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Entrevista com Paula Oliveira, Diretora Executiva da Fraterna (pág.3)
NOTÍCIAS DE COUROS 6ª edição | Novembro, 2012
Promotor: Fraterna – Centro Comunitário de Solidariedade e Integração Social | Gestão e coordenação Setepés | Colaboração: GSA Design, Henrique Praça, Rita Fernandes Este jornal é escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico (exceto “Couros: na margem certa da memória).
OUVIR. PARTICIPAR. IMAGINAR. CRIAR. Operação imaterial da Parceria para a Regeneração Urbana de Couros. CampUrbis
ARRAIAL POPULAR EM COUROS ATRAIU MAIS DE 1000 VISITANTES (pág. 3)
COUROS: NA MARGEM CERTA DA MEMÓRIA (pág. 2)
UM GRANDE ABRAÇO FRATERNO E DE AGRADECIMENTO (pág. 4)
OS NÚMEROS DE UM PROJETO (pág. 2)
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NOTÍCIAS DE COUROS
COUROS: NA MARGEM CERTA DA MEMÓRIA
O futuro da Zona de Couros ficará indissociavelmente ligado ao ano de 2012, com a entrada em funcionamento de novas valências nos edifícios das antigas fábricas de curtumes. O quarteirão que preserva a memória do trabalho ligada a uma actividade quase desaparecida do contexto económico vimaranense deslumbra o olhar de quem percorre o conjunto monumental, acompanhando o perfil inclinado das ruas e vielas, paralelas ao pequeno curso de água que aparece e desaparece no emaranhado de construções. A singularidade desta área geográfica oferece uma grande diversidade de abordagens académicas, atendendo às características únicas do legado patrimonial e aos usos que ao longo do tempo os homens
aqui desenvolveram, explorando os recursos naturais para a satisfação das suas necessidades económicas e de bem-estar. Nos terrenos lameiros que envolvem o rio de Couros, as poças, os pelames, os tanques, os lagares e os lagaretões impressionam os arquitectos, os geógrafos, os historiadores, os arqueólogos, os engenheiros, os artistas e muitos vimaranenses que (re)descobrem uma área, situada a 100 metros do Largo do Toural, que resistiu ao ritmo avassalador da mudança. O quarteirão parece estar a conquistar uma nova alma, oferecendo-se como objecto propício ao cruzamento de saberes para assim ser possível esclarecer os diferentes contextos que envolviam a tradicional curtimenta de peles. Cada prédio, rua, viela ou pátio escondem testemunhos das rotinas de trabalho e soluções arquitectónicas improvisadas para aproveitar recursos naturais preciosos como a água e a exposição solar, e toda a organização produtiva exigida pela transformação das peles que faziam desta actividade “uma indústria de segredos”. A alteração do uso proposta para os diferentes edifícios vai certamente potenciar ainda mais a Zona Couros como um recurso patrimonial e turístico, condição que será favorecida pela proximidade existente com o Centro Histórico, classificado com o título de Património Cultural da Humanidade, pela UNESCO. A publicação do livro Curtidores e Surradores de S. Sebastião (1865-1923) – A difícil sobrevivência de uma indústria insalubre no meio urbano resulta de uma espécie de tributo afectivo à memória dos operários, na sequência de um trabalho académico concluído em 2002.O livro é apenas uma partilha de alguns dados recolhidos em documentação dispersa em diferentes arquivos públicos. No entanto, o maior estímulo tem sido colhido nos últimos anos através do contacto
OS NÚMEROS DE UM PROJETO Ainda que um projeto da natureza do “Couros.CampUrbis. Envolvimento da População Local” não possa ser reduzido apenas à sua expressão numérica, ainda assim falar nos números ajuda a perceber também o alcance desta iniciativa. Eles aqui estão para uma leitura da abrangência das iniciativas, eventos e atividades implementadas ao longo de pouco mais de um ano.
directo com a população das ruas de Couros, Vila Verde, Vila Flor, S. Francisco, Ramada e largos do Trovador e Cidade. E muitos outros vimaranenses que guardam o conhecimento que têm da dinamização comercial proporcionada pelo negócio das peles. Para mim, o interesse assumido por esta temática, talvez, seja a força do imaginário infantil deslumbrado com a dimensão da moldura humana que acompanhava a bandeira dos curtidores e surradores, na peregrinação à Montanha da Penha, realizada sempre no segundo domingo de Setembro. É assim, desde o final do século XIX, sob o impulso dos operários da indústria de curtumes. «Fé, Trabalho e Honra» são as insígnias do ofício impressas na bandeira, acompanhadas pelas imagens de Nossa Senhora com o menino ao colo e dos tradicionais instrumentos de trabalho: o gancho, o mascoto, a ferrelha e as folhas de casca de carvalho. Para além da ligação à sacralização do monte que serve de miradouro natural sobre Guimarães e cercanias, a dinâmica económica e social da indústria de curtumes está associada a outros aspectos relevantes para a compreensão da sua importância no passado. É o caso de monumentos de interesse cultural existentes no Centro Histórico, como a capela e albergue de S. Crispim e S. Crispiniano, na Rua da Rainha D. Maria II, onde funcionava a corporação dos mestres sapateiros e surradores. Além do conjunto de antigas fábricas que aparece concentrado no quarteirão de Couros, há vestígios do funcionamento destas unidades em outras zonas do concelho, como por exemplo no denominado campo do Olival, à Rua da Caldeiroa, e na Rua da Liberdade, na Madroa, onde ainda labora a firma Amadeu Miranda & Filhos, Lda. Em Creixomil, junto ao rio Selho, no Lugar da Pisca, foi instalada uma Fábrica de Curtumes de José Pinheiro Guimarães, em meados do século XX, entretanto adaptada a outras funções, mas que constituiu o exemplo de deslocalização desta actividade insalubre para a periferia urbana. Em Fermentões, a Fábrica de Curtumes de Roldes, fundada em 1923, continua a laborar e preserva um importante legado patrimonial, constituindo um arrojado projec-
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PARTICIPANTES
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ARRAIAL POPULAR
LIVRO
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EDIÇÕES DO JORNAL NOTÍCIAS DE COUROS
EXPOSIÇÕES
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VISITAS GUIADAS
Excerto do livro “Curtidores e Surradores de S. Sebastião 1865-1923 – a difícil sobrevivência de uma indústria insalubre no meio urbano”, de autoria de Elisabete Pinto.
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FÓRUNS
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to empresarial. Em S. Torcato, no Lugar da Corredoura, persiste a memória das antigas manufacturas instaladas em casas onde igualmente se desenvolviam actividades agrícolas. A. L. de Carvalho, o autor que mais escreveu sobre a actividade dos curtidores e surradores, deixou a informação nos seus Mesteres de Guimarães do encerramento da última fábrica nesta zona do concelho, na alusão que faz ao Júlio do Marco que dizia que “até a pele do diabo curtia, se ele se deixasse esfolar”. Em Fafe, na zona de Gontim, Aboim e S. Miguel do Monte, continuam a crescer os carvalhos alvarinhos, de onde era extraída a casca que concedia o tanino necessário para a curtimenta vegetal; no lugar de Lagoas, a Romaria de Nossa Senhora das Neves, que se realiza na última sexta-feira de Agosto, integrava o calendário do lazer dos homens dos couros. Na Póvoa de Lanhoso, em torno do Santuário de Nossa Senhora de Porto d’ Ave, organiza-se a «romaria dos bifes», no primeiro domingo de Setembro, para onde curtidores e surradores dirigiam a sua «estúrdia», uma espécie de peregrinação acompanhada com cantares em que os participantes envergavam trajes carnavalescos. Os industriais do sector de curtumes mantiveram uma intensa ligação com importantes casas comerciais sediadas no Porto e Lisboa, estabelecendo negócios com localidades de norte a sul do País. O rasto dessas ligações comerciais estendia-se a países da América Latina, como o Brasil, Argentina e Uruguai, e a África. Estes são alguns dos aspectos que ainda perduram na memória de quem trabalhou nas árduas operações dos curtumes que continuam a ser a imagem de marca deste espaço. Aqui, o talento humano aperfeiçoou a química empírica, descobriu as propriedades das plantas e explorou os recursos naturais, desafiando a exiguidade do território que agora serve para apreender o contexto laboral dos nossos antepassados. Couros está na margem certa da memória.
MAIS DE
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REUNIÕES DO CONSELHO DE COMUNIDADE DE COUROS
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OFICINAS
(38 SESSÕES)
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CONVIDADOS E ORIENTADORES DE OFICINAS
NOTÍCIAS DE COUROS
6ª edição | novembro 2012
NÃO DEIXEM DE ACREDITAR NA VOSSA GRANDEZA ENTREVISTA COM PAULA OLIVEIRA, DIRETORA EXECUTIVA DA FRATERNA
O Notícias de Couros ouviu, ao longo deste último ano, alguns cidadãos de Guimarães auscultando desse modo o sentir da cidade com especial referência a Couros. Para esta edição do Notícias de Couros fomos ouvir uma das vozes mais relevantes no projeto “Couros. CampUrbis. Envolvimento da População Local”: a Drª Paula Oliveira Diretora da Fraterna, promotora daquele projeto. NC. A Fraterna, de que é Diretora Executiva, é a entidade promotora do projeto “Couros. CampUrbis. Envolvimento da População Local”. Diga-nos de onde partiu a ideia de envolver a Fraterna e as razões desse envolvimento. No momento da elaboração da candidatura em causa, não era ainda Diretora Executiva da Fraterna. No entanto está implícito na mesma que a Fraterna consubstanciaria os objetivos enunciados na candidatura, considerando que é uma Cooperativa de Interesse Público pautada por objetivos mobilizadores ligados à eliminação de situações de exclusão social e ao desenvolvimento de atividades que contribuam para o processo de coesão social. Está estrategicamente posicionada para ser um espaço de aproximação de intervenção à população, na medida em que se trata de um ator chave para a capacitação das populações locais no tocante ao incremento de níveis mais elevados de qualidade de vida e da vivência territorial e social. NC. Há pouco mais de um ano, quando as atividades do projeto tiveram início, qual a sua principal preocupação? O tempo de execução para o desenvolvimento do plano de ação desenhado na candidatura. Todo o projeto que deveria ser trabalhado ao longo de aproximadamente três anos foi desenvolvido no espaço de pouco mais de um ano devido a alguns constrangimentos externos à Fraterna.
Se pensarmos, por exemplo, que o objetivo principal era o de levar os moradores de Couros a perceber a regeneração urbana em curso e a intervir na comunidade, o projeto deveria ter estado no terreno muito antes da construção dos novos equipamentos implementados em Couros. Três anos seria o cenário ideal. Levaríamos a cabo um conjunto de atividades de identificação e de interpretação das iniciativas do projecto CampUrbis, e a sua consequente reapropriação, releitura e reintegração nos quotidianos e vivências das populações em Couros antes do novo edificado. Apesar de tal não ter acontecido, tornamo-nos um espaço de proximidade amigável entre a população e o projeto CampUrbis, desencadeando um enriquecimento das suas ligações e despoletando um quadro diferenciador de atitudes, relações de pertença e sociabilidades locais. NC. Participou em todas as sessões do Conselho de Comunidade de Couros, implementado no âmbito deste projeto. Os objetivos traçados eram claros: acompanhar o projeto, discutir ideias e sugerir atividades. Qual o balanço que faz da atuação do Conselho? Em termos pessoais, gostaria de referir em primeiro lugar, que foi uma honra e motivo de orgulho ter integrado este Conselho. Numa perspetiva institucional e enquanto diretora executiva da Fraterna, toda a nossa equipa saiu enriquecida deste projeto. Diria que, neste “jogo” saímos todos ganhadores. Sem demérito de outras iniciativas, considero que o Conselho de Comunidade foi o motor de todo este projeto, sempre pautado por um clima de total flexibilidade e abertura às populações e instituições/associações locais. O facto de, desde o início, considerarmos ser uma operação assumida por todos como um espaço emblemático e de referência identitária comum, foi também uma mais-valia. NC. Foram muitas as iniciativas, os eventos, as atividades realizadas neste projeto. Sei que não será muito confortável para si, mas arrisco a pergunta: qual a atividade ou atividades que mais gostou? E outra ainda, esta de caráter mais técnico: qual ou quais as que melhor concretizaram os objetivos delineados? O Conselho de Comunidade e o “Fórum Festa”. O primeiro como prova viva de que, “quando são capazes de reflectir, os actores sociais estão em condições de actuar de maneira cooperativa.”1 Ao longo das atividades deste projeto, numas mais do que em outras, as pessoas tive-
ARRAIAL POPULAR EM COUROS ATRAIU MAIS DE 1000 VISITANTES
ram a oportunidade de desenvolver/explorar os maravilhosos talentos com que nasceram. Libertaram a sua energia e a sua criatividade. Ficamos assim mais ricos. Com o contributo de muitos Couros é de todos… No que diz respeito à Fraterna enquanto “empresa social”, comprovou-se, na minha opinião, que uma «empresa sem prejuízos nem dividendos» dedicada inteiramente a atingir um objectivo social é capaz de fazer do mundo neste caso concreto, Couros -, um lugar melhor. As pessoas não deram dinheiro para que este projeto atingisse os seus fins. Deram a sua criatividade, as suas capacidades de estabelecer contatos, as suas aptidões tecnológicas, as suas experiências de vida e outros recursos e conseguiram-no. NC. Realizou muitas reuniões de planeamento com a entidade coordenadora e gestora do projeto, acompanhou todas as atividades. O que mudaria ou o que faria diferente agora que tem uma ideia muito concreta de tudo o que foi realizado? Termos começado mais cedo como já referi. O tempo de realização do projecto foi muito curto, o que levou a um trabalho mais condensado. Por outro lado, a adesão da população ao projeto não atingiu o que desejaríamos. Há ainda uma certa resistência, em termos de envolvimento, a este tipo de projetos que pressupõem uma lógica de gestão participada, mas que tem a ver com o modelo de cultura que vigorou em certo momento e que ainda hoje tem os seus resquícios. Por um lado, as pessoas exigem mais e melhor participação, mas quando chamadas a participar, nem sempre o fazem. E perdemos todos. Outra dificuldade prendeu- se com o facto de termos em Couros um significativo número de pessoas com uma faixa etária elevada. A população mais jovem é escassa. Termos iniciado mais cedo o Projeto, talvez permitisse um diagnóstico mais aprofundado e teríamos atenuado alguns constrangimentos. NC. Quais os principais contributos, ou resultados, se lhe é possível fazer desde já esse balanço, que destacaria em consequência da realização deste projeto. Aponto vários contributos. A qualidade de vida não se põe apenas ao nível do rendimento ou do conforto material que se tem - claro que isso conta -, mas qualidade de vida é também todo o tecido relacional em que se está inscrito. É se temos trabalho, se vivemos num local onde se conhecem as outras pessoas, se estamos integrados na sociedade. Nesse sentido, houve, efetivamente, uma melhoria nas relações inter-pessoais dos moradores; o reforço na relação entre as instituições e a Câmara Municipal; o reforço da identidade e do sentimento de pertença à comunidade; o aumento de competências dos moradores a vários níveis e um conhecimento mais aprofundado das melhorias introduzidas pela regeneração urbana realizada em Couros. AliFoi uma boa aposta o arraial popular que se realizou no dia 14 de Julho na Rua da Ramada e no pátio do Instituto de Design de Guimarães. Com os doces e salgados, confecionados pelos moradores, a esgotarem e a animação musical em ritmo de festa, os visitantes foram afluindo às centenas ao recinto das festividades. Mais uma iniciativa da comunidade de moradores de Couros que durante quatro noites que antecederam o arraial produziram as decoração para todo os espaço da festivo.
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ás, era esse um dos principais objetivos desta Operação Imaterial, como já referi. Em suma, tivemos a experiência de que se pode viver melhor com um modo de vida em que se partilha mais, em que há mais tempo para estar com os outros, em que a relação tem um lugar mais importante. É essencial que as pessoas experimentem e sintam que um outro modo de vida dá mais felicidade. Sobretudo num tempo em que as dificuldades económicas se acentuam. NC. Há mudanças visíveis em Couros resultado de um conjunto muito vasto de iniciativas que convergiram para este ano de 2012. Quer destacar as que acha mais significativas? A regeneração urbana com a nova implementação de equipamentos. Refiro-me à qualificação do espaço público e do ambiente urbano, à reabilitação de ruas e largos através das diferentes intervenções na recuperação e ‘refuncionalização’ de algumas fábricas de curtumes. O novo complexo de edifícios, como a instalação do Centro de Estudos PósGraduados, o Instituto de Design entre outros, poderá desempenhar um papel determinante no âmbito da inovação e desenvolvimento da economia local. Destaco ainda a intervenção de alguns privados, a valorização do património local, a abertura de Couros à própria cidade, mas também ao mundo, através da articulação no desenvolvimento de algumas atividades com iniciativas da própria CEC 2012. NC. Para terminar pedia-lhe que se dirigisse aos moradores de Couros, aos que participaram mais ativamente no projeto, ajudando a organização, participando nas atividades, incentivando os outros à participação. O que lhe ocorre dizer-lhes? Embora sendo suspeita, diria que o mais admirável neste processo não é apenas o resultado em si, o produto final, mas também o caminho que juntos - Fraterna, moradores, instituições - percorremos. O que partilhamos foi e é fruto de uma relação construída e de uma busca constante. Daqui para a frente já nada será igual. Este projeto proporcionou uma enorme oportunidade de trabalharmos num “paradigma de colaboração e não de competição”. Em termos de Conselho de Comunidade funcionamos como uma família onde as capacidades de todos têm valor. E dar este valor de volta à sociedade pode ser incrível. Homens e Mulheres puderam exercer a sua própria voz. Obrigada ao Henrique, às Ritas, ao Conselho de Comunidade, à Universidade do Minho, à Câmara Municipal… a todos aqueles que permitiram a concretização deste projeto. Aos moradores de Couros: não deixem de acreditar na VOSSA GRANDEZA e OBRIGADA! — 1 Daniel INNERARITY, O principio de cooperação, in O novo Espaço Público. Que significado pode ter hoje uma cultura pública comum? Teorema, Lisboa 2010.
A organização esteve a cargo da Cooperativa Mercado Azul, de Guimarães, que dinamizou a oficina de decoração, programou a animação musical e se encarregou de toda a logística. Sem tradição nem santo padroeiro a pergunta aqui fica: e para o ano, vai repetir-se a festa? O “Notícias de Couros” lança um desafio aos moradores e às instituições sediadas em Couros: mãos à obra, para fazer deste Arraial Popular em Couros uma tradição. Na Ramada ou noutro local de Couros. Locais não faltam.
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NOTÍCIAS DE COUROS
UM GRANDE ABRAÇO FRATERNO E DE AGRADECIMENTO A FRATERNA, promotor, e a SETEPÉS, conceção e gestão, do projeto “Couros. CampUrbis. Envolvimento da População Local”, agradecem a todos os que colaboraram, participaram e ajudaram a realizar este projeto. Durante um pouco mais de um ano, foram muitos os que estiveram presentes, com as suas ideias, as suas sugestões e o seu trabalho empenhado. Em primeiro lugar a todos os moradores de Couros que participaram nas diferentes iniciativas, eventos e atividades do projeto. Não podendo mencionar todos, aqui ficam os que no Conselho de Comunidade de Couros foram cúmplices genuínos e confiantes: Adão Vale, Adélia Dias, Ana Filipa, Ana Pereira Rodrigues,
Anabela Campos, Diamantino Soares Silva, Esménia Silva, Fernanda Pires, Hendrick Hekkers, Jan Kees, Joaquim Costa, José Agostinho da Silva, Luís Miguel, Manuel Salgado Ferreira, Mafalda Pereira, Mafalda Ribeiro, Maria Amélia Martins, Maria Isabel P. Quintão, Maria José Costa, Maria José Freitas, Maria Luísa Faria, Noémia Guimarães, Orlando Aguiar, Tatiana Atashova, Vitor Oliiveira. Também a alguns outros vimaranenses, nativos ou adotivos, que foram aparecendo e colaborando. Aos orientadores e dinamizadores das atividades, para todos o nosso obrigado pelo empenho, pela dedicação e pela competência:
Marta Labastida, Daniel Duarte Pereira, Cidália Silva, Rute Carlos (Mapa da Comunidade de Couros), Lia Oliveira (Presépio de Couros), Florbela Castro, da Cooperativa Cultural Mercado Azul (Oficinas de Artesanato Ecológico e Arraial Popular), ao Marcus Garcia Moreira (Exposição “À Luz do Dia” e oficina de Arte Postal), à Elisabete Pinto (palestra na preparação das visitas guiadas a Couros). À Adelina Alves e Ana Rita Miranda, da Fraterna, pela excelente colaboração e empenho. À Rita Fernandes, pela dedicação ao projeto e a todas as pessoas envolvidas. Por fim, a todas as instituições e pessoas individuais que com a sua colaboração e abertura
às iniciativas de projeto muito contribuíram para o seu sucesso: à Escola de Arquitetura da Universidade do Minho, Paulo Cruz, Paulo Mendonça e Vicenzo Rizo; ao Instituto de Design de Guimarães, Ferri von Hattum e José Cardoso Teixeira; à Pousada da Juventude de Guimarães em Couros, Júlia Monteiro; ao Agrupamento de Escolas Egas Moniz, Bernardina Soares; ao Presidente da Junta de Freguesia de S. Sebastião, Marco Ferreira; à equipa de filmagens da GuimarãesTV. Paula Oliveira, Diretora Executiva da Fraterna Henrique Praça, Diretor da Setepés, coordenador do projeto
EXPOSIÇÃO + LIVRO
UMA EXPERIÊNCIA SINGULAR Couros. CampUrbis. Envolvimento da População Local 7-30 dezembro 2012, 14h00-19h00 (exceto 2ª feiras e 25 dezembro 2012)
7 dezembro 2012, 21h15 Inauguração da Exposição. Apresentação do livro “Uma Experiência Singular” Apresentação do livro “Curtidores e Surradores de S. Sebastião 1865-1923 – a difícil sobrevivência de uma indústria insalubre no meio urbano” de Elisabete Pinto.
Casa da Memória, Guimarães Promotor
Conceção e Gestão
Organização
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