpo, até hoje, onde, devido ao ritm o acelerado do cotidiano, o hom em pre­

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Fotos: Nicola Labate

c isa se em p en h ar em reconstruir sua estrutura. “O gesto hum ano acom panha a evolução do hom em . O livro m ostra isso e en sin a alguns exercícios básicos, p ara o atleta, o bailarino ou o cidadão com um fazerem . São exercícios p ara estim u lar o bom funcionam ento do apa­ relho locom otor, independente de técn i­ cas esp ecíficas” , conta. F inalizando o projeto, foi realizada um a au la ab erta, no deck do Sesc Pom péia, com a presença aproxim ada de 700 pessoas. A atividade, dirigida por Iv ald o , ap re se n to u de m odo p rático alguns conceitos para a conscientização corporal, através de exercícios de coor­ denação m otora e das danças étnicas. Q uem p articipou da aula teve a oportuni­ dade de realizar alguns gestos que foram executados no espetáculo, com o o m aracatu, que foi adaptado pelo coreógrafo para o nosso cotidiano. “O m aracatu, ori­

ginalm ente, representa um a m ajestade negra, a sua soberania. Q uando eu intro­ duzi isso na aula aberta, as pessoas esta­ vam com pletam ente disponíveis e dese­ jo sas de se coordenar. Então, quando se vê um oceano coordenado de gente, é m uito agradável, porque se percebe que urbanism o com eça no corpo”, com enta Ivaldo. Ele ressalta que cabe aos educa­ dores, p ro fesso res de teatro, dança, canto e de escolas regulares transform ar o corpo do cidadão. “A voz é gesto, o corpo é expressão, a dança é fundam en­ tal. Eu acho que deveria se instituir nas escolas que o educador ensine a escre­ ver no sentido gestual; com o segurar em um a caneta, com o sentar em um a cadei­ ra com propriedade e usar bem a colu­ na, colocar-se através da voz, ter um corpo inteiro. Esta foi a essência do meu trabalho: dar o aspecto educativo do que é o corpo” , conclui. ■

E spetáculo de dança que reuniu 50 cidadãos dan çan tes, no S esc Pom péia (pág. ao lado );

bailarino execu ta g e sto segu ido de in tegran tes e aula aberta que reuniu 700 p esso a s (a cim a)

(ao lado)

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Fotos: Nicola Labate

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P a r c e r ia s n o C o m b a te à F o m e O simpósio da

O Fome - A Organização na Buscade oS ecorrido em õ ç lu

dezembro, reúne profissionais brasileiros e estrangeiros pesar do avanço alcançado pela humanidade que chegou há pouco tempo a detectar sinais de um lago gelado na lua, o homem ainda não teve capacidade de resolver um dos seus problemas bási­ cos: alimentar toda a sua população. Segundo a Cúpula Mundial da Fome rea­ lizada em novembro último, existem 800 milhões de famintos no planeta.

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Sensível a essa calamidade, o Sesc rea­ lizou o simpósio O Desafio Social da Fome - A Organização da Sociedade na Busca de Soluções, no dia 6 de dezembro. Você já parou para pensar o quanto se desperdiça de alimentos na sua casa? Já imaginou que eles poderiam ser destinados àqueles que necessitam? Provavelmente sim, essa é uma idéia muito recorrente. Há estimativas (Rafael Villen - Instituto Mauá

de Tecnologia) que mostram que o desper­ dício agrícola, da colheita ao transporte, está na ordem de nove bilhões de reais. Isto daria para alimentar, com uma cesta bási­ ca mensal, sete milhões de famílias. Há três anos, o Sesc começou a parti­ cipar de um programa de combate à fome, não só em forma de campanha, mas de maneira permanente. Depois de vários estudos e discussões, lançou o pro­ grama Mesa São Paulo, que engloba várias ações e projetos. Este projeto iniciou-se com o Programa Cozinha Central. Partindo da constatação de que o Sesc, com um equi­ pamento capaz de produzir 5 mil refeições por dia, estava fazendo 4 mil, e esta dife­ rença podia ser produzida e destinada às entidades e instituições de caridade. Estabeleceu-se, assim, algumas parcerias entre o Sesc, cedendo sua infra-estrutura, às instituições, distribuindo a comida às pessoas carentes e empresas, que arcam com os gêneros. Desta experiência, surgiu a necessi­ dade de se fazer um simpósio: Desafio Social da Fome- A Empresa no Combate ao Desperdício. O objetivo do evento foi

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0 sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, impossibilitado de comparecer ao evento participou de um videodepoimento onde lembrou que o Brasil é o 4o país exportador agrícola. Segundo Betinho, é inadmissível estarmos convi­ vendo com o problema da fome. Francisco Menezes, m estre em desenvolvimento agrícola e pesquisador do IB ASE, com ­ plementando essa idéia, alerta para o enor­ me paradoxo brasileiro: uma enorm e capacidade de produção agrícola e a inca­ pacidade de acesso desses alimentos por grande parte da população, proporcionado pela concentração de renda. Para o engenheiro agrônomo e consul­ tor da ÁGORA, José Roberto Escórcio, a questão alimentar não é encarada pela sociedade como uma política pública e não é reivindicada como tal pela população. Enquanto itens como transporte e obras públicas são tomados por fundamentais e estratégicos, o mesmo tratamento deveria ser dado ao problema da fome. Segundo ele, as organizações civis não podem se tomar mão-de-obra barata dos problemas sociais da fome. Antonio Carlos M artinelli, diretor presidente do Instituto C& A de Desenvolvim ento Social, apresentou um

divulgar e discutir os projetos às empre­ sas e à sociedade. Foram três dias de debates acalorados com ampla participa­ ção. O resultado foi a constatação da necessidade de um a legislação que garantisse ao doador de alimentos uma série de proteções, incentivos e até mesmo m edidas que facilitem o proces­ so. M uitos empresários têm medo de fazer a doação e ela ser mal- administra­ da e, consequentemente, ter seu nome desmoralizado junto à mídia e sua clien­ tela destruída. Outro aspecto a ser levan­ tado é que quando uma empresa faz uma doação, ela precisa emitir nota fiscal e pagar impostos, como ICMS da parte doada. Por essa e outras razões, surgiu a necessidade de se criar incentivos para que o doador tivesse com pensações, como abatimento no imposto de renda, por exemplo. Se já existe uma legislação específica que contem pla a cultura e o esporte, por que não criar uma destinada a um problem a desta ordem? O simpósio O Desafio Social da Fome - A Organização Da Sociedade na Busca de Soluções contou com a colabo­ ração de 12 pessoas que participam efeti­ vamente desta causa. O sociólogo e diretor do Sesc de São Paulo, Danilo Santos de Miranda, em seu depoimento de abertura, declarou que era uma grande alegria para a instituição estar participando de um pro­ grama de combate à fome. Para ele, os problemas do custo Brasil passam pela questão do desperdício e aproveitou a oca­ sião para lançar mais um proje­ to do Programa M esa São Paulo, a Colheita Urbana. Este projeto, que está em fase de implantação, é uma conexão entre empresas que dispõem de sobras de alimentos em bom estado, e instituições que neces­ sitam de gêneros para comple­ mentar a refeição. Em poucas palavras, a Colheita Urbana busca alimentos onde sobra e entrega onde falta.

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Danilo Santos de Miranda e Efre Rizzo (acima); Mesa redonda com: José Roberto Escórcio, Dionino Colaneri e Francisco Menezes (à dir.); platéia _________ do simpósio (à esq.)

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novo conceito de empresa: a empresa cidadã, que age em benefício da socieda­ de, investindo em sua própria imagem. O empresário, que hoje é visto como parte dos problemas, passa a se tom ar mais um agente em busca da solução desses. O exemplo dado foi o da C&A, que destina ao instituto 4 milhões de reais, buscando retorno junto aos seus empregados e clientes. Vindos dos EUA especialmente para o simpósio, Christina M artin e Michael Mulqueen, diretores do Foodchain e do Greater Chicago Food Depository, respec­ tivamente, apresentaram o trabalho que desenvolvem em seu país. Christina afir­ mou que 20% dos alimentos são desperdi­ çados nos EUA, enquanto mais de 10% da população americana já passou ou passa fome. Ela ressalta a importância do traba­ lho dos voluntários nestes programas. Dos voluntários depende também o Banco de Alimentos de Chi-cago, uma instituição que recolhe alimentos que não foram con­ sumidos, em bom estado, além de doações em dinheiro. A instituição recebe o auxílio de aproximadamente 40 mil voluntários por ano. Michael M ulqueen revela que 37% das pessoas atendidas achavam que nunca precisariam de ajuda do Banco de Alimentos três meses antes de recorrerem ao benefício. O simpósio alcançou seus objetivos: mostrar os caminhos que a sociedade pode seguir para resolver definitivamente o problema da fome. O membro da Sociedade Solidária, Au­ gusto de Franco, sintetiza o sentimento partilhado por todos no evento: em uma sociedade de excluídos, não há a cidadania plena. Na ocasião, foi lançado o Estatuto do Bom Samaritano, que consiste em cinco antepro­ jetos de lei para proporcionar o amparo, incentivo e segurança às empresas participantes desse tipo de iniciativa. Isto foi resultado do simpósio realizado ano passado, onde surgiu a necessidade de uma legislação específica que criasse condi­ ções favoráveis ao combate à fome no país. Este primeiro simpósio foi registrado no livro O Desafio Social da Fome, lan­ çado neste evento. ■

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R ecria n d o o S ig n ific a d o ________

Durante tres dias, conferencistas de diversas partes do mundo apresentaram projetos e experiências relativas às obras públicas e defenderam a quebra dos limites museológicos „ pßra as artes

que é Arte Pública? Respon­ der à essa pergunta foi o princi­ pal objetivo do I a Seminário Arte Pública, que ocorreu em outubro do ano passado e teve como ponto de discussão a cidade de São Paulo e, como contraponto, Nova York. Neste ano, a segunda edição do evento, realizada pelo Sesc, United States Information Service (USIS) e União Cultural Brasil-Estados Unidos trouxe, dos dias 19 a 21 de novem­ bro, para o Auditório Sesc Paulista, dezes­ sete conferencistas de diferentes países. Com o tema Tradição e Tradução, a idéia do ciclo de palestras foi mostrar os cami­ nhos da Arte Pública nessas diferentes rea­ lidades e expor projetos e experiências pessoais dos palestrantes. Michael Brenson, professor de História da Arte na Uni­ versidade da Carolina do Norte, em Gre­ ensboro, e jornalista, colocou que a Arte Pública pode ser um dos mecanismos à in­ tervir no não desaparecimento de valores humanos importantes a cada cultura. Re­ forçou, ainda, que as manifestações públi­ cas abrem a possibilidade de se discutir o poder institucional e a sua força de explo­ rar e destruir aquilo que a comunidade va­ loriza, fazendo com que mais pessoas lu­ tem pelos seus ideais.

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Fotos: Nicola Labate

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PÜBIÏCA TRADIÇÃO E TRADUÇÃO

A semelhança de opiniões entre alguns dos conferencistas foi marcante em alguns momentos. Os poetas João de Jesus Paes Loureiro e Antônio Risério abordaram, a partir do tema das festas, sejam elas reli­ giosas ou não, a questão da tradução e da tradição nessas manifestações. Apesar de João de Jesus ter se referido à região Norte com a festa do Boitinga e de Risério des­ tacar o ritual do Candomblé brasileiro, os dois compartilharam a mesma idéia: a tra­ dução de uma tradição é importante no sentido em que ela transform a uma expressão do passado em algo vivo, apro­ priando-se do antigo para criar o novo que, inevitavelmente, tem ligação com a realidade em que se vive.

Em prol da comunidade Se no Brasil, independentemente da região observada, a manifestação artísti­ ca, seja ela as festas regionais, os rituais religiosos ou o Carnaval de Olinda, ocor­ re de forma espontânea, levando protago­ nistas e espectadores para as ruas e inte­ grando a sociedade, em alguns países há um esforço significativo para juntar pes­ soas frente à Arte Pública. A experiência da curadora americana Mary Jane Jacob

que, desde 1990 organiza exposições nãoconvencionais, mostra as fronteiras exis­ tentes entre espaço público e espectador. A preocupação da curadora foi mostrar que a Arte Pública representa uma intera­ ção entre o público e a obra de arte e que, para isso, usa em suas exposições referên­ cias que fazem parte da vida dessas pes­ soas e das cidades que habitam, com a intenção de induzir a participação social da comunidade. A seu exemplo, outros curadores, como Silvia Meira, do Masp e o japonês Makoto Murata posicionaramse como intermediários entre o artista e o público e afirmaram que a função do museu não é a d e apenas guardar um patri­ mônio, mas, paralelamente, expandir os limites de sua atuação e trabalhar com outros públicos, em diferentes lugares e com artistas que não se preocupam apenas com a arte como objeto estético, mas que estejam dispostos a dialogar com a comu­ nidade. “O museu deve assumir uma res­ ponsabilidade perante a sociedade não só de veicular conceitos culturais através dele, mas também de atuar no sentido de criar novos conceitos e tradições exterio­ res a ele”, expôs Silvia. Makoto Murata colocou que, mesmo no Japão, detentor de um poder aquisitivo alto, os cidadãos não

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têm muita fam iliaridade com a Arte Pública e que o trabalho realizado, através de workshops e conferências, visa discutir com a população a importância do bem público e de como essa percepção pode transformar a vida da sociedade. Nas manifestações arquitetônicas, nos monumentos e nas esculturas, a Arte Pública busca um sentido que é o que a comunidade pretende dar àquilo, pois ela tem necessidade de se colocar, represen­ tar-se a partir dessas expressões. Curitiba, a cidade modelo do Brasil, desenvolveu projetos que valorizam o cidadão e que foram expostos por Fernando Popp, arqui­ teto e urbanista do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, órgão da prefeitura municipal. Popp mostrou que Curitiba estruturou-se através de grupos de imigrantes, italianos, alemães, portu­ gueses, que se estabeleceram em tomo da cidade, no final do século passado. O que aconteceu é que cada bairro que nasceu dessa fixação ganhou um parque, estrutu­ rado e valorizado a partir do passado étni­ co e cultural daquela região. Assim, o par­ que como domínio público da população permite que os cidadãos entrem em conta­ to com as diversas culturas que constituí­ ram a cidade, preservando-a como tradi­ ção e valorizando a construção e o exercí­ cio da cidadania.

Preocupação Coletiva Talvez, no colóquio que se estabeleceu entre os conferencistas, a questão mais emergente tenha sido a necessidade de empresas se estabelecerem como parcei­ ros das obras públicas para que essas pos­ sam ser veiculadas e produzidas, levandose em conta também a questão da sua manutenção e preservação. Em alguns paí­ ses, como na França e Inglaterra, essa questão parece estar bem mais resolvida

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Abertura do Seminário Arte Pública (pág. esq.), o pintor Siron Franco, a curadora Mary Jane Jacob, o professor Michael Brenson e Serge Lemoine (abaixo) do que no Brasil. O que se tem não são ape­ nas os recursos financeiros para se investir em obras de caráter monumental, mas tam­ bém a iniciativa da encomenda de projetos públicos que possam se constituir em um bem social. Foi o que mostrou Sandra Anne Percival, diretora do Public Art Development Trust, em Londres e Serge Lemoine, conservador-chefe do Museu de Grenoble. O órgão em que Sandra Percival atua encomenda projetos públicos a artis­ tas, tanto os que envolvam pesquisa como aqueles que evoluam através das mudanças do espaço urbano, com o objetivo de inse­ rir o público nos assuntos sociais, estéticos e ambientais contemporâneos, através do trabalho de artistas vivos. Na visão de Serge Lemoine, a encomenda pública é interessante tanto para o Estado, quanto para o criador. E a maneira de realizar obras de arte originais, de grande dimen­ sões, integradas à arquitetura ou interagin­ do com ela, além de possibilitar ao artista o desenvolvimento de um trabalho com con­ dições definidas e sujeito permanentemen­ te ao aval do público. No Brasil, a enco­

menda pública ainda não atingiu o nível de importância considerado nos países acima citados. O trabalho do artista plástico Siron Franco, intitulado Monumento às Nações Indígenas, ilustra o descaso das instituições e do Estado frente à questão da Arte Pública. Em 1991, Siron foi convidado pelo Comitê Intertribal a executar um monu­ mento em homenagem às nações indíge­ nas e se dispôs a levantar fundos para a realização desse projeto. Encontrou o que precisava no governo do estado de Goiás e em alguns executivos locais. Após a inau­ guração do monumento, formado por 492 colunas de cimento revestidas por réplicas de objetos artesanais tribais, que no seu conjunto formam o mapa do Brasil, a questão da manutenção dessa obra pública tomou-se de extrema urgência, pois o des­ caso do govemo nesse sentido foi total. Sem condições financeiras de preservar a obra, Siron doa o monumento à Fundação Xapuri, do Rio de Janeiro, que se compro­ mete em mantê-la. No entanto, a obra está abandonada e em processo de deteriora­ ção, devido ao descaso dos diversos seg­ mentos da sociedade. “A problemática da conservação de uma obra pública só será resolvida a partir da conscientização daqueles que possuem disposição financeira e, principalmente, através do esclarecimento do papel da Arte Pública”, opina Siron Franco. Para o Sesc, o Seminário Arte Pública - Tradição e Tradução tem relevante destaque no senti­ do que traz à tona a discussão do papel da obra pública como fonte de integração entre as diversas camadas sociais. E mais, no momento em que o público passa a ser mais importante que o privado, o cidadão tem a possibilidade de expressar sua capa­ cidade de criação e decisão, não apenas tendo acesso à arte, mas podendo opinar e divulgar suas produções. H

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Globalização, novas tecnologias, gírias e o emprego de linguagens específicas são fatores de mudan­ ça na Língua Portuguesa, tratados por especialistas em textos exclusivos para £ N apoleão M

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A FINALIDADE DAS REFORMAS ORTOGRÁFICAS É ECONÔMICA

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A língua vem sofrendo várias trans­ form ações. N a escrita, tivem os refor­ mas ortográficas diversas e recentes. E a m inha pergunta é: qual a finalidade dessas reform as? Eu m esm o posso respondê-la. A finalidade das reform as é au m en tar o caixa da A cadem ia Brasileira de Letras. Esta é a verdade. O objetivo dessas alterações é econô­ m ico e nada mais. Já perguntei ao pre­ sidente da Academia, em meu escritó­ rio, qual a razão das m udanças e para onde ia o dinheiro da venda de form u­ lários. Ele não soube me responder. Atualm ente, tam bém há o reforço do caixa particular de “sócios/am igos” da Academia, de senhores que são donos de editoras e se beneficiam das altera-

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ções da L ín g u a P o rtu g u e sa . E sses sócios querem uniform izar a escrita no Brasil, em Portugal e nos países africa­ nos, para venderem m ais livros, em um m ercado am pliado. E sta é a verdade, nua e crua. Sobre a língua falada, perdoem -m e, m as vou m artelar em um a m esm a tecla, por necessidade de brio cívico. Em nenhum país civilizado, em nenhum dos grandes países há aulas com m enos de oito horas por dia. A educação nes­ ses países é feita na escola, não em fam ília. C om o educar a criança na fam ília se os pais não estão em casa? O pai m al vê seus filhos à noite. A mãe, po r sua vez, hoje trabalha e ainda que fique em casa, irá educar a criança com o um professor? Terá capacidade de corrigir seus erros? C om quem fica, então, a criança? C om em pregadas, cozinheiras ou sozinha. A criança passa a ser educada por pessoas que não têm cultura, nem conhecim ento do idiom a. E o povo hum ilde é justam ente o m ais m arginalizado pela política educacio­ nal do nosso país. Esta é a tecla princi­ pal e fundam ental a ser tratada. Eu jam ais vi, eu jam ais li, jam ais ouvi de um dos cham ados representantes do povo essa justificação, segundo a qual é um a vergonha o dim inuto núm ero de horas diárias de aula no Brasil. Nunca. E creio que os senhores que m e acom ­ panham neste m om ento tam bém nunca viram ou leram tal declaração por parte dos governantes que surtisse algum efeito prático. A L íngua P o rtu g u e sa sofre a influência das novas tecnologias, que trazem todo um novo vocabulário. O neologism o é um a necessidade. Se é fabricado um instrum ento novo, ele precisa ser batizado, ter algum nom e. B asta que esse nom e seja form ado dentro das regras de derivação para que seja aceito. E sta é, sem dúvida, a justificação para esse fenôm eno que, cada vez m ais, vem ocorrendo na nossa língua. O neologism o tom ou-se um a necessidade para nom ear objetos e invenções, o que ocorre rapidam ente no m undo interligado pela tecnologia. A Língua Portuguesa está se apro­ priando de palavras de língua estran­ geira pelo m esm o motivo: por necessi­ dade. É com o um rem édio. A pareceu a doença, vam os então descobrir um rem édio para ela. Vamos descobrir

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um a palavra p ara este novo objeto. É o dom ínio da econom ia sobre a educa­ ção. A lgum as pessoas utilizam p ala­ vras estrangeiras, ju n tam en te com a L íngua Portuguesa. Q uantas vezes p re­ senciei locutores da televisão bradando a quebra de um record? Isto é m era vontade de aparecer, de inovar. M era vontade b aseada no quê? N a levianda­ de. Isto é falta de espírito, falta de brio cívico, com o já disse anteriorm ente. A palavra não é record, m as recórde, um a palavra portuguesa, ainda que com o ri­ gem na língua inglesa. Vejo grandes cartazes na rua, os outdoors (palavra tam bém inglesa) com a palavra azaléia, palavra que é utilizada de form a errô­ n ea p or quase a totalidade da popula­ ção. Se todos dizem azaléia, p or que não dizer tam bém orquidéia, liliacéia? É o m esm o sufixo. A ssim com o orquí­ dea, a palavra correta é azálea. E sta é falta de brio cívico, de um cuidado que preserve a língua. Os franceses dizem que a língua francesa é a única língua do m undo. As dem ais são dialetos. Este m odo de p ensar surge de um estudo aprofundado sobre a língua. É um a m aravilha observar a m aneira com o o inglês é estudado. E a ortografia destes p aíses? P o r acaso ex istem ed ito res ex p lo ra d o re s d a o rto g ra fia , qu e a m udam em um intervalo regular de anos? Não. E o francês e o inglês são provas disso, já que essas línguas não sofrem alteração ortográfica. O últim o in o v ad o r da lín g u a fran cesa, com o exem plo, foi Voltaire. N o português, pio r que reform ar a ortografia, é refor­ m ar a term inologia da gram ática, com o ocorreu. A ntes dessas estripulias com o nosso idiom a é necessário acabar com as falh as do siste m a ed u cacio n al. Tratem de curar a raiz para ter fruto bom , e não curar o fruto sem cuidar da raiz, do chão, da base educacional que é ensinada às crianças.

Luiz

A lfr e d o

A LIBERDADE, NA EXISTÊNCIA OU NA FALTA, É A MÃE DA PALAVRA A riq u eza da p alav ra b rasileira é surpreendente. A que veio de Portugal (de lo n g a e x istên cia e influências) receb eu aqui sons e aplicações p ró ­ prias. Estas m odulações e recriações fizeram da “lín g u a b rasileira” um in s­ tru m en to esp o n tân eo e c riativ o de com u n icação . N o B rasil, a palavra tem sido, conscien tem en te ou não, a assin atu ra dos b rasileiro s (apesar da falta de ensino e do analfabetism o). O vo cab u lário do nosso futebol, po r exem plo, foi refletin d o as m u d an ­ ças. Isto po rq u e é universal, vivido p o r todos nós. A b ola tem sido um p onto de en contro bem dem ocrático. U m a utopia que viajou de pé em pé, na cab eça e na alm a dos brasileiros. N os anos 50 ain d a v ib ráv am o s com pugnas de “fo o tb all” . O s ingleses (inventores do pé n a b ola e do c o lo ­ nialism o contem porâneo) dom inavam nossas línguas. E n um a fatíd ica tarde de d om ingo perdem os a C opa de 50, um a festa que nós organizam os, m as que m orreu de véspera. Políticos e dirigentes da épo ca (os m esm os que insistiam em falar inglesado) invadi­ ram a co n cen tração do escrete b rasi­ leiro no sábado anterior à final, num m o vim ento (golpe) para um a “retom a­ da do p o d e r” . E x p licação fácil: o “cen ter-fo rw ard ” A dem ir, por ex em ­ plo, m arcaria o “g o al” da vitória e se cred en ciaria até para ser governador ou presidente. Perdem os o jo g o , a C opa e o Adem ir. Os ingleses ainda ficariam um pouco m ais. A vitória acabou chegando no final

N ap o leão M en d es é escritor, g ram ático e

filólogo

m

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da década (58). C abloca, negra, m ula­ ta, nossa seleção canarinho ganhou o m undo. M ané G arrincha se tornou o nom e e o som da genialidade: M ané na finta, G arrincha... no cruzam ento perfeito. Vavá, Pelé eram o gol em duas sílabas. O m enino Pelé, o “cra­ que café” , o novo Rei. Estava im plan­ tada a m onarquia no futebol. O Brasil nação não podia perder tem po (nem gol); o presidente da R epública, JK, trazia a industrialização e queria 50 anos em cinco. E o futebol inventou o “dois toques” . Em 62, o bi; em 64, a ré. M esm o assim a bola resiste “apesar de você” . R e sistê n c ia co lo q u ia l. C ham am o João (Saldanha). João topa: as feras. Em Sam pa, as vaias. No Rio, tiros e golpes. Sai João, entra Lobo (Zagalo). Pelé, Riva, Tostão, o m ais belo jo g o , o tri. Festa, “apesar de você” . O lê, olá. O Brasil “lento e gradual” foi per­ dendo as copas e as ruas. Povo, DiretasJá. A lteração no tim e do Brasil: sai “você” , entra “nós” . Voto, real, goleada. O país joga em dois toques. Pênalti, tetra, vitória rala e difícil. O futebol em m archa à ré. M as renasce em dim inuti­ vo: D jalm inha, Ronaldinho. Logo, logo será maiúsculo. U m a lição histórica: o brasileiro unido jam ais será vencido. N o B rasil, a consagração de um a palavra vem quando ela, no texto ou no contexto, é instrum ento de coesão. A união e a vitória só dependem do tem a. C om a palavra os brasileiros, com todas as

Luiz A lfred o é n a rra d o r-titu la r de e s p o r­ te s da R ede Record

M

á r c ia

D en ser

A L ín g u a P o r tu g u esa , FALADA E ESCRITA n o B rasil , est á em FRANCA REGRESSÃO A ju lg ar pelo que rola há décadas, no Brasil, em consequência de um a econo­ m ia em crise perm anente, gerando, por sua vez, um a crise m últipla (ou m ultipli­ cação de crises) na Educação/Cultu­ ra/S aú d e/L azer/H ab itação , donde a pane e a inversão de valores - o colapso de toda a superestrutura social - com ­ posta pela É tica/E stética/P olítica/R e­ ligião e, last but not least, a lingua (enquanto discurso, linguagem oral e escrita) sendo o elem ento que perm eia e “c o stu ra” a dita su p erestru tu ra, ora “ au sen te” , co n clu i-se que a L íngua Portuguesa, falada e escrita no Brasil, está em franca regressão. E o povo sem língua se descaracteriza com o Nação, v ira m assa de m anobra, carne de canhão, gado, por aí... L em brando ainda que “a natureza não dá saltos” , a im plantação da infor­ m ática no Brasil apenas “m ascara” o problem a (historicam ente, não se pula da carroça ao com putador sem digerir a R evolução Industrial, o lado m ecânico da vida, tipo um a O livetti Lettera 82, m as isso é um outro papo), pois não se trata do instrum ento com que se escreve e sim com o se escreve. E a era do know h ow com eçou com a R evolução Industrial. O fato é que pensam os em palavras. A escrita cria o pensam ento que, por sua vez, realim enta o texto. N inguém pensa no “ar” (palavras o vento leva): tem de botar no papel, na telinha, seja onde for, contanto que se materialize, isto é, de potência vire ato, ação, realização. Enfim , matéria. No entretanto, sabe-se de sobejo, que o brasileiro não lê, nem escreve, logo, não sabe pensar. Falta-lhe a praxis, o exercício da escrita com o criação, por

prazer e necessidade de comunicação (aliás, instintos de base da psique hum a­ na, altamente inativos). Colocada a questão, é fácil criticar, botar a culpa em Deus e em todo mundo. Difícil - posto que arriscado e criativo - é dar soluções. Com o escritora, jornalista e publici­ tária há 20 anos, enfim, profissional de texto, sei de sobejo que o que contam são os resultados. Não problem as, críti­ cas, dúvidas. Estes, tenho de resolvê-los para o editor/patrão/leitor/cliente - ven­ dendo m eu texto, senão a sobrevivência vai para o brejo. Haja arte & técnica & inspiração? Não. H aja trabalho, pesqui­ sa, concentração. Claro, o insight, a ins­ piração tam bém pintam - depois de m uito sangue, suor e lágrimas, horas, dias e quilôm etros de papel rasgado. E não estou falando de literatura (o laboratório da língua - o mais difícil, se­ não impossível). Q ualquer texto é um desafio, desde a lista da feira até a crô­ nica policial, passando por teses de pósgraduação e os atuais Cadernos de “ K ultur” . Se hoje os professores recém -form ados não sabem escrever, não lêem porque, por sua vez, os professores deles já não sabiam, e esses, é claro, sequer sabem o quanto não sabem (estão me acom panhando de perto?); então é preciso parar o círculo vicioso. A exem plo do que ocorre nas universi­ dades americanas, criar program as que ativem a função criadora no texto, m inistrados por escritores/profissionais do texto. Integrar prática & teoria. Segundo E. K ant ( C rítica do Julgam ento), só aquele que sabe fazer m uito bem um a coisa (não aquele que sabe m uito sobre aquela coisa) está apto a m ostrar o cam inho às futuras gera­ ções, com o chegar lá. Program as adota­ dos nas universidades, incorporados ao currículo como obrigatórios, indispenO ficinas de poesia e literatura, meus queridos, cheiram dem asiado a cursinho de balé e bordado, ao ângulo am ador da O que, “quod erat dem onstrandum ”, não é o caso.

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M atem aticam ente, o m estre não tem de dem onstrar o teorem a/equação/arco capaz na lousa? Idem , para o de portu­ guês. Parem de catar “pérolas verbais” de seus alunos, corrigir e criticar erros, se não são capazes de fazê-lo m elhor descobrir-lhes as qualidades, revelar o estilo oculto em cada um. Eis a luz no fim do túnel: a im agem do m estre que carrega um a vela em m eio às trevas e a protege com a mão. M árcia

D enser é e scrito ra, jo rn alista

e

publicitária

C a rlo s A

lberto

M

a r t in s

A MÍDIA INTERFERE NO MODO COMO A SOCIEDADE EMPREGA A LÍNGUA A Língua Portuguesa do Brasil con­ tem porâneo é resultante das transform a­ ções pelas quais passaram a sociedade brasileira em seu processo histórico e isso justifica a razão pela qual o Brasil, ainda que colonizado pelos europeus, tenha marcas linguísticas em muito dife­ rentes daquelas de seus colonizadores. Não fosse assim, não haveria como ocor­ rer a polêm ica nacionalista (para não dizer purista) de alguns sociólogos e lin­ guistas portugueses frente a chamada “invasão” das telenovelas brasileiras em Portugal, cuja consequência, segundo eles (e bem mais nociva do que a dos pro­ dutos da m ídia dos países anglo-saxônicos) seria a transformação da língua dos lusitanos devido a influências (nefastas?) do falar brasileiro e, portanto, à descarac­ terização não só das marcas linguísticas de Portugal, mas tam bém da cultura lusi­ tana como um todo. Por qual razão os produtos da m ídia anglo-saxônica causa­ riam menos danos ao falar lusitano? A resposta é bastante simples: aqueles pro­ dutos, diferentemente das telenovelas brasileiras e tal qual no Brasil, são neces­ sariamente submetidos à dublagem e, desse modo, diretamente adaptados à lín­ gua e à cultura de Portugal. Esta polêm i­ ca, ao mesmo tempo que serve para demonstrar que as marcas ünguísticas do Brasil são diferentes das de Portugal, também revela que os portugueses estão atentos a um problema real: o da interfe­ rência da mídia e dos meios de comuni­ cação de massa no modo como uma

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sociedade em prega a língua que a identi­ fica e a particulariza. A m ídia contribui m uitas vezes com os estudos lin g u ístico s quando, p or exemplo, registra o falar típico de um grupo social em um a era determinada. M as a m ídia tam bém pode - segundo alguns linguistas - interferir negativa­ m ente no seio de um grupo social, inse­ rindo term os e estruturas linguísticas absolutam ente estranhos à sua identidade cultural. Este fenôm eno ocorre tanto internam ente, isto é, quando um grupo interfere em outros grupos de um a m esm a sociedade ou, então, de um a nação para outra, quando costum es, valo­ res e m arcas linguísticas de um a nação são difundidos e banalizados no interior de um a outra nação. Não há, de fato, com o negar o fascínio que a m ídia exer­ ce sobre as m assas; é exemplar, nesse sentido, a difusão da língua inglesa com o um “produto universal” que, em grande parte, foi m otivada pelo poder da indús­ tria cin em ato g ráfica norte-am ericana, que não só divulgou im agens oriundas dos Estados Unidos pelo m undo afora (transform ando aquela região do norte da A m érica num a potência turística), como tam b ém balizou os valores daquela sociedade. Ou seja, ao m esm o tem po que o fascínio hollyw oodiano perm itiu a difusão da indústria cinem atográfica, tam bém possibilitou, com o um a de suas consequências, a difusão do inglês norteamericano que, exaustivam ente trabalha­ do e m anipulado pelos grandes roteiris­ tas, tom ou-se m uito m ais coloquial e, portanto, acessível às m assas do que, por exem plo, os geniais diálogos de Shakespeare. Os países europeus, sobretudo os paí­ ses latinos da Europa, liderados pela França e pela Itália, atentos ao fato de que a m ídia persuade ao m esm o tempo que transform a valores e hábitos e cons­ cientes do poder da indústria de entrete­ nimento das massas, tom aram algumas providências. N a Itália, por exemplo, todas as produções cinem atográficas estrangeiras passam pelo crivo da dubla­ gem e na França - quem não se lem bra da

cruzada liderada por Jacques Lang con­ tra os anglicism os e termos oriundos da língua inglesa que, segundo ele, estariam a descaracterizar e a destruir a língua francesa? Os portugueses que revelaram desconfiança e desagrado com a difusão e banalização das telenovelas brasileiras em Portugal (além de agirem conform e seus vizinhos tem erosos com as influên­ cias estrangeiras), apenas to m aram pública a percepção, já antiga e bastante divulgada desde o surgimento dos pri­ m eiros estudos sócio-linguísticos, segun­ do os quais a língua falada por um a determ inada sociedade ou gm po social pode ser alterada devido à influência dos m eios de comunicação. A sociedade bra­ sileira tam bém sofre as consequências desse fato, já que os grandes conglom e­ rados de comunicação do país estão loca­ lizados notadam ente no Rio de Janeiro e em São Paulo e que, por isso mesmo, difundem as expressões e marcas lin­ g uísticas próprias desses dois locais (além, evidentemente, dos hábitos, cos­ tumes e valores) para o restante do país, desconsiderando quaisquer nuances ou particularidades existentes na Língua Po rtuguesa utilizada nas diferentes regiões do Brasil. Os falares regionais do Brasil vão, desta forma, tam bém se alte­ rando e algum as vezes se descaracteri­ zando por força da m ídia localizada quase toda no Sudeste. M as, o que na verdade o advento das mídias trouxe foi apenas a aceleração de um fenômeno inevitável, já que nenhum a língua per­ m anece a m esm a para sempre. Outrora as alterações e transformações linguísti­ cas tam bém existiram, porém mais lentas e, talvez, por isso m esmo, menos visíveis do que as que os filólogos e linguistas percebem e perceberam com o advento das sociedades industrializadas, com o surgimento da indústria cultural e dos modernos meios de comunicação. Soma-


se a isso o fato, segundo o qual as influências das marcas linguísticas de uma nação para outra eram, no passado, muito menores do que as de hoje não somente porque as relações econômicas entre as nações eram diferentes e mais difíceis, mas sobretudo porque os meios de comunicação foram muito mais len­ tos do que hoje dispõe a humanidade. O fato é que, apesar dos modismos, apesar dos anglicismos e dos galicismos, apesar de todas as influências estrangeiras (que foram e não são poucas), o Brasil nunca perdeu sua identidade de nação e conti­ nua sendo o m aior e o mais importante dos países falantes da L íngua Portuguesa. O que muitas vezes espanta os filólogos e linguistas talvez não seja tanto as transformações que sofre a lín­ gua falada nas sociedades contem porâ­ neas, mas antes a velocidade com que isso ocorre e, sobretudo, o m odo como isso acontece, já que os determinantes dessas transformações de consequências coletivas se restringem, muitas vezes, no caso das mídias, a um grupo determina­ do, isto é, àqueles que gerenciam, admi­ nistram e atuam nas grandes empresas de comunicação. De m odo que é legíti­ mo hoje em dia não apenas a cobrança de um procedimento ético dessas gran­ des corporações de comunicação, mas também a exigência de que aqueles que fazem parte dos quadros dessas grandes empresas saibam obrigatoriamente (e muito bem) o idiom a pátrio porque, afi­ nal, não basta o comprom isso com a ver­ dade e o bem público, é preciso tam bém que a difusão dos fatos e m ensagens se dê qualitativamente, isto é, sempre que possível o mais próxim o da chamada norma culta. As mídias, além de infor­ mar, têm tam bém de form ar o público e não - como infelizmente tom ou-se praxe -, deform ar as massas com a banalização dos erros idiomáticos ou dos equívocos gramaticais. A atitude defensiva obser­ vada nos países como Portugal, França e Itália contra as marcas linguísticas exter­ nas se revela, por isso mesmo, m uito mais uma reação contra o poder dos grandes grupos de comunicação do que, talvez, propriamente um a reação contra as transformações das línguas de suas respectivas sociedades, porque, afinal, é impossível evitar o inevitável.

N elson A

sc h e r

A DEGRADAÇÃO

DA NORMA CULTA E DA GÍRIA SÃO FENÔMENOS APARENTEMENTE IRREVERSÍVEIS R eclam a-se com fre q u ê n c ia - e há um b om tem po tam b ém - do fato de que os estu d an tes, m esm o os u n iv ersi­ tários, não dom in am m ais o po rtu g u ês p adrão, a n o rm a cu lta ou literária. Por o u tro lado, gen te q ue se p o d e ria g en e­ ric a m e n te d e n o m in a r de p o p u lista , adv o g a a irrelev ân cia d esse dom ínio, d izen d o que essa v a rian te do id io m a não p assa do d ialeto de um a elite e que as o u tras varian tes, m ais p o p u la ­ res, são ig u alm en te b oas ou, talvez, m elhores. E ste po n to de v ista d em ag ó g ico , m esm o se estiv esse c o rreto em term os lin g u ístico s, não ju stific a ria nenhum tipo de ign o rân cia, na m ed id a em que é sem pre v a n tajo so p a ra as pesso as se to rn arem flu e n tes em m ais de um

“d iale to ” de sua p ró p ria língua, algo que lhes facu lta um acesso p riv ile g ia ­ do a d iferen tes grupos sociais. E ste po n to de v ista, p orém , é eq u ivocado, em p rim eiro lugar, po rq u e a norm a cu lta não é um a v arian te com o q u a l­ q u e r o u tra, m as a m ais c o m p leta, e x p ressiv a, p rec isa e reb u scad a dentre todas, dev id o ju sta m e n te ao trab alh o su cessiv o e c u m u lativ o de gerações de escrito res, gram ático s etc.; e, em segundo, p o rq u e no B rasil ela não é m ais p a trim ô n io de um a elite p o lítica ou eco nôm ica. E ste estad o de co isas d eco rre, em boa p arte, co m o se sabe, do co lap so do s is te m a e d u c a c io n a l b ra s ile iro . M as, caso se tra tasse apenas disso, n ão se a p re s e n ta ria m d o is o u tro s fen ô m en o s c o n co m itan tes. U m é o e m p o b recim en to a b so lu to do p o rtu ­ guês das elites com acesso à red e p ri­ vada de en sino, um p o rtu g u ês que, ag o ra sim , em qu ase n ad a su p era as varian tes p raticad as p elas m assas despossu íd as. O o u tro é o ain d a m ais su r­ p reen d en te e m p o b recim en to da gíria, ou m elhor, das g írias. A c o n ju n ção de am bos os fatos ap o n ta p a ra u m a rela ­ ção p ro fu n d am en te d e g rad ad a de toda a p o p u lação com sua língua. A n orm a cu lta d esen v o lv id a p elas elites p rete n ­ de n o rm alm en te ser um in stru m en to m elh o r do que q u a lq u e r v arian te se to ­ ria l ou re g io n a l, um in stru m e n to capaz, en tre outras coisas, de ab so r­ ver, qu an d o p reciso , as nu an ces esp e­ cíficas de todas as outras variantes.

Carlos A lberto M artin s é p ro fe sso r de

C om unicação da PUC/SP

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E la tam bém serve m uitas vezes de in stân cia leg itim ad o ra das elites às quais a grada afirm ar que não estão p o r cim a apenas p o r segurarem as rédeas do po d e r ou econom ia, m as sobretudo p orque dispõem de um a c u ltu ra prete n sam e n te superior, evid e n c iá v e l n a su a m a n e ira de se expressar. P o r m ais d etestáv el que isso p o ssa parecer, e lites com o as eu ro p éias fiz e ra m um bom , em bora in teresseiro, trabalho ao a p erfeiçoar suas respectivas norm as cultas - e o p ró p rio fato de se sentirem obrigadas a b u scar algum a legitim idade, que não se lim itasse à força pu ra e sim ­ ples, já era um fato po sitiv o que c o n ­ trib u iu , pelo m enos tenuem ente, p ara a d em o cratização de suas sociedades. Já a relação das elites brasile ira s com a n orm a culta in d ica que elas sentem u m a n e cessidade cada vez m en o r de legitim ação. A gíria, p o r sua vez, é tra d icio n a l­ m ente a fala m ais ou m enos cifrad a de u m g rupo ou setor - p rofissional, e tá ­ rio, social, fo ra-da-lei etc.-, que serve tan to p ara refo rçar sua id entidade e c o esão interna, quanto p ara fazer a triag em dos que estão fora e, ev en ­ tu alm ente, e x cluí-los. Q uanto m ais fech ad o fo r um grupo, m ais im p e n e ­ trável a sua g íria e sabe-se que, em m u ita s so c ie d a d e s, e x is te m g íria s c a racterísticas de bandidos, p ro stitu ­ tas, estudantes u n iversitários, so ld a­ dos... E stas gírias, aos poucos, p e n e ­ tra m os de m a is re g istro s de um a d eterm inada língua, enriquecendo-os. A lite ra tu ra , e sp e c ific a m e n te o rom ance, desem penhou o papel h istó ­ rico de p rom over essa inte rp en e tra ­ ção. N os E stados U nidos, o rom ance p o licial se d istinguiu nessa função, m as na F rança, um país c uja norm a cu lta é extrem am ente norm ativizada, foi um de seus dois ou três m aiores ro m a n c ista s m o d ern o s, L o u is Ferdinand C éline, que cuidou de rea ­ lizar essa tarefa. E no B rasil? B om , aqui o rom ance policial urbano virtualm ente inexiste. U m R ubem F onseca recorre pouco à g íria e, quando o faz, usa-a em um a versão atenuadíssim a. Plínio M arcos, a ú n ica v e rd a d e ira e x ceção , fico u relegado a um a posição m arginal na lite ra tu ra e no te a tro b ra s ile iro s , enquanto o escritor que m elhor sinte-

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tizo u v a ria n te s d istin tas do p o rtu g u ês no B rasil, G u im arães R osa, trab alh o u so b retu d o com d ialeto s reg io n ais, não com as falas de g ru p o s d iferen tes que co n v iv essem n um m esm o lugar. E, p a ra fala r a v erd ad e, n em h a v e ria com o faz e r a lg o d iv erso , p o is, com ex c eç ã o das do R io de Jan eiro , as gíria s b ra s ile ira s são m in g u a d a s e po b res. P a ra se v e rific a r isso, b asta co m p ará-las co m a riq u e z a do slang am erican o , do arg o t p a risie n se , do lu n fa rd o p o rten h o . O R io é um caso à parte, m as não to talm en te. S er um a c id a d e p o rtu á ria o n d e se m esc lam v ário s id io m as já aju d a, m as a razão cen tra l do R io ter alg u m tip o m ais in te ressa n te de g íria d ev e-se an tes à c o e x istên c ia m u ito m ais p ró x im a e fo rç a d a da p o p u lação do m o rro co m a qu e v ive à b eira-m ar. É p o ssív el, no en tan to , qu e o qu e se p ratica co n tin u a ­ m en te lá j á não seja u m a g íria de grupo, m as o d ialeto p ró p rio d essa cid ad e. A in d a assim , é um p o u co m ais in te ressa n te do que o p ratica d o no resto do país. Seja co m o for, a d e g rad ação da no rm a cu lta e a da g íria são fen ô m e ­ nos p a ralelo s qu e p arecem tam b ém ser irrev ersív eis. Sem a c o m b in ação de am bas, n u m b o m estad o , raram en te c o stu m am ap a re c e r o bras realm en te sig n ificativ as de ficção. E sta p o d e ser um a ex p licação p a ra o n ív el m ela n c ó ­ lico do ro m an ce b rasile iro atual. N elso n A scher é jo rn a lista e p o eta

N

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A S MODIFICAÇÕES NA L ín g u a o c o r r e m c o m a VELOCIDADE DOS INSTAN­ TÂNEOS ELETRÔNICOS Que toda língua se transforma, pela fala e pelo tempo, nada de excepcional. Tanto a lógica e os fatos são verdadeiros que, do romanço ao galego-português, e deste à nossa língua, percorremos ao menos quatro séculos de história. Até Cam ões oferecer-nos a prim eira pátria bem -form ada. E de sua origem ao m om ento de consolidação, podem os observar duas características - um tem pe­ rar vagaroso e digestivo e um a troca de culturas similares, consanguíneas. Hoje, nenhum a comparação de forma e de conteúdo parece-me possível. Em prim eiro lugar, as modificações na prosó­ dia e no léxico (por acréscimo ou substi­ tuição) ocorrem com a velocidade dos instantâneos eletrônicos e dos modismos. “Há um desgaste mais doloroso que o da roupa, e é o da linguagem, m esm o por­ que, sem recuperação.” (Carlos Drum mond de Andrade) Em segundo, porque os recém -chegados aos banquetes da fala já não compartilham os mesmos sabores da língua. São sintéticos, objeti­ vos e monossilábicos. M uito provavel­ mente, para decepção de Shakespeare ou de Swift. Por último, a irracionalidade, a ignorância do código e o filistinismo mercantil dos meios de comunicação e da publicidade aplainaram um terreno dócil e fértil para a invasão pacífica, avassala­ dora e irrevogável da língua. Que os nos­ sos “comunicadores”, executivos, políti­ cos e estudantes de todos os graus desco­ nheçam e se envergonhem do português, é um fato absolutamente previsível para a nova cultura em gestação. So, I must hard try to refine m y superficial knowledge about this ancient B eow ulf’s language. A survival m atter o f the fittest, nowadays. ■ N ew to n Cunha é técnico do Sesc


Ilustrações: Paulo Sayeg

MlEESimM l odo livro corresponde a um senti­ mento e todo sentimento equivale a uma palavra esquecida. A litera­ tura nada mais é que a casca de um vazio. Um vácuo entre a palavra que se perdeu e a pose que a encobriu. Assim Dolores Schultz, escri­ tora inédita e desconhecida que faleceu recentemente no Rio de Janeiro, definiu, uma vez, o ato de escrever. Procuro, obstinada­ mente, a palavra perdida que serve para seu caso. Não a encontro. Toda a culpa, no caso, deve ser atribuída a mim. Sinto-me enredado em afetos pessoais que, em vez de ajudar, atordoam-me. Comigo, os sentimentos con­ duzem apenas ao desespero. Envergonho-me. Mas tenho uma tarefa pela frente e não posso desistir. É hora de começar. Trago nas mãos, agora, os manuscritos de Dolores Schultz; eles são o que me resta de um amor doentio, que esteve sempre entre

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o enfado e a perseguição. Um cheiro acre emana desses originais, como se conservas­ sem algum resto de umidade fétida, como borras de vômito ou sêmen. Têm as extremi­ dades gastas e entortadas, as letras suave­ mente roídas e, agora que os folheio, sinto que algumas páginas me grudam nos dedos. Eles me foram passados, às escondidas, por uma pesquisadora de literatura comparada, depois de terem sido recusados pela diretoria de dois importantes arquivos literários como obra abjeta e menor. A moça, sempre prote­ gida por óculos escuros e com as unhas pin­ tadas como garras, entregou-me os manus­ critos com indisfarçável aversão; eles esta­ vam acondicionados em um pacote de plásti­ co pegajoso, acomodado por sua vez no fundo de uma caixa de papelão manchada com nódoas vermelhas; eu pensei imediata­ mente em sangue, mas a moça me falou em

ketchup ou algum condimento mais nobre. Não conheço os diretores das duas insti­ tuições em questão, mas posso imaginar seus motivos para se negarem a receber os manus­ critos da Sra. Schultz. Passei vários dias recolhido em meu quarto lendo os originais e ouso afirmar, sem medo de cometer injusti­ ça, que são desérticos e sem qualquer vestí­ gio de vocação. Avancei, linha a linha, espe­ rando esbarrar, a qualquer momento, em um sentido, uma imagem que me consolasse, uma tênue esperança de estilo; mas cada sen­ tença, uma vez percorrida, esfarelava-se em minha mente e eu sufocava em seu pó. Restou em minha memória uma torrente ile­ gível de palavras. Ainda assim, tentarei encontrar alguma ordem nesses resíduos. A leitura dos originais me fornece argu­ mentos de sobra para desprezar a autora e esquecê-la. Acontece que razões extra-literá-

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rias me forçam a prosseguir. Tive a sorte de conhecer Dolores Schultz pessoalmente. Ela foi, durante toda a vida, vizinha de minha mãe em um velho edifício de Copacabana. A Sra. Schultz me carregou no colo quando criança, me trocou algumas fraldas e sempre se mostrou simpática comigo. Não nos livra­ mos com facilidade dessas reminiscências, pois elas formam a rede de ilusões que sus­ tenta nossa idéia de identidade. Sem essas lembranças, que moldam a sensação de pas­ sado, nada somos. Nada sou, pois, sem a Sra. Schultz. Saí muito cedo da casa de meus pais e raramente voltei a vê-la, a não ser em encon­ tros apressados na portaria do prédio ou no elevador, ocasiões em que trocamos cumpri­ mentos afáveis, mas sem qualquer calor ou significado. Aos vinte e seis anos, porém, quando lancei meu ensaio biográfico sobre M. Estenssoro, o grande neurologista uru­ guaio, e pressionado por minha mãe, fui levar-lhe um exemplar autografado. A Sra. Schultz, já na faixa dos cinquenta anos, ainda era uma mulher atraente e, alguns dias depois, dormimos juntos. Ainda posso sentir, com forte repulsa, o aroma notável de leite azedo que sua pele evaporava e tocar mental­ mente seus cabelos de espinhos. Passei a visitá-la sempre que a solidão me desafiava. Tive com ela um amor danifi­ cado pelas diferenças de idade e também por meus preconceitos juvenis. Não sei por que continuei a vê-la. O sexo, para mim, logo se tomou uma imposição; o que me interessava era ouvi-la falar. Depois das rotinas do corpo a Sra. Schultz me oferecia um cigarro fran­ cês, um licor de abricó, uns amendoins moles - que eu sempre recusava - e punha-se a fazer comentários sobre arte e literatura. Tomava-se, então, uma mulher encantadora, que me envolvia em- seus franzidos de ima­ gens, volteios e recordações, enquanto a noite caía. Nesses momentos, em que a carne fica de fora e apenas as palavras têm valor, eu me sentia realmente excitado. Cheguei, movido por algumas sentenças mais ousadas, a ensaiar movimentos eróticos entre uma palavra e outra, mas logo fraquejei. Era a voz, e não o corpo da Sra. Schultz que me agitava os sentidos. Eu a ouvi, quase sempre, com os olhos fechados e, nessas horas, jamais a toquei. Assim era melhor. O leitor não se assuste, eu o pouparei dos

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detalhes maçantes do amor brutal a que eu me entregava, primeiro, por simples deses­ pero e, depois, como uma espécie de paga­ mento antecipado pelo que iria ouvir. Tentarei me deter,- apenas -, na relação sin­ gular que a Sra. Schultz tinha com a arte lite­ rária. Não sei se vou conseguir. Tudo o que diz respeito à ela, agora que está morta, me deixa confuso. Não se assuste o leitor se eu parecer indiferente, ou até malvado. Não escrevo sobre Dolores Schultz, hoje, movido por nenhum tipo de tara, compaixão tardia ou desejo de vilipendiar. Quero evitar qual­ quer lembrança mais calorosa para me prote­ ger do passado e, também, para proteger o leitor do passado que não passou, já que essa confissão o perpetua no presente. A literatu­ ra não passa de uma espécie avançada de mumificação. Distanciar-me é, por isso mesmo, cada vez mais difícil e, para dizer a verdade, agora é impossível. A vida só inte­ ressa por causa das relações impensadas e indefiníveis, como a que tive com a Sra. Schultz. O resto é reflexo selvagem. Esta é uma das raras vezes em que me dedico a escrever um texto maior que uma página. O leitor certamente perceberá meu estilo entravado e minha dicção ofegante de amador. Sou, porém, um leitor dos clássicos e hábitos se infiltram no sangue, tomam-se automatismos. Sou médico homeopata, tra­ balho com fundamentos psicológicos e conheço bem esses mecanismos que se desenrolam à margem da consciência. Apesar de minha paixão pelas letras, minhas

receitas são famosas não só pela extrema concisão, mas ainda pelo tom implacável. Não raro, no entanto, prescrevo medicamen­ tos com anotações em versos. Pratico nessas horas a arte dos quartetos, em geral erguidos sobre rimas toantes. Mas não sou poeta. Muitos de meus clientes me consideram, antes de tudo, um psicólogo. Minhas consul­ tas, contrariando as regras da homeopatia, são brevíssimas. Ouço pouco e falo menos ainda. Para mim, os sintomas se apresentam já na face dos pacientes, em seu modo de suspirar, de mexer com as mãos, no timbre de voz, nas cores que escolhem para vestir, no asseio das unhas ou no estilo do penteado. Preciso de bem pouco para chegar ao medi­ camento apropriado a cada um. Houve uma manhã em que tomamos, eu e uma paciente, por obra do acaso, o mesmo elevador. Observei seus olhos fundos e azulados, seus cabelos emplastrados em gordura, seus pas­ sos de cão furioso e, ao chegarmos ao andar de meu consultório, ali mesmo no hall e sem sequer lhe dizer "bom dia", prescrevi-lhe uma certa potência de arsenicum album, que anotei em uma tira de papel fixada contra a parede. Insights súbitos me conferem grande prestígio entre minha clientela, que me julga iluminado por alguma energia fabulosa; meus colegas de especialidade tendem a me ver, pela mesma razão, como um charlatão que manipula a fraqueza de desesperados e suicidas. Devo dizer que jamais conseguiram cassar meu registro, ou me levar aos tribu­ nais. É verdade que isso não prova muita Mas não escrevo aqui para falar de mim. Essa é, me parece, uma história exemplar e diz respeito não a mim, que sou agora - às portas dos quarenta anos - um pobre homem sem saída, ou à minha Dolores Schultz, que já está morta, e sim a um certo vulto que, desde o princípio, nos espreita às escondidas. Desde a primeira noite, é preciso confessar, deitei-me com a Sra. Schultz na esperança de conhecê-lo. Durante o ato sexual, eu não a via; eu me via ou via um elemento estranho que se interpunha entre nós dois. Estávamos, ambos, apenas cumprindo papéis lamentá­ veis em torno desse monstro. É sobre ele que desejo, agora, escrever. Contudo, não sei por onde começar. Só me resta, então, a memória de Dolores Schultz. Apego-me à ela, sombra do que não posso dizer.

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0 Quero deixar claro que não estou me referindo aqui a nenhum tipo de experiência mística ou religiosa; tampouco a um perse­ guidor de carne e osso, fosse ele um psicopata clássico, ou o adepto feroz de uma corpo­ ração policial. Existe, de fato, uma figura anômala e extravagante que se erguia entre nós. Ela está desde muito a meu lado, mas quando eu me deitava com a Sra. Schultz, sua presença se tornava mais evidente. Quando julguei falar com Dolores, foi com ele que falei; Dolores também, quando se referia a mim, era a esse ser espantoso que se dirigia. Ele tem duas faces, absolutamente divergentes e até incompatíveis, mas que se sustentam sobre uma única moldura, espécie de placa afetiva modelada pela convergência de nossos olhares. Descobri, assim, que eu e Dolores jamais nos comunicávamos; era sempre a esse vulto externo que dirigíamos nossas palavras tontas. Através dele, tínha­ mos a ilusão de conversar. A rigor, não sei dizer quem foi Dolores Schultz. E talvez tenha bem pouco, também, a dizer sobre mim mesmo. Preciso avisar, ainda, que não elaboro aqui nenhum tipo de teoria: falo de uma experiência concreta, como um resfriado, um engarrafamento ou um trovão. Não sou homem de exercícios teóricos, que sempre me aborrecem. Como médico, aprendi a des­ prezar as certezas e a valorizar as incon­ gruências. Como homem, tornei-me apto a amar o silêncio e a vaguidão. Com Dolores Schultz, aprendi a rejeitar as normas de exa­ tidão que sempre me amedrontaram. Tenho cada vez menos a dizer. Um dia estarei mudo e realizado. Mas voltemos à literatura. Dolores dizia que a escrita suprema é o silêncio. Eu não a podia entender. Sempre desprezei as artes, que reputo experiências afetadas e desneces­ sárias, praticadas por impostores e exibidos. Foi na cama, vendo a Sra. Schultz falar enquanto seu corpo sacolejava em balanços ritmados e quase imperceptíveis, como um calafrio que jamais termina, que julguei ter entendido o que está em jogo na experiência artística. A arte nada mais é que o tal mons­ tro de que tento falar. Na pintura, ele se deixa maquiar pelas cores, pelas abstrações, pelas figuras e está amordaçado na moldura. Na música, ele se perde no ar, como um rastro de fumaça. Não considero o teatro e o cinema manifestações artísticas; são meros surtos narcísicos ou modos legítimos de sobreviver. Resta a literatura, melhor instrumento com que minha fera pode ser domada. Agarro-me a essas esperanças, mas sei

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que ainda assim me iludo. Também a arte não dá conta do que desejo descrever. Dolores estava certa: a literatura não é nada. Isto ficou mais claro quando comecei a 1er seus manuscritos. Eles são, hoje, minha grande obsessão. Quase ninguém sabe que Dolores Schultz deixou quatro livros inédi­ tos: dois romances, uma coletânea de relatos curtos e um volume de notas teóricas. Escrevia em estilo sofrível, mas manejava argumentos impressionantes - e eles vinham cravejados de propósitos atrevidos e erudi­ tos, de forma que me espanta que, apesar de medíocres, não tenham obtido relativo suces­ so, ao menos, em círculos esnobes. Dolores Schultz, embora não tivesse talento, era muito melhor que boa parte de nossos escri­ tores respeitáveis. Além disso, era uma mulher sincera, para quem a escrita funcio­ nava como um aparelho de confissão, desses que vêm com selo de garantia e manual de instruções e por isso jamais falham. Vivia em um apartamento amplo, prote­ gido por compactas cortinas de veludo e escoltada por nove cachorros - e, quando um morria, era imediatamente substituído, pois o número nove, por motivos que jamais com­ preendi, parecia-lhe fundamental. Um dia ela me disse: "Minha preocupação não é com o nove, mas com o trinta e seis" e, como eu vacilasse, prosseguiu com uma pergunta apa­ rentemente tola: "Quantas patas têm nove cães?". Não posso deixar de lembrar, porém, que um de seus animais era perneta. Esta cir­ cunstância, que ela desprezava como peque­ no acidente do destino, talvez tenha sido a causa de sua morte; é nas gretas da ironia que meu monstro se alimenta.

A obra de Dolores Schultz é, menos por seus parcos méritos e mais por seus tenebro­ sos enganos, e à sua revelia, um retrato for­ midável de nossa época. Posso escrever agora essa frase pomposa e deplorável e ela parece fazer sentido. Um pobre homem, debruçado sobre a tristeza mais infinita, pode tudo. Mas o leitor se previna: por detrás dos clichês, estarei acenando com fabulosos tesouros. Não serei eu o homem que vai desenterrá-los. Não estou seguro, nem mesmo, se algum dia publicarei este texto ou se o escrevo apenas para que ele se desfaça, inerte, ao lado dos originais que o inspiram. Escrevo aqui o prelácio de um livro que nin­ guém lerá. A Obra Completa de Dolores Schultz jamais será editada pois já decidi que, depois do ponto final, queimarei os ori­ ginais e me livrarei também das fotografias, notas pessoais e correspondência da autora. Então, para que prosseguir? Não continuo a escrever movido por medíocres intenções literárias, nem por vaidade torpe. Estou deci­ dido a lançar os textos da Sra. Schultz na fogueira porque o que me interessa é, unica­ mente, a argumentação que eu possa deles extrair. Não estou fazendo propaganda de uma escritora incompreendida ou tentando restaurar uma dignidade que se perdeu; limito-me a usar uma mulher que conheci, e que depois rejeitei, para propósitos menos subli­ mes que a relação entre duas pessoas. Sou um profissional, só a medicina me importa. Jamais se esqueçam disso. A essa altura, meu leitor já deve estar bas­ tante inquieto. Chegou a hora de acalmá-lo. Vamos aos fatos, matéria por excelência da arte médica. Os dois romances de Dolores

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I Schultz - A Viga e Vácuo - são ficções sofisti­ cadas, escritas com a cautela de um alpinista, que ela redigiu durante os anos 80, já em plena maturidade. O livro de relatos e poemas - A Hora Rancorosa - reúne as ficções curtas que produziu desde "Têmpora", seu primeiro conto, datado de 1972, até "Cataclisma", que é por assim dizer seu relato de despedida, escrito algumas semanas antes da morte. No fecho, duas dúzias de poemas medíocres selam, com melancolia, seu destino literário. "Cada vez que sinto o que sou", seu único ensaio teórico, apresenta uma organização caótica, em que as idéias se mesclam e se con­ tradizem e o narrador parece sempre mudar de posição, mas guarda, para o leitor atento (e resistente, pois exige fibra), uma indefinível sensação de coerência. Trata-se de harmonia insensata, composta por nexos frouxos, ila­ ções vadias, mas ainda assim há um esforço de harmonia. Ainda não disse que Dolores Schultz foi brutalmente assassinada, e se omiti essa infor­ mação até aqui não é porque não a considere relevante ou porque, ao contrário, acalente o desejo de fazer suspense, mas simplesmente porque não escrevo para provocar sensações fáceis. Tento seguir, apenas, um dos preceitos básicos da Sra. Schultz, para quem a literatu­ ra deve ser o terreno da discrição, da razão sublime e da contenção. Não sei, francamen­ te, se concordo com ela. Esta breve experiên­ cia com a escrita que agora vos ofereço, na verdade, me ensina o oposto: que a literatura é o terreno do exibicionismo, da desrazão e do derramamento. Sei que escrevo movido, no fundo, pelo desejo odioso de lhe roubar um pouco do brilho e também pela vontade irra­ cional de me desforrar. Sentimentos repulsi­ vos que, no entanto, me impulsionam para a frente. Por isso, depois do ponto final, esse

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breve ensaio será também incinerado. Em algum jantar de domingo, servirei suas cinzas como o condimento insípido de uma sopa ou de um assado. Nada dele restará. Mas estou indo depressa demais e isso pode espantar meus leitores mais sensíveis. Trato de me concentrar, mais uma vez, na obra da Sra. Schultz. A coletânea de ensaios traz, na capa, dois títulos e, ao que parece, a escritora não pode se decidir por nenhum deles: "Cada vez que sinto o que sou" e "O corpo desamparado". O segundo vem em letras maiores, porém esmaecidas, resultado talvez do atrito desferido por golpes incertos de borracha. Prefiro, particularmente, o pri­ meiro título, embora ele denote certa tendên­ cia à prolixidade e, o que reputo mais perigo­ so, ao narcisismo. Outra vez, apego-me à cla­ ridade. Os ensaios, ainda que de qualidade literária duvidosa, fazem ver a importância que Dolores Schultz atribuía à sua vocação para grande projetista, pois aparecem sempre guarnecidos por gráficos, mapas, tabelas, esquemas e cronogramas e surpreendem, sobretudo, pela arquitetura. A Sra Schultz era, seguramente, uma mulher ambiciosa; deseja­ va atingir o máximo de surpresa e queria hor­ rorizar o leitor, chocá-lo com suas constru­ ções arrojadas, sem poupar recursos para isso. Queria transmitir firmeza e lucidez mas, agora que está morta, eu posso afirmar: Dolores Schultz foi a mulher mais atormenta­ da que conheci. Seus exercícios literários eram, na verdade, castigos impiedosos. Cobrava muito de si, julgava-se sempre em dívida com os outros e isso ajudou a matá-la. Na abertura do primeiro ensaio aparece uma epígrafe que, provavelmente, sintetiza o pensamento da Sra. Schultz: "Nada nos per­ tence. O corpo físico é uma máquina que repete movimentos do passado. Somos pio­

res que cães amestrados. Eles, ao menos, sabem morder". A reflexão vem assinada por Isabel Kelvin - um dos pseudônimos sob os quais a Sra. Schultz preferia se esconder. Dolores precisava dessa dança interminável de máscaras. Tinha o hábito vulgar - e com­ pulsivo - de citar a si mesma; dèfendia-se sempre com mecanismos encobridores pre­ cários, quase infantis, como se seu desejo verdadeiro fosse o de ser descoberta. O leitor quer provas? Há em A Hora Rancorosa um pequeno poema intitulado "Filiação", que atribui a uma certa Wilma P., em que se des­ tacam quatro versos: "Para falar não falo/ para falar me calo/ e cito a outra que/ hoje sou eu mesma". Em outro poema, "Verdade", que assina com o próprio nome, Dolores admite a autoria do primeiro: "Sou a mulher mentirosa que cita/ a si mesma e se discrimi­ na/ sombra miserável/ doença feminina". Sei que, às vezes, parece haver alguma beleza na obra da Sra. Schultz. Não se deixe o leitor, porém, enganar. Volto a citá-la: "O grande perigo da arte está na beleza. A beleza encobre o vácuo". Dolores dizia preferir a arte feia, desprezível, aquela incapaz de sedu­ zir ou emocionar, pois só podia acreditar em palavras ríspidas. Toda a sua obra é uma afir­ mação constante de repulsa ao belo. Dolores Schultz foi má escritora porque quis. Tudo o que escrevia de melhor era imediatamente eliminado. A mais tênue manifestação de beleza e elegância, suprimida. Encontrei entre seus pertences uma fotografia de juven­ tude em que está belíssima; um horrível bigo­ de negro, desenhado grosseiramente à caneta, fere seu rosto. A fealdade era sua utopia. Cada vez que me deitei com a Sra. Schultz, uma sensação incômoda de ausência me possuiu. Aos poucos, comecei a perceber que, a rigor, nao podia tocá-la. Quando meus dedos sentiam sua carne fosca, era outra a carne que na verdade percorriam. Uma enor­ me agonia foi tomando conta de mim e, a cada encontro, eu me sentia mais aflito e agi­ tado. Salvavam-me suas palavras, cuja legiti­ midade jamais pude conferir. Até mesmo na hora do amor, a Sra. Schultz se servia de citações falsificadas. Cada orgasmo era, ape­ nas, a menção de um orgasmo anterior. Aos poucos, descobri, horrorizado, que eu gozava com outra pessoa. Eu gozava com o monstro. Não se preocupem: estou triste, mas posso assegurar que estou bem. Não vou aqui disfarçar meus atos com motivações requintadas, nem me apresentar como homem lúcido. Tudo o que fiz, sempre, fiz por impulso. Agora sei que o monstro nada mais era que esse feixe de palavras que

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Dolores Schultz transformou em livros. Minha situação ficou assim: o amor que a Sra. Schultz me oferecia não me interessava, só me interessavam suas idéias; mas eram as idéias, justamente, o que eu não podia supor­ tar. As idéias eram o monstro. Fiz essa des­ coberta com muito medo. Enquanto se des­ pia para deitar, Dolores encobria o corpo com aquela torrente de sons e, ao fim, eu não podia mais vê-la, embora estivesse nua à minha frente. Que estúpido fui ao buscar, justamente, o que me era repulsivo. Quero continuar a escrever, mas a luz transversa do fim de tarde, que entra pela janela, me deixa cego. Essa é a mesma luz que invadia o quarto da Sra. Schultz no dia de sua morte. Ela completava cinquenta e dois anos e me convidou para um chá em seu apartamento. Logo ao chegar, compreendi que eu era o único convidado. Eu a pude ver, naquela noite, como de fato era: uma mulher pequena, a pele franzida como um leque, os olhos revestidos por delicadas rachaduras vermelhas, enquanto braços ágeis ajeitavam os cabelos e gesticulavam em ondas, envol­ vendo as palavras, como se elas fossem botos enfurecidos. Tomamos dois ou três cálices de vinho, comemos fatias finíssimas de um assado vegetariano e ouvimos música. Depois, com o semblante solene de quem pretende anunciar uma grande descoberta, a Sra. Schultz me conduziu à biblioteca. Naquela sala, eu a matei. Não devia ter dito assim tão rapidamen­ te, mas é que a proximidade da noite começa a me incomodar e logo terei de parar de

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escrever. E, ao meu lado, um cantador de hinos religiosos não consegue se aquietar, entoa com fúria uma canção a Jesus enquan­ to circula ao redor de meu estrado e meus pobres pensamentos se misturam à sua zoei­ ra. Setas de luz começam a entrar por minha pequena janela, vazando-me os olhos; quan­ do Deus chega, meu companheiro me diz, é anunciado por anjos armados com raios; mas eu respondo com um sorriso sarcástico. Sinto dores agudas, em especial na vista que está encoberta pelas ataduras, uma aflição que se espalha e me comprime as têmporas, ainda que a brandura da noite comece, agora, a me refrescar. Descrevi essa sensação, horas antes, a meu companheiro evangélico e ele se limitou a comentar: "Voce está plugado ao head phone de Deus". Perguntou então, se eu podia ouvir os acordes emitidos pelas trom­ petas celestes, que costumam descer disfar­ çados em ruídos elétricos, chiados, gritos atrozes. Em resposta, fechei os olhos e me entreguei a meus pobres pensamentos. Uma frase da Sra. Schultz se grudou então à minha mente, como uma etiqueta fixa em um embrulho, e me libertou: "Quando conecta­ mos com o que somos", ela escreveu, "O mundo deixa de existir". Foi, provavelmente, o que me aconteceu. Agora mesmo, enquan­ to meu companheiro dorme, ainda posso sen­ tir o que sou. Só que, a cada vez, sou uma coisa diferente e aqui começam os meus pro­ blemas. Nem Dolores pode me entender. Pedi ao enfermeiro, hoje pela manhã, uma jarra com flores, para que eu pudesse disfarçar as rachaduras que, transpassadas

pelos raios lançados no fim de tarde, fazem meu quarto se parecer com uma prisão. Mas ele não me ouviu ou não quis atender a meu pedido. Ele me disse: "Cale a boca, ou você não terá seu banho de sol". Eu tentei argu­ mentar que estamos em um ponto em que a Sra. Schultz precisa de um pouco de paciên­ cia, mas ele já tinha sumido no corredor e não pode me ouvir. Ainda o ouvi gritar: “Se insistir, vai para a solitária”. Meu olho doen­ te começou, logo, a latejar e eu tomei essa dor como um sinal de que Dolores Schultz ainda está por perto. Os avisos que ela emite para me chamar a atenção são muito fracos, mas eu não os deixo escapar. Hoje sei que estou apaixonado pela Sra. Schultz, mas ela é apenas um cadáver. O enfermeiro voltou com a bandeja do almoço e me fez interromper meu relato. Agora que tenho o estômago cheio, posso continuar a escrever. Afirmo que matei a Sra. Schultz, mas não posso recordar os detalhes, e talvez por isso ninguém acredite no que digo. Nem mesmo o enfermeiro que agora sorri com sua boca de cachorro desdentado. Por isso me tomam por louco e me trancafiam. A ausência de memória me condenou. Lembro-me de que, depois do chá, Dolores Schultz tentou me arrastar para a cama, enquanto arrancava o sutiã com suas unhas de ferro. Nesse dia, ela usava um vestido brilhoso e tinha sobre o peito um colar de vidrilhos baratos. "Não quero mais fissuras", ela me disse. "Você deve me obedecer sempre. Se as coisas se partem, vem o vácuo." Eu não a entendi, mas senti o forte cheiro de bolor exa­ lado por suas axilas, aroma que se derramava sobre seus seios e descia pelo ventre gelado, tanto que logo tive de interromper os beijos porque fiquei tonto. Fui até a janela em busca de ar. Ela me abraçou pelas costas e sussur­ rou: "Você ainda não me vê. Por enquanto, sou apenas a sombra que encobre uma mulher". Eu me virei e, ao contrário, sua ima­ gem me pareceu insuportável. Então, empurrei-a com toda a força contra a parede. Sei que a matei porque seus olhos ficaram congelados em algo que não existia, fixos como as fotos que emergem dos líquidos de revelação, e isso é um sinal de que o contato com Deus se esta­ beleceu. Não tenho outras provas, por isso já desistiram de me interrogar. Não ficaram mar­ cas, poças de sangue ou vestígios de pólvora. Foi o crime mais banal e sem convicção que alguém já cometeu. Nem sei se vocês podem me chamar de assassino. Depois que a matei, deitei-me no divã da sala e dormi por algum tempo. Quando acor­ dei, a empregada gritava pelo corredor, dan-

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çava em círculos como uma galinha e, depois, se atirou sobre o telefone. Perdi a I noção do que aconteceu em seguida. Sei ape­ nas que estou internado e, ao que parece, não I tenho muitas chances de sair daqui. "Vamos, meu filho, coma um pouquinho", a enfermei­ ra me diz. Mastigo, sem vontade, tiras de frango desfiado. Uma maçã cozida, enrugada como o seio de uma velha, me espera em uma taça de plástico. Não quero mais comer, mas a enfermeira não se convence e me der­ rama um líquido escuro e repelente pela gar­ ganta. Trata-me como um incapaz. É muito duro para um homem não ser reconhecido justamente em seu ato mais radical. Querem me roubar o único momento de coragem que fui capaz de viver. Adoecem-me para não ver o monstro que sou. Durmo um pouco depois da comida, até ser acordado pelo guarda que me diz: "Arrume-se, está na hora de receber uma visita". Não sei quem poderia me visitar. Ergo-me sem qualquer interesse. Minhas roupas estão frias, como que passadas a gelo, meus cabelos, grudados pela umidade e minhas mãos, hesitantes como aranhas cegas. Custo a vestir o camisolão. Um guar­ da me acompanha até o parlatório. É uma sala coberta de ladrilhos cinzentos e sem janelas, que lembra um forno. Sento-me diante da grade e espero, mas ninguém se aproxima. Finalmente, do outro lado da sala, um homem muito velho, perto dos oitenta anos, caminha em minha direção. Ele se arrasta amparado em uma governanta obesa. O velho tem cabelos ralos que se derramam I sobre a testa, as sombrancelhas desafiam os moldes clássicos de um rosto, as pernas pare­ cem grudadas ao chão, enquanto uma benga­ la se move, em rangidos, trazendo-o lenta­ mente até mim. O velho se senta à minha frente e seu olhar é de indiferença. Ainda assim, se esforça e diz: "Bom dia, minha querida". A governanta, resignada, ampara-o na cadeira. Os dedos finos do velho estalam quando ele aperta minha mão. Ele busca, agora, palavras que lhe fogem. Arfa. A governanta me olha e comenta: "O doutor, hoje, está agitado. Devem ser os medicamen­ tos. Não podemos demorar muito". Meu pai traz consigo um pequeno enve­ lope, onde se inscrevem apenas duas pala­ vras: "Arsenicum album". Com a voz de velho, me diz: "Você deve tomar esse remé­ dio, minha filhinha. Vai te fazer bem". Tenso, cruzo as pernas e me acomodo melhor na cadeira. A governanta o ajuda: "Guarde o remédio, querida", ela sugere, e depois, colocando-se por detrás dele, apenas balbuciando

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as palavras, acrescenta: "Esqueça". Pego o envelope com o pó homeopático e o ponho no bolso do camisolão. Ficamos nos olhando em silêncio, atolados nessas sobras de sentimen­ tos exagerados que sempre aparecem quando pai e filho se encontram. "Dolores", ele bal­ bucia, mas não consegue completar a frase. A governanta ajeita, afetuosamente, seus restos de cabelos. "Tenha paciência, Dolores. O velho não está nada bem", ela diz. Meu pai suspira. O peito sacode, as orelhas abanam em movimentos de animal, a testa se averme­ lha. Meu pai está possuído por movimentos involuntários e arrebatados. Isto é a velhice. "Dolores", ele volta a dizer, com um gemido. Peço que tenha calma e fale deva­ gar. Meu pai agora respira com sofreguidão, ergue o nariz como se farejasse algum odor odioso e me pergunta: "Você não está escre­ vendo nada de novo?" Só ele ainda acredita em minha vocação e isso é um motivo para eu odiá-lo. Por que só esse velho tolo? A frase seguinte começa com uma vogal imper­ ceptível e logo ele se afoga em suspiros sin­ copados. “Minha Dolores”, ele recomeça. E fecha os olhos. A governanta o apruma na cadeira. Meu pai, agora, está quase dormin­ do. "E melhor irmos embora", ela comenta. O velho parece acordar e se ergue de repente em uma onda de solavancos; debruça-se então sobre a bengala e me lança um olhar sem qualquer significado. Fica imóvel, os olhos colados a meu rosto e aquilo me inco­ moda. Faço um breve movimento para me erguer, mas a governanta me detém: "Seu pai não quer que você deixe de escrever. Mesmo presa, deve continuar", ela pondera. Parece uma mulher séria e sincera. Agradeço e afago os cabelos do velho. Penso em meus escritos de homeopatia, que não pude trazer comigo. Onde os terei deixado? Ainda terei forças, um dia, para terminá-los? Um guarda,

pelas costas, me responde: "Terminou sua hora". Mas meu pai não quer soltar minhas mãos. Tento me livrar de suas garras quebra­ diças, chego mesmo a puxar com alguma violência, mas ele parece inerte, apesar dos olhos derramados sobre mim. Finalmente, livro-me de seus carinhos e volto para o quarto. Não o vejo partir. Não gosto de reencontrar meu pai. Preciso de consolo, mas às vezes a solidão é mais eficaz. Nao é fácil ser um médico de prestígio e, ao mesmo tempo, ocupar um leito de paciente em um grande hospital. Ninguém pode estar ao mesmo tempo em dois lugares diferentes. Dolores foi precisa ao escrever: "Cada vez que sinto o que sou é preciso saber, também, onde estou". Assusto-me porque, às vezes, nossas idéias se misturam. Talvez eu devesse tomá-la como objeto para um estudo científico. Não teria grande sucesso entre meus pares, mas poderia, quem sabe, me dis­ tanciar. A ciência serve para isso: para nos dar a ilusão de liberdade. Depois que matei a Sra. Schultz, preciso fazer alguma coisa com seu cadáver. Não me entendam errado: não me refiro ao corpo material, apodrecido e distan­ te, que os policiais levaram envolto em um lençol, mas à essa carcaça vazia que, agora, parece aderida a meu espírito. Dolores sem­ pre quis me possuir. Nada mais terrível para um homem do que a fantasia de ser possuído por uma mulher. Meus leitores se acalmem: hoje o sexo nada mais significa para mim. Devem ser pacientes comigo. Aqui em meu quarto, a vida parece sinuosa e incompreensível, mas posso garantir que são, apenas, os efeitos da luz. A vista logo se acostuma. Dizem que fiquei muito doente e que, agora, preciso de um longo período de repouso. Tudo não passa de um exagero. Sou um homem lúcido, tenho ainda muito a fazer e, enquanto não me libertam, distraio-me escrevendo. Rabisco essas palavras inúteis que não têm qualquer poder de alterar meu destino. Dolores tam­ bém está morta e para ela só resta o grande silêncio. A Sra. Schultz me fez ver a covardia guardada nas palavras. Muito mais difícil é se calar. Não se preocupem comigo, estou apenas me distraindo. Dolores Schultz me ensinou, também, o desprezo pela compai­ xão. Ensinou-me que a piedade é sórdida e é também repugnante. Não quero que meus leitores tenham pena de mim. O que sou agora já não importa. Leiam-me - isso deve bastar, embora também não sirva para nada. José

C astello

é e sc rito r e crítico

de

Literatura

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HUMOR

F ER N A N D O SCHIA VON É ILU S TR A DO R E ANIMADOR

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Jan eiro 97


ROTEIRO SELETIVO DE ATIVIDADES CULTURAIS, ESPORTIVAS E DE SAÚDE DO SESC DO ESTADO DE SÃO PAULO

Em Cartaz Janeiro

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Em janeiro, uma competição incomum: o Pentatlo Urbano, no Sesc Ipiranga. As provas do torneio são bicicleta, mergulho livre, arremesso de bumerangue, arco e flecha e orientação através de mapas. O

TEATRO MÚSICA DANÇA ARTES PLÁSTICAS & VISUAIS LITERATURA/CINEMA ESPORTES CORPO & EXPRESSÃO

Festival A berto Para Balanço comemora 50 anos de

NATUREZA & MEIO AMBIENTE

MPB, no Sesc Pompéia. Durante dez noites, músicos, intérpretes e arranjadores como Adriana Calcanhoto, Silvio Caldas, Canhoto da Paraíba, Barão Vermelho (foto), Erasmo Carlos, Chico César e Beth Carvalho, entre outros, mostram os principais movimentos e gêneros da música brasileira.

SAÚDE & ALIMENTAÇÃO INFANTIL TERCEIRA IDADE FÉRIAS & TURISMO SOCIAL INTERIOR


I Inscrições Abertas CEIMTRO DE PESQUISA TEA­ TRAL. Os cu rsos do CPT do S esc abrem su as inscrições para 97. SESC C onsolaçao • Introdução ao M étodo de Ator. 20 vagas. Coordenação de An­ tu n es Filho. Inscrições abertas a partir do dia 13, até o limite de 600 inscritos, das 9h30 às 18h30, no Hall de Convivência. É n ece s­ sária a ap resentação de ficha de inscrição preenchida, foto recen­ te 3x4 e p agam ento de taxa de R$ 5,00. Os inscritos participarão do p ro ce sso d e s e le ç ã o em várias fases. • E stu dos d e C enografia d e In­ d u m en tária. 14 v a g a s . C oor­ d e n a ç ã o d e J. C. S erroni. Inscrições de 15 a 31, d as 14h às 20h, no 7- andar - CPT. É n e c e s ­ sária a ap resen tação d e ficha de in scrição p ree n c h id a , fo to recen te 3x4 e p a g a m en to de taxa d e R$ 5,00. Os inscritos particip arão d e p r o c e s s o d e se le ç ã o em d uas fa se s.

Jesion - F en ôm en os Extremonos Com panhia d e Teatro. Dia 16, às 21 h. R$ 3,00 (com erciários matric.) e R$ 6,00. C onvites gra­ tu itos de terça a sáb ado. SESC Ipiranga U-FABULIÔ. E spetáculo de rua que utiliza o hum or sarcástico e o s recursos circen ses para dar vitalidade à en cen ação, esta b e le­ ce n d o co n ta to direto com o público. Com im proviso su sten ­ tado por uma estrutura dramatúrgica, ten d o com o fon te de ori­ g em a c o m éd ia ocid en tal na Idade Média, a história é narrada por um v en d ed o r am b u lan te, típico d as ruas de uma grande m etróp ole, que ch eg a a uma estranha carroça em forma de barco. Com Parlapatões, Patifes e P a sp a lh õ es. Dia 9, à s 20h. SESC Ipiranga

TEATRO. O rientação de Camilo T ostes. S áb ad os, das 15h às 18h. 25 vagas. R$ 36,00 (com erciários matric.) e R$ 40,00. SESC S ão C aetano

• Milton Edilberto. Cantador, com ­ positor, instrumentista e improvisador de versos, apresenta o show Viola q u e Fala, reunindo toda pes­ quisa e vivência com a música regional e folclórica. De 6 a 8, às 19h. Grátis. • Rubens Kurin. Cantor e com po­ sitor natural de Igarapava, apre­ senta m úsicas de sua autoria e de Chico César e J o s é Miguel Wisnik. Kurin será acom panhado por Flávio Marchesin, no teclado e Marcelo Bola, no baixo. De 13 a 15, às 19h. Grátis. • Ciranda. Form ado por Sérgio R osson i, no contrabaixo; Aldo Barreto, na p erc u ssã o ; Mário C h ecch etto, no s a x o fo n e e R enato S antoro, no violão, o grupo apresenta um repertório de m úsica instrumental reunin­ do p eças de s e u s d ois discos, lançados em 92 e 96. De 27 a 29, às 19h. Grátis. • Paulo Brioschi. O baixista, com ­ positor e arranjador faz pré-lançam ento d e seu primeiro CD, Paulo B rioschi, M úsico. O repertório reúne c o m p o s iç õ e s próprias, clássicos da bossa-nova, da MPB e pop mundial. De 20 a 22, às 19h. Grátis.

Espetáculos

Da Rua para Ópera Atitude Inteligência Boca de Lobo III é uma ópera-rap que mistura o som hip-hop com a linguagem teatral e coreografias de street dance. Dia 30, às 20h. Grátis. Sesc Ipiranga

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ATITUDE E INTELIGÊNCIA BOCA DE LOBO III. Ópera-rap que aborda q u e stõ es con tem p o­ rân eas, utilizando lin g u a g en s artísticas variadas que resultam em um esp e tá c u lo d e ritmo intenso. É um mix do som hiphop e da linguagem do teatro. Os d iálogos são can tad os em rap e o s m ovim entos coreografados, em p a sso s da street dance. Com N úcleo Paulicéia. Dia 30, às 20h. Grátis. SESC Ipiranga PERPÉTUA. A peça p assa-se no ano de 2007, em uma m é g a lo p o ­ le brasileira sob lei marcial. Uma prostituta de p eep -sh ow e um jovem intelectual ficam tranca­ d o s por uma n oite em uma boate. Entram em ch oq u e ao confrontarem su a s id éias e v is õ e s do m undo: sed u çã o , m ed o, ód io , revolta, amor, in c o m p ree n sã o . E stes sã o o s sen tim e n to s que con d u zem o casal ao inexorável e trágico fim. Com D ion ísio N eto e Renata

ABERTO PARA BALANÇO - 50 ANOS DE MPB. Durante dez noi­ te s estarão reun idos m ú sicos, intérpretes e arranjadores d os principais m ovim en tos e g ê n e ­ ros m u sicais su rgidos na MPB n o s ú ltim os 50 a n o s. Partici­ p ação d e MPB 4, Adriana Calcanhoto, Canhoto da Paraíba, S ílvio Caldas, E rasm o Carlos, Barão Verm elho, Carlinhos Lyra, Beth Carvalho e Chico César, entre outros. De 15 a 26, às 20h. SESC Pom péia COMPANHIA SONORA. O Centro Experimental de M úsica do S e s c criou a série C o m panhia So n o ra para m ostrar ao púb lico o m elhor da produção atual em n ossa m úsica popular. Reserve seu início de noite para entender m elhor por que a m úsica brasi­ leira é apreciada e admirada em qualquer lugar do m undo. Veja program ação a seguir. SESC C onsolação

INSTRUMENTAL SESC PAULIS­ TA. Garantia de um fim de tarde tranquilo ao so m de boa música ao vivo é o que o In stru m e n ta l S e s c Paulista oferece há m ais de cinco an os a o s ap aixon ad os pela m úsica instrum ental. Todas as segu n das-feiras, às 18h30, são d ad os o s acordes de jazz, blues, funk, MPB e tudo que a música instrumental p ode oferecer. SESC Paulista • Tasso Banguel e S e x te to Brasil Cordas. O m aestro T asso, criador do con ju n to Farroupilha, está com em orand o 50 an os de carrei­ ra e lança o CD Identidade, com ch oros, sam b as e m úsica regio­ nal gaúcha, acom pan h ado pelo S exteto Brasil. Dia 6, às 18h30. Grátis. • C elso Pixinga e PX Band. O agi­ tado baixista Pixinga vai lançar seu m ais recente trabalho em CD, Vôo Livre, a com p an h ad o pelo sexteto instrumental form a­ do por Otávio M oraes, Patrícia

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EM CARTAZ Valente, Rita Kfoury, Fred Tangary, Yula Gabriela e Marcelo Elias, tocando m úsicas de sua autoria. Dia 13, às 18h30. Grátis. • Grupo Quaternália e Paulo de Tarso S a lle s. Os v io lo n ista s Breno Chaves, Eduardo Fleury, Fábio Ram azzina e S id n ey Molina lançam CD com repertó­ rio do barroco ao clá ssico . Também o violonista Paulo de Tarso S alles estará apresentando seu CD com m ú sicas de Pixinguinha, D ilerm ando Reis, Noel Rosa e João Pernam buco. Dia 20, às 18h30. Grátis. • Carlinhos Antunes. O violonista, ex-integrante do Tarancón, lança seu CD Paisagem Bailarina, com m ú sicas de sua autoria. Par­ ticipações de Rogério Costa, no saxofone; Sérgio G om es, na bate­ ria e Zeli, no baixo. Dia 27, às 18h30. Grátis. MÚSICA NO ARICANDUVA. Espaço aberto para difusão da boa m úsica e de s eu s intérpre­ tes, apresentando diversos esti­ los e tendências. Bandas com repertório con tend o muita ginga, ritmo, s u in g u e p rese n tes na m u sicalidad e do n o s so povo. Veja program ação a seguir. SESC Itaquera • Banda N e g ó c io s à Parte. Instrumentistas ecléticos d esen ­ volvem experiências com tim ­ bres, so n s e ritmos. A Banda p assou pelo rock, pop, funk com pitadas de blues e jazz, porém envered ou-se pelo reggae. Show com muito suin gu e e balanço. Dia 5, às 15h. • Banda Jahw ana. M úsicos com trabalho b aseado na harmonia de son s e ritmos, produzindo um som dançante. N este sh ow apre­ senta seu primeiro CD, com refe­ rências a grandes n om es do reg­ gae com o Bob Marley, Peter Tosh e tam bém regravações, com o "Cada Macaco No Seu Galho", de Riachão, e "Belo Balão", de Gonzaguinha. Dia 11, às 15h. • Passoca. Violinista, este m úsi­ co interpreta co m p o siçõ e s de seu novo CD, com repertório eclético de m úsicas de Paulo Vanzolini, Heitor Villa-Lobos e Dorival Caymmi. Especial Ado-

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niran Barbosa, em h om en agem ao aniversário da Cidade de São Paulo. Dia 19, às 15h.

Silvio L. Pinhatti/Divulgação

SERENATA PARA SÃO PAULO. Para h om enagear a cidade, pelo seu aniversário, o s "Trovadores Urbanos" farão uma seren ata com m úsicas que falam sobre São Paulo e can ções de com p osi­ tores paulistas. Dia 24, às 19h30. Grátis. Área de Convivência. SESC Ipiranga TARDES DE BLUES. O Centro Experimental de Música do S esc apresenta, nas tardes de sábado, uma d as form as d e m ú sica popular norte-am erican a q ue m ais influenciou o cenário m usi­ cal pop d este sécu lo. Nascido a partir d os spirituals e can ções de trabalho d o s n eg ro s, o blu es marcou profundam ente o d esen ­ volvim ento do jazz, do rock e da black m usic em tod o o m undo. Veja program ação a seguir. SESC C onsolação • Dr. F eelgood B lues Com bo. Considerado por André Christovam o m elhor gaitista brasileiro de blues, Dr. Feelgood já se apre­ sentou com grandes exp ressões do estilo, com o Albert Collins, Buddy Guy e William Clark, entre outros. A com panhado por Caio D oh ogne, na bateria; Márcio Millani, no baixo e Álvaro G onçalves, na guitarra, apresenta um repertório de clássicos do blues. Dias 18 e 25, às 16h. Grátis. VERÃO MUSICAL. Nas manhãs de dom ingo, às 11 h, no Solarium, sh ow s que mostram a riqueza da música brasileira em variados rit­ m os. Veja a programação a seguir. SESC Ipiranga • Língua De Maior. Com em oran­ do 18 an os de carreira, o grupo Língua de Trapo celebra a maiori­ dade mostrando seu novo traba­ lho, além d os "clássicos", dia 12. • Jorge Mautner e Banda. Show de grandes s u c e s s o s do p oe­ ta/com positor Jorge Mautner, conhecido por su as próprias inter­ pretações e pelas vozes de renom ados cantores da MPB, dia 19. • Banda Paralela. Com uma for­ mação básica de sopros e percus­ sões, a Paralela procura resgatara

Mautner Atômico O poeta e compositor Jorge Mautner retoma seus grandes sucessos no projeto Verão M usical Dia 19, às llh . Solarium Sesc Ipiranga tradição das bandas brasileiras sob um en foque inovador. No repertório, de Chiquinha Gonzaga a T helonious Monk, dia 26. WORLD JAZZ. O Centro Expe­ rimental de Música do SESC dá con tin uid ade a e s s a série de sh ow s, m ostrando ao público o trabalho de m ú sicos que, partin­ do de uma b ase jazzística, fazem de sua arte um produto diferen­ ciado de rara qualidade. Veja pro­ gram ação a seguir. SESC Consolaçao • Paulo Freire. Violeiro nascido em S ão Paulo, aprendeu a tocar viola com m estres da região do rio Urucuia, norte de Minas Gerais, on de morou por vários anos. N estes sh ow s, Paulo Freire mostra as m úsicas de seu CD Rio A baixo, reunindo su as com p osi­ çõ e s em parceria com seu m es­ tre urucuiano Manoel Neto de Oliveira. Com e ste CD, Freire recebeu o Prêmio Sharp 1995 com o revelação na categoria ins­ trumental. Dias 23 e 24, às 20h. Grátis.


■ • Dimos Goudaroulis. Violoncelista grego, estudou na França e atua no cenário musical europeu d esd e 1989. Com um estilo próprio de execução e improviso ao violonce­ lo, já se apresentou ao lado de grandes n om es com o Max Roach, Walter Bishop e Jackie McLean, entre outros. N estes sh ow s, apresenta-se ao lado de Edu Martins, no contrabaixo e Cuca Teixeira, na per­ cussão. Dias 9 e 10, às 20h. Grátis. • João Parahyba. Percussionista com m ais de trinta an os de carrei­ ra, vem s e d ed icando à pesquisa da m úsica eletrônica no Brasil. D esenvolveu uma técnica revolu­ cionária para a tim ba, m isturando m étod os de bateria e percussão. Acom panhou e gravou com artis­ ta s co m o Ivan Lins, Chico B uarque, Gal Costa e Milton N ascim ento, entre outros. Dias 16 e 17, às 20h. Grátis.

Cursos

Expressão Oriental O curso de Butoh ensina a forma de expressão artística surgida no Japão do pós-guerra, criada por Kazuo Ohno e Tatsumi Hijkata. Coordenação da atriz Flávia Pucci. Confira no Roteiro

CUIDADOS COM A VOZ. Para quem atua nas d iversas áreas de com un icação oral, esta é uma oportunidade para aprimorar a voz e a fala, saber d os cu idados e s p e c ífic o s para ap roveitá-la m elh or e não s e prejudicar. A quecim ento, postura, a fala na co m u n ica çã o , to q u e s e d icas, em oção e voz e com o é produzida são alguns d os assu n to s aborda­ d o s. C oordenação de Rosa Awram, fon oau dióloga. Terças e quintas, das 18h30 às 20h. Início dia 14. R$ 20,00 (com erciários matric.), R$ 40,00 (usuários). SESC Pinheiros OFICINA DA VOZ. D esen volvi­ m ento da exp ressão vocal, prática individual e coral, desibinição e técnica de palco, repertório popu­ lar. Orientação de Wilson Sá Brito. S áb ad os, das 15h às 16h45. R$ 22,00 (comerciários matric.) e R$ 44,00 (usuários matric.). 20 vagas. SESC Pinheiros

SESC S ão Caetano - Orientação de W ilson Sá Brito. Sábad os, das 9h30 às 10h30. 20 vagas. R$ 16,00 (com erciários matric.) e R$ 20,00. VIOLÃO. Iniciação à técnica pela m ú sica popular e clá ssica . N oções de teoria e prática de acom panham ento. SESC Carmo - O rientação de Alexandre A ugusto Maximiliano. A partir de 8 anos. S egu nd as, das 18h30 às 19h30 e das 19h30 às 20h30. Reinicio em 5 de fevereiro.

DANÇA AFRO-BRASILEIRA. O curso d esen volve o m ovim ento exp ressivo através da fu são do canto, m úsica e dança negra pri­ mitiva e contem porânea.

SESC Pom péia - Teoria, ritmo, harmonia e im proviso, repertório e prática de conjunto para to d o s o s níveis. Orientação de Cláudio Reis. Quintas ou sáb ad os, das 14h30 às 17h30. Iniciação à técn i­ ca do instru m en to através da m úsica popular. N oções de teoria e prática de acom pan h am en to. O rientação d e Marcelo Cam pos. S extas, das 19h às 22h. R$ 25,00 (com erciários matric.), R$ 50,00 (usuários) e R$ 60,00. 10 vagas. A partir de 12 anos.

SESC Pinheiros - Coordenado por Álvaro S antos, bailarino. Sextas, das 20h às 21h30. Início dia 17. R$ 18.00 (com erciários matric.) R$ 36.00 (usuários).

VOZ. O rientação d e W ilson Sá Brito. S á b a d o s, d as 10h30 às 12h30. 20 vagas. R$ 32,00 (com er­ ciários matric.) e R$ 40,00. SESC S ão Caetano

SESC Pom péia - Orientação de Juvenal Álvaro, bailarino e coreó­ grafo. S á b a d o s, às 13h30. R$ 11.00 (com erciários matric.) e R$ 22.00 (usuários).

Workshop

SESC S ão Caetano - Orientação d e Enoque S a n to s, W aldem ar G regório e Eduardo Contreira. S ábad os, às 9h30. 40 vagas. R$ 25.00 (com erciários matric.) e R$ 30,00.

ÓPERA-RAP. O evento revela a forma de m on tagem d esen volvi­ da pelo "Núcleo Paulicéia", apre­ sen tan do seu m odo de produção, resultando em uma vivência artístico-cultural entre o s participan­ tes. O núcleo d esen volve o traba­ lho junto a crianças e a d olescen ­ tes, sen d o essa uma característica p redom inante em sua forma de atuação, com uma nova idéia de fazer teatro. C oordenação do N ú cleo Paulicéia. De 8 a 31. Quartas e sextas, das 19h às 21 h. A partir de 12 anos. R$ 10,00 (com erciários matric.) e R$15,00. SESC Ipiranga

TÉCNICA VOCAL. Iniciação. Téc­ nica e exp ressão vocal, autocon hecim ento através da voz, dic­ ção e repertório popular. SESC Pinheiros - Orientação de W ilson Sá Brito. S ábad os, das ,14h às 15h. R$ 15,00 (com erciá­ rios matric.) e R$ 30,00 (usuários matric.). 20 vagas.

Kazuo Ohno e Tatsumi Hijkata. N essa oficina o objetivo é m os­ trar ao público um p ouco dessa arte. Os integrantes estarão, nas aulas, d esen volven d o o tema: A M itologia da História P esso a l de Cada Um. C oordenação de Flávia Pucci, atriz. S egu n d as, das 19h30 às 21h30. Início dia 13. R$ 18,00 (com erciários matric.) R$ 36,00 (usuários). SESC Pinheiros

r Cursos BUTOH. É uma forma de exp res­ são artística, que surgiu no Japão entre as d écad as de 50 e 70, fruto do trabalho de d ois criadores:

SESC C onsolação - Orientação de Marly Rodrigues da Silva, coreó­ grafa e bailarina. S áb ad os, às 15h. R$ 24,00 (com erciários matric.) e R$ 48,00. 30 vagas.

DANÇA CLÁSSICA. Aplicando as n o çõ es de consciência corporal de Klauss Viana para o balé clás­ sico, as aulas apresentam a barra e o centro, explorando o s fatores p eso e tôn u s m uscular e o princí­ pio d as o p o s iç õ e s e d ireções ó s s e a s para su sten ção e leveza. C oordenação de Leia Queiroz, bailarina. Terças e quintas, das 12h30 às 14h. Início dia 14. R$ 20,00 (com erciários matric.) R$ 40,00 (usuários). SESC Pinheiros DANÇA CONTEMPORÂNEA. As aulas integram respiração e rela­ xam ento, englobando o conheci­ mento do sistem a ósteo-articularmuscular, para desenvolver movi­ m ento fluente e coordenado. Rolam entos, espirais, quedas e

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i EM CARTAZ saltos são algum as das evolu ções • que acontecerão durante as ativi, d ades. C oordenação de Leia Queiroz, bailarina. S egu n d as, I quartas e sextas, das 18h às 19h30. I Início dia 13. R$ 20,00 (comerciários matric.) R$ 40,00 (usuários). SESC Pinheiros I

DAIMÇA DE RUA. Também con h e­ cida com o street dance, propicia, entre outros benefícios, melhoria da resistência cardiovascular e da coordenação motora, além de ser um ritmo ágil e contagiante. SESC Pinh eiros - C oordenação d e Norm a R egina d o Carmo, p rofessora d e E ducação Física. S eg u n d a s, q uartas e s ex ta s, d as 19h30 à s 20h 30. Início dia 13. R$ 20,00 (com erciários m atric.), R$ 40,00 (u suários). SESC São Caetano - Orientação de Homero Lopes. S ábados, das 15h às 16h30. 40 vagas. R$ 25,00 (comerciários matric.) e R$ 30,00. DANÇA DE SALÃO. Aprendizado de ritmos típicos dos sa lõ es de baile de várias ép ocas e regiões: bolero, tan go, rumba, m am bo, salsa, m erengue, lambada, sam ­ ba, rock, valsa etc. SESC Carmo - O rientação de Neide Carvalho e Sérgio Vilas Boas. A partir de 16 an os. Quartas, às 19h10; terças, às 12h e sex ta s, às 18h10 e 19h30. Reinicio em 5 de fevereiro. SESC Ipiranga - Orientação de Paulo Batista e Egle de Carlos. Terças e quintas, às 20h30. Sábados, às 14h30 e 16h. R$ 15,00 (comerciários matric.) e R$ 30,00. SESC Pompéia - A partir de 15 anos. Quartas ou sex ta s, às 19h30; sá b a d o s, às 14h30 e dom ingos, às 11h, 13h, 14h30 e 16h. R$ 17,00 (com erciários matric.) e R$ 34,00 (usuários). SESC S ã o C aetan o - O rientação de Nico e Inésia: terças e q uin­ tas, às 2 0 h e à s 21 h e s e g u n d a s e quartas, às 19h. (20 va g a s). R$ 30,00 (com erciários matric) e R$ 3 5,00. O rien tação d e A le s ­ sandro e Andréa, sá b a d o s, das 10h30 às 12h. (40 v a g a s por turma). R$ 25,00 (com erciários matric) e R$ 30,00.

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DANÇA DO VENTRE. De origem egíp cia, exercita o corpo tod o através de m ovim entos rítmicos e se n s u a is , b a sea d o s n os cic lo s sagrad os da natureza. SESC Carmo - O rientação de M ônica N assif. A partir de 16 an os. S ex ta s, à s 12h, 16h50, 18h10 e 19h30. Reinicio em 5 de fevereiro. SESC Consolação - Orientação de Marize Piva, formada em Dança pela Unicamp. Sextas, às 18h30 e 19h30 e sábados, às 14h e 15h30.30 vagas por turma. R$ 21,00 (comer­ ciários matriculados) e R$ 42,00. SESC Ipiranga - Orientação de G racy Rojas. Sábad os, às 14h e 15h30. R$ 15,00 (com erciários matric.) e R$ 30,00. SESC Pom péia - Orientação de Marize Piva, dançarina, com for­ m ação em Dança pela Unicamp. Quartas, das 19h30 às 21 h. R$ 20.00 (com erciários matric.) e R$ 40.00 (usuários). SESC S ão Caetano - Orientação de Vanessa Del Rey. S ábad os, às 9h; sex ta s, às 20h. R$ 25,00 (com erciários matric.) e R$ 30,00. TENISESC - Orientação de Lygia Pracchia. S egu nd as e quartas, às 18h30 e terças, às 19h. R$ 30,00 (com erciários matric.) e R$ 35,00 (usuários inscritos), uma vez por sem ana e R$ 40,00 (comerciários matric.) e R$ 45,00 (usuários ins­ critos), duas vezes por sem ana. Início das aulas na segu n da quin­ zena de janeiro. DANÇA FLAMENCA. De origem espanhola, integra dança, música e ritmo marcado particularmente pelas batidas de palm as e pés. SESC C onsolação - Orientação Paulo Sérgio Souza d os Santos. S ábados, às 11h30. 30 vagas. R$ 21.00 (comerciários matriculado) e R$ 42,00.

Requebrando Curso de dança de salão com ênfase em ritmos típicos de várias épocas e regiões como rumba, mambo, salsa, merengue, bolero, valsa, samba e rock. Confira no Roteiro

(com erciários matric.) e R$ 44,00 (usuários matric.). 35 vagas. SESC Pom péia - Orientação de Daniela Libâneo, dançarina de fla­ m enco d este 1987 e mestranda em Artes Corporais pela Unicamp. Sextas, das 19h30 às 21 h. R$ 20,00 (com erciários matric.) e R$ 40,00 (usuários). SESC São Caetano - Orientação de Luciana Lomakine. Sábados, das 13h às 14h30 e das 14h30 às 16h. 20 vagas por turma. R$ 25,00 (com erciários matric.) e R$ 30,00.

SESC Ipiranga - Orientação de Daniela Libâneo. Sábados, às 13h e 15h30. R$ 15,00 (comerciários matric.) e R$ 30,00.

DANÇA INTEGRADA. Orientação de Georgia Lengos, formada em dança pela Unicamp, p esquisado­ ra da integração entre técnica e criação do m ovim ento. Terças e quintas, às 18h15 e 19h30. 25 vagas por turma. R$ 15,00 (comer­ ciários matriculados) e R$ 30,00. SESC C onsolaçao

SESC Pinheiros - Orientação de Viviane M aldonado. Sábados, às 9h30, 11 h e 12h30. R$ 22,00

DANÇA. O curso estim ula a criati­ vidade e exp ressão através de vários tipos de dança com o jazz,


balé m oderno, técn icas de impro­ visação e com posição de m ovi­ m entos rítmicos. SESC Carmo - A partir de 16 anos. Terças e quintas, às 18h e 19M30. Reinicio em 5 de fevereiro. SESC Pom péia - Orientação de Mina Rires, bailarina e coreógrafa com form ação em E ducação Física pela USP. Sábad os, às 9h30 e 12h. Aulas com uma hora de duração. R$ 12,00 (com erciários matric.) e R$ 24,00 (usuários). S ábados, 10h30 e 13h. Aulas de 90 m inutos. R$ 13,00 (com erciá­ rios matric.) e R$ 26,00 (usuários). FREVO, VERÃO E PASSO. Um a d a s m a n ife s t a ç õ e s da arte popular p ern am b u can a, o Frevo en v o lv e m ú sica, d ança e utiliza­ çã o d e a d ere ço s. O cu rso é um a p o ssib ilid a d e d e co n ta to com e s s a típica dança brasileira e d e ap ren d er o s prim eiros p a s s o s d o Frevo, preparan d o para o C arnaval. C oordenação do Grupo C alu ngas d o P a sso , d e Recife. Q uartas, d as 19h30 às 21h 30. Início dia 15. R$ 18,00 (com erciários matric.) R$ 36,00 (u suários). SESC Pinheiros JAZZ. De origem am ericana, pro­ porciona ritmo, cadência e sincro­ nia, através de m ovim entos dinâ­ m icos e sen suais.

Direto de New Orleans O estilo americano do jazz possibilita cadência e sincronia através de movimentos ritmados herdados da cultura negra. Orientação de Débora Banhetti, às terças e quintas. Sesc São Caetano

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SESC Pinheiros - O coordenador do cu rso, o bailarino D aíoner R om ero, vem p esq u isa n d o as novas tend ên cias na linguagem do jazz. Terças e quintas, das 19h às 20h45. Início dia 14. R$ 20,00 (com erciários matric.) R$ 40,00 (usuários). SESC S ão Caetano - Orientação de Débora Banhetti. In icia n tes: terças e quintas, às 19h. R$ 15,00 (com erciários matric.) e R$ 28,00. Interm ediários: terças e quintas, às 20h. R$ 20,00 (com erciários matric.), R$ 35,00. OFICINA DE DANÇA. Nesta oficina o objetivo é aprimorar a coorde­ nação motora vivenciando princí­ pios b ásicos de m ovim ento, com ênfase nas danças étnicas, basea­ do no trabalho de Ivaldo Bertazzo. Reestrutura a postura através da consciência d os ap oios, alavancas

e centro de gravidade, experim en­ tando diversos ritmos, além de exercitar a capacidade expressiva e de criação e traduzir as p ulsões internas em d esen h o s no espaço. C oordenação d e R osana Mar­ con d es, professora de Dança e de E ducação Física. S eg u n d a s e quartas, d as 19h30 às 20h30. Início dia 13. R$ 18,00 (com erciá­ rios matric.) R$ 36,00 (usuários). SESC Pinheiros SALSA E MERENGUE. N o sso curso regular de dança de salão estará d estacand o d iferentes esti­ los, com o: salsa, ritmo latino, ori­ ginário d e Cuba, alegre, sen sual e sim pático; m eren gu e, originário da República Dom inicana, m ais a celerad o, p orém sim p le s e d ivertid o. C oordenação de S i­ m o n e B en ites, p rofessora de Dança e Educação Física. Terças e quintas, das 20h às 21h30. Início dia 14. R$ 20,00 (com erciários matric.) R$ 40,00 (usuários). SESC Pinheiros

Aulas Abertas DANÇA AFRO. O evento d e se n ­ volve o m ovim ento exp ressivo através da fu são do canto, música e dança negra primitiva e con tem ­ porân ea. O rientação d e Marly Rodrigues da Silva. Dia 11, às 15h. Grátis. SESC C onsolação DANÇA FLAMENCA. De origem esp an hola, integra dança, música e ritmo m arcado particularmente pelas batidas de palm as e pés. O rientação d e Paulo S érgio S antos. Dia 18, às 11h30. Grátis. SESC C onsolação DANÇA. Visa d esen v o lv er a expressivid ade e a criatividade do participante, além de aprimorar sua coordenação rítmica e m oto­ ra. Engloba d iversas m odalidades de d ança, enfatizand o o jazz. Orientação de S im on e Engbruch. Terças e quintas, às 19h30. Grátis. SESC Ipiranga

A ROTA DA ARTE SOBRE A ROTA DOS ESCRAVOS. É uma exp osi­ ção realizada pelo S esc em parce­ ria com Consulado da França e a

OCEA. Reúne dez artistas de dife­ rentes p aíses para com em orar o bicentenário da primeira abolição d e escravos nas colôn ias france­ sas. A exp osição conta com traba­ lhos em pintura, fotografia, escul­ tura e apresenta tam bém instala­ ç õ e s . Esta m ostra itinerante com eça pelo Brasil e d eve percor- 1 rer d iferen tes p a íse s, com o: Martinica, G uiné, Haiti etc. S em pre que ela estiver em um país que não faça parte do proje­ to inicial, com o é o caso do Brasil, um artista do país será incluído no conjunto existente e percorre­ rá essa cam inhada das artes que termina na França. A artista que representa o Brasil nesta mostra é Rosana Paulino. De 14 de janeiro a 16 de fevereiro. SESC Pom péia

GERALDO PARANHOS. Acrílico ; sobre tela. Pinturas que partem d e uma tentativa naturalista. Abertura dia 23, às 19h. Aberta ao público de segu n da à sexta-feira, das 10h às 19h. Até dia 20 de fevereiro. Galeria SESC Paulista

Cursos

ARTE EM PAPEL. Oficina que visa j apresentar form as de aplicação d o papel na criação artística. S erão ab ord ad os o s segu in tes assun tos: papel reciclável, papel artesanal, m armorização e em ba­ lagen s, carton agem , em papelam ento e papier m achê. Terças, das 19h às 22h. Orientação de Luiz M asse, artesão. R$ 30,00 (com erciários matric.), R$ 60,00 (usuários) e R$ 72,00. 12 vagas. A partir de 14 anos. SESC Pom péia ARTE SOBRE TECIDO. Prática de estam paria manual. Orientação de Eduardo Kneipp. Terças, às 17h30. R$ 40,00 (com erciários matric.) e R$ 50,00. SESC S ão Caetano

CERÂMICA I. Através de técnicas b á sic a s, in iciação ao torno, I e sm a lta çã o e escultu ra. Ori­ en tação de Oey Eng Goan, cera­ m ista. Terças, quartas ou sextas, d as 14h30 às 17h30. Terças e q uartas, d as 19h às 22h. Orientação de Antonio Máximo Borba, ceram ista. Até dia 13. S extas, das 19h às 22h ou dom in- ' g o s, das 10h às 13h. R$ 25,00

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I EM CARTAZ j (com erciários matric.), R$ 50,00 >: (usuários) e R$ 6 0 ,0 0 .1 5 vagas. A I partir de 14 anos. SESC Pompéia CERÂMICA II. M od elagem em torno. Dirigido a p e s s o a s com con h ecim en to básico em cerâm i­ ca. Utilização do torno, apren­ d en do a centralizar form as e co n ­ feccionar p eças sim p les, acab a­ m ento, texturização e con fecção d e p eça s m ais co m p le x a s. O rientação de Jo ã o A parecido B ressan im , torneiro. Q uintas, d as 14h30 às 17h30. S ábad os, das 14h30 às 17h30. R$ 40,00 (com erciários matric.), R$ 80,00 (usuários) e R$ 96,00. 6 vagas. A partir de 15 anos. DE INTERIORES. Orientação de Mary Ester Silva. Terças e quintas, das 14h às 16h e das 19h às 21 h. 15 v agas por turma. R$ 50,00 I (com erciários matric.) e R$ 55,00. SESC S ão Caetano DESENHO E PINTURA. Orientação de Wilmar G om es. Quintas, das 14h às 17h. 15 vagas. R$ 30,00 I: (comerciários matric.) e R$ 35,00. SESC S ão Caetano ENCADERNAÇÃO. S ã o ab ord a­ d o s d ifere n tes tip o s d e en ca: d ern ação co m d e s ta q u e para a e n ca d er n a ç ã o artística, a h istó ­ ria d o papel e da en ca d er n a ç ã o e fo r m a s d e p reservação. : O rientação d e Patricia d e Al­ m e id a N a g a ta , p r o fe s s o r a . Q uartas ou s e x ta s , d as 14h30 às 17h30 ou 19h à s 22h. R$ 32,50 (com erciários m atric.), R$ 65,00 ' (u suários) e R$ 78,00. 10 v a g a s. A partir d e 15 a n o s. SESC Pompéia H.Q. E CARICATURA. O d esen h o e suas fu n ções nas artes gráficas. Criação, roteiro, p erso n a g en s, diálogos e cenários. Humor, car­ tuns, charges e tiras. Orientação de Carlos Alberto Ferreira - Gáu, desenhista, ilustrador. Sábados, das 10h às 13h. R$ 30,00 (com er­ ciários matric.), R$ 60,00 (usuá­ rios) e R$ 72,00. 20 vagas. A partir de 12 anos. SESC Pompéia MARCHETARIA. O ob jetivo é d esenvolver os princípios da arte de incrustar peças em obras de marcenaria, formando d esen h os

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com a utilização de folh as de madeira de cores diferentes, atra­ v és das técn icas de corte com estilete, sistem a de janelas, técn i­ cas de gabarito e m étod o de múl­ tip las folh a s. O rientação de Sérgio M endes, artesão. Terças, das 19h às 21 h. R$ 30,00 (com er­ ciários matric.), R$ 60,00 (usuá­ rios) e R$ 7 2 ,0 0 .1 0 vagas. A partir de 15 anos. SESC Pom péia

Divulgação

PINTURA EM AQUARELA E ÓLEO SOBRE TELA. O rientação de Wilmar G om es. S extas, das 14h às 17h. 15 vagas. R$ 30,00 (co­ m erciários matric.) e R$ 35,00. SESC S ão Caetano PINTURA EM TECIDOS. Orien­ tação de Tânia M endes. Terças, das 14h às 17h. R$ 30,00 (comerciários matric.) e R$ 35,00. SESC S ão Caetano TAPEÇARIA. Armação e m onta­ gem do tear, urdidura, tecelagem e acab am en to. O rientação de Thais Campiglia, tecelã. Terças ou quintas, das 14h às 17h. R$ 50,00 (com erciários matric.), R$ 100,00 (usuários) e R$ 120,00. 10 vagas. A partir de 14 anos. SESC Pom péia TÉCNICAS DE PINTURA. O curso pretende levar o aluno às prim ei­ ras n o çõ es práticas de pintura. Através do m an u seio do material p ictórico, serã o d es e n v o lv id o s con ceitos de com p osição, p ers­ pectiva, som bra, luz e outros e le ­ m e n to s b á sic o s in eren tes às artes v isu a is. O rientação de A dem ar Shim abukuro, artista plástico. Quintas, das 14h às 17h ou das 19h às 22h. R$ 25,00 (com erciários matric.) R$ 50,00 (usuários) e R$ 6 0 ,0 0 .1 0 vagas. A partir de 14 anos. SESC Pom péia

Cursos de Fotografia FOTO PARA SE PENSAR EM CONCURSOS. Curso de fotografia avançado na área da com posição e tratamento da im agem por fil­ tros e técnicas de revelação d esti­ nado a p esso a s interessadas em fotografia e que tenham con h eci­ m ento intermediário ou avançado em revelação e am pliações foto­ gráficas, bem com o con h ecim en ­ to no m an u seio da câm ara. O rientação de Sit Kong S ang,

Rota da Abolição Em comemoração ao bicentenário da abolição dos escravos nas colônias francesas, a exposição A Rota da Arte Sobre a Rota dos Escravos conta com pintura, fotografia, escultura e instalações de artistas de vários países. Confira no Roteiro

fotógrafo. Duração de 21 de janei­ ro a 27 de fevereiro. Terças e quintas, das 19h às 22h. 10 vagas. A partir de 14 anos. R$ 20,00 (com erciários matric.), R$ 40,00 (usuários) e R$ 48,00. SESC Pom péia SESC Carmo - O rientação de Paulo Preto. Tem com o objetivo o en sino das técn icas fundam entais e criação de uma linguagem foto­ gráfica p essoal. Aulas de labora­ tório, teóricas e práticas, sobre a revelação de film es e a ampliação de cópias em papel fotográfico. S egu nd as e quartas, das 18h30 às 20h30. Terças e quintas, das 16h às 18h. N ovas turm as a partir de 17 de fevereiro. Inform ações pelo telefon e (011) 605-9121, ramais 237, 239 e 240. SESC São Caetano - Teoria e prá­ tica. O rientação de A ntônio A ugusto Coelho Neto. Segu nd as e quartas, das 15h30 às 17h30 e das 19h às 21 h. Terças e quintas, das 15h30 às 17h30 e das 19h às 21h. Sextas, das 19h às 21 h e


sáb ados, das 9h30 às 12h. 15 v agas por turm a. R$ 70,00 (comerciários matric.) e R$ 80,00.

Aulas Abertas BIJUTERIA DE CERÂMICA FRIA. Com o aproveitam ento da plasti­ cidade e da cor da m assa Fimo, será desenvolvida a Técnica de M illefiore, resultando em um "rocambole" de cores pré-determ inadas de onde se tiram fatias para serem usadas na con fecção de p eças únicas. Orientação de Vivan Braga. Dia 14, 15 e 16, das 18h às 22h. 10 vagas. A partir de 16 anos. Gratuito. SESC Pompéia BIJUTERIA EM VIDRO. Será dem on strada uma técn ica de m odelagem com vidro, passando pelo corte, esm altação do traba­ lho, queim a, acabam ento e m on­ tagem das peças. Orientação de Joaquim Carlos e Elidia Augusta, artistas plásticos. Dias 9, 10 e 11, das 14h às 18h. 18 vagas. A partir de 15 anos. Gratuito. SESC Pompéia

In Vitro O curso de bijuterias em vidro demonstra desde a técnica de modelagem, passando pelo corte, até a mon­ tagem das peças, com orientação de artistas plásticos. A partir de 15 anos. Dias 18 e 19, das 14h às 18h. 10 vagas. Gratuito. Sesc Pompéia

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CONFECÇÃO DE PORTA-RETRATOS EM VIDRO. Dem onstração de uma técnica de trabalho com vidro, p assando pelo corte, pintu­ ra do trabalho, con fe cçã o do suporte, acabam ento e m onta­ gem . O rientação de Joaq uim Carlos e Elidia Augusta. Dias 18 e 19, das 14h às 18h. 10 vagas. A partir de 15 anos. Gratuito. SESC Pompéia MODELAGEM EM TORNO. Diri­ gido a p esso a s com con h ecim en ­ to básico de m odelagem em cerâ­ mica. Utilização do torno, apren­ dendo a centralizar form as e con ­ feccionar p eças sim p les, acaba­ m ento, texturização e con fecção de p eças m ais com p lexas. O rientação de João Aparecido Bressanim. Dias 4 e 5, e 25 e 26, das 10h às 13h. 10 vags. A partir de 15 anos. Gratuito. SESC Pompéia PINTURA EM TECIDO. O objetivo é criar carimbos, que dep ois de entintados são transferidos para o tecido, criando uma estam pa em série. Orientação de Vivian Braga. Dias 11 e 12, das 14h40 às 17h30. 15 vagas. A partir de 12 anos. Gratuito. SESC Pompéia

TECELAGEM. Através das técnicas de tecelagem em tear, com o a pre­ paração do urdimento e a escolha de fios. Serão confeccionados três objetos utilitários: cachecol, bolsa e cinto. O rientação de Carlos Augusto de Camargo Ramalho. Dias 4 e 5 (cachecol), 11 e 12 (bolsa), 18 e 19 (cinto), das 10h às 13h. 10 vagas. A partir de 15 anos. Gratuito. SESC Pompéia

Oficinas HOMENAGEM À VIDA. O ano de 96 foi marcado pelas inúm eras notícias sobre violência urbana e p elos m ovim entos sociais decor­ rentes. Por isso as Oficinas de Criatividade, esp aço que dá opor­ tu n id ad e para usufruir d e um aprendizado que valoriza a vida. A H o m e n a g e m à Vida con siste em uma atividade dirigida a jovens e adultos a partir de treze anos, que propõe interação social em torno do tem a através de cria­ ção em grupo de um mural, utili­ zando para sua com posição as técnicas de pintura, colagem e m onotipia. As oficinas acon tece­ rão durante três sem an as, de 14 de janeiro a 1e de fevereio, de ter­ ças a sextas das 14h30 às 17h30. A os sá b a d o s será realizada a m ontagem d os trabalhos em um painel de gran d es d im en sõ es. Pintura, orientação de Adem ar Shimabukuro; Colagem , orienta­ ção d e Maria Isabel G om es Pantano e Monotipia, orientação de Gian Shim ada. Gratuito. SESC Pom péia

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TLJ Bibliotecas SESC Carmo - Acervo destinado a em préstim os e para a consulta no local. Além d isso, o esp aço p ossi­ bilita a realização de pesq uisas escolares e você tem à d isposição jornais diários e revistas. De segunda à sexta, das 10h às 19h. Inform ações no 1- andar ou pelo telefon e (011) 605-9121, ramais 232 e 2 3 4 . SESC C onsolação - Área de leitu­ ra. Jornais e revistas com os mais diversos assun tos e jogos que estim ulam a criatividade e a ima­ ginação. De segunda a sábado,

das 12h às 21h. S ábados, das 9h às 17h. Grátis. SESC Interlagos - Sala de leitura contendo livros infantis, revistas, d jornais, histórias em quadrinhos, livros sobre ecologia e jardina­ gem . De quarta a dom ingo, das 9h às 17h. SESC Ipiranga - Na Área de Convivência você encontra revis­ tas diversas sobre o s mais varia­ dos assu n to s (saúde, esportes, ecologia, m úsica, vídeo, cinema, decoração e moda), além de jornais diários, livros de arte, gibis e ! histórias em q uadrinhos para ad olescen tes e adultos. À disposi- j ção para consulta no local. De terça à sexta, das 13h às 21h30 e j sáb ad os, d om in gos e feriados, das 9h às 17h30. Grátis.

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SESC Pom péia - Livros de arte, rom ances e histórias em quadri- ; n hos. C on sultas no local ou em préstim o. De terça à sexta, das 10h às 20h30. Sábad os, domin- [ g o s e feriados, das 10h às 18h30. LEITURA. O melhor da n ossa lite- j ratura. Clarice Lispector, Raduan ! Nassar, G uim arães Rosa e os gran d es clá ssico s Kafka, Jorge Luis Borges, Shakespeare. Venha conferir e entreter-se em boa com panhia.

A REGRA DO JOGO. (França/1939) Sátira corrosiva das classes diri­ gen tes burguesas e su as intrigas am orosas. Considerado um dos clássicos do cinem a. Cópia nova. Direção de Jean Renoir. Com Marcel Dalio, Edy Debray e Nora Gregor. S e s s õ e s às 15h30, 17h50, 19h30 e 21h30. CINESESC SÃO PAULO, SYMPHONIA DA METRÓPOLE. Em 1929, os húnga­ ros Adalberto Kemeny e Ro­ dolphe Rex Lusting, recém-chega­ dos ao Brasil, realizaram esS e filme. Um documentário mudo, que narra um dia na vida de uma cidade moderna - d esde o ama­ nhecer, seu s últimos m ovim entos até a cidade adormecida. Restau-

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s EM CARTAZ rado pela Cinemateca Brasileira, o filme terá três apresentações no CineSesc, com música ao vivo; com posta e executada por Livio Tratemberg e W ilson Sukorski, m úsicos e p esquisadores, são cria­ dores de várias trilhas son oras para o cinem a paulista. Dia 29, às 21 h e dia 30, às 20h e 22h. Grátis. CINESESC

CICLO DE CINEMA EM VÍDEO. A cada sem ana um tem a diferente, num trabalho co ord en ad o por Décio Drummond, crítico de arte e m estre em literatura, que, ap ós a exibição do filme, fará uma expla­ nação sob re o tem a. Terças e quintas, às 11h. Início dia 7. Grátis. SESC Pom péia

Curso CONSTRUINDO UM ROTEIRO. Com o criar e construir um perso­ n agem , uma história, con teúd os de um argum ento, story board e story line. Com o transformar tex­ to s em im agen s e so n s, forma, gên ero e con teúd o. Mercado de trabalho e direito autoral são a lgu n s d o s a s s u n to s a serem abordados n este curso, através de au las práticas e teóricas. Coordenação de Lucila M eirelles, videomaker. S egu n d as e quartas, das 20h às 21h30. De 13 de janei­ ro a 27 de fevereiro. R$ 30,00 (com erciários matric.), R$ 60,00 (usuários). SESC Pinheiros

ARCO E FLECHA. O arco e flecha d escen d e de um d os primeiros e sfo rço s da h um anid ade para dom inar a en ergia. Utilizado com o esporte, terapia de autoconhecim ento ou m eram ente com o instrumento coordenador de res­ piração e postura física. O esporte tem sua im agem muito associada à chave da espiritualidade (prega­ da no oriente pelo ky u d ô - o cam i­ nho do arco) que o hom em busca em sua jornada cotidiana. Na pro­ gram ação de férias serão realiza­ das aulas abertas que englobam técnicas de m anuseio de arco, pontaria e segurança. Orientação do prof. Café, do Clube Ibirapuera

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de Arco e Flecha. Dias 7, 9 ,1 4 , 16, 21 e 23, das 14h30 às 16h30 e das 19h30 às 21h30. Dia 11, sábado, d as 14h30 às 16h30. Grátis. SESC Ipiranga

Arremessos e Rebotes Paquito

BASQUETE E VÔLEI. Curso de ini­ ciação esportiva. D esen volve o apren d izado d o s fu n d a m e n to s b ásicos e oferece co n d iç õ es de participação em um jogo. B as­ q uete: seg u n d a s e quartas, às 19h. Vôlei: segu n d as e quartas, às 20h15 (turma avançada); terças e quintas, às 19h e 20h15 (turma iniciante) e s á b a d o s, às 10 h (turma iniciante) e às 11h30 (turma avançada). 30 v agas por turm a. R$ 15,00 (com erciários m atriculados) e R$ 30,00 (duas aulas sem anais). R$ 11,50 (com er­ ciários m atriculados) e R$ 23,00 (uma aula sem anal). SESC C onsolação FUTEBOL DE SALÃO FEMININO. Curso de iniciação à m odalidade para m ulheres entre 15 e 49 anos. Ensino d os fu n dam entos e técni­ cas básicas do jogo, através de exercícios com bola, individuais e coletivos. O rientação de Marcello Siniscalchi e Ronaldo Bueno, for­ m ad os em Educação Física pela USP. Terças e quintas, das 19h30 às 21 h. R$ 15,00 (com erciárias matric.) e R$ 30,00 (usuários). SESC Pom péia NATAÇÃO. E nsino b ásico d os estilos crawl e costas. Cursos com duração d e até s e is m e s e s . Inform e-se na unidade do S esc m ais próxima. SESC C onsolação - Duração do cu rso, d e um a s e is m e s e s . S egu n d as e quartas, às 17h30, 18h30, 19h30 e 20h30. Terças e quintas, às 10h15, 12h15, 17h30, 18h30, 19h30 e 20h30. S ábados, às 9h 15, 11 h e 12h. 25 vagas por turm a. R$ 24,00 (com erciários matriculados) e R$ 48,00 (duas aulas sem anais). R$ 18,00 (com er­ ciários matric.) e R$ 36,00 (uma aula sem anal). SESC Ipiranga - Terças e quintas, às 19h30 e 20h30. Quartas e se x ­ tas, às 18h30. R$ 24,00 (com erciá­ rios matric.) e R$ 48,00. SESC Pom péia - Ensino básico dos estilos crawl e costas com duração de até seis m eses, esti-

O curso de iniciação esportiva desenvolve fundamentos básicos e oferece condições de participação em jogos, em caráter nãocompetitivo. Sesc Consolação. Confira no Roteiro

m ulando o aluno à prática autô­ noma do nado. N os períodos da m anhã, tarde e n oite. A p en as para com erciários e d ep en dentes. R$ 24,00 (com erciários matric.). SESC S ã o C aetan o - O pção d e d u a s a u la s s e m a n a is d e 45 m in u to s ca d a ou u m a aula s e m a n a l d e 60 m in u to s. Ini­ c ia ç ã o : s e g u n d a s e quartas: 14h, 1 7h 45, 19h 15; te r ç a s e quintas: 7h 45, 8h 30, 14h, 17h45, 18h 30 e 19h 15; s e x ta s : 19h; sá b a d o s: 10h. A p e r fe iç o a m e n to : à s s e g u n d a s e quartas: 20h45; te rça s e quintas: 20h45; quartas e sex ta s: 7h, sextas: 20h e s á b a ­ dos: 8 h. De R$ 20,00 a R$ 28,00 (c o m e r c iá r io s m atric.) e d e R$ 28,00 a R$ 36,00. VOLEIBOL. Iniciação na m odali­ dade através d os fu n dam entos b ásicos para atingir a dinâm ica do jogo. Terças e quintas, às 15h e quartas e sex ta s, às 18h30. R$ 15,00 (com erciários matric.) e R$ 30,00 (usuários). SESC Pompéia

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Aulas Abertas

Torneios & Campeonatos

MERGULHO AUTÔNOMO. Espor­ te de risco, o m ergulho requer curso específico com profissionais especializados. O S esc Ipiranga oferece curso básico de mergulho, com orientação de Nicholas Duduchi. Dias 14, 16, 21 e 23, das 19h às 22h. R$ 120,00 (comerciários matric.) e R$ 140,00. SESC Ipiranga

COPA SÃO PAULO DE VÔLEI DE AREIA. Torneio aberto d e vôlei de areia, nas categorias adulto m as­ culino e fem inino. As inscrições poderão ser feitas de 2 a 19 de janeiro e o s jo g o s acontecerão ao s d o m in g o s e feriad os. Abertura dia 25, às 11 h. SESC Itaquera

MERGULHO AVANÇADO. Curso destinado a os q ue já realizaram o curso básico, que tem em seu program a o m ergulho de profun­ d id ad e, orien tação e b usca. Orientação de N icholas Duduchi. Dias 15, 17 e 22, das 19h às 22h. Preço único: R$ 100,00. SESC Ipiranga MERGULHO LIVRE. N oções ele ­ m entares de d eslocam en to, respi­ ração sistem ática e utilização de eq u ip am entos básicos. É n ece s­ sário trazer nadadeiras, snorkel e m áscara, além de exam e m édico derm atológico atualizado. Dias 8, 10, 15 e 17, das 20h30 às 21h30. Orientação de Marcelo Jorgino Affonso. R$ 10,00 (com erciários matric.) e R$ 15,00. SESC Ipiranga

SESC VERÃO. T orn eios e n v o l­ v e n d o e s p o r te s in d ivid u ais, d e d u p la s e c o le tiv o s , na e s ta ç ã o m a is q u e n te d o a n o. A s inscri­ ç õ e s para a s m o d a lid a d e s v ô lei d e d u p la s, fu tv ô le i, tê n is d e c a m p o , tê n is d e m e s a , n a s c a te ­ g o ria s m a sc u lin o e fe m in in o e p e te c a , ca teg o ria m ista, ab rem dia 3 e s e en cerram dia 29. Taxa d e R$ 1 0 ,0 0 (c o m e r c iá r io s m atric.). Para a s m o d a lid a d e s d e h an d eb all e b a s q u e te , m a s ­ c u lin o e fe m in in o e fu te b o l so c ie ty , fe m in in o , a s in sc riçõ e s ab rem dia 5 e term in am dia 26. Taxa d e R$ 30 ,0 0 para e q u ip e s d e c o m erc iá rio s. De quarta a d o m in g o , d a s 9h à s 17h. In fo rm a çõ es p elo te le fo n e (0 1 1 ) 520-9 9 1 1 , ram ais 242 e 244. SESC Interlagos

Recreação

Viagem ao Fundo do Mar O Sesc Ipiranga promove cursos de mergulho livre, autônomo e avançado. Desde noções ele­ mentares, como deslocamento e utilização de equipamento, até o mergulho com aparelhos, para maiores profundidades. Confira no Roteiro

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PENTATLO URBANO. Em janeiro, uma com petição nada com um vai acontecer. Você só precisa saber andar de bicicleta, mergulhar no estilo livre, arrem essar com bum e­ rangue, atirar com arco e flecha, além de ser capaz de orientar-se através de m apas. Nós ensinare­ m os tudo a você gratuitam ente através de au las com algun s experts no assunto. Quando você estiver preparado, irá participar de d ois dias de c o m p e tiçõ e s, nas quais, através da som a de pontos em cada prova, con h ecerem os o n osso grande vencedor. Vivências: M ergulho Livre: dias 7 e 9, às 19h30. Corrida d e Orientação: dia 11, às 10h. M ountain Bike: dia 12, às 9h30. B um eran gue: dia 12, às 14h. Arco e Flecha: dias 14 e 16, às 19h30. Provas do dia 18: Bum erangue, às 10h30, no Parque da Independência. Arco e Flecha, às 13h30, no S e s c Ipiranga. Mountain Bike, às 16h, no Parque da Independência. Dia 19 Mergulho Livre, às10h30, no S esc Ipiranga. Corrida de orientação às 13h, no Parque da Independência. SESC Ipiranga

AQUASESC. Aulas abertas, jo g o s e atividad es aq uáticas visand o estim ular práticas diversificadas e a c e s s ív e is a o s m ais variad os públicos. S áb ad os e d om ingos, das 15h30 às 16h30. Obrigatória ap rese n ta çã o da carteira S e s c com exam e derm atológico atuali­ zado. Grátis. SESC Pom péia

nhado por um historiador, que dará tod as as inform ações sobre a maior cidade da América Latina. Dia 25, às 9h. Inscrições prévias. Idade mínima: 14 anos. SESC Ipiranga JOGOS AQUÁTICOS. S ábad os, d as 13h às 14h. Participação livre para m aiores de 12 anos. SESC C onsolação JOGOS DE SALÃO. Espaço para tênis de m esa, futebol de botão, xadrez, dam a, d om inó e baralho. De terça à sexta, das 13h30 às 21h 30, s á b a d o s, d o m in g o s e fe ria d o s, d as 9h30 às 17h30. Traga o seu jo g o ou retire em prestad o no alm oxarifado de esp ortes, 2- andar. Para o tênis de m e sa , traga a sua bolinha . O brigatória a a p resen tação da carteira S esc. Grátis. SESC Pom péia RECREAÇÃO AQUÁTICA LIVRE. De segu n d a à sexta, das 9h às 21h30; sáb ad os e feriados, das 9h às 17h30. Grátis. SESC C onsolação RECREAÇÃO ESPORTIVA DIRIGI DA. Vôlei e basquete: sábados, das 13h às 15h. Futsal: sábados, das 13h30 às 15h30. Grátis. SESC C onsolação

BICICROSS. De 8 a 24, às quartas e sex ta s, d as 14h às 17h, no Solarium . Grátis. SESC Ipiranga

RECREAÇÃO ESPORTIVA LI­ VRE. Futsal, v ô lei, b a sq u ete e tê n is d e m e sa . O m aterial é for­ n ecid o p elo S e s c . Futsal: sextas, d a s 17h30 à s 21h 30 e sá b a d o s, d a s 15h 30 à s 17h30. V ôlei e b as­ q u ete: d e se g u n d a à q uinta, das 17h30 à s 19h e s á b a d o s , das 15h30 à s 17h30. T ên is d e m esa: s á b a d o s e fe ria d o s, d a s 9h 15 às 17h30. Grátis. SESC C onsolação

CLUBE DO PEDAL. P asseio ciclístico monitorado em com em ora­ ção ao aniversário da cidade de São Paulo. Aproveitando a opor­ tunidade para visitar e con h ecer alguns p ontos históricos impor­ tan tes no d esen volvim en to e c o ­ n ôm ico, social e político da cida­ de. O percurso será de 40 quilô­ m etros, p assan d o pelo Palácio das Indústrias (S ed e do Governo M unicipal), Páteo do C olégio, Largo de São Francisco, Praça da S é e fin alm en te a A venida Paulista. O p asseio será acom pa­

RECREAÇÃO. A recreação visa o d e s e n v o lv im e n to es p o n tâ n e o e agrad ável d o ser h u m an o em s e u s m o m e n to s d e lazer, s a tis­ fa z e n d o n e c e s s id a d e s fu n d a ­ m e n ta is d e so cia liza çã o , ex p r e s ­ s ã o e ren o v a ç ã o d e en er g ia s. C ontribuindo, d esta form a, para m elh orar a q u alid ad e d e vida. B asq u ete: à s te rça s e q uintas, d as 18h30 à s 21h 30, s á b a d o s, d o m in g o s e fe riad os, d as 9h30 à s 13h30. Futsal: às terças e q u in tas, d as 18h30 à s 21h30; sá b a d o s , d o m in g o s e feriad os,

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i EM CARTAZ d as 13h30 à s 17M30. V ôlei: às q uartas e s e x ta s , d as 18M30 às 2 1h 30, s á b a d o s , d o m in g o s e feriad os, d as 13h30 à s 17h30. No G inásio O utono. É o b rig a tó ­ ria a a p rese n ta çã o da carteira S e s c atualizada. SESC Pom péia SESC VERÃO - UM VERÃO DE LAZER NO SESC. Program ação d iferen ciad a com a tiv id a d es esp ortivas, perform an ces, eq u i­ p am en tos lúd icos, v iv ên cia s e sh o w s m u sicais com o objetivo de oferecer a o s com erciários e à com u n id ad e uma op ção d e lazer com qualidad e. De 11 d e janeiro a 2 de fevereiro, a o s sá b a d o s e d o m in g o s, d as 10h às 17h. Entre a s principais a tiv id a d es, te r e ­ m os: S erv iç o d e A valiação F ísica, A n im ação M usical & In form ações d e S a ú d e; a u la s abertas d e ginástica, step , dança afro, ca p o eir a , tai chi ch u an , str e e td a n c e , h id ro g in á stica e dança d e salão; v iv ê n c ia s de vôlei, b asq u ete, h andeball, fris­ b ee, futsal e ginástica olím pica; perform an ces de nado sincron i­ zado, dança do ventre, dança fla­ m enca e dança indiana; sh o w s m u sicais com Banda Mafuá, JB S am b a e B anda M oxotó. Re­ creação aq uática com biribol, p ólo, b a s q u e fá g u a e gincanas. C ursos e sp e c ia is (terça à sexta) de b ioenergética, euton ia e m a s­ sa g em ayurvedica. Para partici­ par d as atividad es na piscina é obrigatória a a p resen tação da ! carteira SESC com o exam e der­ m atológico atualizado. C onsulte a program ação com pleta na uni­ dade ou p elo s te le fo n e s (011) 871-7772 e 871-7783. Grátis. SESC Pom péia SESC VERÃO 97. P ólo a q u á tic o e str eetb a ll: d ia s 2, 3, 4 e 5, às 1 1 h e 13h. F u teb ol d e areia e ca n o a g em : d ia s 8 , 9 , 10, 11, e 12, à s 11 h e 13h . F u teb o l so c ie ty : d ias 15, 16, 17, 18 e 19, à s 11 h. V ôlei d e praia: d ia s 22, 23, 24, 25 e 26, à s 11 h. A u las ab ertas: d ança d e rua - dia 5 . Funk: dia 1 2 . S a m b a d e g a fie i­ ra: dia 19. Frevo: dia 26, à s 13h. G in can as e b rin cad eiras a q u á ­ ticas: d ia s 11 e 12, à s 11 h. H id r o g in á stica : d e q u arta a d o m in g o , à s 11 h. E x p o siçã o d e vários p erfis d e m ad eira, em ta m a n h o n atu ral, m o s tr a n d o

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cenas b em -h u m o ra d a s do v er ã o e in fo rm a n d o s o b r e cu i­ d a d o s c o m o co r p o , s o l em e x c e s s o , h id ra ta çã o , a lim e n ta ­ ç ã o e o u tro s. SESC Itaquera SESC VERÃO. J o g o s , brincadei­ ras e s h o w s são algum as das atrações program adas entre o s dias 7 e 11, no Pátio da Igreja N ossa Senhora da Paz, na rua do Glicério. Traga sua turma, venha jogar street ball, futebol, partici­ par de brincadeiras, oficinas de pipas e b alões eco ló g ic o s. Estão program ados tam bém sh o w s de street dance, esp etácu lo de circo e teatro. A TV Bandeirantes estará gravando as atividades d os dias 9 e 10 para b oletins do programa Verão Vivo. SESC Carmo SESC VERÃO. Toda Hora É Hora para se divertir nestas férias. São muitas atividades para ad olescen ­ te s e crianças e o próprio partici­ pante organiza e monta seu pro­ grama de acordo com seu s interes­ ses. Entre as diferentes op ções de atividades, essa programação ofe­ rece contadores de histórias, RPG, vivências, clínicas, jogos de qua­ dras - tam boréu, vôlei, basquete, futebol e handeball - e atividades aquáticas. Inform ações e inscri­ ções a partir do dia 6 de janeiro. SESC C onsolação SESC VERÃO. O prazer da ativi­ d a d e física ao ar livre a s s o c ia d o à inform alid ade e à exp lo ra ç ã o d e locais ap razíveis co m m uito v e r d e é a p ro p o sta para a s ca m in h a d a s q u e ser ã o o rgan i­ za d a s p elo T en iS esc . Dia 11, rum o à Praça d o Pôr d o S ol. Dia 18, rum o ao B o sq u e d o Morum bi. S a íd a s , à s 10h, d o T en iS esc. Aberta ao público. TENISESC

Serviços ESPORTEMPRESA. Setor esp ec ia ­ lizado em assessorar e d esen vol­ ver program ações esportivas e recreativas, com a finalidade bási­ ca de prom over a integração entre as em presas e se u s funcio­ nários. O evento irá prom over ati­ v id a d es co m o ca m p e o n a to s (organização e realização), loca­ çõ e s de quadra para "bate-bola", reservas de quadras para inter­ câm bio de em presas, além de

Paquito

Divirta-se em São Paulo Durante as férias, o projeto Um Verão de Lazer no Sesc oferece uma programação diferenciada com atividades esportivas, performances, vivências e shows musicais. De 11 a 2 de fevereiro. Sesc Pompéia

prom oções esp eciais para facilitar o a ce sso das em p resas a outros eventos. SESC Pom péia EXAME MÉDICO DERMATOLÓ­ GICO. Dirigido a o s freq u en tad o­ res da piscina (crianças, adultos e id osos). De segu n d a à sexta, d as 16h às 19h50. S áb ad os e feriados, d as 10h às 13h50. Taxa: R$ 4,50 (com erciários matricula­ dos) e R$ 9,00. A p resentar-se em traje de banho. SESC C onsolação PROJETO EMPRESA. Programa d iferenciado d e ap oio ao lazer, junto a em p resas do com ércio. Tem com o objetivo principal a prática de atividades recreativas, culturais e esp ortivas p ossib ili­ tando a o s participantes e s eu s d ep en d e n tes um m aior en volvi­ m ento nas program ações. Presta assesso ria para organização de torn eios e ca m p eon atos, fe sti­ v ais de esp o rtes e c e s s ã o de esp a ço s. SESC Consolação

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Ginástica ALONGAMENTO E CONSCIÊN­ CIA CORPORAL Proporciona har­ m onia e relaxam ento corporal, através de exercícios de flexibili­ dade para a reorganização da postura. SESC Carmo - A partir de 16 anos. S egu nd as e quartas, às 11 h, 14h e 16h e terças e quintas, às 10h e 15h. Reinicio em 5 de fevereiro.

Judô Arte marcial de origem japonesa, oferece ao aluno o desenvolvimento da concentração, destreza, força, além de habilidades físicas. Os exercícios são dinâmicos e de confronto. Confira no Roteiro

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alm ofad as. Coordenação de Rosana Marcondes, professora de Dança e Educação Física. Segu n ­ das e quartas, das 14h às 15h. Início dia 13. R$ 18,00 (comerciá­ rios matric.) R$ 36,00 (usuários). SESC Pinheiros GINÁSTICA PARA GESTANTES. O rientação de Va Ima Valzachi. Terças e quintas, das 18h às 19h e das 19h às 20h. 20 vagas. R$ 68,00 (com erciários matric.) e R$ 72,00. SESC S ão Caetano

SESC Pom péia - O rientação de Eduardo Fraga, terapeuta corpo­ ral. Quartas e sex ta s, às 7h30. R$ 20,00 (com erciários matric.) e R$ 40,00 (usuários).

GINÁSTICA VOLUNTÁRIA. M éto­ do de ginástica d esen volvid o pelo S esc de acordo com o ritmo e con d ições físicas de cada p essoa. A cada m ê s te m a s d iferen tes sobre atividade física, saú d e e bem-estar. Inform e-se na unidade do S esc m ais próxima.

SESC S ão Caetano - Orientação de Diolino de Brito. S egu n d as e quartas, às 19h30 e 20h30. R$ 15,00 (com erciários matric.) e R$ 28,00.

SESC Carmo - Turmas acima de 16 anos. S egu n d as e quartas às 12 h ,1 7 h ,1 8 h 1 0 e 19h10 e terças e quintas, às 8 h, 12h, 17h, 18h10 e 19h10. Reinicio em 5 de fevereiro.

BIOENERGÉTICA. Proporciona a u to co n h ecim e n to e equilíbrio através da prática de exercícios físicos que integram o m ovim en ­ to às em o ç õ e s . O rientação de Carmen N isticó e Ivanilde Sam paio. Sextas, às 13h30. 20 v a gas. R$ 20,00 (com erciários matric.) e R$ 25,00. A primeira aula é grátis. SESC São Caetano

SESC C onsolação - De segu n da a sábado, a partir das 9h15. Trinta alu n os por turm a. R$ 15,00 (com erciários matriculados) e R$ 30,00 (duas aulas sem anais) e R$ 11,50 (com erciários matriculados) e R$ 23,00 (uma aula sem anal).

EUTONIA. O curso propõe o reco­ nhecim ento das te n sõ e s e oferece recursos ao praticante para que aprenda, através da experiência p essoal, a lidar e equilibrar su as te n sõ e s no dia-a-dia. A eutonia ensina a cuidar do corpo para evi­ tar d o en ça s. O rientação de Gabriela Ball. Sextas, às 19h30. 25 v a gas. R$ 22,00 (com erciários matric.) e R$ 44,00. SESC C onsolação GINÁSTICA INTEGRATIVA. Reu­ nindo uma ginástica de conscienti­ zação do gesto e das formas cor-v porais, toques de autom assagem e o estudo da postura, essa ativi­ d ade fornece algun s su b síd ios para o aluno conquistar seu bemestar no cotidiano. Entre outros materiais serão utilizados b astões de bambu, bolas de diferentes tam anhos, saquinhos de areia e

SESC Ipiranga - Terças e quintas, às 15h30, 16h30, 18h30 e 20h30. Quartas e sextas, às 18h30, 19h30 e 20h30. R$ 15,00 (com erciários matric.) e R$ 30,00. Sábad os, às 10h30, 11 h30 e 14h30. R$ 11,50 (com erciários matric.) e R$ 23,00. SESC Itaquera - Liberdade de exp ressão e muita dança através de uma h om en agem à cidade de São Paulo, em aulas com tem as populares da cidade e do verão. Atividades a partir das 13h: dança de rua, dia 5. Funk, dia 12. Sam ba de gafieira, dia 19 e frevo, dia 26. SESC Pom péia - Aulas com dura­ ção de 50 m inutos, duas vezes por sem a n a , n os p eríod os manhã, tarde e noite. R$ 15,00 (comerciário matric.) e R$ 30,00 (usuário). E aulas som en te aos sá b a d o s, com 80 m in utos de duração. A partir de 15 anos. Às 9 h 3 0 ,1 1 h e 1 4 h . R $11,50 (com er­ ciários matric.) e R$ 23,00 (usuá-

SESC S ã o C a e ta n o - O rientação d e A n s e lm o O gata. S e g u n d a s e q u a rta s: à s 1 6 h 3 0 , 17h 20, 18h 10, 19h e 19h50. T erças e q uin tas: à s 6h 30, 7 h 30, 9h10, 14h, 1 6 h 3 0 ,1 7 h 2 0 , 1 8 h 1 0 ,1 9 h e 19h 50. Q u artas e s e x ta s : à s I 6h 30, 7 h 30 e 8h 20. R$ 15,00 (c o m e r c iá r io s m a tric.), R$ 28,00. Tem a d o m ê s d e janeiro: Q uem v ê cara n ão v ê co ração. TENISESC - Turmas com aulas n o s p eríod os m anhã, tarde e n oite, d e seg u n d a à quinta, p odendo o aluno fazer seu próprio horário e frequentar quantas au las quiser. M atrículas para n ovos alunos a partir do dia 19 de cada m ês. R$ 15,00 (comerciários matric.), R$ 30,00 (usuários inscri­ tos) e R$ 34,50. HIDROGINÁSTICA. D esen volve resistência, equilíbrio e m usculatura através de exercícios aeróbico s e localizados praticados dentro da água.

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SESC C onsolação - Terças e quintas, às 9h15, 15h30, 18h, 19h e 20h. S extas, às 12h, 16h30 e 19h. , , S á b a d o s, às 10h. R$ 24,00 ! (com erciários matric.) e R$ 48,00 (duas aulas sem anais). R$ 18,00 j (com erciários matric.) e R$ 36,00 j (uma aula sem anal).

SESC Ipiranga - Terças e quintas, j às 15h30. Quartas, às 15h30 e 19h30. R$ 24,00 (com erciários 1 matric.) e R$ 48,00. Sábad os, às j 14h30. R$ 18,00 (com erciários j matric.) e R$ 36,00. SESC Itaquera - Água, liberdade de exp ressão, diversão e muita m úsica são o s elem en tos para aquecer a n ossa ginástica aquática. De quarta a sábado, às 11 h30. SESC Pom péia - De terça à sexta, manhã, tarde e noite. A p en as para com erciários e dep en dentes, R$ 24,00 (com erciários matric.). SESC S ã o C aetan o - O pção de d u a s ou u m a aula s e m a n a l. S e g u n d a s e quartas: à s 16h15, 18h30, 20h. T erças e q u in tas, às 7h, 11 h30, 12h 15, 15h30, 20h. Q uartas e sex ta s: 7h 45, 8h30, 10h45 e 1 1h30. S áb ad os: à s 9h e 14h. De R$ 20,00 a R$ 28,00 (c o m e r c iá r io s m atric.) e d e R$ 28,00 a R$ 36,00.

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i EM CARTAZ M A SSA G E M BIODINAMICA. C urso b á sic o v is a n d o o a p ren ­ d izado d esta té cn ic a d e m a s s a ­ g e m , um m é to d o n o r u e g u ê s d e s e n v o lv id o por G erda Boys e n , fisio ter a p e u ta e p s ic ó lo g a , q u e ob jetiva e s c o a r a en er g ia a cu m u lad a em d iv e r sa s c a m a ­ d as do corp o, fa v o r ece n d o u m a m e lh o r cir cu la ç ã o s a n g u í­ n ea. C o o r d e n a ç ã o d e E urídice C ar-valho B arroso, te ra p eu ta corp oral. S e x ta s , d a s 19h à s 21h 30. Início dia 17. R$ 2 0 ,0 0 (c o m e r c iá r io s m a tric.), R$ 40.00 (u su ários). SESC Pinheiros MASSAGEM PSÍQUICA E QUIROPRÁTICA. O rientação d e Pier Campadello. Quartas, às 21 h. R$ 20.00 (comerciários matric.) e R$ 40.00 (usuários matric.). 15 vagas. SESC Pinheiros MASSAGEM RELAXANTE ANTI­ STRESS. Orientação de Maria da Graça G onçalves. S eg u n d a s e quartas, das 14h às 16h. S extas, das 14h às 18h. R$ 60,00 (com er­ ciários matric.) e R$ 80,00. SESC S ão Caetano TÉCNICA DE ALEXANDER. Esta técn ica é indicada para artistas, p e s s o a s co m d ores m u scu lares e p rob lem as nas articu lações e para to d o s a q u e le s q u e p reten ­ d em d esv en d a r n ovas form as d e co m u n ica çã o . A lém d e pre­ ven tiva, tem c o m o ob jetivo a m u d ança d e h ábitos posturais no cotid iano. C oordenação d e Paula L opes, form ad a na técn i­ ca A lex a n d er em N ed erlan d (H olanda). Terças e q uin tas, d as 19h30 à s 21 h. Início dia 14. R$ 20.00 (com erciários m atric.), R$ 40.00 (u suários). SESC Pinheiros YOGA. De origem indiana, reúne exercícios respiratórios, de rela­ xam ento e m editação para o equi­ líbrio do corpo, da m ente e do espírito. SESC C o n so la çã o - O rientação d e O dete S antana, form ad a em Yoga pela União N acional d e Y oga. Jú lio S érg io Dias Fer­ n a n d e s , co m e s p e c ia liz a ç ã o n os EUA e na índia. S e g u n d a s e q u artas, à s 17h 30, 18h 30, 19h30 e 20h 30. Terças e q u in ­ tas; às 9h. 30 v a g a s por turm a.

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R$ 15,00 (c o m er ciá rio s m atric.) e R$ 30,00.

Arquivo Sesc

SESC Pom p éia - T écn icas do Hatha-Yoga. Acima de 15 anos. Terças e quintas: às 8h30, 9h30, 10h30, 15h, 16h e 20h30. R$ 17,00 (com erciários matric.) e R$ 34,00 (usuários). SESC S ão C aetano - Três turmas: orientação de Rosiris Martins quartas e sextas: às 8h30; orien­ tação de Mário Stram be, se g u n ­ das: às 20h; orientação de Jaci Cordeiro, quartas e sextas: às 15h. 20 v agas por turma. R$ 20,00 (com erciários matric.) e R$ 25,00. TENISESC - O rien tação d e Marim á P ery A lv e s C a m p o s. T erças e q u in ta s, à s 17h e 18h; s e g u n d a s e q uartas, à s 11 h. R$ 3 3,00 (c o m er ciá rio s m atric.) e R$ 43,00 (u su á r io s in scritos). Início d a s a u la s na s e g u n d a q u in zen a d e jan eiro.

A rtes Marciais CAPOEIRA. De origem afro-brasi­ leira, integra jogo, luta e m úsica. D esen volve a agilidade corporal através de exercícios dinâm icos de ataque e defesa. SESC Carmo - O rientação de Inajara G onçalves. A partir de 12 anos. Terças e quintas, às 19h30. Reinicio em 5 de fevereiro. SESC Ipiranga - O rientação d e M estre G ato. Terças e quin tas, à s 20h 30. S á b a d o s , à s 9h 30. R$ 15,00 (com erciários matric.) e R$ 30,00. SESC Pinheiros - Orientação de Mestre Cesar A ugusto Barros dos S antos. Terças e quintas: às 20h. S extas, às 19h30. Sábados: às 9h30 e 11h. R$ 22,00 (com erciá­ rios matric.) e R$ 44,00 (usuários matric.). 20 vagas por horário. SESC Pom péia - M odalidade g en u in am en te brasileira que funde luta, dança, jogo e música. O rientação de M estre Baiano (Josoel Vitalino), a partir de 15 anos. Terças e quintas, às 18h30 e 19h30. Sábados, às 15h. R$ 20,00 (comerciários matric.) e R$ 40,00 (usuários). SESC São Caetano - Sábados, às 11 h e às 13h (orientação de

Movimento Corporal A partir do gesto e da automassagem, a ginástica interativa ensina ao aluno como manter uma postura adequada. Esta atividade oferece um grande bem-estar para as agitações do dia-a-dia. Segundas e quartas, das 14h às 15h. Sesc Pinheiros

Hermes Soares). Terças e quintas: às 17h (orientação de Diolino de Brito) e às 20h40 (orientação de H erm es S oares). S eg u n d a s e quartas: das 20h30 às 22h (orien­ tação de Hermes Soares). De R$ 15,00 a R$ 30,00 (com erciários matric.) e de R$ 20,00 a R$ 35,00. JUDÔ. Arte marcial de origem japonesa. D esen volve concentra­ ção, destreza e habilidades físicas através de exercícios dinâm icos de confronto. SESC Consolação - Orientação de D ouglas Vieira, medalha de prata na Olimpíada de Los A n geles. Terças e quintas, às 20h30 e sába­ d os, às 10h30. 25 v a g a s por turm a. R$ 30,00 (com erciários matric.) e R$ 48,00. SESC Pompéia - Orientação de Tomio Oki, Sexto Dan, técnico do Esporte Clube Corinthians Paulista e árbitro da Federação Paulista de Judô. De 15 a 49 anos, sábados, às 15h30. R$ 15,00 (com erciários matric.) e R$ 30,00 (usuários).

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KARATÊ. Arte marcial de origem japonesa. D esenvolve flexibilida­ de, força, velocidade e concentra­ ção, através de exercícios basea­ dos no princípio da não-violência. SESC Carmo - A partir de 12 anos. S eg u n d a s e quartas, às 20h. Reinicio em 5 de fevereiro. SESC São Caetano - Orientação de Diolino de Brito. Segu nd as e quartas, às 18h30. R$ 20,00 (comerciários matric.), R$ 35,00. KUNG FU. Arte marcial de ori­ gem chinesa que d esen volve a força, velocid ad e e precisão nos m ovim entos de braços e pernas, através de seq u ên cias de exercí­ c io s físico s. O rientação de Ricardo Fernandes Cser, com for­ m ação nos e stilo s Shoalin do Norte e Choy Lee Fut. A partir de 15 anos. Quartas e sextas, às 20h. R$ 17,00 (com erciários matric.) e R$ 34,00 (usuários). Dom ingos, às 14h, R$ 13,00 (com erciários matric.) e R$ 26,00 (usuários). SESC Pompéia

Ar Puro As unidades campestres oferecem várias alternativas de lazer que contemplam de perto a natureza. Ótima oportunidade para um contato ínti­ mo com o verde. Sesc Interlagos e Sesc Itaquera. Confira no Roteiro

TAE KWON DO. Arte marcial de origem coreana. D esen volve a agilidade, flexibilidade e alonga­ m ento através de exercícios dinâ­ m icos de confronto. Orientação de Ariagna Cristina S am p aio. Terças e quintas, às 17h30, 18h30 e 19h30. Quartas e sextas, às 16h30. S ábados, às 13h. R$ 15,00 (comerciários matric.) e R$ 30,00. SESC Ipiranga TAI CHI CHUAN. Arte marcial de origem coreana. D esen volve a agilidade, flexibilidade e alonga­ m ento, através de exercícios dinâm icos de confronto. SESC Carmo - O rientação de D ou glas Rodrigues. Turmas acima de 16 anos. S egu nd as e quartas, às 17h e 18h. Reinicio em 5 de fevereiro. SESC Consolação - Orientação de Jair Diniz, form ado pela A sso ­ ciação Brasileira de Tai Chi Chuan e Cultura Oriental. Terças e quin­ tas, às 10h30 e 14h; sáb ados, às 9h30. 30 vagas por turma. R$ 17,50 (com erciários m atricula­ dos) e R$ 35,00. SESC Ipiranga - Orientação de Marilia Rodela. Quartas e sextas:

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às 18h30 e 20h30. R$ 15,00 (comerciários matric.) e R$ 30,00. SESC Pinheiros - Orientação de Isao Takai. Terças e quintas, às 7h30. S extas, às 18h30. R$ 25,00 (comerciários matric.), R$ 50,00 (usuários matric.). 15 vagas por

SESC Pompéia - Arte marcial chi­ nesa com m ovim entos execu ta­ d os de forma contínua, coorde­ n ando equilíbrio, respiração e concentração. Acima de 15 anos. Terças e quintas, 8h20, 18h20 e 19h30. R$ 17,00 (com erciários matric.) e R$ 34,00 (usuários). SESC São Caetano - Orientação de Nilson N eves. S eg u n d a s e quartas, às 16h. R$ 30,00 (com er­ ciários matric.) e R$ 35,00. S ábados, às 9h, R$ 25,00 (com er­ ciários matric.) e R$ 30,00. CLUBE DA CAMINHADA. Reúne sem analm ente grupos para práti­ ca da cam inhada integrando a ati­ vidade física com d esen volvim en ­ to da percepção para os asp ectos culturais da cidade. Orientação para cam inhadas em áreas ver­ des, centros históricos, bairros, parques etc. Informe-se na unida­ de do S esc mais próxima. SESC Itaquera - Aproveite a natu­ reza para caminhar pelas alam e­ das e b osqu es do S esc Itaquera e receba tam bém in form ações gerais sob re cu id ad os com a saú d e. S áb ad os, d o m in g o s e feriados, a partir das 9h30.

Aulas Abertas BIOENERGÉTICA. Proporciona au tocon h ecim en to e equilíbrio através da prática de exercícios físicos que integram o m ovim en­ to com as em o çõ es. Orientação de Carmem N isticó e Ivanilde Sam paio. Dia 22, às 14h30. Grátis. SESC Ipiranga CANTO E CONSCIÊNCIA CORPO­ RAL. A tônica deste trabalho é tra­ zer de uma forma descontraída a au to-ob servação, através da con scien tização d os n o s so s repertórios g estu a is e vocais, ampliando n ossa forma de com u ­ nicação e percepção através de exercícios (jogos) que serão diri­ g id o s a os participantes. Orientação de Andrea Drigo e

Virginia Costábile. Dias 18 e 19,25 : e 26, das 14h30 às 17h30. 15 ' 1 vagas. A partir de 15 anos. 5 * Gratuito. SESC Pompéia GINÁSTICA VOLUNTÁRIA. Aula aberta que visa a valorização da p essoa através de uma prática consciente, voluntária e autônoma, utilizando com o instrumento básico a educação motora e a 1 ludicidade. Dias 2 e 3, às 16h30 e 19h. Dia 4, às 10h30. Dias 15 e 29, às 19h30. Dias 23 e 28, às 18h30. Grátis. SESC Ipiranga

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, HIDROGINASTICA. Dias 2 e 3, às 15h30 e 20h. Dia 4, às 14h30. Dias 5, 19 e 26, às 12h. Grátis. SESC Ipiranga

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YOGA. O rientação de Rosires Martins. Dia 22, às 19h30 e dia 29, às 14h30. Grátis. SESC Ipiranga

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Workshops

ASTROLOGIA. N este curso serão ab ord ad os algu n s princípios astrológicos com o: fundam enta­ ção histórica, os com pon en tes de sua linguagem específica - sig- : n os, p lan etas, c a sa s - com o j e s s e s se com binam num mapa natal e sua interpretação. ! Coordenação de Yara Ferranto e Valéria Pires, astrólogas. Terças e quin tas, das 19h30 às 21h30. Início dia 14. R$ 20,00 (comerciá- 1 , rios matric.), R$ 40,00 (usuários). | , SESC Pinheiros O TARÔ COMO ORÁCULO E AUTOCONHECIMENTO. O curs o ob jetiva, através da ap resentação da lin gu agem pictográfica e da e x p o siçã o d o sim b o lism o con tid o n ele, permitir a o s parti­ cip an tes a a p ree n sã o d e um instru m en to prático d e co n h ecim e n to . H istórico, m é to d o , m o d o s d e jogar e u tilização terapêutica sã o algu n s tó p ico s a serem ab ord ados. C oordenação d e D enise M arsiglia, p sicóloga e taróloga. S eg u n d a s e quartas, às 19h30 e 21h30. De 13 de jan eiro a 4 d e fe v ere iro . R$ 20.00 (com erciários matric.) R$ 40.00 (usuários). SESC Pinheiros RITMOS DA MÚSICA E DA VIDA. Para quem quer conhecer os dife-

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i EM CARTAZ rentes ritmos em si próprio, na vida diária e na natureza. Orientação de Ana Chaves, p sicó­ loga e arte-educadora. Terças e quintas, das 14h às 15h30. Início dia 7. Grátis. SESC Pom péia

Instalações BILLINGS PARA SEMPRE VIVA. Painéis ilustrativos retratam a his­ tória da represa Billings, apresen ­ tando o s m otivos que levaram à sua construção, o s problem as de poluição que enfrenta e a luta da com u n id ad e e am b ien talistas para d esp olu í-la. De quarta a dom ingo, das 9h às 17h. SESC Interlagos SENTIMENTO OFERTADO ÀS CRIANÇAS RUMO AO SÉCULO XXI. Espaço que representa uma parte da cultura milenar japone­ sa, com posto por um jardim onde se inclui um q uiosque que sim b o­ liza uma casa típica. N esse esp a­ ço, o s visitantes serão sensibiliza­ dos para o respeito à natureza, harmonia e filosofia de vida, onde a interpretação dos elem en tos ali p resentes se modificará de acor­ do com o nível da consciência da peásoa que está observando. De quarta a d om ingo, das 9h às 17h. SESC Interlagos VIVEIRO DE PLANTAS. Diversas esp éc ie s de plantas e m udas para ob servação e ven d a, estufa, minhocário, horta, vasos decora­ tivos, orientação sobre jardina­ gem . De quarta a d om ingo, das 9h às 17h. SESC Interlagos

Centros Campestres SESC In terlagos. Próxim o ao autódrom o de Interlagos, com uma área de 500 mil quadrados, às m argens da Represa Billings. Possibilita cam in h a d a s entre p a isa g e n s naturais, co m b o s ­ ques de araucárias, pinheiros do brejo, figu eiras, jatobás, Mata Atlântica nativa, viveiro de plan­ tas, recanto de p eq u en os ani­ mais e lagos com p edalinhos. Estão à d isp osição d os visitantes sete quadras p oliesportivas, três de tênis, d ois m ini-cam pos de

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fu tebol, gin á sio cob erto, conjun­ to aq uático com p iscin as para ad u ltos e crianças, q u io s q u e s para churrasco e recanto infantil. Na s e d e social, sala de leitura, lud oteca, terraços ao ar livre, berçário, restaurante e lancho­ n ete. Auditório, para exib ição de víd e o s em telão e o palco do lago, para sh o w s e esp etá cu lo s d iversos com pletam o s serviços d esta u n id ad e. De quarta a d om in go, das 9h às 17h30. R$ 0,50 (com erciários m atric.), R$ 1,10 (usuários matric.) e R$ 3,50. D escon to de 50% para crianças de 4 a 14 an os. E stacion am en to no local por R$ 1,65. Ô nibus u rb an os com s a íd a s da Plataform a F do M etrô Jab aquara (linha 675 - Centro S esc) e do Lgo. S ã o Fran cisco (linha 5317 - Centro C am pestre S esc). SESC Itaquera. O ferece varia­ d a s o p ç õ e s d e lazer, in cluin do a tiv id a d e s e s p o r t iv a s , a rtísti­ ca s , cu ltu ra is, r e c r e a tiv a s , s o c ia is e d e co n ta to co m a n atu­ reza. Q u ad ras p o lie sp o r tiv a s, p ista s d e coop er, c a m p o s d e m alh a, fu te b o l e b och a. Parque aq u ático co m oito to b o á g u a s, além d e lo ca is para ch u rrascos, fe s ta s , fe ir a s, s h o w s , e x p o s i­ ç õ e s , v íd e o e leitura. Para a s crianças, o Parque Lúdico ap re­ sen ta o s b rin q u ed o s O rquestra M ágica, T renzinho C en ográfico e B ich os da Mata. De quarta a d o m in g o e fe ria d o s, d as 9h às 17h. O e s ta c io n a m e n to c o m ­ p orta 1100 ca r ro s. R$ 0 ,5 5 (com erciários m atric.), R$ 1,10 (u su ários m atric.), R$ 3,50 (visi­ ta n te s), R$ 1,75 (visitan tes, se m p arq u e a q u á tic o ), R$ 0 ,25 (com erciários m atric. infantil), R$ 0,55 (u su ários m atric. infan­ til), R $1,65 (e s ta c io n a m e n to ). Ô nib us u rb an os co m saída da E sta çã o Artur A lvim (Linha 3 7 7 2 , G leb a d o P ê s s e g o ) e T erm inal S ã o M a teu s (Linha 2523F, Jardim H elena).

Serviços CLÍNICAS ODONTOLÓGICAS. O serviço de odontologia do S esc o ferece tratam entos clín icos e cirúrgicos em diferentes especia-

Parceria Contra a Fome Para atenuar o problema da fome na cidade, o projeto Mesa São Paulo é uma ação conjunta, que envolve instituições e empresas. A parceria objetiva contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população. Sesc Carmo. Confira no Roteiro

lidades: endodontia e periodon­ tia, má form ação, odontopediatria, p róteses e rádio-diagnóstico. As a çõ es na área de od ontologia procuram prevenir e evitar pro­ blem as de saú de, sen d o com p le­ m entadas tam bém por trabalho educacional. SESC C onsolação - De segu n da à sexta, das 8 h às 12h, das 13h às 17h e das 17h30 à s2 1 h 3 0 . SESC Ipiranga - De segu n da à sexta, das 13h às 21h30. SESC O dontologia - De segu n da à sexta, das 8 h às 12h, das 13h às 17h e das 17h30 às2 1 h 3 0 . MESA SÃO PAULO. Este progra­ ma é um m odelo de ação conjun­ ta que en volve o S esc, institui­ ç õ e s e em presas, no com bate à fom e. É um trabalho de parceria que tem com o objetivo contribuir para a melhoria da qualidade de vida de p opulações carentes na região m etropolitana de S ão Paulo. Veja com o sua em presa


pode participar. Inform ações no 1g andar, das 10h às 19h ou pelo telefon e (011) 605-9121, ramais 209, 236 e 254. SESC Carmo

Restaurante SESC Carmo - Na área de alim en­ tação, o S esc Carmo se preocupa em oferecer ao trabalhador do com ércio refeições a baixo custo, caracterizadas, fundam entalm en­ te, pela sua qualidade. N os cardá­ pios elaborados e supervisiona­ d os por nutricionistas, nos rígidos con troles de procedência d os gên eros e na higiene de produ­ ção, o com erciário tem a certeza e a garantia de n o sso s serviços. De segunda à sexta, das 11 h às 14h.

Lanchonetes SESC Carmo - Grande variedade de lanches e pratos rápidos. Ideal para quem trabalha até m ais tarde ou estud a à n oite, sem retornar para casa. De segu n da à sexta, das 17h às 20h. SESC Consolação - Vários tipos de sandu ích es q uentes e frios, pratos rápidos, batatas fritas, sor­ v etes, milkshakes, gelatinas, refri­ gerantes e cervejas no Hall de C onvivência, o n d e acon tecem várias atividades culturais, perfor­ m ances, ap resentações m usicais, esp etácu los infantis, ex p o siçõ es e projeções em vídeo. De segunda à sexta, das 11 h às 22h e sáb ados, das 10h às 18h.

Hoje tem Brincadeira

SESC S ão C aetano - Grande variedade de salgad os e porções, s u co s, refrigerantes, b ebidas e sorvetes. Localizada na área de convivência on de está instalado um telão de cem polegadas no qual são exibidos clips em vid eo­ cassete e videolaser. De segunda à sexta, das 9h às 22h30 e sába­ dos, das 9h às 18h.

O espetáculo infantil Hoje Tem Marmelada utiliza a linguagem circense para expressar Exercícios Corretivos a figura cômica e GINÁSTICA PARA A COLUNA. sensível do palhaço. Trabalho corretivo e preventivo No palco, acrobacias, para problem as de lordose, e sc o ­ liose, cifose e outros decorrentes malabaristas, mágicos da má postura. O rientação de Va Ima Valzachi. Terças e quintas, e pernas-de-pau. das 14h às 15h. R$ 45,00 (comerDia 18, às 15h. ciários matric.) e R$ 49,00. Sesc Itaquera SESC São Caetano GINASTICA RESPIRATÓRIA E NATAÇÃO. Trabalho d e reed u ­ cação postural e té cn ic a s respi­

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ratórias para crianças e a d o le s ­ c e n te s com idad e entre 6 e 15 a n o s, p ortad ores d e asm a brônquica. O rientação d e Fabiana P asson i Martins Khun. Terças e q uin tas, d as 14h à s 15h45. 25 v a g a s. R$ 15,00 (com erciários matric.) e R$ 30,00. SESC C onsolação

trata an im ais. Um dia, através das in v e n ç õ es d o Dr. Nicolau, um cientista m alu co, Tequinho tem um a gran d e surp resa que interfere em su a vida. O Grupo M ilenarte ap resen ta, tam bém , m ú sica s d e su a autoria. Dias 4 e 18, às 11 h. Grátis. SESC Consolação

NATAÇAO PARA ASMATICOS. Curso direcionado a os portadores de d eficiên cias respiratórias e d esen volvid o através de exercí­ cios de respiração, de fortaleci­ m ento m uscular e correção p os­ tural. São 45 m inutos de aula em sala e 30 m inutos na piscina. De 7 a 14 anos. Quartas e sextas, 7h30 e 17h. A penas para dep en dentes de com erciários. R$ 15,00 (com er­ ciários matric.). SESC Pompéia

BONECOS URBANOS. Teatro de rua com bonecos. A peça é com- [ posta por sete quadros onde o j ator Eduardo Alves interage com o público através de seu s perso­ n agens bem -hum orados que vão d esd e Romualdo e Ronaldo Hip­ Hop, reggae star carioca, até Goretti do A greste chamada "A m iragem do Agreste".

1 A BANDA. Clowns e m úsicos rea­ lizam um sh ow de gala com ins­ trum entos feitos de garrafas de refrigerantes, b exigas e outros ob jetos. Brincam com arranjos esp eciais e executam m elodias co n h ecid a s. É um verdadeiro sh ow de núm eros m usicais, brin­ cadeiras e de relações hum anas. Dias 11 e 25, às 11 h. Grátis. SESC C onsolação A BRUXA ZELDA E OS 80 DOCINHOS. Grupo Zelda (SP). O es p e ­ táculo é a reestréia de uma adap­ tação para a linguagem teatral e musical do livro hom ônim o de Eva Funari. Dias 25 e 26, às 17h. Área de Convivência. SESC Pompéia A BRUXINHA. Bunraku, b o n e co s pra lá de en can tad ores, ap resen ­ tam a história da bruxinha m eio atrapalh ada, q u e p a ssa por aventuras ch eias de im aginação. Com a Cia. Truks. Dia 19, às 14h30. Grátis. SESC Interlagos A CASA MALUCA. Teatro d e B onecos. Com o G rupo M ilen arte. O e s p e tá c u lo fala s o b r e T eq u in h o, um m e n in o d e so b e d ie n te , b agun ceiro q ue, além d e ser m al-ed u cad o, m al­

SESC Itaquera - Dias 15, 16 e 17, às 13h. SESC Interlagos - Dia 5, às 14h30. Grátis. GRANANICA. E spetáculo que recria o circo na rua, onde o ator Lincoln Rollim utiliza técnicas de clown, m úsica, folclore nordesti­ no e teatro popular. A peça passa a ser tam bém um pretexto para a im provisação, em que a criança conduz o jogo cênico. Dias 10, 11 e 12, às 13h. SESC Itaquera HERAMAVEZ. Espetáculo de tea­ tro b aseado no mito grego de "Hércules", em que a menina Heramavez sem querer transfor­ ma a deusa Belatriz numa espécie de m olusco. Para reparar o erro tem de tentar ven cer o vilão Ziguinal e tam bém derrotar e transformar os néscios, dois atra­ palhados siam eses. Texto e dire­ ção de Wilson Julião. Dia 4, às 13h e dia 5, às 14h. SESC Itaquera HISTÓRIAS COM DESPERDÍCIOS. A peça narra a história de um sucateiro e su as andanças por uma grande cidade. Em m eio ao lixo das ruas e s e u s so n h o s im possíveis, e s s e hom em , com incrível habilidade e algum a esp erança, busca acalento ao transformar e dar vida aos obje­ tos que vai encontrando, em um esforço, talvez, de dar sentido maior à sua difícil jornada. A peça trata de forma poética de impor­ tantes asp ectos do com portamen-

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0 EM CARTAZ to hum ano e da n ecessid ad e de dar continuidade à vida, porém , em b asad a em n o v o s v alores co m o am or e am izad e. Com Héctor López Girondo - El Teatro de La Plaza. SESC Ipiranga - Dias 5 e 19, às 15h. Distribuição grátis de con vi­ te s de terça a sábado. SESC Interlagos - Dia 12, às 14h30 e dia 25, às 14h. Grátis. HISTÓRIA DOS FIOS. Um conto de am or e poder no sertão nor­ destino em que a heroína apren­ d e com a ajuda de a m ig o s a "tecer o s fios da própria história" em sua luta contra o Coronel, d on o da terra e das p e sso a s. A daptação e atuação de Péricles Raggio e Márcia Nunes. Dia 26, às 14h30. Grátis. SESC Interlagos HOJE TEM MARMELADA. É um esp etácu lo de teatro que s e utiliza da linguagem circense pela sua plasticidade cênica, para exp res­ sar a sensibilidad e da figura fan­ tástica do palhaço. A dupla de p alhaços Brigadeiro e Surubin se encontra a cada esp etácu lo para regar o público com muito riso. Através das técn icas de acroba­ cia, m alabares, m ágica e pernade-pau criam o m olho da c o m é­ dia, utilizando as reprises de palhaço que são cen as tradicio­ nais d e circo, transm itid as há sécu los. Dia 18, às 15h. SESC Itaquera O PEQUENINO GRÃO DE AREIA. Grupo A ndaim e de Teatro UNIMEP - (Piracicaba). É um musical que fala do amor, d os ca stelo s que con struím os, das fan tasias, d os n o s so s so n h o s. Um grão de areia e s e u s co m p a n h eiro s outros grãos; o que chora, o que ri, o circen se e o raivoso saem à procura de um grande amor. O grupo surgiu no ano de 1986 com o ob jetivo d e p rom over investigações sob re a arte te a ­ tral, b uscando aprimorar a quali­ dade d os esp etá cu lo s d esen v o l­ vidos na U niversidade M etodista de Piracicaba (UNIMEP). Até 1990 realizou d iversas m on ta­ gen s, com en foq u es regionalista e de com édia de costu m es. A patir de 1994, iniciou uma p es­ quisa acerca do trabalho com

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crianças, su rgind o en tão a referi­ da peça. Dias 11 e 12, às 17h, na Área de Convivência. SESC Pom péia

Histórias com Desperdícios Divulgação

0 5 TRÊS CAVALOS ENCANTA­ DOS. Grupos Salam andra Teatro 6 Cia e Bloco Boi Bonito de Artes (SP). O esp etácu lo é inspirado na literatura de cordel, a partir da obra h om ôn im a d e Joaq uim Baptista d e Sen a. Trabalhando a linguagem popular, b o n ecos, ato­ res e m ú sicos convidam o público a fazer parte d e uma fábula brasi­ leira, em que o m edo e a cora­ gem , o riso e a tristeza, a noite e o dia te cem a s im b o lo g ia d esta trama m ágica. Os grupos são for­ m ad os d esd e 1989 e vêm produ­ zindo vários esp etá cu lo s e ofici­ nas de arte em d iversos teatros, praças e entid ades. Dias 18 e 19, às 17h, na Área de Convivência. SESC Pom péia PASTELÃO DO AMOR. Espetáculo de rua em que artistas m am bem ­ b es m ostram su a s habilidad es cênicas, m usicais, acrobáticas e m alabarísticas, através de quatro esq u e te s en graçadíssim as: Uga Uga, Chica Maluca, O svaldão o Anãozinho e A Serenata. Alegria. Criatividade e a participação dire­ ta do público fazem a com édia de rua em n o s so s d ias q u entes de verão. Dia 26, às 15h. SESC Itaquera POEMAS PARA BRINCAR. A h is­ tória, uma com pilação de p oem as do livro infantil de J o s é Paulo Paes, é uma grande brincadeira com as palavras. A p oesia, unida à linguagem mágica d os b on ecos de vara e à m úsica, encanta e seduz as crianças. A peça com eça com Ana e Juca, que ao perderem sua pipa decidem brincar de fazer p oesia. Entre o s p erson agen s, um pernilongo apaixonado que toca violino, uma caveira bem -hu m o­ rada, um coração que morreu de amor e uma pulga suicida. Com As Graças. Dias 12 e 26, às 15h. R$ 3,00 (com erciários matric.) e R$ 6,00. C onvites gratuitos de terça a sábado. SESC Ipiranga TERRA DE GIGANTES. O grupo Voa Chão traz com o proposta de anim ação b on ecos gigantes ani­ m ados, fazendo com que princi­ p alm ente as crianças, de uma

O enredo de um sucateiro que tem o dom de dar vida aos objetos à sua volta. Procura, com isso, tomar mais humana sua dura jornada de perambular pelas mas de uma grande cidade. Confira no Roteiro

forma sim p les e lúdica, resgatem as brincadeiras de rua utilizando a m úsica e a linguagem artística direta. Dias 23, 24 e 25, às 13h. SESC Itaquera

Curumim ÁREAS DE INTERESSE. As áreas de interesse en globam a Mostra de Vídeos, as Oficinas Abertas e o Teatro Infantil. A contecem s e m ­ pre a os finais de sem ana. Veja program ação a seguir. SESC Pom péia Mostra d e V ídeos. R atinho G am ­ bá - A v e n tu r a s na C idade (1994) 60'. Gambá e sua turma estão n a vegan d o a cam in h o da ilha am ald içoada, para ajudar uns am igos. Ao ch egarem lá, d esco ­ brem que um d eles está muito d oente. Dias 11 e 12, às 13h, na área de vídeo. G asparzinho - O F a n ta sm a C am arada e S e u s A m ig o s (1991) 84'. Este, sem dúvida, é o n o sso primeiro ET. Um am igável e sim pático visitan­ te sobrenatural num mundo h os­ til, sem pre d isp osto a fazer ami-

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I g o s e encantando gerações por m ais de 50 a n o s em tod o o m undo. Dias 18 e 19, às 13h, na área de vídeo. R atinho G am bá A v e n tu ra s (1993) 90'. Gambá, um ratinho da cidade, decid e partici­ par da grande festa anual d os ratos marinheiros. Lá, ele co n h e­ ce n ovos am igos. Dias 25 e 26, às 13h, na área de vídeo. O ficin as A b ertas. A s o ficin a s abertas d esen v o lv em co n teú d o s cultu rais e s e co n stitu em em um a am ostra d as O ficin as Perm an en tes. S ão d estin ad as às crianças de s e te a 12 a n o s de idade. Vagas lim itadas. É n e c e s ­ sário retirar a sen h a no CCI. Criando A m b ien tes Com Diver­ s o s M ateriais. O rien tação de Patrícia Dini. Dias 11 e 12, das 14h às 17h, na Quadra do 8g andar d o C onjunto E sportivo. F an toch es de Vara e P eq u en os C enários de Papel. O rientação de E lisabeth G. R. Vecchiato. Dias 18 e 19, das 14h às 17h, no Centro d e C onvivência Infantil. Livros Para Brincar C o n fe ccio n a d o s Com D ife ren te s M ateriais. O rientação de Lúcia V. Lacourt. Dias 25 e 26, d as 14h às 17h, no Centro d e C onvivência Infantil.

Brincando com Madeira Assim como Gepetto criou Pinóquio, a criança no curso de marcenaria trava contato com a madeira e aprende a construir brinquedos com engrenagens. Dias 14, 16,21,23, 28 e 29, das 14h30 às 17h30. Sesc Pompéia

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CURUMIM. Para crianças de sete a 12 an os, que estejam estud an ­ do, d ep en d en tes de com erciários ou não. Através d e s s e programa a criança participa de brincadei­ ras, estim ula a sua criatividade e o con vívio com crianças da m esm a faixa de idade. As vagas são limitadas e totalm en te grátis. Inform ações no sagu ão de entra­ da, das 10 h às 2 0 h. SESC Carmo

tivo é estim ular a im agin ação, su b lin h an d o a fan tasia q u e e x is ­ te em cad a criança, por m e io d e d iv e rsa s v iv ê n c ia s d o brincar. Veja p rogram ação a segu ir. SESC Pom péia • Fantoche e Fantasia. Criação de histórias, livros, fan toches e m ás­ caras a partir de d iversos m ate­ riais e té cn ic a s artísticas. Orientação de Lúcia V. Lacourt, arte-educadora. De terça à sexta, no CCI, das 9h às 12h. • B r in q u e d o s . C o n str u ç ã o d e b rin q u ed o s a partir d e s u c a ta s e o u tr o s m a teriais. O rien taçã o d e E lisa b ete G. R. V ecch iato, s o c ió lo g a .

VIOLÃO. Iniciação à técnica pela m ú sica popular e clássica. N o ç õ es de teoria e prática de acom pan h am en to. Níveis básico e avançado, a partir de oito anos. O rientação de Alexandre Augusto M axim iliano. S e g u n d a s, das 18h30 às 19h30 e das 19h30 às 20h30. Reinicio em 5 de fevereiro. SESC Carmo

Cursos de Dança • Brincadeiras e J o g o s. Resgate do brincar por m eio de brincadei­ ras e jo g o s tradicionais, com e se m m ateriais. O rientação de Renata B. M. S antos, professora de Educação Física. De terça à sexta, no CCI, das 9h às 12h. • Brincando Com a Im aginação. J o g o s a partir de d iversos tem as e m ateriais. O rientação de Marcela de Marco Sobral, profes­ sora de E ducação Física. De terça à sexta, no CCI, das 14h às 17h. • Contando e Criando. Teatro e artes p lásticas a partir de con tos populares. O rientação de Luiz F. Figueiredo, so ció lo g o . De terça à sexta, no CCI, das 14h às 17h. • E xposição. Ao longo do d e s e n ­ volvim en to d e s s a s oficin as, as crianças poderão expor as su as prod uções no CCI.

Cursos O QUE É? O S e s c Curumim é um program a d e ativid ad es cultu ­ rais para crian ças, gratuito e orie n ta d o por p r o fe s s o r e s d e nível universitário. E nvolve o fici­ n a s p e r m a n e n te s , lu d o te ca , áreas d e in tere sse, w o r k sh o p s e p rojetos e sp e c ia is. C om o partici­ par? Para participar da progra­ m a ç ã o d e fé ria s d o S e s c Curum im , basta s e inform ar no Centro d e C onvivên cia Infantil (CCI), te le fo n e (011) 871-7768. Q uais s ã o a s a tiv id a d es? O SESC Curumim realiza d e 7 d e janeiro a 28 d e fevereiro d e 1997 a p r o g ra m a çã o de fé ria s S o lta n d o a Im a g in a ç ã o ... O ob je­

q u e d o e será introduzida nas áreas da física e da engenharia, com a utilização de engrenagens. O rientação de Adriana Freyberger. Dias 14, 16, 21, 23, 28 e 29, das 14h30 às 17h30. 10 vagas. De 10 a 15 an os. Gratuito. SESC Pom péia

FOTOGRAMA PARA CRIANÇAS. Técnica de laboratório que s e faz com a luz e as m ais variadas for­ m as e transparências d os ob jetos sob re o papel fotográfico. O rientação d e G isele M acedo, fotógrafa. Dias 11 e 12, das 14h às 17h. De sete a 12 anos. 10 vagas. Gratuito. SESC Pom péia MARCENARIA - CONSTRUÇÃO DE BRINQUEDOS COM ENGRE­ NAGENS. Apresenta ao público infantil brinquedos de con fecção relativam ente sim p les. A criança terá contato com a marcenaria, na construção e m ontagem do brin­

DANÇA. Estimula a criatividade e exp ressão através de vários tipos de dança co m o jazz, balé moder­ no, técn icas de im provisação e com posição, de m ovim entos rít­ m icos, entre outros. SESC Carmo - De s ete a 11 anos. Terças e quintas, às 17h. Reinicio em 5 de fevereiro. SESC Ipiranga - De sete a 14 anos Terças e quintas, às 16h30. Grátic, SESC Pinheiros - Arte e criação em m ovim e n to é a atividade esp ecial de férias para crianças de sete a 12 anos. Fundamentado nos estu d o s de Laban, o s elem en ­ to s que com p õem e s s e curso são: aprender a criar e improvisar, con h ecer seu próprio corpo e d es­ cobrir n o v o s m o v im en tos. Co­ ordenação de Mônica Zagallo e Andréa Francklin, professoras de Dança e d e Educação Física. Terças, das 14h às 15h30. Início dia 14. R$ 15,00 (com erciários matric.), R$ 30,00 (usuários). SESC S ã o C aetan o - O rientação d e S andra N egrini. Para crian­ ça s d e três a s e is a n o s. Terças e q u in ta s, d a s 17h à s 18h. 20 v a g a s . R$ 20,00 (com erciários matric.) e R$ 25,00. JAZZ. De origem americana, pro­ porciona ritmo, cadência e sincro­ nia, através de m ovim entos dinâ­ m icos e sen suais. Orientação de Débora Banhetti. Terças e quintas, às 10h e às 18h. R$ 15,00 (com er­ ciários matric.), R$ 28,00. SESC S ão Caetano

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I EM CARTAZ Iniciação Esportiva FUTEBOL DE SALÃO. Curso para I m eninos e m eninas entre nove. e I 14 anos que aborda o s fu ndam en­ tos e técnicas b ásicas, juntam ente í com exercícios para o d esen volvi­ m ento da motricidade, sociabili­ zação e raciocínio. Orientação de Marcello Siniscalchi e Ronaldo Bueno, form ados em Educação Física pela USP. Terças e quintas, às 8h30. Quartas e sextas, às 13h30 (9 a 14 anos). Aulas com 90 m inutos de duração. R$ 15,00 (com erciários matric.) e R$ 30,00 (usuários). SESC Pom péia INICIAÇÃO ESPORTIVA. B a s ­ q u e te e v ô lei d e 12 a 17 a n o s . O rien ta ç ã o d e R osa B ran ca, b ic a m p eã o m undial d e b a s q u e ­ te em 59 e 63. B a sq u ete: s e g u n ­ d a s e q uartas, à s 9h e 14h30. V ôlei: s e g u n d a s e q u a r ta s, 15M45 e te rça s e q u in tas, à s 9h. F u tsal: d e 7 a 16 a n o s . O rien tação d e Mirai e B anzé, e x - jo g a d o r e s da S e le ç ã o Brasileira d e Futsal M ascu lin o. S e g u n d a s e quartas: d e 7 a 8 a n o s, à s 9h; d e 9 a 10 a n o s , à s 10h; d e 13 a 14 a n o s, à s 14h; d e 15 a 16 a n o s , à s 15h. Terças e quin tas: d e 11 a 12 a n o s , à s 9h; d e 13 a 14 a n o s , à s 10h. Futsal fem in in o: te rça s e q u in tas, d e 10 a 16 a n o s , à s 15h. 30 v a g a s por turm a. R$ 15,00 (c o m er ciá ­ rios m atric.) e R$ 30,00. SESC C onsolação JUDÔ. Arte marcial de origem japonesa. D esenvolve concentra­ ção, destreza e habilidades físicas através de exercícios dinâm icos de confronto. SESC C onsolação - Orientação de Douglas Vieira. Terças e quintas, às 17h30, 18h30 e 19h30. Sábados, às 9h30 e 12h. 25 vagas por turma. R$ 24,00 (com erciários matric.) e R$ 48,00. SESC Pom péia - Orientação de Tomio Oki, S exto Dan, técn ico do Esporte Clube C orinthians Paulista e árbitro nacional. Arte marcial jap on esa, fundam entada ' no equilíbrio mental e físico, alia­ do à disciplina e ao respeito. Terça a sábado, manhã e tarde, a partir de se te an os. R$ 15,00 (com erciários matric.) e R$ 30,00 (usuários) para duas aulas sem a-

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nais; R$ 7,50 (com erciários m a­ tric.) e R$ 15,00 (usuários), a os sáb ad os. KARATÊ. Arte marcial d e ori­ g em ja p o n esa . D e s e n v o lv e fle­ xibilidad e, força, v e lo c id a d e e co n ce n tra çã o , a través d e exercí­ c io s b a s e a d o s no p rincípio da n ã o -v io lê n c ia . O rien ta ç ã o d e J o s é A lv es Carneiro e D iolino de Brito. T erças e q u in tas, à s 9h 10 e 15h20. Q uartas e s e x ta s , às 9h10. R$ 15,00. SESC S ão Caetano NATAÇÃO. E nsino b ásico d o s estilos crawl e costas. Cursos com duração d e até s e is m e s e s . Inform e-se na unidade do S esc m ais próxima. SESC C onsolação - Duração de um a seis m e ses. S egu n d as e quartas, às 9h15, 10h 15 e 15h45. Terças e quintas, às 14h e 15h45. S extas, às 9h15 e sáb ados, às 10h15. De seis a 14 anos. 25 vagas por turma. R$ 24,00 (com erciários matric.) e R$ 48,00 (duas aulas sem anais). R$ 18,00 (com erciários matric.) e R$ 36,00 (uma aula sem anal). SESC Ipiranga - De sete a nove anos - terças e quintas, às 18h30 e quartas e sextas, às 16h30. De 10 a 15 an os - terças e quintas, às 17h30 e quartas e s ex ta s, às 17h30. R$ 24,00 (com erciários matric.) e R$ 48,00. SESC P om p éia - P eixin ho, d e q uatro a s e is a n o s. G olfinho, d e s e te a d ez a n o s. Tubarão, d e 11 a 14 a n o s. De terça à sex ta , n os p e r ío d o s da m a n h ã e tard e. A p en a s para d e p e n d e n te s d e com erciários. R$ 24,00 (com er­ ciários matric.). SESC São Caetano '- Opção de duas aulas sem anais de 45 minu­ to s cada ou uma aula sem anal de 60 m inutos. S egu nd as e quartas: 14h45 e 17h; terças e quintas: 10h, 10h45, 14h45, 16h15 e 17h; quar­ tas e sextas: 10h; sextas: 16h e 17h; sábados: 11 h e 12h. De R$ 20,00 a R$ 28,00 (comerciários matric.) e de R$ 28,00 a R$ 36,00. VOLEIBOL. Iniciação esp ortiva através d e s e u s fu n d am en tos b ásicos, visando o aprendizado e d esenvolvim en to das práticas de

Futebol Pentacampeão Meninos e meninas, entre 9 e 14 anos, podem participar do curso de futebol de salão sob a orientação de professores de Educação Física, formados pela USP. Fundamentos e técnicas bási­ cas, além do desenvolvimento da motricidade e do raciocínio. Sesc Pompéia. Confira no Roteiro

jogo. De 10 a 14 anos. Terças e quintas, 13h30 e quartas e sextas, 9h30. R$ 15,00 (com erciários matric.) e R$ 30,00 (usuários). SESC Pom péia

Workshops CANTO. Com o ob jetivo de d esen volver a harmonia entre m ovim ento corporal e voz, as crianças tom arão contato com o universo de can tigas de rodas brasileiras e de cirandas, além de exercícios corporais, jo g o s e brin­ cadeiras. De 7 a 30. Terças e quin­ tas, das 14h às 16h. A partir de sete anos. R$ 10,00 (com erciários matric.) e R$ 15,00. SESC Ipiranga FOTOGRAFIA. O curso visa ofere­ cer à criança um contato com algum as técn icas b ásicas, para que ela seja capaz de entender o que é e com o se processa a foto­ grafia. Dias 11,18, 25 de janeiro e 1o de fevereiro, das 14h às 16h. A partir de s e te an os. R$ 10,00 (com erciários matric.) e R$ 15,00. SESC Ipiranga


WORKSHOPS. A p roposta d os w orkshops é oferecer oportunida­ d es de aprendizagem de novos con teúd os culturais e su as técni­ cas, bem com o o intercâmbio de experiências p esso a is e profissio­ nais a educad ores e interessados em geral. Inscrições prévias no CCI, sen d o R$ 4,00 (comerciários), R$ 6,00 (usuários matric.) e R$ 8,00. Veja o programa a seguir. SESC Pompéia • Teatro de B onecos e Anim ação d e O bjetos. Orientação de Héctor López Girondo - Diretor argenti­ no, ator e bonequeiro do teatro de an im ação. Tem co m o ob jetivo apresentar elem en tos de constru­ ção e manipulação de objetos, a fim de que o interessado adquira as habilidades exp ressivas n ece s­ sárias para uma im plem entação futura por m eio de m anipulação à arte do teatro de anim ação. Dia 18, das 9h às 17h, no CCI.

reciclagem , ecologia e con su m o excessivo. C oordenação do bonequeiro argentino Héctor López Girondo. De 8 a 31. Quartas e s e x ­ tas, das 14h às 16h. A partir de sete anos. R$ 10,00 (com erciários matric.) e R$ 15,00. SESC Ipiranga

Recreação RECREAÇÃO. Programa orienta­ do de recreação esportiva d esti­ nado às crianças na faixa etária de sete a 14 an os e, tam bém , aberto à participação d o s pais. É um esp aço dem ocrático on de se p reten d e estim ular a prática diversificad a d e m od alid ad es esportivas e recreativas oportunizando o con h ecim ento e o resga­ te de jo g o s an tigos, com ên fase à criatividade e so cialização. S ábad os e d om ingos, das 9h30 às 13h30, no G inásio Inverno. O brigatório a ap resen tação da carteira S esc. Grátis. SESC Pom péia

Oficinas

Só para Menores As férias, enfim, chegaram. E diversas atividades foram programadas no Clubinho de Férias - teatro infantil, fantoches, oficina de reciclagem e entretenimentos aquáticos. Sesc São Caetano. Confira no Roteiro

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OFICINAS PERMANENTES. Gra­ tuitas para crianças de sete a 12 anos, de março a novem bro, de terça à sexta, das 9h às 11 h30 e das 14h às 17h. Inscrições durante os dez primeiros dias de cada m ês, no CCI. Ludoteca: n ovos serviços de em préstim os externos ao S esc, para só cio s (curumins, com erciá­ rios e usuários matriculados), de terça à sexta-feira, das 9h às 17h. Informações com ludotecários no local ou pelo telefone 871-7700, ramal 7819. Áreas de Interesse: Mostra de vídeos, Oficinas Abertas e Teatro Infantil, com tem as m en­ sais diferenciados para crianças visitantes da unidade. Sem pre aos finais de sem ana, a partir das 13h. Workshops: tem as m ensais para ed u cad ores e in teressad os em geral. Inscrições prévias no CCI. Projetos Especiais: nas férias de julho e no m ês da criança (outu­ bro), com tem as que abordam o universo lúdico infantil. Maiores inform ações, favor consultar o Centro de C onvivência Infantil (CCI), telefone: (011) 871-7768. SESC Pom péia RECICLAGEM ARTÍSTICA DE LIXO. A partir de sucata, coletada pelos participantes, serão con fec­ cion ados brinquedos e b on ecos que serão utilizados para a co n s­ trução do esp aço do jogo. A ofici­ na propõe uma reflexão sobre

CLUBINHO DE FÉRIAS. Diversas atividades para o público infantil s e divertir nas férias. Grátis. Veja p rogram ação a seguir. SESC S ão Caetano • Encontre a B oneca Baby Blue. Teatro infantil que conta a história de dois am igos que tentam d e s ­ vendar o su m iço da boneca Baby Blue. Com o gru p o Drum ond Cultural. Dia 10, às 16h. • O Lixão. Espetáculo de fanto­ c h es que conta a relação d os m oradores de d ois p rédios de apartam entos com uma m onta­ nha de lixo jogada entre eles. Com grupo Pasárgada. Dia 17, às 16h. • Margarida Contadora de His­ tórias. Uma viajante chega com sua mala de onde saem persona­ g en s que com põem as histórias: " O Par de Sapatos" e " Mumuru, A Estrela dos Lagos". Com a Cia Coisa & Treko. Dia 19, às 16h.

que perdem o em prego e passam a s e apresentar em to d o s os luga­ res. Com o grupo Vagabundos de Borracha. Dia 26, às 16h. • Zabumba. Baseado na festa do Bumba-Meu-Boi, em que Catirina e Bastião são o s m estres de ceri­ m ônia. Com a Cia. da Tribo. Dia 30, às 16h. • Vídeo. De segu n da à quinta, a partir das 14h30. Dias 13, 14, 15, 16, 2 0 ,2 1 ,2 2 , 23, 27, 28 e 29. • Oficina d e R eciclagem . Várias atividades m anuais para as crian­ ças. C oordenação do grupo Pasárgada. Dias 15 e 16, das 14h às 17h. 20 vagas. Grátis, inscri­ ç õ e s antecipadas. • Piscina. A tivid ades aquáticas para a garotada, com a orientação d e p ro fe sso res esp ecializad os. Dias 19 e 20, das 10h às 12h. Grátis, inscrições antecipadas. ESTAÇÃO CRIANÇA. A cidade faz aniversário e a criançada vai poder construir sua própria São Paulo, com argila, tinta e criatividade, dias 4 e 5. Oficinas de teatro com p erso n a g en s típ icos da cidade, dias 25 e 26. E mais o s módulos coloridos de montar e va g õ es do trenzinho cenográfico. Sábados, d om ingos e feriados, às 10h. SESC Itaquera

PÉ NA MATA. No b osqu e dos B ichos da Mata, a im aginação cria brincadeiras. Cordas se transfor­ m am em cipós, p ontes, balanços e ob stácu los a serem ultrapassa- , dos. Cavernas, torre e animais estão p resentes. Dias 11, 12, 18 e 19, às 10h. SESC Itaquera PRAÇA TEMPO. Atividades e brin­ cadeiras são as prioridades: vôlei, Streetball, skate, patins com ob s­ táculos, ram pas, além de chine- ^ Iões e pernas-de-pau . Sábados, d om in gos e feriados, às 14h. SESC Itaquera

• O Teatro Mágico de Bonecos de uma Tribo Perdida nos Confins do Mundo. Gelatina e Cacareco con ­ tam novas versões de histórias infantis, ajudados pelos b onecos Mãozinha e Puf. Com Kael Scarlorb e Rosana Ribeiro. Dia 24, às 16h.

RECREAÇÃO AQUÁTICA DIRIGI­ DA. J o g o s aquáticos. Sábados, das 13h às 14h. Participação livre para m aiores de 12 anos. SESC Consolação

• Vida de Palhaço. Traz a história d os palhaços Melão e Vitorino,

RECREAÇÃO AQUATICA LIVRE. Piscina grande: d e segu n d a à

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EM CARTAZ ; sexta, das 9h às 21 h30; sáb ad os e feriados, das 9h às 17h30. Piscina i pequena: segu n d as e quartas, das 11 h às 21 h30; terças e quintas, ; das 9h às 14h e d as 17h30 às I 21 h30; sextas, das 9h às 21 h30; sáb ados e feriados, das 9h às 17M30. Grátis. SESC C onsolação RECREAÇÃO ESPORTIVA LIVRE. Futsal, b asquete, vôlei e tênis de m esa. Futsal, b asq u ete e vôlei de segu n da à sexta, das 9h às 12h; Tênis de Mesa: aos sáb ados e feriados, das 9h15 às 17h30. O material é fornecido pelo S esc. SESC C onsolação

Brinquedotecas SESC Interlagos - Espaço destin a­ do ao em préstim o de jogos, brin­ q u e d o s, jornais e revistas. De quarta a dom ingo e feriados, das 9h às 17h.

SESC Ipiranga - Central de Jogos: s e v o cê adora brincar com seu s a m ig o s, com s e u s filhos, ou então, gosta de enfrentar d esa­ fios, escolh a sua melhor diver­ são! Vários jo g o s ficam ao seu ji dispor na Área de Convivência: war, situ ação lim ite, d etetive senha e im agem & ação, entre ou tros. E m p réstim os m edian te apresentação da carteira do S esc ou do RG original. De terça à sexta, d as 13h30 às 21h30. Sábad os, d om in gos e feriados, das 9h30 às 17h30. Grátis.

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SESC Pom péia - Espaço lúdico com o acervo de brinquedos e jogos artesanais e industrializa­ d os, para em préstim o local, no S esc, m ediante o p agam ento da taxa de R$ 0,50 por brinquedo e a apresentação de um d ocum ento original pelo usuário. De terça a d om in go, d as 9h às 17h. In form ações no local com o s lud otecários ou p elo te le fo n e (011) 871-7700, ramal 7819. SESC Pompéia

Ginástica EUTONIA. Proporciona o reco­ nhecim ento das te n sõ e s e oferece recursos ao praticante para que

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aprenda, através da experiência p essoal, a lidar e equilibrar su as te n s õ e s no dia-a-dia. Orientação de Gabriela Ball. Quartas, das 14h à s 15h15. 30 v a g a s. R$ 12,00 (com erciários matric.) e R$ 24,00. SESC C onsolação

Arquivo Sesc

GINÁSTICA VOLUNTÁRIA. M éto­ do d e ginástica d esen volvid o pelo S esc de acordo com o ritmo e con d ições físicas de cada p essoa. A cada m ê s te m a s d iferen tes sob re atividade física, saú de e bem-estar. Inform e-se na unidade do S esc m ais próxima. SESC Carmo - S egu n d as e quar­ tas, às 10h e 15h e terças e quin­ tas, às 9h e 14h. Reinicio em 5 de fevereiro. SESC C onsolação - S egu n d as e quartas, às 14h e 16h. Terças e quintas, às 10h15, 14h e 15h. 30 vagas por turma. R$ 7,50 (com er­ ciários matric.) e R$ 15,00. SESC Ipiranga - Terças e quintas, às 15h30. Quartas e sextas, às 16h30. R$ 15,00 (com erciários matric.) e R$ 30,00. SESC Pom péia - Terça à sexta, manhã e tarde. R$ 7,50 (com erciá­ rios matric.) e R$ 15,00 (usuários). SESC S ão Caetano - Orientação de A n selm o Alberto O gata e Patrícia de Cam pos. S egu n d as e quarta, às 15h e terças e quintas, às 8h20. R$ 15,00 GRUPO DE RELAXAMENTO. Conheça as d iversas técn icas uti­ lizadas e aprenda a viver com d escon tração. O rientação de M arcelle Antoun, p sicóloga. Quartas e sextas, das 10h às 11 h. Início dia 8. Grátis. SESC Pom péia HIDROGINÁSTICA. D e sen v o lv e resistência, equilíbrio e m uscula­ tura através de exercícios aeróbico s e localizados praticados d en­ tro da água. SESC C o n so la çã o - D uração d e 12 m e s e s . S e g u n d a s e q uartas, às 14h e 15h; te rça s e q u in tas, às 11 h 15 e 14h e s e x ta s , à s 11 h. 25 v a g a s por turm a. Um a vez por s e m a n a R$ 9,00 (c o m er ciá ­ rios m atricu lad os) e R$ 18,00. D u as v e z e s p or s e m a n a R$

Aquecendo os Músculos Programa destinado à Terceira Idade, com intuito de desenvolver exercícios de flexibilidade, alongamento e relaxamento, antes e depois de qualquer atividade física. Assim, o praticante evita dores e contusões. Terças e quintas, às 16h30. Sesc Ipiranga

12.00 (c o m er ciá rio s m atricu la­ d o s) e R$ 24,00. SESC Pom péia - Terça à sexta, m anhã e tarde. A p en as para com erciários e d ep en dentes. R$ 12.00 (com erciários matric.). PRÁTICAS CORPORAIS. O curso amplia o universo das possibilida­ d es corporais, utilizando para isso as mais diversas técnicas e vivên­ cias com o a dança, a consciência do corpo, o esporte e a recreação. S á b ad os, às 10h30. R$ 11,50 (comerciários matric.) e R$ 23,00. SESC Ipiranga TAI CHI CHUAN. Arte marcial de origem chinesa. D esenvolve har­ monia corporal e equilíbrio das fu n ções psíquicas e orgânicas, através de m ovim entos su aves b asead os na natureza. SESC C onsolação - Orientação de Jair Diniz. Terças e quintas, às 10h30 e 14h. 30 vagas por turma. R$ 12,00 (comerciários matric.) e R$ 24,00.

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H SESC Pinheiros - Orientação de Isao Takai. Terças e quintas, às 9h30. R$ 20,00. 15 vagas. YOGA. De origem indiana, reúne exercícios respiratórios, de rela­ xam ento e meditação para o equi­ líbrio do corpo, da m ente e do espírito. SESC Carmo - O rientação de Paola di Roberto e Márcia Jorge do Amaral. S egu nd as e quartas, às 9 h 3 0 ,11 h, 14h e 15h e terças e quintas, às 9h, 10h e 11 h. Reinicio em 5 de fevereiro. SESC Consolação - S egu nd as e quartas, às 15h. Terças e quintas, às 9h, 10h, 14h e 15h. 30 vagas por turma. R$ 12,00 (com erciários matric.) e R$ 24,00.

Aulas de Dança

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a t r íc u l a

0 cartão de matrícula no S esc é o seu passaporte para participar, com van­ tagens, das várias ativida­ d es oferecidas e tam bém desfrutar das piscinas, quadras e outros equipa­ mentos. Para matricularse no S esc são n ece ssá ­ rios o s segu intes docu­ m entos - comerciário: car­ teira profissional do titu­ lar, certidão de casam ento e certidão de nascim ento dos filhos m enores de 21 anos. A taxa de matrícula varia de acordo com a faixa salarial. A matrícula poderá ser feita em qual­ quer unidade do S esc e tem validade nacional de 12 m eses. Comerciário aposentado: carteira pro­ fissional e carnê do INSS. Não-comerciários: docu­ mento de identidade e consulta na unidade de interesse sobre a disponi­ bilidade de vaga

DANÇA DE SALÃO. Aprendizado de ritmos típicos dos sa lõ es de baile de várias ép ocas e regiões: bolero, tan go, rumba, m am bo, salsa, m erengue, lambada, sam ­ ba, rock, valsa etc. Orientação de S im on e S. Benites. S extas, às 14h. 30 vagas. R$ 12,00 (com er­ ciários matric.) e R$ 24,00. SESC C onsolação DANÇA INTEGRADA. V isa a exp loração e h arm on ização d o s m o v im e n to s da dança a partir da interação d e técn ica e cria­ ção d o m o v im e n to , com exercí­ cio s d e técn ica m od erna e c o n ­ te m p o r â n e a , a lo n g a m e n to s , im p ro v isa çõ e s e cor eo g r a fia s. O rientação d e G eorgia L en gos. T erças e q u in tas, à s 16h. 30 v a g a s . R$ 7,5 0 (c o m er ciá rio s matric.) e R$ 15,00. SESC C onsolação DANÇA EXPRESSÃO. O r e s g a ­ te d e e x p r e s s õ e s co r p o r a is e e m o c io n a is , a té e n tã o b lo ­ q u e a d a s , atr a v és da ap rec ia ­ çã o e e s tu d o d o s ritm os e e s t i­ lo s m u sica is, d e e x e r c íc io s te a ­ trais e p rin cip a lm en te te r a p ê u ­ tic o s , q u e v isa m e s s e s d e s b lo ­ q u e ie s . Q uartas, à s 14h. R$ 15,00 (c o m er ciá rio s m atric.) e R$ 30,00. SESC Ipiranga DANÇA. Estim ula a criatividade e e x p re ssã o através d e vários tip os d e d ança c o m o jazz, balé m od ern o, té cn ic a s d e im provi­

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sa ç ã o e co m p o s iç ã o d e m o v i­ m e n to s rítm icos, en tre ou tros. SESC Pinheiros - Os participantes d este cu rso poderão relaxar, aprender alguns toq u es de autom assa g e m , fazer exercícios de consciência corporal e conhecer algum as danças circulares sagra­ das. C oordenação de Mônica Zagallo e Andréa Francklin, pro­ fessoras de Dança e de Educação Física. Quintas, das 14h30 às 16h. Início dia 16. R$ 13,00 (com erciá­ rios matric.) R$ 26,00 (usuários). SESC Carmo - Terças e quintas, às 14h30. Reinicio em 5 de fevereiro.

Esportes Adaptados NATAÇÃO. Ensino b ásico d os estilos crawl e costas. Cursos com duração de até s e is m e s e s . Inform e-se na unidade do S esc mais próxima. SESC C onsolação - Duração de um a 12 m e ses. S egu nd as e quar­ tas, 11 h e 13h15; terças e quintas, 13h15. 25 vagas por turma. R$ 12.00 (com erciários matric.) e R$ 24,00. SESC Ipiranga - Terças e quintas, às 13h30 e 14h30. R$ 24,00 (com erciários matric.) e R$ 48,00. SESC Pom péia - Terça à sexta, m anhã e tarde. A p en as para com erciários e d ep en dentes. R$ 12.00 (com erciários matric.). SESC S ão Caetano - Duas aulas sem anais de 45 m inutos cada. Segu n d as e quartas: 15h30; ter­ ças e quintas: 9h15; quartas e s e x ­ tas: 9h15. R$ 28,00. VIVÊNCIAS AQUÁTICAS. As di­ versas p ossibilidades de ativida­ d es na águ a, proporcion and o maior dom ínio corporal, confian­ ça e descontração. Terças e quin­ tas, às 16h30. R$ 24,00 (com erciá­ rios matric.) e R$ 48,00. SESC Ipiranga VÔLEI ADAPTADO. Trabalha a resistência muscular, a capacida­ de aeróbica e coordenação m oto­ ra, dentro d os lim ites individuais. O rientação de Luís Fernando Saad. S egu nd as e quartas, das 14h às 15h30. 30 vagas. R$ 7,50 (com erciários matric.) e R$ 15,00. SESC C onsolação

Aula Aberta DANÇA. Estim ula a criatividade e e x p r e s s ã o através d e vários tip o s d e dança c o m o jazz, balé m od ern o, té cn ic a s d e im provi­ s a ç ã o e co m p o s iç ã o d e m ovi­ m e n to s rítm icos, entre outros. Dias 15 e 24, à s 14h. SESC Ipiranga

Palestras GRUPO DE INTERESSE. Debate de vários tem as, utilizando técni­ cas de dinâmica de grupo, bus- i cando a sociabilização e a convi­ vência. Dias 6, 13, 20 e 27, às 14h30. Grátis. SESC C onsolação

TARDE DE CHÁ COM PALESTRA. Tema O M ito da V elh ice A sse- j xu a d a , com Maria Esmeralda 1 Mineu Zamlutti, psicóloga clínica, j professora da Universidade São Ju das Tadeu. Dia 31, às 15h, na Choperia. Inform ações no Balcão da Terceira Idade. Grátis. SESC Pom péia

Recreação

PASSEIO AO SESC PIRACICABA. Jog o de voleibol adaptado, pas- ; seio pela cidade. Dia 9, às 7h30. i Inscrições até o dia 3. 42 vagas. ] SESC Consolação PASSEIO AO SESC SANTOS. Atividades na praia no período da manhã e p asseio à tarde pela cidade. Dia 29, à s7 h 3 0 . Inscrições J até o dia 20. 42 vagas. SESC C onsolação TURISMO E CULTURA. Visita a o MASP: A r te Ita lia n a e m C o le ç õ e s B rasileiras. S e te sécu lo s d e arte refinada, co m obras d e Tintoretto, Bellini, B oticelli, M a n te g n a , R afael, T iep olo, Tiziane e M orandi. Dia 16, às 13h. In form ações no B alcão da Terceira Idade. Grátis. SESC Pompéia

Excursões Rodoviárias Programa esp ecífico, que atende com erciários e d ep en d en tes, ofe­ recendo turism o d e qualidade, ec o n om icam en te viável, enfati­ zando o s asp ecto s sócio-culturais d os roteiros. D esen volvem -

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g EM CARTAZ s e atividades lúdicas, estim ula-se a criatividade, sociab ilização e participação d o s integran tes. Roteiros rodoviários (em ôn ib u s I padrão turism o) com h o sp e d a ­ g em em C entros d e Lazer e •\ Férias do S e s c ou em h otéis conr ven iados.

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ANGRA DOS REIS (RJ). Período : de 29 de janeiro a 2 d e fevereiI ro. Meia p en sã o . S aída m atuti­ na. H osp e d a g e m no Hotel do B osqu e. City tour e p a s se io s 1 locais. P reços a partir d e 5 x R$ 74,80 (total d e R$ 374,00). SESC Paraíso CABO FRIO (RJ). Período de 11 a 1 16. Meia pensão. Saída matutina. I H ospedagem no Malibu Palace I Hotel. City tour e p a s se io s a i Búzios e Arraial do Cabo. Preços ? a partir de 5 x R$ 86,80 (total de R$ 434,00). SESC Paraíso CALDAS NOVAS (GO). Período de 13 a 19. Pensão com pleta. Saída m atutina. H ospedagem na Bougainville T herm as Clube : Hotel. City tour e p asseios locais. >' Preços a partir de 5 x R$ 62,80 ; (total de R$314,00). SESC Paraíso ITATIAIA (RJ). Período de 15 a 19. Pensão com pleta. Saída matutina, -í H ospedagem no Hotel Conora. : ' City tour e p asseios locais. Preços a partir de 5 x R$ 66,80 (total de : R$ 334,00). SESC Paraíso JACUTINGA (MG). Período de 29 de janeiro a 2 de fevereiro. ir Pensão com pleta. Saída matutiI • na. H ospedagem no Hotel Parque s das Primaveras. City tour e paso seio s locais. Preços a partir de 5 x -• R$ 68,60 (total de R$ 343,00). SESC Paraíso OURO PRETO (MG). Período de 23 a 29. Meia p en são. Saída noturna. H ospedagem no Grande Hotel Ouro Preto. City tour e pas3i seios à Mariana, Belo THorizonte, Congonhas. Preços a partir de 5 x R$ 85,60 (total de R$ 428,00). SESC Paraíso SAÍDAS EM JANEIRO. Guarapari/ES, de 6 a 11. Blumenau com Beto Carrero World/SC, de 11 a 16. lE Caldas Novas/GO, de 11 a 18.

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Serras Catarinense e Gaúcha, de 17 a 26. Cabo Frio e Búzios/RJ, de 25 a 31. SESC São Caetano

Arquivo Sesc

SERRAS GAÚCHAS E CATARI­ NENSE. Período de 17 a 26. Meia p en são. Saída m atutina. H os­ pedagem no Hotel Paraná Suíte (Curitiba/PR), Hotel Tirol (Treze Tílias/SC) e Hotel Gramado Palace (Gramado/RS). City tour, p asseios locais e circuito da uva (Caxias do Sul, Garibaldi e Bento G onça­ lves/RS). Preços a partir de 5 x R$ 138,00 (total de R$ 690,00). SESC S ão Caetano do Sul e SESC Paraíso VITORIA (ES). P eríodo d e 21 a 26. Meia p en sã o . Saíd a noturna. H o sp e d a g e m no Hotel S en a c Ilha do Boi. City tou r e p a s se io s locais. P reços a partir d e 5 x R$ 77,60 (total d e R$ 388,00). SESC Paraíso

Passeios de Um Dia FÉRIASESC. P rogram ação de p asseios de um dia, para o públi­ co em idade escolar (de 8 a 13 anos), no período de férias, às terças, quartas e quintas-feiras, com acom panham ento de m oni­ tores. Visitas a eq u ip am entos de lazer do Sesc/S P (S esc Bertioga, S esc Interlagos e S esc Itaquera), que procuram oferecer ludicidade da atividade turística através de viv ên cia s com en fo q u es sociais e de lazer. SESC Paraíso • Praia, Animação e Água Fesca. Passeio ao S esc Bertioga. Dias 7, 14, 21 e 28. Três ônibus por dia. • Viva o Verde e a Vida. Passeio ao S esc Interlagos. Dias 8, 15, 22 e 29. Três ônibus por dia. • Com pondo, Brincando e Crian­ do. Passeio ao S esc Itaquera. Dias 9 ,1 6 , 23 e 30. Três ônibus por dia.

Temporada de Férias BERTIOGA. No m u n icíp io de Bertioga, litoral paulista, o S esc mantém um d o s m aiores centro de férias e lazer do país, com cap acidade de hospedar aproxi­ m ad am ente mil p essoas/d ia. O S e s c Bertioga conta com co m ­ pleta infra-estrutura de lazer e recreação, d isp on do de ginásio de esp ortes, can ch as de bocha,

Cidade Maravilhosa Turismo de qualidade, com preços acessíveis e ênfase aos aspectos sócio-culturais dos roteiros, é oferecido em excursões rodoviárias por diver­ sas regiões do Brasil, como Rio de Janeiro. Confira no Roteiro

q u ad ras d e tê n is , q uad ras p oliesp ortivas, pista de cooper, cam po de fu tebol, m inicam po, b ib lio tec a , parque aq u ático, salas de jo g o s e cin em a, além de pista de d ança e lan ch on ete. Uma eq u ip e esp ecializad a pro­ gram a e d esen v o lv e atividades diárias d e recreação e lazer, inclusive na praia. Estadias em regim e d e p en sã o co m p leta . P eríod os de e s ta d a s em M arço/97: 27/2 a 5/3, 01 a 7/3, 6 a 12/3, 8 a 14/3, 13 a 19/3 e 15 a 21/3. Pacote esp ecial da S em ana Santa - 27 a 30/03/02, acréscim o de 20% sob re a diária normal. As in sc riçõ e s para o so rteio de v agas para o s períod os d isp on í­ v eis d everão ser efetu ad as de 2 a 16 de janeiro/97, d iretam ente no S e s c Paraíso. Com erciários da capital que desejarem , d evem contatar essa unidade, solicitan ­ do form ulário e sp ec ífico para inscrição, via Fax n 9 (011) 8855854 ou correio. Diárias R$ 20,00 (com erciários m atric.). Não serão aceitas inscrições de nãocom erciários.

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T aubaté

Especial PROJETO SESC VERÃO 97. Tema: 0 Corpo e a Água. Dia 05 - hidroginástica, às 10h. Aula aberta de mergulho autônomo, às 11 h e apresentação de aqua-loucos, às 14h. Dia 12 - aula aberta de caiaque, às 11 h, espetáculo de nado sincronizado, às 13h e exibi­ ção do Corpo de Bombeiros, às 14h. Tema: O Corpo e a Bola. Dia 19 -clíni­ ca de voleibol, às 11 h e clínica de soft­ ball, às 14h. Dia 26 - clínica de tênis de campo, às 10h.

Música MÚSICA NO QUIOSQUE. Apresen­ tações ao vivo de MPB, samba e pago­ de com grupos locais e regionais. Dia 3, Grupo Movimento; dia 10, Banda Fullgás; dia 17, Banda Divina Luz e dia 26, Banda EX-CB. Quintas e sextas-fei­ ras, às 20h e sábados e domingos, às 16h. Entrada franca. FESTIVAL DE SAMBA E PAGODE. Oito grupos classificados das cidades de Taubaté, São José dos Campos, Jacareí, Tremembé e Pindamonhangaba estarão participando da grande final. Dia 4, às 21 h. SESC Taubaté - Av. Eng. Milton de Alvarenga Peixoto, 1264. Tel. (0122) 32-3566. R ib e ir ã o P r e t o

Confete e Serpentina

Especial SESC VERÃO. Programação especial de verão desenvolvida em todas as unidades do Sesc, objetivando pro­ porcionar aos comerciários e depen­ dentes o conhecimento e a prática de atividades esportivas variadas.

Literatura A maior festa FEIRA DA TROCA DO LIVRO. Troca popular do mundo é de livros de ficção e de assuntos variados na proporção de "um por tema de uma um", acervo de aproximadamente 350 livros constituído exclusivamente exposição que para essa finalidade. De segunda à apresenta fotos, sexta-feira, das 13h às 22h. Sábados, das 9h às18h. máscaras e imagens Sesc Ribeirão Preto - Rua Tibiriçá, 50. do Carnaval de rua Tel. (016) 610-0141. da Fazenda Cresciumal em Leme S a n t o s (SP). O evento relata Especial VERÃO AVENTURA. Programação a manifestação dos especial de verão no Sesc Santos. agricultores da Filmes, escaladas, mergulho, surfe, trekking, canoagem, trampolim acro­ região. Sesc Santos. bático etc fazem parte deste projeto Confira no Roteiro que pretende colocar a aventura no cotidiano das pessoas, quebrando a dureza da rotina, adicionando mais emoção em nossas vidas.

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BAILE DE ABERTURA - VERÃO AVEN­ TURA . A banda Aldeia Brasilis e a Orquestra Heartbrakers fazem um passeio musical pelos ritmos caribenhos e brasileiros com muito reggae, salsa, merengue, mambo, samba e forró. Dia 11, às 21 h, na Área da Convivência.

Infantil OFICINA DE CONSTRUÇÃO DE INS­ TRUMENTOS MUSICAIS A PARTIR DE SUCATA. Canos, latas, caixas, panelas e garrafas plásticas são a base para a construção de uma bate­ ria de Escola de Samba, além disso os participantes receberão noções de leitura rítmica e conhecimento de vários ritmos afro-caribenhos e brasi­ leiros. A oficina é ministrada pelo baterista Duda Neves. De 21 a 24 e de 28 a 31, na área externa.

AUTO°DA BARCA DO INFERNO. A peça se passa num cais de porto onde estão ancoradas duas barcas. Uma tem destino a Glória e a outra o Inferno. Desfilam então, por esse cais as personagens que após a vda na terra procuram pela barca da Glória, porém são tiranos, corruptos, ladrões, avarentos, enfim, um pano­ rama da sociedade. Com o grupo Dragão 7 . Dia 1 de fevereiro, às 20h30, na praia.

Exposição UMA AVENTURA DE CARNAVAL. Exposição de fotos e máscaras do Carnaval de Rua da Fazenda Cresciumal, no município de LemeSP. A folclorista e fotógrafa Izabel Parolim apresenta imagens da mani­ festação popular dos operários e lavradores da fazenda que, todos os anos, na terça-feira de Carnaval, transformam-se em criaturas fantásti­ cas utilizando máscaras e roupas con­ feccionadas por eles mesmos, dando continuidade a uma tradição quase secular na cidade, explorando técni­ cas medievais. A exposição é com­ posta também por objetos confeccio­ nados para o Carnaval de Rua de 1995 e 1996. De 11 de janeiro a 7 de fevereiro, na Área de Convivência.

Raftin: esporte aquático que consiste em descidas de rios com corredeiras em botes infláveis de borracha. Palestra e demonstração prática com botes e equipamentos na piscina do Sesc. Dia 09, às 19h. Vivência prática com descida em corredeiras com botes de borracha. Orientação de Walter Baere e equipe. Dia 19, às 10h, j Arco e flecha: esporte que necessita de concentração e pontaria, exigindo conhecimentos da técnica de manu­ seio e segurança. Orientação de Daltely dos Santos - campeão paulis­ ta e brasileiro em 1995 na categoria j instintiva. Dia 12, às 15h. Grátis. Bumerangue: confecção de bumerangues, palestra, demonstrações e aulas de arremessos fazem parte da atividade. Orientação de Carlos Martini Filho - Bumerangue Clube do Brasil. Dia 23, às 14h. Grátis. Patinação: noções de segurança, dicas para aprimoração de equilíbrio e coordenação, além de diversas brin­ cadeiras fazem parte da atividade. Orientação da Equipe Inforzato Promoções - Santos/SP Dia 31, às 14h. Grátis.

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Infantil HISTÓRIAS COM DESPERDÍCIOS. Espetáculo de teatro de animação i que integra a programação do Sesc Verão Curumim. Peça consagrada internacionalmente com o troféu Unima (União Internacional de Marionetistas-1993). De Hector Lopez Girondo - Buenos Aires. Com a Cia. Truks. Dia 26, às 15h. Grátis para matriculados no Sesc Verão Curumim 1 - R$ 2,00 (comerciários matric. e usuá­ rios) e R$ 3,00 (público em geral). SESC São José dos Campos - Av. Dr. Adhemar de Barros, 999. Tel: (0123) 22-9811. S ã o C a r l o s ______________

Especial

A ROSA AZUL. Ou "Uma história que a manhã contou ao tempo para ganhar a rosa azul", de Cíntia Alves. Inspirado na obra O gato malhado e a andorinha Sinhá, de Jorge Amado. Direção de Cíntia Alves. Trilha sonora de Ándré Pink. Com Drika Vieira e Carlinhos Rodrigues. Uma história de amor impossível entre uma andori­ nha e um gato, contada com fluência ' e encanto numa concepção plástica de crueza tocante. Dia 25, sábado, às 17h e 26, domingo, às 11 h. No teatro.

VERÃO. Projeto que visa favorecer o contato com os esportes mais pratica­ dos durante o verão, proporcionando atividades para um público de dife­ rentes faixas etárias. Escalada: noções básicas de técnicas de escala­ da, segurança e nós. No final, os par­ ticipantes poderão escalar estruturas artificiais. Dia 05, às 15h. Grátis.

COMPLEXO DE DÓRIS DAY. De Luiz Carlos Rossi. Direção de Elias Andreato. Cenários e figurinos de Carlinhos Moreno. Com Eliana Fonseca e Juarez Malavazzi. Comédia sobre Dóris Martini, que sonhou, como todos de sua geração, os sonhos tecnicolor que Hollywood

SESC Santos - Rua Conselheiro Ribas, 138. Tel (013) 227-5959. S ã o J osé

dos

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INTERIOR

imprimia nos filmes e nos corações. Eliana, a babá do Castelo Rá-TimBum, recebeu os prêmios ARCA e Apetesp por O legítimo Inspetor Perdigueiro. Andreato recebeu o prêi mio Shell por Van Gogh. Dias 7 e 8, às -j 20h30. No teatro.

Í

Dança

VELOX. Empolgante espetáculo da n Companhia de Dança Deborah Colker t que tem como temas básicos a mecâ, nica, o cotidiano, lutas marciais. Tudo j isso aliado à vitalidade, à precisão e 8 ao esporte. Esses elementos transforf mam-se em inusitada linguagem ] coreográfica. Dia 31, sexta, às 20h30. 6 Ingressos a R$ 5,00 (comerciários e i$ dependentes), R$ 10,00 (usuários e d estudantes) e R$ 15,00 (outros). > Ginásio de Esportes.

Oficina

í VIANUTENÇÃO DE BICICLETAS onde ftps participantes aprenderão a trocar :i eneus, consertar furos com remendo I. :rio, trocar correntes, lubrificar biciI detas, ajustar cabos de freio e marji ;has, além de noções básicas de li segurança. Dia 21, terça, das 14h30 às )! 17h30 para público masculino e femi) lino de 10 a 12 anos. Dia 22, quarta, I das 14h30 às 17h30, para o público masculino e feminino de 13 a 16 . anos. Dia 23, quinta, das 14h30 às > 17h30, para o público masculino e li -'eminino maior de 17 anos. nscrições: R$ 2,00 (comerciários e dependentes), R$ 5,00 (usuários e astudantes) e R$ 10,00 (outros), -imite de 20 vagas por turma. < Convivência 2.

(comerciários matric.) R$ 20,00 (usuá­ rios matric.) R$ 25,00 (usuários nãomatric.).

Esportes XADREZ NO SESC. Curso de aprendi­ zagem de xadrez, para frequentado­ res da unidade e escolares. Àos sába­ dos e domingos, das 14h às 17h e das 9h às 12h. GINÁSTICA VOLUNTÁRIA. Segundas, terças, quartas, quintas e sextas, das 6h às 19h30. R$ 15,00 (comerciários matric.), R$ 20,00 (usuários matric.), R$ 25,00 (usuários não-matric.). SESC Catanduva - Pça. Felício Tonello, 228. Tel: (0175) 22-3118. C a m p in a s _____________

Especial ABERTURA DO SESC/VERÃO. Dia 19 de janeiro, no Sesc. Às 14h, banda da Lígia (animação musical sobre pernas-de-pau). As 15h, aula aberta de balonismo e vôos cativos em balões. Às 17h, chegada de quatro balões com os integrantes do grupo Street Jazz Band, que fará show em seguida.

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ENCARDENAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE LIVROS. Professora Esmeralda Mello. Noções básicas de encader­ nação com montagem de agenda, livro e recuperação de um livro do aluno. Dias 08, 09, 10, 15, 16, 17, 22 e 23. Aulas das 14h às 17h. Av. Aquidaban, 509.

SESC São Carlos - Av. Comenai dador Alfredo Massi, 700. Tel: c (016) 272-7555.

SESC Campinas - Av. Heitor Penteado s/n. Portão 7.

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C a t a n d u v a _______________

Especial PROJETO SESC VERÃO. Projeto vol­ tado principalmente para a prática e visualização de atividades alternati­ vas baseadas em módulos que possi­ bilitam ao frequentador fazer ampla escolha, ocupando de maneira satis­ fatória o período de férias. O projeto oferece condições necessárias à parti­ cipação do comerciário e seus depen­ dentes nas mais diferenciadas ativi­ dades físicas, culturais e recreativas. De 12 a 16 de fevereiro.

DANÇA DE SALÃO. Aulas com 90 hminutos de duração, terças ,às 20h, R$.15,00 (comerciários matric.) R$ - 20,00 (usuários matric.) R$ 25,00 ( J usuário não matric.). JAZZ. Aulas com 60 minutos de dura* ção, segundas, terças, quartas e quin:l tas, às 17h30 e 20h30, R$ 15,00

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Bau ru

Especial SESC VERÃO. Trata-se de um projeto estadual, que visa proporcionar a comerciários e à comunidade em geral, oportunidades de aproximação e de contato com as atividades iden­ tificadas com esta estação do ano. Frecobol, voleibol, pingue-pongue, hidroginástica, tamboréu, capoeira, animação musical, trampolim acrobá­ tico, entre outras. Até 23 de fevereiro, das 14h às 18h30.

Esporte MEETING DE VÔLEI DE PRAIA. Tem como objetivo a confraternização e o incentivo à prática esportiva. Poderão participar duplas femininas e mascu­ linas acima de 16 anos. Dia 18, às 14h. Encontro com o técnico Montanaro, ex-integrante da Seleção Brasileira de Voleibol. Dia 19, às 9h30. Abertura ofi­ cial às 10h com jogo exibição das duplas finalistas das Olimpíadas de

Atlanta, Jacqueline e Sandra -e Mo­ nica e Adriana. SESC Bauru - Av. Aureliano Cardia, 671. Tel: (0142) 23-6344. P ir a c ic a b a

Especial SESC VERÃO. Programação especial diferenciada que será realizada nos meses de janeiro e fevereiro. Destinada não somente aos frequenta­ dores habituais, mas também às outras pessoas da comunidade que decidiram não viajar. A programação estará concentrada nas seguintes áreas de atividades: Esportes & recrea­ ção, oficinas diversas, atividades de animação, teatro e música. De 2 a 30. ROSA MARIA. Conhecida pelo hit "California Dreaming", com seu característico timbre de voz rouco e aveludado, a cantora Rosa Maria prepara-se para lançar um novo trabalho com músicas que estará interpretan­ do na programação do Sesc Verão. Dia 10, às 21 h. R$ 3,00 (comerciários matric.) e R$ 6,00.

Infantil U-FABULIÔ. Ao transformarem uma série de fabliaux - contos medievais licenciosos franceses - em uma única história, narrada por um vendedor ambulante de uma grande metrópole de hoje, os Parlapatões, Patifes & Paspalhões constroem uma ponte capaz de unir o tempo medieval e os dias do fim do milênio. Texto e Direção de Hugo Passolo. Dia 18, às 16h. Entrada franca. RAPUNZEL. Adaptação fiel ao origi­ nal dos Irmãos Grimm, conta a histó­ ria da menina Rapunzel, que é criada por uma bruxa malvada, em uma imensa torre construída para mantêla prisioneira do mundo. O cabelo da menina é conservado pela bruxa como uma gigantesca trança que nunca é cortada. Com os atores do Núcleo Iraarte. Dia 12, às 16h. Ingresso gratuito para filhos de comerciários e R$ 3,00 (outros).

GRANDE PRÊMIO DE ROLEMÃ. Espetacular disputa esportiva em pista adaptada em frente do Sesc, envolvendo crianças, jovens e adultos que participaram das oficinas de cons­ trução de carrinhos de rolemã, além de outros interessados. O evento terá a cobertura da equipe de jornalismo esportivo da TV Bandeirantes, na pro­ gramação do Verão Vivo. Dia 12, a partir das 10h. Participação mediante inscrição gratuita. SESC Piracicaba - Rua Ipiranga, 155. Tel: (0194) 34-4022.

Fábulas de antigamente Os contos medievais franceses tomaram-se uma fonte inspiradora para o grupo Parlapatões, Patifes & Paspalhões encenarem a peça U-Fabuliô, relatando de forma divertida as desventuras de um vendedor na cidade grande. Dia 18, às 16h. Grátis. Sesc Piracicaba


MÚSICOS E MÚSICAS: MÚSICA NELES! Iv a n G ia n n in i

...Dentro de smokings, largados em camisetas, pei­ to nu nos palcos da cidade, lá estão eles para quem tiver coragem de encará-los ao vivo com aquela meiguice toda. Eles e suas arm as mortíferas. M odernas, po­ tentes e tão diabólicas como a chegada da informática na m úsica. Cada vez m ais sofisticados, samplers F -l, contundentes flautas, pia­ nos pesados, cavaquinhos ácidos, violinos, violas e violões de repetição, xilofo­ nes cirúrgicos, guitarras ele­ trificadas, teorbas e bando­ lins de longo alcance, har­ pas afiadas, fagotes cano duplo, tumbadoras teleguia­ das e outras como pistons, saxes e trom bones M 15, igualmente mortíferas. Di­ zem que já estão avançadas as pesquisas sobre instru­ mentos musicais cujo som possa agredir apenas o ouvido das pessoas sem lhes destruir o cérebro. Algo assim como certas bom bas que destroem apenas as pessoas, conservando o meio am biente arquitetônico. Mas pesquisas mais recentes apontam para a possibilidade de se produzir um a pílula especial para os que queiram imunizar-se contra a peste. Para os radicais, haveria um a dose única. Para os demais, o medicamento seria m inistrado confor­ me o grau de suportabilidade que a pes­ soa tem ao som da música: — Quanto tem po você gostaria de passar sem ouvir música? — Umas duas horas. — Oh, até que você é um a pessoa com alto grau de suportabilidade! Com um comprimido por dia, seu problem a está resolvido... Adm inistrada conform e a necessida­

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de do interessado, um a pílula pode evitar que um a pessoa fique exposta à m úsica por até quatro horas diárias. E não é só no palco que atuam. A tec­ nologia lhes deu a faculdade da reprodu­ ção. M as não essa capacidadezinha que Deus deu aos hum anos, não. N em aos coelhos tampouco. É um a coisa em esca­ la. Escala no sentido do mercado. Este m ercado m oderno ao qual toda m anhã nos reverenciam os pedindo: ajudai-m e, m ercado, a vender mais um a coisinha hoje e sempre para que eu seja considera­ do eficiente e útil à sociedade. E que possa levantar algum , é claro. Assim, estão tam bém no vinil, em bo­ ra em fase de abandono, como já abando­ naram substâncias mais antigas. Estão nos CDs, superm ercados, TVs, autom ó­ veis, no caminhão do gás, nos bancos e

até em lojas de disco. Uma coisa que se m ostra cada vez m ais incontrolável. Andam por aí im puném ent te a dissem inar a m úsica, essa ’ incógnita. Ou alguém sab e1 quem é ela? As outras artes parecem visíveis. M as a músi­ ca, é, no m áxim o, audível. Fantasm agórica. Em pesteiam céus e mares. Estão nos aviões, navios e outras naves. N a lua chegou j com o Arm strong, que tinha no nome, no mínimo, a lembrança] do suingue do Louis. Imperam tam bém no cine- j m a - na sala de espera e de pro- ] jeção - , nos quiosques de praia, clubes, secretárias eletrônicas,] restaurantes, nos porta-malas de Brasilias amarelas de todas as cores, nos botecos, elevado-] res, nos táxis, nos teatros e no teatro, por que não? E na dança, como sempre. Só que com a dança eles i vão dançar. Já há quem dance o silêncio, e profissionalm ente! É claro que para eles o silêncio é um verdadeiro horror. E é contra essa falta de vibração do ar, tão salutar para o ser hum ano, que eles parecem lutar diária e! notum am ente. Estão sempre à procura de um a nova vítima, um novo ouvido. Podem tanto atacar em plena praça pública, ao ar livre, num calçadão do centro da cidade, como soturnamente nas m adrugadas, escondi-j dos nos estúdios digitais, verdadeiras] catacum bas pós-m odernas, m ixando,] m asterizando, gravando; enfim, alguma coisa que virá incom odar-nos no futuro. ; Esses e essas caras geniais e seus ins- : trum entos m aravilhosos é que encantam. <i Paralisando ou m ovendo pélvis e c é re -. 1 bros estão por aí, por todas as geografias, j 1 Viva a música! Overdose não, muito obrigado. ■

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2 l £ .ff . ä

A q u i S ã o P au lo m o s tr a s u a s m il fa c e s. O n o v o e o a n t i g o . A m e m ó r ia e o f u t u r o . O r itm o , a s c o r e s , o s s o n s d e u m a p a u lic é ia c a d a v ez m a is d esv a ir a d a . N o p alco , n a s e x p o siç õ e s, n a s o f ic in a s , n a b i b l io t e c a , à v o lta d a m e s a . N a p is c in a e n a s q u a d r a s . C u ltu r a & la zer. C o r p o & a lm a . N o S E S C P o m p c ia a c id a d e r e sp ir a e v ib r a su a s e n s ib ilid a d e in q u ie ta , n e r v o s a e im a g in a t iv a .

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